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Gramatical ou Literal

Busca auxílio nas regras de gramática para a solução da dúvida, tal como a análise da pontuação, da colocação da palavra na frase, a sua origem etimológica, etc.

Histórica

Baseia-se na investigação dos antecedentes da norma, ou seja, consiste na pesquisa das circunstâncias que nortearam a sua elaboração, de ordem econômica, política e social, bem como do pensamento dominante ao tempo da formação da norma.

QUANTO AO MEIO OU

ELEMENTO UTILIZADO SIGNIFICADO

Lógica ou Racional

Atende ao espírito da lei procurando-se apurar o sentido e a finalidade da norma, a intenção do legislador, através de raciocínios lógicos, com abandono dos elementos puramente verbais.

Teleológica ou Sociológica

Adapta-se o sentido ou finalidade da norma às novas exigências sociais.

Sistemática

Entende-se que a lei não existe isoladamente e o Direito deve ser visto como um todo, como um sistema, comparando a norma com outras espécies legais.

Conflito de Normas no Tempo

O direito intertemporal visa solucionar os conflitos entre as novas e as velhas normas, entre aquela que acaba de entrar em vigor e a que acaba de ser revogada. Isso porque alguns fatos iniciam-se sob a égide de uma lei e só se extinguem quando outra nova está em vigor. Para solucionar tais conflitos existem dois critérios:

• disposições transitórias: o próprio legislador no texto normativo novo concilia a nova norma com as relações já definidas pela norma anterior;

• princípio da irretroatividade: a lei não deve retroagir para atingir fatos e efeitos já consumados sob a lei antiga.

Os fatos jurídicos podem ser:

a) Pretéritos: são os que se constituíram na vigência de uma lei e tem

seus efeitos produzidos na vigência daquela lei.

b) Futuros: são os que ainda não foram gerados.

c) Pendentes: são os que foram constituídos na vigência de uma lei

anterior e não produziram todos os seus efeitos nela.

Ex: Celebrei um contrato de empréstimo no ano passado, no início

deste ano entrou em vigência uma nova lei e até hoje a coisa emprestada está na minha posse. Esse contrato embora constituído na vigência de uma lei, ele continua produzindo seus efeitos na vigência da lei revogadora. Segundo o Princípio da Irretroatividade, aos fatos pendentes é aplicada a lei anterior, porque a lei posterior só se aplica para o futuro.

Princípio da Irretroatividade

Art. 6º da LINDB - A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa

julgada.

Art. 5º, XXXVI da CF - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;

Princípio da Irretroatividade

§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou.

§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem.

§ 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso.

Princípio da Irretroatividade

Como exemplo de ato jurídico perfeito, temos o contrato de locação

celebrado durante a vigência de uma lei que não pode ser alterado somente porque a lei mudou; ou seja, é necessário que o prazo do contrato termine.

Como exemplo de direito adquirido, temos a pessoa que se aposenta

e, posteriormente, a lei modifica o prazo de aposentadoria. Tal modificação não irá atingir aquele que já está aposentado.

Quanto à coisa julgada, trata-se da qualidade conferida à sentença judicial contra a qual não cabem mais recursos, tornando-a imutável e indiscutível.

Ação Rescisória

Apesar de não ser cabível recurso. A coisa julgada pode ser questionada por meio de ação rescisória (que não é um recurso), conforme prevê o art. 966, IV do Novo Código de Processo Civil:

Art. 966 do NCPC. A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando:

Conflito de Normas no Espaço

Pela LINDB (arts. 7o a 19), serão solucionados os conflitos decorrentes

da aplicação espacial de normas, que estão relacionadas à noção de soberania dos Estados, por isso, é que a Lei de Introdução é considerada o Estatuto de Direito Internacional Público e Privado.

Conflito de Normas no Espaço

Toda lei, em princípio, tem seu campo de aplicação limitado no espaço pelas fronteiras do Estado que a promulgou (territorialidade). Entretanto, visando facilitar as relações internacionais, é comum, em algumas situações, ser admitida a aplicação de leis estrangeiras dentro do território nacional e de leis nacionais dentro do território estrangeiro (extraterritorialidade).

Conflito de Normas no Espaço

Desta forma, pelo fato do princípio da territorialidade não ser absoluto, fica consagrado no Brasil o Princípio da Territorialidade Temperada, de modo que leis e sentenças estrangeiras podem ser aplicadas no Brasil desde que observadas as seguintes regras:

1) não se aplicam leis, sentenças ou atos estrangeiros no Brasil quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes.

2) não se cumprirá sentença estrangeira no Brasil sem exequatur (cumpra-se), ou seja, a permissão dada pelo STJ para que a sentença tenha efeitos, conforme art. 105, I, i da CF.

Conflito de Normas no Espaço

Art. 105 da CF. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: I - processar e julgar, originariamente:

i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias; (EC 45/2004)

Conflito de Normas no Espaço

Art. 15 da LINDB. Será executada no Brasil a sentença proferida no estrangeiro, que reuna os seguintes requisitos:

a) haver sido proferida por juiz competente;

b) terem sido os partes citadas ou haver-se legalmente verificado à

revelia;

c) ter passado em julgado e estar revestida das formalidades necessárias para a execução no lugar em que foi proferida;

d) estar traduzida por intérprete autorizado;

Estatuto Pessoal

Art. 7o A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras

sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.

Estatuto Pessoal

§ 1o Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira

quanto aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração.

Estatuto Pessoal

§ 2o O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante

autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes.

§ 3o Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal.

§ 4o O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país

em que tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal.

Estatuto Pessoal

§ 6º O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da data da sentença, salvo se houver sido antecedida de separação judicial por igual prazo, caso em que a homologação produzirá efeito imediato, obedecidas as condições estabelecidas para a eficácia das sentenças estrangeiras no país. O Superior Tribunal de Justiça, na forma de seu regimento interno, poderá reexaminar, a requerimento do interessado, decisões já proferidas em pedidos de homologação de sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros, a fim de que passem a produzir todos os efeitos legais.

Estatuto Pessoal

§ 7o Salvo o caso de abandono, o domicílio do chefe da família

estende-se ao outro cônjuge e aos filhos não emancipados, e o do tutor ou curador aos incapazes sob sua guarda.

§ 8o Quando a pessoa não tiver domicílio, considerar-se-á domiciliada no lugar de sua residência ou naquele em que se encontre.

Bens e a Extraterritorialidade

Art. 8o Para qualificar os bens e regular as relações a eles

concernentes, aplicar-se-á a lei do país em que estiverem situados.  Lex rei sitae

Bens e a Extraterritorialidade

§ 1o Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o proprietário,

quanto aos bens moveis que ele trouxer ou se destinarem a transporte para outros lugares.

§ 2o O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em cuja posse se encontre a coisa apenhada.

Obrigações e a Extraterritorialidade

Art. 9o Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país

em que se constituírem.

§ 1o Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e

dependendo de forma essencial, será esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do ato.

§ 2o A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar em que residir o proponente.

Sucessões e a Extraterritorialidade

Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens.

§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.

§ 2o A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade

Sucessões e a Extraterritorialidade

Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes.

Bons Estudos

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