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OS MEIOS ALTERNATIVOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS: MEDIAÇÃO CONCILIAÇÃO ARBITRAGEM: ANÁLISE TEÓRICO-PRÁTICA

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Academic year: 2021

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OS MEIOS ALTERNATIVOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS: MEDIAÇÃO – CONCILIAÇÃO – ARBITRAGEM: ANÁLISE TEÓRICO-PRÁTICA GTI: Direito, Cidadania e Concretização dos Direitos Humanos e Fundamentais

Zoraide Amaral de Souza1 Marlene Iusten Nowak2 Débora Heringer Ferreira3 Lailla Finotti de Assis Lima4

RESUMO: O tema da utilização dos meios alternativos para a composição dos conflitos de interesses tem atraído a atenção dos especialistas de todos os tempos, principalmente, nos dias atuais. A sociedade moderna enfrenta um paradoxo tendo em vista o vertiginoso aumento da riqueza e da não menos aguda escalada da litigiosidade individual e coletiva. O número crescente de ações individuais e coletivas anualmente aforadas perante o judiciário vem gerando uma carga de serviço aos juízes e tribunais insuportável. Por essa razão mostra-se de toda conveniência o emprego dos meios alternativos, aptos a aliviar a tarefa da justiça formal, sem que se cogite em suprimi-la. Assim, o emprego dos meios alternativos de composição de conflitos de interesses, tal como hoje previsto no novo Código de Processo Civil, é um caminho, que se espera mais célere ao acesso à justiça. Justiça tardia não é justiça. Palavras-chave: Acesso à Justiça; Meios Alternativos; Conflitos.

INTRODUÇÃO

O Século XXI aponta outros instrumentos e novas tendências para o acesso à justiça criando condições e mecanismos que possibilitem a universalização da justiça. Entre os novos mecanismos podem ser mencionados os juizados especiais cíveis que possibilitam o acesso à solução dos conflitos dos jurisdicionados de menor potencial econômico, não fossem eles, possivelmente os pleitos de menor extensão não chegariam a juízo.

No segundo momento, a análise dos meios alternativos individualizados dar-se-á com fundamento na lei n. 13.140/2015, e seu foco na mediação e na

1 Centro Universitário de Barra Mansa, RJ – Doutorado – Pesquisadora.

zoraideamaral@ig.com.br

2 Centro Universitário de Barra Mansa, RJ – Mestrado – Pesquisadora.

marlene.nowak@uol.com.br

3 Centro Universitário de Barra Mansa, RJ. Estudante do 6º período de direito.

heringerdebora@gmail.com

4 Centro Universitário de Barra Mansa, RJ. Estudante do 6º período de direito.

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conciliação, partindo do princípio de que o Estado promoverá sempre que possível, a solução consensual dos conflitos, que deve ser estimulada, para conferir efetividade maior às decisões como instrumentos de garantia e acesso à justiça.

Frise-se que todos os meios alternativos terão lugar de destaque que o novo Código de Processo Civil lhe conferiu, na busca da pacificação social ao compartilhar com a sociedade a responsabilidade pela resolução dos conflitos.

A pesquisa visa a avaliação do emprego dos meios alternativos de solução de conflitos nos processos judiciais, junto a Comarca de Volta Redonda e Barra Mansa, em especial nos juizados cíveis, bem como acompanhar a efetividade do auxílio junto ao Poder Judiciário.

1 METODOLOGIA

A metodologia de pesquisa empregada será a análise doutrinária, legislativa e jurisprudencial (qualitativa e dedutiva) dos meios alternativos de resolução de conflitos na vigência do novo Código de Processo Civil.

Paralelamente, o estudo será realizado in loco para comprovação da eficácia do acesso à justiça nas respectivas varas, por meio dos mecanismos extrajudiciais de solução de conflitos e a concretização do descongestionamento do judiciário.

2 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Posteriormente foi organizada a Comissão do Senado dirigente do projeto de um novo Código de Processo Civil. Neste fora proposta a regulamentação da mediação e da conciliação judiciais, fomentando a ideia dos auxiliares da justiça. O Instituto Brasileiro de Direito Processual (IBDP) e o Centro Brasileiro de Estudos e Pesquisas Judiciais (Cebepej), preconizaram as seguintes ideias:

a) inserir os mediadores e conciliadores judiciais entre os auxiliares da justiça, prevendo sua remuneração; b) estruturar

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uma audiência ou sessão inicial, em que as partes teriam contato com mediadores e conciliadores judiciais, para serem encaminhados aos meios adequados de solução de conflitos; c) determinar que cada tribunal organizasse um cadastro de mediadores e conciliadores judiciais, que requereriam sua inscrição após aprovação em curso de capacitação aprovado pelo tribunal; d) estabelecer princípios gerais para o exercício da função de mediador e conciliador judiciais.5

Assim, o Novo Código de Processo Civil, teve a seguinte redação: - “CAPÍTULO III – DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA. Artigo 149 – São auxiliares da Justiça, além de outros cujas atribuições sejam determinadas pelas normas de organização judiciária, o escrivão, o chefe de secretaria, o oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador, o intérprete, o tradutor, o mediador, o conciliador judicial, o partidor, o distribuidor, o contabilista e o regulador de avarias”.

TABELA 1: LINGUAGEM JURÍDICA, UM OBSTÁCULO PARA O ACESSO À JUSTIÇA?

Entre as disposições que mais esclarecem essa nova postura, estão os parágrafos 2º e 3º do artigo 3º do Novo Código de Processo Civil, segundo os quais o Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos. A mediação, a conciliação e diversas outras formas deverão ser estimuladas a todo o momento.

5

http://www.lex.com.br/doutrina_24099670_CONCILIACAO_E_MEDIACAO_JUDICIAIS _NO_PROJETO_DE_NOVO_CODIGO_DE_PROCESSO_CIVIL.aspx em 21 de setembro de 2017, 18 h 35 min.

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A figura da mediação tem um caráter extrajudicial de resolução de conflitos, visando facilitar a interação e o diálogo entre as partes por meio de um terceiro imparcial (mediador). Já a conciliação se dá em conflitos já ajuizados, onde as partes confiam a uma terceira pessoa imparcial (conciliador) a função de estruturar um acordo. Tendo ainda a arbitragem, disciplinada pela Lei 9.307/96, realizada por meio de juízo arbitral, a fim de dirimir litígios relativos aos direitos patrimoniais disponíveis.

TABELA 2: RESULTADOS DE AUDIÊNCIA DE

CONCILIAÇÃO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE BARRA MANSA – RJ

Não se pode perder de vista que seria a grande oportunidade do Poder Judiciário de se livrar de um enorme contingente de causas, o momento anterior à instauração do processo. A prevenção do conflito é a chave do negócio. Por esse motivo o Novo Código de Processo Civil, em perfeita consonância com outros movimentos a favor da ampliação dos meios alternativos, como a edição das novas leis de arbitragem e mediação, os trouxe para perto da justiça, na qualidade de seus agentes e auxiliares.

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Os meios alternativos na realidade constituem uma fonte de grande valia e que muito contribui para desafogar o Judiciário no todo. Não se pode mais pensar no sistema tradicional de processo, em razão da morosidade.

Figura 1: As pessoas que cercam o mundo

A pesquisa encontra-se em fase inicial, sendo detectada até o presente momento, o hábito e costume de estar presente a figura do Juiz na resolução do conflito que afeta a efetivação da solução mais célere proposta pela Lei 13.105/2015, o Código de Processo Civil.

REFERÊNCIAS

BOBBIO, Norberto. O positivismo jurídico. trad. Marcio Pugliesi. São Paulo, Cone. 1996.

CÂMARA. Alexandre Freitas. O novo processo civil brasileiro. São Paulo: Atlas, 2017.

CAPPELLETTI, Mauro e GARTH, Bryant. Acesso à justiça. trad. Ellen Gracie Northfleet, Porto Alegre, Sergio Antônio Fabris, 1998.

GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. Direito processual civil- esquematizado. São Paulo: Saraiva, 2017.

GRINOVER, Ada Pellegrini. Conciliação e Mediação Judiciais no Projeto de

Novo Código de Processo Civil. Disponível em:

<http://www.lex.com.br/doutrina_24099670_CONCILIACAO_E_MEDIACAO_JU

DICIAIS_NO_PROJETO_DE_NOVO_CODIGO_DE_PROCESSO_CIVIL.aspx>

. Acesso em: 21 set. 2017.

MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocêncio Mártires; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de direito constitucional. 4 ed. rev. Atual. São Paulo :Saraiva, 2009.

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NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de direito processual civil. Salvador: Jus Podivn, 2017.

SANTANA, Samene Batista Pereira. A linguagem jurídica como obstáculo ao acesso à justiça. Uma análise sobre o que é o Direito engajado na dialética social e a consequente desrazão de utilizar a linguagem jurídica como barreira entre a sociedade e o Direito/Justiça. Disponível em:

<http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12316& revista_caderno=24>. Acesso em: 21 set. 2017.

SOUZA, Zoraide Amaral de. Arbitragem- conciliação – mediação nos conflitos trabalhistas. São Paulo, Ltr, 2004.

Referências

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