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Lisa Gunn Coordenadora Executiva

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Carta Coex 198/2011 São Paulo, 21 de setembro de 2011.

À Agência Nacional de Saúde Suplementar Aos Senhores

Dr. Mauricio Ceschin Diretor Presidente Dra. Stael Riani Ouvidora

Assunto: CP45 – Contribuições do Idec

Prezados,

O Idec – Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, entidade civil sem fins lucrativos, associação legalmente constituída em 1987, sob o CNPJ n° 58.120.387/0001-08, com sede na Rua Desembargador Guimarães, 21, Água Branca, São Paulo - SP, vem apresentar suas anexas contribuições para a Consulta Pública nº 45, sobre a regulamentação da obrigatoriedade de divulgação das redes assistenciais das operadoras de planos privados de assistência à saúde nos seus Portais Corporativos na Internet.

Atenciosamente,

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Contribuições do Idec – Consulta Pública nº 45:

Regulamentação da obrigatoriedade de divulgação das redes assistenciais das operadoras de planos privados de assistência à saúde nos seus Portais

Corporativos na Internet

Com relação ao tema posto em discussão, importante observar que esta Agência pretende discutir uma norma que regulamentará a obrigatoriedade de divulgação das redes assistenciais das operadoras de planos privados de assistência à saúde nos seus Portais Corporativos na Internet.

A ANS pretende discutir uma norma que regulará a obrigatoriedade de as operadoras divulgarem suas redes assistenciais na internet, permitindo que o beneficiário localize de forma mais fácil e ágil todos os prestadores de serviços de saúde do plano contratado. Segundo esta Agência, seu objetivo com esta norma “é criar critérios para divulgação da rede de prestadores e garantir a atualização em tempo real das alterações realizadas, tornando mais transparente e eficaz a informação sobre as redes assistenciais dos produtos oferecidos pelas operadoras de planos de saúde”, bem como “compatibilizar as exigências de prestação de informação sobre as redes assistenciais de acordo com o porte e a capacidade das operadoras de planos de saúde”.

A princípio, vale observar que a informação adequada e clara sobre os produtos e serviços é um direito básico do consumidor, como previsto no art. 6º, III, do Código de Defesa do Consumidor.

Além disso, o direito à informação assegura uma igualdade do consumidor frente ao fornecedor, já que é justamente a falta de conhecimento acerca do produto e serviço (suas características e riscos) que coloca o consumidor em uma posição de vulnerabilidade.

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Ademais, a informação também garante o exercício do direito de escolha, também previsto pelo Código de Defesa do Consumidor. Isto é, apenas diante das informações a respeito do serviço, o consumidor será capaz de escolher, de forma consciente, aquilo que mais o agradar.

Pois bem. Conforme define o art. 1º, I, da Lei de Planos de Saúde, os planos privados de assistência à saúde consistem na “prestação continuada de serviços ou cobertura de custos assistenciais a preço pré ou pós estabelecido, por prazo indeterminado, com a finalidade de garantir, sem limite financeiro, a assistência à saúde, pela faculdade de acesso e atendimento por profissionais ou serviços de saúde, livremente escolhidos, integrantes ou não de rede credenciada, contratada ou referenciada, visando a assistência médica, hospitalar e odontológica, a ser paga integral ou parcialmente às expensas da operadora contratada, mediante reembolso ou pagamento direto ao prestador, por conta e ordem do consumidor”.

Portanto, quando os serviços prestados através da contratação de um plano de saúde são realizados através de profissionais e instituições listados em uma rede credenciada, contratada ou referenciada, esta rede é parte integrante do contrato e deve ser integralmente informada ao consumidor, no ato da contratação. Vale lembrar que, se o consumidor não tiver a oportunidade de tomar conhecimento da integralidade do conteúdo do contrato, não poderá ser por ele obrigado.

Assim, o IDEC avalia que a proposta de regulamentação da obrigatoriedade de divulgação das redes assistenciais das operadoras de planos privados de assistência à saúde nos seus portais na internet é positiva aos consumidores, em respeito ao seu direito à informação.

Mas este Instituto ressalta que a internet não pode ser o único meio para garantir a prestação de informações a respeito da rede assistencial das operadoras, o que deve ser feito também por outros meios, como por exemplo através do livro impresso da rede credenciada, contratada ou referenciada.

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Cabe ainda ao Idec ressaltar que, como a rede credenciada, contratada ou referenciada é parte integrante do contrato do plano de saúde, apesar da divulgação das redes assistenciais na internet, é indispensável a entrega ao consumidor, na data da contratação, de um documento que contenha a listagem de todos os hospitais, clínicas, laboratórios e profissionais de saúde que faze parte desta rede. Esta prática é essencial para que o consumidor possa ter ciência de forma integral aos serviços de saúde contratados.

E mais. Este Instituto também considera essencial que fique claro que a obrigatoriedade de a operadora informar as alterações em tempo real em seu Portal Corporativo na internet não a exime de informar previamente ao consumidor e a ANS eventuais alterações em sua rede assistencial, nos termos dos artigos 17 da Lei nº 9.656/98 e do Código de Defesa do Consumidor. E o Idec defende que, em prol da preservação do direito a informação garantido pelo CDC, que no caso dos planos de saúde abarca a informação relativa à toda a rede assistencial, tais como clínicas, laboratórios e demais prestadores de serviço, a obrigação legal imposta no artigo 17 da Lei nº 9.656/98 deve ser interpretada o mais abrangente possível, de modo a contemplar todos os prestadores e instituições da rede e não só entidades hospitalares.

O Idec aproveita ainda para ressaltar que o descredenciamento de hospitais, clínicas, laboratórios e profissionais de saúde é um dos principais problemas que afetam os consumidores atualmente. E, infelizmente, a ANS não possui, por ora nenhuma regulamentação específica a respeito.

Para os contratos novos, assinados a partir de 1999, a Lei de Planos de Saúde admite o descredenciamento de um hospital, desde que o plano de saúde o substitua por outro equivalente. A mudança deve ser comunicada aos consumidores e à ANS com pelo menos 30 dias de antecedência. E, se o consumidor estiver internado e o descredenciamento ocorrer por vontade do plano de saúde, o hospital deverá manter a internação e a operadora deverá arcar com as despesas até a alta hospitalar.

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Para os contratos antigos, isto é, os contratos assinados até 1998, o Idec entende ser proibido o descredenciamento de hospital vinculado à rede de prestadores de serviço da empresa de assistência à saúde, a não ser que haja uma situação excepcional. Nesta hipótese, deverá ser mantida a internação hospitalar, arcando a empresa de plano de saúde com as despesas da internação até a alta do paciente.

Como já apontado, a legislação não trata especificamente do descredenciamento de outros serviços oferecidos pelos planos novos, como laboratórios e médicos. Da mesma forma, não há regra clara para nenhum tipo de descredenciamento nos planos antigos. A rede credenciada é parte integrante do contrato e deve ser mantida obrigatoriamente, a não ser que haja uma situação excepcional. Nesta hipótese, os consumidores deverão ser previamente avisados, com substituição do profissional ou do estabelecimento por outro do mesmo nível.

Como é sabido, a regulação, como atividade estatal de interferência na atividade econômica desenvolvida pela iniciativa privada, deve priorizar a solução de problemas prementes. E, diante dos graves problemas enfrentados pelo setor de planos de saúde no que tange ao descredenciamento de hospitais, clínicas, laboratórios e profissionais de saúde, o Idec avalia que esta questão poderia ter sido abordada pela Agência nesta norma e sugere que a ANS inclua a regulação desta questão na sua pauta regulatória. Por fim, com o objetivo de contribuir para o aprimoramento das consultas públicas promovidas pela ANS, ressaltamos a ineficiência do sistema de contribuições disponível no site da Agência. Apesar de facilitar o trabalho da Agência, trata-se de espaço engessado, de difícil manuseio e que, na prática, desencoraja a participação. Nas próximas consultas, solicita-se que a ANS também divulgue, para recebimento de contribuições, o seu endereço postal e endereço eletrônico específico.

Referências

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