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Utilização de Bateria Recarregável para Uso Contínuo em Lanterna Manual. Bio. Flávio da Costa Santos CEMIG Distribuição S.A

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Academic year: 2021

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21 a 25 de Agosto de 2006 Belo Horizonte - MG

Utilização de Bateria Recarregável para Uso Contínuo em Lanterna Manual

Bio. Flávio da Costa Santos

CEMIG Distribuição S.A

bay@cemig.com.br

Loides Jose de Melo

CEMIG Distribuição S.A

loides@cemig.com.br

RESUMO

Este trabalho tem por finalidade apresentar uma nova concepção para utilização de forma racional e ambientalmente sustentável, de bateria recarregável para uso contínuo em Lanterna manual, durante as atividades de operação e manutenção em redes de distribuição de energia elétrica.

A adaptação na bateria da lanterna manual tem por objetivo prover uma solução técnica, econômica e ambientalmente sustentável para a utilização das lanternas.

Do ponto de vista técnico e ambiental destacam-se os ganhos para a empresa:

- Desenvolvimento de prática adequada, eliminando o consumo de bateria de 6 v, não recarregável; - Aumento da vida útil das baterias;

- Redução da geração dos resíduos de baterias;

- Menores gastos com a aquisição de novas baterias não recarregáveis, substituindo-as por baterias recarregáveis;

- Satisfação do eletricista por ter um equipamento confiável e seguro; - Redução no consumo de recursos naturais;

- Demonstração da melhoria contínua dos processos de operação e manutenção em redes de distribuição de energia elétrica.

Portanto, a implantação dessa nova prática deverá reduzir ao mínimo o consumo de baterias descartáveis, com pequenos investimentos iniciais, reduzindo os gastos operacionais, além de estar alinhado com a Política ambiental da empresa.

PALAVRAS-CHAVE

Baterias, Impacto Ambiental1, Pasta best2, Resíduos3.

1Qualquer alteração no sistema ambiental físico, químico, biológico, cultural e sócio-econômico que possa ser atribuída a atividades humanas relativas às alternativas em estudo para satisfazer às necessidades de um projeto (CANTER, 1977). 2 Pasta best – espécie de pasta especial utilizada para solda em estanho com a finalidade de se ter maior aderência na base da lanterna.

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1. INTRODUÇÃO

Com o intuito de promover a melhoria contínua do Sistema de Gestão da Qualidade e a redução da quantidade de resíduos gerados dentro das instalações da CEMIG D, em 2004, foi desenvolvido um projeto piloto, fazendo a adaptação nas lanternas manuais. Essa adaptação consistiu na troca das baterias normais para o novo modelo de baterias recarregáveis, através da adequação nas lanternas anuais existentes. Diante do grande impacto ambiental, econômico e financeiro para a empresa, ao longo do ano de 2004, foram analisados os pontos positivos e negativos para a implantação da adaptação, sendo realizadas melhorias no conjunto adaptado. A opção encontrada permite um melhor desempenho e confiabilidade da lanterna, quando da necessidade do seu uso, geralmente em condições adversas, tais como chuva, locais de difícil acesso, área rural.

Abaixo destacam-se as vantagens para o seu uso: - Melhoria da Imagem da empresa perante a sociedade; - Menor impacto ambiental3 ao meio ambiente;

- Favorecimento na relação custo-benefício;

- Utilização das melhores práticas na condução e preservação do meio ambiente;

- Poupam-se os recursos naturais com a redução no uso desmesurado de baterias e pilhas e também em sua aquisição.

2. IMPLANTAÇÃO DA ADAPTAÇÃO NA ÁREA PILOTO NA CEMIG DISTRIBUIÇÃO A realidade de disposição, tratamento e responsabilidade sobre os resíduos industriais, são diretamente imputados ao gerador dos resíduos, neste caso, a CEMIG Distribuição.

Para a implementação e desenvolvimento dessa nova metodologia, que culminou com a menor geração de resíduos sólidos, foi observado a atuação de fotógrafos que utilizam, em sua rotina de trabalho, máquinas fotográficas com baterias recarregáveis de 7.25v para manter o flash de luz em funcionamento.

Depois da aquisição das novas baterias, das lanternas e dos fios, num total de 15 conjuntos, e depois de realizadas as adaptações necessárias, notaram-se que as lâmpadas das lanternas estavam queimando freqüentemente em um curto espaço de tempo.

Após um estudo detalhado sobre os valores de tensões das lâmpadas e baterias, chegou-se à conclusão que se deveria inserir uma resistência, pois a bateria usada anteriormente era de 6 v e agora tinha-se uma bateria que soltava, em seus terminais, 7,25v. Após a realização dos cálculos foi inserido um resistor de 0,68 Ω que fez aumentar a vida útil da lâmpada. Notou-se ainda, uma perda insignificante no fluxo luminoso da lâmpada.

A partir daí, foi desenvolvido um carregador de baterias para mantê-las com três saídas para três conjuntos de baterias para que, quando uma bateria estivesse na “carga”, outras estariam liberadas para uso.

3. CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO CARREGADOR

3.1. Descrição Geral

Esta etapa é de fundamental importância para o sucesso do projeto. Deve-se optar por um equipamento, de preferência robusto, protegido por fusíveis removíveis, quando possível, a fim de evitar a queima no caso de inversão de pólos.

Há facilidade para se realizar as conexões, devido à existência de garras para substituir a bateria, onde será inserida a nova carga.

A principal função do carregador é dar carga na bateria. Essa carga, dura em média, um tempo aproximadamente de 6 a 8 horas de carga. Sua base é confeccionada de compensado de madeira (detalhes no item 6). Sua tensão de trabalho é de 220 v ou 127 v na rede de tensão alternada (AC). É utilizada uma lâmpada para que o carregador não corra o risco de queima pela possibilidade de

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inversão dos pólos da bateria quando do seu carregamento. O carregador possui ainda as características: ser portátil, leve e de fácil locomoção; possui um indicador de sinalização de “bateria carregada”; a sinalização se dá através de uma lâmpada que, ao se colocar uma bateria na carga, acende e tem claridade intensa; quando a bateria esta totalmente carregada a luminosidade da lâmpada enfraquece; possui ainda, sinalização de polaridade descrita no aparelho e 3 boxes para a sua acomodação.

3.2. Principais Cuidados com as Baterias, os Descartes dos Resíduos e Critérios de Utilização Quando ocorre o fim da vida útil da bateria, a mesma é enviada para a coleta seletiva. Devem-se usar somente baterias seladas e de boa procedência, evitando materiais importados de baixa qualidade. Para soldar os resistores, deve-se usar uma pasta best1 para maior aderência na base da lanterna. Ao se

inserir a bateria na lanterna devem-se deixar as conexões para baixo, evitando-se, assim, um curto circuito nas partes metálicas da lanterna. Deve-se prover isolamento da base da lanterna a fim de aumentar a vida útil do conjunto. Recomenda-se o uso de lâmpada de 0.58v (kripton - modelo mais resistente).

3.3. Utilização do conjunto antigo e desvantagens

A lanterna usada nesse processo era de má qualidade, frágil, tinha alto consumo de bateria, custo alto (grande número de aquisições/mês), era descartável e tinha uma vida útil bem menor.

O interruptor da lanterna era do lado de fora do corpo da lanterna e, como ela ficava acomodada numa sacola atrás do banco do veículo, às vezes com o movimento do banco ou no trajeto do veículo de atendimento, a lanterna ligava sozinha e quando era utilizada já não tinha mais carga. Outra inconsistência da lanterna antiga era o seu sistema de tampa rosqueável, muito frágil e que, com o próprio peso da bateria, se soltava.

4. ANÁLISE ECONÔMICA

4.1. Análise Econômica do Sistema Antigo

Cada lanterna (modelo antigo) custava em 2004, R$27,00. Sua respectiva bateria custava na mesma época, R$19,00. A bateria durava, em média, 15 dias. Devido ao uso contínuo, nas escalas de revezamento no horário noturno, a cada 15 dias teria-se que colocar novas baterias nas lanternas. Com isto, gerava-se um grande número de resíduos de baterias.

Custo Mensal com Baterias Descartáveis em Uberlândia

JAN FEV MAR ABRI MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 570 570 570 570 570 570 570 570 570 570 570 570

ANO 2004 Custo anual com baterias em reais R$6.840,00.

Havia descarte de 360 unidades de baterias/ano somente na pólo de Uberlândia. 5. ANÁLISE ECONÔMICA SISTEMA ATUAL

A análise de viabilidade econômica da construção e instalação do carregador para a unidade de Uberlândia, bem como os investimentos, foram realizados levando-se em conta o tamanho do custo e da quantidade de descartes das baterias. Têm-se então, um investimento inicial de R$1. 093,50 para a implantação em Uberlândia.

- Carregador = R$60, 00;

- Bateria recarregável = R$28, 00 x.15 = R$420, 00; - Lanterna (novo modelo) = R$39, 00 x 15 = R$585, 00; - Resistência = R$0, 90 x 15 = R$13, 50;

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- 1,0 metro de fio = R$1, 00 real x 15 = R$15, 00.

Em referência aos custos, destacam-se somente os custos de materiais, pois a adaptação no equipamento foi realizada por equipes próprias da empresa, ou seja, sem custos com mão-de-obra.

No ano de 2005, considerando que não houve compra de baterias descartáveis, houve um ganho no custo operacional, que é a diferença do sistema antigo para o adaptado o que é:

- R$6. 840,00 – R$1. 093,50 = R$5. 746,50. Portanto, um ganho de R$5. 746,50 em 2005.

Ainda em relação ao meio ambiente foi reduzido à quantidade de consumo de baterias, facilitando o armazenamento e descarte, dando bom exemplo com o destino dos resíduos e diminuindo o custo operacional e o impacto ambiental ao solo e à biota.

6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

Com a evolução das Leis Ambientais e requisitos normativos, uma maior conscientização da sociedade, pressão da mídia e interesse dos acionistas quanto aos fatores econômicos e ambientais, tornam-se imperativos que as concessionárias busquem sua excelência, visando atingir elevados padrões de qualidade e sustentabilidade ambiental no fornecimento de energia, com o máximo de ações para minimizar os impactos oriundos de suas atividades.

No universo da Distribuidora, ao se aplicar esse método consegue-se “ganhos” satisfatórios, menores impactos ambientais, maior lucratividade para a empresa e uma maior conscientização do seu corpo técnico quanto à temática ambiental.

7. DESENHOS, MEDIDAS E LEGENDA

B

C

A

E

D

FOTOS:

A – Lanterna que utiliza bateria descartável. Foto lateral. B – Lanterna que utiliza bateria descartável. Foto frontal. C – Bateria descartável utilizada nas lanternas.

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E – Descarte de baterias antes do uso das baterias carregáveis.

39 cm

Coletor de Baterias Descartadas

30 cm 15 cm

Nota: O material utilizado é compensado de madeira.

Carregador de Baterias 10 cm 6,5 cm 24 cm 26 cm 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1 - http://www.novaluz.com.br/vigilight.asp 2 - http://www.aoredordailha.com.br/loja/dicas/lanterna.asp 3 - http://www.valvolandia.com.br/loja_produtos.asp?cat=22&D=Lanternas&C=Lanternas

Referências

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