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Resposta de mudas de mangabeira a fontes e doses de fósforo em solo de baixada litorânea

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Academic year: 2021

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(1)i SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL – MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE - UFS PRÓ-REITORIA DE PÓS GRADUAÇÃO E PESQUISA - POSGRAP Núcleo de Pós-Graduação e Estudos em Recursos Naturais – NEREN. Mestrado em Agroecossistemas. NEREN – UFS. Resposta de mudas de mangabeira a fontes e doses de fósforo em solo de baixada litorânea. RAUL DANTAS VIEIRA NETO. Núcleo de Pós-Graduação e Estudos em Recursos Naturais – NEREN Programa de Pós-graduação em Agroecossistemas Mestrado Acadêmico em Agroecossistemas.

(2) ii. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E ESTUDOS EM RECURSOS NATURAIS. RAUL DANTAS VIEIRA NETO. Resposta de mudas de mangabeira a fontes e doses de fósforo em solo de baixada litorânea Dissertação apresentada à Universidade Federal de Sergipe, como parte das exigências do Curso de Mestrado em Agroecossistemas, para obtenção do título de “Mestre”.. Orientador Prof. Dr. Pedro Roberto Almeida Viégas. SÃO CRISTÓVÃO SERGIPE - BRASIL 2010.

(3) iii. UFS – POSGRAP – NEREN PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGROECOSSISTEMAS. DISSERTAÇÃO Resposta de mudas de mangabeira a fontes e doses de fósforo em solo de baixada litorânea. Raul Dantas Vieira Neto. 2010.

(4) iv. UFS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE POSGRAP – Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa NEREN – Núcleo de Pós-Graduação e Estudos em Recursos Naturais Curso de Mestrado em Agroecossistemas. Resposta de mudas de mangabeira a fontes e doses de fósforo em solo de baixada litorânea Raul Dantas Vieira Neto Sob a orientação do Professor Doutor Pedro Roberto Almeida Viégas. Dissertação apresentada como requisito para obtenção do título de Mestre em Agroecossistemas. São Cristóvão – SE 2010.

(5) v. FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA CENTRAL UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE. V657r. Vieira Neto, Raul Dantas Resposta de mudas de mangabeira a fontes e doses de fósforo em solo de baixada litorânea / Raul Dantas Vieira Neto – São Cristóvão, 2010. x, 27 f. Dissertação (Mestrado em Agroecossistemas) – Núcleo de Pós-Graduação e Estudos em Recursos Naturais, Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa, Universidade Federal de Sergipe, 2010. Orientador: Prof. Dr. Pedro Roberto Almeida Viégas. 1. Agroecossistemas. 2. Hancornia speciosa. 3. Fertilidade do solo – Superfosfato. I. Título. CDU 582.937:631.855.

(6) vi OFEREÇO Aos meus pais, Jorge Cabral Vieira e Gilka Maria de Carvalho Vieira. Com o seu amor, me presentearam o mundo e proporcionaram as condições de lutar pelos meus objetivos.. DEDICO Aos meus filhos Rafael, André e Maria Clara e à minha esposa, Rozilene, minhas fontes de alegria..

(7) vii. AGRADECIMENTOS A DEUS, fonte de tudo, energia maior. À Universidade Federal de Sergipe (UFS), pela oportunidade que me foi dada no Curso de Mestrado. À EMDAGRO, instituição à qual estou vinculado, por permitir o meu engajamento ao Curso de Mestrado, permitindo a minha evolução como profissional. À EMBRAPA, instituição na qual desenvolvo meus trabalhos de pesquisa, pelo apoio decisivo no desenvolvimento dos estudos. Ao Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais – NEREN. Ao professor Dr. Pedro Roberto Almeida Viégas, meu orientador e antes de tudo um grande amigo e incentivador. Ao professor visitante da UFS, Dr. Laerte Marques da Silva, pela grande colaboração prestada através de sugestões na elaboração da minha dissertação. Ao pesquisador Dr. Lafayette Franco Sobral, da EMBRAPA, pelos preciosos ensinamentos que transmitiu, fundamentais na elaboração desta dissertação. Ao professor Dr. Carlos Dias da Silva Júnior, da Universidade Federal de Sergipe, pela colaboração na condução do experimento; Ao Sr. Jackson, auxiliar de campo da EMBRAPA, pela prestatividade no auxílio nos trabalhos de campo. A todos os professores do Curso de Mestrado em Agroecossistemas pelos ensinamentos transmitidos. Ao colega Elder Prudente, pela amizade e coleguismo, que foram de grande importância neste trajeto. Aos demais colegas do curso. São amizades que tiveram início e que deverão durar para sempre. Aos colegas da EMBRAPA, Marcelo Fernandes, Joézio Luiz dos Anjos, Samuel da Mata, Hélio Wilson, Daniel, Robinson e Roberto Alves, que colaboraram de forma decisiva neste trabalho. A todos aqueles que colaboraram nesta empreitada..

(8) viii SUMÁRIO Página 1. Resumo..........................................................................................................................1 2. Abstract..........................................................................................................................2 3. Introdução......................................................................................................................3 4. Referencial teórico.......................................................................................................04 4.1. O fósforo e a adubação da mangabeira.....................................................................04 5. Material e métodos......................................................................................................09 5.1. Localização do experimento.....................................................................................09 5.2. Delineamento experimental e tratamentos...............................................................09 5.3. Produção das mudas de mangabeira utilizadas no experimento...............................09 5.4. Instalação e condução do experimento.....................................................................10 5.5. Parâmetros avaliados................................................................................................11 5.5.1. Produção de massa seca radicular ........................................................................11 5.5.2. Produção de massa seca da parte aérea.................................................................12 5.5.3. Teor de P no sistema radicular e da parte aérea ...................................................12 5.5.4. Quantidade acumulada de fósforo na raiz e na parte aérea ..................................12 5.5.5. Parâmetros fisiológicos..........................................................................................12 5.5.6. Análise estatística..................................................................................................12 6. Resultados e discussão.................................................................................................13 6.1. Produção da massa seca radicular, da parte aérea e total de mangabeiras...............13 6.2. Teores e quantidades acumuladas de fósforo nas raízes e na parte aérea de mangabeiras.....................................................................................................................18 6.3. Parâmetros fisiológicos.............................................................................................22 7. Conclusões...................................................................................................................23 8. Referências bibliográficas...........................................................................................24.

(9) ix LISTA DE TABELAS. TABELA 1. Resultados das análises química do solo, 30 dias após a incubação..........11 TABELA 2. Valores médios de massa seca radicular, massa seca da parte aérea e massa seca total de mangabeiras em função de fontes e doses de fósforo................................13 TABELA 3. Teores e quantidades acumuladas de fósforo no sistema radicular e na parte aérea da mangabeira em função de doses de fósforo.............................................................................................................................31 TABELA 4. Valores médios de evapotranspiração (Evap), Condutância Estomática (GS), Fotossíntese (PN) e CO2 no mesófilo..

(10) x LISTA DE FIGURAS Página FIGURA 1. Efeito de fontes de P2O5 (fosfato natural de Gafsa e superfosfato triplo) e dose de fósforo na produção de massa seca radicular de mangabeiras.....................................................................................................................14 FIGURA 2. Efeito de fontes de P2O5 (fosfato natural de Gafsa e superfosfato triplo) e dose de fósforo na produção de massa seca da seca parte aérea de mangabeiras.....................................................................................................................14 FIGURA 3. Efeito de fontes de P2O5 (fosfato natural de Gafsa e superfosfato triplo) e dose de fósforo na produção de massa seca total de mangabeiras.....................................................................................................................15 FIGURA 4 – pH e teor de Alumínio dos substratos após período de incubação, em razão do fosfato natural de Gafsa e superfosfato triplo e níveis de fósforo..............................17 FIGURA 5. Efeito de fontes de P2O5 (fosfato natural de Gafsa e superfosfato triplo) e dose de fósforo no teor de P no sistema radicular da mangabeira...................................19 FIGURA 6. Efeito de fontes de P2O5 (fosfato natural de Gafsa e duperfosfato triplo) e dose de fósforo no teor de P na parte aérea da mangabeira. ...........................................20 FIGURA 7. Efeito de fontes de P2O5 (fosfato natural de Gafsa e superfosfato triplo) e dose de fósforo na quantidade acumulada P no sistema radicular da mangabeira. ........21 FIGURA 8. Efeito de fontes de P2O5 (fosfato natural de Gafsa e superfosfato triplo) e dose de fósforo na quantidade acumulada P na parte aérea da mangabeira....................21 FIGURA 9. Acúmulo de CO2, fotossíntese, transpiração e condutância estomática na mangabeira em razão do fosfato natural de Gafsa (▲) e Superfosfato triplo (□) e níveis de fósforo..

(11) xi. Resposta de mudas de mangabeira a fontes e doses de fósforo em solo de baixada litorânea 1. Resumo VIEIRA NETO, R.D. Resposta de mudas de mangabeira a fontes e doses de fósforo em solo de baixada litorânea. 2010. Dissertação de Mestrado em Agroecossistemas Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão. A mangabeira (Hancornia speciosa Gomes) é frutífera nativa do Brasil, e seu fruto mangaba - é muito utilizado na agroindústria de sucos e sorvetes. Tendo em vista a crescente demanda por seus frutos torna-se imperativa a necessidade de cultivo desta espécie. Para tanto, faz-se necessário o desenvolvimento de tecnologias de cultivo, o que inclui estudos relativos à adubação. O trabalho teve como objetivo estudar a resposta da mangabeira à adubação de plantio com diferentes fontes e doses de fósforo em solos do tipo Neossolo Quartzarênico. O experimento foi desenvolvido em casa-devegetação da EMBRAPA, em Aracaju, Sergipe. Estudou-se duas fontes de fósforo (super fosfato triplo e fosfato natural de Gafsa) e cinco doses (0; 0,56; 1,12; 2,24 e 4,48g de P2O5 dm3). Observou-se fotossíntese, condutância estomática, transpiração e CO2 interno, além da produção de massa seca e teor e acúmulo de fósforo no sistema radicular e na parte aérea. Concluiu-se que a disponibilização de doses excessivas de fósforo e a elevação da acidez e dos teores de alumínio do substrato, proporcionados pela fonte superfosfato triplo trouxeram prejuízos ao desenvolvimento das plantas. O fosfato natural de Gafsa foi mais eficiente doque o superfosfato triplo, como fonte de fósforo para a mangabeira. Palavras-chave: Hancornia specios; fertilidade do solo; superfosfato triplo; fosfato natural de Gafsa..

(12) xii. 1.Summary VIEIRA NETO, R.D. Response of seedlings mangabeira sources and levels of phosphorus in the soil of the coastal lowlands. 2010. Dissertation in Agroecosystems Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão. Mangabeira (Hancornia speciosa) fruit is native to Brazil, and its fruit - mangaba - is widely used in agribusiness juices and ice creams. Given the growing demand for its fruit becomes imperative to cultivation of this species. Thus, it is necessary to develop farming technologies, which includes studies on fertilization. The work aimed to study the response to fertilization mangabeira planting with different sources and levels of phosphorus in soil type PSAMENT. The experiment was carried out in greenEMBRAPA, Aracaju, Sergipe. We studied two phosphorus sources (triple super phosphate and Gafsa rock phosphate) and five doses (0, 0.56, 1.12, 2.24 and 4.48 g P2O5 dm3). Observed photosynthesis, stomatal conductance, transpiration and internal CO 2, besides the production of dry matter and phosphorus content and accumulation in roots and shoots. It was concluded that the provision of high doses of phosphorus and high in acidity and concentration of aluminum substrate provided by the source superphosphate brought damage to plant development. The Gafsa rock phosphate was more efficient doque triple superphosphate as source of phosphorus for speciosa. Keywords: Hancornia speciosa, soil fertility, triple superphosphate, Gafsa rock phosphate..

(13) 1 3. Introdução A mangabeira (Hancornia speciosa Gomes), frutífera da Família Apoyinacea é planta arbórea de porte médio, que atinge de 5 a 10 metros de altura. Nativa do Brasil, é encontrada vegetando espontaneamente em várias regiões do país, desde os Tabuleiros Costeiros e Baixadas Litorâneas do Nordeste, onde é mais frequente, até as áreas de vegetação de Cerrado da Região Centro-Oeste. No Nordeste, a mangabeira faz parte da vegetação de Cerrado ou de Tabuleiro; é encontrada desde a faixa litorânea até o Agreste, vegetando predominantemente em solos profundos, pobres e arenosos (VIEIRA NETO et al., 2002). A mangabeira pertence à ordem Gentianales, família Apocynaceae, gênero Hancornia e à espécie Hancornia speciosa Gomes. São aceitas as seis variedades botânicas, citadas a seguir: H. speciosa var. Speciosa Gomes, H. speciosa var. maximiliani A. DC., H. speciosa var. cuyabensis Malme, H. speciosa var. lundii A. DC., H. speciosa var. Gardneri (A.DC.) Muell. Arg.., H. speciosa var. pubescens (Nees. Et. Martius) Muell. Arg. É uma das primeiras frutíferas cuja ocorrência foi relatada pelos exploradores da costa do Brasil no século XVI (SILVA JUNIOR e LEDO, 2006). Embora também seja produtora de látex, o fruto - denominado mangaba - é o seu principal produto; este nome tem origem na língua tupi-guarani e significa “coisa boa de comer”. A mangaba possui aroma e sabor muito apreciados. Sua utilização agroindustrial está sendo rapidamente difundida sendo utilizada na produção de doces, xarope, compotas, vinho, vinagre e principalmente suco e sorvete (VIEIRA NETO et al, 2002). Dados do IBGE (2010), referentes à Produção Extrativa Vegetal do ano de 2008 informam que, da produção nacional de mangaba, 99,43% foi colhida na Região Nordeste, sendo que do total produzido nesta região, 56,15%, foram produzidas em Sergipe, o maior estado produtor. No entanto, nas regiões de ocorrência natural, a especulação imobiliária e a implantação de grandes culturas, a exemplo dos coqueirais, canaviais e pastagens têm sido as principais causas da redução da vegetação nativa, provocando uma grave perda de patrimônio genético (VIEIRA NETO et al., 2009). Uma das alternativas para compensar estas perdas e, ao mesmo tempo manter a oferta da mangaba e seus produtos para um mercado cada vez maior e mais exigente, é desenvolver o cultivo comercial esta espécie, buscando obter alta produtividade e qualidade do produto dentro das características exigidas pelos consumidores..

(14) 2 No Nordeste do Brasil, a mangabeira é planta típica de solos extremamente pobres, sendo, portanto, pouco exigente em fertilidade, possuindo mecanismos que permitem a sua sobrevivência e desenvolvimento em condições adversas a outras espécies. Plantas adaptadas às condições de baixa fertilidade do solo apresentam certas peculiaridades, entre as quais uma alta eficiência nutritiva. Em alguns casos, esta eficiência é vista não como alta capacidade das raízes para extrair nutrientes do solo, mas como maior capacidade de crescimento do sistema radicular, o que permite às mesmas buscar água e nutrientes nas camadas mais profundas, promovendo uma maior eficiência de acumulação e redistribuição dos nutrientes na planta. Acredita-se também que estas plantas possuam a capacidade de modular o seu crescimento no sentido de manter altas concentrações internas de nutrientes, mesmo em solos de baixa fertilidade (ESPÍNDOLA e FERREIRA, 2006; VIEIRA NETO, 1994). Sabe-se que o satisfatório estabelecimento de um cultivo agrícola está na dependência da interação de diversos aspectos, incluindo a qualidade da muda ou semente, época de plantio e diversos outros fatores de produção, como as características de clima e solo, além dos aspectos ligados à nutrição e adubação; portanto, é de fundamental importância o estudo dos aspectos que possam contribuir para o estabelecimento da mangabeira como cultura agrícola, a começar por aqueles relacionados ao desenvolvimento inicial das plantas, o que envolve a definição de métodos de adubação de fundação. 4. Referencial teórico 4.1. O fósforo e a adubação da mangabeira A fotossíntese, a transpiração, a condutância estomática, a assimilação de CO2, e demais indicadores fisiológicos são influenciados por diversos fatores, como a disponibilidade de água, de luminosidade e de nutrientes. Sabe-se que o fósforo é crucial no metabolismo das plantas, desempenhando papel importante na produção de energia na fotossíntese e a sua transferência para a célula por meio da respiração. Este nutriente é, também, componente estrutural dos ácidos nucléicos de genes e cromossomos, assim como de muitas coenzimas, fosfoproteínas e fosfolipídeos (GRANT et al., 2001)..

(15) 3 Grande número de estudos, em muitas espécies de plantas, têm mostrado que o suprimento de P na fase inicial da vida da planta é fundamental para o ótimo rendimento da cultura, especialmente nos solos brasileiros que se caracterizam por apresentar baixos teores deste nutriente. Este pode ser o nutriente mais limitante à produção de alimentos no mundo, mais que outras deficiências, toxidades e doenças (LOPES, 2001). As limitações na disponibilidade de P no início do ciclo vegetativo podem resultar em restrições no desenvolvimento, das quais a planta não se recupera posteriormente, mesmo aumentando o suprimento de P a níveis adequados. Os sintomas de deficiência de P incluem diminuição na altura da planta, atraso na emergência das folhas e redução na brotação e desenvolvimento de raízes secundárias. Consequentemente, ocorre a exploração insuficiente do solo, resultando em acesso restrito e baixa eficiência de uso, tanto de água quanto de nutrientes e redução na produção de matéria seca e de sementes (GRANT et al., 2001; STAUFFER e SULEWSKI, 2004 ). Diversas fontes de fósforo são utilizadas nos cultivos agrícolas, desde aquelas hidrossolúveis, representadas pelos superfosfatos, fosfato diamônico (DAP) e fosfato monoamônico (MAP), até os fosfatos pouco solúveis em água, como escórias básicas, fosforitas, termofosfatos e os fosfatos naturais. Os superfosfatos simples e triplo (ambos fosfatos monocálcicos), os fosfatos monoamônico (MAP) e diamônico (DAP) e alguns fertilizantes complexos (N, P e K no mesmo grânulo) têm mais de 90% do P total solúvel em CNA, dissolvem-se rapidamente no solo e são praticamente equivalentes quanto à capacidade de fornecimento de P para as plantas. São produtos de reconhecida e elevada eficiência agronômica, para quaisquer condições de solo e de cultura do Cerrado, correspondendo a mais de 90% do P2O5 utilizado na agricultura brasileira. O termo fosfato natural engloba uma diversidade de minerais fosfatados de diferentes origens e composição química. São concentrados apatíticos obtidos diretamente de jazidas, com ou sem sofrer processo físico de concentração. Os fosfatos de cálcio de origem ígnea são pobres em sílica, possuem textura simples e predomina a fluorapatita. São representantes desta classe os fosfatos de Jacupiranga, Catalão, Patos de Minas e Araxá, comuns no Sudeste Brasileiro. São fosfatos naturais duros, por causa do baixo conteúdo de elementos substituintes, deixando sua rede cristalina bastante perfeita e a energia de ligação extremamente alta. Já os fosfatos de origem sedimentar podem ser detríticos, precipitados químicos ou conter quantidades significativas de apatita orgânica. Predominam apatitas com alto grau de substituições isomórficas de fosfatos por carbonatos, resultando numa rede cristalina frágil. Isso deixa o cristal poroso e com.

(16) 4 baixa energia entrópica, podendo ser facilmente hidrolisado. São encontrados em áreas desérticas ou de clima seco. São conhecidos por fosfatos naturais reativos ou moles e englobam os fosfatos de Arad-Israel, Gafsa-Tunísia, Carolina do Norte-USA, SechuraPeru e Marrocos (RHENHEIMER et al., 2001). Os teores de cálcio e pH são os principais fatores responsáveis pela dissolução do fosfato natural de Gafsa.. Em sistemas com alto teor de cálcio, a dissolução do fosfato natural fica limitada a valores menores que 10% do seu teor total; já em sistemas com baixo teor de cálcio, esse valor sobe para 30%, podendo atingir 60% quando aliada a baixos valores de pH. Adicionalmente, quando se têm baixos pH e baixos teores de cálcio e de fósforo, a dissolução do fosfato de Gafsa fica muito próximo dos 100%. Os fosfatos naturais de Gafsa e Arad só são eficientes no fornecimento de fósforo às plantas no solo sem a aplicação de calcário. À medida em que se aumenta a dose de calcário, a eficiência dos fosfatos naturais diminui, chegando a eficiência zero quando o pH é elevado a 6,5 e os teores de cálcio a 6,0 cmolc kg-1. Testes com algumas culturas anuais, utilizando o Fosfato de Gafsa em várias regiões mostraram que sua eficiência, quando aplicado a lanço e incorporado em solos com pH em água inferior a 6,0, é similar à dos fosfatos solúveis em água já no ano da aplicação (ROBINSON e SYERS, 1990). Ou seja, a solubilização do Fosfato de Gafsa é maior em solos com as características em que a mangabeira ocorre naturalmente. A indisponibilização do fósforo ocorre de forma mais intensa no caso das fontes de alta solubilidade em comparação aos fosfatos naturais que, ao liberarem o nutriente de forma mais lenta, minimizam o processo de fixação. Segundo estes autores, a escolha da fonte e do modo de aplicação ainda representam alguns dos principais questionamentos quando se trata de estratégias de fornecimento de P. A influência do modo de aplicação na resposta da planta, levando em conta as diferenças de solubilidade dos fosfatos, ainda é motivo de controvérsias entre pesquisadores, principalmente em relação aos fosfatos naturais nacionais e importados (LOPES, 2001; NOVAIS, 1999; NOVAIS e SMITH, 1999). Informações a respeito de exigências nutricionais e adubação para mangabeiras, incluindo as relativas ao uso do fósforo em adubação de fundação, são escassas. Sabe-se que, em raízes, ramos e folhas de mangabeiras, os macrontrientes encontrados em maior proporção são o nitrogênio e o potássio e, entre os micronutrientes, o ferro. Estes nutrientes são os mais exportados pelos frutos por ocasião da colheita, possuindo, dessa forma, a mangaba, alto teor de ferro. Esses dados dão uma indicação a respeito das.

(17) 5 exigências nutricionais da mangabeira, podendo ser utilizados como indicadores em estudos de adubação (LEDERMAN et al. 2000). Em cultivo experimental com cinco anos de idade, instalado em Latossolo Vermelho-Amarelo, textura argilosa, aplicou 2,4 t/ha de calcário dolomítico e adubação com sulfato de amônio (60g de N/planta), superfosfato simples (40g de P2O5/planta) e cloreto de potássio (80 g de K2O /planta) durante dois anos utilizando plantas jovens com um ano de idade cultivadas em Argissolo, textura argilo-arenosa. Em outro estudo, utilizou-se fosfato monoamônico (30kg/ha de N), superfosfato simples (45kg/ha de P2O5) e cloreto de potássio (70kg/ha de K2O). Em ambos observou-se maior desenvolvimento vegetativo das mangabeiras e aumento da produção de frutos, bem como dos nutrientes essenciais nas folhas, quando comparadas com plantas de áreas nativas. (ESPÍNDOLA , 1999; ALMEIDA, 2000). Em área de cerrado do Estado de São Paulo, encontrou-se efeito significativo da adubação mineral em relação ao desenvolvimento da mangabeira, em plantas com três anos de idade. Por outro lado, a resposta da mangabeira à calagem e a diferentes níveis de adubação mineral em pomar em Latossolo Vermelho-Amarelo de textura argilosa só foi observada aos 72 meses; já a aplicação de 4,0 t/ha de calcário no solo provocou inibição do crescimento das plantas (NASCIMENTO et al., 1994 e ARAUJO e FRANCO, 2000). Em experimento em solo de textura arenosa (Neossolos Quartzarênicos), foi verificado que a adição de esterco bovino às covas de plantio de mangabeira apresentou efeito prejudicial à sobrevivência e ao crescimento inicial das plantas. Porém, a mangabeira pode apresentar boa resposta à utilização de matéria orgânica, em adubação de fundação, em solo areno-argiloso, desde que sejam utilizadas as fontes adequadas, uma vez que, embora tenha apresentado resposta negativa à utilização do esterco bovino, verificou-se que o mesmo não ocorreu em relação ao composto orgânico e ainda pode-se recomendar a utilização de esterco bovino em cobertura e torta de mamona, torta de filtro de usina e compostos orgânicos em adubação de fundação (VIEIRA NETO e FERNANDES, 2000; VIEIRA NETO e VIÉGAS, 2002; VIEIRA NETO et al. 2002). Mesmo na ausência de resultados conclusivos, um esquema de adubação para a mangabeira em solo Argissolo Vermelho-Amarelo de textura média, recomenda a aplicação de 200 g de superfosfato simples ou 100 g de superfosfato triplo por cova no plantio e sulfato de amônio ou uréia, superfosfato simples ou triplo e cloreto de potássio.

(18) 6 a partir do primeiro ano, com doses crescentes até o 5º ano. Outro autor recomenda a utilização de 80g a 120g/planta de P2O5 e 10g a 40g de K2O no plantio e doses crescentes de 40g a 80g de N, 20g a 80g de P2O5 e 10g a 80g de K2O com doses anuais crescentes do primeiro ao 5º ano, a depender do teor desses elementos no solo (AGUIAR FILHO et al., 1998 e FERREIRA, 2006). Verifica-se, porém, que a maior parte das informações e resultados de pesquisas disponíveis sobre adubação para mangabeira são relacionados a solos de textura média a argilosa, enquanto que, no Nordeste, a mangabeira vegeta principalmente em solos de textura arenosa; portanto, a adubação da mangabeira em condições de solos arenosos baseada em resultados de pesquisa realizados em solos com maior teor de argila poderá proporcionar diferentes respostas, com possibilidade de prejuízos às plantas. Sabe-se que o sucesso na adubação de plantas depende de diversos fatores, dentre eles a época de aplicação, a idade das plantas, os tipos e quantidades de adubos aplicados e o tipo de solo Os solos de textura arenosa são caracterizados por possuírem teor de argila menor que 15%. Em relação aos solos argilosos, os de textura arenosa possuem ainda maior taxa de infiltração, menor capacidade de retenção de umidade e menor poder tampão, o que possibilita menor adsorção e, consequentemente, liberação rápida dos nutrientes presentes nos adubos para a solução do solo e menor teor de matéria orgânica, o que proporciona diferentes dinâmicas dos adubos no perfil do solo, com diferentes respostas das plantas à adubação. Os solos arenosos apresentam limitações para o cultivo de plantas, pois, em geral, possuem baixa fertilidade natural, presença de Al em forma tóxica e baixo teor de matéria orgânica, responsável pela maior parte da capacidade de troca de cátions nesses solos (SANTOS e ALBUQUERQUE FILHO, 2010). Embora as mangabeiras, em condições naturais se desenvolvam bem em solos de baixa fertilidade, não significa que não cresçam e produzam melhor em condições de maior oferta de nutrientes, uma vez que plantadas em solos mais férteis apresentam crescimento mais rápido e precocidade na produção. Não existem, porém, estudos conclusivos acerca da utilização de adubos nesta cultura. Embora tenha-se verificado, na prática, alguns efeitos positivos, prejuízos ocorrem devido à utilização de adubos de forma inadequada, havendo a necessidade de aprofundamento dos estudos científicos no que se refere à adubação, para que possam ser difundidas informações com maior grau de segurança e eficiência (VIEIRA NETO, 2002)..

(19) 7 Diante da escassez de conhecimentos científicos acerca da adubação de mangabeiras, o passo inicial em um programa de pesquisas para esta cultura deverá ser o estudo da adubação de fundação, especialmente no tocante à utilização do fósforo, uma vez que esta é de fundamental importância no estabelecimento dos cultivos comerciais. O presente trabalho teve como objetivo estudar a resposta desta espécie a diferentes fontes e doses de fósforo em adubação de plantio. 5. Material e métodos 5.1. Localização do experimento O experimento foi desenvolvido em casa de vegetação com teto de vidro pretencente à EMBRAPA – Tabuleiros Costeiros, em Aracaju, Sergipe, no período de 25 de março a 06 de agosto de 2009, totalizando 134 dias de avaliação. 5.2. Delineamento experimental e tratamentos Adotou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado, disposto em esquema fatorial 2x5, sendo duas fontes de fósforo (super fosfato triplo e fosfato natural de Gafsa) e cinco doses (0; 0,56; 1,12; 2,24 e 4,48g de P2O5 dm3), com cinco repetições, sendo 3 plantas úteis por parcela. Os fertilizantes fosfatados apresentaram as seguintes características químicas: superfosfato triplo, 42,1% de P2O5 total e fosfato natural de Gafsa, 29,1% de P2O5 total, sendo 9,0 % de P2O5 solúvel em ácido cítrico. Estabeleceuse as dosagens tomando como referência as recomendações de Ferreira (2006) e Aguiar Filho et al. (1998) que recomendam a aplicação, em covas com as dimensões de 40 x 40 x40 cm, de 45g a 120g de P2O5, correspondendo de 0,7 a 1,87g de P2O5 dm³. 5.3. Produção das mudas de mangabeira utilizadas no experimento As mudas utilizadas no experimento foram produzidas a partir de sementes de mangabeiras comuns coletadas na vegetação nativa. Após a retirada dos frutos, as sementes foram lavadas em água corrente e semeadas após 24 horas. Foram utilizados saquinhos de polietileno nas dimensões de 12cm x 18cm. Como substrato, utilizou-se solo de textura média, proveniente de um Latossolo Vermelho-amarelo. Em cada saquinho foram semeadas 3 sementes. Trinta dias após o semeio, foi feito o desbaste, deixando-se apenas uma planta por saquinho. As mudas estavam prontas para o plantio.

(20) 8 6 meses após o semeio, quando foram utilizadas na implantação do presente experimento. 5.4. Instalação e condução do experimento O solo utilizado no experimento foi proveniente da camada arável de um Neossolo Quartzarênico (EMBRAPA, 1999), constituído de 97,29% de areia, 1,65 % de silte e 1,06 % de argila, obtido no Campo Experimental da Embrapa, do município de Itaporanga D`Ajuda, Sergipe, retirado em local com ocorrência espontânea de mangabeiras. O solo coletado no campo foi seco ao ar e em seguida foi realizada a aplicação dos diversos tratamentos através da mistura do solo com as diferentes fontes e dosagens de adubos fosfatados e posterior preenchimento dos sacos com os substratos. Os sacos plásticos, no total de 135 unidades, possuíam capacidade para 20 dm³. Em seguida os substratos foram postos em incubação, com umidade de aproximadamente 80% da capacidade de retenção de água do solo, por 30 dias. O preparo e a incubação dos substratos foi realizado no mês de fevereiro e o plantio, no mês de março de 2009. Após o período de incubação e antes do transplantio das mudas, foi coletada uma amostra composta do substrato de cada tratamento (solo + fonte de P + doses de P2O5), para análise química, segundo metodologia proposta por Raij e Quaggio (1983), cujos resultados estão contidos na Tabela 1. O fornecimento de água para as plantas foi feito diariamente, através do sistema de microaspersão, proporcionando a todos os recipientes, igual quantidade de água a cada irrigação. Após o período de incubação, as mudas de mangabeira foram selecionadas quanto à uniformidade de forma e tamanho. Foram transplantadas duas mudas por saco e após quinze dias do transplante, foi realizado o desbaste, deixando uma planta por saco..

(21) 9 TABELA 1. Resultados das análises química do solo, 30 dias após a incubação. ------ Fosfato Natural de -------- Superfosfato Triplo -------Gafsa----Análises ------------------------------ P2O5 g dm3 solo --------------------------0,00. 0,56. 1,12. 2,24. 1,12. 2,24. 4,48. MO (g kg-1). 10,70 8,31. 6,59. 8,54 10,30 10,50 11,10 9,46. 14,7. 11,6. pH (H2O). 6,10. 6,04. 6,00. 5,10. 4,83. Presina (mg dm-3). 5,00 17,00 26,00 37,00 52,00 5,48 58,00 106,00270,00539,00. K (cmolc dm-3). 0,03. 0,04. 0,04. 0,03. 0,04. 0,03. 0,03. 0,04. 0,05. 0,04. Na cmolc/dm³. 0,06. 0,05. 0,06. 0,06. 0,06. 0,06. 0,06. 0,06. 0,07. 0,04. Ca (cmolc dm-3). 1,43. 1,77. 1,62. 2,80. 2,44. 1,41. 1,14. 1,18. 1,37. 2,10. Mg (cmolc dm-3). 0,23. 0,32. 0,59. 0,50. 0,53. 0,22. 0,21. 0,21. 0,25. 0,28. H+Al (cmolc dm- 1,05 ) SB (cmolc dm-3) 1,75. 1,43. 1,24. 1,04. 0,67. 1,04. 1,24. 1,24. 2,44. 3,76. 1,69. 1,69. 1,64. 1,64. 1,74 1,681 1,51. 1,53. 1,43. 3. 5,74. 4,48. 6,51. 0,00. 6,17. 0,56. 5,90. 5,53. CTC (mmolc dm- 3,98 3,9 3,92 3,89 3,99 4,00 3,80 3,50 3,50 3,26 ) V (%) 43,97 43,33 43,11 42,16 41,10 43,50 44,23 43,14 43,71 43,87. 3. Al (cmolc dm-3). 0,06. 0,08. 0. 0. 0. 0,05. 0,15. 0,41. 0,81. 1,23. Aos 134 dias após o transplantio das mudas de mangabeira, foram feitas as amostragens para avaliação. As plantas foram seccionadas no colo, separando-se a parte aérea do sistema radicular. 5.5. Parâmetros avaliados 5.5.1. Produção de massa seca radicular (g planta-1) Na colheita do experimento, as raízes foram separadas do solo por lavagem em água corrente sobre peneira com malha de 0,5 cm. Após lavagem, os sistemas radiculares foram postos para secagem em estufa com circulação forçada de ar, por três dias a 65ºC, até peso constante. Posteriormente, determinou-se a massa seca radicular em g planta-1..

(22) 10 5.5.2. Produção de massa seca da parte aérea (g planta-1) Após a colheita do experimento, a parte aérea, seccionada na altura do colo, foi lavada com água destilada para a retirada de partículas de solo aderidas. Após a lavagem, este material foi posto para secagem em estufa com circulação forçada de ar, por três dias a 65ºC, até peso constante. Posteriormente, determinou-se a massa seca da parte aérea em g planta-1. 5.5.3. Teor de P no sistema radicular e da parte aérea da mangabeira (g kg) Após a determinação da massa seca, as amostras de raízes e da parte aérea foram moídas e analisadas quimicamente para determinação do teor P, segundo metodologia descrita por Bataglia et al. (1983). 5.5.4. Quantidade acumulada de fósforo na raiz e na parte aérea de mangabeira (mg planta-1) Através dos dados de produção de massa seca e do teor de P da raiz e da parte aérea, determinou-se a quantidade acumulada no sistema radicular e na parte aérea pela multiplicação do valor do teor pelo valor de massa seca. 5.5.5. Parâmetros fisiológicos Noventa e oito dias após o plantio, foram feitas as avaliações das trocas gasosas, fotossíntese em µmol.m-2.s-1 (A), condutância estomática em mmol.m-2.s-1 (gs), transpiração em mmol.m-2.s-1 (E), CO2 interno no mesofilo foliar em ppm (Ci) foram feitas na quarta folha a partir do ápice, em 3 plantas por repetição de tratamento, sempre no mesmo horário, entre 10 e 11 horas da manhã. A densidade de fótons fotossinteticamente ativos (PPFD) fornecido foi de 2000 µ,mol.m-2.s-1 e 375 ppm de CO2 . Na determinação dos valores das trocas gasosas ao nível da folha foi utilizado um sistema portátil modelo CIRAS-2 (PPSystems Hitchin, UK). 5.5.6. Análise estatística Os resultados foram submetidos à análise de variância e as médias de fontes de fósforo, comparadas pelo teste Tukey a 5%. Para doses de fósforo e para o desdobramento da interação fósforo dentro de fontes, adotou-se análise de regressão, definindo-se a equação que mais se ajustou aos resultados, primeiro pelo modelo com efeito significativo e segundo pelo ajuste através do maior valor do coeficiente de determinação (R2)..

(23) 11. 6. Resultados e discussão 6.1. Produção da massa seca radicular, da parte aérea e total de mangabeiras Na tabela 2 estão os resultados da análise de variância da massa seca radicular, massa seca da parte aérea e massa seca total (raiz + parte aérea). TABELA 2. Valores médios de massa seca radicular, massa seca da parte aérea e massa total de mangabeiras em função de fontes e doses de fósforo. Aracaju (SE) - 2009. Massa seca Fonte. Radicular Parte aérea Total -1 ----------------------- (g planta ) ----------------------. Superfosfato Tiplo Fosfato Natural Gafsa Fonte (F) Dose de fósforo (P) FxP R.L. P----R.Q. R.L. R.Q. R.L. R.Q. C.V. (%). 4,44 b 1,07 b 5,42 b 6,56 a 2,42 a 8,98 a --------------------------- Valor de F -------------------------486,93** 989,60** 1133,79** 43,81** 60,06** 89,13** 50,14** 61,66** 96,92** ----- Valor de F para análise de regressão do fator dose de 163,99** 226,33** 331,58** ns 0,77 8,95** 4,20** Superfosfato Triplo 24.13** 26,32** 45,15** 66,67** 49,61** 111.37** Fosfato Natural de Gafsa 174.18** 260, 68** 362,20** 88,54** 127,13** 181,48** 6,18 8,63 5,02. Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem pelo teste Tukey a 5%. **, * e ns, significativo a 1%, 5% e não significativo, respectivamente.. Verificou-se que houve efeito significativo para fontes, doses de fósforo e para a interação entre os fatores para todas as variáveis. Pelo teste de comparação de médias, constatou-se que o fosfato natural de Gafsa induziu as maiores produções de massas secas radicular, da parte aérea e total das mudas de mangabeira, diferindo estatisticamente da fonte superfosfato triplo. Nas Figuras 1, 2 e 3 estão os desdobramentos das interações entre doses de fósforo dentro de fontes, para massa seca radicular, massa seca da parte aérea e massa seca total..

(24) 12 2. 2. y (▲) = -0,2769x + 1,0749x + 6,2424 R = 0,99**. 8,0. 2. 2. y (□) = 0,2746x - 1,8653x + 6,2302 R = 0,98**. Massa seca radicular (g/planta ). 7,0. 6,0. 5,0. 4,0. 3,0. 2,0 0,00. 0,75. 1,50 2,25 3 Doses de P (g dm ). 3,00. 3,75. 4,50. Figura 1. Efeito de fontes de P2O5 (fosfato natural de Gafsa “▲” e superfosfato triplo “□”) e dose de fósforo na produção de massa seca radicular de mangabeiras. ** significativos a 5%. 3,2. 2. 2. y (▲) = -0,106x + 0,3944x + 2,3267 R = 0,96**. Massa seca parte aérea (g/planta ). ) m. 2. 2,8. 2. y (□) = 0,1696x - 1,0934x + 2,01 R = 0,94**. 2,4 2,0 1,6 1,2 0,8 0,4 0,0 0,00. 0,75. 1,50. 2,25 3,00 3 Doses de P (g dm ). 3,75. 4,50. Figura 2. Efeito de fontes de P2O5 (fosfato natural de Gafsa “▲” e superfosfato triplo “□”) e dose de fósforo na produção de massa seca da seca parte aérea de mangabeiras. ** significativos a 5%..

(25) 13. 2. 2. y (▲) = -0,3829x + 1,4693x + 8,5691 R = 0,99**. 11. y (□) = 0,4888x - 3,1387x + 8,1841 R = 0,93**. vvvyy. 12. 2. 2. 10. Massa seca total (g/planta ). 9 8 7 6 5 4 3 2 0,00. 0,75. 1,50. 2,25 3,00 3 Doses de P (g dm ). 3,75. 4,50. Figura 3. Efeito de fontes de P2O5 (fosfato natural de Gafsa “▲” e superfosfato triplo “□”) e dose de fósforo na produção de massa seca total de mangabeiras. ** significativos a 5%. Nota-se que as fontes proporcionaram resposta quadrática, negativa para o superfosfato triplo e positiva para o fosfato natural de Gafsa. A acidez do solo contribui para o aumento da solubilidade dos fosfatos naturais de rochas incorporados e, consequentemente, induzem o acréscimo na produção de massa seca (CHIEN e HOMMOND, 1978). Tendo em vista que no presente trabalho, não foi efetuada a correção da acidez do solo, é de se esperar que esta acidez tenha favorecido a solubilidade destes materiais. Já com relação à fonte superfosfato triplo, vários autores constataram efeitos negativos da acidez do solo na sua eficiência agronômica (ROSSI et al., 1999; SOARES et al., 2000; FRANCO, 2003). A redução de massa seca radicular e da parte aérea das plantas adubadas com a fonte superfosfato triplo está diretamente relacionada a altas doses disponibilizadas e ao efeito desta fonte na redução do pH e elevação dos teores de alumínio do substrato. A alta solubilidade em água e em citrato neutro de amônio desta fonte, provocou a rápida disponibilização na solução do solo de elevadas doses de fósforo (Tabela 3). A redução no desenvolvimento de plantas sob altas doses de fósforo é bem conhecido na literatura; a interação P vs Zn, constitui um exemplo clássico da interferência de um elemento sobre o outro. Uma elevada disponibilidade de P pode induzir a deficiência do Zn,.

(26) 14 através da insolubilização daquele elemento pelo fosfato na superfície das raízes, reduzindo a capacidade de absorção, ou pela inibição não competitiva da absorção de zinco pelo fósforo (MALAVOLTA et al, 1997). Dias et al. (2009) estudaram o desenvolvimento e qualidade nutricional de mudas de mangabeiras cultivadas em substratos contendo terra vegetal, fibra de coco, esterco bovino e adubação fosfatada e concluíram que doses elevadas de superfosfato triplo prejudicaram o crescimento das mudas. Por outro lado, os resultados das análises químicas de amostras dos substratos (Tabela 1), demonstram que a presença do super-fosfato triplo como fonte de fósforo em suas crescentes dosagens contribuiu para promover o aumento da acidez e dos teores de alumínio (Figura 4), o que pode ter contribuído para potencializar os prejuízos às plantas, através de efeitos fitotóxicos. Valores de pH do solo abaixo de 5,5 podem condicionar graves problemas de toxicidade de alumínio. O superfosfato triplo provoca a diminuição do pH ao redor do grânulo e esta reação provoca o aumento da solubilidade dos compostos de Fe e Al presentes no solo (ERNANI et al., 2007; MACHADO, 1997). Moreira et al. (2002), testando fontes e doses de P na adubação de alfafa e centrosema, verificaram que os fosfatos naturais não alteraram significativamente o pH do solo, enquanto o super fosfato triplo alterou significativamente o pH, diminuindo o mesmo com o aumento das doses de fósforo. Segundo os autores, apesar do superfosfato triplo ser considerado um fertilizante de reação neutra, um fator que pode ter influenciado a diminuição do pH é a presença de resíduos de ácido fosfórico ou sulfúrico, resultantes do processo de fabricação. Um dos primeiros sintomas visuais da fitotoxicidade do Al é a redução do crescimento radicular, resultando na exploração de menor volume de solo. Consequentemente, a capacidade de absorção de água e de nutrientes é reduzida (PINTRO, 2002)..

(27) 15. 7 6,5. pH. 6 5,5 5 4,5 4 0. 0,9. 1,8. 2,7. 3,6. 4,5. Doses de P (g/dm³). 1,4. Alumínio (cmolc/dm³). 1,2 1 0,8 0,6 0,4 0,2 0 -0,2. 0. 0,9. 1,8. 2,7. 3,6. 4,5. Doses de P (g/dm³). Figura 4 – pH e teor de Alumínio dos substratos após período de incubação, em razão do fosfato natural (▲) e super fosfato triplo (□) e níveis de fósforo. Ao contrário do que ocorreu com a fonte superfosfato triplo, na fonte fosfato natural de Gafsa (Figuras 1, 2 e 3), verificou-se aumento na produção de massas secas radicular, da parte aérea e total da mangabeira, atingindo os valores máximos na dose de 1,94, 1,86 e 1,92 g dm -3 de fósforo, respectivamente. Estes resultados corroboram com os obtidos por Pacheco et al. (1987), Daniel et al. (1997), Hillard et al. (1992) e Franco (2003). O incremento da produção da massa seca está diretamente relacionado a uma melhor nutrição fosfatada, que por sua vez beneficia toda a planta, melhorando o desenvolvimento radicular e da parte aérea..

(28) 16 6.2. Teores e quantidades acumuladas de fósforo nas raízes e na parte aérea de mangabeiras Na Tabela 3 estão contidos os resultados das análises de variância para teores, quantidades acumuladas de fósforo no sistema radicular e na parte aérea e eficiência de utilização de fósforo pelas mudas de mangabeira. Verificou-se que houve efeito significativo de fontes de fósforo para todas as variáveis, exceto para a quantidade acumulada de fósforo no sistema radicular. Nota-se, ainda, efeito significativo para doses de fósforo e da interação entre os fatores para todas as variáveis estudadas. Tabela 3. Teores e quantidades acumuladas de fósforo no sistema radicular e na parte aérea da mangabeira em função de fontes de fósforo. Aracaju (SE) - 2009. -- Raiz -- Parte aérea --- Raíz ----Parte aérea-Fonte -1 ------ teor (g kg ) -- Acumulo P (mg kg-1) ----------- 2,54a 4,54a 17,88a 2,44b Superfosfato Triplo 2,75b 1,78b 18,17a Fosfato Natural de Gafsa 4.33a ------------------------ Valor de F ---------------------------962,40** 492,58** 0,81** 1249,52** Fonte (F) 456,47** 0,71** 143,73** Dose de fósforo (P) 158,02** 242,49** 65,17** 63,84** FxP 61,89** Valor de F para análise de regressão do fator dose de fósforo R.L. R.Q.. 1480,43** 321,01**. R.L. R.Q. R.L. R.Q. C.V. (%). 54,90** 292,08** 68,80** 281,48** Superfosfato Triplo 2327,79** 241,71** 458,65** 284,48** 107,08** 42,70** Fosfato Natural de Gafsa 38,02** 25.68** 7,58** ns 71,77** 1,81 295,57** 5,61 5,63 6,25. 557,30** 2,60** 367,56** 86,26** 202,02** 133,83** 5,58. Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem pelo teste Tukey a 5%. **, * e ns, significativo a 1% e 5%, e não significativo, respectivamente.. Na fonte superfosfato triplo, verificou-se os maiores teores de fósforo no sistema radicular e na parte aérea, diferindo significativamente do fosfato natural de Gafsa (Tabela 3). Para quantidade cumulada de fósforo no sistema radicular, não houve diferença estatística entre as fontes de fósforo. Na parte aérea, porém, verificou-se maior acúmulo de fósforo nas plantas adubadas com a fonte fosfato natural de Gafsa. A resposta do maior acúmulo de fósforo na parte aérea está diretamente relacionada com a produção de massa seca da parte aérea constatada na fonte fosfato natural de Gafsa (Tabela 2)..

(29) 17 No sistema radicular (Figura 5) e na parte aérea (Figura 6) os teores de fósforo aumentaram em ambas as partes da planta com o incremento das doses de fósforo, exceto para o fosfato natural de Gafsa, que apresentou redução do teor na raiz. O teor de fósforo no sistema radicular apresentou resposta positiva e quadrática para o superfosfato triplo e fosfato natural de Gafsa, com o incremento das doses até aproximadamente de 4,12 e 2,77 g dm3 fósforo, respectivamente. Comparando, simultaneamente, os teores de fósforo na ausência da adubação fosfatada e o efeito de fontes e doses de fósforo, verificou-se que os teores nas raízes variaram de 1,9 a 7,4 g kg de massa seca para o superfosfato triplo e de 1,9 a 3,1 g kg de massa seca no fosfato natural de Gafsa. Os altos teores de fósforo nas raízes na adubação com superfosfato triplo podem ser explicados em razão de sua maior solubilidade em água e, por conseguinte, pelo seu alto teor na solução do solo, potencializado pelo baixo poder tampão do solo utilizado, resultando em maior e mais rápida absorção pela mangabeira (Tabela 3). Para o fosfato natural de Gafsa, os teores mínimos e máximos de fósforo absorvidos pelas raízes apresentaram melhor equilíbrio; isto se deu em razão da disponibilização lenta de fósforo na solução do solo e, por conseguinte, sua mais lenta absorção pela planta (figura 4). 8,0. 2. 2. y (▲) = -0,173x + 0,9614x + 2,0598 R = 0,91**. 3). 2. 7,0. 2. y (□) = -0,3444x + 2,84x + 1,6117 R = 0,97**. 6,0. P (g/kg). 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,00. 0,75. 1,50. 2,25. 3,00. 3,75. 4,50. 3. Doses de P (g dm ). Figura 5. Efeito de fontes de P (fosfato natural de Gafsa “▲” e superfosfato triplo “□”) e dose de fósforo no teor de P2O5 no sistema radicular da mangabeira. ** significativos a 5%..

(30) 18 Os teores de fósforo na parte aérea (Figura 6) apresentaram resposta positiva e quadrática para o superfosfato triplo e negativa linear, para o fosfato natural de Gafsa. Com o incremento das doses de superfosfato triplo, o teor de P na mangabeira aumentou até a dose de 3,26 g dm3 de fósforo. Os maiores teores de fósforo verificados, podem ser explicados em razão dos altos teores encontrados no sistema radicular (Figura 4). 3,5. y (▲) = -0,1261x2 + 0,8229x + 1,8385 R2 = 0,85** y (□) = -0,0776x + 1,9143 R2 = 0,59**. 3). 3,0. P (g/kg). 2,5. 2,0. 1,5. 1,0 0,00. 0,75. 1,50. 2,25. 3,00. 3,75. 4,50. Doses de P (g dm3). Figura 6. Efeito de fontes de P (fosfato natural de Gafsa “▲” e superfosfato triplo “□”) e dose de fósforo no teor de P2O5 na parte aérea da mangabeira. ** significativos a 5%. Através do desdobramento da interação entre doses de fósforo dentro de fontes, podem-se observar respostas positiva e quadrática ao acúmulo de fósforo nas raízes de mudas de mangabeira (Figura 7). A fonte fosfato natural de Gafsa induziu os maiores acúmulos de fósforo no sistema radicular. Os melhores resultados foram obtidos com o aumento das doses de fósforo atingindo a máximo acumulo até as doses de 2,42 e 3,15 g dm3 de fósforo, para superfosfato triplo e fosfato natural de Gafsa, respectivamente. O comportamento das fontes com relação à quantidade acumulada de P no sistema radicular está diretamente relacionado ao acumulo de massa seca das raízes (Figuras 1 e 4)..

(31) xxxx. 19 29,0 26,0. y (▲) = -1,93x2 + 9,3448x + 12,796 R2 = 0,96** y (□) = -1,31x2 + 7,2879x + 10,843 R2 = 0,92**. P (mg/planta ). 23,0 20,0 17,0 14,0 11,0 8,0 0,00. 0,75. 1,50. 2,25. 3,00. 3,75. 4,50. 3. Doses de P (g dm ). Figura 7. Efeito de fontes de P (fosfato natural de Gafsa “▲” e superfosfato triplo “□”) e dose de fósforo na quantidade acumulada de P2O5 no sistema radicular da mangabeira. ** significativos a 5%. Com relação às quantidades acumuladas de fósforo na parte aérea (Figura 8) a resposta às doses crescentes de P2O5 foram quadrática e positiva para o fosfato natural de Gafsa e negativa para o superfosfato triplo. Nota-se ainda que o fosfato natural de Gafsa induziu maiores acúmulos de fósforo na parte aérea das mangabeiras com o aumento das doses até 1,54 g P2O5 dm3.. 6,0. y (▲) = -0,2182x2 + 0,6744x + 4,3735 R2 = 0,84** y (□) = 0,1752x2 - 1,2688x + 3,6425 R2 = 0,94**. P (mg/planta) ).......................... 5,0. 4,0. 3,0. 2,0. 1,0. 0,0 0. 0,75. 1,5. 2,25 Dose de P (g dm3). 3. 3,75. 4,5.

(32) 20 Figura 8. Efeito de fontes de P (fosfato natural de Gafsa “▲” e superfosfato triplo “□”) e dose de fósforo na quantidade acumulada de P2O5 na parte aérea da mangabeira. ** significativos a 5%. 6.3. Parâmetros fisiológicos Verifica-se na Tabela 4 que houve efeito significativo das fontes aplicadas e suas respectivas doses sobre o comportamento fisiológico da mangabeira, notadamente para o Fosfato natural de Gafsa que induziu à maior condutância estomática, acúmulo de CO2, taxa fotossintética e manutenção da transpiração, em comparação com a fonte superfosfato triplo (Figura 9). A utilização do fósforo na condução de mudas é indicada por desempenhar função-chave na fotossíntese, além de promover a formação inicial e o desenvolvimento das raízes, aumentando a eficiência da utilização de água pelas plantas, bem como a absorção e a utilização de todos os demais nutrientes (MALAVOLTA et al., 1997; EPSTEIN e BLOMM, 2006). Tabela 4. Valores médios de Evapotranspiração (Evap), Condutância Estomática (GS), Fotossíntese (PN), CO2 no mesófilo (CI). São Cristóvão (SE) - 2009. Fonte. Superfosfato triplo. Evap. GS. mmol.m-2.s-1 3,29 b 171,0b. PN. CI. µmol.m-2.s-1. ppm. 8,94 b. 261,0b. 4,04 a 247,7a 12,36 a 266,1 a Fosfato natural de Gafsa -------------------------------------- Valor de F -------------------------------663,21** 1154.57** 597,85** 13,12** Fonte (F) 37,80** 52.96** 83,52** 5,39** Dose de fósforo (P) 24,36** 67.09** 21,98** 3,66* FxP ----------Valor de F para análise de regressão do fator dose de P---------R.L. 130,92** 202.57** 287,63** 7,94** R.Q. 15,18** 1.47** 43,00** 8,45** Superfosfato triplo R.L. 181,12** 233,44** 237,73** 237,73** R.Q. 39,15** 89,46** 63,60** 63,60** Fosfato natural de Gafsa R.L. 7,43** 23.51** 73,37** 15,29** R.Q. 0,55ns 59,91** 1,68ns 0,22ns C.V. (%) 2,81 3,81 4,64 1,87 Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem pelo teste Tukey a 5%. **, * e ns, significativo a 1% e 5%, e não significativo, respectivamente..

(33) 21. Todavia, verificou-se decréscimo da taxa fotossintética, para ambas as fontes, quando foram aumentadas as doses de fósforo (Figura 9). Resultados semelhantes foram encontrados por Silva et. al (2009), que, estudando os efeitos da disponibilidade de fósforo na fotossíntese e crescimento de mudas de cafeeiro, verificaram, nos tratamentos com deficiência ou com excesso de fósforo, que houve redução na condutância estomática (gs) e transpiração (E), diminuindo o acúmulo de CO2 no mesófilo foliar. Quantidades excessivas de fósforo induziram diminuição da assimilação de CO2, redução no número de folhas, diâmetro do caule, altura das plantas, área foliar total e massas secas de folha, caule e raiz e reduziu a eficiência do uso da água. 274. y(▲) = -1,454x2 + 5,6461x + 262,45 R2 = 0,4045. 272. y(□) = -1,7406x 2 + 7,4954x + 259 R2 = 0,6241. Fotossíntese (µmol.m-2.s-1). CO2 Interno (ppm). 270 268 266 264 262 260 258 256 254 0,00. 1,00. 2,00. 3,00. 4,00. 14 12 10 8 6 4 2 0,90. 1,80. 2,70. 3,60. 4,50. Doses de P (g/dm³ de substrato). 300. 4,5 Condutância estomática (mmol.m-2.s-1). 4 Transpiração (mmol.m-2.s-1). y(▲) = -0,5327x + 13,26 R2 = 0,6994 y(□) = 0,3931x 2 - 2,7808x + 11,519 R2 = 0,951. 0 0,00. 5,00. Doses de P (g/dm³ de substrato). 3,5 3 2,5 2 1,5. y(▲) = -0,036x + 4,1007 R2 = 0,7599. 1. y(□) = 0,0646x2 - 0,4727x + 3,7399 R2 = 0,9214. 0,5 0 0,00. 16. 0,90. 1,80. 2,70. 3,60. Doses de P (g/dm³ de substrato). 4,50. 250 200 150 100 50 0 0,00. y(▲) = -6,1554x2 + 23,696x + 240,84 R2 = 0,7092 y(□) = 7,5225x2 - 50,225x + 215,24 R2 = 0,8905. 0,90. 1,80. 2,70. 3,60. Doses de P (g/dm³ de substrato). Figura 9: Acúmulo de CO2, fotossíntese, transpiração e condutância estomática na mangabeira em razão do fosfato natural de Gafsa (▲) e Superfosfato triplo (□) e níveis de fósforo. **, * significativos a 5% e 1%, respectivamente.. 7. Conclusões A disponibilização de doses excessivas de fósforo e a elevação da acidez e dos teores de alumínio do substrato, proporcionados pela fonte superfosfato triplo trouxeram prejuízos ao desenvolvimento das mangabeiras.. 4,50.

(34) 22 Nas condições em que foi desenvolvido o experimento, o fosfato natural de Gafsa foi mais eficiente doque o superfosfato triplo, como fonte de fósforo para a mangabeira. 8. Referências bibliográficas AGUIAR FILHO, S. P.; BOSCO, J.; ARAÚJO, I. A. A mangabeira (Hancornia speciosa): domesticação e técnicas de cultivo. João Pessoa: Emepa-PB, 1998 26p. (Emepa-PB. Documentos, 24). ALMEIDA, C. C.S. Adubação com NPK em plantas jovens de mangabeira. 2000, 42p. Monografia (Graduação em Agronomia)- Universidade Federal de Alagoas, Rio Largo, 2000. ARAÚJO, I. A.; FRANCO. C. F. O. Resposta da mangabeira (Hancornia speciosa) à calagem e níveis de adubação mineral. In.: CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 16. 2000. Fortaleza. Resumos... SBF. 2000. p. 446. BATAGLIA, O. C., FURLANI, A. M. C., TEIXEIRA, J. P. F., FURLANI. P. R., GALLO, J. R. Métodos de análise química de plantas. Instituto Agronômico, n.78, p.1-48, 1983. CHIEN, S. H., HOMMOND, L. L. A. A comparison of various laboratory methos for presdicting the agronomic potential of phosphate rochs for direct application. Soil Science Society of Americam Jourmal, v. 42, p.935-939, 1978. DANIEL, O., VITORINO, A. C. T., ALOVISI, A. A., MAZZOCHIN, L, TOKURA, A. M. PINHEIRO, E. R. SOUSA, E. F. Crescimento de mudas de Acácia mangium willd em resposta a aplicação de diferentes fontes de fósforo. Revista Árvore, v.21, p.323327, 1997. DIAS, T.J.; PEREIRA, W.E.; CAVALCANTE, L.F.; RAPOSO, R.W.C.Roberto Wagner Cavalcanti Raposo; FREIRE, J.L.O. Desenvolvimento e qualidade nutricional de mudas de mangabeiras cultivadas em substratos contendo fibra de coco e adubação fosfatada. Rev. Bras. Frutic., Jaboticabal/SP, v. 31, n. 2, p. 512-523, 2009. EMBRAPA - EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Centro nacional de pesquisa de solos. Sistema brasileiro de classificação de solos. Brasília: 1999, 421p. EPSTEIN, E.; BLOOM, A.J. Nutrição mineral de plantas: princípios e perspectivas. Londrina: PLANTA, 2006. 403p. ERNANI, P. R.; STECKLING, C.; BAYER, C. Alterações na composição química do solo e no desenvolvimento inicial de plântulas de milho ocasionadas pela aplicação superficial de calcário e fertilizantes fosfatados. Revista de Ciências Agroveterinárias, Lages, v. 5, n. 2, p. 131-139, 2006..

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