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Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro. Prof. Dicler Forestieri

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Lei de Introdução às Normas

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LEI DE INTRODUÇÃO ÀS

NORMAS DO DIREITO

BRASILEIRO

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A Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro representa o Decreto-Lei 4.657/1942, ou seja, não é parte integrante do Código Civil (CC) (Lei 10.406/2002).

As principais características da LINDB são:

- ser um conjunto de normas sobre normas, pois é uma lei que disciplina outras normas jurídicas, assinalando-lhes a maneira de aplicação e entendimento, sendo chamada de lei das leis (lex legum); - ser aplicável a todos os ramos do direito, não apenas ao Direito Civil; e por ultrapassar em muito o âmbito do Direito Civil, podemos afirmar que os dispositivos deste diploma legal contém normas de sobredireito.

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A LINDB disciplina os seguintes assuntos:  vigência e eficácia das normas jurídicas;

 conflito de leis no tempo;  conflito de leis no espaço;

 critérios de hermenêutica jurídica (interpretação);  critérios de integração do ordenamento jurídico; e  normas de direito internacional público e privado.

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Características da Lei:

a) generalidade ou impessoalidade: a lei se dirige a todos

indistintamente. A exceção é a lei formal ou singular, que se aplica apenas a uma pessoa. Exemplo: uma lei criada para dar pensão a uma pessoa pública que esteja passando dificuldades. A doutrina afirma que é um ato administrativo com forma de lei.

b) obrigatoriedade e imperatividade: o descumprimento da lei

autoriza a aplicação de uma sanção.

c) permanência ou persistência: a lei não se esgota em uma única aplicação.

d) autorizante: se a lei for violada, o ofendido pode pleitear uma indenização por perdas e danos caso tenha sofrido um prejuízo em virtude da lei. É aqui que a lei se distingue das normas sociais, que, se violadas, não ensejam perdas e danos.

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Vigência e Eficácia da Norma

Art. 1o da LINDB - Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar

em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente

publicada.

§ 1o Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada.

Art. 8o, § 1o da LC 95/98 - A contagem do prazo para entrada em

vigor das leis que estabeleçam período de vacância far-se-á com a

inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando

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Vigência e Eficácia da Norma

Princípio da Vigência Sincrônica: a obrigatoriedade da lei no país é simultânea, pois ela entra em vigor a um só tempo em todo o país, ou seja, quarenta e cinco dias após sua publicação, não havendo data estipulada para sua entrada em vigor.

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Vigência e Eficácia da Norma

A vigência é um critério puramente temporal da norma, que vai

desde o início da sua obrigatoriedade até a perda de sua validade. Nesse aspecto, não há que fazer qualquer relação com outra norma. A eficácia refere-se à possibilidade de produção concreta de efeitos pela norma.

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Vigência e Eficácia da Norma

É possível que uma lei não esteja em vigência, mas tenha eficácia? Resposta: Sim.

Art. 3º do CP - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.

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Vigência e Eficácia da Norma

A promulgação atesta a existência da lei, produzindo dois efeitos básicos:

a) reconhece os fatos e atos geradores da lei;

b) indica que a lei é válida, ou seja, que obedece aos requisitos formais.

Art. 66 da CF. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará.

§ 7º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente da República, nos casos dos § 3º e § 5º, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo.

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Vigência e Eficácia da Norma

Art. 1o da LINDB – [...].

§ 3o Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação.

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Revogação da Norma

Art. 2o da LINDB - Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue.

De acordo com a sua extensão, a revogação pode ser:

- total (ab-rogação): quando toda a lei é revogada; ou

- parcial (derrogação): quando apenas parte da lei anterior é

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Revogação da Norma

Art. 2o § 1o da LIDB - A lei posterior revoga a anterior quando

expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou

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Revogação da Norma

Quando uma norma entra em conflito com outra surge a antinomia. A antinomia pode ser de dois tipos: real ou aparente. Quando se tratar de uma antinomia real a solução é a revogação da norma conflitante. Entretanto, quando se tratar de uma antinomia aparente, para a verificação de revogação das normas e solução de tais conflitos, três critérios, listados no quadro a seguir, devem ser utilizados:

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Solução da Antinomia Aparente

1) HIERÁRQUICO (lex superior derrogat legi inferiori): consiste em verificar qual das normas é superior, independentemente da data de vigência das duas normas (exemplo: um regulamento não poderá revogar uma lei ainda que entre em vigor após esta);

2) ESPECIALIDADE (lex specialis derrogat legi generali): as normas gerais não podem revogar ou derrogar preceito ou regra disposta e instituída em norma especial, e;

3) CRONOLÓGICO (lex posterior derrogat legi priori): a norma que entrar em vigor posteriormente irá revogar a norma anterior que estava em vigor.

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Princípio da Conciliação

Art. 2o, § 2o da LINDB - A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.

 se uma lei não contraria outra já existente, então eles podem coexistir, não havendo a necessidade de revogação.

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Repristinação

Art. 2o, § 3o da LINDB - Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.

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Princípio da Obrigatoriedade

Art. 3o da LINDB - Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.

Art. 8º da LCP - No caso de ignorância ou de errada compreensão da lei, quando escusáveis, a pena pode deixar de ser aplicada.

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Preenchimento da Lacuna Jurídica (Princípio da Jurisdição Obrigatória)

Art. 4o da LINDB - Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de

acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. Art. 140 do NCPC. O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do ordenamento jurídico.

Parágrafo único. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos

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Preenchimento da Lacuna Jurídica (Princípio da Jurisdição Obrigatória)

1) Analogia é fonte formal mediata do direito, utilizada com a

finalidade de integração da lei, ou seja, a aplicação de dispositivos legais relativos a casos análogos, ante a ausência de normas que regulem o caso concretamente apresentado à apreciação jurisdicional.

Analogia legal (legis) – aplica-se ao caso omisso uma lei que regula caso semelhante;

Analogia jurídica (júris) – aplica-se ao caso omisso um conjunto de normas para extrair elementos que possibilitem a aplicabilidade ao caso concreto.

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Preenchimento da Lacuna Jurídica (Princípio da Jurisdição Obrigatória)

2) Costume é a repetição da conduta, de maneira constante e

uniforme, em razão da convicção de sua obrigatoriedade. No Brasil, existe o predomínio da lei escrita sobre a norma consuetudinária.

a) Costume secundum legem - é o que auxilia a esclarecer o conteúdo de certos elementos da lei. Ou seja, o próprio texto da lei delega ao costume a solução do caso concreto. É amplamente aceito pela doutrina.

Ex: art. 569, II do CC: “O locatário é obrigado a pagar pontualmente o aluguel nos prazos ajustados, e, em falta de ajuste, segundo o costume do lugar”

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Preenchimento da Lacuna Jurídica (Princípio da Jurisdição Obrigatória)

b) Costume contra legem ou negativo – é o que contraria a lei.

Provoca divergência na doutrina e pode ser de dois tipos:

- Consuetudo abrogatória – espécie de costume contra legem que se caracteriza por ser uma prática contrária às normas legais.

- Desuetudo – espécie de costume contra legem que consiste na falta de efetividade da norma legal não revogada formalmente.

Um exemplo de costume contra legem ocorre no mercado de Barretos (Estado de São Paulo), onde os negócios de gado, por mais avultados que sejam, celebram-se dentro da maior confiança, verbalmente.

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Preenchimento da Lacuna Jurídica (Princípio da Jurisdição Obrigatória)

c) Costume praeter legem ou integrativo – é o que supre a ausência

ou lacuna da lei nos casos omissos. É amplamente aceito pela doutrina e está citado no art. 4o da LIDB.

Ex: o costume de emitir cheque “cheque pré-datado”. Tal conduta não possui regulamentação legal.

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Preenchimento da Lacuna Jurídica (Princípio da Jurisdição Obrigatória)

3) Princípios Gerais do Direito são postulados que estão implícita ou

explicitamente expostos no sistema jurídico, contendo um conjunto de regras. Os princípios gerais de Direito são a última salvaguarda do intérprete, pois este precisa se socorrer deles para integrar o fato ao sistema. De acordo com as lições de Celso Antônio Bandeira de Mello, princípios são vetores de interpretação, que, por sua generalidade e amplitude, informam as demais regras, constituindo a base de todo o ramo do Direito ao qual se aplica.

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Hermenêutica Jurídica

Hermenêutica jurídica é a ciência, a arte da interpretação da linguagem jurídica. Serve para trazer os princípios e as regras que são as ferramentas do intérprete. A aplicação, a prática das regras hermenêuticas, é chamada exegese.

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Hermenêutica Jurídica

Art. 5o da LINDB - Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a

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Formas de Interpretação QUANTO À FONTE OU

ORIGEM SIGNIFICADO

Autêntica

Emana do próprio legislador que reconhece a ambiguidade da norma e elabora uma nova lei destinada a esclarecer a intenção da primeira.

Jurisprudencial Tem como origem as reiteradas decisões judiciais proferidas pelos diversos Tribunais. Doutrinal Emana dos estudiosos da matéria do direito e

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QUANTO AOS

RESULTADOS SIGNIFICADO

Declarativa Quando a letra da lei corresponde exatamente ao que o legislador pensa.

Extensiva

Quando o legislador expõe na lei menos do que pretendia dizer, sendo necessário ampliar a aplicação da lei.

Restritiva Quando o legislador expõe na lei mais do que pretendia dizer, sendo necessário restringir a aplicação da lei.

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QUANTO AO MEIO OU

ELEMENTO UTILIZADO SIGNIFICADO

Gramatical ou Literal

Busca auxílio nas regras de gramática para a solução da dúvida, tal como a análise da pontuação, da colocação da palavra na frase, a sua origem etimológica, etc.

Histórica

Baseia-se na investigação dos antecedentes da norma, ou seja, consiste na pesquisa das circunstâncias que nortearam a sua elaboração, de ordem econômica, política e social, bem como do pensamento dominante ao tempo da formação da norma.

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QUANTO AO MEIO OU

ELEMENTO UTILIZADO SIGNIFICADO

Lógica ou Racional

Atende ao espírito da lei procurando-se apurar o sentido e a finalidade da norma, a intenção do legislador, através de raciocínios lógicos, com abandono dos elementos puramente verbais.

Teleológica ou Sociológica

Adapta-se o sentido ou finalidade da norma às novas exigências sociais.

Sistemática

Entende-se que a lei não existe isoladamente e o Direito deve ser visto como um todo, como um sistema, comparando a norma com outras espécies legais.

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Conflito de Normas no Tempo

O direito intertemporal visa solucionar os conflitos entre as novas e as velhas normas, entre aquela que acaba de entrar em vigor e a que acaba de ser revogada. Isso porque alguns fatos iniciam-se sob a égide de uma lei e só se extinguem quando outra nova está em vigor. Para solucionar tais conflitos existem dois critérios:

• disposições transitórias: o próprio legislador no texto normativo novo concilia a nova norma com as relações já definidas pela norma anterior;

• princípio da irretroatividade: a lei não deve retroagir para atingir fatos e efeitos já consumados sob a lei antiga.

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Os fatos jurídicos podem ser:

a) Pretéritos: são os que se constituíram na vigência de uma lei e tem

seus efeitos produzidos na vigência daquela lei.

b) Futuros: são os que ainda não foram gerados.

c) Pendentes: são os que foram constituídos na vigência de uma lei

anterior e não produziram todos os seus efeitos nela.

Ex: Celebrei um contrato de empréstimo no ano passado, no início

deste ano entrou em vigência uma nova lei e até hoje a coisa emprestada está na minha posse. Esse contrato embora constituído na vigência de uma lei, ele continua produzindo seus efeitos na vigência da lei revogadora. Segundo o Princípio da Irretroatividade, aos fatos pendentes é aplicada a lei anterior, porque a lei posterior só se aplica para o futuro.

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Princípio da Irretroatividade

Art. 6º da LINDB - A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa

julgada.

Art. 5º, XXXVI da CF - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;

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Princípio da Irretroatividade

§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou.

§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem.

§ 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso.

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Princípio da Irretroatividade

Como exemplo de ato jurídico perfeito, temos o contrato de locação

celebrado durante a vigência de uma lei que não pode ser alterado somente porque a lei mudou; ou seja, é necessário que o prazo do contrato termine.

Como exemplo de direito adquirido, temos a pessoa que se aposenta

e, posteriormente, a lei modifica o prazo de aposentadoria. Tal modificação não irá atingir aquele que já está aposentado.

Quanto à coisa julgada, trata-se da qualidade conferida à sentença judicial contra a qual não cabem mais recursos, tornando-a imutável e indiscutível.

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Ação Rescisória

Apesar de não ser cabível recurso. A coisa julgada pode ser questionada por meio de ação rescisória (que não é um recurso), conforme prevê o art. 966, IV do Novo Código de Processo Civil:

Art. 966 do NCPC. A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando:

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Conflito de Normas no Espaço

Pela LINDB (arts. 7o a 19), serão solucionados os conflitos decorrentes

da aplicação espacial de normas, que estão relacionadas à noção de soberania dos Estados, por isso, é que a Lei de Introdução é considerada o Estatuto de Direito Internacional Público e Privado.

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Conflito de Normas no Espaço

Toda lei, em princípio, tem seu campo de aplicação limitado no espaço pelas fronteiras do Estado que a promulgou (territorialidade). Entretanto, visando facilitar as relações internacionais, é comum, em algumas situações, ser admitida a aplicação de leis estrangeiras dentro do território nacional e de leis nacionais dentro do território estrangeiro (extraterritorialidade).

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Conflito de Normas no Espaço

Desta forma, pelo fato do princípio da territorialidade não ser absoluto, fica consagrado no Brasil o Princípio da Territorialidade Temperada, de modo que leis e sentenças estrangeiras podem ser aplicadas no Brasil desde que observadas as seguintes regras:

1) não se aplicam leis, sentenças ou atos estrangeiros no Brasil quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes.

2) não se cumprirá sentença estrangeira no Brasil sem exequatur (cumpra-se), ou seja, a permissão dada pelo STJ para que a sentença tenha efeitos, conforme art. 105, I, i da CF.

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Conflito de Normas no Espaço

Art. 105 da CF. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: I - processar e julgar, originariamente:

i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias; (EC 45/2004)

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Conflito de Normas no Espaço

Art. 15 da LINDB. Será executada no Brasil a sentença proferida no estrangeiro, que reuna os seguintes requisitos:

a) haver sido proferida por juiz competente;

b) terem sido os partes citadas ou haver-se legalmente verificado à

revelia;

c) ter passado em julgado e estar revestida das formalidades necessárias para a execução no lugar em que foi proferida;

d) estar traduzida por intérprete autorizado;

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Estatuto Pessoal

Art. 7o A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras

sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.

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Estatuto Pessoal

§ 1o Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira

quanto aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração.

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Estatuto Pessoal

§ 2o O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante

autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes.

§ 3o Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal.

§ 4o O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país

em que tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal.

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Estatuto Pessoal

§ 6º O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da data da sentença, salvo se houver sido antecedida de separação judicial por igual prazo, caso em que a homologação produzirá efeito imediato, obedecidas as condições estabelecidas para a eficácia das sentenças estrangeiras no país. O Superior Tribunal de Justiça, na forma de seu regimento interno, poderá reexaminar, a requerimento do interessado, decisões já proferidas em pedidos de homologação de sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros, a fim de que passem a produzir todos os efeitos legais.

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Estatuto Pessoal

§ 7o Salvo o caso de abandono, o domicílio do chefe da família

estende-se ao outro cônjuge e aos filhos não emancipados, e o do tutor ou curador aos incapazes sob sua guarda.

§ 8o Quando a pessoa não tiver domicílio, considerar-se-á domiciliada no lugar de sua residência ou naquele em que se encontre.

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Bens e a Extraterritorialidade

Art. 8o Para qualificar os bens e regular as relações a eles

concernentes, aplicar-se-á a lei do país em que estiverem situados.  Lex rei sitae

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Bens e a Extraterritorialidade

§ 1o Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o proprietário,

quanto aos bens moveis que ele trouxer ou se destinarem a transporte para outros lugares.

§ 2o O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em cuja posse se encontre a coisa apenhada.

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Obrigações e a Extraterritorialidade

Art. 9o Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país

em que se constituírem.

§ 1o Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e

dependendo de forma essencial, será esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do ato.

§ 2o A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar em que residir o proponente.

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Sucessões e a Extraterritorialidade

Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens.

§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.

§ 2o A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade

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Sucessões e a Extraterritorialidade

Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes.

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Bons Estudos

Referências

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