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DIREITO PREVIDENCIÁRIO

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Academic year: 2021

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO

DIREITO PREVIDENCIÁRIO

PONTO 1: MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO (ART. 15-PERÍODO DE GRAÇA)

PONTO 2: PRESTAÇÕES (ART. 18 LBPS) PONTO.3: CARÊNCIA (ART. 24 DA LBPS)

PONTO 4: CÁLCULO DO VALOR DOS BENEFÍCIOS

1. MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO (ART. 15-PERÍODO DE GRAÇA)

É uma exceção à contributividade do regime previdenciário. Significa que, mesmo sem contribuir, o indivíduo continua protegido.

Ex: Art. 15, II: o trabalhador mantém a qualidade até 12 meses após o fim das contribuições, caso deixe de exercer atividade remunerada. A cobertura pode chegar a 36 meses. Ex: se a mulher for demitida e 2 anos após tiver um filho, se estiver dentro dos 36 meses, terá direito ao salário-maternidade. No pior dos casos, ela terá direito se tiver o filho 10 meses depois.

Muita gente desconhece os direitos abrangidos pelo período de graça.

O prazo de 12 meses virará 24 se pagar mais de 120 contribuições mensais. Poderá chegar a até 36 meses, se tiver feito o registro no órgão próprio. Se o segurado vier a morrer, e estiver dentro dos 36 meses, conservará todos os direitos e gerará pensão.

2. PRESTAÇÕES (ART. 18 LBPS) Dividem-se em: benefícios e serviços.

Os benefícios têm natureza patrimonial e os serviços têm natureza não-patrimonial.

O art. 18 arrola todos os benefícios previdenciários. 3. CARÊNCIA (ART. 24 DA LBPS)

É o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis p/ que o beneficiário faça jus ao benefício.

Está relacionada ao equilíbrio financeiro. Dependendo do benefício, terá ou não carência.

Auxílio - doença e aposentadoria por invalidez

12 contribuições mensais Aposentadoria por idade, por tempo de

contribuição e apos. especial

180 contribuições mensais (=15 anos ao longo da vida)

Salário – maternidade 10 contribuições mensais p/ a contribuinte individual, a segurada

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facultativa e a especial. Visa evitar fraude (p/ não se filiar já grávida)

Independem de carência:

 Pensão por morte (pode gerar pensão se morrer no primeiro dia de trabalho, mesmo sem nunca ter contribuído, seria caso de solidariedade no extremo)

 Auxílio-reclusão  Salário - família  Auxílio-acidente

 Auxílio – doença, quando for caso de acidente de qualquer natureza, bem como de doenças graves*

 Aposentadoria por invalidez, quando for caso de acidente de qualquer natureza ou de doenças graves

 39, I **  Serviço social

 Salário - maternidade p/ a segurada empregada, a avulsa e a doméstica (geraria uma discriminação no mercado de trabalho caso tivesse carência)

*doenças graves estão na tabela do Ministério da Saúde e do Ministério da Previdência. Portaria 2998/01 (ex: hanseníase, cegueira, tuberculose, etc).

** Art. 39. Para os segurados especiais, referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, fica garantida a concessão:I - de aposentadoria por idade ou por invalidez, de auxílio-doença, de auxílio-reclusão ou de pensão, no valor de 1 (um) salário mínimo, desde que comprove o exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período, imediatamente anterior ao requerimento do benefício, igual ao número de meses correspondentes à carência do benefício requerido;

-Art. 25: a regra geral é o AD e a AI terem carência de 12 contribuições. Se em 10 meses ficar doente, não terá direito ao AD.

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Exceção: o art. 26 diz os que independem de carência (auxílio- doença em doenças graves e p/ acidentes de qualquer natureza).

Art. 39 (destinado aos segurados especiais) I)

-Aposentadoria por idade; -Por invalidez;

-auxílio-doença; -auxílio-reclusão; -pensão;

No valor de 1 salário mínimo.

Para o segurado especial (=pequeno trabalhador rural).Com relação a ele, a carência tem um conceito diferente. É a efetiva prova da atividade rural. Só vale p/ ele: carência = efetiva prova da atividade rural. Ex: p/ obter o auxílio-doença, ele deve provar a atividade rural por 12 meses. Tem de provar a atividade rural. Na aposentadoria por idade, tem de provar que, por 180 meses, exerceu a atividade rural.

Do ponto de vista da lógica do sistema, só tem proteção previdenciária quem contribui, o que não é o caso do segurado especial. Pela lei 8212/91, ele tem de contribuir compulsoriamente. Só que o art. 39, I, diz que, mesmo que ele não contribua, terá direito aos benefícios ali elencados.

Obs: a carência deve ser comprovada até período anterior à data do requerimento. Ex: 12 meses antes exerceu a atividade rural, se entrar hoje. Se for acidente, não tem carência, só provar que é segurado especial.

Regra do Terço

Art. 24, § único diz que, em havendo perda da qualidade de segurado, as contribuições anteriores só serão computadas p/ a carência depois que o segurado contar com, no mínimo, 1/3 de contribuições p/ carência prevista para o benefício. Ex: em 1995 trabalhou 10 meses, tem, portanto, 10 contribuições mensais. Em 96 ele foi para praia e ficou até 2010. Voltou a trabalhar em 2010 e 2 meses após, fica doente. O que ele contribuiu antes vale só após contar mais 1/3 da carência exigida. Não usará as 10 do passado, teria de ter pelo menos mais 4 contribuições mensais.

Carência: contagem (art. 27)

I- Serão computadas a partir da data de filiação ao RGPS p/ o empregado e p/ o avulso. Quem tem de recolher é a empresa. Se não houver repasse ao INSS, a briga será entre o fisco e o

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empregador. O empregado não poderá ser prejudicado por culpa do empregador, em caso de não – recolhimento.

Obs: o avulso tem o mesmo tratamento do empregado na Previdência Social, por força constitucional (art. 7º).

II- P/o doméstico, o contr. individual e segurado facultativo: a partir da data da primeira contribuição sem atraso.

A jurispr. tem entendido que o doméstico deveria estar no inciso I, pois quem recolhe é o patrão, na mesma lógica do empregador. -Contribuinte individual: deveria estar na 8213/91, mas não está. A lei 10666 alterou a sistemática de recolhimento do individual. Quando presta um serviço, a empresa deve descontar a contribuição e efetuar o recolhimento à Previdência. Desde essa lei, ele tem o recolhimento presumido, como no caso do empregado. Quando a empresa pagar via RPA, a empresa efetiva o pagamento ao INSS. Ex: contador presta serviço de R$ 1000,00 a uma empresa, quando ela o paga, pelo RPA, desconta o valor do INSS. Paga R$ 890,00 a ele e quando declarar ao fisco suas contribuições, pelo doc GFIP, ela declara também o valor que não é dela, mas o do contador.

Obs: nas provas, costumam chamar de “princípio da automaticidade”, que vale só p/ o empregado e p/ o avulso. Significa ser filiado automaticamente no início da atividade remunerada.

4. CÁLCULO DO VALOR DOS BENEFÍCIOS

Tem por fundamento o SB (=salário de benefício), que leva em conta o salário de contribuição (SC).

O salário de contribuição está previsto no art. 28 da lei 8212/91. Em regra, é a remuneração do segurado.

I) P/ o empregado e o avulso é a remuneração paga II) Doméstico: é a remuneração na CTPS

III) Individual: é a remuneração auferida no mês. IV) Facultativo: é o valor por ele declarado. Limites do SC:

 Mínimo: 1 salário mínimo  Máximo: 3.416,54 (hoje)

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Os benefícios são reajustados todo ano, na data de reajuste do SM, mas por índice diferente (INPC). O mínimo é pelo INPC + ganho real.

Como se dá a contribuição dos segurados? Art. 20 da lei 8212/91. O empregado, o doméstico e o avulso contribuem com a alíquota de:

8%: se ganhar até R$ 1.024,97

9%: se ganhar mais do que o anterior até R$ 1.708, 27 11%: se ganhar mais do que o anterior até R$ 3.416, 54

Será a contribuição no máximo do teto. Ex: empregado que ganha R$ 10 mil, recolherá 11% sobre o teto, que é de R$ 3.416,54. Art. 21: trata da contribuição do contribuinte individual e do facultativo

Ocorre mediante alíquota única de 20% sobre o salário de contribuição.

Ex: remuneração de R$ 600 = contribui com 120 3.000 = 600

10.000 = sobre o teto (3.416,54), dá 684,00

1)Por que é 20% p/ o individual e o facultativo e nos outros casos não? Porque no caso do individual e do facultativo não há a contribuição patronal, é p/ compensar essa ausência, para o equilíbrio financeiro do sistema.

2)Art. 30, § 4º (redação truncada): quando presta serviço a uma empresa, a alíquota cai p/ 11%, como no caso do empregado, mas se for por conta própria, será de 20%. Atende-se aos critérios sugeridos por Bismark, no caso.

3)3ª hipótese: a LC 123/ 2006 acrescentou o §2º ao art. 21. O facultativo ou o individual que optarem pela exclusão da aposentadoria por tempo de contribuição tem alíquota de 11%. Pode se aposentar por idade. Todos os países do mundo (menos Irã, Iraque, Egito, Kuwait, Equador e Brasil) têm idade mínima. A ATC tende a desaparecer .

Obs: no Brasil, a grande financiadora da seguridade é a empresa. O $ vindo dos segurados é muito pequeno com relação às empresas. Pergunta: o § foi incluído por LC, poderia LO revogá-lo? Poderia a LO aumentar ou reduzir a alíquota ali prevista? A matéria do art. 21

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é matéria de LO, então, mesmo tendo sido alterada por LC, poderia,sim, vir a ser a alterada por LO. Competência a LO foi dada pela CF.

Não é raro acontecer de LC dispor sobre matéria de LO. O contrário não pode ocorrer, seria inconstitucional. A LC 123 é a lei do novo simples, que acabou por incluir a matéria do contribuinte individual, que pode ser o empreendedor individual, como a lei prevê.

Salário de Benefício (SB/art. 28)

É a base de cálculo dos benefícios previdenciários. Art. 28 da lei de benefícios.

A lei 9876/99 mudou a forma de cálculo dos benefícios previdenciários. O benefício de apos. por idade e por tempo de contribuição = média aritmética simples dos maiores salários de contribuição correspondentes a 80% do período contributivo X fator previdenciário.

A competência mais antiga a ser considerada é a de julho de 1994. Se alguém requer, hoje, o benefício, p. ex, tendo começado a trabalhar em 1990, se considera a média aritmética simples dos maiores salários de contribuição referentes a 80% do período contributivo. Ter-se-ia, mais ou menos, 240 contribuições. Os 20% menores serão desprezados, o que aumenta a média. Vai se considerar todo o período contributivo.

II) P/ os benefícios de aposentadoria por invalidez, aposentadoria especial, auxílio-doença e auxílio-acidente, se considera a média aritmética simples dos maiores salários de contribuição referentes a 80% do período contributivo.

Ex: começa a trabalhar em janeiro de 2009 e em janeiro de 2010 requer o auxílio-acidente. É considerado o mês anterior ao requerimento (dez 09, no caso). Período contributivo = jan/09 a dez/09.

A carência não se considera da data do recolhimento, mas da competência (conta de quando começou a trabalhar). 80% de 12 contribuições mensais = 9,6. Arredonda p/ 9. Depois de atualizado, considera as 9 maiores p/ fazer a média.

A diferença do inciso I p/ o II é o fator previdenciário. É considerado no inciso I, mas não no II

O fator previdenciário nasceu com a lei 9876.

Leva em conta a expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria.

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO

Quanto menor a idade do segurado ao se aposentar, maior a expectativa de sobrevida. Quando se aposenta com uma idade menor, o fator será menor. Quanto maior a idade ao se aposentar, maior será o fator. Impele a se aposentar mais tarde. Só incide nos benefícios após. por idade e por tempo de contribuição. Faz a média e multiplica pelo FP.

O FP é facultativo na aposentadoria por idade, e só vale a pena quando der um número maior do que 1 (quando tiver uma idade maior, dará mais do que 1).

A lei 9876 passou a considerar toda a vida contributiva do segurado e não mais apenas os últimos 3 meses, como era antes e ainda trouxe o fator previdenciário.

O STF, na ADI 2111, decidiu que o FP é constitucional. Não há mais indagação acerca da constitucionalidade do FP.

O SB está sujeito também a limites mínimos e máximos. Mínimo: 1 SM e o máximo é o teto de contribuição. É regra do equilíbrio financeiro (assim como, do ponto de vista do custeio, ninguém contribui sobre valor menor que o mínimo nem maior do que o máximo).

P/ o SB, os ganhos habituais do empregado devem ser computados, exceto o 13º salário. Ex: em 2009 recebeu todo o ano + 13º, que está fora da média. PORÉM, se contribui sobre o décimo terceiro. Por quê? Quem está em gozo de benefício também ganha a gratificação natalina. A contribuição sobre ele é para financiar o 13º dos beneficiários.

201, §11, CF: os ganhos habituais do empregado serão incorporados ao salário p/ efeito de contribuição previdenciária. Se as férias não forem indenizadas, sofrem a incidência de contribuição. O STF disse que quando os ganhos forem habituais, sofre a incidência de contr., e férias indenizadas não são ganhos habituais, só se gozadas. Esse §11 traça os limites da solidariedade no financiamento da seguridade social, pois não há reciprocidade entre o que se paga e o que se recebe e isso é assim por causa da solidariedade. Ex. clássico do aposentado que segue trabalhando e paga contribuição, mesmo sem vir a usufruir dessa nova contribuição.

29-B: o SC considerado no cálculo do benefício será corrigido mês a mês de acordo com o INPC. No caso da média, que ficou enorme de 94 pra cá, cada competência tem de ser corrigida até os dias de hoje. Primeira competência é de jul’ 94. Se em jul’ 94 ganhava R$ 500,00, esse valor tem de ser corrigido até hoje, pelo INPC.

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO RMI

Art. 33: será o valor efetivamente pago pelo INSS. Como se calcula: benefício x alíquota (=RMI)

A alíquota não está em uma única disposição da lei, estão espalhadas.

A alíquota do AD, p. ex. é 91% do SB A alíquota do AA, p. ex, é 50% do SB

Ex: (AD) = SB (inciso II, ou seja, a média aritmética simples dos 80% maiores salários de contribuição do período contributivo) x 91%.

Ex 2: RMI (AA) = SB x 50%.

Ex. prático: passos p/ calcular o benefício. 1º)delimitar o PBC

2º)apurar o SC do PBC 3º)atualizar o SC do PBC 4º)calcular o SB

5º)calcular a RMI

*§ 5º do art. 29 diz que, se no PBC, o segurado tiver recebido benefício por incapacidade, sua duração será contada considerando-se como SC o SB que considerando-serviu de baconsiderando-se p/ a RMI. Ex: começou a trabalhar em jan’06 até mai’08. Em fev’07 estava em gozo de auxílio-doença (de fev. a abril). Esse período também será computado, mas no valor do benefício, c/ o valor do SB cheio, sem o percentual incidindo.

Ex: começou a trabalhar em maio de 07 e em agosto sofreu um acidente e ficou 2 meses sem trabalhar. Em ago e set não trabalhou, recebendo AD decorrente de acidente de qualquer natureza (sem carência) de R$ 910,00. Pode em maio de 2008 requerer novo AD (agora com carência)? Mantém a qualidade de segurado quando em gozo de benefício, mas não contribui no período que goza. A questão é controvertida. Carência = número mínimo de contribuições mensais. Não tem as 12 contrib. , no exemplo. STJ diz que não tem direito, pois carência é numero mínimo de contribuições mensais e ele não tem esse mínimo. É segurado, mesmo sem contribuir (art. 15).

Obs: o único benefício sobre o qual incide contribuição é o salário-maternidade.

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO

O 13º pago pelo INSS é chamado de abono anual. É devido também a quem recebeu o benefício por 1 ou 2 meses, proporcionalmente.

O abono é calculado nos termos do art. 40 da 8213/91, igual ao 13º trabalhista (base no benefício do mês de dezembro).O segurado tem direito a 1/12 por mês de benefício, levando em conta o mês de dezembro. Se ficou em gozo por 2 meses, 2/12 do valor do mês de dezembro. Sempre a base é o mês de dez, não mais uma média. 15 dias ou mais = mês integral (=ao 13º normal).

Referências

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