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Políticas públicas e objetivos de desenvolvimento sustentável: relatório de estudos de casos a partir do modelo política, ambiente integral e sociedade : modelo PAIS v.2.0. Série Estudos em EcoPolíticas

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Série Estudos em EcoPolíticas. v. I

POLÍTICAS PÚBLICAS E

OBJETIVOS DE

DESENVOLVIMENTO

SUSTENTÁVEL:

RELATÓRIO DE ESTUDOS DE CASOS A PARTIR

DO MODELO POLÍTICA, AMBIENTE INTEGRAL E

SOCIEDADE - MODELO PAIS V.2.0

U N I V E R S I D A D E F E D E R A L F L U M I N E N S E

I N S T I T U T O D E G E O C I Ê N C I A S

N Ú C L E O D E E S T U D O S E M

E C O P O L Í T I C A S E E C O N S C I E N C I A S

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Série Estudos em EcoPolíticas. v. I

POLÍTICAS PÚBLICAS E

OBJETIVOS DE

DESENVOLVIMENTO

SUSTENTÁVEL:

RELATÓRIO DE ESTUDOS DE CASOS A PARTIR

DO MODELO POLÍTICA, AMBIENTE INTEGRAL E

SOCIEDADE - MODELO PAIS V.2.0

Organização:

Patricia Almeida Ashley e Ana Carolina Nogueira Luz

U N I V E R S I D A D E F E D E R A L F L U M I N E N S E

I N S T I T U T O D E G E O C I Ê N C I A S

N Ú C L E O D E E S T U D O S E M

E C O P O L Í T I C A S E E C O N S C I E N C I A S

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O trabalho POLÍTICAS PÚBLICAS E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: RELATÓRIO DE ESTUDOS DE CASOS A PARTIR DO MODELO POLÍTICA, AMBIENTE INTEGRAL E SOCIEDADE - MODELO PAIS V.2.0 de Organizadoras: Patricia Almeida Ashley e Ana Carolina Nogueira Luz) está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional. Podem estar disponíveis autorizações adicionais às concedidas no âmbito desta licença em http://www.ecopoliticas.uff.br.

Para citar essa obra como um todo, segue a citação em Referências Bibliográficas:

ASHLEY, Patricia Almeida; e LUZ, Ana Carolina Nogueira (organizadoras). Políticas públicas e objetivos de desenvolvimento sustentável: relatório de estudos de casos a partir do modelo política, ambiente integral e sociedade – modelo PAIS v.2.0. Série Estudos em EcoPolíticas / Universidade Federal Fluminense – Núcleo de Estudos em Ecopolíticas e Econsciências, v.1. Niterói: [s.n.], 2015. 307 p. Disponível em www.ecopoliticas.uff.br sob licença creative commons para uso não comercial.

Para citar qualquer um dos capítulos e seus(suas) respectivo(a)s autore(a)s, use:

Autore(a)s do capítulo, de acordo com a norma ABNT. Título do Capítulo. In: Patricia

Almeida Ashley e Ana Carolina Nogueira Luz (organizadoras).

Políticas públicas e objetivos de desenvolvimento sustentável: relatório de estudos de casos a partir do modelo política, ambiente integral e sociedade – modelo PAIS v.2.0. Série Estudos em EcoPolíticas / Universidade Federal Fluminense – Núcleo de Estudos em Ecopolíticas e Econsciências, v.1. Niterói: [s.n.], 2015. 307 p. – número das páginas do capítulo. Disponível em www.ecopoliticas.uff.br sob licença creative commons para uso não comercial.

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I

R E S U M O E X E C U T I VO

POLÍTICAS PÚBLICAS E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: UMA SÍNTESE A PARTIR DOS ESTUDOS DE CASO

O Curso de Ciência Ambiental da Universidade Federal incluiu a agenda global de desenvolvimento pós-2015 como tema de ensino, pesquisa e extensão universitária na turma de PPGMA do 2° semestre de 2014, na forma de estudos de casos no contexto brasileiro em escala nacional e municipal e que buscou investigar respostas sobre a seguinte questão: O que as políticas públicas podem contribuir para a implementação dos Objetivos e Metas de Desenvolvimento Sustentável na agenda global pós-2015?

Os estudos de casos adotam o pressuposto da estratégia de desenvolvimento territorial sustentável em bases locais da escala geopolítica municipal, adotando a autonomia federativa de Municípios para potencializar articulação e cooperação em políticas multiatores e multinível de responsabilidade social, governança e desenvolvimento sustentável – Modelo Master (Ashley, 2012). Espera-se futuramente que o conhecimento gerado, sistematizado e publicado na prática didática sobre Políticas Públicas, Governança e Meio Ambiente, a partir da consolidação e análise comparativa de diversos estudos de casos, possa ter desdobramentos de forma a subsidiar processos sociais e políticos de análise e priorização de temas e diretrizes para políticas públicas para o desenvolvimento territorial sustentável. Articula-se e integra-se, assim, o ensino, a pesquisa e a extensão universitária, conectando de forma essencial a Universidade e a Sociedade e o Estado para o desenvolvimento social em bases sustentáveis. A cooperação nacional e internacional em recursos, de todas as formas, para a formação de capacidades para o desenvolvimento com qualidade social, ambiental, econômica em escalas locais, nacionais e global é fundamental. Para isso, é primordial a organização, difusão e o diálogo de saberes profissionais, comunitários, acadêmicos e políticos visando a articulação e integração das missões, objetivos e metas de programas e projetos localizados em territórios culturalmente situados.

Método dos Estudos de Casos

Para os estudos, durante o segundo semestre de 2014, a turma se organizou em grupos de estudo e cada grupo selecionou um Município no Estado do Rio de Janeiro e um Objetivo de Desenvolvimento Sustentável – ODS no âmbito do documento final do Grupo de Trabalho Aberto/Open Working Group (OWG) da ONU, o qual publicou em julho de 2014 uma lista de 17 objetivos e respectivas metas de desenvolvimento sustentável. Produziram um resumo para leigos sobre o ODS e sobre o Documento Técnico produzido para subsidiar as análises e debates realizados no âmbito do OWG sobre o respectivo ODS. Em uma segunda etapa, foram objeto de buscas e priorização os projetos de lei no Senado Federal e na Câmara Federal que fossem relevantes para o tema do ODS em estudo por cada grupo. Também foram selecionados Programas de Políticas Públicas no Plano Plurianual 2011-2015 do governo federal que fossem pertinentes ao ODS. Em seguida, os grupos buscaram na publicação oficial de Avaliação e Resultados da Agenda 21 Brasileira (BRASIL, 2012), organizada e publicada pelo Ministério do Meio Ambiente durante a Rio+20, e selecionaram quais políticas públicas do governo federal contribuíram para os objetivos da Agenda 21 Brasileira e que fossem pertinentes ao respectivo ODS selecionado para estudo. Como etapa final, os grupos analisaram as condições sociais, econômicas, ambientais e políticas públicas municipais do respectivo Município selecionado para estudo de caso por cada grupo, coletando dados da Prefeitura junto ao IBGE, ao Atlas Brasil de Desenvolvimento Humano, ao Relatório Anual do Monitoramento de Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e à Agenda 21 Local publicada.

Em 2015, está planejada a publicação deste relatório consolidado e outras formas de disseminação de resultados, a exemplo da realização em junho de 2015 de um Workshop Políticas Públicas e Desenvolvimento Sustentável com apresentação e publicação de pôsteres e palestras, incluindo o público-alvo de Foruns Locais da Agenda 21, especialmente dos Municipios estudados. A partir de 2016, espera-se que o Programa de Extensão Ecocidades possa prestar serviços nos módulos Informação, Formação e Assessoramento do programa de extensão, na forma presencial e virtual via www.ecocidades.uff.br, com apoio de recursos do Proext 2016 e outras fontes de captação de recurso, junto ao público-alvo de instâncias de participação social e agentes públicos em escala municipal, estadual e nacional no Brasil em que haverá uma devolutiva por cada um dos grupos de estudo.

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II Sistematização e Apresentação dos Estudos de Caso

Os 17 ODS do documento final de trabalho do OWG das Nações Unidas, publicado em julho de 2014. apontam a necessidade não só de avançar nos desafios contra a pobreza e desigualdade, propondo também ações conjugadas às mudanças climáticas e em prol da sustentabilidade para os parâmetros de desenvolvimento global. Nos estudos de casos aqui apresentados, os ODS escolhidos poderiam ser os mesmos entre as equipes, contanto que os municípios estudados fossem distintos. Os ODS escolhidos livremente pelas equipes foram:

 Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável (Objetivo 2);

 Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos (Objetivo 6);

 Assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia, para todos (Objetivo 7);

 Tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e seus impactos (Objetivo 13);

 Conservação e uso sustentável dos oceanos, mares e dos recursos marinhos, para o desenvolvimento sustentável (Objetivo 14).

A Introdução de cada um dos estudos foi consolidada em uma só introdução na parte inicial deste Relatório Consolidado, visto ser idêntica para o template adotado para relatoria dos estudos de casos. No Sumário deste relatório, os estudos de casos receberam um título padronizado e podem ser localizados pelo título de ‘Nome de um dos membros da equipe e colegas’: ODS ‘número do ODS’ e município de ‘Nome do município estudado’.

Os municípios selecionados nos oito estudos de caso são oito municípios distintos, sendo: Cachoeiras de Macacu, Guapimirim, Itaboraí, Maricá, Niterói, Rio de Janeiro, São Gonçalo e Saquarema.. Buscou-se selecionar preferencialmente os municípios que contam com uma Agenda 21 Local já publicada na forma de Plano Local de Desenvolvimento Sustentável - PLDS, cujos Foruns Locais da Agenda 21, à exceção do Rio de Janeiro, participam da Iniciativa Agenda 21 na Região do Leste Fluminense e tem seus dados sistematizados, comunicados publicamente e disponíveis em www.agenda21comperj.com.br.

A relatoria dos estudos de casos segue, para cada estudo de caso, uma estrutura padrão de quatro seções: Ficha de Estudo de Caso, Resultados, Resumo Informativo e Conclusão. A Ficha de Estudo de Caso contém os dados dos integrantes do grupo, o objetivo e município escolhido em cada estudo de caso. Na seção Resultados, seus tópicos estão divididos de acordo com o modelo analítico Política, Ambiente Integral e Sociedade (PAIS v.2.0), onde também foi incluída uma apresentação histórica do município estudado. A seção Conclusão está dividida nas escalas global, nacional e municipal e os grupos informaram os Avanços alcançados e os Desafios ou limites (relevantes ao objetivo escolhido) em cada uma dessas escalas.

Análise Comparativa das Seções de Conclusão dos Estudos de Caso

Nesta relatoria consolidada, a partir da análise comparativa das conclusões dos estudos de caso sobre políticas nacional e local no Brasil que possam contribuir para a agenda global de desenvolvimento sustentável, os avanços alcançados, quando evidentes nos estudos de caso, em escala nacional, apoiaram-se na transparência em processos de participação, monitoramento e controle social de políticas públicas, e em escala global, quando apoiados na formação de alianças, parcerias e acordos entre países. Há políticas públicas consistentes e adequadas nos municípios, porém falham na disponibilidade de recursos suficientes, disponibilidade de capacidade institucional nos municípios e investimentos adequados para a implementação das políticas públicas. Algo que não tem sido novidade no contexto nacional das políticas municipais e da implementação de políticas nacionais que dependam da iniciativa e articulação com municípios, com exceções nos casos da execução por órgãos públicos federais e apoio de fontes públicas de financiamento.

Os desafios a se destacar encontram-se no âmbito da ação compartilhada, ou seja, uma união entre Estado, empresas e sociedade para a adoção de uma responsabilidade compartilhada, constituindo propostas que integrem todas as escalas, sejam elas municipais, nacionais ou globais. Os municípios necessitam de apoio de entidades federais e estaduais para financiarem e apoiarem tecnicamente as políticas públicas com fins de desenvolvimento sustentável, pois não possuem recursos próprios suficientes para desenvolverem instrumentos efetivos de planejamento governamental e, especialmente, políticas ambientais. Outro desafio em escala municipal é a falta de contatos diretos para estabelecimento de parcerias com entidades internacionais, e, portanto, de conhecimento e

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III

de apoio a recursos e tecnologias sustentáveis disponíveis em escala global para transferência aos municípios, sem que haja a interveniência do Ministério das Relações Exteriores e de autorização do governo federal.

A principal recomendação dos oito estudos de caso está na educação ambiental para a sociedade. Na interface Universidade e Sociedade, a aproximação da comunidade acadêmica com os municípios em ações integradas de ensino, pesquisa e extensão, fortalece a formação de capacidades em diálogo de saberes para o planejamento, execução e monitoramento de políticas públicas eficazes. Além disso, orienta para uma necessidade de precaução, e não só de combate aos problemas ambientais. Este estudo pode servir como base para demais pesquisas no âmbito do que foi e do que não foi concretizado pelos municípios, e a partir disso poderiam ser elaboradas estratégias para alcançar melhorias nos objetivos e meios de implementação propostos pela agenda de desenvolvimento pós-2015.

Palavras-chave: Agenda Global Pós-2015, desenvolvimento sustentável, políticas públicas, Agenda 21, práticas de aprendizagem, Ciência Ambiental.

Em 22 de março de 2015

Ana Carolina Nogueira Luz

Graduanda do Curso de Bacharelado em Ciência Ambiental Monitora em 2015 no Projeto de Monitoria Transdisciplinar em

Políticas, Gestão e Projetos Socioambientais

Profa. Dra. Patricia Almeida Ashley

Orientadora dos Estudos de Casos na Turma 2014.2 de Políticas Públicas, Governança e Meio Ambiente Líder do Núcleo de Estudos em EcoPolíticas e EConsCiencias

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IV

Sumário

RESUMO EXECUTIVO ... I

INTRODUÇÃO ... 1

POLÍTICAS PÚBLICAS, GOVERNANÇA E MEIO AMBIENTE ... 1

MÉTODO DOS ESTUDOS DE CASOS ... 2

CRONOGRAMA DE PROJETO DE ESTUDO DE CASO ... 5

VIVIANNE RAMOS LIMA E COLEGAS: ODS 2 E MUNICÍPIO DE ITABORAÍ ... 6

FICHA DE ESTUDO DE CASO ... 6

RESULTADOS ... 7

RESUMO INFORMATIVO ... 32

CONCLUSÃO ... 33

ANA CAROLINA NOGUEIRA LUZ E COLEGAS: ODS 14 E MUNICÍPIO DE SAQUAREMA ...40

FICHA DE ESTUDO DE CASO ... 40

RESULTADOS ... 41

RESUMO INFORMATIVO ... 95

CONCLUSÃO ... 96

ANDRESSA BATISTA SOUZA E COLEGAS: ODS 13 E MUNICÍPIO DE GUAPIMIRIM ...98

FICHA DE ESTUDO DE CASO ... 98

RESULTADOS ... 99

RESUMO INFORMATIVO ... 138

CONCLUSÃO ... 139

CRISTIANE DE BARROS PEREZ E COLEGAS: ODS 6 E MUNICÍPIO DE SÃO GONÇALO ... 141

FICHA DE ESTUDO DE CASO ... 141

RESULTADOS ... 142

RESUMO INFORMATIVO ... 172

CONCLUSÃO ... 173

DAIANY DO NASCIMENTO FERREIRA E COLEGAS: ODS 6 E MUNICÍPIO DE CACHOEIRAS DE MACACU ... 176

FICHA DE ESTUDO DE CASO ... 176

RESULTADOS ... 177

RESUMO INFORMATIVO ... 200

CONCLUSÃO ... 200

MARIA BEATRIZ AYELLO LEITE E COLEGAS: ODS 13 E MUNICÍPIO DE RIO DE JANEIRO ... 205

FICHA DE ESTUDO DE CASO ... 205

RESULTADOS ... 206

RESUMO INFORMATIVO ... 235

CONCLUSÃO ... 236

MARIA CLARA GONÇALVES AROUCA E COLEGAS: ODS 7 E MUNICÍPIO DE NITERÓI ... 239

FICHA DE ESTUDO DE CASO ... 239

RESULTADOS ... 240

RESUMO INFORMATIVO ... 254

CONCLUSÃO ... 255

NATHALIA REIS COKOTÓS E COLEGAS: ODS 7 E MUNICÍPIO DE MARICÁ ... 257

FICHA DE ESTUDO DE CASO ... 257

RESULTADOS ... 258

RESUMO INFORMATIVO ... 299

(9)

1

I N T RO D U Ç Ã O

POLÍTICAS PÚBLICAS, GOVERNANÇA E MEIO AMBIENTE

O Curso de Bacharelado em Ciência Ambiental contempla 4 (quatro) dimensões de formação: estudos e processos ambientais; estudos e processos políticos e estratégicos; estudos e processos de organização e gestão; e comportamento e cidadania socioambiental. A dimensão de formação ‘estudos e processos políticos e estratégicos’ é transversal aos componentes curriculares do módulo de conteúdos de Ciências Humanas e Ciências Sociais Aplicadas. Nesse módulo de conteúdos situa-se o componente curricular Políticas Públicas, Governança e Meio Ambiente, ministrada aos estudantes a partir do 4° período do curso, que busca a formação de habilidades para análise integrada de condições institucionais, sociais, econômicas e ambientais de Municípios e a recomendação de diretrizes de políticas públicas para o desenvolvimento local sustentável.

OBJETIVO GERAL DOS ESTUDOS DE CASOS

Contribuir para a formação discente em Ciência Ambiental a partir da experiência teórica e empírica de uso do método de estudo de caso sobre políticas públicas e desenvolvimento sustentável, tomando como referência dados com disponibilização pública e gratuita em fontes estatísticas oficiais no Brasil e articulação do ensino, pesquisa e extensão universitária.

Espera-se que o conhecimento gerado possa ter desdobramentos de forma a subsidiar processos sociais e políticos de análise e priorização de temas e diretrizes para políticas públicas para o desenvolvimento territorial sustentável. Nesse sentido, haverá uma devolutiva dos resultados à Prefeitura Municipal, sociedade local e demais instituições e organizações, por meio de ação de extensão universitária a ser objeto de elaboração participativa com os atores e público-alvo local.

O estudo busca a estratégia de desenvolvimento territorial sustentável em bases locais da escala geopolítica municipal, adotando o pressuposto da autonomia federativa de Municípios para potencializar articulação e cooperação em políticas multiatores e multinível de responsabilidade social, governança e desenvolvimento sustentável – Modelo Master (Ashley, 2012)1.

CONTRIBUIÇÃO PEDAGÓGICA

A prática do método de estudo de caso proposto poderá ser replicada em outros municípios, permitindo-se a sistematização do método para fins de assessoramento parlamentar para empresas, organizações da sociedade civil e órgãos públicos, além de proposição e assessoramento em políticas públicas. Também permitirá articular ensino, pesquisa e extensão de forma indissociável e oportunizando a integração teórica e prática na formação discente, seu desenvolvimento como profissional e cidadão na busca pela função social do trabalho e da inovação emancipatória.

1ASHLEY, P. A. The Master Model on Multi-actor, Multilevel and Territorial Social Responsibility: A Mapping Tool for Social Responsibility, Development and Equity Policies and Studies. In: P.A.Ashley and David Crowther. (Org.). Territories of Social Responsibility: Opening the Research and Policy Agenda. 1ed.Farnham (Surrey, UK): Gower Publishing, 2012, v. 1, p. 161-173

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2

MÉTODO DOS ESTUDOS DE CASOS

POLÍTICA, AMBIENTE INTEGRAL E SOCIEDADE: MODELO PAIS V.2.0

Pode-se considerar um desafio pedagógico a formação e prática docente e discente que contribua para a compreensão interdisciplinar e transdisciplinar da complexidade do fenômeno ambiental para fins de políticas públicas e governança. A escolha pelo método de estudo de caso oportuniza a sistematização do conhecimento e articulação de saberes de diversas unidades curriculares e entre equipes de estudantes e, quando possível a oportunidade, entre discentes, sociedade, governo e demais entidades locais situadas no contexto ambiental local. Os alunos em Políticas Públicas, Governança e Meio Ambiente – PPGMA – já tem formação prévia em unidades curriculares de formação básica, alguns já com formação intermediária e avançada nos conteúdos de uso instrumental no curso de Ciência Ambiental.

Duas grandes dimensões - ‘Fatores Críticos Socioeconômicos e Ambientais do Objetivo da Agenda Global de Desenvolvimento aplicado ao contexto do Município’ e, de outro, a dimensão ‘Fatores Críticos em Políticas Públicas e Capacidade Institucional aplicadas ao contexto Nacional e Municipal’ - foram definidos para a segunda versão do modelo Política, Ambiente Integral e Sociedade, com a sigla PAIS v.2.0, versão essa elaborada pela Profa. Patricia Almeida Ashley com licença creative commons para uso livre e não comercial, aberto a futuras modificações e adaptações, citada a fonte original.

Tal estrutura orientará os conteúdos a serem objeto de estudo de caso e os componentes a apresentarem em relatório final e seminário de conclusão da turma.

(11)

3

COLETA E TRATAMENTO DE DADOS

Para o estudo de caso pelo Modelo PAIS, a coleta de dados em fontes secundárias é feita em fontes oficiais de dados disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística, Ministérios, Poder Legislativo, Judiciário, Ministério Público e demais órgãos públicos federais, estaduais e municipais com acesso público e gratuito, que tenham regular e segura fonte para a sua disponibilização e confiabilidade.

Com essa escolha estratégica, busca-se uma prática de uso de fontes oficiais para facilitar acesso público aos diversos segmentos sociais que possam usar o Modelo PAIS, especialmente educadores, gestores e profissionais, acrescentando-se temas e subtemas para as duas grandes dimensões conforme seja possível ter equipe e tempo suficientes para ampliação.

O importante é compreender a articulação dos dados das duas dimensões - ‘Fatores Críticos Socioeconômicos e Ambientais do Objetivo da Agenda Global de Desenvolvimento aplicado ao contexto do Município’ e, de outro, a dimensão ‘Fatores Críticos em Políticas Públicas e Capacidade Institucional aplicadas ao contexto Nacional e Municipal’ - como um todo que cria oportunidade para a cidadania ativa pela ação política dos sujeitos em diversas escalas de organização social, desde a pessoa, passando pelas famílias, grupos, organizações, comunidades, instituições em diversos territórios.

Busca-se, assim, educar o estudante na ação de interlaços entre universidade e sociedade, integrando ensino, pesquisa e extensão, ao mobilizar a articulação e participação social e pedagógica para a troca e sistematização de saberes teóricos, empíricos, quantitativos e qualitativos, objetivos e subjetivos com propósito e interesse público orientado para o desenvolvimento sustentável nos diversos segmentos e modos de organização dos espaços e relações sociais.

Os limites e oportunidades para a seleção de dados a serem coletados e a forma de tratamento de dados depende do tempo disponível, da formação dos estudantes, da dimensão de temas e subtemas e da escala e densidade de fatos sociais, ambientais, econômicos e institucionais que se combinam, em múltiplas camadas, sobre o caso a ser objeto de estudo. Recomenda-se o uso de software público e de uso gratuito quando necessário para tratamento e análise espacial dos dados coletados.

SELEÇÃO DE FONTES RECOMENDADAS PARA COLETA DE DADOS

Seguem as fontes indicadas para a coleta de dados segundo os itens das duas dimensões do Modelo PAIS 2.0. Lembrando que tais itens também estruturam as seções de Resultados no Relatório Final do Estudo de Caso.

Quadro 1 - Fontes de Consulta de Dados para Estudo sobre Fatores Críticos Socioeconômicos e Ambientais do Objetivo da Agenda Global de Desenvolvimento aplicado ao contexto do Município

1. Objetivos e metas de desenvolvimento na agenda global pós-2015, para temas específicos por grupo de estudo

Site da ONU – Agenda Global Pós-2015 e website do PNUD – Centro Rio+

2. Situação global pelo documento técnico da ONU Site da ONU – Agenda Global Pós-2015 3. Situação na Agenda de Oito Objetivos do Milênio

até 2015 no Município Portal ODM – Acompanhamento Brasileiro dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio -

http://www.portalodm.com.br/

4. Situação do Município no IDHM Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil – IDHM – PNUD

-http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/o_atlas/idhm

5. Situação do Município no Cidades@ - Cidades@ -

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4

Quadro 2 – Fontes de Consulta de Fatores Críticos em Políticas Públicas e Capacidade Institucional aplicadas ao contexto Nacional e Municipal 1. Projetos de Lei no Senado Federal e na Câmara

Federal no tema específico Site de pesquisa de proposições legislativas no Senado Federal - http://www.senado.gov.br/atividade/ Site de pesquisa de proposições legislativas na Câmara dos Deputados - http://www.camara.leg.br/sileg/default.asp 2. Políticas Nacionais implementadas na Agenda 21

Brasileira Agenda 21 Brasileira – Avaliação e Resultados (2012) – Estudo feito por Patricia Almeida Ashley e Beatriz de Carvalho Souza e Silva (2013) e documento do MMA (2012) 3. Programas de Políticas Públicas no PPA 2011-2015

no tema específico Plano Plurianual do Governo Federal 2012-2015: Plano Mais Brasil – Programas Temáticos –

http://www.planejamento.gov.br/secretarias/upload/Arq uivos/spi/PPA/2012/Anexo%20I%20_Atualizado_LOA2 014_2.pdf

4. Existência de Instrumentos de Planejamento de Políticas Públicas Municipais, com base na Pesquisa MUNIC, do IBGE

Pesquisa MUNIC – Perfil dos Municípios Brasileiros -

http://www.ibge.gov.br/munic2013/index.php 6. Situação do Município no Diagnóstico e Diretrizes

da Agenda 21 Local para o tema específico Iniciativa Agenda 21 Comperj http://www.agenda21comperj.com.br (exceto Rio de Janeiro – buscar na Prefeitura – website)

5. Articulação social e diálogo local sobre o estudo de

caso junto ao Município e Agenda 21 Local Preparação de Resumo Informativo a ser comunicado para divulgação dos resultados, visando organização de evento aberto ao público na UFF e/ou evento no município em 2015.

(13)

5

CRONOGRAMA DE PROJETO DE ESTUDO DE CASO

Etapas de elaboração de Projeto de Estudo de Caso

2° Semestre de 2014 Ago Set Out Nov 2015 Objetivos e metas de desenvolvimento na agenda global

pós-2015, para temas específicos por grupo de estudo x

Situação global pelo documento técnico da ONU x x

Situação na Agenda de Oito Objetivos do Milênio até 2015 no

Município x x

Situação do Município no IDHM x x

Situação do Município no Cidades@ - x x

Projetos de Lei no Senado Federal e na Câmara Federal no

tema específico x x

Políticas Nacionais implementadas na Agenda 21 Brasileira no

tema específico x x

Situação na Agenda de Oito Objetivos do Milênio até 2015 no

Município no tema específico x x

Programas de Políticas Públicas no PPA 2011-2015 no tema

específico x x

Existência de Instrumentos de Planejamento de Políticas

Públicas Municipais, com base na Pesquisa MUNIC, do IBGE x x Situação do Município no Diagnóstico e Diretrizes da Agenda

21 Local para o tema específico x x

Preparação de Resumo Informativo de 250 a 500 palavras para

difusão de trabalho acadêmico x x

Produção de Relatório Final de Projeto x

(14)

6

V I V I A N N E R A M O S L I M A E C O L E G A S :

O D S 2 E M U N I C Í P I O D E I TA B O R A Í

FICHA DE ESTUDO DE CASO

Objetivo de Desenvolvimento Sustentável no Documento Final do Grupo de Trabalho Aberto da ONU

Objetivo 2: Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável.

Município objeto de estudo de

caso Itaboraí - RJ

Equipe de Estudantes Participantes

Matrícula Nome Completo Email @id.uff.br

112095018 Marianna de Barros Amorim mariannaamorim@id.uff.br

112095020 Pamela de Miranda Natividade pamelamiranda@id.uff.br

112095028 Thalita da Fonseca Rodrigues thalitarodrigues@id.uff.br

(15)

7

RESULTADOS

Seguem os resultados alcançados nas etapas de coleta e tratamento de dados do projeto de estudo de caso, sendo que tais etapas iniciaram sua aprendizagem a partir de agosto de 2014, com alguns resultados concluídos em agosto (08 e 29 de agosto), outros concluídos até 10 de outubro, outros concluídos até 07 de novembro e a última etapa de coleta de dados concluída até 25 de novembro. A produção de resumos/artigos para submissão em periódicos e anais de eventos está prevista para o mês de dezembro, de acordo com os resultados alcançados e futuros desdobramentos em novos projetos de pesquisa, extensão, estágio e trabalho de conclusão de curso.

BREVE APRESENTAÇÃO SOBRE O MUNICÍPIO

Berço de importantes personalidades da história e da cultura nacional, Itaboraí ainda se destaca pela beleza e imponência de seus monumentos arquitetônicos, remanescentes dos períodos colonial e imperial brasileiro. Nomes como o de João Caetano, considerado o maior teatrólogo brasileiro de todos os tempos; de Joaquim Manuel de Macedo, renomado escritor e autor do célebre romance ''A Moreninha"; dos governadores e ministros do Estado no século XIV: Visconde de Itaboraí, Alberto Torres e Duarte de Azevedo; do pintor colonial José Leandro; entre outros, destacam Itaboraí no cenário nacional e internacional.

Com uma arquitetura representativa dos séculos XVIII e XIV no Brasil, Itaboraí, que fora apelidada pelo Imperador Pedro II, como ''Pernanbuco Pequeno", devido a sua importância econômica na época. Possui significativos monumentos, alguns tombados como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, como as belíssimas ruínas do Convento de São Boaventura, a Igreja Matriz de São João Batista e o prédio da Prefeitura Municipal, sendo os dois últimos pertencentes ao Centro Histórico de Itaboraí, atual Praça Marechal Floriano Peixoto. A Igreja de N.ª S.ª da Conceição, em Porto das Caixas, onde a imagem do Cristo Crucificado teria sangrado em 1968, é o principal ponto de visitação turística de Itaboraí, atraindo milhares de visitantes.

ANOS MARCANTES NA HISTÓRIA DO MUNICÍPIO

1567: Fundação da Vila de Santo Antonio de Sá, a primeira do recôncavo do Rio de Janeiro; 1660: Começa a construção do Convento de São Boaventura;

1671: Inauguração da Capela de São João Batista e Fundação de Itaboraí; 1684: Já em ruínas, a Capela é substituída por outra;

1808: Nasce em Itaboraí, no dia 27 de janeiro, o teatrólogo João Caetano; 1827: Inauguração do Teatro João Caetano;

1929: Uma epidemia de malaria denominada “Febres de Macacu” ocasiona a extinção da freguesia de Santo Antonio de Sá;

1833: No dia 15 de Novembro Itaboraí é elevada a categoria de Vila;

1860: Construída a estrada de ferro ligando o município de Cantagalo a Itaboraí.

A origem está relacionada à história da extinta Vila de Santo Antônio de Sá ou Vila de Santo Antônio de “Macacu”, como também era conhecida, que tem sua origem em 1567.

(16)

8

O desbravamento do território remonta à época da fundação de São Sebastião do Rio de Janeiro, quando foram doadas, nas circunvizinhanças, sesmarias onde se instalaram lavouras de cana-de-açúcar e engenhos de açúcar e aguardente. Estabelecidas as sesmarias, surgiu um povoado, ligado à Vila de Santo Antônio de Sá, servindo de matriz a capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição, na Fazenda de Iguá, atual Venda das Pedras, propriedade de João Correia.

A fundação de Itaboraí ocorreu em 1672, com a inauguração de uma capela dedicada a São João Batista, substituída por outro templo em 1684.

De 1700 a 1800, a freguesia de São João de Itaboraí apresenta um notável desenvolvimento. Em 1778, era a mais importante da Vila de Santo Antônio de Sá, considerada um grande centro agrícola. Em 1780, grande parte do açúcar produzido pelos 80 engenhos das freguesias próximas era embarcado em caixas de madeira nos 14 barcos pertencentes ao porto (daí o nome "Porto das Caixas").

Em 1829, a Freguesia São João de Itaboraí foi atingida por uma epidemia de malária, causando muitas mortes e grande prejuízo para a região. Em 15 de janeiro de 1833, através de um Decreto Imperial, a freguesia foi elevada à categoria de Vila e, a 22 de maio do mesmo ano, instalou-se a primeira Câmara de Vereadores.

A partir de 1850, os transportes fluviais foram gradualmente substituídos pelos ferroviários e, em 23 de abril de 1860, com a inauguração do primeiro trecho da Estrada de Ferro Niterói-Cantagalo, Itaboraí consolidou a sua importância econômica, pois recebia toda a produção de gêneros do Norte Fluminense pela ferrovia e a enviava em embarcações pelo rio Aldeia até o rio Macacu (e deste para a Baía de Guanabara para ser comercializada). Contudo, a Vila de Santo Antônio de Sá, começou a entrar em decadência, pois perdia a sua condição de entreposto comercial.

Em 5 de julho de 1874 foi inaugurada a Estrada Ferro-Carril Niteroiense, partindo de Maruí, em Niterói, até Porto das Caixas. A estrada fazia a ligação de Nova Friburgo e Cantagalo diretamente ao porto da capital da província, substituindo o transporte fluvial realizado através de Porto das Caixas. A construção da estrada foi uma das principais causas do seu declínio e, por conseqüência, ao da Vila de São João de Itaboraí – este também agravado pela libertação dos escravos, que levou muitos fazendeiros à falência.

Atualmente se encontra o Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro – COMPERJ na região de Itaboraí. Um dos maiores empreendimentos petroquímicos, com altos investimentos. Possuirá refinaria, central petroquímica, plantas industriais de segunda geração.

Com olhar crítico, devem ser analisados não somente o aspecto econômico do complexo, mas também os aspectos socioambientais da região para então ocorrer um desenvolvimento, e não apenas um crescimento. Contribuindo para a busca de uma harmonia local entre os diversos setores e interesses do presente Município.

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Figura 3: Imagem aérea da região do Centro do Município de Itaboraí

DIMENSÃO FATORES CRÍTICOS SOCIOECONÔMICOS E AMBIENTAIS DO OBJETIVO DA AGENDA GLOBAL DE DESENVOLVIMENTO APLICADO AO CONTEXTO DO

MUNICÍPIO

OBJETIVOS E METAS DE DESENVOLVIMENTO NA AGENDA GLOBAL PÓS-2015, PARA TEMAS ESPECÍFICOS POR GRUPO DE ESTUDO

Objetivo 2: Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável

Metas:

2.1 até 2030, acabar com a fome e garantir o acesso de todas as pessoas, em particular os pobres e pessoas em situações vulneráveis, incluindo crianças, a alimentos seguros, nutritivos e suficientes durante todo o ano.

2.2 até 2030, acabar com todas as formas de desnutrição, incluindo atingir até 2025 as metas acordadas internacionalmente sobre desnutrição crônica e desnutrição em crianças menores de cinco anos de idade, e atender às necessidades nutricionais dos adolescentes, mulheres grávidas e lactantes e pessoas mais velhas.

2.3 até 2030, dobrar a produtividade agrícola e os rendimentos dos pequenos produtores de alimentos, particularmente das mulheres, povos indígenas, agricultores familiares, pastores e pescadores, inclusive por meio de acesso seguro e igual à terra, outros recursos produtivos e insumos, conhecimento, serviços financeiros, mercados e oportunidades de agregação de valor e de emprego não-agrícola.

2.4 até 2030, garantir sistemas sustentáveis de produção de alimentos e implementar práticas agrícolas resistentes, que aumentem a produtividade e a produção, que ajudem a manter os ecossistemas, que fortaleçam a capacidade

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de adaptação às alterações climáticas, às condições meteorológicas extremas, secas, inundações e outros desastres, e que melhorem progressivamente a qualidade da terra e do solo.

2.5 até 2020, manter a diversidade genética de sementes, plantas cultivadas, animais de criação e domesticados e suas respectivas espécies selvagens, inclusive por meio de boa gestão de bancos de sementes e plantas diversificadas em nível nacional, regional e internacional, e garantir o acesso e a repartição justa e equitativa dos benefícios decorrentes da utilização dos recursos genéticos e conhecimentos tradicionais associados, como acordado internacionalmente.

2.a aumentar o investimento, inclusive via o reforço da cooperação internacional, em infraestrutura rural, pesquisa e extensão de serviços agrícolas, desenvolvimento de tecnologia, e os bancos de genes de plantas e animais, para aumentar a capacidade de produção agrícola nos países em desenvolvimento, em particular nos países menos desenvolvidos.

2.b corrigir e prevenir as restrições ao comércio e distorções nos mercados agrícolas mundiais, incluindo a eliminação paralela de todas as formas de subsídios à exportação e todas as medidas de exportação com efeito equivalente, de acordo com o mandato da Rodada de Desenvolvimento de Doha.

2.c adotar medidas para garantir o bom funcionamento dos mercados de commodities de alimentos e seus derivados, e facilitar o acesso oportuno à informação de mercado, incluindo sobre as reservas de alimentos, a fim de ajudar a limitar a extrema volatilidade dos preços dos alimentos.

SITUAÇÃO GLOBAL PELO DOCUMENTO TÉCNICO DA ONU

A Rio+20, um evento que acontece de tempos em tempos, onde vários países se reúnem para tratar de problemas como fome, pobreza e questões ambientas, resultou em um documento – “O Futuro que Queremos” – que apresenta Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). O objetivo maior entre estes é alcançar todas as pessoas do planeta para gerar mudanças de pensamento e atitude, em diversos sentidos, que levem a uma melhor qualidade de vida. Quando todos nós estivermos andando na mesma direção, falando em uma só voz e olhando com a mesma visão, alcançaremos o desenvolvimento.

Dentre estes objetivos, destacou-se o Objetivo 2: “Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição, e promover a agricultura sustentável”. Com base no Documento Final – Grupo de Trabalho Aberto para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, apresenta-se a seguir um resumo das metas que foram propostas para alcançar o Objetivo citado.

Para se alcançar o objetivo de acabar com a fome, garantir a segurança alimentar e melhoria da nutrição, promovendo a agricultura sustentável, temos como metas que até 2020 se mantenha a variedade genética de sementes, plantas e animais (criados em casa ou que vivam em seu ambiente natural), fazendo um bom uso regional, nacional e internacional, principalmente dos bancos de sementes e das diferentes plantas. Garantindo acesso e divisão dos benefícios, da utilização dos recursos e dos conhecimentos tradicionais adquiridos, de forma igual internacionalmente.

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Até 2030, existem diversas metas, a primeira listada no documento final, é de acabar com a fome e garantir o acesso suficiente de todas as pessoas, em particular os pobres e pessoas de baixa renda, incluindo crianças, à alimentos seguros e saudáveis durante todo o ano.

Outra meta que deverá ser comprida até 2030 é a de acabar com todas as formas e tipos de desnutrição e garantir que os adolescentes, as mulheres grávidas, os bebês em período de amamentação e pessoas mais velhas tenham suas necessidades nutricionais atendidas. Sendo que as metas sobre desnutrição crônica e a desnutrição em crianças menores de cinco anos devem ser cumpridas até 2025, como foi combinado com outros países.

Em relação à agricultura deverá ser dobrada a produtividade e lucro dos pequenos produtores de alimentos, principalmente das mulheres, índios, famílias de agricultores, pastores e pescadores, por meio de acesso seguro e bem dividido da terra, de outros meios produtivos e elementos necessários para produzir, conhecimento, serviços de ajuda financeira, mercados e oportunidades beneficiárias e de empregos que não estejam relacionados a agricultura, isto tudo também até 2030.

A última meta com prazo até 2030, é de garantir sistemas sustentáveis de produção de alimentos, ou seja, sistemas que aumentem a produtividade e a produção; que não sejam agressivos ao meio ambiente natural (ecossistema) no qual está inserido, mas que contribua para o enriquecimento dia-a-dia do solo; e que tenham a capacidade de adaptação à possíveis alterações do clima (períodos de seca, inundações, etc).

Existe a necessidade de que sejam aumentados os investimentos em infraestrutura rural, pesquisa e extensão de serviços agrícolas; desenvolvimento de tecnologia e dos bancos de sementes e animais; para que seja ampliada a produção agrícola em países em desenvolvimento, principalmente nos menos desenvolvidos.

Maior apoio do Governo a facilitar ou restringir as trocas de produtos agrícolas nacionais e internacionais, incluindo a eliminação de todas as formas secundárias de contribuição financeira à exportação.

Por fim, é necessário que sejam adotadas medidas para garantir o bom funcionamento do mercado de commodities de alimentos (mercadorias que são produzidas por diferentes produtores, mas possuem mesmas características, sendo produzidas em larga escala e comercializadas no mundo inteiro) e seus derivados, facilitando o acesso à informação de mercado, incluindo sobre as reservas de alimentos, para que limite a grande variação e inconstância dos preços dos alimentos.

SITUAÇÃO NA AGENDA DE OITO OBJETIVOS DO MILÊNIO ATÉ 2015 NO MUNICÍPIO

A Organização das Nações Unidas – ONU analisou os maiores problemas mundiais em 2000, e então, estabeleceu Oito Objetivos do Milênio a fim de melhorar a qualidade de vida, e estes devem ser atingidos por todos os países até 2015. No Brasil, tais objetivos são chamados: 8 jeitos de mudar o mundo.

As imagens e gráficos abaixo referem-se ao Objetivo 1 da Agenda de Oito Objetivos do Milênio no município de Itaboraí. Como podemos ver no gráfico abaixo, a desnutrição em Itaboraí começou a declinar em 2001, com uma queda drástica, porém podemos observar um leve crescimento novamente em 2012, onde não é de se esperar o resultado.

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Gráfico 1: Proporção de crianças menores de 2 anos desnutridas – 1999-2013

Gráfico 2: Evolução da Meta 2 – Reduzir pela metade, até 2015, a proporção da população que sofre de fome.

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SITUAÇÃO DO MUNICÍPIO NO IDHM

Os gráficos abaixo mostram a evolução do Município entre os anos de 1991 a 2010, no que diz respeito ao Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). Para a medição de tal índice leva-se em consideração o Índice de desenvolvimento humano, a renda, a longevidade e a educação. A variação do índice é de 0 a 1, sendo quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano local.

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Gráfico 4: Situação do Município no IDHM no ano de 2010.

Nos gráficos abaixo podemos perceber o crescimento do IDHM no município de Itaboraí ao longo dos anos, porém seu IDHM nunca foi o ideal. O IDHM de Itaboraí em 2010 estava em 0,693 estando assim na faixa média, quase em alta taxa de desenvolvimento humano. Em comparação com os anos de 1991 e 2000 analisamos que o índice que mais teve aumento foi o da educação e que menor se expandiu foi o de Renda. Já no ano de 2010, como mostra o gráfico acima, a educação continuou sendo o maior índice de crescimento comparado ao ano de 2000. Logo, percebemos que o Município evoluiu de 0,415 a 0,693 em relação ao IDHM entre os anos de 1991 e 2010, respectivamente, e nas outras três dimensões o Município também evoluiu, revelando, então, que o Município tem avançado para o desenvolvimento, proporcionando melhor renda, melhor qualidade de vida e acesso à educação à população local. Ressaltando que há necessidade de se aumentar o índice em todas as dimensões.

SITUAÇÃO DO MUNICÍPIO NO CIDADES@

O Cidades@ é uma ferramenta oferecida através do site do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística para se obter informações à respeito de todos os municípios do Brasil.

Através da busca pelo Município de Itaboraí, encontramos a Figura 4 que sintetiza dados gerais sobre o Município, como população atual e população estimada; área em km²; densidade demográfica; atual prefeito, etc.

Buscas mais específicas podem ser realizadas através do site (endereço eletrônico: http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=330190), como Censo Agropecuário, Censo Demográfico, Número de Matrículas e Docentes da localidade, Mapa de Pobreza e Desigualdade, etc.

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Figura 4: Valores sobre População estimada do Município até 2014; População em 2010; Área da unidade territorial (km²); Densidade demográfica (hab/km²); Código do Município no Cidades@; nome do atual Prefeito da cidade.

 Informações relevantes do Município - @Cidades – IBGE

Figura 5: Censo demográfico de 2010:

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Figura 6: Pirâmide demográfica de Itaboraí.

DIMENSÃO FATORES CRÍTICOS EM POLÍTICAS PÚBLICAS E CAPACIDADE INSTITUCIONAL APLICADAS AO CONTEXTO NACIONAL E MUNICIPAL

PROJETOS DE LEI NO SENADO FEDERAL E NA CÂMARA FEDERAL NO TEMA ESPECÍFICO

Nas tabelas abaixo serão informadas os Projetos de Lei do Senado Federal e da Câmara Federal respectivamente, mostrando quais Projetos de Lei foram encontrados relacionados à fome, agricultura e á pesca, assuntosa relacionados com o nosso objetivo do da Agenda Global.

PROJETOS DE LEI DO SENADO FEDERAL

NÚMERO ANO AUTOR EMENTA

SF PLS 51 2008 Senador Marcelo Crivella Institui Nacional a Política de Abastecimento.

SF PLS 240 2014 Senadora Ana Rita Disciplina o Programa de Aquisição de Alimentos - PAA.

SF PLS 90 2014 Senador Roberto Requião e outros Declara social, para fins de de interesse desapropriação destinada

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à reforma agrária, as áreas rurais que ladeiam os eixos rodoviários federais, os leitos das ferrovias nacionais, e as terras beneficiadas ou recuperadas por investimentos da União em obras de irrigação, drenagem, açudagem, e outras espécies de melhoramentos, que não estejam cumprindo sua função social, e dá outras providências.

SF PLS 94 2014 Senador Mário Couto

Altera a Lei nº 11.959, 29 de junho de 2009, que dispõe sobre a Política

Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura e da Pesca e regula as atividades pesqueiras no País e dá outras providências.

SF PLS 135 2014 Senador Nascimento Alfredo

Altera a Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1996, para exigir que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA avalie anualmente a presença e a toxicidade de agrotóxicos

nos alimentos

consumidos no Brasil.

PROJETOS DE LEI DA CÂMARA FEDERAL

NÚMERO ANO AUTOR EMENTA

PL 7965 2014 Valmir Assunção - PT/BA

Modifica a redação dos artigos 3º e 10 da Lei nº 4.829, de 5 de novembro de 1965, para incluir como objetivo específico do crédito rural a produção de produtos agropecuários destinados à alimentação humana.

PL 6867 2013 Arnaldo Jardim - PPS/SP

Institui e estabelece diretrizes para a Política Nacional de Erradicação da Fome e de Promoção da Função Social dos Alimentos - PEFSA, fundamentada em uma sociedade fraterna, justa e solidária.

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POLÍTICAS NACIONAIS IMPLEMENTADAS NA AGENDA 21 BRASILEIRA NO TEMA ESPECÍFICO

Um dos principais empreendimento da Petrobras está situado no Município de Itaboraí e a partir de 2013 era para ter entrado em operação. Desde os primeiros momentos de implantação do empreendimento, este já vem alterando perfil socioeconômico e ambiental da cidade.

Como medida de compensação, visando o estabelecimento de um relacionamento positivo com as comunidades sob influência direta das operações, a Petrobras desenvolveu uma metodologia para a Agenda 21 Local no Município.

Como ações na região, a Petrobras desenvolveu diversos planos e programas como medidas compensatórias e de responsabilidade ambiental e social.

Buscando um link com a implantação da Agenda 21 Local e o Objetivo do presente Estudo, encontramos os Projetos Sociais descritos abaixo:

PL 7083 2014 Alceu PMDB/RS Moreira - Dispõe sobre a produção de polpa e suco de frutas artesanais em estabelecimento familiar rural e altera a Lei nº 8.918, de 14 de julho de 1994.

PL 6054 2013 Padre João - PT/MG

Acrescenta parágrafo único ao art. 106 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, para permitir que a apresentação da Declaração de Aptidão ao Pronaf - DAP, emitida e registrada nos termos estabelecidos pelos órgãos federais competentes, constitua instrumento hábil de identificação e dispensa o pescador artesanal da comprovação da arqueadura bruta da embarcação para efeito de enquadramento como segurado especial do Regime Geral de Previdência Social.

PL 6856 2013 Ana Rita - PT/ES

Altera o art. 14 da Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009, para incluir grupos formais e informais de mulheres da agricultura familiar entre aqueles com prioridade na aquisição de gêneros alimentícios no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), e para estabelecer que pelo menos 50% (cinquenta por cento) da venda da família será feita no nome da mulher.

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Fonte: Agenda 21 Local – Itaboraí | pg. 147

PROGRAMAS DE POLÍTICAS PÚBLICAS NO PPA 2011-2015

O Plano Plurianual (PPA) é um instrumento previsto no art. 165 da Constituição Federal destinado a organizar e viabilizar a ação pública, com vistas a cumprir os fundamentos e os objetivos da República. Por meio dele, é declarado o conjunto das políticas públicas do governo para um período de quatro anos e os caminhos trilhados para viabilizar as metas previstas, construindo um Brasil melhor.

O PPA orienta o Estado e a sociedade no sentido de viabilizar os objetivos da República. O Plano apresenta a visão de futuro para o País, macrodesafios e valores que guiam o comportamento para o conjunto da Administração Pública Federal. Por meio dele o governo declara e organiza sua atuação, a fim de elaborar e executar políticas públicas necessárias. O Plano permite também, que a sociedade tenha um maior controle sobre as ações concluídas pelo governo.

A seguir apresenta-se o Programa 2012: Agricultura Familiar o qual, de acordo com o tema pertinente, foi o que ressaltamos dentro do Plano Plurianual 2011-2015. São apresentados os seguintes dados: Indicadores, Objetivos e Metas.

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SITUAÇÃO DO MUNICÍPIO NO DIAGNÓSTICO E DIRETRIZES DA AGENDA 21 LOCAL

Abaixo seguem seções da Agenda 21 Local do município no Plano Local de Desenvolvimento Sustentável quanto ao diagnóstico sobre a situação atual e sobre diretrizes recomendadas para políticas em aspectos que são pertinentes ao tema específico de estudo de caso.

AGRICULTURA

 Capacitação do produtor rural

1) Elaborar projetos técnicos que fortaleçam os arranjos produtivos locais.

2) Realizar cursos de capacitação e qualificação profissional para o uso de novas tecnologias voltadas para o desenvolvimento sustentável e utilização de maquinário.

3) Formar profissionais de agronomia e veterinária para prestar apoio técnico aos produtores rurais. 4) Construir novas escolas técnicas rurais.

 Melhoria das condições de trabalho dos pequenos e médios produtores rurais 1) Buscar subsídios para fortalecer as cooperativas agrícolas locais.

2) Disponibilizar um serviço de atendimento ao produtor rural que garanta maior produtividade e custos mais baixos.

3) Viabilizar o acesso ao financiamento de pequenos e médios produtores, desde que estejam legalmente aptos a receber as linhas de crédito.

4) Desenvolver cadeias produtivas locais associadas á criação de Sistemas Agroflorestais (SAF)

5) Fornecer maior assistência ao pequeno e médio produtor rural (apoio técnico, capacitação,infraestrutura) 6) Desenvolver mecanismos que estimulem a organização das cadeias produtivas rurais locais.

7) Criar um programa voltado ao desenvolvimento rural sustentável por intermédio da Secretaria Municipal de Agricultura.

8) Criar e executar projetos que visem melhorar as condições de habitação e trabalho de pequenos e médios produtores rurais, fixando-os no campo.

9) Estabelecer parcerias com o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural e o Fórum da Agenda 21 Local para a implantação de programas de capacitação e qualificação dos trabalhadores e empregadores rurais, promovendo novos conhecimentos técnicos e culturais.

 Estratégias para escoamento da produção agrícola 1) Criar Sacolões Volantes

2) Instalar centrais de abastecimento e entrepostos municipais para escoamento da produção no campo. 3) Definir um local apropriado ao funcionamento do Mercado do Produtor Rural.

4) Estimular as feiras distritais dos produtores rurais. 5) Ativar o Mercado do Produtor.

 Diversidade da produção agrícola local 1) Promover a citricultura local

2) Ampliar a produção de plantas ornamentais visando tornar o município o maior produtor do estado. 3) Divulgar a existência de propriedades rurais que produzem plantas ornamentais.

4) Buscar apoio técnico junto aos produtores de Holambra(São Paulo), visando melhores resultados quanto á produção de flores ornamentais e de corte.

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5) Realizar cursos, seminários e palestras para auxiliar os pequenos apicultores da região.

6) Fornecer maiores incentivos fiscais aos produtores rurais, buscando melhorias no cultivo de flores e de plantas ornamentais e de corte.

7) Fomentar a captação de recursos financeiros para auxiliar a apicultura e agricultura em geral.  Minimização de problemas associados ao uso de agrotóxicos

1) Informar os produtores agrícolas sobre os efeitos negativos da manipulação de agrotóxicos.

2) Realizar ações que estimulem os produtores rurais a utilizar técnicas agrícolas orgânicas em suas propriedades.

3) Assegurar maior fiscalização da manipulação de agrotóxicos nas propriedades rurais.

4) Cumprir a lei que prevê a devolução das embalagens de agrotóxicos ao comerciante e seu correto encaminhamento para descarte.

 Melhoria da qualidade dos produtos agrícolas

1) Realizar convênios de apoio técnico junto aos centros de pesquisa (ex: Universidade Federal Fluminense, Universidade Rural do Rio de Janeiro)

2) Ampliar a fiscalização da Vigilância Sanitária, visando fornecer produtos agrícolas de boa qualidade. 3) Criar um selo de qualidade para atestar a procedência dos produtos agrícolas.

 Incentivo aos benefícios da agricultura orgânica

1) Elaborar programasvoltado ao desenvolvimento da agricultura sustentável e o uso eficiente do solo e dos recursos naturais.

2) Ampliar a produção de produtos orgânicos mediante capacitação dos agricultores e campanhas educativas.

3) Ampliar os programas de divulgação da importância do consumo de alimentos orgânicos.

EXISTÊNCIA DE INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO DE POLÍTICAS PÚBLICAS MUNICIPAIS, COM BASE NA PESQUISA MUNIC, DO IBGE.

Abaixo se encontram as tabelas comprovando a existência de Instrumentos de Planejamento de Políticas Públicas Municipais, com base na Pesquisa MUNIC, do IBGE, foram encontrados legislações e instrumentos de planejamento no município de Itaboraí.

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RESUMO INFORMATIVO

A Organização das Nações Unidas – ONU elaborou Objetivos de Desenvolvimento Sustentável a serem alcançados pelas nações até o ano de 2030, e para isso, no ano de 2000, foram estabelecidos pela ONU os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), os quais foram assinados por 189 países-membros da ONU. Os Objetivos têm o propósito de gerar grandes progressos em fatores relacionados ao desenvolvimento das nações, e são divididos em oito grandes grupos: Erradicar a pobreza extrema e a fome; Atingir o ensino básico universal; Promover a igualdade de gênero e empoderamento das mulheres; Reduzir a mortalidade infantil; Melhorar a saúde materna; Combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças; Garantir a sustentabilidade ambiental; e Estabelecer uma parceria global para o desenvolvimento. A partir disso, o presente estudo de caso foi realizado por estudantes do Curso de Bacharelado em Ciência Ambiental, da Universidade Federal Fluminense, e teve como objetivo analisar o desenvolvimento do Município de Itaboraí, localizado no Estado do Rio de Janeiro, no que diz respeito ao alcance do Objetivo 2 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Documento Final do Grupo de Trabalho Aberto da ONU, o qual é: Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável, no Município de Itaboraí – RJ, e buscar sugestões de Políticas Públicas, a nível municipal, que auxiliem no cumprimento das metas propostas para alcançar o objetivo. A metodologia utilizada para a melhor compreensão, desenvolvimento e então conclusão do estudo, foi através de levantamento de dados em fontes secundárias, em sites como o da ONU, do IBGE, da Agenda 21, entre outros. A análise dos resultados possibilitou a chegada de conclusão que o Município de Itaboraí vem evoluindo nos Objetivos do Milênio e em alguns casos, superou as metas propostas, por exemplo: Reduzir pela metade, até 2015, a proporção da população que sofre de fome. Com base na Agenda 21 Local, Itaboraí conseguiu avanços consideráveis no âmbito da agricultura sustentável e segurança alimentar. Políticas Públicas já implantadas também possibilitaram avanços no setor rural, como apoio aos pequenos produtores. Entretanto, ainda há necessidade de outras Políticas Públicas para manutenção das famílias no campo e enraizamento da política de assentamento de terras em Itaboraí é uma problemática a ser enfrentada também, e outros desafios como atender a demanda de mercado em relação à produção alimentícia.

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CONCLUSÃO

Resgatando-se a questão problema objeto de estudo de caso ‘O que as políticas públicas podem fazer para a implementação de objetivos e metas de desenvolvimento sustentável na agenda global pós-2015?’, o grupo avalia que o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável: “Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável” estudado, de acordo com os dados coletados em fontes secundárias e primárias, apresenta os seguintes avanços e desafios ou limites, nas escalas global, nacional e municipal.

ESCALA GLOBAL

AVANÇOS ALCANÇADOS

A seguir, seguem algumas notícias que retratam os avanços alcançados a nível global no que diz respeito ao combate à fome.

 NOTÍCIAS

Figura 7: O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, cumprimenta soldados somalis.

(Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/10/onu-pede-fundos-para-evitar-nova-crise-de-fome-na-somalia.html

Podemos encarar tal fato de pedido de auxílio para evitar que ocorra nova crise de fome na Somália, como um avanço. No sentido de que podemos acreditar que a ideologia está sendo mudada, e também, que as pessoas podem estar se preocupando mais com o próximo, pois, essa percepção da necessidade de se precaver é de suma

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importância para o desenvolvimento. O olhar ampliado - podemos dizer também: a macrovisão - é um dos instrumentos que nos auxilia quando pensamos em desenvolvimento sustentável. Ressaltando que ainda temos muito que avançar, pois, o objetivo principal é não haver necessidade de se precaver, tendo em vista que a questão da fome acabará.

Figura 8: Imagem principal de reportagem do Jornal Online R7.

(Fonte: http://noticias.r7.com/internacional/fotos/no-dia-mundial-da-erradicacao-da-pobreza-relatorio-da-fao-destaca-avancos-contra-a-fome-17102014#!/foto/1)

Em um relatório divulgado em outubro do corrente ano pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura – FAO, mostra que o número de pessoas que passam fome diminui em todo mundo na última década. A Organização ainda ressaltou que sete países se destacaram pelos esforços na luta contra fome e alguns destes saíram do mapa de fome em 2014, sendo eles: Brasil, Bolívia, Haiti, Indonésia, Madagascar, Malauí, etc. Porém, ainda existem cerca de 805 milhões de pessoas que vivem na miséria e sem acesso à segurança alimentar.

DESAFIOS OU LIMITES

Ainda existem muitos desafios a serem superados e metas a serem alcançadas para diminuir ou exterminar a problemática da fome no mundo, ou seja, para exterminarmos a crise mundial da fome. Como citado anteriormente, e também na reportagem abaixo, ainda existem inúmeras pessoas que passam fome no mundo.

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 NOTÍCIAS

Figura 9: Imagem encontrada na reportagem publicada pelo Jornal G1.

(Fonte: http://www.amambainoticias.com.br/mundo/1-bilhao-de-pessoas-passam-fome-no-mundo)

Esta reportagem vem ressaltando o objetivo principal do presente estudo, enfatizando a necessidade de buscar meios e estabelecer metas para atingi-lo o quanto antes. Existe a necessidade de movimentação social e política, a fim de instituir Políticas Públicas que defendam e atendam o direito da sociedade. Direitos estes que são básicos, e por vezes não é adquirido por diversas comunidades. Portanto, fica o questionamento: Será que isso é um problema “distante” por acontecer em outras nações? Ou será que mesmo do outro lado do globo, esse cenário também faz parte do nosso modo de vida?

ESCALA NACIONAL

AVANÇOS ALCANÇADOS

Na Agenda 21 Brasileira, no tópico de Desenvolvimento sustentável do Brasil rural, há entre suas ações uma que chamou bastante a atenção, sendo ela:

Promover a parceria da União com os estados e os municípios nas políticas de desenvolvimento rural, mediante: incentivos à diversificação das atividades econômicas, a

começar pela diversificação dos sistemas produtivos do setor agropecuário; incentivos à participação local no processo de zoneamento ecológico-econômico; incentivos ao surgimento de articulações locais participativas, tanto municipais como intermunicipais; incentivos à valorização da biodiversidade, ao aproveitamento da biomassa e à adoção de

biotecnologias baseadas no princípio da precaução; incentivos à expansão e ao fortalecimento das empresas de pequeno porte de caráter familiar, a começar pela agricultura

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A promoção da referida parceria é de extrema importância para o avanço do país como um todo. Na microescala, ou seja, nos Municípios há necessidade de apoio dos entes governamentais, principalmente, por questões de subsídios para implementar e manter Projetos/Programas. Abaixo, segue outra ação que seria de suma importância para o desenvolvimento local, gerando benefícios também à esfera nacional:

 Incentivar, por meio das políticas de desenvolvimento rural da União e dos estados, os municípios de pequeno e médio porte a formarem articulações intermunicipais microrregionais com o objetivo de valorizar o território que compartilham; seja mediante pactos informais, associações e consórcios, ou pela criação de agências microrregionais de desenvolvimento.

A implementação de Políticas Públicas são fundamentais para garantir e assegurar os direitos dos cidadãos. Portanto, há extrema necessidade de movimentação e articulação da sociedade civil, principalmente, para atingir objetivos e benefícios coletivos.

DESAFIOS OU LIMITES

No Brasil, ainda há muito desafios a serem enfrentados. Como citado acima, atualmente saímos do mapa de países que enfrentam a crise da fome. Mas em reportagem publicada na Revista Exame.com, vemos que a FAO ressalta que o desafio principal agora é manter o Brasil fora desde cenário.

Figura 10: Imagem de reportagem publicada na Revista Exame.com

(Fonte: http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/desafio-agora-e-manter-brasil-fora-do-mapa-da-fome-diz-fao)

Destacamos também, outra reportagem que retrata um dos casos recorrentes no Brasil: a falta de merenda nas escolas públicas.

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Figura 11: Imagem de reportagem publicada no Jornal G1.

(Fonte: http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2014/10/sem-merenda-criancas-enganam-fome-com-frutas-em-escola-de-codo.html)

“Sem merenda escolar, crianças que estudam na escola pública Novo Horizonte, localizada no povoado Corujão, na zona rural de Codó (leste do Maranhão), estão levando frutas como manga ou caju para enganar a fome na hora do recreio. Segundo os pais dos alunos, há um ano o lanche não é oferecido na unidade de ensino.”

Esta é uma questão que necessita de um olhar especial, além da problemática de desvio de verba, temos a questão de direitos básicos que não estão sendo adquiridos. Uma possível solução, além da mudança de ideologia e atitude por parte dos governantes, seria o investimento e apoio à agricultura local e regional, e até mesmo uma horta na escola, onde existissem Projetos que envolvam os alunos na produção orgânica de alimentos e que garantam a merenda escolar nos dias letivos.

ESCALA MUNICIPAL

AVANÇOS ALCANÇADOS

Com base na Agenda 21 Local, Itaboraí conseguiu avanços consideráveis no âmbito da agricultura sustentável e segurança alimentar. Sendo assim, destacam-se os seguintes pontos:

Referências

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