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Intangible Assets: um Estudo Epistemológico da Produção Científica Internacional no Período de 1996 a 2008

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Donizete Reina (UFSC) - dreina2@hotmail.com

Diane Rossi Maximiano Reina (UFSC) - dianereina@hotmail.com Sandra Rolim Ensslin (UFSC) - sensslin@gmail.com

Alessandra Vasconcelos Gallon (UFSC) - alegallon@terra.com.br Suelen Haidar Ronchi (UFSC) - suelen_haidar@yahoo.com.br

Resumo:

Os Ativos Intangíveis (AIs) têm despertado olhares dos profissionais do mercado acionário e de diversos estudiosos da área. Tal interesse pode ser explicado pela natureza multidisciplinar desses ativos que, segundo a literatura, se configuram como a fonte de conhecimento, geradora de vantagem competitiva e potencialidades de retornos anormais para os investidores. Assim, este estudo tem como objetivo analisar, sob o aspecto epistemológico, as características da produção científica sobre Ativos Intangíveis no contexto internacional, por meio da técnica de análise de conteúdo. A pesquisa é documental, com fonte de dados secundária, possui natureza exploratório-descritiva e é qualitativa quanto à abordagem do problema de pesquisa. Os resultados revelaram: um aumento de publicações na área a partir de 1999; a maioria dos artigos não apresentou definições constitutivas e nem evolução histórica sobre os AIs; os principais elementos utilizados para representar os AIs foram “tecnologia” e “marcas”; quanto aos focos de estudos, destaca-se o estudo comparativo entre vários países sobre as regras e práticas relacionadas aos AIs; em relação ao segmento econômico, 78% dos trabalhos apresentaram “segmentos diversos” ou “não apresentam segmentos”; os Estados Unidos da América lideram os estudos com 56% dos trabalhos desenvolvidos; 94% dos trabalhos não apresentaram fórmulas para cálculos dos AIs; e os eixos temáticos são voltados a questões financeiras, normatizações e tratamento contábil dos AIs. Em relação às tendências internacionais sobre os Intangible Assets, observou-se que os estudos fazem alusão à importância cada vez maior destes nas organizações e à necessidade de investigações teóricas e empíricas sobre o assunto.

Palavras-chave: Ativos Intangíveis. Estudo epistemológico. Produção científica. Contexto internacional.

Análise de conteúdo.

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Intangible assets: um estudo epistemológico da produção científica

internacional no período de 1996 a 2008

Resumo

Os Ativos Intangíveis (AIs) têm despertado olhares dos profissionais do mercado acionário e de diversos estudiosos da área. Tal interesse pode ser explicado pela natureza multidisciplinar desses ativos que, segundo a literatura, se configuram como a fonte de conhecimento, geradora de vantagem competitiva e potencialidades de retornos anormais para os investidores. Assim, este estudo tem como objetivo analisar, sob o aspecto epistemológico, as características da produção científica sobre Ativos Intangíveis no contexto internacional, por meio da técnica de análise de conteúdo. A pesquisa é documental, com fonte de dados secundária, possui natureza exploratório-descritiva e é qualitativa quanto à abordagem do problema de pesquisa. Os resultados revelaram: um aumento de publicações na área a partir de 1999; a maioria dos artigos não apresentou definições constitutivas e nem evolução histórica sobre os AIs; os principais elementos utilizados para representar os AIs foram “tecnologia” e “marcas”; quanto aos focos de estudos, destaca-se o estudo comparativo entre vários países sobre as regras e práticas relacionadas aos AIs; em relação ao segmento econômico, 78% dos trabalhos apresentaram “segmentos diversos” ou “não apresentam segmentos”; os Estados Unidos da América lideram os estudos com 56% dos trabalhos desenvolvidos; 94% dos trabalhos não apresentaram fórmulas para cálculos dos AIs; e os eixos temáticos são voltados a questões financeiras, normatizações e tratamento contábil dos AIs. Em relação às tendências internacionais sobre os Intangible Assets, observou-se que os estudos fazem alusão à importância cada vez maior destes nas organizações e à necessidade de investigações teóricas e empíricas sobre o assunto.

Palavras-chave: Ativos intangíveis. Estudo epistemológico. Produção científica. Área Temática: Gestão do Conhecimento e Capital Intelectual

1 INTRODUÇÃO

O estudo sobre os Ativos Intangíveis tem despertado o interesse de vários profissionais e estudiosos da área, tanto no contexto nacional quanto no internacional. Em ambos os contextos observa-se que esse fato pode ser atribuído, dentre outros fatores, à sua natureza multidisciplinar (MARR, 2005; MOUTISEN, BUKH e MARR, 2005; GALLON et al., 2008b). Diante desse caráter multifacetado, abrangendo diversas disciplinas para contemplar as múltiplas funções da gestão organizacional, a pesquisa sobre os Ativos Intangíveis é caracterizada por uma variedade de visões e interpretações no que diz respeito à terminologia utilizada para se referir a esses recursos, à definição do conceito, às formas de evidenciação, à sua mensuração, e, consequentemente, ao seu gerenciamento (ENSSLIN, S.; CARVALHO, 2007). Tal fato pode ser explicado pela ausência de sistematização e estabelecimento de bases para esse campo disciplinar, “o que teria o resultado positivo de possibilitar uma linguagem comum entre os pesquisadores” (KAUFMANN; SCHNEIDER, 2004). Entretanto, tal sistematização só poderá ser construída com base no conhecimento construído sobre os Ativos Intangíveis manifestado nas pesquisas teóricas e empíricas sobre o tema publicadas em importantes fóruns nacionais e internacionais.

No contexto nacional, parece existir consenso entre os pesquisadores no que diz respeito à importância dos Ativos Intangíveis como recursos que permitem a organização a obtenção de vantagem competitiva (KAYO et al., 2006); agregação de valor às empresas (ANTUNES e MARTINS, 2002; PEREZ e FAMÁ, 2006; PATROCÍNIO, KAYO, KIMURA, 2007; GALLON et al., 2008b); benefícios econômicos futuros (IUDÍCIBUS, MARTINS e

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GELBCKE, 2007); além de configurarem-se como recursos incorpóreos (MARTINS, 1972; SÁ, 2000; SCHMIDT e SANTOS, 2002; PEREZ e FAMÁ, 2006; IUDÍCIBUS, MARTINS e GELBCKE, 2008). Entretanto, esse consenso não é percebido nas pesquisas nacionais no que diz respeito aos conceitos, terminologias, normas e pronunciamentos contábeis, tratamento contábil (formas de evidenciação e mensuração) dos Ativos Intangíveis, e tendência de investigação dos estudos (GALLON et al., 2008 a, b).

Nessa perspectiva, o presente estudo pauta-se por responder ao seguinte

questionamento: Quais as características da produção científica sobre Ativos Intangíveis no

contexto internacional? A partir desse questionamento, este artigo objetiva-se analisar, sob o

aspecto epistemológico, as características da produção científica no contexto internacional sobre Ativos Intangíveis, por meio da técnica de análise de conteúdo, no período de 1996 a 2008. Justifica-se o ano de 1996 como o marco inicial deste trabalho, uma vez que as pesquisas nos anos anteriores são esporádicas (não ocorrem em anos consecutivos). Para a consecução do objetivo proposto, têm-se como objetivos específicos: (i) traçar um panorama da evolução histórica dos Ativos Intangíveis; (ii) investigar as definições constitutivas apresentadas nas publicações; (iii) investigar os elementos utilizados para representar os Ativos Intangíveis; (iv) investigar quais foram os focos de análise dos trabalhos publicados; (v) evidenciar quais os segmentos econômicos e os países onde foram feitos os estudos empíricos; (vi) investigar as formas de mensuração dos Ativos Intangíveis apresentadas nas pesquisas e suas respectivas fórmulas; (vii) identificar os eixos temáticos norteadores das pesquisas; e, (viii) investigar as principais tendências apresentadas nas pesquisas.

A relevância deste trabalho justifica-se por apresentar características sobre a produção científica em Ativos Intangíveis no contexto internacional, e, nesse sentido, contribuir para que novas pesquisas sejam empreendidas com base nos enfoques levantados por este estudo. Destaca-se ainda que a presente pesquisa contribui como fonte de consulta à novas pesquisas dada sua amostra relevante e a forma estruturada como este trabalho é apresentado.

Do exposto, observe-se que este trabalho investiga o ‘conhecimento’ sobre os Ativos Intangíveis a partir das pesquisas internacionais sobre o tema publicadas em importantes fóruns. Sendo assim, a questão epistemológica perpassa a discussão sobre Ativos Intangíveis nos vários trabalhos e pretende apresentar o estado em que se encontra o conhecimento/entendimento dos pesquisadores internacionais sobre o tema.

O presente estudo está estruturado em cinco seções. Após esta seção de caráter introdutório, a seção 2 apresenta a plataforma teórica, a seção 3 aborda os aspectos metodológicos, a seção 4 apresenta e discute os resultados; e, por fim, a seção 5 traz as considerações finais do estudo.

2 PLATAFORMA TEÓRICA

Os dois eixos que informam o presente estudo são explorados, em termos de revisão de literatura, nas subseções a seguir.

2.1 Os Ativos Intangíveis sob a ótima epistemológica

Em linhas gerais, pesquisas epistemológicas podem ser resumidas a estudos sobre o conhecimento, ou seja, o estudo sobre o processo de produção do conhecimento científico, conforme manifestação de pesquisadores do tema.

Para Von Krogh e Roos (1995), a epistemologia trata do entendimento da origem, da natureza e da validade do conhecimento; procura fornecer o conhecimento sobre o

conhecimento. Theóphilo e Iudícibus (2006, p. 147) definem que “etimologicamente,

epistemologia significa discurso (logos) sobre a ciência (episteme)”. Partindo dessas afirmações, pode-se inferir que a epistemologia é um estudo que analisa o conhecimento já

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de Bunge (1980 apud Theóphilo, 2007, p. 2), “a epistemologia é conceituada como o estudo metódico e reflexivo da ciência, de sua organização, de sua formação, do seu funcionamento e produtos intelectuais”.

Diante das abordagens apresentadas, observa-se que o conhecimento sobre Ativos Intangíveis revela alguns entendimentos ou correntes de pensamentos. Na literatura, constataram-se pelo menos cinco correntes de pensamento sob a ótica de vários autores. Na realidade, é difícil precisar onde começa uma e termina outra, uma vez que existem autores que discorrem em mais de uma corrente. Porém, essas correntes de pensamento apresentam os Ativos Intangíveis quanto à sua: ‘forma’, ‘diferenciação’, ‘composição’, ‘benefícios gerados’ e ‘origem’, aspectos que podem ser identificados pelo estudo epistemológico.

A primeira corrente de pensamento afirma que Ativos Intangíveis são aqueles desprovidos de substância física, não podem ser tocados, são incorpóreos, cujo valor é limitado pelos direitos e benefícios que, antecipadamente, sua posse confere ao proprietário, são direitos ou serviços que serão usufruídos ao longo do tempo (MARION, 1998; HENDRIKSEN e VAN BREDA, 1999; OLIVEIRA NETO, 2000; VASCONCELOS, MORAIS e SILVA, 2000; LEV, 2001; CARNEIRO e PINHO, 2001). Numa linha tênue, focando a geração de vantagem competitiva, segue a segunda corrente de pensamento que destaca os Ativos Intangíveis como ativos combinados que permitem à companhia funcionar e manter essa vantagem competitiva e tendo a diferença entre o valor real de mercado da companhia e o valor real de mercado dos ativos tangíveis menos os passivos da companhia (MONOBE, 1986; BROOKING, 1996; STEWART, 1998; HENDRIKSEN e VAN BREDA, 1999; ANTUNES, 2000). Uma terceira corrente de pensamento expõe os Ativos Intangíveis como elementos intangíveis compostos de resultados das atividades e práticas administrativas desenvolvidas pelas organizações para se adaptarem e atuarem na realidade atual (CRAWFORD, 1994; BROOKING, 1996; STEWART, 1998; HENDRIKSEN e VAN BREDA, 1999; PABLOS, 2002; LEV, 2001, 2003, 2004;). O foco desta corrente deixa de ser a ‘forma’ e como se ‘diferencia’, e se atém nos elementos de ‘composição’ dos Ativos Intangíveis. Nessa linha de pensamento, Martins (1972, p. 59) relata que os Ativos Intangíveis englobam os seguintes elementos: “Know-how, propaganda eficiente, localização geográfica, habilidade administrativa fora dos padrões comuns, treinamento eficiente dos empregados, relações públicas favoráveis, legislação favorável e condições monopolísticas”. No entanto, existem autores que preferem utilizar categorias de ativos, como: ativos de mercado, ativos humanos, ativos de propriedade intelectual e ativos de infra-estrutura (BROOKING, 1996). A quarta corrente de pensamento observada na literatura apresenta o entendimento dos Ativos Intangíveis relacionado à geração de lucros futuros, aos retornos anormais, ao conhecimento que pode ser convertido em renda, à expectativa de retorno que os investidores, credores e clientes possuem de um determinado negócio, e ao conjunto de ativos que agregam valor aos produtos e serviços (ICMGroup apud OLIVEIRA NETO, 2000; ALMEIDA e ELL HAJJ, 1997; KAYO, 2002). Outros autores fazem referências aos Ativos Intangíveis como conjunto de benefícios intangíveis que agregam valor às empresas (ANTUNES e MARTINS, 2002), constituindo a matéria intelectual, conhecimento, informação, propriedade intelectual e experiência que pode ser utilizada para gerar riqueza [...] (STEWART, 1998). A quinta corrente de pensamento tenta vincular os Ativos Intangíveis a uma ‘origem’. Nessa abordagem, os Ativos Intangíveis podem ser pensados como: o total de estoque de patrimônios de capital ou baseados em conhecimento que a empresa possui, é o patrimônio imaterial, representa um conjunto de benefícios futuros (PADOVEZE, 2000; SÁ, 2000), é o “material intelectual que foi formalizado, capturado e alavancado a fim de produzir um ativo de maior valor” (KLEIN e PRUSAK, 1994), são conhecidos também como ativos do conhecimento (SVEIBY,1997; LEV, 2001), ativos invisíveis (SVEIBY,1997; PEREZ e FAMÁ, 2006); Goodwill (MONOBE, 1986; MARTINS, 2001). Reforçando as idéias

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supracitadas, Edvinsson e Malone (1998) partem do pressuposto de que os Ativos Intangíveis possuem sua origem no conhecimento e assim afirmam que esses ativos compõem o capital originário do conhecimento, representado por ativos não financeiros, que são os ativos ocultos de uma empresa (EDVINSSON e MALONE, 1998).

Ressalta-se que não é objetivo deste artigo apresentar as correntes de pensamento isoladamente, uma vez que existem autores que discorrem em mais de uma, mas o de mostrar as correntes de pensamento que se formam em torno dos Ativos Intangíveis. Nesse raciocínio, os autores sintetizam as correntes de pensamentos, conforme demonstrado na Figura 1.

ATIVOS INTANGÍVEIS CORRENTES DE PENSAMENTO

1 – FORMA 2 - DIFERENCIAÇÃO 3 - COMPOSIÇÃO 4 - BENEFÍCIOS 5 - ORIGEM

São bens sem substância física, são incorpóreos; são direitos á benefícios futuros, detidos pela empresa para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, para arrendamento a outros, ou para finalidades administrativas. Se diferenciam ao gerarem vantagem competitiva, são ativos combinados que permitem a companhia funcionar. São as estruturas que envolvem as empresas e que juntas ou separadas podem gerar diferenças quanto a eficiência, eficácia e criar vantagens.

É composto por: know-how, propaganda eficiente, relações públicas favoráveis, P&D, marcas, ágio (investimentos) goodwill.

São tidos como geradores de lucros futuros, responsáveis pelos retornos anormais, é o conhecimento que pode ser convertido em renda, representam a expectativa de retorno aos investidores, credores e clientes, agregam valor aos produtos e serviços, são geradores de riquezas para as empresas. Possuem origem no conhecimento, no patrimônio intelectual das pessoas. É o material intelectual formalizado, capturado, e alavancado para gerar ativos do conhecimento. São também oriundos de práticas e atividades administrativas.

DEFINIÇÃO: É um ativo sem substância física que gerará fluxos de caixas futuros, detido para uso na produção ou fornecimento de bens

ou serviços, para arrendamento a outros, ou para finalidades administrativas.

ELEMENTOS: Know-how, habilidades administrativas, marcas, patentes, ágio (mais valia por rentabilidade futura), goodwill. ORIGEM: Origina-se do conhecimento, práticas e atividades administrativas desenvolvidas pela organização.

FINALIDADE: Geração de vantagem competitiva, agregação de valor aos produtos e serviços e geram de riquezas para as companhias.

Figura 1 – Sintetização das correntes de pensamentos dos Ativos Intangíveis

2.2 Estudos similares no contexto nacional e internacional

No contexto nacional, Reina et al. (2007) investigaram a produção científica sobre Capital Intelectual/Ativos de natureza Intangíveis em 57 trabalhos entre 1996 e 2006, envolvendo dois congressos (EnANPAD e Congresso USP de Controladoria e Contabilidade) e quatro periódicos (Revista-RAE, Revista-RAUSP, Revista-READ e Revista-RCF). Como resultados identificaram que as publicações sobre o tema começaram com maior frequência a partir de 2001; a maioria das publicações está entre os congressos (EnANPAD e USP); e os estudos são predominantemente empíricos. Outros autores como Gallon et al. (2008a) realizaram um estudo epistemológico da produção científica envolvendo Capital Intelectual/Ativos de natureza Intangível sob as Perspectivas Contábil (PC) e Econômica (PE) a partir de 1994, com análise de 54 artigos. Concluíram que existem mais artigos devotados a reflexões teóricas; o conhecimento sobre Capital Intelectual entre os pesquisadores brasileiros e os internacionais, na PC encontra-se em estágio diferente, e na PE encontra-se alinhado; e a afiliação teórica que informa os pesquisadores brasileiros apresenta uma menor dispersão conceitual na PC do que na PE. Também em 2008, Gallon et al. (2008b) realizaram um estudo reflexivo da produção científica do Capital Intelectual em 73 publicações reunidas em periódicos nacionais “A” e nos anais do EnANPAD e Congresso USP de Controladoria e Contabilidade, publicados no período de 2000 a 2006. Como resultados identificaram que a maioria dos estudos é do tipo prático; a Universidade Mackenzie é a instituição de ensino superior de destaque na produção científica de Capital Intelectual; as obras mais citadas são as

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de Edvinsson, Malone e Sveiby; grande parte das pesquisas concentra a atenção nos usuários internos; a categoria “capital humano, estrutural e de clientes” foi a mais evidenciada nas publicações, e o modelo mais utilizado pelos estudos foi o de Edvinsson e Malone. Contudo, verifica-se que as pesquisas, no contexto nacional, focalizam a vertente gerencial da Contabilidade. Entretanto, como foi detectado no estudo, ocorre em pesquisas dessas amostras o uso simultâneo de informações pertencentes às vertentes gerencial e financeira, o que permite, em alguns casos, a correlação dos resultados. Cumpre esclarecer que a presente pesquisa está afiliada à vertente financeira.

No contexto internacional, Seetharaman, Sooria e Saravanan (2002) realizaram uma busca em jornais, revistas, livros. papers, normas internacionais e sites da WEB, a fim de identificarem duas características do Capital Intelectual: como é medido e relatado. Analisam a adequação da contabilidade financeira perante os desafios da economia intelectual. Kaufmann e Schneider (2004), com base em uma análise crítica, abordam tendências e divergências envolvendo Ativos Intangíveis. Por sua vez, Marr e Moustaghfir (2005) investigam definições de Capital Intelectual numa amostra de 938 trabalhos, por meio de uma busca eletrônica com base em termos ou palavras-chave em quatro grandes bases de dados. Kristandl e Bontis (2007) desenvolvem um estudo similar quanto à construção de uma definição, porém com foco em Ativos Intangíveis. Na sequência, Arenas e Lavaderos (2008) analisam os fundamentos epistemológicos relacionados ao conceito de Capital Intelectual sob a ótica da ciência cognitiva, e McMillan (2008) faz um mapeamento com uma amostra de 564 artigos para examinar a gestão do conhecimento invisível. No entanto, o foco está voltado para pesquisa e desenvolvimento ou “P&D”, comumente conhecido.

Do exposto, observa-se a diversidade a natureza multidisciplinar dos Ativos Intangíveis e as variadas estratégias, técnicas e instrumentos utilizados nas pesquisas sobre o assunto justificam estudos epistemológicos, como o que se apresenta.

3 ASPECTOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA

Esta seção se divide em três subseções, a saber: subseção 3.1 - Enquadramento metodológico; 3.2 - Material; e, subseção 3.3 - Coleta e análise dos dados.

3.1 Enquadramento metodológico

Quanto à natureza dos objetivos, a pesquisa é exploratória, segundo Richardson (1999), pois proporciona expansão do conhecimento nas pesquisas sobre Ativos Intangíveis no contexto internacional; é descritiva, segundo Gil (1999), uma vez que procura investigar, analisar variáveis e retratar o perfil da produção científica no que tange aos Ativos Intangíveis. Quanto à abordagem do problema, a pesquisa pode ser considerada qualitativa, conforme Richardson (1999), embora utilize porcentagem para representação dos dados e empregue estatística descritiva e inferencial, segundo Martins (2005).

Em relação aos procedimentos técnicos, o estudo é documental com fonte de dados secundária (RICHARDSON, 1999) que são os artigos científicos. Para a consecução do objetivo proposto, a técnica de pesquisa utilizada é a análise de conteúdo (BARDIN, 2004) para analisar e representar os dados, considerando o pressuposto de que essa técnica visa respaldar inferências analíticas dos conteúdos analisados.

O estudo possui lógica indutiva que, de acordo com Richardson (1999), uma vez que, a partir da observação e análise dos artigos individuais, esta pesquisa irá sintetizar e apresentar as características da produção científica sobre Ativos Intangíveis no contexto internacional. Adicionalmente este estudo possui natureza teórica conceitual, segundo a visão de Alavi e Carlson (1992), visto que, por meio da epistemologia, perpassa a discussão sobre Ativos Intangíveis nos vários trabalhos e sintetiza o estado em que se encontra o conhecimento/entendimento dos pesquisadores internacionais sobre o tema.

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3.2 Material

Como esta pesquisa utiliza a análise documental (documentos publicados em forma de artigos científicos), os materiais avaliados são os periódicos internacionais segundo a classificação Qualis/CAPES, triênio 2007-2009, referente à área de Administração, Ciências Contábeis e Turismo. Aqui cumpre salientar o fato de que os autores estão cientes das alterações no sistema Qualis/CAPES vigente, onde a nova classificação deixa de ser Local, Nacional e Internacional - A, B e C - e passa a ser por estratos - A1, o mais elevado, A2, B1, B2, B3, B4, B5, C. Os autores ressaltam que embora, a nova classificação compreende o triênio 2007-2009, foi adotada para este estudo a classificação anterior, tendo em vista que o período delimitado para o estudo é até o ano de 2008 e que a nova classificação foi disponibilizada neste ano de 2009, quando a busca e seleção dos artigos, que compõem a amostra desta pesquisa, já estava concluída.

O universo da pesquisa constitui 1.229 periódicos. Destes foi feito um corte nos periódicos que apresentam o termo accounting no nome do periódico e que disponibilizam o texto completo dos artigos na internet. Este delineamento justifica-se em função da presente pesquisa está afiliada à vertente financeira da Contabilidade. Foram analisados os artigos sobre Ativos Intangíveis publicados em 24 periódicos, no período de 1996 a 2008.

A Tabela 1 apresenta os periódicos nos quais foram identificados trabalhos na área. Tabela 1 - Quantidade de artigos por periódicos identificados

PERIÓDICOS INTERNACIONAIS Total Academy of Accounting and Financial Studies Journal 5

Journal of Accounting Education 1

Journal of Accounting, Auditing and Finance 3

Journal of International Accounting Auditing and Taxation 4

Journal of Accounting Research 5

Journal of Business Finance and Accounting: JBFA 4

Pacific Accouting Review 1

Journal of Accounting & Organizational Change 1

Management Accounting Research 4

The International Journal of Accounting 10

Journal of Accounting and Economics 7

Review of Accounting and Finance 3

Journal of Accounting and Public Policy 2 QUALIS/CAPES

Triênio 2007-2009

Review of Quantitative Finance and Accounting 3

TOTAL DE ARTIGOS ANALISADOS 53

Além dos periódicos apresentados na Tabela 1, foram analisados os seguintes periódicos: Journal of International Financial Management and Accounting; Qualitative

Research in Acccounting and Management; Review of Accounting Finance and Business Studies; Abacus: A Journal of Accounting, Finance and Business Studies; International Journal of Accounting Information Systems; Management Accounting Quarterly; International Journal of Accounting and Information Management; Journal of Human Resource Costing and Accounting; Journal of Management Accounting Research; Management Accounting, porém nestes não foram encontrados trabalhos com as

palavras-chave de busca ou não foi obtido acesso ao texto completo.

A identificação dos artigos sobre Ativos Intangíveis foi feita por meio de busca eletrônica no título, resumo e palavras-chave dos trabalhos utilizando os termos goodwill e

intangible assets. Assim, identificaram-se 53 artigos, os quais foram analisados por meio da

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3.3 Coleta e análise dos dados

Quanto à coleta e análise dos dados, observa-se a existência de vários métodos apontados na literatura para descrever a extração do significado das comunicações contidas em um texto, bem como análise do conhecimento e produções científicas para quantificações, análises críticas, sistematizações e demais inferências estatísticas. Dentre esses métodos, encontra- se a técnica de análise de conteúdo.

Cappelle (2007) declara que a análise de conteúdo é um método de codificação do texto (ou conteúdo) de uma peça escrita em diferentes grupos (ou categorias), em função selecionada de critérios. Para Cullinane e Toy (2000), a análise de conteúdo pode ser usada como um instrumento para determinar idéias-chave e temas em publicações. Outros autores apresentam a análise de conteúdo com outras finalidades, evidenciando que esta tem por objetivo a medição de comparativos, posições e tendências da comunicação. E destacam-na como meio de interpretação do conhecimento já existente (PERRY e BODKIN SPENS, 2000; KOVÁCS, 2006). Nessa perspectiva, Guthrie e Abeysekera (2006) reforçam que, por meio da técnica de análise de conteúdo, podemos interpretar as mensagens contidas no texto, decompondo essas mensagens em fragmentos, e estes podem ser palavras, termos ou frases significativas da mensagem. Nesse sentido, Bardin (2004, p. 37) corrobora que a análise de conteúdo é “um conjunto de técnicas de análise das comunicações, visando obter, por procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção (variáveis inferidas) destas mensagens”. Assim, adota-se a análise de conteúdo nesta pesquisa, visando identificar as características da produção científica relacionada aos Ativos Intangíveis.

4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Para a consecução dos objetivos propostos esta seção exibe os resultados da pesquisa obtidos através da aplicação da técnica da análise de conteúdo dos 53 artigos sobre Ativos Intangíveis publicados em fóruns internacionais, a saber: (a) a evolução histórica dos Ativos Intangíveis; (b) as definições constitutivas de Ativos Intangíveis apresentadas nas publicações; (c) os elementos utilizados para representar os Ativos Intangíveis; (d) o foco de análise dos trabalhos publicados; (e) os segmentos econômicos; (f) os países onde foram feitos os estudos empíricos; (g) as formas de mensuração dos Ativos Intangíveis apresentadas nas pesquisas e suas respectivas fórmulas; (h) os eixos temáticos norteadores das pesquisas; e (i) as principais tendências sobre Ativos Intangíveis levantadas nas pesquisas sobre o tema.

A Figura 2 representa a quantidade de trabalhos encontrados, num total de 53 e os respectivos anos de publicação.

3 1 1 5 2 4 3 5 7 5 6 3 8 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Figura 2 - Evolução na produção científica sobre Ativo Intangível no contexto internacional

As informações disponibilizadas na Figura 2 revelam um aumento de publicações na área a partir de 1999. Esse fato nos revela a carência no contexto internacional de pesquisas na área em relação à formação de escolas dominantes de pensamento sobre Ativos

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Intangíveis, apontadas na literatura por Kaufmann e Schneider (2004). A partir do resultado encontrado na Figura 2 é possível inferir que a pesquisa internacional sobre os Ativos Intangíveis apresenta marco teórico anterior a pesquisa nacional; uma vez que no estudo de Reina et al. (2007), que investigou o contexto nacional, a pesquisa sobre os ativos de natureza intangível se destaca apenas a partir do ano de 2001.

a) Evolução histórica dos Ativos Intangíveis (AIs)

Autor Progresso

Em 1953 o Boletim de Pesquisa em Contabilidade (ARB) n. 43 foi publicado pela Comissão do Processo de Contabilidade do AICPA. ARB n. 43 discutiu a contabilização de Ativos Intangíveis, no entanto, é excluída a consideração do processo de contabilização dos Intangíveis desenvolvidos/criados no curso regular do negócio.

Em 1970, o Accounting Principles Board (APB) emitiu o Parecer n. 17 sobre Ativos Intangíveis. O parecer foi desenvolvido para reconhecer os Ativos Intangíveis que são geralmente reconhecidos apenas se adquiridos, separadamente ou como parte de uma concentração de atividades empresariais. Os Ativos Intangíveis que são gerados internamente, e alguns bens adquiridos que são amortizados imediatamente após terem sido adquiridos, não são refletidos nas demonstrações financeiras, e pouca informação quantitativa ou qualitativa sobre eles é relatada nas notas das demonstrações financeiras. Keith

Atkinson and Ronald McGaughey

(2006)

Em setembro de 2001, o FASB emitiu o Statement n.. 142, "Ágio e Outros Ativos Intangíveis". O SFAS n. 142 substituiu a APB Opinion n. 17 em relação aos bens intangíveis. A SFAS n. 142 não exige a amortização do ativo intangível, mas exige um teste anual para determinar o seu valor. O ativo intangível deve ser amortizado em seguida, ao seu valor. No entanto, o SFAS n.. 142 deixou inalterada a disposição do APB n. 17 relacionados aos Ativos Intangíveis desenvolvidos internamente.

Quadro 2 - Perspectiva histórica do Ativo Intangível

Os artigos analisados não apresentaram como foco principal a evolução histórica dos Ativos Intangíveis uma vez que dos 53 trabalhos analisados apenas o de Atkinson e McGaughey (2006) mostrou essa preocupação de forma indireta, conforme Quadro 2. Ou seja, abordou superficialmente as mudanças na legislação no que diz respeito ao tratamento dos Ativos Intangíveis em termos de identificação e reconhecimento.

A ausência de trabalhos que explorem/investiguem o resgate histórico da evolução dos AIs (em termos de definição, legislação e tratamento), na visão dos autores desta pesquisa, aponta para uma falta de reflexão mais madura e consolidada da área. A existência desse material serviria para situar os leitores que estão tendo um primeiro contato com esses ativos.

b) Definições constitutivas de Ativos Intangíveis

O resultado encontrado na análise de conteúdo sobre as definições constitutivas de Ativos Intangíveis nas pesquisas analisada surpreendeu os autores desta pesquisa, uma vez que dos 53 artigos analisados apenas uma apresenta definição constitutiva que informa o trabalho desenvolvido, qual seja: “Um ativo intangível é uma reivindicação de benefícios futuros que não têm um corpo físico ou personificação financeira” (LEV, 2001, p. 5).

Diversos artigos apresentam as características que os Ativos Intangíveis possuem – a promessa de benefícios futuros, a falta de substância física e a natureza não-monetária –, mas não apresentam o conceito que informa a pesquisa ou constroem conceito próprio; sendo assim o trabalho é desenvolvido sem que o leitor saiba qual a afiliação teórica do Ativo Intangível que está informando a pesquisa. A justificativa para tal fato talvez possa ser explicada pelo consenso existente entre os pesquisadores do contexto internacional, dispensando tal explicitação ou, ainda, pela falta de consenso entre os pesquisadores. Os autores chamam a atenção para a importância de investigação de tal fato, pois, como no

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contexto da Contabilidade, verifica-se que os trabalhos têm sido informados pelas vertentes financeira e gerencial.

Esperava-se cotejar a definição fornecida pelos órgãos reguladores com as definições oferecidas nos trabalhos investigados, no contexto da vertente financeira, ao qual esse trabalho está afiliado. A justificativa para essa investigação é motivada pelo resultado do trabalho de Gallon et al. (2008a), que investigou as publicações nacionais de Capital Intelectual (vertente gerencial) e constatou o uso simultâneo de informações advindas da perspectiva financeira e gerencial, em trabalho de foco gerencial.

c) Elementos utilizados para representar os Ativos Intangíveis

Elementos Total

Base tecnológica, Goodwill, habilidade de gestão, economias de escala, relações com os clientes. 3 Direitos intangíveis, operações intangíveis, P & D, bens imateriais, network. 4 Nomes de marcas, licenças, direitos de propriedade intelectual, capital intelectual, aliança

estratégicas, patentes, habilidades e conhecimento. 3

Direitos autorais, segredos comerciais, processos, procedimentos, emprego de know-how, cultura

corporativa, carisma dos líderes e de fidelização. 1

Marcas comerciais, direitos autorais, pactos de não competir, franquias, interesses futuros, licenças, direitos de funcionamento, patentes, processos secretos. 1 Invenção, fórmula, musicais artísticos ou composição, licença ou contrato, método de programa,

sistema, procedimento. 2

Quadro 3 - Elementos utilizados para representar Ativos Intangíveis

O Quadro 3 apresenta os elementos que fazem referência aos AIs citados nos trabalhos. Chama a atenção que apenas 26% dos artigos analisados citam esses elementos. Ganham destaque os elementos ligados às áreas de tecnologia, marcas, conhecimento, P&D e propriedade. Isso ocorre por serem áreas que apresentam elevado nível de intangibilidade.

d) Foco dos trabalhos

Autores Foco das pesquisas

Christopher Nobes e Julie Norton (1996)

O artigo propõe e define as regras práticas de 11 países com relação a diferentes tipos de Goodwill. Discute como as regras contábeis fiscais de

Goodwill são diferentes em muitos casos ou países.

Orie E. Barron, Donal Byard, Charleskile e Edward J. Riedl (2002)

Analisar a associação entre empresas de Ativos Intangíveis e propriedades da informação contida nas previsões de ganhos dos analistas.

David S. Gelb (2002)

Evidenciar como os Ativos Intangíveis afetam a evidenciação das empresas, principalmente nas empresas com níveis significativos de Ativos Intangíveis.

Jilnaught Wong e Norman Wong (2005)

Documentar o impacto de amortização de ágio e de Ativos Intangíveis não identificáveis com vidas indefinidas em algumas avaliações múltiplas comumente utilizadas em companhias listadas na Nova Zelândia.

Nils E. Joachin Hoegh-Krohn e Kjell Henry Knivsfla (2000)

Discutir a diferença entre os métodos contábeis utilizados para identificação dos Intangíveis, na Escandinávia, Reino Unido, Estados Unidos, e conforme a IASC, e propor um modelo único para mensuração destes.

Karl A. Muller III (1999) Investigar as práticas das empresas listadas na bolsa sobre o reconhecimento das marcas e Goodwill.

Patricia Mui-Siang Tan e Chee Yeow Lim (2007)

Investigar a relação entre os gastos em pesquisa e desenvolvimento e o valor de mercado das empresas de biotecnologia, por meio de modelos de regressão.

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Quadro 4 – Foco das pesquisas sobre Ativos Intangíveis

Conforme o Quadro 4, vários são os focos de estudos empregados nas pesquisas analisadas. Cabe destacar a importância de estudos que apresentam comparativos entre países sobre as práticas e tratamentos dispensados aos AIs. Isso mostra o rompimento das barreiras regionais das pesquisas, caminhando para harmonizações sobre o conhecimento na área.

e) Segmentos econômicos das empresas dos estudos empíricos

Quantidade 2 2 23 4 1 1 1 19

Divers os Ensino Tecnologia Es porte Pública Energia Elétrica

Setor Petróleo

Não apres entam

Figura 3 - Segmentos econômicos apresentados nos estudos

A Figura 3 demonstra os setores econômicos informados nos trabalhos. Ressalta-se, porém, que mais de 35% dos trabalhos não apresentaram segmento econômico, e que mais de 43% apresentam segmentos diversos. Chama-se a atenção para esses percentuais que juntos somam 78%, o que dificulta de serem feitas inferências quanto a tendências de setores mais estudados, quais setores mais se preocupam em identificar, mensurar e gerenciar os Ativos Intangíveis.

Constata-se também que a maior parte dos estudos é realizada com dados de empresas pertencentes a bolsas de valores, ou mesmo com bases de dados como o Compustat que é semelhante à base de dados Economática do contexto brasileiro.

f) Países envolvidos nos estudos empíricos

Dos 53 trabalhos analisados mais de 83% são práticos. Observa-se na Figura 4 que os Estados Unidos da América lideram em relação às pesquisas empíricas, com mais de 56% dos trabalhos. Isso mostra a sua força em relação à pesquisa sobre os Ativos Intangíveis, motivada pelos diversos pesquisadores na área e pela disponibilidade da base de dados (Compustat), a que mais se destaca nos estudos empíricos.

25 2 1 1 5 1 14 4 0 5 10 15 20 25 30 Es tados Un idos Noruega A us tralia Nova Zelan dia Reino Unido Divers os Não informou Japão

quant idade de art igos

Figura 4 - Países envolvidos nos estudos

O resultado de a maioria dos estudos serem práticos demonstra similaridade com os achados de Gallon et al. (2008b) e Reina et al. (2007) no contexto brasileiro, onde esses

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também constataram que a maioria dos trabalhos eram empíricos. Isto evidencia que tanto no contexto brasileiro como internacional a pesquisa envolvendo os Ativos Intangíveis estão com foco voltado para aplicação prática, o que na opinião dos autores é positivo, tendo em vista a diminuição do “Gap” entre teoria e prática envolvendo os Ativos Intangíveis.

g) Fórmulas utilizadas para cálculo dos Ativos Intangíveis

Outra característica investigada foi em relação ao uso de fórmulas voltadas para o cálculo dos Ativos Intangíveis.

Observou-se que mais de 94% dos trabalhos não apresentaram fórmulas ou proposições de cálculos dos Ativos Intangíveis. Os poucos artigos com fórmulas apresentaram-nas para calcular o Valor de Mercado das Empresas (MVE). Esse fato está mais alinhado à vertente gerencial do que à financeira (foco desta pesquisa).

O fato de a maioria dos artigos não apresentar fórmulas pode explicar as dificuldades de identificação, reconhecimento, mensuração e gestão dos Ativos Intangíveis por parte das empresas.

h) Eixos temáticos norteadores das pesquisas

Eixos Temáticos Autores

Apresenta aspectos relacionados ao GAAP e ao SFAS 141 quanto à contabilização do Goodwill, apresenta estudos epistemológicos sobre os componentes do Goodwill.

Natalie Tatiana Churyk e Katrina L. Mantzke (2008)

Apresenta as principais diferenças entre o IFRS e o NGAAP.

Oystein Gjerde, Kjell Knivsfla, Frode Sættem (2008)

Apresenta estudos realizados em outros países como os USA sobre a perda de relevância de valores ao longo do tempo. E apresenta como pano de fundo que a Austrália tem hoje seis normas que tratam diretamente sobre Ativos Intangíveis a saber: AASB 1008 Locações, AASB 1009, Contratos de construção, AASB 1013 Contabilidade para Goodwill, AASB 1022 para as Indústrias Extrativas Contabilidade, AASB 1036 Contração AASB 1011.

John Goodwina e Kamran Ahmedb (2006)

Discute a importância das normas contábeis e suas repercussões econômicas e sociais. Alerta para os diversos modelos apresentados internacionalmente e que muitas vezes podem levar à indução de valores e cálculos de ganhos incorretos ou mal calculados.

Jane Culvenor, Jayne M. Godfrey e Graeme Byrne (1999)

Apresenta os modelos contábeis sobre CI utilizados nos EUA, além de uma seção de como o capital intelectual é construído na empresa, além de citar alguns estudos anteriores relacionados ao tema.

Blaise M. Sonnier, Karry D. Carson e Paula Phillips Carson (2008)

Baseia-se nas normas contábeis sobre intangíveis, utilizadas na França, e na Alemanha, comparada com o IAS 38.

Hervé Stolowy, Alex Haller e Volker Klockhaus (2001)

Contabilização do Goodwill e demais Ativos Intangíveis

Mark Hirschey e Vernon J. Richardson (2003), John Goodwin e Kamran Ahmed (2006)

Quadro 5 – Eixos temáticos que norteiam as pesquisas

Conforme demonstrado no Quadro 5, os eixos temáticos estão mais voltados para as questões financeiras, normatizações e tratamentos contábeis dos Ativos Intangíveis. Os autores da presente pesquisa não vêem isso com ressalvas, apenas destacam que boa parte dos trabalhos não utiliza o referencial teórico apresentado para fazer contrapontos com os resultados encontrados. Esse fato acaba explicando a crítica de alguns autores sobre o “requentamento” de informações no que tange aos Ativos Intangíveis, isto é, informações são apresentadas no texto, no entanto não são utilizadas, apenas são citadas.

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Observam os autores ainda que se os trabalhos tivessem preocupação em apresentar estudos já realizados na área, por exemplo, contribuiria no resgate de informações para situar o leitor quanto ao assunto, porém tal perspectiva parece pouco contemplada nos trabalhos analisados.

i) Principais tendências identificadas nas pesquisas

Tendências Identificadas

1 - Argumenta-se que a nova economia é impulsionada pelos Ativos Intangíveis. A importância relativa do Intangível aumenta com o tempo em relação a bens tangíveis. Alguns autores afirmam que o custo imediato de desenvolvimento de certos Intangíveis é a principal causa do declínio de ganhos de valor relevante. 2 - É necessária a adoção ou opção de escolha de uma contabilidade que forneça aos gerentes alguma flexibilidade para determinar a existência e a quantidade do Goodwill a ser registrado na adoção da recuperabilidade.

3 - Foi evidenciado que a redução da previsibilidade das receitas correntes pode ser menos útil para previsão de altos ganhos incorpóreos futuros e sugere também que a comunidade de analistas financeiros ocupa um papel importante no entendimento dessa situação, por meio da aplicação do papel preditivo dos números da Contabilidade Financeira para tais empresas.

4 - Apresenta que a rede de Network e o tráfego de informações via Web são Ativos Intangíveis valiosos que passam despercebidos nas demonstrações financeiras.

5 - A alta complexidade das informações sobre Ativos Intangíveis aumenta a dificuldade dos analistas para assimilar informações e também aumenta a previsão de erro dos analistas quanto às empresas ou sociedades de Intangíveis-intensivo.

6 - A principal tendência está relacionada à preocupação de estudos com foco principalmente em originadores de valores incorpóreos a exemplo dos contratos de jogadores de futebol.

7 - As empresas que capitalizam os ganhos intangíveis têm valor cada vez mais relevante. Além disso, a magnitude da diferença de valor relevante para capitalizar os ganhos entre as empresas e não capitalizando as empresas é mais acentuado na última parte da década de 1990, e esta diferença está a aumentar.

Quadro 6 – Principais tendências identificadas nas pesquisas

Quanto às principais tendências identificadas, o Quadro 6 mostra que a importância sobre os Ativos Intangíveis tem crescido nos últimos anos. Isso ocorre devido ao aumento da necessidade informacional para a tomada de decisão, e os elementos intangíveis hoje são extremamente importantes para o crescimento e continuidade de uma empresa. Portanto, a necessidade de informações sobre esses ativos aumentam a todo instante. Outras tendências revelam a insipiência quando se trata de Ativos Intangíveis, principalmente aqueles que ainda apresentam dificuldades para identificação e mensuração.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta investigação teve como objetivo analisar, sob o aspecto epistemológico, as características da produção científica sobre Ativos Intangíveis no contexto internacional, por meio da técnica de análise de conteúdo. Nesse sentido, concluiu-se que a pesquisa permitiu verificar um aumento de publicações na área a partir de 1999, assim como identificou os trabalhos de Reina et al. (2007), Gallon et al. (2008 a, b) no contexto brasileiro, mostrando similaridades entre os contextos nacional e internacional quanto ao interesse em pesquisas na área, embora a pesquisa confirme a carência de escolas dominantes de pensamento sobre Ativos Intangíveis apontadas na literatura por Kaufmann e Schneider (2004).

De forma mais pontual, a partir do estudo foi possível inferir as conclusões a seguir. No primeiro objetivo específico, verificou-se a ausência de trabalhos que apresentem a evolução histórica dos Ativos Intangíveis em termos de definição, legislação e tratamento. Tal fato, na visão dos autores desta pesquisa, aponta para uma falta de reflexão mais madura e consolidada da área. A existência desse material serviria para situar os leitores que estão tendo um primeiro contato com os Ativos Intangíveis.

Quanto ao segundo objetivo específico, observou-se, com a leitura dos trabalhos, a falta de definições ou afiliações a definições constitutivas. Porém a maior dificuldade

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observada nesse sentido é devido à existência de várias correntes de pensamento sobre os Ativos Intangíveis. A existência de definições constitutivas nos trabalhos serviria para que o leitor soubesse qual a afiliação teórica do pesquisador. Os autores da presente pesquisa observam, também, que esse fato revela ou explica a carência que ainda se encontra na área em relação à formação de escolas dominantes de pensamento sobre Ativos Intangíveis apontadas na literatura por Kaufmann e Schneider (2004).

Quanto ao terceiro objetivo específico, esperava-se, por serem artigos vinculados à vertente financeira, que o referencial teórico explorasse os diversos elementos que representam os Ativos Intangíveis. Entretanto, apenas 26% dos trabalhos apresentaram ou exploraram os elementos.

Quanto ao foco, os autores observaram uma grande variedade de linhas de pesquisa informadas pelos trabalhos. Destacam isso de forma positiva para ampliar o conhecimento sobre os Ativos Intangíveis, embora a curto prazo isso possa gerar ainda mais a falta de consenso na área.

Em relação ao quinto objetivo específico, mais de 78% dos trabalhos não apresentam segmentos específicos, o que, no entendimento dos autores, dificulta inferências quanto à identificação dos setores que se destacam pelo interesse de pesquisa e quais áreas tendem a apresentar harmonizações de conhecimento ou o que se tem pesquisado em cada setor. Verificou-se, também, que os Estados Unidos da América se destacaram com mais de 56% dos trabalhos desenvolvidos.

Outra característica verificada é que 94% dos artigos não apresentam fórmulas ou cálculos para mensuração dos Ativos Intangíveis. Esperava-se encontrar uma percentagem maior de artigos com fórmula, mas isso pode ser justificado, pois a maioria deles está voltados às normas e ao tratamento contábil dos Ativos Intangíveis, o que é reforçado por meio da análise dos eixos temáticos dos artigos pesquisados.

Em relação aos eixos temáticos, observou-se que estes estão voltados às questões financeiras, normatizações e tratamentos contábeis dos Ativos Intangíveis, o que para os autores é um indício de tendência de tratamento dos Ativos Intangíveis com mais concentração nos aspectos financeiros do que no gerencial.

Quanto ao último objetivo específico, identificou-se que as principais tendências sobre os Ativos Intangíveis fazem alusão à importância cada vez maior destes, por se tratar de nova fonte diferencial para as empresas e a necessidade de maior investigação sobre os Ativos Intangíveis, confirmando a visão de Antunes e Martins (2002), Kayo et al. (2006), Schmidt e Santos (2002), entre outros autores.

Apesar das limitações, acredita-se que a análise epistemológica realizada em publicações internacionais sobre os Ativos Intangíveis promoveu uma discussão introdutória sobre o assunto, e que seus achados apresentam contribuição acadêmica que poderá servir de referência não só para iniciantes, mas também para pesquisadores estabelecidos, que venham por se interessar pela pesquisa na área de Ativos Intangíveis.

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