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VARIAÇÃO DA DENSIDADE BÁSICA DA MADEIRA DE ESPÉCIES E PROCEDÊNCIAS DE PINUS CENTRO-AMERICANOS EM TRÊS LOCAIS NA REGIÃO DOS CERRADOS RESUMO

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VARIAÇÃO DA DENSIDADE BÁSICA DA MADEIRA DE ESPÉCIES E PROCEDÊNCIAS DE PINUS CENTRO-AMERICANOS EM TRÊS LOCAIS NA

REGIÃO DOS CERRADOS

Vicente Pongitory Gifone Moura* Maria Luiza Spinelli Parca** Marco Aurélio Silva***

RESUMO

Procedências de Pinus oocarpa Shiede, Pinus caribaea Morelet /var. hondurensis (Senecl.) Barret & Golfari, Pinus caribaea Morelet var. bahamensis (Griseb). Barret & Golfari e Pinus patula Schiede & Deppe subsp. tecunumanii (Eguiluz & Perry) Styles foram avaliadas quanto à densidade básica da madeira, e parâmetros de crescimento em Planaltina (DF), Serranópolis (GO) e Jaciara (MT) dentro da região dos cerrados. Diferenças significativas foram encontradas tanto para locais como para procedências: a Interação Genótipo Ambiente - IGA, foi também significativa, embora tenha contribuido pouco para a variação total. Para local, a densidade básica variou de 0,37 g/cm3 (Pinus caribaea var. hondurensis de Alamicamba) em Planaltina a 0,44 g/cm3 (Pinus oocarpa de Pimientilla) em Serranópolis; no geral, as médias foram menores em Planaltina, local de maior altitude, e maiores em Jaciara, local de menor altitude. As procedências de P.

oocarpa foram as que apresentaram as maiores densidades básicas, em todos os

locais. As procedências de P. caribaea foram as de maior instabilidade, variando positivamente à medida que a altitude do local de plantio diminuía. As correlações significativas entre densidade básica e dados de crescimento foram poucas, sendo dispersas dentro de local e procedências. Seleções para densidade básica devem ser feitas dentro de local e por procedência. A procedência de Dipilto de P.

oocarpa, foi a que mais se destacou em densidade básica e crescimento,

principalmente altura. Procedências de P. patula subsp. tecunumanii apresentaram excelente crescimento, porém, a densidade ficou abaixo da média. As procedências de P. caribaea var. hondurensis foram as que apresentaram as maiores variações tanto em densidade básica como em crescimento. P. caribaea var. bahamensis, foi a de menor crescimento em todos os locais e sua densidade básica sempre esteve abaixo da média local, exceto em Jaciara.

PALAVRAS-CHAVE: Melhoramento, Pinus oocarpa, Pinus caribaea var.

hondurensis, Pinus caribaea var. bahamensis, Pinus patula,

qualidade da madeira.

*

Eng. Florestal, Ph.D., CREA n° 16105/D, Pesquisador da EMBRAPA - Centro de Pesquisa Agropecuária dos Cerrados.

**

Eng. Florestal, B. Sc., CREA n° 7987/D, Universidade de Brasília. ***

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WOOD BASIC DENSITY VARIATION OF CENTRAL AMERICAN PINE PROVENANCES AND SPECIES IN THREE "CERRADO" LOCATIONS.

ABSTRACT

The wood basic density and growth parameters of provenances of Pinus oocarpa Shiede, Pinus caribaea Morelet var. hondurensis (Senecl.) Barret & Golfari, Pinus

caribaea Morelet var. bahamensis (Griseb). Barret & Golfari and Pinus patula

Schiede & Deppe subsp. tecunumanii (Eguiluz & Perry) Styles were evaluated in Planaltina (DF), Serranópolis (GO) and Jaciara (MT) in the "cerrado" region. Significant differences were found between sites and provenances. Genotype environment interaction (GEI) was also significant but its contribution to the total variation was small. Within sites, the wood basic density varied from 0,37 g/cm3 (Pinus caribaea var. hondurensis from Alamicamba) in Planaltina to 0,44 g/cm3 (Pinus oocarpa from Pimientilla) in Serranópolis; the overall provenance means were smaller in Planaltina (site of higher altitude) than in Jaciara (site of lower altitude). The P. oocarpa provenances increased its wood basis density with the lowering of altitude plantation site. The significant correlations index between basic density and growth parameters (height and DBH) were just a few, being disperse within sites and provenances should be done within sites and by provenance. The Dipilto provenance of P. oocarpa presented the best performance both in wood basic density and growth, mainly height. The provenances of P. patula subsp.

tecunumanii presented the best growth but wood basic density was lower than the

average in all sites. The provenances of P. caribaea var. hondurensis showed the highest variation both in basic density and growth. P. caribaea var. bahamensis, in all sites presented the lowest rate of growth and its basic density was always below the average, except in Jaciara.

KEY-WORDS: Improvement, Pinus oocarpa, Pinus caribaea var. hondurensis,

Pinus caribaea var. bahamensis, Pinus patula, wood quality. 1. INTRODUÇÃO

Os testes internacionais com espécies de Pinus spp. têm o potencial de fornecer valiosas informações no controle genético e ambiental da variação e da interação genótipo-ambiente (IGA).

Um programa cooperativo internacional foi delineado através do Oxford Forestry Institute (OFI), e o Brasil é um dos países participantes com experimentos instalados em várias partes do seu território.

Como parte deste programa, alguns ensaios foram instalados pelo Projeto de Desenvolvimento e Pesquisa Florestal (PRODEPEF) e, posteriormente, pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), em áreas de cerrado. Tais ensaios estão sendo avaliados através de um grande número de características de campo. No âmbito tecnológico, a densidade da madeira vem merecendo a maior atenção, já que este caráter é um bom indicador das propriedades mecânicas e do potencial de utilização da madeira (HANS, 1974), podendo tanto afetar a qualidade, a produção de polpa como as propriedades da madeira sólida e seus derivados.

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O objetivo do presente trabalho é estudar as variações de densidade básica da madeira entre espécies e procedências de Pinus e suas interações com o ambiente, em experimento instalado em três locais dentro da região do cerrado, visando a seleção de material para plantio.

2. MATERIAL E MÉTODOS

As espécies/procedências com suas respectivas localizações geográficas e dados climáticos da região de origem estão na Tabela 1 e na Figura 1.

O experimento foi instalado em três diferentes locais dentro da região dos cerrados, em Planaltina (DF), Serranópolis (GO) e Jaciara (MT). As coordenadas geográficas e dados de clima destes locais estão dispostos na Tabela 2.

O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com doze tratamentos e cinco repetições, em parcelas quadradas de 49 plantas dispostas num espaçamento de três metros entre plantas, com bordadura de uma linha.

Para o cálculo da densidade básica, amostras de madeira (baguetas) foram retiradas de seis árvores escolhidas aleatoriamente, após pré-amostragem que determinou ser este o número mínimo aceitável.

As baguetas foram retiradas com o auxílio de Sonda "Pressler" (5 mm) à altura do peito, no sentido leste-oeste. Estas baguetas foram divididas, na região da medula. Obtiveram-se, separadamente, os pesos das partes leste e oeste, a fim de detectar diferenças de densidade entre as partes analisadas. Para o cálculo da densidade básica usou-se o método do máximo teor de umidade, descrito por SMITH (1954).

Durante a coleta das baguetas, medidas de altura e diâmetro à altura do peito foram tomadas para as seis árvores amostradas. Estes dados, juntamente com os de densidade básica, foram submetidos a uma análise de variância (ANOVA) (SAS, 1985) e as comparações entre médias dos tratamentos foram feitas através de Teste Duncan. Correlações foram feitas entre os dados de densidade e os de crescimento para se verificar até que ponto estes podem influenciar a densidade básica do material, calculados de acordo com o método de Pearson.

Como os resultados da análise de variância mostraram diferenças significativas entre as médias feitas nos dois lados, optou-se adotar nas discussões a densidade básica média.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados da análise de variância conjunta para densidade básica estão apresentados na Tabela 3. Verifica-se que o local foi o responsável pelo maior percentual da variância total, contribuindo com 55,4%, enquanto procedência contribuiu com cerca da metade deste valor (25,8%). Embora a interação genótipo-ambiente (IGA) tenha sido significativa (P > 0,006), sua contribuição para a variância total foi pequena, apenas 6,3%. Esta mesma tendência foi verificada por BARNES et al. (1977) em trabalho com estas espécies na África. Dentro de uma mesma espécie de Pinus tropical, a IGA do parâmetro densidade básica tem sido reportada como irrelevante (BARNES et al., 1977; BARNES et al., 1983 e WRIGHT et al., 1986 e 1987), porém isto necessariamente não acontece entre variedades de uma espécie e entre espécies (BIRKS & BARNES, 1990). Esta

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última afirmação está de acordo com os resultados encontrados neste trabalho. Diferenças significativas não foram verificadas entre as médias gerais de densidade básica entre os locais Serranópolis e Jaciara. No entanto, as médias destes foram significativamente diferentes das verificadas em Planaltina, onde a densidade foi menor (Tabela 4).

A média geral de densidade básica nos três locais mostrou superioridade das procedências de Po, seguida das de Pch, de Ppt e da de Pcb (Figura 2 e Tabela 5). As maiores diferenças entre médias de densidade básica foram para as procedências de Pch, com a procedência de Poptun terceira em ordem decrescente e Alamicamba, a última.

Na Figura 3 e Tabela 6, estão mostradas as densidades básicas médias de espécies/procedências por local. As diferenças entre médias de densidade básica foram altamente significativas em Planaltina e Serranópolis e apenas significativas em Jaciara (Tabela 7). Em Planaltina as procedências de Po apresentam as maiores densidades, juntamente com a procedência de Poptum de Pch. As procedências de Ppt apresentaram as menores densidades, juntamente com as procedências de Alamicamba e Culmi de Pch e a de Andros do Pinus caribaea var. bahamensis (Pcb).

Em Serranópolis, todas as espécies/procedências apresentaram médias de densidade básica superiores às de Planaltina. A única exceção registrada aconteceu com a procedência de Los Limones de Pch. Em Planaltina, esta procedência foi a sétima e, em Serranópolis, a última.

Em Jaciara, a faixa de distribuição das médias de espécies/ procedências foi bem menor do que nos outros dois locais. Neste local a superioridade do conjunto das procedências de Po não foi tão nítida e também notou-se uma elevação das médias de algumas procedências de Pch e da procedência de Andros do Pcb.

As correlações feitas com as médias de densidade básica entre locais foram positivas e significativas (Tabela 8) entre Planaltina e Serranópolis e entre Planaltina e Jaciara, entretanto, não significativas entre Jaciara e Serranópolis, corroborando com o acima exposto. Isto demonstra a mudança de comportamento das procedências de Po e Pch em Jaciara.

Na Figura 4 e Tabela 9 são mostradas as médias por conjunto de procedência das quatro espécies estudadas nos três locais. Os resultados sugerem que tanto a altitude do local de plantio como a da origem das sementes podem influenciar a densidade básica. As procedências de Ppt, originárias de altitude elevada, em Jaciara, local de menor altitude, apresentaram os menores valores de densidade. Enquanto a procedência de YucuI, em Planaltina, apresentou densidade básica acima da média geral de espécies/procedências (Tabela 6 e Figura 3), comportamento inverso foi verificado para a procedência de Andros (10 m de altitude) de Pcb, onde a maior densidade foi verificada em Jaciara, local de altitude baixa e de clima de características mais tropicais. Condições de maior tropicalidade de acordo com BIRKS & BARNES (1990) parecem favorecer positivamente a densidade de Pcb; evidências deste fato são encontradas nos trabalhos de BARNES et al. (1977) em Gonye e Chiwengwa (Zimbabwe) e, também com os de SHIMIZU & MASSAKI (1990). Em Araquari (50m de altitude), no litoral de Santa Catarina, a densidade básica de Pcb foi significativamente mais alta do que em Agudos, e Capão Bonito (SP) com 550 e 647 metros de altitude, respectivamente. Esta tendência de aumento de densidade em condições de maior tropicalidade tem sido relatada como normal para a

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espécie P. caribaea (WRIGHT et al., 1987).

Enquanto as procedências de Alamicamba de Pch e de Mt. Pine Ridge de Ppt apresentaram comportamento similar nos três locais, com densidade básica sempre abaixo da média, a procedência de Poptun de Pch, juntamente com as procedências de Po, apresentaram as mais altas densidades. Para estas procedências, o fator altitude aparentemente não teve nenhuma influência. As procedências de Culmi e de Los Limones de Pch apresentaram alta instabilidade nos três locais. Esta última procedência apresentou resposta altamente positiva em Jaciara. Em Planaltina e Serranópolis esteve na sétima e décima segunda posição, respectivamente, enquanto, em Jaciara, foi a terceira.

As médias de altura e diâmetro estão apresentadas na Tabela 10. As diferenças entre as médias de altura e diâmetro foram significativas tanto para local como para procedências, porém a IGA foi significativa apenas para o parâmetro altura (Tabela 11 e Figura 5). GIBSON (1982) também não encontrou maiores efeitos da IGA para parâmetros de produtividade em espécies de Pinus tropicais. As médias gerais de altura variaram de 15,1 a 16,9 m, nos três locais, (Tabela 12) com Planaltina e Serranópolis não apresentando diferenças significativas entre si, porém superiores às médias de espécies/procedências em Jaciara.

As médias gerais de DAP variaram de 14,5 a 17,8 cm, com Planaltina significativamente inferior à Serranópolis, e Jaciara não apresentando diferenças entre os outros dois locais (Tabela 12).

As médias gerais de altura de procedências para os três locais variaram de 13,6 a 17,4 m, com superioridade para as procedências de Ppt e a de Mt. Pine Ridge de Pch e a de Dipilto de Po. Pcb apresentou o menor crescimento juntamente com as procedências de Pimientilla e San Juan de Po (Tabela 10).

As diferenças para DAP foram menores do que para altura, variando de 13,2 a 17,4 cm. Procedências de Pch (Los Limones, Mt. Pine Ridge e Alamicamba), juntamente com a procedência de YucuI de Ppt, apresentaram os maiores valores de DAP. Entretanto, somente a procedência de YucuI foi significativamente diferente das procedências de Pimientilla de Po e de Andros de Pcb, última na ordem.

Devido à ausência de IGA para DAP, para cada local, serão discutidos apenas as diferenças das médias de altura. (Tabela 13 e Figura 7).

Da análise dos dados, verifica-se que nos três locais, Pcb apresentou sempre o menor crescimento em altura. Ao contrário, as procedências de Dipilto de Po, a procedência de Mt. Pine Ridge de Pch e a procedência de Yucult de Ppt apresentaram os maiores valores para altura colocando-se entre as cinco melhores.

Todas as procedências de Ppt, Pcb e Po, (exceto a procedência de Mal Paso), apresentaram-se estáveis no ordenamento das médias nos três locais. A procedência de Poptun, de Los Limones e de Alamicamba de Pch foram as mais instáveis, e com certeza as que mais contribuíram para a IGA; enquanto a procedência de Poptun de Pch, cresceu mais em Planaltina e Serranópolis, as procedências de Los Limones e de Alamicamba desta mesma espécie apresentaram excelente crescimento em Jaciara. Tentativas foram feitas para explicar o comportamento instável destas três procedências através de comparações entre as coordenadas geográficas de origem da semente com as de plantio, porém não foi obtido nenhum êxito.

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Os resultados das correlações entre os dados de densidade básica e de crescimento por local estão apresentados na Tabela 14. Nota-se que, a nível de indivíduo, dentro de local, DAP não teve nenhuma influência na densidade básica, haja vista, a ausência de significância. Estes resultados concordam com os encontrados por BARNES et al. (1977), PINHEIRO et al. (1983) e HOUKAL et al. (1988). Embora fracamente, o parâmetro altura influenciou significativamente a densidade básica em Serranópolis e em Jaciara, porém apenas 11 e 19% da variação entre estes dois parâmetros é explicada. Já em Planaltina não existiu nenhuma correlação.

Para DAP, as correlações efetuadas a nível de procedências dentro de local, num total de 36, somente para quatro procedências verificou-se correlação significativa. Estas ocorreram em Serranópolis para a procedência de YucuI (r = 0,45; p < 0,012) de Ppt e em Jaciara para as procedências de Dipilto (r = 0,38; p < 0,033) e Mal Paso (r = 0,36; p < 0,050) de Po e YucuI (r = 0,37; p < 0,040) de Ppt.

Para altura, o nível de correlação com densidade básica média foi bem melhor se comparada a DAP. O dobro de procedências apresentou correlação altamente significativa. Para este parâmetro o fato foi observado nos três locais. Em Planaltina, para as procedências de Dipilto (r = 0,36; p < 0,046) e San Juan (r = 0,38; p < 0,035) (Po); em Jaciara para as procedências de Los Limones (r = 0,39; p < 0,032) (Pch), Dipilto (r = 0,41; p < 0,023) (Po) e YucuI (r = 0,48; p < 0,007) (Ppt); em Serranópolis para as procedências de Poptum (r = 0,47; p < 0,008) (Pch), YucuI (r = 0,39; p < 0,032) (Ppt) e Andros (r = 0,51; p < 0,003) (Pcb). Estes resultados demonstram que crescimento tem pouca ou nenhuma influência na densidade básica e que esta influência está condicionada às condições do local de plantio, como também às espécies/procedências. Este tipo de comportamento errático também foi observado para procedências de Eucalyptus camaldulensis por MOURA (1987). Isto reforça a idéia de que tanto para Pinus como para

Eucalyptus necessariamente densidade básica não está condicionada ao

crescimento das árvores.

Num programa de melhoramento, a seleção de indivíduos para densidade básica deve ser feita dentro de procedências, e a selecão destes independe de sua taxa de crescimento.

4. CONCLUSÕES

Tanto local como procedência tem efeito significativo na densidade básica. Procedências de Po, independente do local de crescimento, apresentaram as mais altas densidades. Esta superioridade foi mais diferenciada em Planaltina e em Serranópolis, locais de maior altitude, do que em Jaciara.

As procedências de P. caribaea apresentaram maior instabilidade em relação às outras procedências das espécies estudadas. Ao contrário, procedências de Po e Ppt foram mais estáveis no ordenamento das médias gerais. Para estas espécies, densidade básica está sob um mais forte controle genético.

Altitude do local de plantio influenciou marcantemente as médias de densidade básica, sendo mais evidente em P. caribaea. Condições de altitude baixa e, conseqüentemente, mais tropicais, favorecem positivamente a densidade básica desta espécie.

A procedência de Dipilto de P. oocarpa foi a que mais se destacou em densidade básica e crescimento, principalmente altura. Procedências de P. patula

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subsp. tecunumanii apresentaram excelente crescimento, porém a densidade ficou abaixo da média. As procedências de P. caribaea var. hondurensis foram as que apresentaram as maiores variações tanto em densidade básica como em crescimento. P. caribaea var. bahamensis foi a de menor crescimento em todos os locais e sua densidade básica sempre esteve abaixo da média, exceto em Jaciara. Taxa de crescimento teve influência irrelevante na densidade básica e quando presente esteve condicionada a local e procedência.

A seleção de indivíduos para densidade básica é inteiramente dependente do local do plantio, da espécie/procedência e independe de sua taxa de crescimento. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARNES, R.D.; WOODEND, J.J.; SCHWEPPENHAUSER, M.A.; MULLIN, L.J. Variation in diameter growth and wood density in six-year-old provenance trial of Pinus caribaea Morelet on five sites in Rhodesia. Silvae Genetica, v.26, n.5/6, p.163-167, 1977.

BARNES, R.D.; GIBSON, G.L.; BARLEY, M.A. Variation and genotype-environment interaction in international provenance trial of Pinus caribaea var.

hondurensis and implications for population improvement strategy. Silvicultura, v.8, n.29, p.35-43, 1983.

BIRKS, J.S.; BARNES, R.D. Provenance variation in P. caribaea, P. oocarpa and P. patula ssp. tecunumannii. Oxford Foresty Institute-Departament of Plant Sciences, University of Oxford, 1990, (Tropical Forestry Papers, 21).

GIBSON, G.L. Genotype-enviroment internaction in Pinus caribaea. Oxford: Unit of Tropical Sivilculture. Commonwealth Forest Institute, University of Oxford, 1982. 112p.

HANS, A.S. Artificial Eucalyptus grandis X tereticornis hybrids: survival, growth and wood density studies. East African Agricultural and Forestry Journal, n.39, p.321-324, 1974.

HOUKAL, D.; PONCE, E.; VILLALOBOS, D. Within-tree variation of wood specific gravity in ocote pine.Turrialba v.38, n.2 p.97-104, 1988.

MOURA, V.P.G.; BARNES, R.D.; BIRKS, J.S. A comparison of three methods of assessing wood density in provenances of Eucalyptus camaldulensis Dehnh and other Eucalyptus species in Brazil. Australian Journal of Scientific Research, n.7 p.83-90, 1987.

PINHEIRO, G. de S.; PONTINHA, A. de A.S.; SOUZA, W.A. Determinação da densidade básica de Pinus elliottii Engelm var. elliottii a três diferentes idades, em Itapetininga. Boletim Técnico do Instituto Florestal, n.37, p.19-29, 1983.

SAS Instituto Inc. SAS user's guide: statistics version 5 edition. Cary, 1985. 956p. SHIMIZU, J.Y.; MASSAKI, K. Crescimento e qualidade de fuste de espécies e

procedências de Pinus tropicais em São Paulo e Santa Catarina. In: CONGRESSO FLORESTAL BRASILEIRO, 6., 1990, Trabalhos convidados. São Paulo: SBS, 1990. p.104-108. (Publicado em silvicultura, 42, 1990).

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WRIGHT, J.A.; GIBSON, G.L.; BARNES, R.D. Provenance variation in stem volume and wood density of Pinus caribaea, P. oocarpa and P. patula ssp.

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WRIGHT, J.A.; GIBSON, G.L.; BARNES, R.D. Variation in stem volume and wood density of P. caribaea, P. oocarpa and P. patula ssp. tecunumanii in Zambia. Commenweath Forestry Review, v.65, n.1, p.202, 1986.

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