Análise de insumo-produto
Ideia desenvolvida por Wassily Leontief (Prêmio Nobel em Economia em 1973).
Empregado em todos os países –independentemente de ideologias.
Integrado ao Sistema de Contas Nacionais
Estende as ideias do modelo de base econômica,
desagregando a produção em um conjunto de setores. Pode ser estendido para explorar questões de distribuição de renda, política fiscal, estratégias de desenvolvimento, etc.
Análise de insumo-produto
Imagine uma região com m firmas, produzindo uma gama de bens e serviços.
As empresas são atribuídas a n setores amplos com base em seu produto principal.
O número de setores, n, pode variar.
Para esta apresentação, visando facilitar a análise, apenas dois setores são considerados.
Fluxos de insumo-produto
Primary Inputs
Final Demand
Domestic Goods
Output
Capital
Households
Government
Imported
Goods
Are demanded from:
Are Supplied to:
Domestic
Inputs
Labor
Capital
Land
Imported
Inputs
Tabela de insumo-produto
Produtos domésticos Produção corrente Produtos importadosSão demandantes de:
São ofertados para:
Insumos
domésticos importadosInsumos Insumos primários
Trabalho Capital Terra
Demanda Final Formação
de capital das famíliasConsumo Exportações Governo e out.demandas Demanda Final Final Demand Sales Taxes Imports Imports Value Added Intermediate
Consumption TotalOutp.
The Input-Output Matrix
Sector j HouseholdsExports
Government Investments Stocks Selling Buying Sales Taxes Buyng Sectors Selling Sectors Imports Comp. Emp. GOS Sector i Sector j Sector i
Exemplo numérico
IO Matrix
S1
S2
Y
X
S1
150
500
350
1000
S2
200
100
1700
2000
W
650
1400
X
1000
2000
Employment
300
800
Fluxos de insumo-produto
As transações entre esses setores estão dispostas em
uma matriz (n linhas e n colunas), conforme
mostrado na tabela.
Olhando através das linhas, as vendas feitas pelas
firmas à esquerda podem ser atribuídas às firmas
listadas no topo da coluna.
Assim, o setor 2 vende $ 200 para o setor 1 e $ 100
para o setor 2.
Fluxos de insumo-produto
As colunas fornecem informações complementares sobre a origem das compras feitas pelo setor no topo da coluna de todos os outros setores.
Novamente, olhando para o setor 2, note que ele compra $ 500 do setor 1 e $ 100 do setor 2.
Esta parte da tabela de insumo-produto é chamada de transações interindustriais; fornece uma fotografia da economia com o foco nas relações intersetoriais.
No entanto, os setores também vendem para outros conjuntos de atividades - consumidores, governo e mercados externos (exportações).
Fluxos de insumo-produto
Além disso, as firmas também fazem pagamentos aos
fatores de produção, trabalho e capital, e às importações.
Estes fluxos são mostrados no restante da tabela.
A coluna Y é denominada como demanda final; a linha W como insumos primários.
A soma dos salários, lucros e dividendos (retornos ao trabalho e ao capital) é denominada valor adicionado.
Modelo de insumo-produto
A tabela de insumo-produto é basicamente um
sistema contábil – uma dupla entrada semelhante à
preparada para uma empresa em que vendas e
compras ou ativos e passivos serão apresentados,
mas, neste caso, para uma economia.
O próximo passo é preparar um modelo
econômico para que possamos mapear o impacto
das mudanças em um setor no restante da economia.
Fazemos isso porque a natureza da interdependência
entre os setores varia.
Pressupostos principais
Assumimos que cada um dos setores produz bens e
serviços segundo uma “receita” fixa (formalmente
conhecida como função de produção):
Coeficiente técnico fixo.
Retornos constantes de escala.
Setores usam insumos em proporções fixas.
a
z
x
ij
ij
j
i j
n
,
,
1
,...,
Pressupostos principiais
Os insumos são expressos em termos monetários, uma vez que seria difícil combinar toneladas de minério de ferro com megawatts de eletricidade ou com horas de trabalho de forma consistente.
Esta receita fixa nos permite expressar as transações em forma proporcional, também conhecidas como coeficientes diretos; Estes são apresentados no primeiro exemplo do
arquivo em Excel.
O pressuposto final é de que a economia é impulsionada por variações da demanda final (consumidores, governo,
exportações); esta é a parte exógena da economia, enquanto as transações interindustriais respondem a esses sinais e, portanto, são endógenas.
Relações básicas
Buying Sectors
Selling
Sectors Intermediate Consumption
Final Demand
Total Output
Sales Taxes on Inputs (T) T
Imports (M) M
Value Added Total Output
Relações básicas
z
ij
y
x
j
n
i
i
i
n
1
1
,
,...,
a
z
x
ij
ij
j
i j
n
,
,
1
,...,
Função de produção
j nj j j
jf
z
z
W
M
x
1,...,
,
,
nj nj j j ja
z
a
z
x
min
,...,
1 1O modelo de Leontief
n
i
x
y
x
a
i i n j j ij1
,...,
1
I
A
y
x
x
y
Ax
1
1
I
A
B
Aproximação de séries de potências de
1A
I
Matriz de Leontief
é conhecida como matriz inversa de Leontief e é mostrada na tabela abaixo:
As entradas revelam os impactos diretos e indiretos em um setor quando a demanda final do setor no topo da coluna muda em $1 (ou $1 milhão ou $100 milhões).
Observe que a entrada na diagonal principal é sempre >1; O valor unitário representa o aumento da demanda final nesse setor. A parte restante é o impacto direto e indireto da expansão.
1
A
I
(I-A)
-11
2
1
1,254
0,330
2
0,264
1,122
Total
1,518
1,452
Matriz de Leontief
Na parte inferior da tabela com os multiplicadores, há uma linha denominada “total”.
Observe que esses valores variam de 1,45 (setor 2) a 1,52 (setor 1).
Como esses valores devem ser interpretados?
Eles fornecem informações sobre o impacto no restante da economia (incluindo o setor em questão) de uma mudança unitária na demanda final em qualquer setor.
O valor de 1,45 para o setor 2 nos diz que, para cada aumento de $ 1 na demanda final desse setor, um valor adicional de $ 0,45 de atividade é gerado para um valor total de produção de 1,45.
Matriz de Leontief
Por que esses valores variam?
• Eles refletem o grau em que um setor é dependente
dos outros setores da economia, por seus insumos e como fonte de consumo de seus produtos.
Eles dependem da estrutura de produção (a “receita”)
• Seria incorreto supor que a importância de um setor
na economia está diretamente relacionada ao tamanho do multiplicador
• Um setor com um grande volume de produção, mas
com um multiplicador modesto, pode gerar um maior volume de atividade na região do que um setor com maior multiplicador, mas com um menor volume de produção
Multiplicadores e geradores
Existem vários multiplicadores adicionais que podem
ser calculados
Quando um setor expande a produção, ele aumentará
os pagamentos ao trabalho gerando salários
adicionais que serão gastos na região. Além disso,
outras indústrias cuja produção deve se expandir
para atender a essas novas demandas também
gastarão mais em salários. Assim, podemos gerar um
multiplicador de renda que revela a relação entre
geração de renda direta e renda total (de forma
semelhante ao produto).
Multiplicadores e geradores
Coeficiente Gerador Multiplicador j j v j X V C nxn
B
C
G
xn
B
C
G
b
c
G
v v v v n i ij v i v j
ˆ
or
1
1 V j v j v j C G M Análises de impacto
B
C
G
Y
B
C
V
X
C
V
Y
A
I
X
Y
A
I
X
v
v
v
v
ˆ
ˆ
ˆ
1
1
24
Fechando o modelo de IP para as famílias
As famílias recebem renda (pelo menos em parte)
como forma de pagamento pelos seu trabalho
(insumo) no processo de produção e, como
consumidores, gastam seus rendimentos de forma
bem padronizada.
Poderíamos mover as famílias da coluna da demanda
final e o insumo trabalho da linha e colocá-los dentro
da tabela de transações interindustriais, tornando-os
em “setores” endógenos.
(Segundo exemplo do arquivo Excel)
Y
W
X
Fechando o modelo de IP para as famílias
0
r cH
H
A
A
1 nX
X
X
* 1 * nY
Y
Y
X
BY
1)
(
I
A
B
h
Y
Y
Y
*
Modelos regionais de IP
Buying Sectors
Selling
Sectors Intermediate Consumption
Final Demand
Total Output
Sales Taxes on Inputs (T) T Imports from the rest of the Country (MC) MC
Value Added Total Output
Modelos inter-regionais de IP
Buying Sectors
Region L Selling sectors
Region L Interindustry InputsLL
Sales Taxes Value Added
L
Imports from the World M Buying Sectors Region M Sales Taxes Value Added M Interindustry Inputs LM Interindustry Inputs ML Interindustry InputsMM Selling sectors Region M FD LL FD ML FD LM FD MM TO L TO M M T T M T
Modelos inter-regionais de IP
Sector i reg s
Final Demand s
Exports, Cons. households,...
Sector j reg s
Final Demand t
Exports, Cons. households,...
Sector j reg t
Sector i reg t
Grande quantidade de
dados
29
Modelos inter-regionais de IP
11
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
Reg 1
TO
DF
PT
Reg 1
TD
IM
TR
VA
PT
n
n
nn
n
n
n
n
n
y
n
y
n
n
z
z
w
y
x
z
z
w
y
x
u
u
i
i
i
t
t
t
v
v
x
x
11
11
12
12
1
1
1
11
12
1
1
11
1
11
1
11
1
1
1
1
1
1
11
11
12
12
1
1
1
11
12
1
1
1
1
1
21
21
22
11
1
11
1
21
21
1
Reg 1
Reg 2
Reg r
TO
DF (F, G, E, K, N)
PT
Reg 1
Reg 2
r
r
r
n
n
n
r
r
r
n
nn
n
nn
n
nn
n
n
n
n
n
n
n
n
nn
z
z
z
z
z
z
w
y
y
y
x
z
z
z
z
z
z
w
y
y
y
x
z
z
z
z
z
z
22
2
2
2
21
22
2
2
11
1
1
1
1
1
1
22
22
2
2
2
21
22
2
2
1
1
1
1
2
2
1
2
11
1
11
1
11
1
1
1
1
1
1
1
2
2
1
2
1
1
1
Reg r
r
r
r
n
r
r
r
n
nn
n
nn
n
n
n
n
n
r
r
r
r
rr
rr
r
r
r
rr
n
n
n
r
r
r
r
rr
rr
r
r
r
n
nn
n
nn
n
nn
n
n
n
z
z
w
y
y
y
x
z
z
z
z
w
y
y
y
x
z
z
z
z
z
z
w
y
y
y
z
z
z
z
z
z
w
y
y
1
1
1
2
2
1
1
1
1
1
2
2
1
2
1
1
1
1
1
2
2
1
2
1
1
1
1
1
2
2
1
1
1
1
1
2
2
1
1
1
TD
IM
TR
VA
PT
r
rr
r
n
n
r
r
n
n
n
r
r
r
n
n
n
y
y
y
r
r
r
n
n
n
y
y
y
r
r
n
n
n
r
r
n
n
n
x
y
x
u
u
u
u
u
u
i
i
i
i
i
i
i
i
i
t
t
t
t
t
t
t
t
t
v
v
v
v
v
v
x
x
x
x
x
x
Estimação de modelos regionais
Primeiros estudos:
R R j j R j R R R j j jX
E
p
X
E
M
where:
R jX is the total output of good j in region R;
R j
E is the total exports of good j from region R;
R j
M is the total imports of good j by region R.
ˆ
RA
PA
1ˆ
R RX
I
PA
Y
Estimação de modelos regionais
Coeficientes regionais
Coeficientes regionais:
Produto regional:
LL ij LL ij L jz
a
X
1 L LL LX
I
A
Y
Modelos inter-regionais de IP
Fluxos inter-regionais – consumo intermediário:
Produto total:
MM ML LM LLZ
Z
Z
Z
Z
i in ii i i iz
z
z
z
Y
X
1
2
...
...
L LM LM LL LL LY
z
z
z
z
X
1
11
12
11
12
1Modelos inter-regionais de IP
Coeficientes inter-regionais:
a
z
X
ij LL ij LL j L
a
z
X
ij ML ij ML j L
a
z
X
ij LM ij LM j M
a
z
X
ij MM ij MM j M
Modelos inter-regionais de IP
A
A
A
A
A
LL LM ML MM
X
X
X
L M
Y
Y
Y
L M
I
I
A
A
A
A
X
X
Y
Y
LL LM ML MM L M L M
0
0
(
I
A X
)
Y
,
1X
I
A
Y
Multiplicadores em modelos (inter)regionais de IP
Os multiplicadores variam não apenas entre os setores, mas também entre as regiões.
Uma pequena economia regional, com uma representação modesta da indústria, pode não ser capaz de fornecer todos os insumos
necessários requeridos pela indústria local. Assim, haverá
importações consideráveis de insumos (às vezes denominados como vazamentos).
Em geral, quanto maior o valor das importações, menor o valor do multiplicador.
Esperamos que os multiplicadores diminuam à medida que nos mudamos do país como um todo para uma macrorregião, um estado, uma região metropolitana e, finalmente, para um município.