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Federação do Comércio do Paraná Análise Conjuntural da Economia e do Comércio

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Federação do Comércio do Paraná

Análise Conjuntural

da Economia e do

Comércio

Mensal N.º 45 Junho 2012

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Federação do Comércio do Paraná

CONJUNTURA: SITUAÇÃO E PERSPECTIVAS

A economia brasileira enfrenta restrições quanto ao seu desempenho no ano. As dificuldades das economias do Euro e, mais recente, a deliberação chinesa de priorizar crescimento do mercado interno, impactaram a indústria nacional, que não cresce há vários meses. Soma-se a isso as restrições da Argentina à entrada de produtos brasileiros, por conta da opção de conter saída de divisas, com excessivas exigências burocrático-administrativas, que gera lentidão nas exportações.

O PIB do 1.º trimestre de 2012 cresceu pouco, abaixo do esperado: 0,2% em relação ao trimestre anterior, com a distribuição setorial: Agropecuária caiu 7,3%; Indústria cresceu 1,7%; Serviços aumentou 0,6%. Fatores imprevisíveis estão na origem desse PIB baixo de 0,2%, com destaque para os problemas climáticos em várias regiões produtoras de grãos. Em relação ao mesmo trimestre de 2011, o PIB de jan-mar de 2012 cresceu 0,8%; para esse período, a Agropecuária caiu 8,5%. Ou seja, nos dois períodos, a imprevisibilidade da Agropecuária contraiu o PIB. O primeiro trimestre do ano é o que, historicamente, apresenta menores crescimentos dentre os quatro trimestres. Considerando a intensificação da crise nos países do Euro e o menor crescimento da China e Índia, o PIB brasileiro no trimestre reflete, em parte, essas restrições. Algumas análises feitas para 2012 adotaram um tom catastrófico, além e acima dos impactos efetivos.

No entanto, ocorreram no semestre um elenco de indicadores positivos: queda da inflação no acumulado janeiro-junho em relação a igual período de 2011; emprego em níveis altos; massa de salários elevada; salários mínimos nacional e regional corrigidos acima da inflação, estimulando a demanda agregada. Ao mesmo tempo, foram adotadas políticas públicas visando manter e/ou melhorar o desempenho econômico: redução dos juros SELIC e juros do sistema bancário para pessoas físicas e jurídicas; queda do “spread” bancário iniciada pelos bancos públicos de varejo e adotada gradualmente pelos bancos privados; disponibilização de novas linhas de financiamento para consumidores e produtores, com taxas menores; redução tributária específica para: automotivos, linha branca, móveis, material de construção, providências alinhadas às medidas de aquecimento. Empecilho é o esgotamento da capacidade do consumidor assumir novos financiamentos, pois o endividamento (veículos, móveis, casa própria, etc.) em relação à renda está no limite (cumulatividade de financiamentos), cabendo priorizar a liquidação dos débitos anteriores.

Existem hiatos no contexto econômico que estão a requerer providencias do governo visando respostas a curto e médio prazo: reduzir limitações burocráticas que restringem a expansão das exportações; simplificação e redução da carga tributária direta e indireta incidente sobre produtos nacionais exportáveis; conter a participação de componentes do “custo Brasil” no preço final de exportáveis: trabalhistas, previdenciários, alfandegários, tributários, etc.

Na ótica de médio e longo prazo, cumpre elevar investimentos internos, reduzidos que foram no 1.º semestre. O investimento estrangeiro direto-IED está abaixo de 2011.

A valorização cambial do dólar perante o real, poderá elevar exportações e melhorar a balança comercial; por outro lado, como a demanda interna é composta de 20% a 25% de importados, agora mais caros, poderá resultar em alguma pressão nos preços.

O governo não está inerte quanto a tomada de decisão e providencias para limitar ou corrigir dificuldades na economia. O ambiente político aponta estabilidade institucional e democrática; mas, desvios éticos de integrantes dos três Poderes levam frustração à sociedade.

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Federação do Comércio do Paraná

Apresentação 03

Sumário 04

Tabelas 05

I Nível de Atividade Econômica 07

1. Produto e Renda

1.1 O PIB Total do Brasil e do Paraná

1.2 O PIB do Brasil por Setores e Sub-Setores 1.3 Demanda Agregada 07 07 08 09 2. Mercado de Trabalho

2.1 Mercado de Trabalho Brasileiro 2.2 Mercado de Trabalho Paranaense

2.3 Quadro Comparativo da Criação de Empregos 2.4 Quadro Comparativo do Saldo de Empregos 2.5 Empregos Gerados no Comercio do Paraná 2.6 Taxa de Desemprego 10 10 11 12 13 14 15 3. Nível de Salário

3.1 Salário Mínimo no Brasil 3.2 Salário Mínimo no Paraná

16 16 17 4. Nível de Preços 4.1 Introdução 4.2 Meta da Inflação 4.3 Taxa de Inflação 18 18 18 19

5. Taxa de Juros e Poupança 20

6. Mercado de Ações 21 7. Risco País 22 8. Variação do Dólar 23 II Atividade Empresarial 25 9. Comércio Varejista 9.1 Desempenho em Abril de 2012 25 25

10. Abertura de Empresas no Paraná 30

11. Falências Decretadas no Brasil 31

12. Crédito: Demanda e Inadimplência 12.1 Demanda de Crédito

12.2 Inadimplência

32 32 32 13. Utilização da Capacidade Produtiva Instalada na Indústria 33

III Setor Público 35

14. Arrecadação do Governo 35

15. Superávit Primário 36

16. O ICMS no Paraná 37

17. Dívida de Municípios no Paraná 38

IV Relações com o Exterior 39

18. Comércio Exterior Brasileiro 39

18.1 Providências de Estímulo às Exportações ou Defesa da Produção

Interna 41

19. Comércio Exterior Paranaense 42

20. Investimento Estrangeiro Direto na Economia Brasileira 46 21. Dívida Externa Brasileira

21.1 Distribuição da Dívida:Governo e Setor Privado

47 47

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Federação do Comércio do Paraná

TABELAS

01 Produto Interno Bruto 07

02 Brasil: Produto Interno Bruto por Setor de Atividade 08

03 Brasil: Variação Percentual do Produto Interno Bruto Trimestral 08

04 Brasil: Distribuição da Demanda Agregada 09

05 Brasil: Criação de Empregos por Setor de Atividade Econômica 10

06 Paraná: Criação de Empregos por Setor de Atividade Econômica 11

07 Brasil e Paraná: Criação de Empregos – Saldo 12

08 Brasil e Paraná: Saldo do Emprego por Setores 13

09 Paraná: Empregos Gerados 14

10 Brasil e Curitiba: Taxa de Desemprego 15

11 Brasil: Salário Mínimo 16

12 Paraná: Salário Mínimo 17

13 Índice de Preços 18

14 Taxa de Inflação e Meta da Inflação 19

15 Variação da Taxa de Juros SELIC do Banco Central 20

16 Poupança 20

17 Bolsa de Valores de São Paulo 21

18 Risco País 22

19 Variação do Dólar 23

20 Variação das Vendas em Abril de 2012 26

21 Vendas em Abril – 2012 Comparadas ao Mês Anterior 28 22 Vendas em Abril – 2012 Comparadas ao Mesmo Mês do Ano Anterior 28

23 Vendas Acumuladas no ano de 2012 Comparadas ao ano de 2011 28

24 Vendas nos Pólos de Comércio Pesquisados pela Fecomércio-PR 29

25 Abertura de Empresas no Paraná 30

26 Falências no Brasil 31

27 Indicador Serasa Experian de Demanda do Consumidor por Crédito 32

28 Indicador Serasa Experian de Inadimplência 32

29 Nível de Utilização da Capacidade Produtiva Instalada na Indústria 33

30 Evolução da Arrecadação do Governo Federal 35

31 Participação da Carga Tributária no PIB 35

32 Desempenho do Superávit Primário - Governo Federal e Banco Central 36

33 Paraná: Arrecadação de ICMS por Setor de Atividade 37

34 Paraná: Dívidas de Municípios que Sediam Sindicatos Filiados à Fecomério-PR 38

35 Brasil: Balança Comercial 39

36 Brasil: Intercâmbio Comercial 40

37 Paraná: Balança Comercial 42

38 Paraná: Principais Destinos dos Produtos 43

39 Paraná: Principais Produtos Exportados em 2012 43

40 Paraná: Corrente de Comércio 43

41 Paraná: Principais Blocos Econômicos de Destino e Origem 44

42 Paraná: Principais Empresas Exportadoras em 2012 44

43 Paraná: Principais Empresas Importadoras em 2012 44

44 Paraná: Exportação – Totais por Fator Agregado 45

45 Paraná: Balança Comercial dos Maiores Exportadores Municipais em 2012 45

46 Investimento Estrangeiro Direto no Brasil 46

47 Dívida Externa Brasileira 47

48 Brasil: Participação da Dívida Externa 47

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I. N I V E L D E A T I V I D A D E E C O N Ô M I C A

Federação do Comércio do Paraná 1. PRODUTO E RENDA

1.1. O PIB Total do Brasil e do Paraná

O PIB brasileiro no 1.º tri/2012 teve menor velocidade de expansão em relação ao 1.º tri/2011. Para o governo, foi um alerta para adotar mudanças na política econômica.

Em 2011, o PIB cresceu em relação a cada trimestre correspondente do ano anterior. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, a exceção em 2011 foi o terceiro trimestre, que esteve abaixo do desempenho no 2.º trimestre. O PIB de 2011, cresceu 2,7% sobre 2010, sendo o desempenho no 1.º semestre superior ao do 2.º.

O desempenho em 2010 do PIB foi excelente: cresceu 7,5% sobre 2009. O 4.º trimestre de 2010 teve crescimento de 5% em relação a igual período de 2009 e expandiu 0,7% em relação ao trimestre anterior (julho-setembro de 2010). As contas externas destoaram do crescimento, com a elevação de importações em 36,2% e exportações apenas 11,5%, gerando déficit preocupante na balança comercial. O Real sobrevalorizado incentivou importações mas restringiu exportações principalmente industriais, que ainda não reprisaram o desempenho pré-crise.

Os três principais setores da economia cresceram em 2011, na ótica da oferta agregada, mas abaixo de 2010: Agropecuária: 3,9%; Indústria: 1,6%; Serviços: 2,7%. Os investimentos que cresceram 21,8% em 2010, tiveram em 2011 um desempenho inferior: não chegaram a 10%. indicando que investidores- nacionais e externos- foram bastante influenciados pela crise global. A aplicação em capital especulativo foi condicionada pelos juros altos internos.

O Comércio no Brasil em 2011, cresceu 3,4% , indicando uma redução na velocidade em comparação com o ano anterior (2009 teve índice negativo: -1,8%), que pode ser associado ao aumento do consumo das famílias, que em 2011 cresceu 11,1%, em especial nas classes C, D, e E. Em 2011, a Pesquisa Mensal do Comércio Varejista no Brasil, medido pelo IBGE, cresceu no volume de vendas anual 6,7% e na receita nominal anual cresceu 11,5% (dados do IBGE).

No Paraná, o PIB real cresceu 4,0% em 2011 e 8,3% em 2010, maiores que o desempenho brasileiro. Em 2011, o PIB paranaense foi 6,1% do brasileiro, superior ao triênio anterior.

Fonte: Brasil: www.ibge.gov.br - (Indicadores – Contas Nacionais Trimestrais – Banco Sidra – Contas Econômicas) (Consulta em 28/06/2012) Paraná: www.ipardes.gov.br – (Indicadores Econômicos – Produto Interno Bruto) (Consulta em 28/06/2012)

TABELA 1 – PRODUTO INTERNO BRUTO

(Em R$ Milhões) Período Brasil Paraná Participação PR / BR (%) Valor a Preços Correntes de Mercado Variação Nominal Sobre o Ano Anterior (%) Variação Real (%) Valor a Preços Correntes de Mercado Variação Nominal Sobre o Ano Anterior (%) Variação Real (%) 1 2 3 4 5 6 7 2003 1.699.948 17,4 1,1 109.459 23,8 4,4 6,4 2004 1.941.498 14,2 5,7 122.434 11,9 5,0 6,3 2005 2.147.239 10,6 3,2 126.677 3,5 -0,0 5,9 2006 2.369.484 10,4 4,0 136.615 7,8 2,0 5,8 2007 2.661.344 12,3 6,1 161.582 18,3 6,7 6,1 2008 3.032.203 13,9 5,2 179.263 10,9 4,3 5,9 2009 3.239.404 6,8 -0,3 189.992 6,0 -1,3 5,9 2010 3.770.085 16,4 7,5 226.071 19,0 8,3 6,0 2011 4.143.013 9,9 2,7 251.579 11,3 4,0 6,1

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Federação do Comércio do Paraná 1. PRODUTO E RENDA

1.2. O PIB do Brasil por Setores e Sub-Setores

TABELA 2 – BRASIL: PRODUTO INTERNO BRUTO POR SETOR DE ATIVIDADE (1)

(A Preços Correntes - Em R$ Milhões)

Setores e Sub-Setores 2010 4º Tri 2011 1º Tri 2011 2º Tri 2011 3º Tri 2011 4º Tri 2011 Var (%) 2012 1º Tri AGROPECUÁRIA 37.706 46.242 62.377 46.635 37.400 3,9 44.666 INDÚSTRIA 243.721 223.612 243.193 252.698 252.653 1,6 229.559 1. Extrativa mineral 28.018 29.539 35.493 37.231 41.661 3,2 35.386 2. Transformação 138.980 122.908 131.068 133.951 127.514 0,1 115.195 3. Construção civil 49.441 45.419 50.085 53.753 54.809 3,6 50.592 4. Produção e distribuição de eletricidade, gás e água 27.282 25.746 26.547 27.762 28.668 3,8 28.386 SERVIÇOS 593.400 547.797 588.292 591.746 638.227 2,7 602.063 1. Comércio 108.625 104.815 111.126 113.786 116.879 3,4 109.653 2. Transporte, armazenagem e correio 43.803 42.136 44.428 46.229 48.205 2,8 47.469 3. Serviços de informação 27.686 24.759 26.898 26.863 29.069 4,9 25.362 4. Intermediação financeira, seguros, previdência complementar e serviços relativos 64.092 64.063 65.961 66.289 66.168 3,9 67.633 5. Outros serviços (2) 126.191 116.946 128.468 130.595 137.436 2,3 134.077 6. Atividades imobiliárias e aluguel 66.189 66.477 68.820 70.264 72.841 1,4 73.242 7. Administração, saúde e educação públicas 156.815 128.601 142.592 137.720 167.629 2,3 144.626

Impostos líquidos sobre

produtos 149.153 144.421 149.665 155.628 162.428 4,3 157.062

PIB : preços de mercado 1.023.981 962.073 1.043.527 1.046.707 1.090.708 2,7 1.033.349

Fonte: www.ibge.gov.br - (Indicadores – Contas Nacionais Trimestrais – Valores a Preços Correntes) (Consulta em 04/06/2012)

Fonte: www.ibge.gov.br - (Indicadores – Contas Nacionais Trimestrais) (Consulta em 04/06/2012) (1) A divulgação de resultados trimestrais não foi divulgada para o Paraná.

(2) O segmento sob denominado outros serviços inclui: Serviços auxiliares à agricultura, agentes de comércio e representação comercial, serviços auxiliares financeiros, dos seguros de previdência complementar e limpeza urbana e esgoto.

TABELA 3 – BRASIL: VARIAÇÃO PERCENTUAL DO PIB TRIMESTRAL Período Sobre o Trimestre Anterior * Sobre Mesmo Trimestre do ano Anterior * 2009 1º Tri -1,5 -2,7 2º Tri 1,5 -2,4 3º Tri 2,6 -1,5 4º Tri 2,7 5,3 2010 1º Tri 2,1 9,3 2º Tri 1,2 8,8 3º Tri 0,9 6,9 4° Tri 1,0 5,3 2011 1º Tri 0,9 4,2 2º Tri 0,5 3,3 3° Tri -0,1 2,1 4º Tri 0,2 1,4 2012 1º Tri 0,2 0,8

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Federação do Comércio do Paraná

1. PRODUTO E RENDA

1.3. Demanda Agregada

A demanda agregada corresponde ao somatório dos componentes da demanda de uma economia: 1) consumo de famílias; 2) consumo do governo; 3) investimento bruto interno (soma de formação de capital fixo e variação de estoques); 4) saldo da balança comercial: exportações (demanda do exterior de produtos da economia brasileira) menos importações (demanda brasileira de produtos gerados em outros países). O investimento bruto interno considera investimentos do setor público e do setor privado (inclui investimento do exterior feito na economia interna), no entanto, no seu valor não é contabilizado o investimento de nacionais feitos em outros países.

O 1.º tri/2012 manteve o bom desempenho do consumo de famílias, componente com maior crescimento do período comparado ao anterior e indicador mais importante da demanda agregada que, no 2. tri/2012 superou os sete trimestres anteriores. A demanda agregada no trimestre aponta ainda aumento no investimento bruto interno e queda no consumo do governo. O

investimento interno (público + privado) cresceu pouco em relação ao período anterior. A balança

comercial ( exportações menos importações) manteve-se negativa no 1.º tri/2012.

A demanda agregada total em 2011 superou valores nominais de 2012 e 2010 tendo como principal componente o consumo das famílias, com 60%. A balança comercial negativa apresenta os efeitos da crise econômica nos países do euro e a manutenção das importações de matérias primas e bens finais A desvalorização cambial do Real-R$ no 1.º semestre, ainda não permitiu superar limitações na balança comercial. Até meados de 2011, aproximadamente 25% da demanda final brasileira foi sobre bens importados, que aqui chegavam com as vantagens da desvalorização do dólar (e consequente sobrevalorização do real). No 2.º semestre, iniciou-se a inversão no cambio: valorização do dólar e desvalorização do real, na sequencia da crise de julho/agosto de 2011, que se revelou mais aguda na União Européia e EUA.

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Fonte: www.ibge.gov.br - (Indicadores – Contas Nacionais Trimestrais – Valores a Preços Correntes) (Consulta em 04/06/2012)

TABELA 4 – BRASIL: DISTRIBUIÇÃO DA DEMANDA AGREGADA

(A Preços Correntes - Em R$ Milhões)

Tipo de Demanda 2010 2º Tri 2010 3º Tri 2010 4°Tri 2011 1°Tri 2011 2°Tri 2011 3°Tri 2011 4°Tri 2012 1°Tri Consumo das famílias 548.563 572.107 595.654 601.849 617.653 631.159 648.829 658.906 Consumo da administração pública (ou Governo) 186.888 189.204 250.701 179.641 210.482 201.788 264.737 203.095 Investimento Bruto Interno 197.407 214.320 184.518 192.708 220.639 217.323 186.591 189.095 Formação bruta de capital fixo 178.161 197.178 193.747 187.793 196.644 209.556 204.728 193.198 Variação de estoque 19.246 17.143 -9.229 4.915 23.996 7.767 -18.137 -4.103 Balança Comercial -5.760 -12.193 -6.891 -12.125 -5.247 -3.563 -9.449 -17.747 Exportações 102.185 110.749 112.475 100.647 121.482 133.324 137.117 115.029 Importações (-) 107.945 122.942 119.366 112.772 126.729 136.887 146.566 132.776 Demanda Agregada Total 927.097 963.438 1.023.981 962.073 1.043.527 1.046.707 1.090.708 1.033.349

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Federação do Comércio do Paraná 2. MERCADO DE TRABALHO

2.1. Mercado de Trabalho Brasileiro

São quatro as categorias de mercado na economia: 1) mercado de bens e serviços, onde ocorre a demanda e a oferta de mercadorias e serviços; 2) mercado monetário-financeiro, que abrange: oferta e demanda de moeda e bolsa de valores; 3) mercado externo, caracterizado por exportações e importações, sendo a taxa de câmbio importante referência; e 4) mercado de trabalho, onde ocorre oferta e demanda de mão-de-obra na economia e utilização da força de trabalho disponível e economicamente ativa.

Em jan-maio de 2012 os melhores desempenhos estão com: a) outros serviços*; b) construção civil; c) industria de transformação. A projeção dos dados do 1.º quadrimestre/2012 permite uma expectativa positiva para a criação de empregos ao longo do ano quando comparado a 2011. No entanto, nada indica a possibilidade de superação do excelente desempenho de 2010. A criação de empregos no comércio em jan-maio de 2012 está lenta, comparada a 2011.

Em 2010 o emprego criado indicou superação da crise de 2008-2009 e desempenho melhor em relação ao período pré-crise (2006-2007). Além dos sub-setores que já haviam se destacado em 2009, cabe ressaltar a aceleração do emprego na indústria de transformação, indicativo do aquecimento verificado na economia.

Em 2011 houve queda na criação de empregos em relação ao ano anterior- 2010- fato que pode ser associado ao desempenho do PIB: em 2010, o PIB cresceu 7,5%; em 2011 o crescimento caiu para 2,7%. Os principais empregadores em 2011 foram: 1.º) outros serviços(*); 2.º) comércio; 3.º) indústria de transformação; 4.º) indústria da construção civil; 5.º) agropecuária.

Fonte:www.mte.gov.br – (Dados e estatísticas – PDET – Evolução do Emprego CAGED) (Consulta em 22/06/2012)

(*) O segmento sob denominação de outros serviços conforme o CAGED, é formado por: a) Instituições financeiras; b) administração de imóveis e serviços técnicos profissionais; c) transporte e comunicação; d) alojamento, alimentação reparação e manutenção; e) médicos odontológicos; f) ensino.

(1) Valores acumulados até maio de 2012.

TABELA 5 – BRASIL: CRIAÇÃO DE EMPREGOS POR SETOR DE ATIVIDADE ECONÔMICA

(Número de Empregos Admitidos menos o Número de Demitidos)

Setor 2008 2009 2010 2011 2012 (1) jan-mai INDÚSTRIA 393.179 195.070 916.427 472.288 322.936 Extrativa Mineral 8.671 2.036 17.715 19.538 7.689 Transformação 178.675 10.865 544.367 218.138 116.928 Serviços Industriais de Utilidade Pública 7.965 4.984 20.034 9.467 5.343 Construção Civil 197.868 177.185 334.311 225.145 192.976 SERVIÇOS 1.040.793 815.409 1.640.369 1.410.934 484.659 Comércio 382.218 297.157 611.900 459.841 35.648 Administração Pública 10.316 18.075 10.417 16.126 28.723 Outros Serviços (*) 648.259 500.177 1.018.052 934.967 420.288 AGROPECUÁRIA 18.232 -15.369 -1.375 83.227 70.314 OUTROS 0 0 0 0 0 TOTAL 1.452.204 995.110 2.555.421 1.966.449 877.909

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Federação do Comércio do Paraná

2. MERCADO DE TRABALHO

2.2. Mercado de Trabalho Paranaense

O desempenho em jan-maio de 2012 é inferior ao de igual período de 2011. O desempenho no período não permite ainda uma projeção sobre o desempenho no restante de 2012. Cabe destacar os setores maiores criadores de emprego do Paraná no período: 1.º) indústria; 2.º) outros serviços; 3.º) comércio varejista.

Em 2011, o emprego criado no Paraná foi menor que o verificado em 2010, ano em que houve expressivo crescimento do emprego no Paraná, seguindo a mesma performance da economia brasileira, indicando uma inversão nas restrições no mercado de trabalho verificadas em 2009. Os números de 2011 refletem, em parte, as restrições nas economias européias e EUA e, portanto, justificando as políticas expansivas do governo federal no final do ano, voltadas à manutenção e geração de emprego.

Em 2011 e 2010 os destaques na criação de empregos foram: outros serviços, indústria, e comércio varejista. Nesses dois anos, em alguns ramos, a demanda de mão-de-obra não foi atendida, devido a qualificação insuficiente. O trabalhador escolheu o emprego em função da remuneração e benefícios como: assistência-saúde, vale-alimentação, transporte e perspectiva de carreira; antes disso, em 2009, o trabalhador assumia a primeira e imediata oferta de trabalho.

Segmentos do comercio que atualmente estão com dificuldade em preencher vagas são: supermercados e hipermercados, hotéis, bares e restaurantes e lojas franqueadas, nas quais ocorrem grande giro de trabalhadores.

Fonte: www.mte.gov.br – (Dados e estatísticas – PDET – Evolução do Emprego CAGED) (Consulta em 22/06/2012) (1) Industria compreende os ramos: 1) extrativa mineral; 2) transformação; 3) serviços industriais de utilidade pública; 4) construção civil. (2) Compreende: administração pública, saúde e educação pública.

(3) O CAGED, estabelece: a) Instituições financeiras; b) administração de imóveis e serviços técnicos profissionais; c) transporte e comunicação; d) alojamento, alimentação reparação e manutenção; e) médicos odontológicos; f) ensino.

(*) Resultados acrescidos dos ajustes; a variação relativa toma como referência os estoques do mês atual e do mês de dezembro do ano t-1, ambos com ajustes.

TABELA 6 – PARANÁ: CRIAÇÃO DE EMPREGOS POR SETOR DE ATIVIDADE ECONÔMICA

(Número de Empregos Admitidos menos o Número de Demitidos)

Período Industria(1) Serviços Agropecuária e Outros Total Comércio Varejista Comércio Atacadista Administração Pública(2) Outros Serviços(3) 2006 29.652 18.444 2.761 1.179 33.115 1.245 86.396 2007 54.535 25.146 5.356 575 30.996 5.753 122.361 2008 36.478 26.656 6.411 -408 35.686 6.080 110.903 2009 21.264 18.572 4.183 2.069 27.377 -4.381 69.084 2010 41.527 33.831 5.159 340 53.125 -2.375 131.607 2011 36.721 26.672 6.597 1.876 51.557 493 123.916 Jan 9.878 -1.042 879 -29 5.460 -192 14.954 Fev 7.641 1.246 1.161 738 9.873 -858 19.801 Mar 4.024 650 650 227 5.937 2.439 13.927 Abr 8.007 3.627 49 109 6.806 2.239 20.837 Mai 8.661 2.513 381 158 3.734 1.342 16.789 Jun 2.239 1.160 268 147 2.911 52 6.777 Jul 2.204 1.527 629 167 4.174 129 8.830 Ago 6.483 2.583 741 81 4.822 -459 14.251 Set 2.878 4.093 757 356 5.011 62 13.157 Out 3.357 3.779 914 54 3.415 50 11.569 Nov -3.510 6.771 700 3 3.766 -2.067 5.663 Dez -19.112 -2.680 -835 -198 -8.116 -3.245 -34.186 2012* 33.956 7.092 3.038 709 32.539 4.635 81.969 Jan 7.802 -1.399 719 -78 7.811 -202 14.653 Fev 4.652 302 1.047 332 8.407 -665 14.075 Mar 5.709 2.691 720 199 4.691 841 14.851 Abr 8.182 3.074 133 316 5.249 3.969 20.923 Mai 5.650 1.625 282 -14 3.679 516 11.738

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Federação do Comércio do Paraná 2. MERCADO DE TRABALHO

2.3. Quadro Comparativo da Criação de Empregos

Fonte: www.mte.gov.br – (Dados e estatísticas – PDET – Evolução do Emprego CAGED) (Consulta em 22/06/2012) (*) O saldo corresponde ao somatório dos três setores pesquisados pelo CAGED:

1) Agropecuária e Silvicultura;

2) Indústria: extrativa mineral; transformação; serviços industriais de utilidade pública-SIUP; construção civil;

3) Terciário: formado por: a) Comércio. b) Serviços: Instituições financeiras, administração de imóveis e serviços técnicos profissionais, transporte e comunicação, alojamento alimentação reparação e manutenção, médicos odontológicos, ensino; c) Administração pública.

TABELA 7 – BRASIL E PARANÁ: CRIAÇÃO DE EMPREGOS – SALDO (*)

(Número de Empregos Admitidos menos o Número de Demitidos) Mês Saldo Mensal Brasil Paraná 2011 Abr 272.225 20.837 Mai 252.067 16.789 Jun 215.393 6.777 Jul 140.563 8.830 Ago 190.446 14.251 Set 209.078 13.157 Out 126.143 11.569 Nov 42.735 5.663 Dez -408.172 -34.186 2012 Jan 118.895 14.653 Fev 150.600 14.075 Mar 111.746 14.851 Abr 216.974 20.923 Mai 139.679 11.738

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2. MERCADO DE TRABALHO

2.4. Quadro Comparativo do Saldo de Empregos em 2012

Fonte: www.mte.gov.br – (Dados e estatísticas – PDET – Evolução do Emprego CAGED) (Consulta em 22/06/2012)

TABELA 8 – BRASIL E PARANÁ: SALDO DO EMPREGO POR SETORES EM 2012

(Número de Empregos Admitidos menos o Número de Demitidos)

Setores Brasil Paraná Saldo em Abr Saldo em Mai Saldo em Abr Saldo em Mai Extrativa Mineral 1.655 1.251 73 23 Ind. Transformação 30.318 20.299 6.147 3.038

Serviços de Utilidade Pública 2.062 -14 168 173

Construção Civil 40.606 14.886 1.794 2.416 Comércio 33.704 9.749 3.207 1.907 Serviços 82.875 44.587 5.249 3.679 Administração Pública 3.838 2.660 316 -14 Agropecuária 21.916 46.261 3.969 516 TOTAL 216.974 139.679 20.923 11.738

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Federação do Comércio do Paraná 2. MERCADO DE TRABALHO

2.5. Empregos Gerados no Comércio do Paraná

Fonte: www.mte.gov.br – (Dados e estatísticas – PDET – Evolução do Emprego CAGED) (Consulta em 22/06/2012)

(*) O Saldo contempla o número de admitidos, menos o número de demitidos no comércio varejista e atacadista.

TABELA 9 – PARANÁ: EMPREGOS GERADOS

(Número de Empregos Admitidos menos o Número de Demitidos)

Período Saldo do Comércio (*) Variação em Relação ao Mês Anterior (%) Saldo Acumulado no ano 2011 --- --- --- Jan -163 1.225,76 -163 Fev 2.407 1.476,68 2.244 Mar 1.300 -45,99 3.544 Abr 3.676 182,77 7.220 Mai 2.894 -21,27 10.114 Jun 1.428 -50,66 11.542 Jul 2.156 50,98 13.698 Ago 3.324 54,17 17.022 Set 4.850 45,91 21.872 Out 4.693 -3,24 26.565 Nov 7.471 59,19 34.036 Dez -3.515 -147,05 30.521 2012 --- --- --- Jan -680 80,65 -680 Fev 1.349 298,38 669 Mar 3.411 152,85 4.080 Abr 3.207 -5,98 7.287 Mai 1.907 -40,54 9.194

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2. MERCADO DE TRABALHO 2.6. Taxa de Desemprego

Em maio de 2012, o desemprego de 5,8% esteve abaixo do bimestre anterior. No acumulado do ano o desemprego é inferior a igual período de 2011. Não deixa de indicar o bom momento da economia brasileira, apesar das dificuldades da industria de transformação em relação às exportações. Comparado ao desemprego em países da Europa, os indicadores brasileiros são excelentes. O desemprego em dezembro/2011: 4,7%, foi o menor índice do ano e a menor taxa mensal desde a reformulação do cálculo da pesquisa pelo IBGE em 2002.

As políticas econômicas de aquecimento adotadas pelo governo federal, mesmo que conjunturais, mais a disposição de evitar queda na demanda permitem expectativa positiva para o emprego no restante do ano, o que é bom para manter a demanda e o desempenho do comércio.

Em 2011, o desemprego foi 6,0%, menor que os cinco anos anteriores. As taxas do 2.º semestre de 2011 indicam situação de pleno emprego, na qual aqueles em busca de emprego encontram lugar de trabalho na economia. Verifica-se para alguns ramos uma insuficiência de qualificação profissional e carência na disponibilidade de trabalhadores. Mesmo com melhores índices, o emprego é um tema que justifica atenção especial do governo, considerando-se a parcela expressiva dos que chegam ao mercado a cada ano em busca do primeiro emprego.

A RM de Curitiba, apresentou 4,6% de desemprego; mostra o bom momento da economia regional. Os dados do IPARDES em 2011, foram melhores que 2010. Há uma queda consistente também em relação aos anos anteriores, indicativo de melhoras na economia.

Fontes: Brasil: www.ibge.gov.br – (Indicadores – Trabalho e rendimento – PME) – (Consulta em 22/06/2012) RM Curitiba: www.ipardes.gov.br – (Indicadores Econômicos – Mercado de Trabalho) – (Consulta em 22/06/2012)

(1) O IPARDES é o órgão responsável pelos dados do desemprego na Região Metropolitana de Curitiba.

TABELA 10 – BRASIL E CURITIBA: TAXA DE DESEMPREGO Período Taxa de Desemprego Variação % Brasil RM Curitiba (1) 2006 10,0 6,9 2007 9,3 6,2 2008 7,9 5,4 2009 8,1 5,4 2010 6,8 4,5 2011 6,0 3,7 Jan 6,1 3,5 Fev 6,4 4,0 Mar 6,5 3,8 Abr 6,4 3,7 Mai 6,4 4,4 Jun 6,2 4,1 Jul 6,0 3,7 Ago 6,0 3,8 Set 6,0 3,4 Out 5,8 3,6 Nov 5,2 3,4 Dez 4,7 3,0 2012 --- --- Jan 5,5 3,8 Fev 5,7 3,7 Mar 6,2 4,5 Abr 6,0 4,3 Mai 5,8 4,6

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3. NÍVEL DE SALÁRIO

3.1. Salário Mínimo no Brasil

O salário mínimo, com correção anual definida pelo governo federal, tem a variação definida pela inflação acumulada nos 12 meses anteriores e mais um percentual variável de produtividade. É um valor de referência para a remuneração no país.

Os trabalhadores do comércio têm sua remuneração estabelecida a partir de uma correção igual ao valor da inflação sobre o salário anterior mais os percentuais de itens negociados na data base entre os sindicatos representativos das categorias de trabalhadores e de empresários do comércio. O início da vigência do novo salário possibilita um adicional na massa de salários para os trabalhadores e um correspondente aumento no poder de compra desses trabalhadores.

De 2005 a 2010, o percentual de reajuste foi superior à inflação dos doze meses anteriores, representando um aumento real de salários e no poder aquisitivo da população que tem o salário mínimo como referência de remuneração. Em 2011, o reajuste foi menor que a inflação.

Fonte: Brasil: www.mte.gov.br – (Emprego e Renda – Salário Mínimo) (Consulta em 10/01/2012)

O salário mínimo –SM, foi criado pelo Decreto-Lei nº 2162 de 01/05/1940, quando passou a vigorar(*). O país foi dividido em 22 regiões (20 estados da época, mais território do Acre e Distrito Federal); os estados foram divididos em regiões, num total de 50 regiões. Para cada sub-região fixou-se um valor de SM, num total de 14 valores distintos para o Brasil. A relação entre maior e menor valor em 1940 era de 2,67. A primeira tabela do SM teve vigência de três anos; em julho de 1943 houve o primeiro reajuste, seguido de outro em dezembro do mesmo ano.

Em maio de 1984 ocorreu a unificação do SM no país. A partir de 1990, apesar dos altos índices de inflação, as políticas salariais buscaram garantir o poder de compra do SM, que apresentou crescimento real de 10,6% entre 1990 e 1994, em relação à inflação medida pelo INPC.

A estabilização pós Plano Real, permitiu ao SM elevar ganhos reais em 28,3% de 1994 a 1999. Os dados da evolução do SM desde 1940 permitem duas conclusões importantes: 1º) ao contrário de manifestações frequentes de que o poder de compra do SM seria hoje muito menor que na sua origem, os dados mostram não existir perda significativa; 2º) a estabilização dos preços a partir de 1994 permitiu a mais significativa recuperação do poder de compra do SM desde a década de 50.

(1) Foi utilizado como referência o valor de venda do US$-dólar no primeiro dia útil do mês da alteração salarial.

(2) O valor da Inflação se refere ao valor acumulado do IPCA, em relação ao salário anterior .O valor no período pode diferir da inflação anual. (3) Divulgado em Diário Oficial da União de 26 de dezembro de 2011.

(*) Fonte: “Salário mínimo no Brasil: evolução histórica e impactos sobre mercado de trabalho e as contas públicas”. (Site: Ministério da Fazenda, 22/03/2000. Consulta em 27/10/2011).

TABELA 11 – BRASIL: SALÁRIO MÍNIMO

Período Valores em R$ Variação (%) Equivalência em US$ (1) Cotação do Dólar Início da Vigência Inflação no Período (%) (2) 2005 300,00 15,38 119,33 2,514 1/5/2005 8,07 2006 350,00 16,67 162,49 2,154 1/4/2006 4,41 2007 380,00 8,57 187,56 2,026 1/5/2007 3,21 2008 415,00 9,21 246,88 1,681 1/3/2008 3,77 2009 465,00 12,05 198,13 2,347 1/2/2009 5,32 2010 510,00 9,68 295,82 1,724 1/1/2010 3,81 2011 545,00 6,86 327,52 1,664 1/3/2011 7,54 2012 622,00 (3) 14,13 333,05 1,867 1/1/2012 4,86

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3. NÍVEL DE SALÁRIO

3.2. Salário Mínimo no Paraná

O Governo do Paraná estabeleceu, a partir de 2006, salário mínimo regional para categorias de trabalhadores que não possuam: a) piso salarial estabelecido em convenção ou acordo coletivo de trabalho; b) piso salarial estabelecido em lei federal. Como exemplo, cabe citar: empregadas domésticas. Os valores apresentados na Tabela 12 correspondem ao teto máximo do reajuste.

As leis estaduais dos valores do salário mínimo no Paraná são: a) Lei n.º 15.118 de 2006; b) Lei n.º 15.486 de 2007; c) Lei n.º 15.826 de 2008; d) Lei nº 16.099 de 2009; e) Lei n.º 16.470 de 2010; f) Lei 16.807 de 2011; g) Lei 17.135 de 2012. O salário no Paraná e os percentuais de correção utilizados a cada ano, são superiores ao valores do salário mínimo definido pelo governo federal.

Fonte: www.casacivil.pr.gov.br – (Serviços – Legislação – Leis – Leis Ordinárias) (Consulta em 10/05/2012)

______________________________________________________________________________________________________________________ (1) Foi utilizado como referência o valor de venda do US$-Dólar no primeiro dia útil do mês da alteração salarial.

(2) O valor da Inflação se refere ao valor acumulado do IPCA, em relação ao salário anterior.

(3) Valor divulgado refere-se ao teto salarial máximo, segundo os grupos da classificação brasileira de ocupações: (IPCA acumulado de Maio a Março) I) R$ 904,20 – Técnicos de nível médio (grupo 3).

II) R$ 842,60 – Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais (grupos 7 e 8).

III) R$ 811,80 – Trabalhadores de serviços administrativos. Trabalhadores empregados em serviços, trabalho doméstico, vendedores do comércio em lojas e mercados, Trabalhadores de reparação e manutenção (grupo 4,5 e 9).

IV) R$ 783,20 – Trabalhadores empregados nas atividades agropecuárias, florestais e da pesca (grupo 6).

TABELA 12 – PARANÁ: SALÁRIO MÍNIMO

Período Valores em R$ Variação (%) Equivalência em US$ (1) Cotação do Dólar Data de Vigência Inflação no Período (%) (2) 2005 300,00 15,38 124,79 2,514 1/5/2005 8,07 2006 437,80 45,93 190,35 2,071 1/5/2006 4,63 2007 475,20 8,54 246,35 2,026 1/5/2007 3,00 2008 548,70 15,47 336,83 1,650 1/5/2008 5,04 2009 629,65 14,75 294,66 2,137 1/5/2009 5,53 2010 765,00 21,49 441,94 1,731 1/5/2010 5,22 2011 817,78 6,89 519,59 1,574 1/5/2011 5,21 2012(3) 904,20 1,57 472,34 1,914 1/5/2012 4,48

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4. NÍVEL DE PREÇOS 4.1. Introdução

As oscilações e evolução dos níveis de preços constituem fatores importantes na avaliação conjuntural de uma economia. Os órgãos encarregados dessa mensuração devem utilizar metodologias consistentes que permitam captar adequadamente as variações nos preços. Ademais, os itens que compõem a cesta de bens a ser pesquisada para se realizar o cálculo da inflação deve representar os padrões de consumo das categorias de renda avaliadas.

Serão apresentados como representativos das variações de preços, dois indicadores: 1.º) IPCA: índice de preços ao consumidor ampliado, índice oficial de inflação do Brasil, obtido pelo IBGE. Representa variações de preços de produtos e serviços consumidos por famílias com renda até 40 salários mínimos, em diferentes regiões do País. Os índices obtidos em cada região são agregados conforme pesos pré-determinados relacionados à importância, dimensão e habitantes para a composição do índice nacional.

2.º) IPC: inflação da cidade de Curitiba, calculado pelo IPARDES – Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (da Secretaria de Planejamento do Estado).

4.2. Meta da Inflação

O regime de metas de inflação foi implantado em 1999. Nesse procedimento, as autoridades monetárias: Comitê de Política Monetária-COPOM, Conselho Monetário Nacional-CMN, Banco Central e Ministério da Fazenda – definem para o ano seguinte um valor limite para a inflação (meta), com oscilação para cima ou para baixo de 2 (dois) pontos e, no ano de referência, o posicionamento das autoridades visa o cumprimento da meta.

O valor da inflação definido na meta é obtido das análises do desempenho da economia no ano anterior, das tendências do mercado externo, das oscilações da demanda agregada e das variações de preços básicos (commodities agrícolas, petróleo, indústria extrativa mineral e siderurgia).

(1) IPCA - Preços ao Consumidor Amplo (2) IPC - Preços ao Consumidor

(*) Considera nove (9) regiões metropolitanas: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza, Belém, Curitiba e Porto Alegre e mais Goiânia e o Distrito Federal – Brasília.

TABELA 13 – ÍNDICE DE PREÇOS

Índice Entidade Elaboradora Período de Coleta: dias Base Geográfica Renda Familiar Uso Principal 1) IPCA (1) IBGE 1 a 30 (mês civil) 11 Capitais (*)

1 a 40 SM Inflação oficial do País Tem ampla aplicação.

2) IPC (2) IPARDES

/Curitiba

1 a 30 Curitiba 1 a 40 SM Preços no varejo em Curitiba

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4. NÍVEL DE PREÇOS

4.3. Taxa de Inflação

A inflação em maio: 0,36%, aponta queda significativa em relação ao mês anterior. No acumulado de 2012 tem-se valor bem abaixo do verificado em igual período de 2011. O índice de dezembro/2011: 0,50%, permitiu viabilizar a meta inflacionária no limite estabelecido para aquele ano: 6,5%, superior ao ano anterior, que chegou a 5,91%. Devido os altos índices da inflação nos primeiros quatro meses de 2011, e a queda no mesmo período de 2012, o índice anualizado deverá diminuir, aproximando-se da meta de inflação para este ano. A crise mundial além de desaquecer a economia global, poderá reduzir o preço das commodities, com reflexos nos preços internos e na receita de exportações. Ainda: a queda dos juros adotada pelo BACEN, poderá influenciar na contenção da inflação, mas aquecer a demanda. A valorização do US$ sobre o R$ permitirá melhorar exportações de alguns segmentos, mas os preços internos deverão crescer como consequência da entrada de importados mais caros na nova realidade cambial.

P

Fonte: Brasil: www.ibge.gov.br - (Quadro variação dos indicadores – IPCA) (Consulta em 07/06/2012) Curitiba: www.ipardes.gov.br – (Indicadores econômicos – Índice de preços) (Consulta em 19/06/2012)

TABELA 14 – TAXA DE INFLAÇÃO E META DE INFLAÇÃO

Perío do Brasil Meta de Inflação ção (%) Curitiba IPCA (IBGE) (%) IPC (IPARDES) (%) 2003 9,30 4,0 6,46 2004 7,60 5,5 10,40 2005 5,69 4,5 4,05 2006 3,14 4,5 4,82 2007 4,46 4,5 4,78 2008 5,90 4,5 4,85 2009 4,31 4,5 3,88 2010 5,91 4,5 5,09 Variação mensal Acumulado no Ano Acumulado 12 meses Variação mensal Acumulado no Ano Acumulado 12 meses 2011 6,50 4,5 5,81 Mai 0,47 3,71 6,55 0,25 3,62 6,51 Jun 0,15 3,87 6,71 -0,02 3,59 6,55 Jul 0,16 4,04 6,87 0,15 3,75 6,73 Ago 0,37 4,42 7,23 0,46 4,22 6,73 Set 0,53 4,97 7,31 0,30 4,54 6,78 Out 0,43 5,43 6,97 0,23 4,78 6,07 Nov 0,52 5,97 6,64 0,39 5,19 5,91 Dez 0,50 6,50 6,50 0,59 5,81 5,81 2012 4,5 Jan 0,56 0,56 6,22 0,55 0,55 5,44 Fev 0,45 1,01 5,85 0,06 0,62 5,41 Mar 0,21 1,22 5,24 0,58 1,20 4,71 Abr 0,64 1,87 5,10 0,84 2,06 4,48 Mai 0,36 2,24 4,99 0,50 2,57 4,74

Tabela 14.A – Maiores aumentos por grupos de despesas – Brasil (Maio)

Vestuário 0,89

Habitação 0,80

Alimentação e Bebidas 0,73

Tabela 14.B – Menores aumentos por grupos de despesas – Brasil (Maio)

Transportes -0,58

Comunicação -0,19

Educação -0,01

Tabela 14.C – Maiores aumentos por localidades – Brasil (Maio)

Salvador 0,72

Belo Horizonte 0,65

Recife 0,61

Tabela 14.D – Menores aumentos por localidades – Brasil (Maio)

Brasília 0,06

Rio de Janeiro 0,07

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Federação do Comércio do Paraná 5. TAXA DE JUROS E POUPANÇA

A SELIC após iniciar 2012 em 10,50% caiu em maio para 8,50%. A política de redução da inflação já se valeu do aumento dos juros como importante estratégia. Aumentos sucessivos fizeram com que em julho-2011 a SELIC atingisse 12,50%. Em agosto, o BACEN iniciou política de expansão da demanda e anti-recessiva, com inversão em relação a jan-jul, ante os receios de recessão global na seqüência da crise do Euro e EUA. Após agosto começa a cair a SELIC, mantida em 2012. A queda dos juros ajuda blindar a economia e não comprometer o seu desempenho.

Até julho de 2011, dentre as variáveis para explicar a elevação, o COPOM mencionava: expansão da demanda agregada, preços maiores dos alimentos e inflação no limite superior da meta de inflação: 5,91% em 2010 e 6,50 em 2011. O aumento do emprego e da massa salarial justificavam cuidados em conter preços e limitar/adiar o consumo. Se o US$ continuar valorizado, os juros em queda e a participação dos importados em 25% do consumo interno, haverá dificuldades para o controle da inflação.

O juro real (nominal menos inflação) próximo de 5% (anualizado), é elevado para país emergente. Essa taxa alta contribuía para a entrada de dólares especulativos, que chegavam para lucrar em aplicações financeiras. A crise externa mais intensa em março-maio/2012 apressou a elevação do dólar sobre o real, obrigando o BACEN e injetar dolares no mercado, como forma de conter a valorização devido a grande saída no periodo. Com os juros SELIC em 8,5% haverá redução na remuneração da poupança, tendo em vista as mudanças já anunciadas.

Fonte: www.bc.gov.br – (Sistema de metas para a inflação – Copom) (Consulta em 28/06/2012) Fonte: www.bc.com.br (Economia e Finanças – Séries Temporais – Acesso ao Sistema de Séries

Temporais – Mercados Financeiros e de Capitais – Aplicações Financeiras – Caderneta de Poupança – Rentabilidade no Período) (Consulta em 08/06/2012)

(*) O aumento da taxa SELIC ocorreu no dia 30/05/2012.

(**) A rentabilidade, TR+0,5% a.m., refere-se a cadernetas com aniversário no primeiro dia do mês posterior ao assinalado (maior concentração).

TABELA 15 – VARIAÇÃO DA TAXA DE JUROS SELIC DO BANCO CENTRAL

2009 2010 2011 2012 Mês Taxa Selic (%) Mês Taxa Selic (%) Mês Taxa Selic (%) Mês Taxa Selic (%)

Jan 12,75 Jan 8,75 Jan 10,75 Jan 10,50

Fev 12,75 Fev 8,75 Fev 11,25 Fev 10,50

Mar 11,25 Mar 8,75 Mar 11,75 Mar 9,75

Abr 10,25 Abr 9,50 Abr 12,00 Abr 9,00

Mai 10,25 Mai 9,50 Mai 12,00 Mai 8,50

Jun 9,25 Jun 10,25 Jun 12,25 Jun 8,50

Jul 8,75 Jul 10,75 Jul 12,50 Jul

Ago 8,75 Ago 10,75 Ago 12,00 Ago

Set 8,75 Set 10,75 Set 12,00 Set

Out 8,75 Out 10,75 Out 11,50 Out

Nov 8,75 Nov 10,75 Nov 11,00 Nov

Dez 8,75 Dez 10,75 Dez 11,00 Dez

TABELA 16 – POUPANÇA (**) Período Rentabilidade 2011 --- Jun 0,6120 Jul 0,6235 Ago 0,7086 Set 0,6008 Out 0,5623 Nov 0,5648 Dez 0,5942 2012 --- Jan 0,5868 Fev 0,5000 Mar 0,6073 Abr 0,5228 Mai 0,5470 Jun 0,5000

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5. MERCADO DE AÇÕES

O Índice Bovespa caiu bastante em maio: 57.230 pontos, menor valor no ano. No período uma parcela da queda pode ser atribuída à saída de dólares da economia e pela sua valorização perante o real. Estes dois fatos estão na seqüência do acirramento da crise na Europa e países do Euro, como incertezas associadas ao futuro da Grécia, crise na Espanha. As bolsas vem funcionando na forma de espasmos (ascendentes ou descendentes), que não permitem vislumbrar as tendências a médio prazo, diante das mudanças conjunturais intensas no contexto global. Dentre os fatores importantes que influenciam as bolsas de valores mundiais, podem ser mencionados: incertezas na economia americana e elevação da crise no bloco PIIGS : Portugal, Irlanda, Itália, Grécia, Espanha e, mais recente, as dificuldades na economia da Holanda.

A economia brasileira dispõe de importantes parâmetros econômicos que, considerados isoladamente, não resultariam em instabilidade na BOVESPA. Todavia, num ambiente globalizado e interdependente, as oscilações do resto do mundo se propagaram de forma rápida e encadeada, restringindo o desempenho das bolsas e afetando o mercado acionário interno. A elevada sensibilidade das bolsas de valores reflete rapidamente as mudanças no contexto acionário.

Os indicadores brasileiros de conjuntura se demonstram estáveis, à exceção de alguns ramos industriais, muito por conta das limitações nas economias desenvolvidas. Recomenda-se comprar ações em baixa, dado o espaço para valorização futura. Investidores do exterior continuam a aplicar no Brasil, dada a consistência econômica interna e do bom desempenho da maioria das empresas com papéis na bolsa. A grande exceção é a queda das ações da Petrobrás.

Fonte: www.bovespa.com.br – (Mercado – Ações – Índices – Índice Bovespa –

Estatísticas Históricas – Evolução diária) (Consulta em 14/06/2012) (1) Cálculo anual com base na média de cada mês.

(2) Cálculo mensal realizado através da média diária do fechamento do pregão no mês.

TABELA 17 – BOLSA DE VALORES DE SÃO PAULO

Período Índice Bovespa (Pontos) (1) (2) Variação Percentual (%) 2007 53.213 39,74 2008 55.329 3,98 2009 52.748 -4,66 2010 67.275 27,54 2011 61.348 -8,77 Jan 69.855 1,87 Fev 66.533 -4,75 Mar 67.255 1,08 Abr 67.429 0,26 Mai 63.823 -5,35 Jun 62.408 -2,22 Jul 60.508 -3,04 Ago 53.736 -11,19 Set 55.481 3,25 Out 54.515 -1,74 Nov 57.158 4,85 Dez 57.466 0,54 2012 --- --- Jan 60.577 5,41 Fev 65.435 8,02 Mar 66.571 1,74 Abr 62.578 -6,00 Mai 57.230 -8,55

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6. RISCO PAÍS

O risco-país é um indicador que mostra o grau de confiança (ou falta de confiança) dos investidores mundiais em relação a capacidade de pagamento das dívidas de um país. Quanto menor a possibilidade de um país honrar suas dívidas ou menor o grau de segurança proporcionado aos investidores, maior será o risco-país (e maior a possibilidade de não honrar débitos com credores). Quanto maior a possibilidade de não honrar compromissos, o país terá que pagar juros mais altos para os investidores que se dispuserem a adquirir seus títulos.

Quanto maior o índice de risco-país, maior a instabilidade econômica de países emergentes. O maior índice de risco-país do Brasil foi 2.436 pontos em setembro de 2002; o menor foi 147 pontos em agosto de 2011.

Em junho/2012 (1.º dia útil), o risco-país do Brasil foi o maior do ano: 249 pontos. Os valores do 1.º semestre de 2012, estão acima dos verificados em igual período de 2011. Apesar da intensificação dos indicadores de crise externa nos países desenvolvidos, após agosto/2011, o Brasil dispõe atualmente de condições de credibilidade e fundamentos econômicos comparados ao resto do mundo, que permitem não afetar o risco-país.

Fonte: www.ipeadata.gov.br (Consulta em 08/06/2012)

(*) Os valores mensais referem-se ao primeiro dia útil do mês.

TABELA 18 – RISCO PAÍS

Período Risco País (*) (pontos) Variação (%) 2006 239 -40,03 2007 182 -23,97 2008 281 54,4 2009 306 8,89 2010 204 -33,33 2011 --- --- Jun 176 7,32 Jul 147 -16,48 Ago 155 5,44 Set 201 29,68 Out 286 42,29 Nov 231 -19,23 Dez 216 -6,49 2012 --- --- Jan 223 3,24 Fev 216 -3,14 Mar 190 -12,04 Abr 177 -6,84 Mai 181 2,26 Jun 249 37,57

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8. VARIAÇÃO DO DÓLAR

O dólar em junho continuou a subir, atingindo o maior valor no ano: R$ 2,0344 no 1.º dia útil; a tendência de alta que se verifica indica elevação de 20% em relação à média do período abril-setembro de 2011. Os sólidos indicadores da economia brasileira que atraíam divisas e investimentos do exterior, em especial quando comparado ao desempenho de países da Europa, foram contaminados pelos efeitos restritivos da crise nos países do Euro, o que resultou em valorização do dólar, dado a maior procura. A grande saída de dólares para o exterior reduz a disponibilidade interna e eleva a respectiva cotação. Há possibilidade de continuidade na valorização do dólar nos próximos meses, desde que a crise européia se intensifique, o que afetará empresas brasileiras com dívidas em US$, pois a conversão irá exigir requer mais moeda nacional. O Banco Central optou em maio por vender dólares, a fim de conter a sua valorização e segurar a desvalorização do R$-real.

A cotação do US$ a partir de outubro/2011 até junho/2012 não favoreceu tanto as importações brasileiras como no primeiro semestre de 2011; beneficia sim os exportadores, considerando a desvalorização do Real-R$: 20% a 25% entre agosto-junho/2012. O dólar valorizado pressiona preços internos, dado a presença de 25% (aproximadamente) de importados (insumos e bens finais) na demanda interna. A valorização do dólar ocorre em diversas economias. No 1.º semestre de 2011, quando a queda do US$ prevalecia, o governo brasileiro chegou a adotar providencias para conter a entrada de divisas e proteger exportadores. Agora, a situação é totalmente inversa.

Fonte: www.bc.gov.br – (Câmbio e Capitais Internacionais – Taxas de câmbio – Cotações e boletins) (Consulta em 08/06/2012)

(*) Cotações com base no valor de compra do dólar no primeiro dia útil do mês, conforme Banco Central.

TABELA 19 – VARIAÇÃO DO DÓLAR (*)

Período 2009 (R$) 2010 (R$) 2011 (R$) 2012 (R$) Jan 2,3290 1,7232 1,6502 1,8676 Fev 2,3475 1,8765 1,6604 1,7370 Mar 2,4113 1,7992 1,6640 1,7146 Abr 2,2891 1,7693 1,6186 1,8308 Mai 2,1361 1,7307 1,5739 1,9143 Jun 1,9432 1,8247 1,5870 2,0344 Jul 1,9334 1,7998 1,5591 Ago 1,8361 1,7481 1,5543 Set 1,8821 1,7433 1,6032 Out 1,7786 1,6804 1,8804 Nov 1,7580 1,7036 1,7499 Dez 1,7285 1,7044 1,7922

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II. A T I V I D A D E E M P R E S A R I A L

Federação do Comércio do Paraná 9. COMÉRCIO VAREJISTA NO PARANÁ

9.1. Desempenho em Abril de 2012 1. INTRODUÇÃO

Ocorreu em abril de 2012 uma inversão no desempenho do comércio em relação a março: as vendas diminuíram na comparação com: mês anterior: -5,39%; mesmo mês do ano anterior: -0,79%; e, no acumulado do ano, o crescimento caiu : 3,67%. O mês de abril com 23 dias úteis teve o menor número de dias úteis do 1.º quadrimestre; março teve 27; fevereiro: 23,5; janeiro: 26 e abril de 2011 teve 24 dias úteis. O número de dias úteis pode influenciar nas vendas do mês, quando comparado a outros períodos com maior número. Os melhores desempenhos ocorreram no interior do Estado, nos polos de: Londrina, Maringá, Oeste e Foz do Iguaçu. Cabe esclarecer que a Pesquisa da FECOMERCIO-PR não avalia o desempenho de hotéis, restaurantes, turismo e prestação de serviços.

O governo constatou em abril/maio de 2012 uma redução nas vendas em alguns segmentos do varejo. Parcela desse comportamento pode ser associada a: esgotamento da capacidade de endividamento de muitos consumidores; alta do dólar em relação ao real, afetando preços de insumos e produtos finais importados. O governo procurou reduzir efeitos das limitações externas sobre a economia local adotando: continuidade da redução dos juros; incentivos tributários sobre: “linha branca”, móveis, e produtos específicos de material de construção, além de, mais recentemente, em maio, adoção do IPI reduzido para os automotivos. O governo demonstra preocupação em recuperar a demanda interna: nesse sentido, estão as novas linhas de financiamento com prazos maiores e juros menores. A crise econômica externa não afetou ainda de forma sensível o comércio interno, mas reflete um menor crescimento das exportações da indústria de transformação. As recentes providências em relação à redução do

“spread” bancário e remuneração da poupança, podem repercutir em adicional de vendas.

As limitações de economias do resto do mundo ainda geram contenções sobre a economia brasileira.

2. CAUSAS PRINCIPAIS DO DESEMPENHO

Como referências positivas no ano na economia brasileira e paranaense podem ser mencionados: 1) Aumento do salário mínimo nacional e regional;

2) Mercado de trabalho aquecido, em especial para mão-de-obra qualificada; 3) Elevação da média de remuneração em alguns segmentos;

4) Expansão da massa de salários, estimulando a demanda agregada; 5) Manutenção do financiamento habitacional;

6) Ascensão das classes D e E, com elevada propensão a consumir e ampliação da classe C. Como fatores restritivos podem ser mencionados:

a) aumento da inadimplência;

b) redução do potencial de endividamento de parcela dos consumidores; c) queda na produção industrial de ramos exportadores;

d) agricultura sofrendo limitações climáticas que afetam as receitas previstas. e) restrições burocráticas e tributárias que reduzem competitividade

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Federação do Comércio do Paraná 9. COMÉRCIO VAREJISTA NO PARANÁ

A desvalorização do R$ em relação ao US$, poderá incrementar exportações e reduzir importações, melhorando a balança comercial. É uma expectativa, condicionada ao desempenho das economias europeias (euro) e EUA. Um fator importante também para o bom desempenho do comércio foi a queda nos juros da taxa SELIC, referência importante para as demais taxas de mercado, inclusive no aspecto psicológico. Cabe destacar a possibilidade de farpas inflacionárias associadas à desvalorização cambial.

3. NÚMEROS

Uma síntese das vendas de abril consta a seguir.

Fonte: Pesquisa do Comércio Varejista da Fecomércio-PR

4. DESTAQUES NO PARANÁ EM ABRIL DE 2012:

4.1 Maiores crescimentos percentuais de vendas (faturamento) no Paraná:

Sobre Mês Anterior (%) Sobre mesmo mês

de 2011 (%)

Acumulado Do Ano (Jan-Abr) (%)

1. Vestuário 8,74 1.Farmácias e Perfumarias 6,55 1.Materiais de Construção 10,72 2. Farmácias e Perfumarias 0,82 2. Autopeças e acessórios 5,23 2. Livrarias e papelarias 10,56

3. Lojas de departamentos 0,43 3. Materiais de Construção 4,24 3. Cine-Foto-Som 9,28

4. Tecidos -2,36 4. Óticas 3,65 4. Óticas 8,53

5. Supermercados -2,66 5. Móveis, decorações e utilidades domésticas

3,19 5. Móveis, decorações e utilidades domésticas

7,90

4.2 Menores crescimentos percentuais de vendas (faturamento) no Paraná:

Sobre Mês Anterior (%) Sobre mesmo mês

de 2011 (%)

Acumulado Do Ano (Jan-Abr) (%)

1. Concessionárias de veículos -14,32 1. Concessionárias de veículos -12,57 1. Concessionárias de veículos -5,80 2. Cine-Foto-Som -13,89 2. Supermercados -5,71 2. Vestuário tos 0,07 3. Livrarias e papelarias -11,94 3. Lojas de Departamentos -3,61 3. Lojas de Departamentos 0,09

4. Óticas -9,43 4. Calçados -2,50 4. Calçados 0,24

5. Calçados -9,15 5. Tecidos -2,00 5. Combustíveis e Lubrificantes 1,19

4.3 Polos pesquisados e Ramos de maior e menor crescimento em 2012 (acumulado do ano):

TABELA 20 – VARIAÇÃO DAS VENDAS EM ABRIL DE 2012 Variação das Vendas:

Abril-2012 em relação a RM de Curitiba (%) Londrina (%) Maringá (%) Oeste (%) Foz do Iguaçu (%) Ponta Grossa (%) PARANÁ (%) 1. Mês anterior -7,85 -2,39 -2,49 -3,50 -4,31 -9,02 -5,39

2. Mesmo mês ano anterior -8,56 7,63 9,34 8,43 10,01 -3,00 -0,79

3. Acumuladas no ano -3,53 11,27 10,76 13,19 11,18 1,75 3,67 RM de Curitiba (%) Londrina (%) Maringá (%)

Oeste (%) Foz do Iguaçu (%) Ponta Grossa (%) Maior crescimento Óticas 5,50 Livrarias e Papelarias 38,37 Materiais de construção 31,90 Materiais de construção 34,53 Tecidos 35,69 Concessionárias de veículos 21,26 Menor crescimento Vestuário -10,30 Calçados -7,22 Calçados -5,55 Óticas -15,97 Concessionárias de veículos -8,03 Vestuário -19,47

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Federação do Comércio do Paraná

9. COMÉRCIO VAREJISTA NO PARANÁ

5. ASPECTOS IMPORTANTES DO DESEMPENHO POR RAMO DO VAREJO:

5.1 Materiais de construção: na sequência da boa performance de 2011, esse ramo começa 2012 no mesmo ritmo de crescimento, estimulado por queda nos juros, maiores financiamentos e renda crescente.

5.2 Concessionárias de veículos: apresenta a maior queda de 2012. As vendas em 2011 superaram 2010. O financiamento está mais restrito, com maiores exigências bancárias. Os incentivos fiscais diminuíram. A criação do adicional de IPI sobre importados poderá melhorar vendas de nacionais em 2012. A valorização do dólar eleva preço de peças importadas e encarece o preço final. A crise externa restringiu exportações. A inadimplência poderá crescer nesse segmento. No curto prazo, as vendas só poderão crescer com incentivos do governo, tipo redução de IPI do segmento, ou menor margem de lucro das montadoras.

5.3 Móveis, decorações e utilidades domésticas: desempenho positivo mantido em 2012- cresceu quase 8% no quadrimestre- aquecido pela ocupação de imóveis novos e redução do IPI.

5.4 Combustíveis e lubrificantes: queda na safra de cana e opção das usinas pelo açúcar com preço melhor, impediram ao etanol competir com a gasolina, que teve redução na participação do etanol na mistura: de 25% para 20%. Devido a necessidade da Petrobrás melhorar sua receita, a expectativa é de aumento no preço da gasolina em julho, com reflexos na taxa de inflação. O crescimento desse ramo está associado ao adicional de carros em circulação e intensidade de utilização: viagens, lazer, etc. A qualidade do transporte público nos centros urbanos não restringe os carros particulares.

5.5 Supermercados e hipermercados: a continuidade do crescimento em 2012 está relacionado à melhoria de renda das classes D e E e melhoria no padrão de consumo da classe C. As regiões Oeste (Cascavel, Toledo e Mal. Candido Rondon) e Foz do Iguaçu cresceram mais que demais regiões.

5.6 Farmácias e perfumarias: Os genéricos demonstram crescente participação nas vendas; a guerra de preços das grandes redes estimula vendas e prejudica pequenas farmácias e redes. Um estímulo adicional para o segmento é a mudança de estação: outono – inverno.

5.7 Autopeças e acessórios: vendas crescentes em 2012, com interior melhor que RM de Curitiba. Peças importadas podem encarecer com o dólar valorizado. No 1.º quadrimestre cresceu quase 6,0%. 5.8 Óticas e cine-foto-som: ramos que tiveram o incentivo de inovações e novos designs que estimularam o consumidor; o dólar valorizado não prejudicou vendas. Trabalham com larga margem de importados, mas enfrentam a concorrência de produtos “piratas” ou com entrada ilegal.

5.9 Livrarias e papelarias: tem desempenho sazonal, com picos em janeiro-fevereiro e julho, associado ao início do semestre escolar. No 1.º quadrimestre cresceu mais de 10% sobre igual período de 2011. Tem venda crescente de produtos associados à informática, e material de escritório, DVDs e brinquedos. 5.10 Calçados: os lançamentos de outono-inverno ainda não se refletiram em vendas adicionais significativas. Concorre com lojas de departamentos e supermercados, que vendem mesmos produtos. 5.11 Vestuário: crescimento ainda não reflete a mudança de estação, novos modelos e designs, etc. Pode até ser efeito de um redirecionamento de gastos dos consumidores.

5.12 Lojas de departamentos: Em 2012 ainda não cresceu. Oferecem amplo leque de produtos, muitos dos quais típicos de outros ramos, o que favorece vendas, pela concentração de opções. Tem grande poder de negociação com fornecedores. Há concorrência acirrada no segmento. Muito do que oferecem também é disponibilizado por super e hipermercados.

Referências

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