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Conflitos principiológicos e a edição da Lei nº 12.760/2012

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CONFLITOS PRINCIPIOLÓGICOS E A EDIÇÃO DA LEI Nº 12.760/20121

Maximino Valerius2

RESUMO:

O presente trabalho tem como objetivo principal o estudo sobre a alteração da infração administrativa de embriaguez no volante, prevista no artigo 165 do Código de Trânsito Brasileiro, sob a ótica trazida pela Lei 11.705/2008 e Lei nº 12.760/2012, examinando os artigos que sofreram as alterações e comparando-os com a legislação anterior. A chamada “Lei Seca” surgiu com a finalidade de inovar a legislação de trânsito no que se refere à embriaguez no volante, estabelecendo a alcoolemia 0 (zero) e impondo penalidades mais severas para o condutor que dirigir sob influência do álcool, com o objetivo de trazer mais segurança ao trânsito diante do crescente número de condutores embriagados que se envolvem em acidentes. Estas alterações legislativas, por consequência, provocaram posicionamentos diferentes da comunidade jurídica, quanto à caracterização do estado de embriaguez e a respectiva colheita de provas no que se refere à comprovação da infração na esfera administrativa. Através deste trabalho de pesquisa, ficou demonstrado que a mudança legislativa no que se refere a infração administrativa de embriaguez no volante visou principalmente a proteção da vida e da segurança viária, e que o legislador ordinário não teve a intenção de transgredir nenhum princípio constitucional, com criação desta lei, mas sim, instituir uma legislação visando estabelecer a tolerância zero no combate daqueles que utilizam de seu direito à liberdade em detrimento do direito à vida de outrem.

Palavras-chave: Embriaguez ao Volante. Infração Administrativa. Código de Trânsito Brasileiro.

1 Artigo apresentado como Trabalho de Conclusão do Curso de Especialização em Gestão de Trânsito, da

Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Gestão de Trânsito.

2 Formado em Tecnologia em Segurança no Trânsito pela Unisul, pós-graduando em Gestão de Trânsito

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1 INTRODUÇÃO

O presente estudo tem como objeto realizar uma investigação doutrinária e legal, sobre as alterações introduzidas no artigo 165 do Código de Trânsito Brasileiro, que define a infração administrativa de embriaguez ao volante sob a ótica estabelecida pelas leis nº 11.705/2008 e 12.760/2012, bem como suas implicações diretas com relação a caracterização da referida infração.

No Brasil não há uma estatística confiável sobre a perda de vidas humanas no trânsito em virtude da embriaguez ao volante. Está evidenciado que a cada ano o trânsito aumenta o número de vítimas humanas em decorrência de acidentes gerados pela combinação álcool e direção.

O Código de Trânsito Brasileiro (CTB), durante toda sua vigência, já foi alvo de importantes alterações no que diz respeito a motoristas que conduzem veículo automotor sob a influência etílica, todas elas com o objetivo de salvaguardar vidas humanas e trazer maior segurança ao trânsito.

Assim, diante da relevância do tema, pretende-se com o presente estudo, sucintamente e sem ter o propósito de esgotar o assunto, por ser muito amplo, ressaltar alguns aspectos especiais e destacados sobre a embriaguez ao volante no âmbito da punição administrativa, assim como analisar sua efetiva aplicação ao caso concreto.

Far-se-á uma análise entre o que dispunha anteriormente a legislação de trânsito respectiva, e a nova redação legal, buscando um panorama mais claro acerca da transição entre as referidas leis.

O interesse pelo assunto surgiu, considerando a gravidade que representa a questão relativa a embriaguez ao volante e suas repercussões sociais, pois é sabido que esta tem sido foco de muitas polêmicas, tanto pela grande quantidade de sinistros de trânsito com vítimas fatais, como também pela discussão que ganhou corpo e encontrou esteio na lacuna deixada pela legislação com relação a caracterização da infração e sua respectiva punição na órbita administrativa.

No Brasil, sempre que ocorrem mudanças na legislação de trânsito, em especial sobre a questão da embriaguez ao volante, o debate se torna mais vivo, propiciando a oportunidade de manifestação das posições de opinião mais avessas.

Nesse sentido e com este propósito, o trabalho de pesquisa busca inicialmente abordar algumas considerações gerais sobre o tema, depois apresenta a questão relativa a

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embriaguez como infração administrativa, o índice de alcoolemia, a verificação do índice de alcoolemia, a margem de tolerância, a recusa do motorista a se submeter a exame de alcoolemia, a pena administrativa, o princípio da legalidade aplicado ao Código de Trânsito Brasileiro e pôr fim a análise dos dados estatísticos de acidentes causados por motoristas embriagados nas Rodovias Federais Brasileiras e também nas Rodovias Estaduais de Santa Catarina, dados estes, extraídos do site da Polícia Rodoviária Federal e também da Polícia Militar Rodoviária de Santa Catarina.

O trabalho se encerra com as considerações finais onde são apresentados pontos conclusivos destacados sobre a matéria pesquisada, seguidos da estimulação a continuidade dos estudos e das reflexões sobre o tema. Na sequência, são indicadas as referências bibliográficas utilizadas.

2 EMBRIAGUEZ AO VOLANTE

Devido ao elevado número de acidentes de trânsito, muitos com vítimas fatais e motivados pela anterior ingestão de álcool pelo motorista, em 2008 o legislador fez editar a Lei nº 11.705, que foi denominada de “Lei Seca”, numa tentativa de recrudescer a ação estatal nesse campo e prevenir a prática dessa conduta, mas pelo visto, esta alteração na lei não obteve muito sucesso, sendo que no ano de 2012, em 20 de dezembro, entrou em vigor a Lei nº 12.760, conhecida como “Nova Lei Seca”, onde fez diversas modificações e inserções no Código de Trânsito Brasileiro, instituído pela Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997.

2.1 REFERENCIAL TEÓRICO

As alterações na legislação de Trânsito no Brasil sobre alcoolemia elegem o comportamento do motorista ao ser interpelado numa abordagem policial. A recusa em se submeter a um comportamento padrão gera controvérsias e desdobramentos legais por vezes não aceitos pelo cidadão sob a sua ótica de direitos pessoais.

Ao estabelecer uma conduta, a Legislação busca sua eficácia através da punição e o motorista busca o seu direito de não sofrer coação legal. Nesse sentido e para dirimir essa situação é importante analisar o caso sob a visão de doutrinadores do Direito, que além de sua visão legalista, nos direcionam a realidade jurídica que alcançam ao mundo

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da vida com seus trabalhos, norteando qual é o comportamento correto do cidadão nesta situação.

2.1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS SOBRE O TEMA

O Código de Trânsito Brasileiro (CTB), instituído pela Lei n° 9.503/1997 desde que entrou em vigor sempre combateu a embriaguez ao volante, contudo, com o passar do tempo, nossos legisladores sentiram a necessidade de promover algumas alterações importantes e mais rigorosas em relação a esta infração administrativa, com o objetivo de trazer maior segurança ao trânsito.

As últimas alterações do Código de Trânsito Brasileiro com relação a infração de embriaguez ao volante, ocorreram com a entrada em vigor das leis n° 11.705/2008 e 12.760/2012, as quais alteraram diversos artigos do referido diploma legal, com a finalidade de estabelecer o nível de alcoolemia 0 (zero) e de impor penalidades mais severas para o condutor que dirigir sob influência de álcool ou que se recusar a qualquer dos procedimentos legalmente previstos.

A mudança drástica da legislação se deu em razão do crescente número de participação de condutores embriagados nos acidente de trânsito.

As alterações introduzidas pelas referidas leis, ainda causam forte clamor da sociedade, por meio da opinião pública, veículos de comunicação e não menos importante, a classe jurídica.

Neste sentido, este estudo se dedica a análise das alterações de natureza administrativa sofridas no Código de Trânsito Brasileiro - CTB, em razão do advento das leis n° 11.705/08 e 12.760/2012.

2.1.2 EMBRIAGUEZ AO VOLANTE COMO INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA

Preliminarmente impõe-se distinguir o crime e a infração administrativa de embriaguez ao volante. A conduta prevista no artigo 306 do CTB tipifica o delito de embriaguez ao volante, enquanto que o artigo 165 estabelece a infração administrativa, objeto de nosso estudo.

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Relativamente ao crime em comento, ele passou a configurar-se como o ato de: “Art. 306 Conduzir veículo automotor, na via pública, estando com concentração de álcool por litro de sangue igual ou superior a 6 (seis) decigramas, ou sob a influência de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência”. (BRASIL, 1997)

Previu a Lei, portanto, uma quantidade de álcool por litro de sangue para configurar o tipo penal, não obstante qualquer quantidade de álcool que viesse a ser constatada, mesmo inferior àquela, configura infração de trânsito, conforme evidencia o art. 165 da Lei nº 9.503/97.

Em sua redação original, o Código de Trânsito Brasileiro - CTB (Lei n. 9.503/97) dispunha que se fundamentava a infração administrativa em “dirigir sob influência de álcool, em nível superior a seis decigramas por litro de sangue, ou de qualquer substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica” (Brasil, 1997).

Portanto, antes da atual legislação entrar em vigor, era necessária a presença de mais de seis decigramas de álcool por litro de sangue para a configuração da infração.

Com a vigência da nova legislação, o artigo 165 do CTB passou a afirmar categoricamente que dirigir sob a influência de álcool, por si só, caracteriza a infração administrativa, sem considerar a concentração e o teor alcoólico do motorista.

Eis a nova redação dos artigos 165 conjugada com a do artigo 276 do CTB, que deixa claro a questão analisada:

Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008)

Infração – gravíssima (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008)

Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses. (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)

Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e retenção do veículo, observado o disposto no § 4o do art. 270 da Lei no 9.503, de 23 de

setembro de 1997 - do Código de Trânsito Brasileiro. (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)

Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze) meses. (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012).

[...]

Art. 276. Qualquer concentração de álcool por litro de sangue ou por litro de ar alveolar sujeita o condutor às penalidades previstas no art. 165. (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)

Parágrafo único. O Contran disciplinará as margens de tolerância quando a infração for apurada por meio de aparelho de medição, observada a legislação metrológica. (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)

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Não resta dúvida, portanto, que qualquer concentração de álcool por litro de sangue sujeita o condutor às penas do art. 165 do CTB. Essa premissa veio expressa na lei e não admite discussão. Decorreu daí o apelido de “Lei Seca”.

2.1.3 O ÍNDICE DE ALCOOLEMIA

O nível máximo de álcool por litro de sangue foi reduzido a (0) zero, como já debatido. O efeito calamitoso do álcool no organismo se traduz em acidentes nas estradas brasileiras obrigando o país a reduzir os limites de álcool, chegando ao patamar mínimo, seguindo o exemplo de vários outros países do mundo.

A atual redação do artigo 165 do CTB conservou a expressão “sob a influência de álcool” [...], já contida no texto anterior. Essa lei consequentemente, não exige um estado de embriaguez latente, mas sim que o condutor esteja dirigindo veículo automotor “sob influência etílica”.

Nesse sentido é o ensinamento de Jesus:

[...] dirigir veículo automotor, em via pública, “sob a influência de álcool ou substância similar significa, sofrendo seus efeitos, conduzi-lo de forma anormal, fazendo ziguezagues, ‘costurando’ o trânsito, realizando ultrapassagem proibida, ‘colado’ ao veículo da frente, passando com o sinal vermelho, na contramão, com excesso de velocidade, etc. (JESUS, 2008).

Na mesma linha de raciocínio é a doutrina de Gomes (2008):

O estar "sob influência" exige a exteriorização de um fato que vai além da embriaguez, mas derivado dela (nexo de causalidade). Ou seja: não basta a embriaguez (o estar alcoolizado), impõe-se a comprovação de que o agente estava sob "sua influência", que se manifesta numa direção anormal (que coloca em risco concreto a segurança viária). [...]. Basta que a direção tenha sido anormal (em zig-zag, v.g.): isso já é suficiente para se colocarem risco a segurança viária.

Sendo assim, para que se configure a infração administrativa não há mais necessidade de o motorista apresentar uma taxa mínima de alcoolemia, conforme prescrevia o texto anterior.

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De acordo com a norma, basta que o condutor tenha feito uso ou se encontre sob a influência de qualquer tipo de bebida alcoólica, ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência, ou ainda, recusando a se submeter a qualquer procedimento previsto em regulamento, mesmo que não tenha ingerido bebidas alcoólicas, infringindo a lei e possa ser punido com as sanções administrativas previstas no preceito secundário da norma em questão.

Agora, não se admite mais que alguém ingira qualquer quantidade de álcool e venha a dirigir veículo automotor. Se assim proceder, estará cometendo uma infração administrativa, punida com multa agravada em dez vezes e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses, que são as penalidades administrativas previstas, além do recolhimento do documento de habilitação e da retenção provisória do veículo (medidas administrativas imediatas).

Ainda, como medidas administrativas, a teor do § 4º do artigo 270 do CTB, o veículo ficará retido por embriaguez ao volante, mas poderá ser entregue a condutor habilitado. Contudo, não se apresentando condutor habilitado no local da infração, o veículo será removido ao depósito, e nele permanecerá sob custódia e responsabilidade do órgão ou entidade que aplicou a medida administrativa, com ônus para o proprietário do veículo.

Portanto, basta que o condutor esteja dirigindo sob a influência de álcool, qualquer que seja o teor da sua concentração, ou ainda, recusando a se submeter a qualquer procedimento previsto em regulamento para configurar a infração administrativa, nos exatos termos do que foi expressamente previsto na atual redação do artigo 276 do CTB, acima destacado.

2.1.4 MARGENS DE TOLERÂNCIA

O parágrafo único do atual artigo 276 do CTB prevê a possibilidade de “margens de tolerância” de concentração de álcool no sangue.

Nesse sentido, o legislador delegou ao Poder Executivo, por intermédio do CONTRAN - Conselho Nacional de Trânsito, a competência para disciplinar “as margens de tolerância quando a infração for verificada através de aparelho de medição, observada a legislação metrológica” (art. 276).

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Visando regular este tema o CONTRAN editou a Resolução nº 432/2013, a qual baixou os limites antes previstos, que era de 0,1 miligramas para o limite é de 0,05 miligramas de álcool por litro de ar, se a infração for apurada por meio de aparelho de medição conhecido como (etilômetro). Contudo, caso a apuração for através do exame sanguíneo, ou seja, realizado através da coleta de sangue, nenhum nível de concentração de álcool será tolerado.

Estabelece textualmente a Resolução do Contran nº 432/2013:

Art. 6º A infração prevista no art. 165 do CTB será caracterizada por: I – exame de sangue que apresente qualquer concentração de álcool por litro de sangue;

II – teste de etilômetro com medição realizada igual ou superior a 0,05 miligrama de álcool por litro de ar alveolar expirado (0,05 mg/L), descontado o erro máximo admissível nos termos da “Tabela de Valores Referenciais para etilômetro” constante no Anexo I;

III – sinais de alteração da capacidade psicomotora obtidos na forma do art. 5º. Parágrafo único. Serão aplicadas as penalidades e medidas administrativas previstas no art. 165 do CTB ao condutor que recusar a se submeter a qualquer um dos procedimentos previstos no art. 3º, sem prejuízo da incidência do crime previsto no art. 306 do CTB caso o condutor apresente os sinais de alteração da capacidade psicomotora.

A mesma Resolução estabelece no seu artigo 7º, inciso II, que se o teste do etilômetro apontar concentração de álcool igual ou superior a 0,34 miligramas, o ato de dirigir passa a ser considerado crime. Comprovada a embriaguez o condutor pode ser condenado de seis meses a três anos de detenção.

2.1.5 VERIFICAÇÃO DO ÍNDICE DE ALCOOLEMIA

Sobre a constatação da influência do álcool, conforme o artigo 165 do CTB, para configurar a infração administrativa de embriaguez ao volante, além do tradicional exame de alcoolemia (teste do etilômetro ou sangue), o legislador constituiu de que os agentes públicos podem utilizar os instrumentos do art. 277 do CTB, também alterado pela Lei n. 12.760/2012.

Assim, vejamos:

Art. 277. O condutor de veículo automotor envolvido em acidente de trânsito ou que for alvo de fiscalização de trânsito poderá ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro procedimento que, por meios técnicos ou científicos, na forma disciplinada pelo Contran, permita certificar influência de álcool ou

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outra substância psicoativa que determine dependência. (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)

§ 1o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)

§ 2o A infração prevista no art. 165 também poderá ser caracterizada mediante

imagem, vídeo, constatação de sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade psicomotora ou produção de quaisquer outras provas em direito admitidas. (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012) § 3o Serão aplicadas as penalidades e medidas administrativas estabelecidas no

art. 165 deste Código ao condutor que se recusar a se submeter a qualquer dos procedimentos previstos no caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008)

Conforme estabelecido no caput do art. 277, diante da suspeita de dirigir sob a influência de álcool, o motorista poderá ser submetido a prova pericial para a comprovação do seu estado de embriaguez.

O § 2o do artigo 277 do CTB alargou os meios de prova da infração previstos no artigo 165, possibilitando a comprovação da embriaguez por imagem, vídeo ou constatação de sinais que revelem, na forma disciplinada pelo CONTRAN, alteração da capacidade psicomotora ou produção de quaisquer outras provas em direito admitidas.

A suspeita de embriaguez não equivale a sua certeza, no entanto, a certeza advirá do exame (etilômetro ou sanguíneo), ou da produção das outras provas em direito admitidas e expressamente previstas no § 2o do artigo 277 do CTB.

Registre-se que a mera suspeita já autoriza a realização do exame para constatação de embriaguez no volante. Essa suspeita ficará a critério do agente ou da autoridade de trânsito e pode ser a mais variada possível, dependendo do caso concreto.

2.1.6 A RECUSA DO MOTORISTA EM SE SUBMETER A EXAME DE EMBRIAGUEZ

A recusa dos condutores de veículos em se submeterem a exames de alcoolemia sempre foi tema polêmico que envolvia muita discussão na seara jurídica.

Sendo assim, as alterações introduzidas pela nova legislação colocaram mais opções para os agentes da autoridade de trânsito, constatar se o condutor ingeriu bebida alcoólica, minimizando esta discussão, conforme estabelecido no § 2º do artigo 277 do CTB (Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012).

Ao condutor que não quiser submeter-se a realização dos testes de alcoolemia, as disposições legais permitem uma alternativa para suprir essa negativa, qual seja a produção de prova através de imagem, vídeo, constatação de sinais que indiquem, na

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forma disciplinada pelo CONTRAN, alteração da capacidade psicomotora ou produção de quaisquer outras provas em direito admitidas.

Nesse sentido, é autorizado ao agente de trânsito, diante da recusa do condutor, ao preenchimento do “auto de constatação de sinais de embriaguez”, disciplinado pela Resolução do Contran nº 432/2013, servindo como prova o testemunho do próprio agente de trânsito fiscalizador.

Assim, diante da recusa do condutor do veículo, os policiais deverão preencher um formulário (auto de constatação de sinais de embriaguez) indicando possíveis sinais de embriaguez, como por exemplo: vômito, soluços, odor etílico, olhos avermelhados, andar cambaleante, agressividade, exaltação ou ironia.

Diz o § 2o do artigo 277 do CTB (BRASIL, 1997), taxativamente:

§ 2o A infração prevista no art. 165 também poderá ser caracterizada mediante

imagem, vídeo, constatação de sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade psicomotora ou produção de quaisquer outras provas em direito admitidas. (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012) A interpretação deve ser feita de forma ordenada, somente depois de verificada a recusa. Cabe ao agente de trânsito relatar que o motorista estava conduzindo veículo automotor “sob a influência de álcool, descrevendo os sinais objetivos e indicadores do uso do álcool, produzindo a materialidade necessária para a configuração da embriaguez no âmbito administrativo.

Discorrendo sobre o tema, ensinam João José Leal e Rodrigo José Leal:

Desta forma, quando houver suspeita de que o condutor tenha ingerido bebida alcoólica ou, no dizer da lei, esteja dirigindo “sob influência do álcool”, a primeira iniciativa da autoridade de trânsito é a de submetê-lo ao teste de alcoolemia por ser procedimento de maior funcionalidade e precisão científica e menos invasivo à privacidade e à dignidade da pessoa humana, que se encontra na figura de cada condutor devidamente habilitado segundo as leis estabelecidas pelo Estado. Cremos que o teste do etilômetro (bafômetro) é o que melhor atende a estes requisitos. Somente no caso de inexistência do etilômetro ou de recusa deste aparelho é que o condutor deverá ser submetido a outro tipo de exame médico pericial (LEAL; LEAL, 2008).

É aceitável a obtenção de outras provas em direito admitidas como exame clínico, perícia, testemunhas e outros, dos sinais evidentes de embriaguez, como forma de atestar a influência do álcool no motorista.

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Aliás, por falar na negativa do condutor em submeter-se aos exames de alcoolemia, a nova lei trouxe uma novidade não tão pacífica assim (§ 3º do artigo 277), que assim dispõe:

§ 3o Serão aplicadas as penalidades e medidas administrativas estabelecidas no

art. 165 deste Código ao condutor que se recusar a se submeter a qualquer dos procedimentos previstos no caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008)

Sobre a recusa do motorista a submeter-se a exames de alcoolemia, Gomes acrescenta que:

O sujeito não está obrigado a ceder seu corpo ou parte dele para fazer prova. Em outras palavras: não está obrigado a ceder sangue, não está obrigado a soprar o aparelho etilômetro. Havendo recusa, resta o exame clínico (que é feito geralmente nos Institutos Médico-Legais) ou prova testemunhal. O motorista surpreendido, como se vê, pode recusar duas coisas: exame de sangue e bafômetro. Mas não pode recusar o exame clínico. E se houver recusas deste exame? Disso cuida o § 3. ° abaixo. § 3. ° Serão aplicadas as penalidades e medidas administrativas estabelecidas no art. 165 deste Código ao condutor que se recusar a se submeter a qualquer os procedimentos previstos no caput deste artigo. (GOMES, 2008).

O legislador não obrigou o motorista a submeter-se ao teste de alcoolemia. Deixou claro que ele pode recusar a essa submissão, mas se essa for a sua opção vai incidir nas mesmas penalidades aplicadas à infração administrativa de embriaguez ao volante.

Na verdade, na prática, diante da negativa do motorista em submeter-se ao aparelho etilômetro, é como se fosse presumido o seu estado de embriaguez.

Visualiza-se que dirigir embriagado é uma infração administrativa e rejeitar ao teste de alcoolemia é outra. Ambas, porém, são punidas com a mesma sanção administrativa. Foi exatamente isso o que disse o legislador ao escrever o § 3º do art. 277.

2.1.7 A PENA ADMINISTRATIVA

Cumpre destacar que com a alteração do artigo 165 do CTB, através da lei 12.760/2012, elevou severamente a punição da infração administrativa.

O texto ficou mais rigoroso, pois o preceito secundário agora estabelece multa gravíssima multiplicada por dez vezes, aos condutores que transgredirem a norma contida no artigo 165 do CTB (embriaguez ao volante), e ainda a suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses, além da aplicação das medidas administrativas.

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Vejamos a atual redação do artigo 165 do CTB, com redação alterada pela lei 12.760/2012:

Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008)

Infração - gravíssima (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008)

Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses. (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)

Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e retenção do veículo, observado o disposto no § 4o do art. 270 da Lei no 9.503, de 23 de

setembro de 1997 - do Código de Trânsito Brasileiro. (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)

Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze) meses. (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)

Com esta redação, a infração continua considerada como “gravíssima”, com a multa tendo o valor multiplicado em dez vezes. O valor financeiro (penalidade de multa) continua acompanhado da penalidade de suspensão do direito de dirigir. São aplicáveis ainda as medidas administrativas de retenção do veículo e recolhimento do documento da Carteira Nacional de Habilitação.

No que se refere a pena administrativa de embriaguez ao volante, a alteração ocorreu somente para ajustar a penalidade de multa (mais gravosa) e suspensão do direito de dirigir, que agora é de doze meses, e vem expresso na própria norma.

Comprovada a embriaguez o motorista autuado pagará multa de R$ - 2.934,70 (dois mil, novecentos e trinta e quatro reais e setenta centavos) e terá a carteira de habilitação recolhida, para a instauração do processo administrativo de suspensão do direito de dirigir por 12 meses, além da retenção do veículo.

Esse conjunto de penalidades administrativas são medidas rígidas, pois de forma acumulada nessas sanções lida-se com normas de natureza administrativa e não criminal. De qualquer sorte a resposta punitiva se revela mais severa se for considerada a incidência de múltiplas sanções aplicadas ao condutor que apresente concentração de álcool no sangue, por menor que seja, isso no âmbito administrativo do poder de polícia do Estado.

2.1.8 O PRINCÍPIO DA LEGALIDADE E O CÓDIGO DE TRÂNSITO

Faz-se necessário, aqui, analisar o princípio que mais se relaciona com o Código de Trânsito Brasileiro, o princípio da legalidade.

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Estabeleceu o artigo 277 do CTB que o condutor de veículo automotor envolvido em acidente de trânsito ou que for alvo de fiscalização de trânsito poderá ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro procedimento que, por meios técnicos ou científicos, na forma disciplinada pelo Contran, permita certificar influência de álcool ou outra substância psicoativa que determine dependência.

É sabido que muitos condutores de veículo se recusam em de submeter a tais testes, arguindo o princípio insculpido no artigo 5°, inciso II, da Constituição Federal/1988, o qual estabelece que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei”, como também na falta de obrigatoriedade de permitir a produção de prova contra si mesmo, o que afrontaria o preceito da amplitude de defesa e igualmente previsto no artigo 5°, LV, da Carta Magna.

Nesse sentido, segundo Mello (2003, p.93-94), o CTB fere o princípio da legalidade, haja vista que:

A Administração não poderá proibir ou impor comportamento algum a terceiro, salvo se estiver previamente embasada em determinada lei que lhe faculte proibir ou impor algo a quem quer que seja. Vale dizer que não lhe é possível expedir regulamento, instrução, resolução, portaria, ou seja, lá que ato for para cortar a liberdade dos administrados, salvo se em lei já existir delineada a contenção ou imposição que o ato administrativo venha a minudenciar.

Sobre este polêmico tema, destacamos parte de um artigo no qual a situação foi muito bem abordada pelo Procurador da República Calabrich:

É um princípio jurídico pacificamente aceito que ninguém está obrigado a produzir prova contra si mesmo (tradução do brocardo latino Nemo tenetur se detegere). Lido o princípio de outra forma, disseque ninguém pode ser constrangido a contribuir para a própria acusação. Assim, o agente de trânsito ou qualquer outra autoridade não podem forçar ninguém a fazer o teste do bafômetro nem a se submeter a nenhum outro procedimento que possa resultar em uma prova contrária a seus interesses. Considerando esse princípio, a lei, como visto, tratou de prever sanções (precisamente as referidas penalidades e medidas administrativas) para aquele que se recuse afazer o teste, de modo a tornar interessante para o motorista tal opção – para não ser punido administrativamente, o motorista pode arriscar o exame. O motorista, dessa forma, terá sempre a opção; jamais poderá ser "forçado" (coagido) a realizar o exame. A recusa a se submeter ao exame não é, a rigor, um "direito" do motorista, e sim uma obrigação, para cujo descumprimento a lei prevê sanções no âmbito administrativo. Mas, estando o condutor ciente de que pode ser punido administrativamente, a não submissão ao exame é, afinal, uma opção exclusivamente sua. As alternativas à sua frente, assim, são: (a) submeter-se

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ao exame e arriscar consequências penais mais gravosas, caso seja detectada uma concentração superior a 6 decigramas por litro de sangue; ou (b) não se submeter ao exame e sofrer as sanções administrativas previstas no art. 165 do CTB, a serem aplicadas de imediato (apreensão da habilitação e retenção provisória do veículo) e ao final de um processo administrativo regular (multa e suspensão do direito de dirigir por 12 meses). Claro que todas essas considerações, na prática, não valem para o motorista que não tem dúvidas quanto a seu estado de embriaguez. Aquele que não ingeriu nenhuma bebida alcoólica provavelmente não terá nenhuma objeção quanto a se submeter a qualquer exame (CALABRICH, 2008, página 1).

A recusa do motorista em se submeter aos testes ou exames que evidenciem a alcoolemia implica na verificação pelo agente de trânsito dos sinais de embriaguez, uma vez que ninguém poderá ser coagido a se auto incriminar.

O relato do agente fiscalizador de trânsito, neste caso apresentado como prova testemunhal é trazida como conveniente e capaz de sustentar a autuação em flagrante dos condutores que, nesta condição, se encontrem “sob influência alcoólica”.

Porém, para a caracterização da infração administrativa, não basta apenas a prova testemunhal isolada, mas sim corroborada por outros indícios, como, por exemplo, a descrição pormenorizada dos sinais externos apresentados pelo motorista no momento de sua abordagem pelo agente fiscalizador de trânsito.

2.1.9 DADOS ESTATISTICOS DE ACIDENTES CAUSADOS POR CONDUTORES QUE INGERIRAM BEBIDA ALCOÓLICA

Os dados estatísticos que serão apresentados foram retirados do site da Polícia Rodoviária Federal. Eles mostram um comparativo do número de acidentes causados por motoristas que conduzem veículos sob a influência de álcool nas rodovias federais brasileiras. Também serão expostos dados da Polícia Militar Rodoviária de Santa Catarina, mostrando uma comparação dos últimos anos, antes do advento da Nova Lei Seca e posterior a ela.

Quadro 1 - Dados estatísticos de acidentes - PRF

Ano 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Total de acidentes

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Ingestão de álcool

3.105 3.561 4.813 6.806 7.559 7.594 7.527 7.391 6.745 4.744

% 2,43 2,52 3,03 3,71 3,93 4,11 4,03 4,36 5,52 6,58

Fonte: Site da Polícia Rodoviária Federal

Quadro 2 - Dados estatísticos de acidentes - PMRv/SC

Ano 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Total de acidentes 1.483 1.163 1.230 2.687 2.706 1841 Ingestão de álcool 90 56 48 63 60 37 % 6,07 4,82 3,90 2,34 2,22 2,22

Fonte: Site da Polícia Rodoviária Estadual

Analisando tanto os dados da Polícia Rodoviária Federal quanto da Polícia Militar Rodoviária de Santa Catarina, percebe-se um aumento do número de condutores flagrados que dirigiam sob a influência de álcool logo após da entrada em vigor a nova lei, a conhecida “Nova Lei Seca”. Isso porque esta nova lei colocou mais opções de certificar o consumo de bebidas alcoólicas por parte dos condutores, tendo no ano de 2014 em diante, um decréscimo no número de condutores flagrados dirigindo sob a influência de álcool.

3 CONSIDERAÇÃOES FINAIS

O presente trabalho buscou investigar sobre as alterações introduzidas pelas leis nº 11.705/2008 e 12.760/2012, ao Código de Trânsito Brasileiro, e suas implicações diretas com relação à caracterização da infração administrativa de embriaguez ao volante. Com a finalização desta pesquisa, pode-se afirmar com convicção que os conhecimentos jurídicos sobre a matéria foram ampliados de forma significativa, especialmente no que tange ao entendimento doutrinário e legal sobre o tema.

Com essa análise, procurou-se verificar o rigor da vigência da legislação quanto a infração administrativa, que seguiu uma política de trânsito enérgica e rigorosa para os

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condutores que fazem uso do álcool e são surpreendidos conduzindo veículos automotores.

Restou evidente que as leis 11.705/2008 e 12.760/2012 em conjunto com a Resolução Contran nº 432/2013, promoveram importantes alterações para a infração administrativa prevista no art. 165 do Código de Trânsito Brasileiro, principalmente no que diz respeito ao tratamento da embriaguez ao volante e às penalidades de multa e suspensão do direito de dirigir.

O trabalho mostrou que dirigir sob a influência de álcool, por si, caracteriza a infração administrativa prevista no art. 165 do CTB, qualquer que seja a concentração de álcool por litro de sangue, respeitada a margem de tolerância dos testes de alcoolemia por intermédio do etilômetro.

A constatação do índice de alcoolemia, ou seja, a demonstração que o condutor se encontra sob a influência de álcool poderá ser realizada, além do tradicional exame de alcoolemia (teste do etilômetro ou ainda pelo exame laboratorial(sangue), também pela utilização de outras provas em direito admitidas (exame clínico, perícia, vídeos, imagens, testemunhas, etc.).

A questão relativa a recusa do motorista a se submeter aos testes de alcoolemia, tendo em vista que não pode ser obrigado a fazer prova contra si, restou amplamente evidenciada, uma vez que se trata de um direito. Entretanto, se esta for a opção do motorista, diante da suspeita de embriaguez, incidirá nas mesmas penas da infração administrativa prevista no art. 277, § 3º, do CTB, presumindo-se a influência alcoólica.

A pesquisa também deixou claro que a intenção do legislador ao alterar o Código de Trânsito Brasileiro com as regras contidas na “Lei Seca” foi com o objetivo de enrijecer a norma contida no Código de Trânsito Brasileiro visando inibir a atuação de motoristas infratores e com isso diminuir o número de sinistros envolvendo veículos automotores e uso indiscriminado de álcoolpelos seus condutores.

A polêmica e as contradições existentes entre os doutrinadores, com relação a embriaguez no volante, podem ser consideradas normais haja vista a relevância do tema tratado e sua implicação para a sociedade e para o mundo jurídico.

Assim é que reflexões sobre as consequências jurídicas das referidas inovações são justificadas ante ao exercício interpretativo e pela necessidade de estabelecer

(17)

parâmetros conformados pela legalidade para a atuação dos Operadores do Direito a partir da nova normatização.

E, para finalizar, vale salientar que o presente estudo consiste apenas em reflexões sobre o tema analisado, até porque o tema abordado é sempre atual e continua sendo amplamente discutido. Certamente, os tópicos aventados poderão ser desenvolvidos e ampliados ao longo do tempo, com outros estudos sugeridos.

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de 1996, que dispõe sobre as restrições ao uso e à propaganda de produtos fumígeros, bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos agrícolas, nos termos do § 4o do

art. 220 da Constituição Federal, para inibir o consumo de bebida alcoólica por condutor de veículo automotor, e dá outras providências. Brasília 2008. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11705.htm Acesso em: 12 de dezembro de 2016

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