M A R I A C R I S T I N A L O P E S
5 PASSOS PARA
POTENCIALIZAR O
APRENDIZADO NAS
Olá! Meu nome é Maria Cristina Lopes, sou psicóloga pela PUC-Rio e trabalho com a dança desde 2013. Em 2016 comecei a ensinar sobre esta área para outros psicólogos e
professores de dança. Já trabalhei com escolas de dança no Rio de Janeiro e faço atendimento clínico com bailarinos.
Muitas pessoas ainda não tiveram um primeiro contato com a psicologia da dança por isso gostaria de ser esta primeira ponte para você.
Este termo já existe há algumas décadas com origem inglesa. Os termos originais são “psychology of dance” e “dance psychology”.
Muitos profissionais e pesquisadores buscaram entender o funcionamento da mente, do cérebro e do comportamento na dança. A partir disso surgem muitos conteúdos específicos da psicologia da dança.
Ou seja, não basta conhecer a psicologia e simplesmente aplica-a à dança. É necessário um conhecimento aprofundado da psicologia da dança para realmente trabalhar na área. Pesquisadores encontraram respostas para muitas perguntas:
W W W . M A R I A C R I S T I N A L O P E S . C O M
E D I T O R I A L
DANÇA
M A R I A C R I S T I N A L O P E S
“Como pensam os bailarinos?”
“Como se dá o ensino e a aprendizagem na dança?”
“Quais questões envolvidas na escolha profissional pela dança?”
“De que maneira a dança pode ajudar diferentes pessoas?”
“Quais os transtornos psicológicos mais comuns em bailarinos?”
...entre muitas outras questões! Neste pequeno e-book gostaria de te convidar para conhecer 5 passos simples para potencializar o ensino e a
aprendizagem em sala de aula. Vamos lá?
Aprender a dançar depende de um conjunto de fatores. Para quem ensina, é sempre possível buscar apoio em técnicas que devem ser trabalhadas junto a uma boa didática. É uma dinâmica constante por parte dos professores na busca por formas de potencializar o aprendizado dos alunos. Quer saber como isso é possível?
Desafios de aprender a dançar
Todo aluno que decide aprender a dançar está cheio de
expectativas. Elas podem ser sobre a escola, professores e em relação ao próprio desempenho. Acontece que neste mesmo espaço onde mora a motivação também há um lugar para as frustrações. Elas podem ocorrer quando a realidade parece não corresponder ao esperado.
Por isso, evitar a perda de interesse é um desafio. Afinal, faz parte das tarefas do professor identificar as melhores formas de tornar as aulas atrativas e fornecer meios que facilitem o
aprendizado.
Com base em estudos científicos, selecionamos 5 passos que podem ser aplicados ao ensino da dança.
M A R IA C R IS T IN A L O P E S .C O M
I N T R O D U Ç Ã O
P S I C O L O G I A D A D A N Ç AEmbora o seu trabalho seja muito dinâmico, dedique um tempo para estudar teóricos que desenvolveram estudos sobre o aprendizado. Você pode encontrar apoio na pedagogia, por exemplo. Contudo, saiba que a busca por técnicas de aprimoramento de ensino permeiam diversas áreas e linhas de pesquisa.
As teorias ajudam a compreender o ensino de uma forma mais profunda. Através delas é possível buscar referências que podem aprimorar metodologias aplicadas. Da mesma forma, elas servem como suporte para buscar soluções e métodos mais adequados para cada caso.
M A R IA C R IS T IN A L O P E S .C O M
1 - B U S Q U E A P O I O
N A S T E O R I A S
2 - E N T E N D A A S
E T A P A S D E
A P R E N D I Z A G E M
Diversos estudos mostram que a aprendizagem passa por algumas etapas que incluem um amadurecimento durante o processo.
Respeitar estas fases é fundamental para garantir um resultado satisfatório.
O psicólogo e filósofo suíço, Jean Piaget – que deixou um profundo legado sobre processos de raciocínio - já falava sobre estas etapas. No conceito de esquemas desenvolvido por ele, são considerados aspectos sobre a forma de organização mental do conhecimento. Para entender melhor, pense em um aluno que observa um novo movimento. Depois desta etapa, que podemos chamar de
assimilação, ele começa a ajustar o equilíbrio corporal para colocar em prática o movimento. Ou seja – ele recebe informações
externas, relaciona aos esquemas internos e acomoda tudo para então desenvolver as habilidades.
Cada pessoa tem um tempo e desenvolve habilidades de maneira diferente. É possível que na mesma turma esteja alguém que memorize uma coreografia de forma imediata e outra pessoa que necessite de uma assistência maior.
Os alunos que precisam de mais auxílio por parte do professor ainda não ultrapassaram a Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), que nada mais é do que a zona de aprendizagem que ainda não é real e independente. Quando conhecemos a ZDP do aluno é possível atuar de forma mais eficaz nas correções ou em
dinâmicas de grupo. M A R IA C R IS T IN A L O P E S .C O M
3 - S A I B A
I N C E N T I V A R A
I N D E P E N D Ê N C I A
D O A L U N O
P S I C O L O G I A D A D A N Ç A4 - C O N S I D E R E A
B A G A G E M D O S
S E U S A L U N O S
Uma das formas de aprendizagem é aquela que se dá a partir de conhecimentos prévios. Aqui, o esforço do educador deve ser no sentido de estabelecer uma relação entre o conteúdo que já foi aprendido e o conhecimento a ser adquirido.
Para obter bons resultados, no entanto, é preciso contextualizar o novo conhecimento com os conteúdos da mesma modalidade que já foram passados. O professor pode, ainda, se dedicar a conhecer os interesses do aluno para contextualizá-los com o ensino.
Além das teorias e métodos de ensino, algo fundamental para o aprendizado é a motivação. Contudo, para ter um aluno
motivado, é importante que ele acredite na própria capacidade de sucesso.
O professor pode ajudar neste processo propondo desafios motivacionais. No entanto, novamente é preciso estar atento ao perfil do aluno, pois um indivíduo que não acredita ser capaz de realizar uma determinada tarefa pode se sentir intimidado por uma atividade altamente desafiadora.
Uma boa dica é trabalhar para desconstruir expectativas irrealistas de perfeição. E você? Já experimentou alguma metodologia que se tornou fundamental na sua aula de dança?
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5 - E S T I M U L E A
M O T I V A Ç Ã O
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