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Fundamentos da Informática e comunicação de dados

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Academic year: 2021

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Fundamentos da 

informática e comunicação 

de dados 

 Cursos de Tecnologias 

Aula 5 – Transmissão de  

Dados Digitais  

Prof. Oswaldo Flório Filho 

Profª. Alice Flora Madeira Ribeiro 

     

Conteúdo 

1.  Transmissão de Dados Digitais ... 3  2.  Codificação do sinal digital ... 4 

Codificação AMI (Alternate Mark Inversion) ... 5 

Codificação HDB‐3 ... 5  Codificação Miller ... 6  3.  MODOS DE TRANSMISSÃO DE DADOS ... 7  Transmissão assíncrona ... 7  Transmissão Síncrona. ... 8  Simplex ... 9  Half‐duplex ... 9  Full‐duplex ... 9  Transmissão paralela ... 10  Transmissão Serial ... 11  Bibliografia ... 12   

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1. Transmissão de Dados Digitais 

Os sinais digitais são interpretados como uma onda quadrada com dois níveis de  tensão. Sendo este sinal uma onda periódica pode ser decomposto, por meio da Série de  Fourier, em um conjunto infinito de senóides com a onda fundamental e os seus respectivos  harmônicos de ordem impar formam a onda quadrada. A figura abaixo apresenta um sinal  quadrado e as senoides que o compõe até o 5º harmônico    Desta forma, para que o sinal digital fosse recebido sem distorção seria necessário o  uso de um meio de transmissão com largura de banda infinita.  No processo de transmissão  digital deveríamos ter um meio de transmissão cuja largura de banda fosse infinita.  Uma vez que os meios de comunicação utilizados (linhas telefônicas, sistemas de rádio  e microondas) foram projetados para trabalhar na faixa de 15Hz a 15kHz a introdução direta  do sinal digital neste meio resultaria na distorção do mesmo no qual as transições estariam    Página 4  atenuadas podendo ser interpretado equivocadamente pelo receptor. Maior será a distorção  quanto menor for a largura de banda.  Para resolver este problema deve‐se adaptar o sinal digital aos tipos de degradação  que os meios de transmissão oferecem. Neste sentido foram desenvolvidos equipamentos que  transformam o sinal oriundo de um ETD (Equipamento de Transmissão de Dados) em uma  forma possível de ser transmitida sem que ocorram danos graves ao sinal. Estes equipamentos  são chamados de “Modem”.  O modem é um equipamento bidirecional que, uma vez instalado nas duas  extremidades de um canal de comunicação de dados, tem a função de adequar o sinal binário  de um EDT às características da linha de transmissão. Esta adequação pode ser feita por  modulação (modem analógico) ou por codificação (modem digital).   O processo de modulação utilizados em comunicação de dados são FSK, PSK,  DPSK e  QAM e este é efetuado pelos chamados modems analógicos. Por sua vez o processo de  codificação é efetuado pelos modems digitais também chamados de “Modem Banda Base ou Data Set”.

Considerando-se que a faixa de freqüência disponível é limitada e que o sinal digital codificado sofre bastante distorção na propagação pelo meio, o uso dos modems digitais é adequado para pequenas distâncias (alguns quilômetros) e com linhas de boa qualidade.

2. Codificação do sinal digital 

As diversas técnicas de codificação do sinal digital buscam gerar um sinal codificado com muitas transições de forma a facilitar a recuperação do sincronismo do modem receptor. Além disto, procura-se concentrar o espectro de transmissão do sinal dentro de uma faixa de freqüência com poucas componentes DC. (BRIJENDRA, 2006)

As técnicas mais comuns de codificação do sinal digital são: • Codificação AMI

• Codificação HDB-3 • Codificação Miller

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Codificação AMI 

(Alternate Mark Inversion)

 

A codificação AMI utiliza o método bipolar onde o sinal de nível “1” muda de valor a  cada aparição. Ele apresenta três níveis de sinal (+, 0, ‐) para a codificação da informação  binária. O bit “0” é representado pelo nível 0 (nulo) e o bit “1” corresponde a pulsos  retangulares com metade da duração do digito e com polaridade alternada. A figura abaixo  apresenta este tipo de codificação. (BRIJENDRA, 2006)      Esta alternância de valores garante a ausência de um nível DC no sinal codificado. Por  outro lado, uma seqüência longa de bits “0” faz com que ocorra um tempo prolongado de  ausência de transições na linha o que dificulta a obtenção de sincronismo. 

Codificação HDB­3 

Para garantir que ocorra um número mínimo de transições no sinal codificado é  necessário limitar as longas seqüências de níveis “0” no sinal. Isto pode ser obtido violando‐se  a regra bipolar (polaridade alternada para os bits “1”) por meio da codificação HDB‐3 (High  Density Bipolar With 3 zero maximum tolerance prior to zero substitution ‐ código com alta  densidade de pulsos). (BRIJENDRA, 2006)  Este tipo de codificação analisa o sinal a ser transmitido e a cada ocorrência de uma  seqüência de “0” de quatro zeros a ser transmitidos é substituída por uma seqüência  padronizada. A identificação desta seqüência é executada por meio da violação da regra de  polaridade uma vez que um pulso com a mesma polaridade do pulso anterior é enviado.      No HDB‐3, os quatro zeros consecutivos são substituídos pela seqüência 000V ou V00V  onde  “V” é a violação,.  Caso o último pulso transmitido não seja uma violação e tenha    polarização oposta à polaridade da violação anterior, será transmitida a seqüência 000V. Para  o caso em que o último seja uma violação ou tenha polaridade idêntica à polaridade a violação  anterior, será transmitido a seqüência V00V .  A escolha entre 000V e V00V estabelece que violações sucessivas sejam de polaridades  opostas garantindo, desta forma, a inexistência de um sinal na linha.  A figura abaixo apresenta um conjunto de dados com a codificação HDB‐3  No instante da recepção o decodificador deve verificar a violação AMI e  posteriormente o número de zeros que precede esta violação para poder determinar se o  último pulso transmitido é também uma violação. Isto é executado da seguinte forma:   • se na recepção for identificado dois pulsos com mesma polaridade separados  por três zeros o segundo pulso é violação e deve ser eliminado;  •  se na recepção houver dois pulsos com mesma polaridade separados por dois  zeros, ambos são violações e devem ser eliminados. 

Codificação Miller 

Esta codificação, também conhecida como modulação por retardo de fase ou FM  modificada, ocorre da seguinte forma:   • para o bit '1', realiza‐se uma transição no meio do intervalo significativo do bit,  para o bit '0' realiza‐se a uma transição no fim do intervalo significativo do bit,  se o próximo bit for '0';  • caso o próximo bit seja '1', nenhuma transição é realizada no final do seu  intervalo significativo .   

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  Página 7  Analisando a figura acima nota‐se que sempre ocorre a transição no cento do bit  quando o sinal for “1” ou quando existir dois bits zeros consecutivos. O código Miller  apresenta boa imunidade a ruídos. (BRIJENDRA, 2006)   

3. MODOS DE TRANSMISSÃO DE 

DADOS 

Após  o  processo  de  codificação  os  sistemas  de  transmissão  e  recepção  dos  dados  devem  possuir  mecanismos  que  garantam  que  o  dado  recebido  está  correto.  Assim  o  modo  como  os  dados  são  enviados  torna‐se  um  elemento  importante  de  estudo.  Os  modos  de  transmissão  podem  ser  classificados,  quanto  ao  processo  de  temporização,  em  síncronos  e  assíncronos. Já, quanto ao sentido em que a mensagem é transmitida ele pode ser classificado  em simplex, half‐duplex e full duplex. Quanto a quantidade de bits enviados simultaneamente  pode‐se classificar a transmissão de dados em serial e paralelo. 

Transmissão assíncrona 

Na  transmissão  assíncrona  um  frame  de  bits  (seqüencia  de  bits)  é  enviado  um  a  um  sem haja um controle de tempo entre um frame e outro. No início do frame um bit (start bit)  indica o início do frame e no final do frame um bit (stop bit) indica o fim do frame. Este modo  de transmissão é indicado quando se trata de baixos volumes de dados e quando a velocidade  de  transmissão  pode  ser  baixa.  É  uma  solução  barata  uma  vez  que  se  elimina  um  circuito  controlador de tempo e não é necessária a inclusão de uma linha a mais no cabo para manter  o sincronismo. (GOLENIEWSKI, 2002)               Neste sistema quando a linha está desocupada o nível 1 é mantido continuamente.  O aviso do início do frame ocorre com a chegada do start bit que possui nível zero. Uma vez    Página 8  estabelecida a chegada do star bit são contados os número de bits do frame e identifica‐se o  bit de finalização do frame (stop bit) que deve vir no nível 1. Um elemento importante para o  controle da comunicação assíncrona é o conhecimento do tamanho do frame. 

Para garantir a integridade  dos dados  enviados são introduzidos bits  de controle tais  como bit de paridade ou checksun.   

A comunicação assíncrona possui como desvantagem a baixa eficiência na transmissão  uma  vez  que  a  relação  entre  bits  de  informação  e  bits  de  controle  são  baixas  (nº  bits  de  informação/nº de bits de controle). 

 Transmissão Síncrona. 

Na transmissão síncrona os bits são enviados em blocos e transmitidos em intervalos  de  tempo  definidos.  No  início  da  transmissão  alguns  bits  são  enviados  para  ajustar  o  sincronismo entre emissor e receptor. (GOLENIEWSKI, 2002) 

A  transmissão  síncrona  é  utilizada  em  altas  velocidades  e  os  equipamentos  para  operarem com ela, necessitam de placas que gerem o sincronismo necessário para o envio dos  blocos  de  caracteres,  o  que  faz  com  que  seja  uma  forma  de  transmissão  de  custo  mais  elevado. 

Altas  velocidades  permitem  o  trafego  de  aplicações  como  a  voz  digitalizada  e  transmitida por meio de redes de dados e teleconferência (videoconferência) em que pessoas  em  cidades  ou  países  distantes  podem  se  reunir,  vendo  e  ouvindo  uns  aos  outros.  Numa  transmissão síncrona, os dados trafegam na rede com velocidade e throughput (capacidade de  transferência de dados) constantes. 

O sinal que mantém o sincronismo é chamado de Clock e opera como um relógio entre o transmissor e o receptor, existindo um tempo físico de transmissão para

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cada caractere, mesmo não havendo dados a ser transmitido, o transmissor envia caracteres de sincronismo.

Simplex 

É  a  forma  mais  básica  de  transmissão.  Nela  a  transmissão  ocorre  apenas  em  uma  direção. O transmissor envia os dados, mas não tem certeza se o receptor os recebeu. Não há  meios  de  verificar  a  recepção  dos  dados.  Problemas  encontrados  durante  a  transmissão  não  são detectados e corrigidos. Um bom exemplo de transmissão simplex é a transmissão de TV e  rádio. (GOLENIEWSKI, 2002) (DIAMANTINO, 2007) 

 

Half­duplex 

É  a  forma  de  transmissão  onde  a  informação  trafega  nos  dois  sentidos  do  canal  de  comunicação, mas somente alternativamente, ou seja, em períodos de tempo diferentes (T1 e  T2). Nesse tipo de transmissão, toda vez que se inverte o sentido da comunicação, existe um  tempo de comutação da linha (turnaround). Para que ocorra a comunicação neste modo, cada  terminal  de  dados  (DTE)  deve  possuir  um  transmissor  e  um  receptor.  Um  exemplo  de  utilização deste tipo de comunicação são os equipamentos de walk‐talkies e os equipamentos  de comunicação militar.  (GOLENIEWSKI, 2002)

Full­duplex 

 Também conhecido como duplex, esse tipo de ligação permite a transmissão nos dois  sentidos  simultaneamente.  Normalmente  empregam‐se  quatro  fios,  mas  é  possível  realizá‐la  com dois fios, através de subdivisão de freqüências. A maioria dos modems são full‐duplex e  conseguem  transferir  dados  em  ambas  as  direções  simultaneamente.  É  importante  salientar  que  nenhum  DTE  necessita  esperar  para  realizar  a  transmissão  dos  dados  tornando,  desta  forma uma boa opção para os casos em que a comunicação exige tráfego contínuo. 

Transmissor  Fluxo dos dados  Receptor 

DTE 1  Fluxo dos dados  DTE 2 

  Este sistema é o mais utilizado quando se trata de transmissão de dados digitais.       

Transmissão paralela 

A transmissão de dados paralela é obtida por meio de cabos com múltiplas vias onde  cada bit é colocado em uma via e enviado simultaneamente ao receptor. Uma vez que todos  os bits de uma “palavra1 ” a serem enviados estão disponíveis para o receptor o processo de  transferência  trona‐se  mais  rápido.  Esta  rapidez  tem  seu  custo  elevado  tendo  em  vista  o  controle do processo e os custos dos conectores e cabos.  A distância é outro fator que reduz o  uso da comunicação paralela.  

A  propagação  dos  bits  ao  longo  do  cabo  faz  com  que  estes  percam  intensidade  e  velocidade de acordo com o tipo de condutor utilizado. Quanto mais longo o cabo maior é a  diferença  encontrada.  Como,  na  composição  do  cabo,  temos  o  uso  de  diversos  condutores,  pode ocorrer que um determinado condutor conduza o sinal com velocidade maior que outro  fazendo com que um bit chegue primeiro a seu destino. Este fenômeno é chamado de skew e  tem  conseqüências  desastrosas  uma  vez  que  os  bits  chegariam  fora  de  ordem  e  as  informações ficariam irrecuperáveis. (SAKELLARIOU, August 28‐31, 200) 

Devido  aos  problemas  levantados,  a  comunicação  paralela  tem  seu  uso  restrito  a  dispositivos  que  necessitam  altas  taxas  de  transferências  e  próximos  entre  si.  Os  cabos  paralelos têm seu comprimento limitado a 1,5 metros de maneira a reduzir os efeitos citados. 

      

1 Palavra, neste caso, representa, em geral, um caractere a ser transferido. 

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Transmissão Serial 

Na comunicação serial os bits são transferidos um a um por meio de um par de  condutores. Esta forma de comunicação é mais lenta que a paralela uma vez que a  transferência dos bits é feita de forma individual. A vantagem do uso desta forma de  comunicação está na redução do número de condutores utilizados e na inexistência do efeito  skew uma vez que todos os bits trafegam pelo mesmo meio.   Com o intuito de melhorar a velocidade de transferência nas comunicações seriais  novos protocolos, interface e meios de transmissão têm sido desenvolvidos. Como meio de  transmissão temos o desenvolvimento e uso da fibra ótica. Já nas interfaces temos o uso da  USB (universal Serial Bus) que permite ligar até 127 dispositivos com taxas de transmissão  variando entre 1,5 Mbits/s até 12 Mbits/s.  A transmissão serial possibilita o uso de sistemas síncronos e assíncronos. 

Se  for  transmissão  serial  síncrona,  as  máquinas  (transmissora  e  receptora)  são  sincronizadas por osciladores antes do início de transmissão de cada bloco, e a velocidade de  transmissão  é  bem  superior.  Se  o  bloco  é  muito  longo,  algumas  máquinas  costumam  re‐ sincronizar  os  osciladores,  enviando,  no  interior  do  bloco,  elementos  de  sincronização.  Este  processo de transmissão traz como desvantagens o custo mais elevado e a perda do bloco de  informações caso ocorra problemas com o sincronismo. (GOLENIEWSKI, 2002) (DIAMANTINO,  2007) 

A  transmissão serial assíncrona é mais barata, porém  menos eficiente.  Antes e  após  cada bloco de transmissão, há um sinal de start e um de stop. Este processo apresenta todas  as desvantagens apresentadas na transmissão assíncrona, mas é muito utilizado em situações  onde  os  dados  são  enviados  em  intervalos  aleatórios.    (GOLENIEWSKI,  2002)  (DIAMANTINO,  2007)        Página 12 

Bibliografia 

BRIJENDRA, S. (2006). Data Communications And Computer Networks. New Delhi,  India: PRENTICE‐HALL OF INDIA PRIVATE LIMITED.  DIAMANTINO, N. A. (2007). Apostila. Telemática Aplicada . São Paulo, SP.  GOLENIEWSKI, L. (2002). Telecommunications essentials: the complete global source  for communications fundamentals, data networking and the Internet, and next‐generation  networks. Boston: Addison‐Wesley.  SAKELLARIOU, R. ( August 28‐31, 200). Euro‐Par 2001 parallel processing: 7th  International Euro‐Par Conference, Manchester, UK,1 : proceedings. Lecture notes in computer  science, 2150. . 7th INTERNATIONAL EURO‐PAR CONFERENCE. Berlin, : Springer.     

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