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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PÓS - GRADUAÇÃO LATO SENSU

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

PÓS - GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

A RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA NO PROCESSO DE

APRENDIZAGEM.

Thaís de Fátima Bittencourt Barreto de Souza

Orientadora Profª . Dayse Serra

Rio de Janeiro 2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS- GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA NO PROCESSO DE

APRENDIZAGEM.

Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Psicopedagogia Por:.Thaís de Fátima Bittencourt Barreto de Souza.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus que sempre me deu força quando eu pedi e me acudiu nos momentos mais difíceis da minha vida.

Aos meus pais que me apoiaram em todos os momentos de minha trajetória contribuindo para que eu chegasse ao final dessa jornada.

Aos meus amigos, que ao longo desse tempo me deram forças, acreditando na minha vitória e peço desculpas pela minha ausência em diversos momentos da

vida.

Aos meus professores, pelo profissionalismo e carinho em momentos tão especiais, possibilitando que o meu amor pela educação crescesse ainda mais. A todas as minhas amigas do curso, que estiveram junto comigo durante todo o

tempo e viraram grandes amigas para a vida toda.

Às minhas amigas de infância que sempre me auxiliaram no que foi preciso. Deixo aqui o meu muito obrigado, pela presença de todos que juntos

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DEDICATÓRIA

Aos meus familiares e amigos.

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RESUMO

Esse trabalho tem como objetivo avaliar a importância do acompanhamento da família durante o processo educacional. Identificando o papel da família e da escola e sua interferência na aprendizagem. Partindo do pressuposto de que a aceitação por parte da família e o apoio que esta fornece a escola, realizando um trabalho único, onde as duas pensam em conjunto soluções para o possível problema. Torna assim o trabalho com esses alunos que apresentam dificuldades na aprendizagem mais eficaz.

Neste trabalho podemos observar a importância das relações entre a família e a escola.

A pesquisa contribui para entendermos o significado dessas instituições na formação de um individuo e os impactos positivos na aprendizagem.

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METODOLOGIA

A metodologia apresentada é uma pesquisa de revisão bibliográfica, utilizando como principais fontes materiais publicado por autores como: ARANHA, Maria Lúcia; FARIA, Filho; ARIÈS, Philippe, CARVALHO, Maria do Carmo, entre outros.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I

AS VISÕES HISTÓRICAS SOBRE O PAPEL DA FAMÍLIA NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM 14 CAPÍTULO II

A ESCOLA:SURGIMENTO E SUAS VISÕES HISTÓRICAS 20

CAPÍTULO III

A FAMÍLIA, A ESCOLA E A APRENDIZAGEM 30 CONCLUSÃO 37

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INTRODUÇÃO

A escolha desse tema deu-se a partir da minha experiência como professora de uma escola de classe média baixa, onde atuei junto a uma mesma turma por três anos.

O trabalho começou na turma do jardim III da educação infantil e seguiu até o segundo ano do ensino fundamental.

Durante esses três anos notei que a grande maioria das famílias não mostrava interesse nos assuntos escolares, e principalmente quando estes viam seguidos de queixas e de observações feitas pelo corpo docente da escola, a cerca de alguma questão especifica do aluno.

Muitas das vezes essa relação das famílias com a escola parecia mais um confronto de duas instituições que aparentemente mostravam-se quererem atingir objetivos diferentes, do que duas instituições com o mesmo objetivo.

Observei durante esse período que o problema tornava-se mais grave, quando surgia por parte da escola algum questionamento ou até mesmo desconfianças em relação às dificuldades de aprendizado apresentada por determinados alunos.

Nesse momento observávamos quatro tipos mais comuns de atitudes adotadas pelas famílias.

A primeira atitude é daquela família que sabe que há algo errado, diferente, mas apesar da sua desconfiança ser praticamente a mesma da escola, para não aceitar qualquer coisa que fuja dos padrões ditos normais, julga ser algo passageiro, momentâneo ou até mesmo sem importância, utilizando-se de frases como “Deve ser da idade”, “Não é todo hora que ele apresenta esse comportamento”, ”Daqui a pouco ele cresce e isso muda”.

A outra atitude que as famílias também apresentam é aquela que finge desconhecer o assunto, que diz que nunca percebeu nada e que em algumas vezes pode realmente acontecer da família nunca ter notado nada de diferente, dependendo do contexto no qual esteja inserida, mas mesmo sendo sinalizada

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foge totalmente, com frases do tipo “Em casa ele não faz isso”, “Estou surpresa”. E essas nunca mais voltam a falar sobre o assunto.

E temos ainda a terceira atitude de famílias que já cientes ou suspeitando o assunto da conversa não comparecem a escola e não permitem nenhum inicio de conversa sobre o assunto e agem com muita naturalidade, como se nada estivesse acontecendo. Essas geralmente iniciam as conversas elogiando muito os filhos, destacando e enaltecendo os pontos positivos.

Os motivos quando são desconhecidos e quando não são aceitos pelas famílias, tornam se um duelo, entre as intervenções que a escola tenta realizar e a continuidade do trabalho paralelo que deveria ser realizado, pois o trabalho da escola fica restrito, a escola consegue realizar um trabalho até um determinado ponto, pois necessita de um apoio, na maioria das vezes essas intervenções ficam congeladas, pois a família quando não aceita a situação ou até mesmo aquela que concorda com tudo o que a escola relata, mais não procura um especialista e não entra no processo para facilitar a vida escolar desses alunos, quando a família não busca ajuda, torna o trabalho muito mais difícil e impede grandes ganhos para a vida desses sujeitos.

A escola encontra-se com dois papéis importantes e até decisivos na vida desses indivíduos.

O primeiro seria o de identificar o problema e em seguida tentar trazer a família para que esta tome conhecimento da dificuldade.

E o segundo seria, ao ser apontando pela escola a necessidade de um acompanhamento paralelo ao trabalho realizado pela escola, que essa família compreenda e aceite essa necessidade e realmente vá buscar junto aos profissionais a ajuda necessária.

A ausência da família na escola é um fator muito comum, principalmente nos dias atuais, onde todos estão inseridos no mercado de trabalho e muitas vezes não dispõe do tempo necessário para estar envolvido em todas as situações que o processo escolar necessita.

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Em minha experiência como professora o contato que tive com os familiares dos meus alunos geralmente se davam através de bilhetes via agendas escolares. Os momentos em que via a presença de alguns responsáveis que não necessariamente eram os pais, e não eram todos e nem muitos, era no horário de entrada e saída da escola e em algumas festas, momentos esses tão rápidos que nenhum contato era feito.

As reuniões pedagógicas eram fracassadas, o número de comparecimento era mínimo. Muitos desses alunos hoje continuam na escola, porém, o contato entre família e escola ainda é muito pequeno nesse estabelecimento de ensino.

A quarta família divide-se em dois grupos o primeiro e geral grupo é aquele que ciente do problema busca junto à escola meios para minimizar a situação, busca auxilio de profissionais, acompanha o trabalho e segue as orientações recebidas. Porém esse modelo é o mais difícil de ser encontrado e o segundo grupo é aquele que sabendo de toda situação fica pulando de tratamento em tratamento, tentando de tudo e não seguindo nenhum caminho até o fim.

Após tantas observações percebemos que para que haja um trabalho efetivamente satisfatório é necessário que essas duas instituições família e escola estejam caminhando lado a lado e que acreditem uma na outra.

]E que cabe a escola criar essa parceria, pois a partir do momento em que a família escolhe uma escola especifica, dentre muitas existentes para seu filho, a escola nesse momento precisa estabelecer a relação de confiança para que essa família ao ser chamada na escola, compareça e acredite que todas as orientações recebidas são reais e necessárias, visando sempre o bem estar e buscando o melhor para seu aluno.

Pois além de importante o trabalho de acolhimento às famílias realizado pela escola é extremamente necessário. Desde o primeiro contato com a família a escola deve mostrar-se parceira.

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A postura da escola é que deve fazer a diferença, para que tenha pais que acreditem no trabalho realizado pela escola e que confiem nele e essa relação positiva precisa ser construída partindo sempre da escola.

O conflito surge quando percebemos que ainda hoje existem idéias nos dias atuais de séculos passados, que os pais procuraram escolas para a educação dos filhos e que esta deve fazer a sua parte e ponto final sem pedir qualquer tipo de ajuda e dar conta de todas as questões que o processo educacional envolve.

O que nos leva a pensar que quando encaminhamos uma criança à escola o pensamento existente por parte das famílias é que essa criança irá à escola aprender tudo aquilo que a família não der conta de transmitir, pois sabemos que no mundo atual os conhecimentos são diversos.

Esse pensamento por parte das famílias torna-se um confronto com a escola a partir do momento em que a escola também necessita do auxilio da família e que as duas deveriam trabalhar em conjunto e não separadamente.

Os pais não querem que a escola faça apenas o papel de instruir seus filhos. Eles esperam que ela os eduque de forma integral. O fato é que a escola ao longo do tempo tornou-se mais do que uma simples instituição de apoio á família.

A expressão utilizada por muito tempo de que “a escola é o segundo lar” não cabe mais, pois a escola foi mostrando o seu caráter cientifico em oposição ao senso comum trazido pelos saberes domésticos.

Esse pensamento que as famílias trazem a respeito da escola ganha um peso muito maior quando esse processo de ensino e aprendizagem necessita de algum auxilio, ou não acontece de maneira natural e tranqüila, quando apenas os muros da escola não dão conta, dando margem para muitos questionamentos.

Todas essas questões das atitudes adotadas pelas famílias que presenciei em relação à escola me levaram ao questionamento de como se

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manteve ao longo do tempo essa relação tão importante entre família e escola e como essa questão interferia na aprendizagem dos alunos.

Na década de 90, muitas discussões e debates foram sendo realizados relativos a esse tema; família e escola, duas instituições que formam e moldam o ser humano, portanto, duas instituições de caráter educacional.

O estudo tem como objetivo de avaliar a importância do acompanhamento da família durante o processo educacional, identificando o papel da família e da escola e sua interferência na aprendizagem.

E assim levantando um questionamento pra proceder a um diagnostico de como as famílias reagem e auxiliam seus filhos, quando a escola detecta que estes apresentam dificuldades na aprendizagem?

Acreditando que a aceitação por parte da família e o apoio que esta fornece a escola, realizando um trabalho único, onde as duas pensam em conjunto soluções para o possível problema. Tornando assim o trabalho com esses alunos com dificuldade mais eficaz

Em relação ao processo de investigação o estudo se organiza por pesquisa de caráter bibliográfico que aborda os aspectos teóricos.

O estudo se organiza a partir de três capítulos.

O primeiro capítulo define alguns conceitos básicos como, o que é família? As visões históricas sobre o papel da família no processo de aprendizagem, pois tudo sempre se transforma e modifica e com a família e seu pensamento e até mesmo sua formação não foi diferente. Analisaremos essas mudanças, o seu perfil atual e como está família está dentro da escola.

O segundo capítulo estuda a escola, seu desenvolvimento e de que maneira esta enxerga seus alunos na sociedade atual, suas contribuições na formação dos indivíduos e como se dá o seu trabalho, a sua real função e postura diante desse desafio de proporcionar um ambiente de trocas de conhecimento de socialização das informações em prol de um objetivo comum e de interesse de todos os indivíduos que trazem consigo suas singularidades.

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O terceiro capítulo analisa as mudanças, as parcerias estabelecidas entre a família, à escola e a aprendizagem e as vivências ocorridas dentro dessa organização com interferência direta na aprendizagem.

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CAPÍTULO I

AS VISÕES HISTÓRICAS SOBRE O PAPEL DA FAMÍLIA

NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM.

Este capítulo aborda a história da família e o papel que ela vem desempenhando na educação de seus filhos, a base deste estudo está na investigação das relações entre o envolvimento da família com a vida escolar e a aprendizagem e como isso ocorreu ao longo da história, pois essas duas instituições estiveram na história caminhando e modificando-se gradativamente.

A família espelha os problemas da sociedade bem como a presença ou ausência de valores nos diversos contextos humanos (escola, grupo de pares, associações) e desse modo é importante pesquisar sua relação com o desempenho escolar.

Em nossa sociedade podemos observar uma série de mudanças na instituição familiar. As mudanças na família afetam a sociedade como um todo e, principalmente, a educação dos filhos, refletindo também sobre as atividades desenvolvidas pela escola. Tendo essa questão como pano de fundo, iremos discutir os novos contornos que a relação família-escola pode tomar no contexto da educação formal.

1.1 A HISTÓRIA DA FAMILIA E SUAS MUDANÇAS:

Segundo o minidicionário família é 1.núcleo parental, formado por pai, mãe e filhos; 2. pessoa do mesmo sangue, parentela; 3.linhagem, estirpe; 4.grupo de gêneros de animais ou plantas com caracteres comuns; 5. conjunto de tipos com as mesmas características básicas.

A família é o primeiro grupo social no qual qualquer ser ao nascer encontra-se inserido e é através desse grupo que o mundo começa a ser construído.

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Segundo Aranha (1996), de certa forma, pode-se falar de educação em relação a certos animais, que ensinam os filhotes recém-nascidos a se adaptarem ao meio mais rapidamente do que o permitiriam seus condicionamentos genéticos. Mas é na espécie humana que se efetua um longo e complexo processo educativo, sem o qual o indivíduo não poderia sobreviver numa sociedade que transformou radicalmente as condições naturais de vida e que exige dele comportamentos muito superior, àqueles que são determinados pelos instintos.

E continua a aprendizagem elementar é oferecida pela família. A instituição familiar pode apresentar formas muito diversa, de acordo com a sociedade em que esteja inserida, e a educação, no seio familiar irá depender muito deste fator. É possível dizer, porém, que, em quantas sociedades humanas existam ou tenha existido, o núcleo familiar sempre foi o primeiro passo, de incalculável importância em direção à socialização da criança, ou seja, na transformação de um ser que ao nascer é regulado pelos instintos em membro participante de uma comunidade.

A relação familiar se reduz, em alguns casos, ao contato entre mãe e filho, mas, em geral, a família forma um grupo mais complexo, e pode chegar a ser muito numeroso. Habitualmente, o pai, a mãe e os demais parentes desempenham papéis diferentes, e a missão educadora de cada um fica contido dentro de certos limites.

No período da monarquia vamos encontrar o modelo de família conhecido como patriarcal.

Segundo Freyre (1980), a família era tudo, nada menos. Seguindo a tradição da época em que os portugueses se instalaram no Brasil, a família não se compunha apenas de marido, mulher e filhos. Era um verdadeiro clã, incluindo as esposas, eventuais (e disfarçadas) concubinas, filhos, parentes, padrinhos, afilhados, amigos, dependentes e ex-escravos. Uma imensa legião de agregados submetidos à autoridade indiscutível que emanava da temida e venerada figura do patriarca. Temida, porque possuía o direito de controlar a vida e as propriedades de sua mulher e filhos; venerada, porque o patriarca

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encarnava, no coração e na mente de seus comandados, todas as virtudes e qualidades possíveis a um ser humano.

A unidade da família devia ser preservada a todo custo, e, por isso, eram comuns os casamentos entre parentes. A fortuna do clã e suas propriedades se mantinham assim indivisíveis sob a chefia do patriarca. Portanto a educação deveria ser apenas para socializar.

A família no Brasil Império preocupava-se mais com a vida social do que com os filhos e sua educação, essa família que digo se trata da família da elite, pois os que não faziam parte da corte, não tinham acesso à educação. (CUNHA, 1995)

Nesse período ainda encontraremos traços da família patriarcal e a presença masculina, como sinônimo de ordem e respeito.

“E a família patriarcal era o mundo do homem por excelência. Crianças e mulheres não passavam de seres insignificantes e amedrontados, cuja maior aspiração era as boas graças do patriarca. A situação de mando masculino era de tal natureza que os varões não reconheciam sequer a autoridade religiosa dos padres. Assistiam à missa, sem a menor manifestação daquela humildade cristã do crente (própria, aliás, das mulheres), assumindo sempre ares de proprietário da capela, protetor da religião, bom contribuinte da Igreja. Jamais um orgulhoso varão se dignaria de beijar as mãos de um clérigo, como o faziam sua esposa e filhas. Nesse universo masculino, os filhos mais velhos também desfrutavam imensos privilégios, especialmente em relação a seus irmãos. E os homens em geral dispunham de infinitas regalias, a começar pela dupla moral vigente, que lhes permitia aventuras com criadas e ex-escravas, desde que fosse guardada certa discrição, enquanto que às mulheres tudo era proibido, desde que não se destinasse à procriação. Por mais enaltecido que fosse o papel de mãe, um obscuro destino esperava as mulheres. Uma senhora de elite, envolta numa aura de castidade e resignação, devia procriar e obedecer. Com os filhos mantinha poucos contatos, uma vez que os confiava aos cuidados de amas-de-leite, preceptoras e governantas. Sobravam-lhe as amenidades, as parcas leituras e a supervisão dos trabalhos domésticos. Até mesmo as linhas de parentesco, tão caras à sociedade patriarcal, só se tomavam "efetivas" quando provinham do homem. Desse modo, a mulher perdia a consangüinidade de sua própria família de origem, para adotar a do esposo. “(CIVITA, 1900, p. 34)”.

As discussões mais recentes sobre educação e família vão aparecer a partir do período Republicano, no século XIX, já nas últimas décadas começava a surgir um novo modelo de família.

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Segundo Civita (1930), nos primeiros anos da República, a família patriarcal começa a mostrar sinais de fraqueza. Não que ela fosse incompatível com o novo regime. São as cidades, as novas profissões, a luz elétrica, os bondes, os imigrantes, as lojas comerciais, as indústrias, e assim ameaçavam o poder do patriarca. Antes ele podia manter seu extenso clã no mais completo isolamento. Seus agregados, famílias inteiras submetidas a ele, podiam ser ricos ou pobres, não importava, pois eram todos igualmente da grande Família. Trabalhavam em suas terras e obedeciam. Pouco a pouco, o patriarca é obrigado a se relacionar com os outrora indesejáveis elementos "de fora". Os filhos serão matriculados na Faculdade de Direito. Um dia, toma-se mais conveniente que seu primogênito se case, não mais com aquela obscura priminha remediada, mas com a filha de um riquíssimo banqueiro da capital. Ele próprio é forçado a ampliar seus negócios nos centros urbanos, para que seu patrimônio não sucumba à nova maré do progresso. Chega também o momento de abandonar a casa-grande e se mudar para um palacete na Capital. Talvez seja possível levar junto um parente ou outro, mas o grosso dos leais agregados fica por lá mesmo. E se tornam os "primos pobres" do interior, que, com o tempo, serão cada vez mais pobres e menos primos.

1.2 A FAMÍLIA ATUALMENTE:

Embora a cada momento histórico corresponda um modelo de família preponderante, ele não é único, ou seja, junto aos modelos dominantes de cada época, existiam outros, com menor expressão social, uma tendência não eliminava imediatamente a outra.

Nos últimos vinte anos, várias mudanças ocorridas no plano sócio-político-econômico relacionado ao processo de globalização da economia capitalista vêm interferindo na dinâmica e estrutura familiar e possibilitando mudanças em seu padrão tradicional de organização. Conforme Pereira (1995). A aparente desorganização da família é um dos aspectos da reestruturação que ela vem sofrendo, a qual se, por um lado, pode causar problemas, pode, por outro, apresentar soluções. Trata-se, pois, de um

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processo contraditório que, ao mesmo tempo em que abala o sentimento de segurança das pessoas, com a falta ou diminuição da solidariedade familiar, proporciona também a possibilidade de emancipação de segmentos tradicionalmente aprisionados no espaço restritivo de muitas sociedades conjugais opressoras... Com ele, também, os papéis sociais atribuídos diferenciadamente ao homem e à mulher tendem a desaparecer não só no lar, mas também no trabalho, na rua, no lazer e em outras esferas da atividade humana. (Pereira 1995)

Atualmente encontramos muitos tipos de formação de famílias. A família antes conjugal ou nuclear agora apresenta uma estrutura monoparental ou de pais únicos, se forma devido os divórcios, óbitos, abandono do lar, ilegitimidade ou adoção de crianças por uma só pessoa. Um outro tipo de família que tem chamado atenção são as famílias denominadas de ampliadas ou consangüíneas, formando-se através de parentes diretos ou colaterais. Não podemos esquecer as famílias formadas por homossexuais e as famílias comunitárias onde a responsabilidade não é somente dos pais, mas de todo e qualquer membro adulto.

Conforme esclarece Campos (1983):

A palavra família, na sociedade ocidental contemporânea tem ainda para a maioria das pessoas, conotação altamente impregnada de carga afetiva. Os apologistas do ambiente da família como ideal para a educação dos filhos, geralmente evidenciam o calor materno e o amor como contribuição para o estabelecimento do elo afetivo mãe-filho, inexistente no caso de crianças institucionalizadas. (CAMPOS, 1983,p.19)

Segundo Campos (1983) a história da família brasileira nos mostra que não existe um único modelo de família e sim muitos modelos familiares, com algumas características em comum, mas sempre com uma singularidade, demonstrando que cada família possui identidade própria e sentimentos que pertencem a qualquer grupo humano como amor, ódio, ciúme, inveja e outros.

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E ainda temos as famílias que possuem crianças com necessidades especiais, estas possuem visões e interesses bem diferentes das demais famílias essas enfrentam inúmeros desafios e situações difíceis, circunstâncias que outras famílias nunca se depararão.

Uma família ao receber o impacto de uma criança com necessidades especiais pode sofrer grandes frustrações.

Enquanto algumas famílias são capazes de ser bem sucedidas ao proceder à necessária adaptação, revelando-se consideravelmente realistas, outras se encontram menos preparadas para aceitar o desafio que uma criança deficiente representa para a família (Nielsen, 1999).

Todas as famílias passam por uma série de tensos períodos de transição. O nascimento de um novo filho, a entrada na escola, a adolescência das gerações mais novas, são todos os períodos de tensão. No entanto, nas famílias onde há uma criança com "limitações" a tensão durante esses períodos pode chegar a ser especialmente aguda.

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CAPÌTULO II

A ESCOLA:SURGIMENTO E SUAS VISÕES

HISTÓRICAS.

Este capítulo aborda como a instituição escolar foi construída e todos os elementos que compõe esse perfil de instituição.

Em determinado momento a sociedade percebeu a necessidade de um local onde a educação fosse transmitida de maneira formal e sistemática. Veremos que tipo de visão educacional estava presente em cada época e o valor que a educação recebia a partir de conceitos formulados pela família.

2.1 A ESCOLA NO BRASIL.

No Brasil antes de ser colonizado, a educação era difusa, pois nas comunidades tribais as crianças aprendiam imitando os gestos dos adultos, todo conhecimento era passado sempre do mais velho para os mais novos, o pai ensinava o filho a sobreviver, sem que houvesse alguém em especial para realizar a tarefa de ensinar, essa se dava no seio da família e na experiência dos mais velhos. A família e a comunidade estavam ligadas diretamente à formação do individuo sendo responsável por todo ensino (NÓBREGA, 1988).

Com o inicio da colonização a educação começa a ser realizada pela catequese, a educação sai do ambiente familiar e passa a ser ministrada pela igreja e segundo seus interesses da época, facilitando assim a dominação da metrópole, pois a educação passa a ter papel principal na colonização, é a primeira vez que a educação vai ser usada para interesses de classes. A educação passa a ter um responsável, apenas os jesuítas ministravam aulas, fugindo do antigo ambiente familiar. Após um tempo os próprios jesuítas vão julgar desnecessárias as aulas para os índios e vão se voltar para os filhos da elite, crianças essas que antes não estudavam. O papel do colégio dos jesuítas

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era educar para socializar e não para refletir sobre essa sociedade. A educação ainda ocorria de maneira informal, pois as famílias eram numerosas e o índice de mortalidade infantil era altíssimo (NÓBREGA, 1988).

Segundo Cunha (1995) em 1.759 com a Reforma Pombalina os jesuítas são expulsos e o estado passa a intervir na educação. O Brasil na era Pombalina persiste no panorama do analfabetismo e do ensino precário, agravado pela democracia da reforma pombalina. A educação está à deriva e esse período é caracterizado pelas aulas régias, assim denominadas por que era o rei que fazia o concurso e dava a licenciatura, era ele quem dizia quem estava apto para ministrar as aulas, estas não tinham um local próprio e o conteúdo era escolhido pelo aluno. Meninos e meninas não estudavam juntos. Somente as famílias ricas tinham acesso à educação.

Sendo assim no Brasil Império onde o país passa por uma transformação na economia, a educação também sofre as suas modificações passando a ter um ensino irregular, fragmentado e como na primeira constituição de 1824 quase não se falava da educação vem o ato de 34, conhecido como o golpe de misericórdia que prejudicou de uma vez a educação brasileira. Surgindo de uma emenda à Constituição. Essa reforma descentraliza o ensino, atribuindo à Coroa a função de promover e regulamentar o ensino superior, enquanto que as províncias são destinadas à escola elementar e a secundária. A educação da elite fica a cargo do poder central e a do povo confinada às províncias, surgindo à dualidade no ensino.

Com a Proclamação da República, a abolição dos escravos, a sociedade muda, a urbanização e a modernização do país constituem terreno fértil para a proliferação do modelo de família nuclear burguesa, originário da Europa. (HAHNER, 1990).

Segundo Cunha (1995) a educação passa por uma série de mudanças surgem às conferências, manifestos, surgem outras constituições, a educação começa a se popularizar, mas as famílias ainda não dão a devida importância porque o ensino só passa a ser obrigatório na LDB de 5692/71 que pregava oportunidades para todos, já que na LDB de 61 prévia somente o ensino

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primário obrigatório com exceções de pobreza, falta de escola, matrículas encerradas e anomalia da criança. Só a partir desse marco a educação passa a ser direito da criança e dever do Estado.

As famílias então matriculam seus filhos não por uma consciência, mas sim por uma obrigação, não dando nenhum valor a educação. A família perde seu papel e começa a atribuir algumas funções a escola, começando o atrito entre essas duas instituições a se formar.

A escola julga a família incompetente, pois não ensina com ciência, não tem saber cientifico. A família deveria apenas educar e a escola instruir. A falta de tempo dá família é outro fator.

A escola seria o caminho para modernizar o Brasil.

No campo da educacional só vão chegar às universidades os filhos da elite, pois para os outros que necessitam de uma formação mais rápida para entrar no mercado de trabalho surgem às escolas técnicas.

A escola regular para os alunos com necessidades educacionais especiais podemos dizer que é uma novidade e faz parte das mudanças ocorridas na escola, pois essa clientela estava bem longe do ambiente educacional, pois até mesmo as escolas especiais demoraram a surgir.

Antes a educação especial era o ramo da Educação, que se ocupava do atendimento e da educação de pessoas com deficiência em instituições especializadas, tais como escola para surdos, escola para cegos ou escolas para atender pessoas com deficência mental.

A educação especial realiza-se fora do sistema regular de ensino. Nesta abordagem, as demais necessidades educativas especiais que não se classificam como deficiência não estão incluídas.

Porém a escola para todos tem entrado em pauta nas últimas duas décadas.Transformando mais uma vez as nossas instituições escolares, onde todo e qualquer individuo independente de sua dificuldade possui o direito de estar inserido no ensino regular.

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2.2 A FAMÍLIA DENTRO DA ESCOLA:

Com tantas modificações como a escola deve agir, já que nela encontramos todos os tipos de formação familiar e todos os tipos de alunos os que possuem as necessidades especiais e alunos que não necessitam, cada família com hábitos e costumes próprios, como inserir todas essas famílias em um único local e atender a todas de maneira igual e de forma que todas fiquem satisfeitas.

A escola necessita saber de que é uma instituição que complementa a família, e que ambos precisa ser um lugar agradável e afetivo para os alunos/filhos. Os pais e a escola devem ter princípios muito próximos para o benefício do filho/aluno (TIBA, 1996, p.140).

A escola fica entre a família e a sociedade. Tanto a família como a sociedade cobra muito da escola. E a família de alunos com necessidades especiais ao inseri-los no ensino regular buscam uma normalidade, muitas querem que seus filhos façam o que todos fazem até mesmo com desempenho igual o que torna às vezes a relação da família com a escola mais complicada.

Normalmente a família quer uma escola que eduque seus filhos naquilo que ela se julga incapaz, a família quer também que a escola prepare seus filhos para eles obterem êxito profissional e financeiro e é claro entrarem numa boa universidade.

“A sociedade procura ter na escola uma instituição normativa que trate de transmitir a cultura, incluindo além dos conteúdos acadêmicos, os elementos éticos e estruturais. É a partir daí que se constrói o currículo manifesto (escrito em seus estatutos) e o currículo latente (o dia-a-dia)”. (Outeiral apud Siqueira, 2002, p.01).

Embora bem delimitadas as diferenças entre casa e escola, passou-se a buscar mais o apoio da escola, entendendo-se a eficácia da ação normalizadora sobre crianças e jovens quando respaldadas pelo conhecimento e aquiescência da família.

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Por muitos motivos já citados anteriormente a presença da família dentro da escola é muito escassa, para diminuir essa distancia foi criado no dia 13 de novembro o dia da família na escola.

Até mesmo as famílias dos alunos com necessidades especiais tornam-se receosas com o chamado da escola, pois ao menor sinal essa já julga a postura da escola como preconceituosa ou até mesmo insatisfeita de ter o aluno em seu ambiente.

O processo de socialização torna-se bastante expressivo dentro do processo de ensino aprendizagem através de aspectos como: imitação, identificação e mais um conjunto de características determinadas pelo contexto familiar, que irão interagir no desenvolvimento da criança dentro da instituição escolar e com os alunos com necessidades especiais não é diferente, muitas vezes esses chegam ao ambiente escolar cercados de preconceitos que a própria família criou, tornando assim uma das funções da escola socializadora muito mais difícil com esses alunos.

De uma maneira geral, sobre a família e educação, afirma Nérici (1972):

“A educação deve orientar a formação do homem para ele poder ser o que é da melhor forma possível, sem mistificações, sem deformações, em sentido de aceitação social.

Assim, a ação educativa deve incidir sobre a realidade pessoal do educando, tendo em vista explicitar suas possibilidades, em função das autênticas necessidades das pessoas e da sociedade (...). A influência da Família, no entanto, é básica e fundamental no processo educativo do imaturo e nenhuma outra instituição está em condições de substituí-la. (...) A educação para ser autêntica, tem de descer à individualização, à apreensão da essência humana de cada educando, em busca de suas fraquezas e temores, de suas fortalezas e aspirações. (...) O processo educativo deve conduzir à responsabilidade, liberdade, crítica e participação. Educar, não como sinônimo de instruir, mas de formar, de ter consciência de seus próprios atos. “De modo geral, instruir é dizer o que uma coisa é, e educar e dar o sentido moral e social do uso desta coisa”. (p.12). “Serão despedidos ou a escola irá decair muito rapidamente”. (p.126).

Percebemos atualmente que a escola não pode viver sem a família e a família não pode viver sem a escola, pois uma depende da outra para alcançar seu maior objetivo, seja que escola for e que família for.

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Conforme o Art.53 do Estatuto da Criança e do Adolescente (1990), A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa. Seja essa criança uma criança com necessidades especiais ou não, todas as crianças possuem os mesmos direitos.

A escola necessita saber de que é uma instituição que complementa a família, e que ambos precisa ser um lugar agradável e afetivo para os alunos/filhos. Os pais e a escola devem ter princípios muito próximos para o benefício do filho/aluno (TIBA, 1996, p.140). Tal parceria implica em colocar-se no lugar do outro, e não apenas enquanto troca de favores, mas cooperando: supor afetos, permitir escolhas e desejos, para que a criança desenvolva-se integralmente.

Se o educando/filho não cumpre as regras da escola porque os pais o acobertam e discordam da escola, a criança aproveita destas divergências conquistando o que desejava. Percebemos essa postura em muitos pais e quando seus filhos possuem alguma dificuldade especifica esse problema se agrava.

Pensar na parceria família/escola requer então aos professores inicialmente, uma tomada de consciência de que, as reuniões baseadas em temas teóricos e abstratos, reuniões para chamar a atenção dos pais sobre a lista de problemas dos filhos, sobre suas péssimas notas, reuniões muito extensas, sem planejamento adequado, onde só o professor pode falar, não têm proporcionado sequer a abertura para o iniciar de uma proposta de parceria, pois os pais faltam às reuniões, conversam paralelamente, parecem de fato não se interessar pela vida escolar das crianças.

Portanto a construção dessa parceria é função inicial dos professores, pois transferir essa função à família somente reforça sentimentos de ansiedade, vergonha e incapacidade aos pais, uma vez que não são eles os especialistas em educação, não entendem de psicologia, desconhecem a didática, a sociologia, enfim, os resultados desta postura já se conhecem muito bem: o afastamento da família como podemos conferir em nossas escolas

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cotidianamente.

As famílias não se encontram preparadas sequer para enfrentar, quanto mais para solucionar os problemas que os educadores de seus filhos lhes entregam ou transferem nas reuniões de pais, que não deveriam servir para esse tipo de discussão, esses momentos deveriam existir apenas para falar do trabalho realizado pela escola que muitos responsáveis desconhecem. Como Tiba (2002, p. 67), Faz parte do instinto de perpetuação os pais cuidarem dos filhos, mas é a educação que os qualifica como seres civilizados. Atualmente nas escolas e em casa, os pais/educadores não sabem mais como fazer para que as crianças sejam disciplinadas e transferem esse dever antes único do ambiente familiar para a escola. Lembrando que com os filhos/alunos com necessidades especiais não acontece diferente.

2.3 A FAMÍLIA, A ESCOLA E O ALUNO COM NECESSIDADES

EDUCACIONAIS ESPECIAIS.

O ingresso da criança na escola cabe a responsabilidade de cada família, seja essa criança considerada com o seu desenvolvimento normal ou necessitando de ajustes especiais.

Com as demandas crescentes em relação ao avanço da população feminina inserida no mercado de trabalho e a importância de outras pessoas qualificadas na formação desses novos cidadãos cada vez mais cedo as crianças estão conhecendo esse novo espaço que é a escola, e maior é a necessidade da família em inseri-los neste ambiente.

Muitos são os motivos familiares, porém quando falamos de alunos com necessidades especiais percebemos em muitas famílias a esperança de uma educação formal para estes alunos, que antes da lei ficavam excluídos desse ambiente.

Tanto para os pais quanto para as crianças esse é um momento decisivo e de grandes expectativas, pois é o momento que a criança passa a tornar-se cada vez mais independente e os pais cada vez mais inseguros, por parecerem

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que seus filhos cresceram e já não dependem tanto, os deixando cada vez mais longe.

É importante que cada família ao escolher uma instituição vá preparando seus filhos e já tomarem consciência do que estão planejando para que a criança ao ter o primeiro contato com esse novo espaço já sinta-se segura através de seus pais, assim como a importância que é dada na escolha de um profissional qualificado é de grande importância o espaço estar de acordo com as necessidades apresentadas pelas crianças.

A criança ao ingressar na creche ou pré-escola ou até mesmo já nas séries iniciais do ensino fundamental passa a ter contato com novas culturas que não fazem parte da sua, aprende a reconhecer o outro e a dividir seus espaços com estes. A escola necessita ter conhecimentos para tornar esse momento agradável e menos dolorido para ambas as partes, conquistando a confiança desde esse momento.

Atualmente temos como um dos novos paradigmas da educação brasileira, legalmente amparado pela Lei nº 9394/96, o qual delega à família, à escola e à sociedade o compromisso para a efetivação de uma proposta de escola para todos. Atendendo a todas as pessoas com necessidades educacionais especiais, como vimos anteriormente.

As Necessidades Educacionais Especiais são necessidades que se relacionam àqueles alunos que apresentam capacidade ou dificuldade elevada em sua aprendizagem. Não significa que estes alunos tenham, necessariamente, alguma deficiência vinculada, mas também são os alunos que passam a ser especiais quando apresentam necessidades educativas especiais em um dado momento de sua escolaridade.

De acordo com a Declaração de Salamanca (1994, p.15):

(...) a expressão ‘necessidades educacionais especiais’ refere-se a todas as crianças e jovens cujas carências se relacionam a deficiências ou dificuldades escolares. (...) Neste conceito, terão que se incluir crianças com deficiência ou superdotados, crianças de rua

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ou crianças que trabalham, crianças de populações remotas ou nômades, crianças de minorias lingüísticas, étnicas ou culturais e crianças de áreas ou grupos desfavorecidos ou marginais.

Esses alunos hoje estão nas escolas regulares e suas famílias estão em contato com todo o processo educacional.

Como vimos ao longo do texto à instituição familiar passou por uma série de transformações desde seus valores até mesmo a sua formação. E temos muitas famílias que possuem pessoas com necessidades educacionais especiais e essas também sofreram com as mudanças ocorridas na sociedade como um todo.

Antes as famílias tinham vergonha de seus parentes, cujo necessitavam de adaptações e cuidados diferenciados, esses eram banidos da sociedade através da morte, hoje através da escola essas famílias não deixam mais seus entes alheios ao mundo social e ao mundo do conhecimento, procurando inseri-los no mundo através da escola, porém muitas discussões acerca desse assunto vêm ocorrendo, pois o fato não se trata somente da inclusão desses alunos. Trata-se também do acolhimento e amparo que essas famílias necessitam e que muitas vezes a escola não percebe, até mesmo por ser um fato novo.

No entanto ainda assim a família é a principal responsável pelas ações do seu filho com necessidades especiais. É ela que lhe oferece a primeira formação. Na integração/inclusão escolar, o aluno, com a orientação dos profissionais e da família, poderá adquirir competência profissional e pessoal. Porém escola, como uma instituição mediadora na construção do conhecimento, tendo como objetivo levar cultura para um número cada vez maior de pessoas, leva para si uma gama de responsabilidade muito grande. "É através da escola que a sociedade adquire, fundamenta e modifica conceitos de participação, colaboração e adaptação. Embora outras instituições como família ou igreja tenha papel muito importante, é da escola a maior parcela" Mello in MANTOAN (1997, p.13).

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Também a declaração de Salamanca na Espanha em 1994 que se apóia na Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU em 1948 explicita a compreensão de que todas as escolas deveriam acomodar todas as crianças independentemente de qualquer condição e ainda enfatiza que a escola tem de encontrar maneiras de educar com êxito todas as crianças, inclusive aquelas com deficiências graves (Kassar, 2005).

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CAPÌTULO III

A FAMÍLIA, A ESCOLA E A APRENDIZAGEM.

Neste capitulo iremos abordar como ocorre a aprendizagem

baseada numa perspectiva de que a escola e a família duas instituições de caráter formador, já citado anteriormente, podem e contribuem para um melhor aprendizado quando trabalham juntas, pelo mesmo objetivo.

Enfatizando questões de como cada uma dessas instituições contribuem para o rendimento escolar dos alunos e suas experiências, levando –nos a refletir sobre as atividades desenvolvidas pela escola, para que essas duas instituições se aproximem e trabalhem em conjunto e até mesmo como é realizado e observado esse trabalho.

3.1 A PARCERIA DA ESCOLA COM A FAMÍLIA:

A nossa sociedade reserva um papel crucial para a família em relação à proteção, afetividade e educação. O dever da família com o processo de escolaridade e a importância da sua presença no contexto escolar é publicamente reconhecido na legislação nacional e nas diretrizes do Ministério da Educação aprovadas no decorrer dos anos 90, tais como:

-Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9394/96), artigos 1º, 2º, 6º e 12.

-Plano Nacional de Educação (aprovado pela Lei nº 10172/2007), que define como uma de suas diretrizes a implantação de conselhos escolares e outras formas de participação da comunidade escolar (composta também pela família) e local na melhoria do funcionamento das instituições de educação e no enriquecimento das oportunidades educativas e dos recursos pedagógicos.

Diante de tal afirmação percebemos que a parceria entre escola e família é fator crucial na formação dos alunos, sendo mais um pilar para o desenvolvimento e para a aprendizagem. A família deve participar ativamente da vida escolar de seus filhos.

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É preciso ter clareza do que entendemos por participar. Será que é estar presente nas reuniões para ouvir informações burocráticas e queixas referentes ao mau comportamento dos alunos? Será que é ter acesso a decisões previamente estabelecidas? Será que é ajudar a organizar a festa junina da escola? Será que é poder ouvir e falar? Será que é a possibilidade de uma ação coletivamente construída por todas as partes envolvidas no processo ensino-aprendizagem, na qual se compartilhar eqüitativamente, resguardadas as particularidades dos sujeitos envolvidos, a possibilidade de planejar, decidir e agir?

Enfim, muitos podem ser os significados da palavra participar. É preciso que conheçamos as razões pelas quais as famílias não têm correspondido ao que os educadores esperam enquanto sua participação na escola.

Para tal, precisam se despir da postura de juízes que condenam sem conhecer as razões e incorporarem o espírito investigador que busca as causas para o desconhecido e fornecer todas as situações para que essa parceria ocorra de maneira agradável para ambas as instituições.

É muito importante para o professor proporcionar na escola um ambiente onde a família possa se sentir segura, apoiada e principalmente compreendida e se tratando das famílias com filhos com necessidades especiais esse ambiente deve ser duplamente repensado.

E por outro lado o aluno precisa ser visto na sua globalidade, pois quando ele ingressa no sistema escolar, ele não deixa de ser filho, irmão, amigo, e trás consigo todas essas marcas, características, manias e posições da sociedade em que vive, e é no ambiente escolar que ele irá desenvolver muitas de suas potencialidades de socialização se em seu ambiente ele não possui meios para que sua socialização ocorra essa se dará dentro da escola. A necessidade de se construir uma parceria entre escola e família, deve ser para planejar, estabelecer compromissos e acordos mínimos para que o aluno/filho tenha uma educação com qualidade, tanto em casa quanto na escola, para que a escola faça sentido em sua vida que seja algo dentro da sua rotina, normal e não algo distante que nem os seus próprios pais entendem.

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Aí entra a parceria família e escola. Uma conversa franca dos professores com os pais, em reuniões simples, organizadas, onde é permitido aos pais falarem e opinarem sobre todos os assuntos, será de grande valia na tentativa de entender melhor os filhos/alunos.

A construção desta parceria deveria partir dos professores, visando, com a proximidade dos pais na escola, que a família esteja cada vez mais preparada para ajudar seus filhos.

Segundo Paro (2000), pesquisador que realizou um estudo sobre o papel da família no desenvolvimento escolar de alunos do ensino fundamental, o distanciamento entre escola e família não deveria ser tão grande, pois para ele, a escola não assimilou quase nada de todo o progresso da psicologia da educação e da didática, utilizando métodos de ensino muito próximos e idênticos aos do senso comum predominantes nas relações familiares.(p.16).

O autor se remete ao fato de que, a atual escola dos filhos, é bastante parecida com a escola que os pais freqüentaram, e por isso, estes últimos não deveriam sentir-se tão distanciados do sistema educacional, e também o professor, embora admita a necessidade da participação dos pais na escola, não sabe bem como encaminhá-la.

“Quanto à falta de um necessário conhecimento e habilidade dos pais para incentivarem e influenciarem positivamente os filhos a respeito de bons hábitos de estudo e valorização do saber, o que se constata é que os professores, por si, não têm a iniciativa de um trabalho a esse respeito junto aos pais e mães. Mesmo aqueles que mais enfaticamente afirmam constatar um maior preparo dos pais para ajudarem seus filhos em casa se mostram omissos no tocante à orientação que eles poderiam oferecer, especialmente nas reuniões de pais, que é quando há um encontro que se poderia considerar propício para isso” . (Paro, 2000, p.65)

Nas palavras de Paro; “parece haver, por um lado, uma incapacidade de compreensão por parte dos pais, daquilo que é transmitido na escola; por outro

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lado, uma falta de habilidade dos professores para promoverem essa comunicação”. (p.68).

E percebemos essa dificuldade no diálogo quando surgem alguns questionamentos de ambas as partes.

3.2 AS VIVÊNCIAS DA ESCOLA E DA FAMÍLIA NA APRENDIZAGEM:

Relacionados os sustentáculos formais da relação família/escola/educação é importante pontuar ainda alguns aspectos.

Em primeiro lugar, é preciso reconhecer que a família independente do modelo como se apresente, pode ser um espaço de afetividade e de segurança já descrito anteriormente, mas também de medos, incertezas, rejeições, preconceitos e até de violência.

Assim, é fundamental que conheçamos os alunos e as famílias com as quais iremos lidar. Quais são suas dificuldades, seus planos, seus medos e anseios?

Enfim, que características e particularidades marcam a trajetória de cada família e conseqüentemente, do aluno a quem iremos atender. Estas informações são dados preciosos para que os professores possam avaliar o êxito de suas ações enquanto educadores, identificar demandas e construir propostas educacionais compatíveis com a realidade de cada um inserido no processo.

Em segundo lugar, na relação família/educadores, um sujeito sempre espera algo do outro. E para que isto de fato ocorra é preciso que escola e família sejam capazes de construírem coletivamente uma relação de diálogo mútuo, onde cada parte envolvida tenha o seu momento de fala, mas também de escuta, onde exista uma efetiva troca de saberes.

A capacidade de comunicação exige a compreensão da mensagem que o outro quer transmitir e para tal faz-se necessário o desejo de querer escutar o outro, a atenção às idéias emitidas e a flexibilidade para recebermos idéias que podem ser diferentes das nossas. (PARO,2000)

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Paro (2000), afirma o importante papel da família no desempenho escolar dos filhos, e ainda conclui que há uma ligação interdependente entre as condições sociais da origem das famílias e a maneira que se relacionam com as instituições escolares, além do fato de que, transformações visíveis pelas quais passam ultimamente, tanto as instituições escolares quanto às instituições familiares, naquilo que diz respeito às suas estruturas e dinâmicas internas, são reveladores de uma tendência crescente de conexão entre os territórios: família e escola.

Portanto, tais pesquisas vêm, primeiramente, oferecer contribuições imprescindíveis para o repensar desta complexa ligação, mas elas também reafirmam com dados semelhantes, uma conclusão de senso-comum, colhida dos discursos da grande maioria dos professores, sejam da educação infantil, do ensino fundamental, ou do ensino médio: o fato da família não ir bem, influencia negativamente o desenvolvimento escolar dos filhos.

Tais constatações se explicitam em verbalizações como: “os pais dos alunos com dificuldades de aprendizagens, são exatamente aqueles que não comparecem às reuniões”; “eu sei que as reuniões de pais nem sempre são agradáveis, mas temos que lhes contar a realidade sobre seus filhos”; “como o aluno pode ir bem na escola, se seu pai bebe, se sua mãe o abandonou?”; “eu mando lições, e pesquisas para casa, e o menino vem me dizendo que seu pai ou mãe não teve tempo de ajudá-lo”.

Mas e quanto aos pais, quais seriam os seus pensamentos? Caso as perguntas acima anotadas, fossem a eles dirigidas, como as responderiam? Em sua pesquisa, Sá (2001) aponta a existência de uma “duplicidade discursiva”, a família demonstra que possui preocupação e desejo de envolver-se com os assuntos escolares; por outro lado, os discursos dos educadores demonstram o interesse na participação dos pais em situações que acontecem fora dos muros da escola, como o auxílio nas tarefas de casa.

Temerosos de que estes últimos, ao obterem uma ampliação de poder frente à gestão escolar, terminem por invadir áreas que segundo eles não lhes pertencem como, por exemplo: avaliação dos professores, definição de

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calendário e currículos escolares, entre outros, os professores acabam ofertando possibilidades de participações restritivas, ou exigem um conhecimento que os pais não possuem, acabando por afastar a família que, nas palavras do autor “... ao recusarem as ofertas participativas que lhe são proporcionadas, arriscam-se a ser etiquetados como pais negligentes, inaptos e irresponsáveis, a quem pode facilmente ser imputada à culpa pelos eventuais insucessos dos seus educandos.” (p.97).

A pesquisa de Paro (2000), se remete a resultados bem parecidos, quando analisa o discurso dos professores e dos pais, principalmente naquilo que se refere à continuidade e descontinuidade da educação.

O autor afirma que os professores pretendem que a família dê continuidade à educação oferecida na escola, principalmente auxiliando as crianças nos deveres escolares, o que ele denomina como “uma continuidade de mão única”, enquanto os pais, embora cheguem a conceber a escola como ‘segunda família’, vivenciam “a timidez diante dos professores, o medo da reprovação dos filhos e a distância que sentem da cultura da escola...” (p.33).

Por outro lado a família acredita que a escola deve compreender a sua falta de tempo e não passar tantos deveres, que esses devem ser feitos na escola que é lugar de estudar, pois é lá também que os alunos irão tirar suas dúvidas.

Porém todas essas vivências experiências servem para entendermos melhor como se dá essa relação e essa parceria, como é difícil conseguir unir essas duas instituições.

A aprendizagem dos alunos com necessidades especiais muito irá depender dessa relação positiva que a família estabelece com a escola, a família necessita acreditar neste novo modelo pedagógico da educação, onde a valorização da individualidade é fundamental, valorizando o convívio entre os corpos diferentes, acreditando no aprendizado não só de conteúdos, mas de valores sociais e humanos, de construção de conhecimento individual e coletivo, estabelecendo o diálogo constante entre professor-aluno, aluno-aluno e de todos como ambiente escolar e social.

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Uma das funções da escola é possibilitar à criança perceber-se de maneira diferente da qual é reconhecida na estrutura familiar. Nesse sentido, ela tem a obrigação de exercer sua função libertadora. E com o aluno com necessidades especiais esse trabalho é muito mais visível, pois o professor irá mostrar e trabalhar todas as possibilidades do aluno, mostrando que ele é capaz.

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CONCLUSÃO

Com a pesquisa percebemos como é importante a presença da família na escola, mas não é somente a presença da família e sim a presença de uma família consciente de todas as possibilidades de seu filho.

E como segundo alguns autores essa presença irá influenciar na aprendizagem, a pesquisa revela também que por conta de fatores históricos e até de valores agregados a essas instituições em nossa sociedade, o desempenho de alguns alunos serão altamente influenciados.

Dependendo de uma série de fatores iremos encontrar modelos de escolas e de famílias bem distintas, porém o professor necessita conhecer essas características e particularidades para melhor atender seus alunos.

Outro aspecto importante desta pesquisa trata – se de romper com aquela visão materna de que a mãe é responsável pela vida escolar de seus filhos, não propondo atividades que envolvam a totalidade da constituição familiar, como pais, irmãos e demais familiares quais sejam os responsáveis desse aluno.

Podemos ver que ao invés da família ser chamada ou convocada na escola apenas quando as coisas não andam bem, quando as notas estão baixas, ou quando se precisa de uma ajuda pontual; ela deve ser vista de forma participativa, uma co-autora do processo educativo escolar e, conseqüentemente, se envolver mais diretamente na concretização do mesmo.

E que essa relação família – escola é de extrema importância na construção da identidade e autonomia do aluno, a partir do momento em que o acompanhamento desta, durante o processo educacional, leva a aquisição de segurança por parte dos filhos, que se sentem duplamente amparados, ora pelo professor ora pelos pais, o que irá incorrer no favorecimento do processo ensino-aprendizagem, questão principal desta pesquisa em relação aos alunos com necessidades especiais.

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Deve haver também incentivo e treinamento para os professores que são a parte fundamental do processo de ensino-aprendizagem. Esse profissional é o responsável pelas interações que ocorrem entre professor, aluno e objeto do conhecimento. Acredita-se que toda mudança educacional que não tem a participação efetiva do professor em conjunto com a família esteja fadada ao fracasso.

Acredita-se que todos os alunos merecem ter uma educação de qualidade e todos devem estar junto neste processo.

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I AS VISÕES HISTÓRICAS SOBRE O PAPEL DA FAMÍLIA NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM 14

1.1 A história da família e suas mudanças: 14

2.2 A família atualmente: 17

CAPÌTULO II A ESCOLA: SURGIMENTO E SUAS VISÕES HISTÓRICAS 20

2.1 – A escola no Brasil 20

2.2 – A família dentro da escola 23

2.3 - A família, a escola e o aluno com necessidades educacionais especiais. 26

CAPÌTULO III A FAMÍLIA, A ESCOLA E A APRENDIZAGEM 30

3.1 - A parceria da família com a escola 30

3.2 – As vivências da família e da escola na aprendizagem 33

CONCLUSÃO 37

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