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Sistemas convectivos de mesoescala: um estudo de caso.

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SISTEMAS CONVECTIVOS DE MESOESCALA: ESTUDO DE CASO

RÓMULO DA SILVEIRA PAZ

DISSERTAÇÃO APROVADA EM 17/3/93

CAMPINA GRANDE MARÇO - 1993

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A

D <--• I D D i" a, R. o m u 1 o J r » P

Dani e1 , Fernanda e De I D o r i nha

(6)

AGRADECIMENTOS Ao P r o f e s s o r Dr. Valdo da S i l v a Marques p e l a v a l i o s a orientação. Ao P r o f e s s o r Manoel F r a n c i s c o Gomes F i l h o p e l a e f e t i v a co-orientaçao. A D i r e t o r i a de H i d r o g r a f i a e Navegação* na pessoa da m e t e o r o l o g i s t a Giovana S i q u e i r a . , p e l a colaboração. A m e t e o r o l o g i s t a H e l e n i r O l i v e i r a p e l o a p o i o . A S r a . D i v a n e t e C r u z p e 1 a a t e n ç a o . A m e t e o r o l o g i s t a Débora de A r a u j o Paz p e l a s su gestões e i nc e n t i vo.

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RESUMO

As condições favoráveis á formação e evolução de um complexo c o n v e c t i v o de mesoescala <CCM) a p a r t i r das forçantes de l a r g a e s c a l a são d i a g n o s t i c a d a s através de um e s t u d o de c a s o , r e f e r e n t e ao e p i s o d i o o c o r r i d o e n t r e 23 e 25 de j u n h o de 1982;. gerando enchentes no Estado do Paraná, B r a s i l . 0 ambiente sinótico e o mecanismo dinâmico responsáveis p e l a evolução desse fenômeno atmosférico sáo a v a l i a d o s a p a r t i r da análise t r i d i m e n s i o n a l da a t m o s f e r a através de c a r t a s de campos meteorológicos, t a i s como: g e o p o t e n c i a l , pressão á superfície, v o r t i c i da de, divergência, divergência de umidade, advecçá'o de t e m p e r a t u r a e advecçáo de v o r t i c i d a d e , além de diagramas termodinâmicos. Os r e s u l t a d o s i n d i c a m que o CCfl se d e s e n v o l v e u como c o n s e q u é nc i a do a c o p i a m e n t o e n t r e a c o r r e n t e de j a t o e um j a t o d e b a i x o s n i' v e i s gerado na b o r d a do a n t i c i c 1 o n e s e m i -e s t a c i onár i o do Atlântico S u l .

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ABSTRACT

The l a r g e s c a l e c o n d i t i o n s which f a v o r e d t h e f o i" m a t i o n a n d d e ve 1 op me n t o f a m e so s c a 1 e c o n vec t i ve com p 1 e ;•: ( P)CC) which caused f l c o d i n g i n t he S t a t e o f P ar ana, Br a z i 1 , ar e d i a g n o s e d. Th e s y s t e m 1 -HI s t e d f r o m 2 3 t o 2 5 J u n e 1982. T h e

s y n o p t i c e n v i r o n m e n t and dynamic mechanisms which were r e s p o n s i b l e f o r t h e e v o l u t i o n o f t h e a t m o s p h e r i c phenomenon were e v a 1 u a t e d ID y m e a n s o f a t h e t h r e e - d i m e n s i o n a 1 a n a 1 y s i s o f t h e atmosphere t h r o u g h t h e c h a r t s o f m e t e o r o l o g i c a l f i e l d s such as: g e o p o t e n t i a l , s u r f a c e , p r e s s u r e , v o r t i e i t y , mass d i v e r g e n c e , m o i s t u r e d i v e r g e n c e, tern p e r a t u r e a d v e c: t i o n a n d v o r t i c i t y a d v e c t i o n , b e s i d e s t he t h e rmo dy na m i c d i a gr a ms. The r e su11s i n d i c a t e t h a t c o u p l i n g between t h e s u b t r o p i c a l j e t s t r e a m and a low 1 eve 1 j e t f ormed on t h e o u t s k i r t s o f t h e semi s t a t i o n a r y South A t l a n t i c a n t i c y c l o n e was c r u c i a l f o r MCC d e v e l o p m e n t .

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ÍNDICE DAS FIGURAS

F i g . 4.1 - Imagem de satélite GOES p a r a as 00:17 TflG

do d i a 23/06/82 31 F i g . 4.2 - Imagem de satélite GOES p a r a as 12:17 TMG

do d i a 23/06/82 32 F i g . 4.3 - Imagem de satélite GOES p a r a as 06:17 TMG

do d i a 24/06/82 33 F i g . 4.4 - Imagem ide satélite GOES p a r a as 12:00 TflG

do d i a 24/06/82 34

F i g . 4.5 - Imagem de satélite GOES p a r a as 00:17 TflG

do d i a 25/06/82 „ 35 F i g . 4.6 - Imagem de satélite GOES para as 12:17 TMG

do d i a 25/06/82 36 F i g . 4.7 - C a r t a sinótica de superfície para as

12:00 TMG do d i a 23/06/82 (DHN) ....37 F i g . 4.8 - C a r t a sinótica de superfície p a r a as 12:00 TinG do d i a 24/06/82 (DHN) 38 F i g . 4.9 - C a r t a sinótica de superfície p a r a as 12:00 TflG do d i a 25/06/82 (DHN) 39 F i g . 4.10 - Campo do g e o p o t e n c i a l no nível de 850 hPa p a r a as 12:00 TflG do d i a 23/06/82 40 F i g . 4.11 - Campo do g e o p o t e n c i a l no nível de 700 hPa p a r a as 12:00 TflG do d i a 23/06/82 41 F i g . 4.12 - Campo do g e o p o t e n c i a l no nível de 500 hPa p a r a as 12:00 TMG do d i a 23/06/82 42 F i g . 4.13 - Campo do g e o p o t e n c i a l no nível de 300 hPa p a r a as 12:00 TMG do d i a 23/06/82 43 F i g . 4.14 - Campo do g e o p o t e n c i a l no nível de 850

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hPa p a r a as 12:00 TMG do d i a 24/06/82 44 F i g . 4.15 - Campo do g e o p o t e n c i a l no nível de 700 hPa p a r a as 12:00 TflG do d i a 24/06/82 45 F i g . 4.16 - Campo do g e o p o t e n c i a l no nível de 500 hPa p a r a as 12:00 TflG do d i a 24/06/82 46 F i g . 4.17 - Campo do g e o p o t e n c i a l no nível de 300 hPa p a r a as 12:00 TMG do d i a 24/06/82 47 F i g . 4.18 - Campo ido geopotenc i a l no nível de 850

hPa p a r a as 12:00 TflG do d i a 25/06/82 48 F i g . 4.19 - Campo do g e o p o t e n c i a l no nível de 700 hPa p a r a as 12:00 TMG do d i a 25/06/82 49 F i g . 4.20 - Campo do g e o p o t e n c i a l no nível de 500 hPa p a r a as 12:00 TMG do d i a 25/06/82 50 F i g . 4.21 - Campo do g e o p o t e n c i a l no nível de 300 hPa p a r a as 12:00 TMG do d i a 25/06/82 51 F i g . 4.22 - Advecçao de T e m p e r a t u r a do a r no nível de 850 hPa p a r a as 12:00 TMG do d i a 23/06/82 52 F i g . 4.23 - Advecçao de T e m p e r a t u r a do a r no nível de 700 hPa p a r a as 12:00 TMG do d i a 23/06/82 53 F i g . 4.24 - Advecçao de T e m p e r a t u r a do a r no nível de 500 hPa p a r a as 12:00 TMG do d i a 23/06/82 54 F i g . 4.25 - Advecçao de T e m p e r a t u r a do a r no nível de 300 hPa p a r a as 12:00 TMG do d i a 23/06/82 55 F i g . 4.26 - Advecçao de T e m p e r a t u r a do a r no nível de 850 hPa p a r a as 12:00 TMG do d i a 24/06/82 56 F i g . 4.27 - Advecçao de T e m p e r a t u r a do a r no nível de 700 hPa para as 12:00 TMG do d i a 24/06/82 57 F i g . 4.28 - Advecçao de T e m p e r a t u r a do a r no nível de 500

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hPa p a r a as 12:00 TflG do d i a 24/06/82 58 F i g . 4.29 - Advecçao de T e m p e r a t u r a do a r no nível de 300 hPa p a r a as 12:00 TflG do d i a 24/06/82 59 F i g . 4.30 - Advecçao de T e m p e r a t u r a do a r no nível de 850 hPa p a r a as 12:00 TflG do d i a 25/06/82 60 F i g . 4.31 - Advecçao de T e m p e r a t u r a do a r no nível de 700 hPa para as 12:00 TflG do d i a 25/06/82 61 F i g . 4.32 - Advecçao de T e m p e r a t u r a do a r no nível de S00 hPa p a r a as 12:00 TflG do d i a 25/06/82 62 F i g . 4.33 - Advecçao de T e m p e r a t u r a do a r no nível de 300 hPa para as 12:00 TflG do d i a 25/06/82 63 F i g . 4.34 - Advecçao de V o r t i c i d a d e a b s o l u t a no nível de 850 hPa para as 12:00 TflG do d i a 23/06/82 64 F i g . 4.35 - Advecçao de V o r t i c i d a d e a b s o l u t a no nível de 700 hPa para as 12:00 TflG do d i a 23/06/82 65 F i g . 4.36 - Advecçao de V o r t i c i d a d e a b s o l u t a no nível de 500 hPa para as 12:00 TflG do d i a 23/00/82 66 F i g . 4.37 - Advecçao de V o r t i c i d a d e a b s o l u t a no nílvel de 300 hPa p a r a as 12:00 TflG do d i a 23/06/82.. 67 F i g . 4.38 - Advecçao de V o r t i c i d a . d e a b s o l u t a no nível de 850 hPa para as 12:00 TflG do d i a 24/06/82 68 F i g . 4.39 - Advecçao de V o r t i c i d c i . d e a b s o l u t a no nível de 700 hPa p a r a as 12:00 TflG do d i a 24/06/82 69 F i g . 4.40 - Advecçao de V o r t i c i d a d e a b s o l u t a no nível de 500 hPa p a r a as 12:00 TflG do d i a 24/06/82 70 F i g . 4.41 - Advecçao de V o r t i c i d a d e a b s o l u t a no nível de 300 hPa p a r a as 12:00 TflG do d i a 24/06/82 71 F i g . 4.42 - Advecçao de V o r t i c i d a d e a b s o l u t a no nível de 850

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hPa p a r a as 12:00 TNG da d i a 25/06/82 72 F i g . 4.43 - Advecçao de V o r t i c i d a d e a b s o l u t a no nível de 700 hPa p a r a as 12:00 TflG do d i a 25/06/82 73 F i g . 4.44 - Advecçao de V o r t i c i d a d e a b s o l u t a no nível de 500 hPa p a r a as 12:00 TflG do d i a 25/06/82 74 F i g . 4.45 - Advecçao de V o r t i c i d a d e a b s o l u t a no nível de 300 hPa p a r a as 12:00 TflG do d i a 25/06/82 75 F i g . 4.46 - Divergência de Umidif.de específica no nível de 850

hPa p a r a as 12:00 TflG do d i a 23/06/82 76 F i g . 4.47 - Divergência de Umidade específica no nível de 700

hPa p a r a as 12:00 TflG do d i a 23/06/82 77 F i g . 4.48 - Divergência de Umidade e s p e c i f i c a no nível de '500

hPa p a r a as 12:00 TflG do d i a 23/06/82 78 F i g . 4.49 - Divergência de Umidade específica no nível de 850

hPa p a r a as 12:00 TflG do d i a 24/06/82 79 F i g . 4.50 - Divergênciíi de Umidade e s p e c i f i c a no nível de 700

hPa p a r a as 12:00 TflG do d i a 24/06/82 80 F i g . 4.51 - Divergência de umidade e s p e c i f i c a no nível de 500

hPa p a r a as 12:00 TflG do d i a 24/06/82 81 F i g . 4.52 - Divergência de Umidade específica no nível de 850

hPa p a r a as 12:00 TflG do d i a 25/06/82... 82 F i g . 4.53 - Divergência de umidade específica no nível de 700

hPa p a r a as 12:00 TflG do d i a 25/06/82 83 F i g . 4.54 - Divergência de Umidade específica no nível de 500

hPa p a r a as 12:00 TflG do d i a 25/06/82 84 F i g . 4.55 - V o r t i c i d a d e a b s o l u t a no nível de 850 hPa p a r a as

12:00 TflG do d i a 23/06/82 85 F i g . 4.56 - V o r t i c i d a d e a b s o l u t a no nível de 700 hPa p a r a as

(13)

12:00 TflG do d i a 23/06/82 86 F i g . 4.57 - V o r t i c i d a d e a b s o l u t a no nível de 500 hPa p a r a as

12:00 TflG do d i a 23/06/82 87 F i g . 4.53 - V o r t i c i d a d e a b s o l u t a no nível de 300 hPa p a r a as

12:00 TflG do d i a 23/06/82 88 F i g . 4.59 - V o r t i c i d a d e a b s o l u t a no nível de 850 hPa paira as

12:00 TflG do d i a 24/06/82 89 F i g . 4.60 - V o r t i c i d a d e a b s o l u t a no nível de 700 hPa p a r a as

12:00 TflG do d i a 24/06/82 90 F i g . 4.61 - V o r t i c i d a d e a b s o l u t a no nível de 500 hPa p a r a as

12:00 TflG do d i a 24/06/82 91 F i g . 4.62 - V o r t i c i d a d e absolutas no nível de 300 hPa pa<.ra as

12:00 TflG do d i a 24/06/82 92 F i g . 4.63 - V o r t i c i d a d e a b s o l u t a no nível de 850 hPa p a r a as 12:00 TflG do d i a 25/06/82 93 F i g . 4.64 - V o r t i c i d a d e a b s o l u t a no nível de 700 hPai p a r a as 12:00 TflG do d i a 25/06/82 94 F i g . 4.65 - V o r t i c i d a d e a b s o l u t a no nível de 500 hPa p a r a as 12:00 TflG do d i a 25/06/82 95 F i g . 4.66 - V o r t i c i d a d e a b s o l u t a no nível de 300 hPa p a r a as 12:00 TflG do d i a 25/06/82... 96 F i g . 4.67 - Divergência h o r i z o n t a l no nível de 850 hPa para as

12:00 TflG do d i a 23/06/82 97 F i g . 4.68 - Divergência h o r i z o n t a l no nível de 700 hPa para as

12:00 TflG do d i a 23/06/82 98 F i g . 4.69 - Divergência h o r i z o n t a l no nível de 500 hPa paira as

12:00 TflG do d i a 23/06/82 99 F i g . 4.70 - Divergência h o r i z o n t a l no nível de 300 hPa para as

(14)

12:00 TflG do d i a 23/06/82 100 F i g . 4.71 - Divergência h o r i z o n t a l no nível de 850 hPa para as

12:00 TflG do d i a 24/06/82 101 F i g . 4.72 - Divergência h o r i z o n t a l no nível de 700 hPa para as

12:00 TflG do d i a 24/06/82 102 F i g . 4.73 - Divergência h o r i z o n t a l no nível de 500 hPa para as

12:00 TflG do d i a 24/06/82 103 F i g . 4.74 - Divergência h o r i z o n t a l no nível de 300 hPa para as

12:00 TflG do d i a 24/06/82 ...104 F i g . 4.75 - Divergência h o r i z o n t a l no nível de 850 hPa para as

12:00 TflG do d i a 25/06/82 105 F i g . 4.76 - Divergência h o r i z o n t a l no nível de 700 hPa para as

12:00 TflG do d i a 25/06/82 106 F i g . 4.77 -• Divergência h o r i z o n t a l no nível de 500 hPa para as

12:00 TflG do d i a 25/06/82.. 107 F i g . 4.78 - Divergência h o r i z o n t a l no nível de 300 hPa para as

12:00 TflG do d i a 25/06/82 108 F i g . 4.79 - Diaigrama aerológico de C u r i t i b a do d i a

24/06/82 ás 12:00 TflG 109 F i g . 4.80 - Diagrama aerológico de C u r i t i b a do d i a

25/06/82 ás 00:00 TflG . 110 F i g . 5.1 - Representação Esquemática dos J a t o s

s u p e r i o r e de b a i x o s níveis ...113 F i g . 7.1 -• Precipitação do d i a 24/06/82 p a r a as 12:00 TflG... 117

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INDICE

1. Introdução 01 2. Revisão Bibliográfica 04

3. M e t o d o l o g i a 14 3.1 Definição do Período de Estudo 14

3.2 Análise das Condições Sinóticas 14

3.2.1 Superfície 14 3.2.2 Ar S u p e r i o r . . . . , 14

3.3 Campos Meteorológicos de Parâmetros D e r i v a d o s 15 3.4 Sondagens Aerológicas e índices de I n s t a b i l i d a d e 17

3.5 Descrição dos Dados 18 4. D e s e n v o l v i m e n t o 21 4.1 Condições Sinóticas 21 4.2 Análise dos Campos de Parâmetros D e r i v a d o s 26

4.2.1 Advecçao de T e m p e r a t u r a do a r 26 4.2.2 Advecçao de V o r t i c i d a d e a b s o l u t a 26 4.2.3 Divergência de Umidade específica 27

4.2.4 V o r t i c i d a d e a b s o l u t a 27 4.2.5 Divergência h o r i z o n t a l . 27 4.3 Diagramas Aerológicos e índices de I n s t a b i l i d a d e 28

4.4 Considerações G e r a i s 28 5. Considerações F i n a i s 111 5.1 Conclusões 111 5.2 Sugestões 112 6. R e f e r e n c i a s 114 7.1 Apêndice: F i g . 7.1 - Precipitação t o t a l de 24/6/82... 117 F i g . 7.2 - Precipitação t o t a l de 25/6/82.. 118

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ABREVIATURA

CCfl: Complexo C o n v e c t i v o de Plesoescala TEFIP CDNV: T e m p e r a t u r a c o n v e c t i v a

UBZ HT: A l t i t u d e na qual a t e m p e r a t u r a do b u l b o é 0°C NÍVEL EO: Nível de equilíbrio.

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1. INTRODUÇÃO

D u r a n t e os últimos 50 anos, p r o g r e s s o considerável f o i alcançado na previsão de fenômenos meteorológicos de 1 a r g a - e s c a l a enquanto que o e n t e n d i m e n t o s o b r e o comportamento dos fenômenos de mesoescala não se d e s e n v o l v e u com a mesma v e l o c i d a d e .

Na decaída de 80, com o a d v e n t o dos satélites geoestacionários, dos r a d a r e s meteorológicos de a l t a p o t e n c i a e o u t r o s meios de observações r e m o t a s , f o i dada m a i o r atenção aos fenômenos de e s c a l a s menores que podem p r o v o c a r t r o v o a d a s . E n t r e e s t e s fenômenos, d e s t a c a - s e o Complexo C o n v e c t i v o de Mesoescala (CCD). Esse s i s t e m a pode p r o d u z i r condições de tempo b a s t a n t e s e v e r o , provocando a g u a c e i r o e destruição nas regiões por e l e a f e t a d a s . Como r e s u l t a d o de seu e f e i t o d e v a s t a d o r , surgem graves consequências sócio-economicas a s s o c i a d a s a sua ocorrência, t a n t o p e l o prejuízo m a t e r i a l e de v i d a s humanas, como p e l a n e c e s s i d a d e de se m e l h o r a r as condições de i n f r a - e s t r u t u r a das regiões a f e t a d a s , para m i n o r a r seus e f e i t o s . Faz-se, p o r t a n t o , necessário p l a n i f i c a r e c o n s e g u i r uma adequada prevenção d e s t e t i p o de catástrofe, o que p o r sua vez o b r i g a a d i s p o r de uma previsão meteorológica, mais confiável possível, s o b r e como, quando e onde se produzirão e s t e s a c o n t e c i m e n t o s . é i m p o r t a n t e c o n s i d e r a r que e s t e t i p o de fenômeno atmosférico tem como característica uma extrema i r r e g u l a r i d a d e t a n t o e s p a c i a l como t e m p o r a l ( R i v e r a , 1 9 9 0 ) , o que r e q u e r a utilização de técnicas modernas de previsão, bem como um aprofundamento na sua investigação c i e n t i f i c a . Por o u t r o l a d o , os c e n t r o s o p e r a c i o n a i s são o b r i g a d o s a e f e t i v a r uma vigilância c o n s t a n t e d e s t e t i p o de

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fenômeno mediante a realização de p l a n o s o p e r a c i o n a i s e s p e c i a l m e n t e adequados às s i n g u l a r i d a d e s d e s t a s situações.

0 CCP1 é um t i p o p a r t i c u l a r m e n t e o r g a n i z a d o de s i s t e m a c o n v e c t i v o de mesoescala que se a p r e s e n t a como um e x t e n s o escudo de c i r r o s a p a r e n t e m e n t e c i r c u l a r . Esse s i s t e m a se a p r e s e n t a como um agrupamento de nuvens c o n s i s t i n d o de regiões c o n v e c t i v a s mais d i s p e r s a s e menos l i n e a r e s do que as l i n h a s de i n s t a b i l i d a d e . O c o r r e com maior frequência d u r a n t e os meses mais quentes do ano t a n t o na região c e n t r a l dos Estados Unidos como no n o r t e da A r g e n t i n a , Bolívia, Paraguai e s u l do B r a s i l ( V e l a s c o e F r i t s h , 1987).

D p r i m e i r o modelo c o n c e i t u a i desses s i s t e m a s f o i a p r e s e n t a d o p o r fladdox ( 1 9 8 0 ) , u t i l i z a n d o imagens de satélite realçadas no i n f r a v e r m e l h o em c o n j u n t o com dados sinóticos c o n v e n c i o n a i s de superfície e dados de r a d a r . Como parâmetros p a r a d e f i n i r o s i s t e m a , e l e u t i l i z o u a duração, forma e tamanho da c o b e r t u r a de nuvens. Segundo os critérios de fladdox, a c o b e r t u r a de nuvens com t e m p e r a t u r a menor do que -32°.C tem área maior do que 100.000 Km2, e_ a. região i n t e r i o r mais f r i a

do s i s t e m a com t e m p e r a t u r a aproximada de -52°C tem área maior do que 50.000 Km2 e c i c l o de v i d a maior do que s e i s h o r a s .

S i l v a D i a s (1987) d e f i n i u o CCfl como um c o n j u n t o de cúmulos-nimbos c o b e r t o s p o r densa camada de c i r r o s que pode s e r f a c i l m e n t e i d e n t i f i c a d o através de imagens de satélite como s e n -do um c o n j u n t o de nuvens aproximadamente c i r c u l a r e s e com um c r e s c i m e n t o e x p l o s i v o num i n t e r v a l o de 6 a 12 h o r a s .

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Uma definição mais adequada desse s i s t e m a c o n v e c t i v o é a p r e s e n t a d a p o r Z i p s e r < 1 9 f i l ) : S i s t e m a s de nuvens e de precipitação j u n t o com sua circulação a s s o c i a d a que i n c l u i um grupo de cúmulos-nimbos d u r a n t e a m a i o r p a r t e da v i d a do s i s t e m a . 0 grupo de cúmulos-nimbus deve permanecer d u r a n t e as d i f e r e n t e s f a s e s da v i d a das nuvens que o c o n s t i t u e m e deve c o n t r i b u i r em algum momento p a r a a formação de um f l u x o de a r quente da t r o p o s f e r a s u p e r i o r . Ademais, as c o r r e n t e s descendentes de e s c a l a c o n v e c t i v a devem m e s c l a r - s e em algum momento p a r a f o r m a r uma zona c o n t i n u a de a r f r i o na b a i x a t r o p o s f e r a . Normalmente a precipitação e s t r a t i f o r m e e x t e n s i v a é p r o v e n i e n t e do f l u x o que s a i evap.orando-se em m a i o r ou menor medida a n t e s de chegar ao s o l o.

No p r e s e n t e t r a b a l h o é e f e t u a d o um e s t u d o sinótico-d i n a m i c o , através sinótico-de técnicas sinótico-de análise o b j e t i v a e análise s i nó t i ca c o n v e n c i o n a l p a r a a n a l i s a r a atuação de um CCFI de v i d a l o n g a com enchente s e v e r a na Região Sul do B r a s i l d u r a n t e o período de 23 a 25 de j u n h o de 19S2.

Como o b j e t i v o , e s t e e s t u d o p r e t e n d e e x p l o r a r os a s p e c t o s r e f e r e n t e s ao ambiente sinótico r e l a c i o n a d o com a evolução do CCFI, na busca de informações que p o s s i b i l i t e m c o n t r i b u i r p a r a o t i m i z a r o prognóstico d e s t e s i s t e m a de tempo.

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2. REVISTO BIBLIOGRÁFICA

Da. l i t e r a t u r a e s p e c i a l i z a d a são r e l a c i o n a d o s d i v e r s o s t r a b a l h o s que mostram os d i f e r e n t e s a s p e c t o s dos complexos c o n v e c t i v o s de mesoescala.

U c c e l i n i e Johnson (1979) i n v e s t i g a r a m as circulações t r a n s v e r s a s nas regiões de e n t r a d a e saída da c o r r e n t e de j a t o através de simulação numérica, a p l i c a n d o as equações do v e n t o i s a l a b a r i c a em coordenadas isentrópicas, num e s t u d o de caso, a f i m de examinar a interação e n t r e os j a t o s da b a i x a t r o p o s f e r a e da t r o p o s f e r a s u p e r i o r e o d e s e n v o l v i m e n t o de s i s t e m a s c o n v e c t i v o s s e v e r o s . Os r e s u l t a d o s numéricos d e f i n e m um a j u s t a m e n t o de massa de duas camadas na saída e na e n t r a d a . do j a t o s u p e r i o r e mostram que: 1) um j a t o de b a i x o s níveis, a b a i x a da região de saída do j a t o troposférico, e s t a embebido na ramificação mais b a i x a de uma circulação i n d i r e t a , 2) a intensificação da ramificação mais b a i x a e o d e s e n v o l v i m e n t o do j a t o de b a i x o s níveis estão a c o p l a d o s ao j a t o .troposférico s u p e r i o r p e l a s duas camadas de a j u s t a m e n t o de massa d e n t r o da região de saída da c o r r e n t e de j a t o .

A componente do v e n t o isalobárico é a p r i n c i p a l causa p a r a o e i x o do j a t o de b a i x o s níveis f o r m a r um a n g u l o s i g n i f i v a t i v o com o e i x o do j a t o s u p e r i o r e o g i r o r e s u l t a n t e do v e n t o com a a l t u r a . Na região de saída, a g e o m e t r i a desse a j u s t a m e n t o combinou com a r troposférico i n f e r i o r quente e úmido, à d i r e i t a e à f r e n t e do j a t o s u p e r i o r e o nível do j a t o s u p e r i o r f r i o e seco p r o d u z i d o p e l a advecção d i f e r e n c i a l que d e s e s t a b i l i z o u convectivãmente a a t m o s f e r a . Os r e s u l t a d o s desse

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e s t u d o de caso suportam o c o n c e i t o que o d e s e n v o l v i m e n t o de condições favoráveis a formação de s i s t e m a s c o n v e c t i vos s e v e r o s pode s e r forçado p e l o a j u s t a m e n t o de massa que acompanha a propagação de uma j a t o s u p e r i o r .

Fladdox (1980) d e f i n i u um CCM como um conglomerado de nuvens de i n t e n s a s t r o v o a d a s que comumente p r o d u z um escudo de c i r r o s c i r c u l a r ou o v a l com um e i x o que pode a t i n g i r de 250 a 2500 km de comprimento e duração de mais de s e i s h o r a s .

fladdox (1979? 1980; 1981 a ) documentou as condições atmosféricas p r e c u r s o r a s que conduzem ao d e s e n v o l v i m e n t o de um CCM. E l e n o t o u que na estação de verão o e f e i t o da advecçáo térmica é comumente mais i n f 1 u e n c i a d o r do que o e f e i t o da advecçáo d i f e r e n c i a l de v o r t i c i d a d e p a r a i n t r o d u z i r os movimentos v e r t i c a i s necessários p a r a uma a t i v i d a d e c o n v e c t i v a o r g a n i z a d a . Supondo que a massa de a r possa e s t a b e l e c e r condições p a r a a formação de t r o v o a d a s , no i n t e r i o r das áreas de advecçáo quente em e s c a l a sinótica, é possível d e t e r m i n a r regiões p r e f e r e n c i a i s p a r a o d e s e n v o l v i m e n t o da a t i v i d a d e do CCfl. Uma dessas áreas é e n c o n t r a d a ao longo ou ao n o r t e do c o n t o r n o f r o n t a l o r i e n t a d o l e s t e — o e s t e e a o u t r a ao l o n g o ou ao n o r t e dos c o n t o r n o s do f l u x o descendente das t r o v o a d a s a n t e r i o r e s . Essas áreas são comumente l o c a l i z a d a s sob ou próximo à posição da c r i s t a de 500 hPa. Em m u i t o s casos, Maddox n o t o u que a aproximação de um cavado de onda c u r t a f r a c a pode a j u d a r na geração de a t i v i d a d e .

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de um CCP1 mantém a i d e n t i d a d e do s i s t e m a p o r um período r e l a t i v a m e n t e l o n g o de tempo. Maddox também n o t o u que a característica dominante da m a t u r i d a d e de um CCÍ1 é a grande extensão da circulação troposférica ascendente e e n v o l v e enorme área de precipitação. 0 núcleo quente d e s t a circulação, causado p e l a grande q u a n t i d a d e de c a l o r l a t e n t e l i b e r a d o , pode p r o d u z i r uma mesobaixa s o b r e a m e s o a l t a a s s o c i a d a com a camada r a s a de a r f r i o da c o r r e n t e descendente da tempestade. 0 d e s e n v o l v i m e n t o da b a i x a de núcleo quente na média t r o p o s f e r a é acompanhado p o r um aumento na v o r t i c i d a d e r e l a t i v a p o s i t i v a (Rasmussem, 1 9 7 9 ) .

fladdox e t - álii (19S1 b) a n a l i s a r a m a evolução das características da t r o p o s f e r a s u p e r i o r d u r a n t e o d e s e n v o l v i m e n t o de um CCC. s o b r e o v a l e do M i s s i s s i p i d u r a n t e a n o i t e e madrugada dos d i a s 24 e 25 de a b r i l de 1973. T a i s análises i n d i c a r a m f o r t e s variações de t e m p e r a t u r a , v e n t o e a l t i t u d e dai superfície de pressão, o c o r r i d o s s o b r e o s i s t e m a c o n v e c t i v o num período de

apenas 6 horas. Admite-se como hipótese que o sistema ..convectivo

é responsável p o r e s t a s variações..A questão de s e r as variações d i a g n o s t i c a d a s r e f l e t e m uma evolução n a t u r a l de caimpos meteorológicas de l a r g a e s c a l a ou são um r e s u l t a d o da extensão da convecçáo p r o f u n d a é c o n s i d e r a d o u t i l i z a n d o duas previsões numéricas separadas p r o d u z i d a s p e l o modelo D r e x e l - N c a r de equações p r i m i t i v a s de mesoescala. Uma previsão "seca", na qual não são p e r m i t i d a s nuvens c o n v e c t i v a s , é c o n s i d e r a d a r e p r e s e n t a t i v a da evolução do ambiente de l a r g a - e s c a l a . Esta previsão é c o n t r a s t a d a com uma previsão úmida* que, através do uso de um modela u n i d i m e n s i o n a l de cúmulos de pluma s e q u e n c i a l ,

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i n c l u i o e f e i t o da convecção úmida. As diferenças e n t r e as previsões são s u b s t a n c i a i s e as perturbações p r o d u z i d a s p e l a convecção são quase s i m i l a r e s aos a s p e c t o s d i a g n o s t i c a d o s . Os r e s u l t a d o s numéricos deram s u p o r t e à afirmação de que a circulação de mesoescala de caráter c o n v e c t i v o , a s s o c i a d a com grandes t r o v o a d a s , podem a l t e r a r s i g n i f i c a t i v a m e n t e as condições a m b i e n t a i s da t r o p o s f e r a s u p e r i o r .

J o h n s t o n (1981) a n a l i s o u núcleos de v o r t i c i d a d e de mesoescala i n d u z i d o s p o r CCfl e c o n c l u i u que t a i s fenômenos se desenvolvem a p a r e n t e m e n t e d e n t r o de um CCN. A grande q u a n t i d a d e de c a l o r l a t e n t e l i b e r a d a de numerosas t r o v o a d a s c o n c e n t r a d a s d e n t r o do complexo podem p r o d u z i r circulação ciclônica (meso-b a i x a ) em níveis médios da a t m o s f e r a . Restos de nuvens, f r e q u e n t e m e n t e permanecem d e p o i s da dissipação da convecção a t i v a d e n t r o do CCfl, são a d v e c t a d o s com o f l u x o da camada de 700-500 hPa. I s s o pode o c o r r e r d u r a n t e h o r a s , ou mesmo d i a s . A circulação ciclônica r e f e r i d a acima, aparece d e n t r o dos r e s t o s de nuvens que, dependendo da direção do movimento, pode i n i c i a r novas t r o v o a d a s .

Fladdox e t álii (1982) usaram imagens de satélite p a r a documentar complexos c o n v e c t i v o s de mesoescala (CCfl) o c o r r i d o s s o b r e os Estados Unidos d u r a n t e os meses da estação quente de 1981. Estes s i s t e m a s e x i b i r a m características s i m i l a r e s a q u e l a s d e s c r i t a s na l i t e r a t u r a a q u i mencionada. No e n t a n t o , o comportamento de vários s i s t e m a s c o n v e c t i v o s propõe questões que podem s e r r e s p o n d i d a s através de e s t u d o s d e t a l h a d o s . Os s i s t e m a s p r o d u z i r a m uma v a r i e d a d e de tempo s i g n i f i c a t i v o com t r o v o a d a s e

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precipitações i n t e n s a s provocando e n c h e n t e s . O u t r o s s i s t e m a s c o n v e c t i v o s , embora não enquadrados nos critérios de definição do CCP1 (fladdox, 1 9 8 0 ) , d e s p e r t a r a m atenção.

Fladdox (1983) a p r e s e n t o u um número de características d i s t i n t a s e i n d i c o u interações i m p o r t a n t e s de 10 ( d e z ) CCMs com o ambiente de l a r g a e s c a l a , usando métodos de análise o b j e t i v a . Os s i s t e m a s p a r e c i a m s e r l i g a d o s a um f r a c o cavado de onda c u r t a na média t r o p o s f e r a em progressão p a r a l e s t e . I n i c i a l m e n t e desenvolveram-se t r o v o a d a s d e n t r o de uma região de convergência de mesoescala e o movimento ascendente a p a r e n t e m e n t e f o i forçado, p r i n c i p a l m e n t e , p e l a advecçao de a r quente nos b a i x o s níveis. E l e s a d q u i r i r a m organização de mesoescala, enquanto se moviam p a r a e s t e à f r e n t e do cavado de onda c u r t a . 0 aquecimento a d i abatico eventualmente p r o d u z i a um sistema de núcleo quente na média t r o p o s f e r a e núcleo f r i o na t r o p o s f e r a s u p e r i o r . 0 i n f l u x o d e n t r o da camada mais b a i x a da t r o p o s f e r a a l i m e n t o u a convecção d e n t r o de uma região c a r a c t e r i z a d a p o r um f l u x o de M a s s a p a r a c i m a , além de p r o d u z i r e x t e n s a área de precipitação. A e s p e s s u r a da camada aumentada d e n t r o dessa região p r o d u z i u , de forma anômala, v a l o r e s a l t o s de g e o p o t e n c i a l na t r o p o s f e r a s u p e r i o r s o b r e o CCPl, e i n t e n s o f l u x o de a r d e s e n v o l v e u - s e na região onde houve um aumento do g r a d i e n t e de g e o p o t e n c i a l . 0 e n f r a q u e c i m e n t o o c o r r e u quando o s i s t e m a se moveu para l e s t e , s a i n d o da região de a r c o n d i c i o n a l m e n t e instável, causado p e l a advecçao de a r quente nos b a i x o s níveis. E n t r e t a n t o , quando o s i s t e m a e n f r a q u e c e u , a r e s p o s t a atmosférica às perturbações r e s i d u a i s de t e m p e r a t u r a r e s u l t o u numa intensificação do cavado

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de onda c u r t a na metade s u p e r i o r da t r o p o s f e r a .

Rodgers e t álli (1983) documentaram os CCMs que o c o r r e -rêu« nos Estados Unidos em 1982 através de imagens de satélites realçadas no c a n a l i n f r a v e r m e l h o . T r i n t a e s e t e s i s t e m a s c o n v e c t i v o s de mesoescala foram i d e n t i f i c a d o s através dos critérios d e f i n i d o s p o r fladdox. T a l documentação o f e r e c e uma boa contribuição aos i n v e s t i g a d o r e s i n t e r e s s a d o s n e s t e t i p o de s i s t e m a e l e v a n t a os s e g u i n t e s q u e s t i o n a m e n t o s s o b r e os CCfls: Duais os acoplamentos de 1 argetescal a e de e s c a l a subsinótica que conduzem ao d e s e n v o l v i m e n t o do CCfl? Como são e onde a c o n t e c e as

interações e n t r e as várias e s c a l a s de movimento na formação da convecçào i n i c i a l , p a r a a evolução de um CCfl? Como é a precipitação ( c o n v e c t i v a ou e s t r a t i f o r m e ) em d i f e r e n t e s estágios de d e s e n v o l v i m e n t o do CCfl?

Rodgers e t álli (1985) usaram imagens de satélite realçadas p a r a documentar a ocorrência de complexos c o n v e c t i v o s de mesoescala s o b r e os E s t a d o s Unidos em 1983. T r i n t a s i s t e m a s c o n v e c t i v o s i n t e n s o s f o r a m i d e n t i f i c a d o s a p a r t i r dos critérios de CCfl p r o p o s t o s p o r fladdox. E s t e s s i s t e m a s f o r a m r e s p o n s d l v e i s p o r c e r c a de 21 m o r t e s , 151 f e r i d o s e c e n t e n a s de milhões de dólares de prejuízos nas p r o p r i e d a d e s e c o l h e i t a s . Em g e r a l e l e s a p r e s e n t a r a m características s i m i l a r e s aos casos já doeumentados, porém q u a t r o exemplos f o r a m a p r e s e n t a d o s e d i s c u t i d o s p a r a m o s t r a r que pode o c o r r e r uma v a r i e d a d e de r e g i m e s de f l u x o de a r da média t r o p o s f e r a , desde uma situação f o r t e m e n t e bairoc 1 i n i ca na p r i m a v e r a , até uma situação com uma e x t e n s a c r i s t a d u r a n t e o médio verão.

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L e a r y e Rappaport (193?) descreveram o c i c l o de v i d a e a e s t r u t u r a de um CCP1 com relação à precipitação, r e g i s t r a d a na r e d e de c o l e t a de dados da porção do Texas d u r a n t e o Programa

(HIPLEX), em S de Junho de 1930. Este CCH f o i o t e r c e i r o de uma sequência de c i n c o s i s t e m a s c o n v e c t i v o s de mesoescala que se formaram em associação com a zona f r o n t a l em b a i x o s níveis. Dados de r a d a r , de satélite, de superfície e de a r s u p e r i o r f o r a m u t i l i z a d o s p a r a d e t e r m i n a r a e s t r u t u r a t r i d i m e n s i o n a l do CCFI. 0 modelo de precipitação de b a i x o s níveis a p r e s e n t o u em sua borda l e s t e ( p r i n c i p a l ) uma l i n h a . O r i e n t a d a na direção n o r t e - s u l , de cé"1 u 1 as c o n v e c t i vas i n t e n s a s , p o s s u i n d o e s t r u t u r a e características termodinâmicas e cinemáticas típicas de uma

l i n h a de i n s t a b i l i d a d e . Atrás da borda p r i n c i p a l , um mínimo de r e f l e t i v i d a d e d e f i n i u uma zona de transição onde as células c o n v e c t i v a s se d i s s i p a r a m . A o e s t e dessa zona de tranzição, uma e x t e n s a área de precipitação f o i o r g a n i z a d a d u r a n t e o estágio de maturação do s i s t e m a , através de bandas de precipitação em forma de c u r v a , s u g e r i n d o uma interação e n t r e a circulação de mesoescala do CCP1 e a s u b e s t r u t u r a de e s c a l a r e f i n a d a do seu mode 1 o de p r e c i p i tacão. D f 1 u x o a n t i c i c1 oni co em 200 hPa, j u n t o com o i n f l u x o próximo a 500 hPa sugerem movimento ascendente nas nuvens de nível médio e s u p e r i o r n e s t a região.

S i l v a D i a s (1937) a p r e s e n t o u uma revisão dos e s t u d o s s o b r e s i s t e m a s de mesoescala r e l e v a n t e s p a r a previsão de c u r t o p r a z o . R e f e r i n d o - s e aos e s t u d o s conduzidos; p o r Guedes e S i l v a D i a s ( 1 9 8 5 ) , que a n a l i s a r a m casos de ocorrências de CCC1 na América do S u l , e l a n o t o u que os CCNs estavam imersos num

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ambiente que a p r e s e n t a v a f o r t e advecção de a r quente e úmido no n i v e l de S50 hPa p r o v e n i e n t e da região Amazônica, adveccão e s t a r e a l i z a d a p o r um j a t o de b a i x a s níveis, ao n o r t e do CCfl. 0 acoplamento e n t r e os j a t o s de b a i x o s níveis e a c o r r e n t e de j a t o c o n s t i t u i um mecanismo i m p o r t a n t e para formação do CCfl.

V e l a s c o e F r i t s h (1987) documentaram através de imagens de satélite realçadas na f a i x a e s p e c t r a l i n f r a v e r m e l h a e dados de radiossondagem e c o n v e n c i o n a i s de superfície, a existência e as características climatológicas de CCfls em l a t i t u d e s médias da América do Sul ( s u l de 20°S) e na região t r o p i c a l s i t u a d a e n t r e as l a t i t u d e s de 20°N e 20°S, compreendendo p a r t e das Américas do N o r t e e do S u l . E l e s e n c o n t r a r a m que os CCfls o c o r r e r a m aproximadamente com a mesma frequência em l a t i t u d e s médias na América do Sul e na América do N o r t e . As características dos CCfls da América do S u l , em sua m a i o r i a , são s i m i l a r e s a q u e l a s dos CCfls das EUA. A mais notável diferença e n t r e os CCfls da América do N o r t e e da América do S u l , é que os últimos são, em média s e s s e n t a p o r c e n t o m a i o r e s do que os CCfls nos EUA. Além d i s s o , p a r a a grande população de CCfl de l a t i t u d e s médias da América do S u l , mesmo número de CCfls de b a i x a s l a t i t u d e s f o r a m e n c o n t r a d o s . Em g e r a l , ambas as populações de CCfl, t r o p i c a l e de l a t i t u d e s médias foram n o t u r n o s e c o n t i n e n t a i s . Dos s i s t e m a s que o c o r r e r a m s o b r e a água, uma fração s i g n i f i c a n t e d e s e n v o l v e u - s e d e n t r o de tempestades t r o p i c a i s . Grandes populações de CCfls o c o r r e r a m em cada uma das áreas de l a t i t u d e s médias f i s i o g r a f i c a m e n t e s i m i l a r e s da América do N o r t e e da América S u l , onde um j a t o n o t u r n o f r e q u e n t e m e n t e se d e s e n v o l v e . Poucos CCfls se

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desenvolveram s o b r e a b a c i a do R i o Amazonas ou s o b r e o s u d e s t e dos EUA, a i n d a que ambas essas áreas e x i b i s s e m grande q u a n t i d a d e de a t i v i d a d e c o n v e c t i v a p r o f u n d a . Um dos d o i s anos de dados i n v e s t i g a d o s f o i um ano de " E l N i n o " . Durante esse período, o número de s i s t e m a s de l a t i t u d e s médias da América do Sul f o i mais do que o dobro do número do ano em que náo houve " E l N i n o " . Além d i s s o , vários CCMs formaram-se s o b r e a água anomalamente a q u e c i d a ao longo da c o s t a p e r u a n a .

Mc A n e l l y e C o t t o n (1989) a n a l i s a r a m dados horários de precipitação p a r a 122 casos de CCM, s e l e c i o n a d o s de j u n h o a a g o s t o , 1977 a 1983 ( E s t a d o s U n i d o s ) , e e s c o l h i d o s e n t r e a q u e l e s que a p r e s e n t a r a m uma c o n f o r m i d a d e com o c i c l o de v i d a típico a p a r t i r de observação de imagens de satélite no e s p e c t r o

i n f r a v e r m e l h o . Na média, e s t e s s i s t e m a s p r o d u z i r a m um volume de precipitação de 3,46 Km3 d u r a n t e seu c i c l o de v i d a ,

s o b r e uma área de 320.000 km2 com uma a l t u r a média de 10,8 mm.

Uma análise estatística das características dessa precipitação, d e r i v o u i n d i v i d u a l m e n t e para cada caso, p r o p o r c i o n a n d o uma e s t i m a t i v a da v a r i a b i l i d a d e e n t r e os s i s t e m a s p a r a CCMs típicos de verão. Uma comparação de vários s u b s i s t e m a s da amostra r e v e l a algumas tendências i n t e r e s s a n t e s : 1) s i s t e m a s menores e menos o r g a n i z a d o s tendem a s e r mais secos do que CCMs de tamanho s i m i l a r mais o r g a n i z a d o s ? 2) s i s t e m a s grandes p r o d u z i r a m mais precipitação do que os menores; 3 ) Os s i s t e m a s grandes tenderam a p r o d u z i r mais precipitação na p a r t e o r i e n t a l da regiáo de domínio da a m o s t r a do que na p a r t e o c i d e n t a l , d i f e r e n t e m e n t e dos pequenos s i s t e m a s ? 4 ) os s i s t e m a s de l e s t e .

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pequenos e grandes., t i v e r a m um núcleo melhor d e f i n i d o de precipitação i n t e n s a através de seus c i c l o s de v i d a , do que os de o e s t e .

C o t t o n e t álli (19S9) usaram técnicas de composição p a r a i n v e s t i g a r a evolução dos a s p e c t o s de e s c a l a m e s o a l f a de complexo c o n v e c t i v o de mesoescala (CCM). 0 estágio p r i m i t i v o do c i c l o de v i d a do CCFI é c a r a c t e r i z a d o por convergência, movimento v e r t i c a l a s c e n d e n t e e a q u e c i m e n t o na b a i x a t r o p o s f e r a . Quando o CCfl amadurece, o nível de p i c o da c o r r e n t e ascendente e o aquecimento deslocam-se p a r a a t r o p o s f e r a s u p e r i o r . 0 s i s t e m a se c o m p l e t a com divergência máxima e v o r t i c i d a d e anticic1Ônica na t r o p o s f e r a s u p e r i o r d u r a n t e a última metade do c i c l o de v i d a . Também, o movimento v e r t i c a l é a s c e n d e n t e nos níveis i n f e r i o r e s u p e r i o r .

I s t o o c o r r e porque o CCM é uma f o r m a de s i s t e m a c o n v e c t i v o i n e r c i a l m e n t e estável c u j o r a i o excede o r a i o de deformação de Rossby.

S c o l a r e F i g u e i r e d o (1990) a n a l i s a r a m condições de l a r g a e s c a l a que f a v o r e c e m a formação e propagação de complexos c o n v e c t i v o s de mesoescala na América do S u l . Concluíram que t a i s s i s t e m a s formam-se á l e s t e de c e n t r o s de b a i x a pressão em superfície numa e x t e n s a área dominada p o r convergência de umidade e núcleos máximos de advecçáo q u e n t e , além de j a t o s de b a i x o s níveis no escoamento de n o r t e .

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3. METODOLOGIA

3.1 Definição do período de e s t u d o

A definição do período de e s t u d o f o i e f e t u a d a a p a r t i r da análise de imagens de satélite geoestacionário GOES na banda i n f r a v e r m e l h a do e s p e c t r o de e n e r g i a . E s t a b e l e c e u - s e o tempo d e c o r r i d o e n t r e a formação e o decaimento do CCM, que f o i i d e n t i f i c a d o a p a r t i r de critérios d e f i n i d o s p o r Maddox ( 1 9 8 3 ) . A identificação do CCM f o i e f e t u a d a de forma q u a l i t a t i v a , t e n d o em v i s t a as d i f i c u l d a d e s técnicas de a t e n d e r r i g o r o s a m e n t e os critérios d e f i n i d o s no modelo c o n c e i t u a i de Maddox. Com base n i s s o , e f e t u o u - s e uma análise t r i d i m e n s i o n a l da a t m o s f e r a s o b r e a região onde o s i s t e m a se d e s e n v o l v e u .

3.2 Análise das condições sinóticas

3.2.1 Superfície

A análise de superfície f o i r e a l i z a d a com base nas c a r t a s sinóticas das 12:00 TMG, e l a b o r a d a s p e l o Serviço de M e t e o r o l o g i a da D i r e t o r i a de H i d r o g r a f i a e Navegação do Ministério da M a r i n h a . A análise das imagens de satélite e do campo de precipitação também contribuíram para d e f i n i r as condições sinóticas de superfície.

3.2.2 Ar s u p e r i o r

0 comportamento da a t m o s f e r a em a l t i t u d e f o i a v a l i a d o a p a r t i r de análise sinótica c o n v e n c i o n a l das c a r t a s de g e o p o t e n c i a l nos níveis 850, 700, 500 e 300 hPa.

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3.3 Campos meteorológicos de parâmetros d e r i v a d o s

Os parâmetros d e r i v a d o s f o r a m c a l c u l a d a s a p a r t i r da utilização do "Modelo diagnóstico de previsão de tempo" de D i a s e S i l v a Dias ( 1 9 8 4 ) . Esse modelo é e s t r u t u r a d o com base na t e o r i a do d e s e n v o l v i m e n t o de S u t c l i f f e (1947) c u j a expressão básica ( P e t t e r s s e n , 1956, p. 324) é: a o ° o - A - __R V2 (£_ AT + H + S) 9 t U f R onde, Q o - v o i" t i. c i d a d e a b s o 1 u t a AQ - a d v e c ç á o de vo r t i c i d a d e a b s o1u t a em 5 0 0 h P a

A,p - advecçáo de t e m p e r a t u r a na camada de 1 0 0 0 / 5 0 0 hPa S - c o n t r i b u i çao a d i ab átic a H -- contribuição d i a b a t i ca f - parâmetro de C o r i o i i s g - aceleração da g r a v i d a d e R - c o n s t a n t e u n i v e r s a l dos gases D e s e n v o l v i d o p a r a s i s t e m a s atmosféricos de l a t i t u d e s médias, o modelo de S u t c l i f f e c a l c u l a as advecçoes p e l o v e n t o geostrófico. E n t r e t a n t o , o modelo de Dias e S i l v a Dias (1984) e s t i m a os três p r i m e i r o s t e r m o s do l a d o d i r e i t o da equação a n t e r i o r usando o v e n t o o b s e r v a d o como parâmetro básico em l u g a r

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da g e o p o t e n c i a l . E l e é usado t a n t o no cálculo das advecçoes quanto no cálculo da divergência. Na estruturação do modelo sáo usadas técnicas de análise o b j e t i v a p a r a obtenção dos campos meteorológicos de a r s u p e r i o r , t a n t o p a r a variáveis básicas quanto p a r a variáveis d e r i v a d a s . Dessa f o r m a , os campos meteorológicos de a r s u p e r i o r sáo o b t i d o s nos d i v e r s o s níveis padrão da a t m o s f e r a . De f a ^ t o , a utilização desse modelo r e s t r i n g e - s e à análise dos campos meteorológicos de a r s u p e r i o r com a f i n a l i d a d e de i n v e s t i g a r os mecanismos s i nótico-dinâmicos responsáveis p e l a evolução do CCC1.

0 s c a m pos me t e o r o1ó g i c o s d e r i v a dos sá o c a l e u1 a dos a p a r t i r das s e g u i n t e s equações:

a) componente v e r t i c a l da v o r t i c i d a d e a b s o l u t a , 3v - 3u + f

b) advecçao hor i z o n t a 1 da c omp onent e v e r t i c a1 da v o r t i c i d a d e a b s o l u t a . A = - ( v . V Q)= - u & - v & - v a-c> divergência h o r i z o n t a l de umidade,

V

(

V

q v ) =

k

( q u ) +

k

,qv| d) d i v e r gênc i a h o r i z o n t a 1 de massa, D = V .V = ^ Ü + 1 X p 8x 3y e) advecçáo h o r i z o n t a l de temperatura', do a r , AT= - (V. V-pT) = - u | | - v - | |

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x - direção ao l o n g o dos p a r a l e l o s y - direção ao l o n g o dos m e r i d i a n o s p - pressão u - componente z o n a l do v e n t o v - componente m e r i d i o n a l do v e n t o f - parâmetro de C o r i o l i s T - t e m p e r a t u r a q - umidade e s p e c i f i c a V - v e l o c i d a d e h o r i z o n t a l Vp~ o p e r a d o r n a b l a a p l i c a d o s o b r e uma superfície i sobári ca

3 . 4 Sonda gens aerológicas e i nd i ces de i n s t a b i 1 i dade

F e i r a m a n a l i s a d o s d i a g r a m a s termodinâmicos BkewT—LogP da estação de C u r i t i b a nos d i a s 2 4 e 2 5 com o o b j e t i v o de d i a g n o s t i c a r o nível de i n s t a b i l i d a d e a s s o c i a d o â evolução do CCfl, através dos índices l< e S h o w a l t e r < S S I ) , e s t i m a d o s de a c o r d o com as fórmulas d e s c r i t a s em B e n e t i e S i l v a ( 1 9 8 6 ) : K — ( T e s o ) + Td

cr-.

T ' - 1 7 O O - T'=, onde ? T - t e m p e r a t u r a do a r no nível c o r r e s p o n d e n t e Td - t e m p e r a t u r a do p o n t o de o r v a l h o T* - t e m p e r a t u r a do b u l b o úmido

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3.5 Descrição dos dados

As informações meteorológicas usados n e s t e e s t u d o foram basicamente? dados sinóticos de superfície das 12:00 TflG c o l e t a d o s na r e d e de estacões do INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA (INMET) e r a d i o s s o n d a g e n s da América do Sul das 12:00 TI1G (TABELA I ) , além de imagens do satélite meteorológico GOES na f a i x a i n f r a v e r m e l h a do e s p e c t r o de e n e r g i a , c e d i d o s p e l o I n s t i t u t o N a c i o n a l de P e s q u i s a s E s p a c i a i s .

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TABELA I

ESTAÇÕES DE ALTITUDE DA AMERICA DO SUL

NUMERO NOME DA PAIS ALTITUDE LATITUDE LONGITUDE

SIMOTICO FSTAÇfiO ( m e t r o s ) ( 2. " ) ( S • )

82193 Belém (SBBE) B r a s i 1 005 01 27 48 23

82200 São L u i z (SBSL) B r a s i 1 051 02 32 44 17 82332 Manaus. (SB MN) B r a s i 1 065 03 03 60 01 82397 F o r t a l e z a (SBFZ) B r a s i 1 026 03 46 33 36 82400 F. de Noronha (SBFN) B r a s i 1 005 01 27 43 28 82599 •>• N a t a l (SBNT) B r a s i 1 049 05 55 35 15 82678 * F l o r i a n o (SBFR) B r a s i 1 123 06 46 43 01 82765 V: C a r o l i n a CSBCI) B r a s i 1 193 07 20 4720 82900 R e c i f e (SBRF) B r a s i 1 007 03 03 34 55 82983 P e t r o l i n a (SBPD B r a s i 1 370 09 23 40 29 83229 S a l v a d o r (SBSV) B r a s i 1 051 13 01 33 31 83288 B.J. da Lapa (SBLP) B r a s i 1 440 13 01 38 31 83373 * Brasília (SBBR) , B r a s i l 1061 15 47 47 56 32498 C a r a v e l a s <SBCV> ! B r a s i l 003 ! 17 44 ! 39 15 83612 V: Campo Grande (SBCG) ! B r a s i l ! 600 20 27 ! 54 37 83650 * T r i n d a d e (SBTD) ! B r a s i l ! 021 I 20 30 ! 29 10 33746 * Galeão (SB GD ! B r a s i l ! 014 22 49 1 43 15 33780 São P a u l o (SBSP) i B r a s i l 795 23 30 ! 29 10 33340 * C u r i t i b a (SBCT) ! B r a s i l ! 930 ! 25 20 ! 49 14 83971 * P o r t o A l e g r e (SBPA) ! B r a s i l ! 056 ! 30 01 ! 51 13 81405 !Cayenne/Rochambeau ! G.Fr i 009 ! 04 50 ! 52 22 80222 ! Bogotá/Eldorada ! Colom. ! 2548 ! 04 42 1 74 08

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TAP F L A I < Cont i nuaçSo) 84648 L i ma/Cal I o A e r o . I n t . i Peru ! 013 ! 12 00 77 07 85442 * AntoPagasta/C. (loreno! C h i l e ! 122 ! 23 26 70 23 85543

*

Qui n t e r o C h i l e 002 I 32 47 71 32 85799 P u e r t o Flontt C h i l e 110 i 41 28 72 56 87047 S a l t a Argen. ! 1221 ! 24 51 65299 87155 Resi s t e n c i a A r g e n . ! 052 ! 27 27 59 03 87344 * Cordoba Argen. ! 474 i 31 19 64 13 87576 se E z e i z a A r g e n . ! 020 ! 34 49 53 32 87715 * Neuquen Argen. ! 270 ! 33 57 63 08

87743 Comte. Espora B. A. ! Argen. ! 074 i 38 44 ! 62 10

37360 •Comodoro R i v a d a v i a ! A r g e n , i 046 45 47 ! 67 27

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4. DESENVOLVIMENTO

Neste c a p i t u l o são d i s c u t i d a s as imagens de satélite, as análises da pressão r e d u z i d a ao nível médio do mar, do g e o p o t e n c i a l , da precipitação t o t a l diária e os campos de parâmetros d e r i v a d o s , d i a g r a m a s termodinâmicos e os índices de i n s t a b i 1 i dade.

4.1 Condições sinòticas

A análise p a r a o período e s t u d a d o , f e i t a a p a r t i r de imagens de satélite, c a r t a s sinòticas de superfície, c a r t a s de precipitação e c a r t a s de g e o p o t e n c i a l em d i f e r e n t e s níveis, r e v e l a como se comportou o ambiente sinótico d u r a n t e a formação e o d e s e n v o l v i m e n t o do complexo c o n v e c t i v o de mesoescala (CCM).

A imagem das 00:17 Hs do d i a 23, f i g . 4 . 1 , mostra um s i s t e m a f r o n t a l semi-estacionário s o b r e a Região Sudeste do B r a s i l , estendendo-se s o b r e o oceano Atlântico, p a r a l e l a m e n t e à c o s t a da Região Sul do B r a s i l e um o u t r o s i s t e m a f r o n t a l l o c a l i z a d o m e r i d i o n a l m e n t e s o b r e o c e n t r o — s u l do C h i l e . A quase t o t a l ausência de n e b u l o s i d a d e s o b r e as Regiões N o r d e s t e , Sudeste e p a r t e da Região C e n t r o — O e s t e do B r a s i l sugere a presença do a n t i c i c l o n e semi-estacionário do Atlântico S u l .

Na imagem s e g u i n t e das 12:17 Hs TMG ( F i g . 4.2) se o b s e r v a que o s i s t e m a f r o n t a l atuando s o b r e o B r a s i l , aumentou sua a t i v i d a d e e d e s l o c o u - s e no s e n t i d o NW/SE s o b r e o c o n t i n e n t e , c a r a c t e r i z a n d o - s e como f r e n t e q u e n t e , passando a c o b r i r com sua n e b u l o s i d a d e t o d o o e s t a d o do Mato Grosso do S u l e

(38)

n o r o e s t e do Paraná e a p r e s e n t a n d o uma oclusão ao l a r g o da c o s t a do U r u g u a i . A f r e n t e que se e n c o n t r a v a s o b r e o C h i l e d e s l o c o u - s e p a r a a p a r t e o e s t e da A r g e n t i n a . A p a r t i r d e s t a imagem, o b s e r v o u

-se um CCn formado com seu escudo de c i r r o s e cúmulos-nimbos

c o b r i n d o a p a r t e c e n t r a l do Paraná.

No d i a 24, a imagem das 0ó:17 TPIG < F i g . 4.3) mostra que a f r e n t e quente d e s l o c o u - s e do c o n t i n e n t e para o oceano, aumentando sua a t i v i d a d e ao l a r g o da c o s t a da Região Sudeste do B r a s i l enquanto que f r e n t e f r i c i d e s l o c o u - s e no s e n t i d o o e s t e - l e s t e , atuando s o b r e a A r g e n t i n a . Comparada com a

imagem a n t e r i o r , e s t a a p r e s e n t a um aumento g e r a l da c o b e r t u r a de nuvens s o b r e as Regiões Sudeste e Sul e, p r i n c i p a l m e n t e , s o b r e a área oceânica ao l a r g o das mesmas. Um s i s t e m a de nuvens c i r r i f o r m e s é observado s o b r e a p a r t e s u l do P a r a g u a i . A imagem das 12:17 TPIG < F i g . 4.4) mostra o CCPI em a t i v i d a d e máxima, com sua n e b u l o s i d a d e c o b r i n d o os e s t a d o s do Paraná, Santa C a t a r i n a e p a r t e do oceano ao l a r g o da c o s t a desses d o i s e s t a d o s . G s i s t e m a de nuvens c i r r i f o r m e s f o i advectado na direção do CCPI. A f r e n t e quente d e s l o c o u s e l e n t a m e n t e no s e n t i d o c o n t i n e n t e -oceano e a f r e n t e f r i a a t i n g i u o o e s t e do U r u g u a i .

No d i a 2 5 , a imagem das 00:17 TPIG CFig. 4.5) mostra o CCPI a i n d a a t i v o , com uma pequena p a r t e da n e b u l o s i d a d e s o b r e o s u d e s t e do Estado de Sáo Paulo e o r e s t a n t e s o b r e o oceano ao l o n g o da c o s t a dos e s t a d o s do Paraná e Sáo P a u l o . A f r e n t e quente a p r e s e n t o u pouca n e b u l o s i d a d e s o b r e o c o n t i n e n t e enquanto que sua porção oceânica e o CCPI c o n t i n u a v a m com i n t e n s a n e b u l o s i d a d e . A f r e n t e f r i a passou a l o c a l i z a i — s e s o b r e a A r g e n t i n a , havendo

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a i n d a n e b u l o s i d a d e pré-frontal s o b r e o l e s t e do R i o Grande do Sul e U r u g u a i . A imagem das 12:17 TMG ( F i g . 4.6) m o s t r a que a f r e n t e quente o c l u i u s o b r e o oceano em t o r n o de (30°S - 35°W), a p r e s e n t a n d o f r a c a a t i v i d a d e s o b r e o c o n t i n e n t e . A n e b u l o s i d a d e a s s o c i a d a ao CCI1 j u n t o u - s e a da f r e n t e o c l u s a e a f r e n t e f r i a aparece m e r i d i o n a l m e n t e p o s i c i o n a d a ao l o n g o da c o s t a e também s o b r e o n o r d e s t e a r g e n t i n o , s u l do P a r a g u a i , o e s t e do R i o Grande do Sul e o e s t e do U r u g u a i .

As c a r t a s sinóticas de superfície das 12:00 TMG, e l a b o r a d a s p e l o Serviço de Meteoro! o g i a da D i r e t o r i a de H i d r o g r a f i a e Navegação do Ministério da Marinha ( f i g . 4.7 a 4.9), m o s 11" a m a e v o 1 u ç ao 'do c a m p o da p r e s s á o r e d u z i d & a o n i v e 1 médio do mar.

No d i a 23 ( F i g . 4 . 7 ) , o b s e r v o u - s e a atuação do a n t i c i c l o n e semi—estacionário do Atlântico S u l com sua borda o e s t e s o b r e o c o n t i n e n t e , notadamente s o b r e a região n o r d e s t e e P a r t e d a s R e g i o e s S u d e s t e e C e n t r o - G e s t e d o B r a s i 1 « 0 b s e r v a •- s e u m a f i" e n t e q u e n t e a t i v a s o b r e o e s t a d o de São Pa u l o , e s t e n d e n d o •-se s o b r e o oceano ao l a r g o da c o s t a da região s u l do B r a s i l e uma frontogênese s o b r e o C h i l e , ü a n t i c i c l o n e p o l a r a p r e s e n t o u - s e com f r a c a i n t e n s i d a d e , atuando s o b r e o Uruguai com c e n t r o de 1022 hPa.

No d i a 24 ( F i g . 4 . 3 ) , a n t i c i c l o n e semi-estacionário do Atlântico Sul a p r e s e n t o u variação em relação ás últimas 24 h o r a s , mantendo sua borda o e s t e s o b r e o c o n t i n e n t e . A f r e n t e quente d e s l o c o u - s e do c o n t i n e n t e parai o oceano, a t u a n d o s o b r e o Estado de São P a u l o . A f r e n t e f r i a apareceu d e s l o c a d a no s e n t i d o o e s t e

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-l e s t e , p o s i c i o n a d a m e r i d i o n a -l m e n t e em t o r n o do M e r i d i a n o de 60° U s o b r e a A r g e n t i n a . 0 a n t i c i c l o n e p o l a r manteve-se estacionário e a p r e s e n t o u um e n f r a q u e c i m e n t o em relação ao d i a a n t e r i o r , já que sua pressão c e n t r a l e r a de 1022 hPa no d i a 23.

No d i a 25 ( F i g . 4 . 9 ) , o a n t i c i c l o n e semi-estacionário do Atlântico manteve sua b o r d a o e s t e s o b r e o c o n t i n e n t e como nos d i a s a n t e r i o r e s , porém com uma pequena intensificação. 0 s i s t e m a f r o n t a l a p r e s e n t o u - s e o c l u s o s o b r e o oceano em t o r n o de <30°S 30°W) e com pouca a t i v i d a d e s o b r e o c o n t i n e n t e .

A análise isobárica do campo de g e o p o t e n c i a l das 12:00 TPlG ( F i g . 4.10 a 4 . 2 1 ) , em d i f e r e n t e s níveis, f o r n e c e uma visão t r i d i m e n s i o n a l do campo de movimento, mostrando suas características e s p a c i a i s s o b r e a região de e s t u d o , bem como sua variação t e m p o r a l ao l o n g o do período.

No d i a 23, ( F i g . 4.10 a 4 . 1 3 ) , o campo de movimento a p r e s e n t o u u m e s coamento d e ri o r o e s t e s o b r e a r e g i á o s u d e s t e d o B r a s i l , a s s o c i a d o ao A n t i c i c l o n e do Atlântico s u l a t u a v a f o r t e m e n t e s o b r e o c o n t i n e n t e até o nível de 300 hPa. Ds v e n t o s e n t r e 20°S e 25°S s o b r e o B r a s i l , a p r e s e n t a r a m uma g r a d a t i v a intensificação com a a l t u r a , c o i n c i d i n d o com a presença da c o r r e n t e de j a t o nos níveis s u p e r i o r e s da t r o p o s f e r a . 0 escoamento na t r o p o s f e r a s o b r e a região Sul do B r a s i l , a s s o c i a d o ao vórtice ciclônico l o c a l i z a d o sobre o oceano ao l a r g o da c o s t a do R i o Grande do S u l , a p r e s e n t o u v e n t o s f r a c o s a moderados s o b r e C u r i t i b a e P o r t o A l e g r e em S50 hPa ( F i g 4 . 1 0 ) . A p a r t i r do nível de 700 hPa ( F i g . 4 . 1 1 ) , o b s e r v o u - s e uma intensificacção do v e n t o

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com a a l t u r a sendo que a direção a p r e s e n t a v a uma f o r t e componente de o e s t e .

No d i a 24 ( F i g . 4.14 a f i g . 4 . 1 7 ) , o campo de v e n t o observado a p r e s e n t o u uma l i g e i r a variação em relação ao d i a a n t e r i o r . 0 escoamento de n o r o e s t e que a n t e r i o r m e n t e a t i n g i u somente a Região Sudeste do B r a s i l , i n f l u e n c i o u também o Estado do Paraná a p a r t i r do nível de 550 hPa ( F i g . 4 . 1 4 ) , i n t e n s i f i c a n d o ~ s e com a a l t u r a com v e n t o s de 55 k t sobre C u r i t i b a em 700 hPa ( F i g . 4 . 1 5 ) , c a r a c t e r i zatndo a presença de um j a t o de b a i x o s níveis. A c o r r e n t e de j a t o s u p e r i o r f o i observada ao s u l de 20°S. Um cavado de onda c u r t a f o i observado na média t r o p o s f e r a próximo e a o e s t e da região de d e s e n v o l v i m e n t o do CCI1, de acordo com o modelo d e s c r i t o por Fladdox (1983) ( F i g . 4.5 a 4.17) . Sobre o Rio Grande do Sul os v e n t o s apresentaram-se f r a c o s nos b a i x o s níveis, i n t e ns i f i c a nd o-se a p a r t i r de 5 0 0 hP a.

No d i a 25 ( F i g . 4.18 a f i g . 4 . 2 1 ) , o escoamento sobre as regiões Sudeste e Sul do B r a s i l a p r e s e n t o u sensível mudança em relação ao d i a a n t e r i o r . 0 a n t i c i c l o n e semi-estacionário a p r e s e n t o u uma célula c e n t r a d a s o b r e Brasília em 850 hPa ( F i g . 4.18) , atuando até a t r o p o s f e r a s u p e r i o r com o e i x o i n c l i n a d o p a r a o Equador. 0 f l u x o s o b r e a Região Sudeste c o n t i n u o u de n o r o e s t e em 850 hPa. A p a r t i r de 700 hPa ( F i g . 4 . 1 9 ) , predominou o f l u x o de o e s t e . P e r s i s t i u a atuação do j a t o de b a i x o s níveis com v e n t o s de 55 k t e ó0 k t s o b r e Campo Grande e R i o de J a n e i r o , r e s p e c t i v a m e n t e , no nível de 700 hPa ( F i g . 4 . 1 9 ) . Sobre a região s u l do B r a s i l o f l u x o mostrou-se f r a c o e variável em 850 hPa, i n t e n s i f i c a n d o - s e a p a r t i r de 700 hPa até os níveis s u p e r i o r e s .

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e r a de s u d o e s t e .

0 campo de precipitação t o t a l diária ( F i g . 7.1 e 7.2) e x i b i u , a s s o c i a d o ao CCfl, um máximo s o b r e o c e n t r o l e s t e do Estado do Paraná, a p r e s e n t a n d o v a l o r e s em t o r n o de BO mm em C u r i t i b a no d i a 24 às 12:00 TNG e 110 mm em C a s t r o no d i a 25 às 12:00 TPIG.

4.2 Análise dos campas de parâmetros d e r i v a d o s

A análise de parâmetros d e r i v a d o s é e f e t u a d a tomando como referência o p o n t o 25°S - 50°W l o c a l i z a d o no c e n t r o - 1 e s t e do Estada do Paraná de a c o r d o com a posição o b s e r v a d a da formação do CCfl através das imagens de satélites.

4.2.1 Advec ç áo de Temp e r a t u r a .

No d i a 23, o campo de advecçáo de t e m p e r a t u r a e x i b i u uma f o r t e advecçáo quente nos níveis de 850, 700 e 500 hPa ÍFigs. 4.22 a 4.24) e advecçáo f r i a em 300 hPa ( F i g . 4 . 2 5 ) .

No d i a 24, a advecçáo quente f o i r e g i s t r a d a nos níveis de 850 e 700 hPa < F i g s . 4.26 e 4.27) e f r i a em 500 e 300 hPa ( F i g * . 4.23 e 4.2?).

No d i a 25, v o l t o u a se r e p e t i r a situação do d i a 23, ou s e j a , advecçáo quente nos níveis de 350, 700 e 500 hPa ( F i g s . 4.30 a 4.32) e advecçáo f r i a em 300 hPa ( F i g . 4 . 3 3 ) .

4.2.2 Advecçáo de V o r t i c i d a d e .

0 campo de advecçáo de v o r t i c i d a d e a p r e s e n t o u uma advecçáo de v o r t i c i d a d e a n t i c i cl'oni ca desde o nível de 350 hPa até o nível de 350 hPa ( F i g s . 4.34 a 4.37) no d i a 23. Na d i a 24, a advecçáo de v o r t i c i d a d e anticicTõnica f o i r e g i s t r a d a nos níveis

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de 850, 700 e 300 hPa ( F i g . 4.38, 4.39 e 4 . 4 1 ) , sendo que no nível de 500 hPa ( F i g . 4 . 4 0 ) , r e g i s t r o u - s e a advecção de v o r t i c i d a d e ciclÔnica. No d i a 25, a advecçáo de v o r t i c i d a d e p e r s i s t i u anticiclônica em 350 700 hPa ( F i g s .

enquanto mudou de s i n a l em 500 e 300 hPa ( F i g s onde passou a t e r v a l o r e s anticic1ônicos r e s p e c t i vãmente. 4.42 e 4 . 4 3 ) , 4.44 e 4 . 4 5 ) , e c i e Tônicos. 4.2.3 Divergência de Umidade. No d i a 2 3, o campo d e d i ve r gê nc i a d e um i dade e x i b i u v a l o r e s p o s i t i v o s nos níveis 850 e 500 hPa ( F i g s . 4.46 e 4.48) e v a l o r e s n e g a t i v o s no nível de 700 hPa ( F i g . 4 . 4 7 ) . No d i a 24, o nível de 850 hPa ( F i g . 4.49) a p r e s e n t o u v a l o r e s p o s i t i v o s e os níveis de 700 a 500 hPa ( F i g . 4.50 e 4.51) a p r e s e n t a r a m v a l o r e s n e g a t i v o s . Mo d i a 25 os três níveis , 850, 700 e 500 hPa ( F i g s . 4.52 a 4.54) a p r e s e n t a r a m v a l o r e s p o s i t i v o s . 4.2.4 V o r t i c i idade . No d i a 2 3, a v o r t i c i d a d e e r a a n t i c i c 1 ô n i c a n o s n i v e i s d e 850, 700, 500 e 300 hPa ( F i g s . 4.55 a 4 . 5 8 ) . Mo d i a 24, predominou v o r t i c i d a d e eic1ônica nos 4 níveis ( F i g s . 4.59 a 4 . 6 2 ) . Mo d i a 25, os níveis de 850, 700 e 500 hPa a p r e s e n t a r a m v o r t i c i d a d e anticicIônica ( F i g s . 4.63 a 4.65) e v o r t i c i d a d e c i e Tônica, no nível de 300 hPa ( F i g . 4 . 6 6 ) .

4.2.5 Di v e r gênc i a.

Ü campo de divergência a p r e s e n t o u v a l o r e s n e g a t i v o s em 850 hPa ( F i g . 4 . 6 7 ) , v a l o r e s p o s i t i v o s em 700 e 500 hPa ( F i g s . 4.68 e 4.69) e novamente n e g a t i v o em 300 hPa ( F i g . 4 . 7 0 ) , no d i a

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23. No d i a 24, os v a l o r e s da divergência em 850 e 700 hPa ( F i g s . 4.71 e 4.72) f o r a m n e g a t i v o s e p o s i t i v o s em 500 e 300 hPa ( F i g s . 4.73 e 4 . 7 4 ) . No d i a 25, os v a l o r e s foram n e g a t i v o s no 4 níveis

<Fi gs. 4.75 a 4 . 7 8 ) .

4.3 Diagramas A e r o l o g i c o s e Índices de I n s t a b i l i d a d e .

As sondagens aerológicas dos d i a s 24 (12:00 TMG) e 25 (00:00 TflG) da estação de C u r i t i b a - PR ( F i g s . 4.79 e 4 . 8 0 ) , a n a l i s a d a s no diagrama SKEU T - L0G P através do modelo d e s e n v o l v i d o p o r M i l l e r ( 1 9 8 6 ) , não p u b l i c a d o , a p r e s e n t a r a m

i n s t a b i l i d a d e p o t e n c i a l d u r a n t e o período c o n s i d e r a d o . A análise p a r a o d i a 23 não f o i e f e t u a d a tendo em v i s t a a ausência dos d a dos n os n í v e i s s i gn i f i c a t i v o s . Co n t u d o , o índice K f o i c a 1 c u 1 a d o m a n u a 1 m e n t e.

Considerando-se apenas os v a l o r e s do Índice l< (29 no d i a 23, 33,9 no d i a 24 e 30.8 no d i a 25) e do Índice S S I ( 0 , 7 no d i a 24 e 2,8 no d i a 2 5 ) , as condições de i n s t a b i l i d a d e são c o n f i r m a d a s , sendo mais a c e n t u a d a s no d i a 24.

4.4 Considerações G e r a i s .

As imagens de satélite i n d i c a m que a formação do CCM o c o r r e u no d i a 23 e n t r e os horárias das 00:17 e 12:17 TttG ( F i g s . 4.1 e 4 . 2 ) , s o b r e a região c e n t r o - n o r t e do Estado do Paraná. 0 s i s t e m a se d e s e n v o l v e u na vanguarda de uma f r e n t e q u e n t e , a l i m e n t a d o p o r um f l u x o de n o r o e s t e nos b a i x o s níveis, provocado p e l a ação do a n t i c i c l o n e semi-estacionário do Atlântico, que a t u a v a s o b r e as Regiões Sudeste, N o r d e s t e e p a r t e da Região C e n t r o - O e s t e do B r a s i l , e f a v o r e c i d a p e l a posição e i n t e n s i d a d e da c o r r e n t e de j a t o s o b r e o s u d e s t e do B r a s i l . 0 campo de

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advecçao de t e m p e r a t u r a com v a l o r e s p o s i t i v o s na b a i x a e na média t r o p o s f e r a e v a l o r e s n e g a t i v o s na a l t a t r o p o s f e r a , a l i a d o aos v a l o r e s n e g a t i v o s nos campos da divergência de umidade e massa na b a i x a t r o p o s f e r a , f a v o r e c e r a m a i n s t a b i l i d a d e na região de ocorrência do CCP1 onde houve e l e v a d o s t o t a i s p1uviométricos, d e s t a c a n d o - s e v a l o r e s de 110 e 80 mm, em C a s t r o (83313) e C u r i t i b a ( 8 3 8 4 2 ) , r e s p e c t i v a m e n t e , no Paraná, conforme situação sinótica d e s c r i t a p o r U c c e l l i n i e Johnson ( 1 9 7 9 ) , fladdox ( 1 9 8 3 ) , S c o l a r e F i g u e i r e d o ( 1 9 9 0 ) .

Os campos de v o r t i c i d a d e e advecçao de v o r t i c i d a d e com v a l o r e s p o s i t i v o s na b a i x a e na a l t a t r o p o s f e r a , i n d i c a n d o uma intensificação do a n t i c i c l o n e semi-estacionário, f a v o r e c e u o d e s l o c a m e n t o da f r e n t e quente no d i a 23. D u r a n t e o seu d e s e n v o l v i m e n t o o CCM a p r e s e n t o u um d e s l o c a m e n t o no s e n t i d o o e s t e - l e s t e , acompanhando o deslocamento da f r e n t e q u e n t e . No d i a 24, o CCM a t i n g i u sua i n t e n s i d a d e máxima c o i n c i d i n d o com o a p a r e c i m e n t o do j a t o de b a i x o s níveis;, gerado na borda do a n t i c i c l o n e s e m i - estacionário, conforme i n d i c a v a m os campas de v o r t i c i d a d e e advecçao de v o r t i c i d a d e d i a 2.3. 0 aumenta da i n s t a b i l i d a d e n e s t e d i a f o i c o n f i r m a d a p e l a s v a l o r e s dos campos da divergência de massa e umidade, advecçao de t e m p e r a t u r a , precipitação e o Índice K. A v o r t i c i d a d e e advecçao de v o r t i c i d a d e a p r e s e n t a r a m condições favoráveis à desintensificação do a n t i c i c l o n e semi-estacionário no d i a 24. Neste d i a , o c o r r e u um l i g e i r o d e s l o c a m e n t o no s e n t i d o s u l - n o r t e do a n t i c i c l o n e s e m i - e s t a c i onári o, d i m i n u i n d o sua atuação s o b r e a região de atuação do CCM, como i n d i c a v a m os campos de v o r t i c i d a d e e advecçao de v o r t i c i d a d e no d i a a n t e r i o r . A f r e n t e

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o c l u i u sobre o oceano absorvendo o CCM, c o i n c i d i n d o C O M divergência de umidade na b a i x a t r o p o s f e r a e d e s l o c a m e n t o da c o r r e n t e de j a t o no s e n t i d o n o r t e - s u l , com diminuição de

i n t e n s i d a d e .

Observa-se que as condições favoráveis a formação e evolução do CCM f i c a m bem c a r a c t e r i z a d a s a a p a r t i r da definição das forçantes de l a r g a e s c a l a , que se r e v e s t e m de importância f u n d a m e n t a l p a r a o seu prognóstico. Contudo, p e l a própria n a t u r e z a da e s c a l a e s p a c i a l do CCM, a q u a l i d a d e da previsão depende c o n s i d e r a v e l m e n t e do c o n j u n t o de informações meteorológicas adequadas a sua e s c a l a . F i c a e v i d e n c i a d o que, além da advecçáo de t e m p e r a t u r a e a convergência de umidade, advecçao de v o r t i c i d a d e d e s t a c a - s e na definição do modelo s i nótico a s s o c i a d o à formação desse caso e s p e c i f i c o de CCM, bem como no a s p e c t o d i nâmico sua f ormação.

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