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Diagnóstico da carência de macronutrientes em tres variedades de Pinus caríbaea I. sintomas visuais e efeitos sobre a produção de materia seca.

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Academic year: 2017

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DIAGNÓSTICO DA CARÊNCIA DE MACRONUTRI ENTES EM TRES V A R I E ¬ DADES DE Pinus c a r í b a e a

I. SINTOMAS V I S U A I S E EFEITOS SO-BRE A PRODUÇÃO DE MATERIA SECA*

Hermini E.P. M a r t i n e z * * Henrique P. H a a g * * * Claudio H. Brucker** A n t o n i o R. D e c h e n * * *

RESUMO

Com o o b j e t i v o de determinar os sinto-mas visuais de c a r ê n c i a e os efeitos da omissão de m a c r o n u t r i e n t e s na produção de m a t é r i a seca de mudas de Pinus cari-baea v a r . hondurensis, Pinus c a r i b a e a var. bahamensis e Pinus caribaea var. c a v i b a e a , realizou-se um experimento de v a s o s , em casa de v e g e t a ç ã o , em Piraci-c a b a , SP.

* Parte da tese do 1º autor a p r e s e n t a d a à E.S.A. "Luiz de Q u e i r o z " - U S P . Entregue para publicação em

1 5 / 1 0 / 1 9 8 5 .

** Fundação Universidade Federal do Mato Grosso - Curi¬ t i b a , M T .

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Foram e m p r e g a d o s os t r a t a m e n t o s : c o m p l e ¬ to, c o m omissão de n i t r o g ê n i o , com omis¬ são de fósforo, com omissão de potássio, com o m i s s ã o de c á l c i o , com o m i s s ã o de magnésio e com omissão de e n x o f r e .

Usou-se sílica lavada como s u b s t r a t o , irrigando-se as plantas duas vezes ao dia com as soluções c o r r e s p o n d e n t e s . Após o e s t a b e l e c i m e n t o dos sintomas de carência as plantas foram c o l h i d a s , se-paradas em acículas s u p e r i o r e s , acícu¬ las inferiores, ramos e raízes, secas a 75 ºC em estufa e pesadas.

Descreveram-se os sintomas de c a r ê n c i a , sendo que só os de nitrogênio para as três v a r i e d a d e s , fósforo e m a g n é s i o pa-ra Pinus caribaea var. hondurensis e en¬ xofre para Pinus caribaea var. caribaea, foram c a r a c t e r í s t i c a s .

As produções de matéria seca foram re-duzidas pelas omissões de n i t r o g ê n i o ,

fósforo e enxofre para Pinus caribaea. var. hondurensis, nitrogênio e e n x o f r e para Pinus caribaea. var. caribaea, e ni¬ trogênio para Pinus caribaea var. b a h a ¬ mensis.

INTRODUÇÃO

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áreas abandonadas e erodidas (FOWELLS e KRAUSS, 1 9 5 9 ) , porém, o aumento do preço das terras na região sul e su-d e s t e , assim como a política su-de incentivos fiscais ao se tor, forçando o caminhamento da silvicultura para as re-giões centro-oeste e n o r d e s t e , formadas de solos pobres ou áreas de baixa p1u v i o s í d a d e , tem feito surgir p r o b l e -mas nutricionais de difícil solução, devido ã escassez de pesquisas nessa área (FOWELLS e KRAUSS, 1 9 5 9 ; CARVA-LHO et a l í i , 1 9 8 3 ) , o que é ainda agravado pelas crescen tes p o s s i b i l i d a d e s de total utilização das á r v o r e s , re-sultando em grande e x p o r t a ç ã o de nutrientes (MILLER et a l i i , 1 9 7 6 ) .

A necessidade nutricional das árvores é de difícil e s t u d o , devido ao seu grande porte e ao longo ciclo de

sua vida (MILLER et a l i i , 1 9 7 0 ) , sendo a diagnose a p u r a da das d e f i c i ê n c i a s nutricionais um prérequisito e s s e n -cial para o uso eficiente dos fertilizantes (STEWART e SWAN, 1 9 6 6 ) .

A d e f i c i ê n c i a de nitrogênio em P. e china t-a M i l l , P. vesinosa A i t . , P. rigida M i l l , P. taeda L., P. v'rgf-niana. M i l l , P. sy I vet; iris L. e /'. dliottid Engelm, de modo geral c a r a c t e r i z a s e por e n c u r t a m e n t o e a m a r e l e c i -mento das a c í c u l a s , iniciando-se o sintoma pelas mais ve

lhas, e com intensidade de descoloraçao proporcional a intensidade da carência (HOBBS, \3hh; FOWELLS e KRAUSS, 1*950; MALAVOLTA et a l i i , 1968 e BAULE e FRICKER, 1 9 7 0 ) . Em P. taeda L. e P. taeda L. e P. vivginiana Mill FO-WELLS e KRAUSS (1959) o b s e r v a r a m o endurecimento das acj_ c u i a s , enquanto que HACKAYLO et alii (1969) e MALAVOLTA

et alii (1968) n o t a r a m o a p a r e c i m e n t o de cor p a r d a , mar-rom e avermelhada na ponta das acículas mais velhas em P. sytvestris L. e P. elliottii E n g e l m , respectivamente. Nesta ú l t i m a , as acículas a f e t a d a s passaram a destacar--se com facilidade.

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recimento de frutos (MALAVOLTA et a l i i , 1 9 6 8 ; BAULE e FRICKER, 1 9 7 0 ) .

Quanto ao sistema radicular, BAULE e FRICKER (197O) indicam que a carência de nitrogênio promove gran_

de c r e s c i m e n t o , uma vez que a planta deficiente c o n c e n -tra energia na procura do elemento. Esse fato está de acordo com o o b s e r v a d o por INGESTAD ( i 9 6 0 ) e HACKAILO et a l i i , 1 9 6 9 . 0 primeiro o b s e r v o u raízes finas e c o m p r i -das em P. sylvestris L. deficiente em N , enquanto que o segundo relata o surgimento de raízes a b u n d a n t e s , f i b r o -sas e de c o l o r a ç ã o marrom quase n e g r a . FOWELLS e KRAUSS ( I 9 5 9 ) , no e n t a n t o , e n c o n t r a r a m raízes m e n o r e s , menos ro b u s t a s , por vezes sem pelos radiculares, tendo as mais curtas coralóide em P. taeda L. e P. virginiana Mill d e -f i c i e n t e s .

Na literatura são referidos os seguintes sintomas de deficiência de fósforo para as diversas espécies de Pinus: descoloração das acículas (BAULE e FRICKER, 1970); d e s e n v o l v i m e n t o de c o l o r a ç ã o verde-escuro ou verde-azula_ do (INGESTAD, 1 9 6 0 ; HACKAYLO e t alii , 1969) em plantas jovens de P. sylvestris L.; ao que se segue avermelhamer^ to, d e s e n v o l v i m e n t o cTe coloração parda ou m a r r o m e, f i -n a l m e -n t e , -necrose (HOBBS, 1 9 ^ ; MALAVOLTA et al i i , 1 968; HACKAYLO e t a l i i , 1969 e BAULE e FRICKER, 1970) em P.

eehinata M i l l , P. rigida M i l l , P. resinosa A i t , P. el-liottii Engelm e P. sylvestris L . ) .

Os sintomas são mais evidentes no verão (BAULE e FRICKER, 1970) e começam pelas acículas mais velhas (HOB BS, ISkk; FOWELLS e KRAUSS, 1 9 5 9 ; MALAVOLTA e t alii, 196"8" e BAULE e FRICKER, 1 9 7 0 ) , da ponta para a base (MALAVOL^ TA e t a l i i , 1 9 6 8 ) , provocando abei são prematura (FOWELLS e KRAUSS, 1 9 5 9 , em P. elliottii Engelm e FLINN et a l i i ,

1982) em P. vadiata D.Don).

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honduven-sis Barr & G o l f , tinham acículas m a i s finas e m e n o r e s , estando as pontas das mais velhas m o r t a s . Havia poucas

ramificações laterais e as plantas mostravam-se raquíti-c a s . Para essa e s p é raquíti-c i e , reduções no raquíti-cresraquíti-cimento foram o b s e r v a d a s também por DICK ( 1 9 6 9 ) , citado por LAMB

( 1 9 7 3 ) , dois anos após a implantação de experimento c o m e sem aplicação de fósforo e m solo arenoso da Costa da Tanzânia e por CAMERON et alii ( 1 9 8 1 ) , e m experimento de adubaçao realizado em M e l v i n e , na A u s t r á l i a . 0 mesmo ocorreu c o m P. radiata D. Don de q u a t r o anos de idade, em N a r b e t h o n g , na A u s t r á l i a (FLINN e t a l i i , 1 9 8 2 ) .

Quanto ao sistema radicular, HACKAYLO e t alii

(1969) o b s e r v a r a m a formação de raízes e s p a r s a s , c o m p e -quena ramificação lateral e c o l o r a ç ã o preto a v e r m e l h a d a , em plantas jovens de P. sylvestris L. d e f i c i e n t e s .

Há grande semelhança entre o s sintomas de deficiêr^ cia de potássio reportados para as diferentes espécies de Pinus e m diferentes locais e idades. BAULE e FRICKER

(1970) relatam que em c o n í f e r a s , de modo g e r a l , as acícu Ias se tornam v e r d e - a m a r e l a d a s e depois pardo-amareladas. Com o aumento da intensidade, podem tornar-se marrom a v e r m e l h a d a s ou m a r r o n s , podendo sucumbir. Sintomas se-melhantes foram d e s c r i t o s por M A L A V O L T A e t alii (1968) e

RAUPACH e HALL ( 1 9 7 0 , que trabalharam com P. elliottii Engelm e e m P. radiata D. D o n . HACKAULO e t alii (1969) o b s e r v a r a m em sylvestris L . , o surgimento de coloração v e r d e - e s c u r o - a z u l a d a , a c o m p a n h a d o por ramos pouco desen-v o l desen-v i d o s , abundância de gemas laterais e gemas laterais p r o e m i n e n t e s , que o r i g i n a v a m ramos a l o n g a d o s e com pou-cas a c í c u l a s s e c u n d á r i a s .

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Em M a s s a c h u s e t t s , nos Estados U n i d o s , H O Y L E e MADER ( 1 9 6 4 ) e n c o n t r a r a m forte c o r r e l a ç ã o entre nutrição potáj^ sica e crescimento da ãrea basal de plantações de P. vesinosa A i t , de 24 a 37 anos de idade, enquanto que C A M E -RON et a l i i , 1 9 8 1 , c o r r e l a c i o n a r a m - n a c o m crescimento em altura de Pinus cavibaea Morei et v a r . honduvensis Barr & G o f , em M e l v i n e , na A u s t r á l i a .

INGESTAD (I960) verificou que o crescimento radicu lar de P. sylvestvis L. deficiente em K, era fortemente inibido, enquanto que HACKAYLO e t alii (19&9) o b s e r v a r a m raízes longas e muito finas e m condições s e m e l h a n t e s .

Sintomas de d e f i c i ê n c i a de cálcio sao raros em c o -n í f e r a s . Em solução -nutritiva aparecem -nas po-ntas dos

ramos e brotos da á r v o r e , que se tornam marrons e secam, permanecendo o s órgãos mais baixos verdes (BAULE e FRIC-KER, I 9 7 O ) . Foram o b s e r v a d a s , também, gemas terminais m e n o r e s (DAVIS, 1 9 4 9 , em P. taeda L . ) , mortas (MALAVOLTA

et a l i i , 1 9 6 8 e HACKAYLO et a l i i , 1 9 6 9 ) em P. elliottii Engelm e P. sylvestvis L . ) , gemas adjacentes largas (HAC KAYLO et a l i i , 1 9 6 9) e figuras m i t õ t i c a s m e n o r e s (DAVIST 1 9 4 9 )

-As a c í c u l a s secundárias mais velhas d e s e n v o l v e r a m necrose inicialmente m a r r o m - a v e r m e1h a d a s , as de meia ida de m o s t r a r a m uma banda clorótica próxima ao caule (HAC-KAYLO e t a l i i , 1 9 6 9 ) e as mais novas a p r e s e n t a r a m s e p e -quenas (DAVIS, 1 9 4 9 e HACKAYLO et a l i i , 1 9 6 9 ) , com s e c -çao transversal menor e menor número de células (DAVIS, 1 9 4 9 ) . Eram pálidas na base (MALAVOLTA e t a l i i , 1 9 6 8 e HACKAYLO et a l i i , 1 9 6 9 ), c o m pontas a v e r m e l h a d a s (MALA-VOLTA et a l i i , 1 9 6 8 ) ãs vezes em formato de gancho (HAC-KAYLO e t a l i i , 1 9 6 9 ) . Foram o b s e r v a d a s , a i n d a , áreas li mosas no meio d a s acículas (HACKAYLO e t a l i i , 1 9 6 9 ) e 7 perda da turgidez seguida de m u r c h a m e n t o e q u e d a .

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As raízes foram pouco d e s e n v o l v i d a s (BAULE e FRICKER, 1 9 7 0 ) , escuras ou a p r e t e j a d a s , mostrando alguma d e -composição de tecido na s u p e r f í c i e , fibrosas e g r o s s a s , com aspecto de cordas nas partes mais baixas e e n t u m e s i -das nas pontas (HACKAYLO e t a l i i , 1 9 6 9 ) - Pontas de raí-zes grossas sao referidas por DAVIS ( 1 9 4 9 ) , e m P. taeda L. e , sistemas radiculares fortemente ramificados e m con seqüência da acentuada morte das p o n t a s , por INGESTAD

( i 9 6 0 ) , em P. sylvestris L..

Coníferas em g e r a l , segundo BAULE e FRICKER (1970) apresentam a c í c u l a s c o m pontas a m a r e l o - o u r o , laranja-ama relada e raramente v e r m e l h a , quando e m deficiência de m a g n é s i o . No a n o s e g u i n t e , a d e s c o l o r a ç i o se estende pa_ ra a parte inferior d a s a c í c u l a s e as pontas começam a ficar m a r r o n s e a secar. Em Pinus foram observadas d e s -c o l o r a ç i o de a-cí-culas na parte superior da planta (MALA-V O L T A e t a l i i , 1 9 6 8 , e m P. elliottii E n g e l m ) , surgimento de coloração ama re 1 o-1 a ranja pálido nas acículas primá-rias e a m a r e l o -1a r a n j a vivo nas secundárias (HACKAYLO e t

a l i i , 1969) e avermel hamento da ponta para a base da ac_í

cuia (MALAVOLTA e t a l i i , 1968). Com o progredior da d e -f i c i ê n c i a , as acículas tornam-se marrons e m o r r e m (INGES

T A D , I 9 6 0 , em P. sylvestris L . ) . ~

Os sintomas sao mais severos nas partes mais exter nas das plantas (INGESTAD, 1960), próximo á extremidade dos ramos (MALAVOLTA et a l i i , 1968) , a c e n t u a n d o - s e no ou_ tono (BAULE e FRICKER, 1 9 7 0 ) . As raízes apresentam-se curtas e f i b r o s a s , c o m a p a r ê n c i a de cinzentada (HACKAYLO et ali i , 1 9 6 9 ) •

Segundo BAULE e FRICKER ( 1 9 7 0 ) , a d e f i c i ê n i c a de S em c o n í f e r a s é o c a s i o n a l , m o s t r a n d o - s e as acículas peque nas e de c o l o r a ç ã o verde-amareiada e branco a z u l a d a , o que concorda c o m o o b s e r v a d o por M A L A V O L T A et alii (1968) para P. elliottii Engelm e HACKAYLO et alii (1969) para P. sylvestris L.. Estes ú l t i m o s relatam ainda acículas

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-lhas secas e c o m bainhas rõseas. As plantas são m e n o r e s e os ramos f i n o s , havendo lesões c o m exsudados resinosos no h i p o c õ t i l o , próximo ãs r a í z e s , que se a p r e s e n t a m e n e -grecidas e a b u n d a n t e s , porém c u r t a s . A s raízes longas

são muito finas e têm aspecto de linha segundo HACKAYLO

et alii ( 1 9 6 9 ) .

Como se pode o b s e r v a r , embora a literatura a p r e s e n te uma série de trabalhos d e s c r e v e n d o a s i n t o m a t o l o g i a da carência de nutrientes e m e s p é c i e s do gênero Pinuss poucos são os referentes ã s variedades da espécie cavibaea, o b j e t o do presente t r a b a l h o , que visa obter de m o -do claro o s sintomas de c a r ê n c i a de n i t r o g ê n i o , f ó s f o r o , p o t á s s i o , c á l c i o , m a g n é s i o e e n x o f r e , bem como avaliar os e f e i t o s d a s c a r ê n c i a s de m a c r o n u t r i e n t e s sobre a pro-dução de matéria seca de mudas de Pinus cavibaea Morei et var. honduvensis Barr & G o l f , Pinus cavibaea Morei et var. bahamensis Barr & Golf e Pinus cavibaea v a r . cavibaea Mo

relt. ~~

M A T E R I A I S E MÉTODOS

O ensaio foi conduzido em casa de vegetação do D e -partamento de Química da E.S.A. "Luiz de Queiroz"-USP, e m P i r a c i c a b a - S P , empregando-se vasos de alumínio de 1 0 l de c a p a c i d a d e , revestidos internamente c o m sacos de polieti 1e n o e munidos de drenos laterais, usando-se como s u b s ~ trato e suporte para as p l a n t a s , sílica finamente moída e lavada.

0 experimento testou três variedades de Pinus oari-baea, em sete tratamentos c o m três r e p e t i ç õ e s , n u m dei i~ neamento experimentai inteiramente ao a c a s o , baseado e m PIMENTEL GOMES ( 1 9 7 7 ) •

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-relet var. honduvensis (Vi), ou Pinus cavibaea Mo-relet var. bahamensis ( V 2 ), ou Pinus cavibaea var. cavibaea

(V3), que eram irrigadas com solução nutritiva de HOA-GLAND e ARNON ( i 9 6 0 ) , diluída a 1 : 2 , duas vezes ao d i a .

Os tratamentos empregados foram:

. Completo (N, P, K, C a , M g , S e m i c r o n u t r i e n t e s ) . . Omissão de n i t r o g ê n i o + m i c r o n u t r i e n t e s .

. Omissão de fósforo + m i c r o n u t r i e n t e s . . Omissão de potássio + m i c r o n u t r i e n t e s . . Omissão de cálcio + m i c r o n u t r i e n t e s . . Omissão de m a g n é s i o + m i c r o n u t r i e n t e s . . Omissão de enxofre + m i c r o n u t r i e n t e s .

0 ensaio foi instalado em 20 de julho de 1 9 8 2 , re-cebendo solução nutritiva completa diluída a 1 : 2 até o completo p e g a m e n t o das m u d a s , tendo os tratamentos se

iniciado em 1 2 de janeiro de 1983

-Quando as três repetições de um tratamento e varie, dades a p r e s e n t a v a m sintomas de c a r ê n c i a , as plantas eram c o l h i d a s , tendo sido o tratamento completo colhido ao fi nal do e n s a i o .

As plantas colhidas sofreram lavagem e foram sepa-radas em a c í c u l a s superiores (P-|) (tomadas da metade su-perior dos ramos i n d i v i d u a i s ) , a c í c u l a s inferiores (P2)

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

Sintomas de Deficiência

Nitrogênio

A deficiência de nitrogênio caracterizouse e s p e -cialmente por clorose e redução no crescimento nas três v a r i e d a d e s e s t u d a d a s . Os sintomas de carência deste e l e mento foram os primeiros a m a n i f e s t a r - s e , o b s e r v a n d o - s e uma c o l o r a ç ã o verde pálida e altura menor das plantas um mês após o início dos t r a t a m e n t o s . Com o decorrer do tempo houve ama reiecimento total das p l a n t a s , que passa-ram a a p r e s e n t a r , a l é m da menor a l t u r a , passa-ramos mais finos, com casca a m a r e l a d a , a c í c u l a s mais curtas e em menor n u -mero que as plantas do tratamento completo. Sintomas se m e l h a n t e s foram e n c o n t r a d o s por HOBBS ( 1 9 M » ) , FOWELLS "ê KRAUSS ( 1 9 5 9 ) , MALAVOLTA e t alii (1968) e BAULE e FRICKER

( 1 9 7 0 ) , em P. eohinata3 P. resinosa, P. vigida, P. taeda, P. vi-rgin-iana, P. syívestris e P. ell-iottii..

Os sintomas progrediram da base para o ápice da planta e após total ama re 1e c i m e n t o as acículas mais baixas começaram a exibir pontas a l a r a n j a d a s , ao que se s e -guiu b r o n z e a m e n t o , secamento e m o r t e .

P-inus cavíbaea v a r . hondurensis e P. oavLbaea v a r . cavíbaea d e f i c i e n t e s a p r e s e n t a r a m menor ramificação late

ral, tendo esta última o a m a r e i e c i m e n t o mais intenso. Pinus cavíbaea v a r . bahamensí-s mostrou sintomas de carên cia menos severos.

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Fósforo

Nos primeiros meses após o início d o s t r a t a m e n t o s , nao se verificou nenhum sintoma d e carência n a s plantas cultivadas c o m a omissão de fósforo. Cento e treze dias após o início dos t r a t a m e n t o s , c o m e ç a r a m a surgir sintomas de deficiência e m P. caribaea var. honduvensis, c a

-racter izando-se estes por maior secamento e queda das acículas da regiio inferior da p l a n t a . 0 secamento se

iniciava da ponta para a base d a s a c í c u l a s , q u e se t o m a vam b r o n z e a d a s , marrons e , e m s e g u i d a , caiam. C o m o tem po, os sintomas se a c e n t u a v a m caminhando e m direção ao ápice da planta e aparecendo também nas outras v a r i e d a -d e s , c o m a -diferença que nas últimas um ama reiecimento seguido de cor laranja vivo precedia o bronzeamento e morte d a s pontas das a c í c u l a s . HOBBS ( 1 92

^ ) , MALAVOLTA et alii ( 1 9 6 8 ) , HACKAYLO et alii ( 1 9 6 9 ) e BAULE e FRICKER

( I 9 7 O ) o b s e r v a r a m em plantas jovens de P. > chhuüP. rújida, /'. rcci'th>s-ay V. c11 -f-ottiil e P. sy l vestri-i;,

aver-m e l h a aver-m e n t o , d e s e n v o l v i aver-m e n t o de cor parda o u aver-marroaver-m e, fi n a l m e n t e , morte e queda das a c í c u l a s . Houve redução na emissão de ramos laterais e as acículas das plantas d e -ficientes a p r e s e n t a v a m - s e menores e mais f i n a s , sendo aquelas q u e saem diretamente do ramo guia as que

primei-ro se a p r e s e n t a r a m secas. Quando a deficiência era bem acentuada ocorria a m o r t e , mesmo antes da completa e m i s -são das a c í c u l a s . Redução na ramificação lateral e ací-culas mais finas e menores foram o b s e r v a d a s por SRIVASTA VA e t alii ( 1 9 7 9 ) , e m plantas da mesma espécie e varieda_ d e , c o n d u z i d a s durante dois anos e m solo pobre, sem apl_i_ cação de fósforo.

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Pinus caribaea var. bahamensis e P. caribaea var. caribaea foram c o l h i d o s , r e s p e c t i v a m e n t e , aos 258 e 288 dias após o início dos t r a t a m e n t o s , sendo menos afetados pela carência de fósforo que P. caribaea var. honduren-sis.

Potãss i o

A c a r ê n c i a de potássio não afetou o d e s e n v o l v i m e n to das plantas de modo tao evidente quanto a de n i t r o g ê -nio e fósforo.

As v a r i e d a d e s que primeiro iniciaram a m a n i f e s t a -ção de sintomas visuais foram Pinus caribaea var. cari-baea e P. caribaea var. hondurensis, cerca de 170 dias após o início dos t r a t a m e n t o s , seguindo-se a elas V. ca-ribaea var. bahamensis, 65 dias d e p o i s .

Os sintomas o c o r r i d o s em V. caribaea. var. honouren sis foram os mais b r a n d o s , c a r a c t e r i z a n d o - s e por a m a r e l e c i m e n t o , b r o n z e a m e n t o , secamento e morte das acículas da

região inferior do ramo guia. Os ramos laterais nao a p r e s e n t a r a m sintomas. Os sintomas progrediam da ponta para a base das a c í c u l a s e em direção ao ápice das p l a n -tas. No restante, as plantas tinham aspecto n o r m a l , ten do sido colhidas 3 1 9 dias após o início dos t r a t a m e n t o s . Um pouco mais evidentes foram os sintomas a p r e s e n -tados por P. caribaea var. bahamensis, que se iniciaram por surgimento de pontuações a m a r e l a d a s no limbo e a m a r e lecimento da ponta das a c í c u l a s da região inferior das plantas. Com o tempo, os pontos transformavam-se em man chas a l o n g a d a s e de c o n t o r n o s d i f u s o s , c o a l e s c i a m , e s c u

-reciam e secavam. Algumas pontas secas de acículas exsu davam resina. Tais plantas foram colhidas na mesma o c a

-sião que as de P. caribaea var. hondurensis, o b s e r v a n d o -se um tom levemente amarelado nas pontas de todas as ací

(13)

Pinus cavibaea v a r . cavibaea foi variedade mais a f e t a d a , seus sintomas foram idênticos aos descritos pa-ra P-inus cavibaea var. báhamensis, p o r é m , mais evidentes, com o secamento a t i n g i n d o o terço apical das pi a n i a s , quando e n t ã o , os pontos de crescimento se tornaram arnare

lados e as acículas da região inferior começaram a secar por completo e em tufos. A colheita se deu 288 dia após o início dos t r a t a m e n t o s .

MALAVOLTA et alii (1968) e RAUPACH e HALL ( 1 9 7D descreveram sintomas semelhantes aos reportados para P.

cavibaea var. honduvensis em P. elliottii e P. vadiata. Sintomas semelhantes aos que o c o r r e r a m em P. cavibaea var. báhamensis e P. cavibaea var. cavibaea, e n t r e t a n t o , não foram e n c o n t r a d o s .

Cã 1 c i o

A d e f i c i ê n c i a de cálcio foi de caracterização difí c i l , nao havendo sintomas e v i d e n t e s . A variedade mais afetada pela carência do elemento foi Pinus cavibaea var. cavibaea, que começou a mostrar a m a r e l e c i m e n t o das re-giões de crescimento por volta de 135 dias após o início dos tratamentos. Tal ama re 1ecimen to acentuou-se com o passar do tempo, enquanto que as a c í c u l a s de modo geral e, em especial as c l o r õ t i c a s , tornavam-se menos lignifi-cadas e de aspecto m u r c h o . Duzentos e sessenta e oito dias após o início dos t r a t a m e n t o s , os ápices das p l a n -tas a p r e s e n t a v a m - s e totalmente a m a r e l o s e algumas das acículas começavam a secar. 0 secamento inciava-se por manchas a l o n g a d a s de cor palha e c o n t o r n o s d i f u s o s , que c o a l e s c i a m até tomar toda a a c í c u l a , r e a1i z a n d o - s e nessa ocasião a c o l h e i t a .

Pinus cavibaea var. honduvensis a p r e s e n t o u os pri-meiros sintomas na mesma o c a s i ã o que P. cavibaea var. ca vibaea; e s t e s , no e n t a n t o , e r a m pouco intensos, c a r a c t e

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apical e menor liçnificaçao das a c í c u l a s . As plantas p e r m a n e c e r a m muito tempo nessas c o n d i ç õ e s , para repenti-namente tornar-se verde claro a c i n z e n t a d a s e m o r r e r , do ápice para a base, 320 dias após o início dos t r a t a m e n -tos, ocasião em que foram c o l h i d a s .

Pinus cavibaea var. báhamensis c o m p o r t o u - s e do mes mo modo que P. cavibaea var. honduvensis, com a d i f e r e n ça que nesta última os sintomas se iniciaram pela c l o r o -se a p i c a l , -seguindo--se a ela o -secamento de a c í c u l a s da região inferior da p l a n t a . Neste c a s o , quando as plantas e n t r a r a m e m c o l a p s o , houve morte dos p o n t e i r o s , que a d -q u i r i r a m cor de palha. A colheita ocorreu 320 dias após o início dos t r a t a m e n t o s .

Por ser de ocorrência rara, há poucas referências aos sintomas de deficiência de cálcio nas espécies do gê nero Pinus e as existentes a p r e s e n t a m sintomas v a r i a d o s ; e n t r e t a n t o , todas elas indicam que a carência se m a n i f e s ta no ápice dos ramos, com alteração da coloração da a c T c u i a s , q u e , f r e q ü e n t e m e n t e , a p r e s e n t a m - s e m u r c h a s , e mor te das gemas apicais (BAULE e FRICKER, 1 9 7 0 ; M A L A V O L T A

et a l i i , 1 9 6 8 , HACKAYLO et a l i i , 1969)

-Magnés i o

A variedade que primeiro mostrou sintomas de d e f i -ciência de m a g n é s i o , embora tênues, inespecíficos e que não se a c e n t u a r a m c o m o tempo, foi Pinus cavibaea var. cavibaea. Tais plantas c o m e ç a r a m a m o s t r a r , por volta de I50 dias após o i n í c i o dos t r a t a m e n t o s , um leve amare lecimento das regiões de c r e s c i m e n t o , permanecendo a s s i m por cerca de 90 d i a s , quando as a c í c u l a s , que se m o s t r a vam menos 1 ignificadas, c o m e ç a r a m a secar, ao que s u c e -deu colapso e morte das p l a n t a s , que foram colhidas 268 dias após o início dos t r a t a m e n t o s .

(15)

-tos e trinta e sete dias após o início dos t r a t a m e n t o s , as a c í c u l a s dos fascículos emergentes da metade inferior do ramo guia tornaram-se p a r d o ~ a m a r e l a d a s , estendendo-se, p o s t e r i o r m e n t e , esses sintomas para as demais acículas dos ramos localizados na parte baixa da c o p a . 0 amareiecj mento se iniciava pela base das a c í c u l a s , surgindo, pos-t e r i o r m e n pos-t e , manchas amarelas no limbo e nas p o n pos-t a s . .Fj_ n a l m e n t e , a região de c r e s c i m e n t o dos ramos inseridos na parte baixa da copa começou a a m a r e l e c e r , secar e morrer. Os sintomas a p r e s e n t a r a m um gradiente da base para o ãpi ce das p l a n t a s , que foram colhidas aos 268 dias após o

início dos t r a t a m e n t o s .

P. cavibaea var. h.ondurensis começou a manifestar sintomas 195 dias após o início dos t r a t a m e n t o s , sendo esta a única variedade a apresentar sintomas facilmente

identificáveis e e v i d e n t e s . Inicialmente, as acículas da base do ramo guia s e c a r a m , estendendo-se tal secamen-to para as acículas dos fascículos e para as ramifica-ções s e c u n d a r i a s . Formou-se uma região interna intima-mente seca na base das p l a n t a s , rodeada por um envoltó-rio verde de acículas curtas e e m a r a n h a d a s . Houve gra-diente da base para o á p i c e , e próximo ã colheita 120 dias maís tarde, os pontos de crescimento c o m e ç a r a m a a m a r e l e c e r , murchar e secar.

Não se e n c o n t r a r a m na literatura referências aos sintomas de d e f i c i ê n c i a de m a g n é s i o em /'. cavibaea e os sintomas descritos por 1NGESTAD ( i 9 6 0 ) para P. tiyiiwr,-tvis e MALAVOLTA et alii (1968) para P. elíiottíi , não sao c o m p a r á v e i s aos o b s e r v a d o s no presente trabalho.

Enxofre

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ve-rificou-se o amarei ec. < men to das acículas dos ápices dos ramos. Essa clorose se e s t e n d e u em direção ã base e se

intensificou com o tempo, p r i n c i p a l m e n t e nos ramos mais expostos ao sol, até que os pontos de crescimento tornaramse totalmente amarelos e as plantas c o m e ç a r a m a m o r -rer .

P. cavibaea var. honduvensis começou a m a n i f e s t a r sintomas na mesma o c a s i ã o , mas estes não passaram de uma leve clorose dos pontos de c r e s c i m e n t o , que assim p e r m a neceram por cerca de três m e s e s . Repentinamente as a c í -culas da região inferior do ramo guia c o m e ç a r a m a s e c a r , adquirindo coloração m a r r o m p a r d a c e n t a , enquanto que as demais perdiam a turgidez e se v o l t a v a m para baixo, f i -cando com aspecto c a í d o , enquanto adquiriam um tom verde c i n z e n t o . Os ponteiros c o m e ç a r a m a secar e o verde -cin_ zento tornou-se levemente a l a r a n j a d o , bronzeado e, final m e n t e , m a r r o m p a r d a c e n t o . Essa m u r c h a e seca ocorreu da base para o á p i c e , sendo as plantas colhidas 204 após o início dos t r a t a m e n t o s , j u n t a m e n t e com as de P. cavi-baea var. cavicavi-baea..

P. cavibaea var. báhamensis mostrou os primeiros sintomas de carência de e n x o f r e , 150 dias apos o início dos t r a t a m e n t o s , c a r a c t e r i z a n d o s e estes por leve a m a r e -lecimento das regiões apicais dos ramos, que a s s i m perma neceram por cerca de 130 d i a s , quando os ponteiros c o m e -çaram a secar e adquirir cor palha-claro. As plantas fo ram colhidas 315 dias apos o início dos t r a t a m e n t o s .

A l é m dessas a l t e r a ç õ e s , P. cavibaea var. cavibaea a p r e s e n t o u ainda menor ramificação lateral e maior exuda çao de resina.

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A t r a v é s da tabela 1 pode-se observar que a o m i s s ã o dos m a c r o n u t r i e n t e s afetou de modos e intensidades d i f e rentes as v a r i e d a d e s de Pinus e s t u d a d a s . De um modo g e -ral, P. caribaea var. hondurensis mostrou sintomas mais intensos e mais e s p e c í f i c o s que as d e m a i s . P. caribaea var. caribaea teve posição intemediãria quanto ã intensj^ dade dos s i n t o m a s , porém estes foram pouco e s p e c í f i c o s . Pinus caribaea v a r . bahamensis, por sua v e z , m o s t r o u os sintomas menos intensos e menos e s p e c í f i c o s .

A carência de nitrogênio foi a que promoveu m a i o res danos ao d e s e n v o l v i m e n t o das p l a n t a s , m a n i f e s t a n d o se um mês após o início dos t r a t a m e n t o s , afetanto d r a s -ticamente o crescimento das três variedades e apresentar^ do sintomas inequívocos. A ela seguiramse as d e f i c i ê n -cias de fósforo e e n x o f r e , pois a de c á l c i o , mesmo tendo surgido antes foi branda e de sintomas pouco c a r a c t e r í s -ticos. As d e f i c i ê n c i a s de potássio e magnésio foram as que mais d e m o r a r a m para a p a r e c e r , sendo seus sintomas pouco intensos e de difícil reconhecimento, exceto no ca so da carência de magnesio em P. caribaea v a r . honduren-sis, que foram bem c a r a c t e r i z a d o s .

Peso da Matéria Seca

As m é d i a s dos pesos de matéria seca obtidos para os diversos tratamentos e v a r i e d a d e s , nas quatro partes em que as plantas foram divididas são a p r e s e n t a d a s na ta bela 2, e sua análise de variância na tabela

3-A tabela 3 m o s t r a que os efeitos dos tratamentos sobre a produção de matéria seca foram a l t a m e n t e signifi cativos (p = 0 , 0 1 ) . As q u a n t i d a d e s médias produzidas em cada tratamento são dadas na tabela h, em ordem d e c r e s -c e n t e .

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tindo o melhor d e s e n v o l v i m e n t o das plantas nessas c o n d i -ç õ e s , não d i f e r i n d o , e n t r e t a n t o , da dos tratamentos com omissão de potássio ( 1 8 , 9 0 g ) , omissão de magnésio

( 1 8 , 8 7 g) e o m i s s ã o de cálcio ( 1 7,46 g ) . As produções dos tratamentos com omissão de enxofre (14 ,3 2 g) , o m i s -são de fósforo ( 1 3 , 3 1 g) e omis-são de nitrogênio ( 5 , 3 6 g ) d i f e r i r a m das do c o m p l e t o . Os e f e i t o s da omissão de e n xofre e da omissão de fósforo sobre a produção de m a t é -ria seca foram s e m e l h a n t e s , tendo o primeiro p r o d u z i d o 26,79¾ e o segundo 3 1 , 9 5 ¾ ,menos m a t é r i a seca que o tra-tamento completo. Redução ainda mais drástica foi promo vida pela o m i s s ã o de n i t r o g ê n i o . As plantas d e f i c i e n t e s em nitrogênio produziram em média 5 , 3 6 g de matéria seca, 72,6¾ m e n o s que as plantas dos tratamentos c o m p l e t o s .

As variedades responderam de maneiras d i f e r e n t e s à carência n u t r i c i o n a l , o que é evidenciado pelo efeito a_l^ tamente significativo (p = 0 , 0 1 ) da interação t r a t a m e n -tos x variedades (tabela 3) sobre o acúmulo de m a t é r i a seca por parte das m e s m a s .

As m é d i a s de peso da m a t é r i a seca produzida pelas três v a r i e d a d e s dentro dos sete tratamentos são a p r e s e n -tadas na tabela 5 , e m o s t r a m que a omissão de n i t r o g ê n i o promoveu reduções semelhantes em todas e l a s . P.

cavi-baea var. honduvensis teve sua produção reduzida em 7 4 , 9 3 ¾ , P. cavibaea var. báhamensis em 7 2 , 1 3 ¾ e P.

cavi-baea var. cavicavi-baea e m 7 2 , 38¾. Também as omissões de p o t á s s i o , m a g n é s i o e c á l c i o , que não a f e t a r a m a produção de matéria s e c a , a g i r a m de m o d o s semelhantes nas três va riedades, no e n t a n t o , houve d i f e r e n ç a s nas respostas ãs o m i s s õ e s de enxofre e de fósforo.

(23)
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cavi-baea var. bahamensis, por sua v e z , não teve produção afetada por nenhuma das duas o m i s s õ e s .

0 d e s d o b r a m e n t o dos graus de liberdade de v a r i e d a des dentro de tratamentos (tabela 3) c o n f i r m a m as o b s e r -vações relatadas a n t e r i o r m e n t e , mostrando que dentro do tratamento c o m o m i s s ã o de enxofre P. cavíbaea var. baha-mensis difere de P. caribaea var. caribaea e P. cavibaea var. hondurensis, e no tratamento sem fósforo P. cari-baea var. hondurensis difere de P. caricari-baea var. bahamen sis e P. caribaea var. caribaea. As médias sao a p r e s e n -tadas na tabela 6.

Tabela 6. Peso da matéria seca (g) produzida por três va riedades de Pirtn:- >'arihaea dentro dos tratamen tos sem enxofre e sem f ó s f o r o , Média de doze repet i ç o e s .

Va r i edade f.'iihtvn, -talis <4

avibaea honduvensis Tratamento

Sem enxofre I 7 , 6 9B 1 3, 6 2A 1 1 , 6 6a Sem fósforo l 6 , 4 lb

1 3, 7 0b 9,82A

DMS 5¾ 3,52

A análise da variância dos dados mostra a i n d a , q u e houve efeito significativo da interação entre t r a t a m e n -tos e partes das plantas na produção de matéria seca por parte das m e s m a s (tabela 3 ) •

Através da tabela 7 o b s e r v a - s e que os ramos e as acículas superiores foram as partes das plantas mais a f e tadas pela carência n u t r i c i o n a l , tendo suas produções de matéria seca reduzida pela deficiência de n i t r o g ê n i o

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ores e raízes tiveram seus pesos de matéria seca reduzi-das apenas pela omissão de nitrogênio (72,83¾ e 56,28¾

respect i v ã m e n t e ) .

Poucas são as referências aos efeitos da o m i s s ã o de m a c r o n u t r i e n t e s sobre a produção de matéria seca de mudas de Pinus cavibaea, no e n t a n t o , e m Derha D u n , na ír^ d i a , TALWAR e BHATNAGAR (1979) realizaram um trabalho se m e l h a n t e ã este. Os autores trabalharam c o m P. cavibaea de quatro meses de idade, e m experimento de omissão de m a c r o n u t r i e n t e s e o b s e r v a r a m que a principal redução na produção de m a t é r i a seca foi dada pela omissão de p o t á s -sio, seguindo-se a esta as o m i s s õ e s de e n x o f r e , fósforo e nitrogênio. As omissões de magnésio e cálcio pouco a-fetaram a produção de matéria seca das plantas. No presente e s t u d o , a o m i s s ã o de potássio foi a q u e menos a f e -tou a produção de matéria seca das p l a n t a s , juntamente com as de magnésio e c á l c i o , cuja produção também nao di feriu da produção do tratamento completo. A severidade dos efeitos das omissões de n i t r o g ê n i o , fósforo e e n x o fre aqui obtida foi contraria ã observada por tais a u t o -res .

Na literatura, os m a i o r e s efeitos no aumento da produção de matéria s e c a , biomassa e volume de m a d e i r a , nas diversas espécies do gênero Pinus, sao atribuídas ao n i t r o g ê n i o , ao fósforo e ao potássio. Os trabalhos de FORNES et alii ( 1 9 7 0 ) , WITTWER et alii ( 1 9 7 5 ) , MILLER et alii ( 1 9 7 6 ) , SRIVASTAVA et alii ( 1 9 7 9 ) , CAMERON et alii

( 1 9 8 1 ) , FLINN e t alii (1982) e KELLY e JOHNSON ( 1 9 8 2 ) a b o r d a m o assunto.

CONCLUSÕES

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-d e s , fósforo e magnésio e m P. cavibaea var. hon-duvensis e de enxofre em P. cavibaea var. cavibaea, e que se c a -racterizam por:

Nitrogênio c l o r o s e , secamento e morte de a c í c u las, da base para o ápice das p l a n t a s . Redução no c r e s -c i m e n t o , a-cí-culas -c u r t a s , ramos finos e de -cas-ca amarela da.

Fósforo - b r o n z e a m e n t o , secamento e queda de acícu las do terço inferior das p l a n t a s . Redução na emissão de ramos l a t e r a i s , acículas menores e mais finas.

Magnésio - secamento das a c í c u l a s da base do ramo g u i a , que se e s t e n d e ãs acículas dos fascículos e ãs ra-m i f i c a ç õ e s s e c u n d á r i a s , forra-mando-se ura-ma região interna s e c a , rodeada por um e n v o l t ó r i o verde de acículas curtas e e m a r a n h a d a s .

Enxofre - a m a r e i e c i m e n t o das acículas dos ápices dos r a m o s , mais intenso nos ramos expostos ao sol. Sin-tomas p r o g r e s s i v o s dos á p i c e s para a b a s e , resultando em morte das gemas a p i c a i s .

- A carência de m a c r o n u t r i e n t e s reduz a produção de matéria seca de mudas de P. cavibaea, redução esta devida p r e f e r e n c i a l m e n t e ao d e c r é s c i m o nos pesos das acj^ cuias superiores e dos ramos.

- As produções de m a t é r i a seca das mudas foram re duzidas pelas o m i s s õ e s de N , P e S para P. cavibaea var. honduvensiss pelas o m i s s õ e s de N e S para P. cavibaea var. cavibaea e pela o m i s s ã o de N para P. cavibaea var. báhamensis.

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SUMMARY

A POT EXPERIMENT WAS CONDUCTED IN A GREEN HOUSE IN PIRACICABA, B R A Z I L , IN ORDER TO DETERMINE THE V I -SUAL SYMPTOMS OF DEFICIENCY, AND THE EFFECTS OF M A C R O N U T R I E N T S OMISSION IN P. caribaea var. hondu-rensis, P. caribaea var. bahamensis and P. cari-baea var. caricari-baea SEEDLINGS DRY MATTER PRODUCTION. The following treatmente were e m p l o y e d : c o m p l e t e , without n i t r o g e n , without p h o s p h o r u s , without potassium, without c a l c i u m , without m a g n e s i u m , and without sulphur.

Washed sand was used as a substrate, being the plants w a t e r e d twice a day w i t h the correponding n u t r i -e n t s o l u t i o n .

After the deficiency symptoms e s t a b l i s h m e n t , the plants were cut and separated in upper n e e d l e s , lower ne¬ d i e s , branches and roots, dried at 75 ºC and w e i g h e d .

Seedlings dry matter productions are depressed by omission of N , P and S for P. caribea var. hondurensis,

by omission of N and S for P. caribae var. caribaea and by omission of N for P caribae var. ba h a m e n s i s , being upper needles' and branches' dry matter productions the major depression sources.

P. caribaea seedlings dry matter productions aren't significantly affected by low levels of K, Ca and Mg in nutritive solution.

LITERATURA CITADA

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