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NITERÓI CATÓLICO ORDENAÇÃO DIACONAL EDIÇÃO ESPECIAL OS SEMINARISTAS E A ORDENAÇÃO DIACONAL, EM TEMPOS DE COVID-19 PÁGINAS 06E 07.

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Ano 56 / AGOSTO 2020 / Nº 650 www.arqnit.com.br Fundado em 1964

NITERÓI CATÓLICO

EDIÇÃO ESPECIAL

ORDENAÇÃO

DIACONAL

OS SEMINARISTAS E A

ORDENAÇÃO DIACONAL,

EM TEMPOS DE COVID-19

PÁGINAS 06E 07

ORDENAÇÃO

DIACONAL

OS SEMINARISTAS E A

ORDENAÇÃO DIACONAL,

EM TEMPOS DE COVID-19

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56º ANIVERSÁRIO DO

JORNAL NITERÓI CATÓLICO

Neste perıó do de pandemia que estamos vivendo,

o Jornal Arquidiocesano, está tendo apenas edições digita-is, e a cada publicação, vem aumentando seu público fiel, e cada vez mais perto do seu leitor.

DO JORNAL ARQUIDIOCESANO

Neste mês de agosto, o Jornal Arquidiocesano Niterói Católico comemora 56 anos de existência. Fundado em 1964, é voltado para o público católico, com tiragem ininterrupta e um dos mais antigos em sua categoria. Sua história está, diretamente, ligada ao crescimento e desen-volvimento da Diocese de Niterói, hoje Arquidiocese. De suas origens, conservou a faculdade de ser porta-voz legıt́imo e reconhecido da Igreja de Niterói, testemunha fiel da história, tornando-se formador isento da opinião pública cristã.

BREVE HISTÓRIA

De formato tabloide, com circulação mensal em todas as cidades da Arquidiocese de Niterói, atinge quase 14 municıṕ ios, e ainda outras arquidioceses e dioceses do Brasil. Oferece uma variedade de informações para o público católico, como para o público em geral. Tais informações são marcadas pela imparcialidade e respeito ao leitor, sempre buscando suprir as necessidades espiri-tuais da comunidade religiosa, veiculando atividades diversas, agendas e sugestões. Também se preocupa com o incentivo a eventos culturais, buscando sempre o enrique-cimento cultural do seu público, e o despertar do espıŕito comunitário, através de promoções assistenciais destina-das aos mais carentes.

Sempre consciente do crescimento tecnológico, o Niterói Católico investe, constantemente, em todos os departamentos, utilizando equipamentos com alta tecno-logia, e profissionais em constante atualização. Desde

2011, vem mudando o papel, a tiragem e a gráfica, visando assim, adquirir polıt́icas de gestão voltadas para a quali-dade. Em julho de 2012, aumentou sua tiragem para 15.000 exemplares, a fim de atingir o maior número de Paróquias, gratuitamente. Hoje, o Niterói Católico é um jornal comprometido com o interesse de toda a comunida-de arquidiocesana.

A dinâmica vocacional anima a história da Igreja, através do sacerdócio, do matrimônio, da vida consagrada, do trabalho, e das muitas oportunidades, que os fiéis têm, de servir. Na oferta de si mesmo, todos os homens e mulheres, se transformam, em um sinal do amor salvıf́ico, pois fazem acontecer, com sua carida-de, o Reino de Deus aqui na terra. Celebrar as vocações, sejam reli-giosas ou profissionais, é recor-dar que, de alguma maneira, com o que somos, e fazemos, podemos colaborar para termos um mundo melhor, uma Igreja melhor, que em tudo, possa agradar a Cristo. Irmãos e irmãs, vamos ficar bem informados sobre os assuntos da Igreja, no Brasil e no mundo, e dos eventos da diocese. Assine, divul-gue e partilhe este conteúdo, pro-duzido aqui, com a colaboração de muitos profissionais. Deseja-mos a todos vocês, uma ótima leitura.

Caros amigos, agosto che-gou! Continuamos no movimento da pandemia, que exige de nós cuidados importantes para man-ter nossa saúde. Esse é o mês das celebrações vocacionais, o dia de São João Maria Vianey, com o dia do padre, o dia dos Catequistas, dos Leigos, das Famıĺias e toda Igreja se alegra pela ordenação diaconal de 4 novos candidatos ao sacerdócio.

EDITORIAL

ARQNIT SECOM MITRAARQUIDIOCESANADENITERÓI RuaGaviãoPeixoto,250-Icaraí Niterói-RJ-CEP:24230-103 CaixaPostal:105.091(CEP24231-970) Tel.:(21)3602-1700 ArcebispoMetropolitano: DomJoséFranciscoRezendeDias BispoAuxiliar: DomLuizAntônioLopesRicci NITERÓICATÓLICO OrgãodeComunicaçãoOficial daArquidiocesedeNiterói Publicaçãomensal- FundadoemAgostode1964. Tels.:(21)3602-1717 Site:www.arqnit.org.br REDAÇÃO Jornalismo:jornalismo@arqnit.org.br Opiniãodosleitores:jornalismo@arqnit.org.br Coordenação:PadreRicardoMota JornalistaResponsável:PadreRicardoWhyte Jornalista:JoãoDias-jornalismo@arqnit.org.br Revisão:MarleneGomesMendes ProgramaçãoVisual:ThiagoMaia arq.comunicacao@gmail.com DepartamentoComercial:SECOM Circulação:ParóquiasdaArquidiocese AssinaturaAnual:R$60,00 EDIÇÃOENCERRADA:29deJulhode2020 *Éterminantementeproibidaareprodução destestextos,emjornaiseoutrosmeiosde comunicação,semautorizaçãoporescrito doautoroudoSetordeComunicação Arquidiocesano

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O Papa afirmou: «Se alguma coisa nos deve santamente inquietar e preocupar a nossa consciência é que haja tantos irmãos nossos que vivem sem a força, a luz e a consolação da amizade com Jesus Cristo, sem uma comunida-de de fé que os acolha, sem um horizonte de sentido e de vida. Mais do que o temor de falhar, espero que nos mova o medo de nos encerrarmos nas estrutu-ras que nos dão uma falsa proteção, nas normas que nos transformam em juízes implacáveis, nos hábitos em que nos sentimos tranquilos, enquanto lá fora há uma multidão faminta e Jesus repete-nos sem cessar: «Dai-lhes vós mesmos de comer» (Mc 6, 37).

Mas nada substitui a verdadeira conversão pastoral num sentido missionário, permanentemente disposto a romper limites, sobretudo os geográficos, num convite às comunidades paroquiais para sairem delas mesmas, e promoverem reformas estruturais. Todo corpo vivo só se man-tém vivo se suas células forem constantemente renovadas. Mesmo na velhice, as células se renovam. Só a morte põe fim à renovação.

A Congregação para o Clero promulgou, no dia 20 de julho, uma instrução chamada A CONVERSAO PASTORAL DA COMUNIDADE PAROQUIAL A SERVIÇO DA MISSAO EVANGELIZADORA DA IGREJA. Sem a menor dúvida, é nas paróquias que se encontra o primeiro núcleo-base da Igreja. Qualquer outra manifestação eclesial só acontecerá dentro de uma paróquia. Onde houver um cristão-católico, ele estará imerso numa realida-de paroquial, seja ela em âmbito geográfico ou missionário. Todos os que cremos, vivemos numa paróquia.

Por isso é tão importante conhecer esse documento.

Criatividade, para o Papa Francisco, significa «procurar novas estradas», «procurar a estrada para que o Evangelho seja anunciado», com novas possibilidades e liberdade, a grande herança do Espírito de Deus.

Que começa falando da reflexão do Vaticano II, a respeito da Igreja, esposa de Cristo. Notáveis foram as transformações sociais e culturais dos últimos decênios. Não é possıv́el que isso não se refletisse nas comunidades paroquiais. O Espıŕito de Deus é absolutamente criativo: o mesmo Espıŕito que presidiu a criação do universo, hoje incentiva novas experiências. Sob a orientação cuidadosa de seus Pastores, o anúncio do Evangelho, cada vez mais, corresponde às inquietações do mundo moderno.

Que palavras fortes! Estamos à altura delas?

Os tempos são outros. Não podemos ser os mesmos.

A proclamação do Evangelho acontece através de homens e mulhe-res que anunciam com a vida aquilo em que acreditam. E Jesus quem nos pede a «avançar sempre mais profundo» (Lc 5,4), a lançar as redes na certeza de uma pesca abundante.

E sempre numa paróquia que essa pergunta ecoa; é nela que a res-posta pode acontecer. A paróquia no meio do mundo é a consequência

lógica da Encarnação de Jesus Cristo, sinal da presença permanente do Senhor Ressuscitado no meio do seu Povo.

A Igreja quer se reformar.

Cada vez mais, a paróquia é chamada a adequar seu serviço às exi-gências dos fiéis e das alterações históricas. Discernir o momento histórico é a mãe de todos os discernimentos. Só quando cada batizado se tornar,

realmente, discıṕ ulo de Jesus e missionário do Evangelho, à luz que emana

da Igreja, podemos dizer que a sociedade humana encontrou seu rumo e seu prumo. Até lá, resta muito a viver e a fazer.

Os discıṕ ulos do Senhor aprenderam a esperar os tempos e os modos

de Deus, e a alimentar a certeza de que Ele estará sempre presente entre os seus, até o fim dos tempos. Não estamos sozinhos. O Espıŕito Santo – cora-ção da Igreja – nos reúne onde quer que estejamos espalhados. E preciso confiar. A confiança opera milagres impensáveis.

Na mão direita, ela segura a Palavra de Deus, fonte da própria vida. Com a outra mão, ela abraça o mundo, certa de que o mundo espera e precisa desse abraço. O Verbo Divino «se fez carne e veio habitar no meio de nós» (Jo 1,14). Essa é a garantia do amor de Deus por nós. Essa novidade não pode se dissolver como éter. "Para continuar o percurso da Palavra, é necessário que

nas comunidades cristãs se atue uma decisiva escolha missionária, capaz de transformar tudo, para que os costumes, os estilos, os horários, a linguagem e toda a estrutura eclesial se tornem um canal proporcionado mais à evangeli-zação do mundo atual que à autopreservação».

A todos meu abraço e minha bênção.

E nesse contexto que a paróquia está inserida, e nem podia ser diferente. A quem pensa que o contexto não rege as opções, resta a pergunta cabal: em que mundo você vive?

Nos sinais dos tempos, fala a voz do Espírito. Precisamos enten- der e gerar novos sinais: a paróquia é chamada a perceber e a se perce-ber dentro desse mudo em mudanças. Que isso não seja um peso, mas um

desafio acolhido com o mesmo entusiasmo da juventude. Em alguma parte de nós, um jovem insiste em permanecer. Conduzido com cuidado e atenção, ele será uma força viva, mesmo porque não existem forças mortas.

A paróquia é esse asilo no mundo moderno.

Que nossos braços e nosso coração estejam sempre abertos a acolher quem vier, como conseguir se achegar. E Cristo quem chama, é Cristo quem acolhe e, não nos esqueçamos, é Cristo quem chega. "O que fizerem ao menor

dos meus irmãos, é a mim que estão fazendo" (Mt 25,40).

Ser solidário, hoje, é a grande proposta e a maior garantia de que o Evangelho e a Igreja não perderam seu lugar na contextura do mundo. A "cultura do encontro" promove o diálogo, a solidariedade e a

abertura a todos, fazendo emergir a centralidade da pessoa. A paróquia é onde estamos juntos, onde cada um percebe que existe e é querido. O mundo nos olhará com outros olhos se um dia realizarmos o sonho de que ele não foi capaz: aproximar as pessoas.

Somos missionários dentro das paróquias. Por isso, é importante

repensar uma nova experiência de paróquia e de Igreja. Tanto o povo cristão como os sacerdotes têm o compromisso de ser "sal e luz do mundo" (Mt 5,13-14), "lâmpadas no candelabro" (Mc 4, 21), estampando uma face renovada e evangelizadora, capaz de reler os sinais dos tempos, num testemunho coerente de vida no Evangelho e para o Evangelho.

Diante do espaço virtual, os lugares de pertença tornaram-se múlti-plos, as relações interpessoais cada vez mais voláteis. E preciso acompanhar o tempo, porque o tempo não nos acompanha.

Esse é o primeiro momento, depois da era das navegações no século XVI, em que o mundo novamente se expande. Um novo mundo exige novas configurações. Com a realidade da Paróquia não poderia ser diferente. O mundo pós-moderno se move o tempo todo, a cultura digital dilatou os confins da existência. Cada vez mais, a vida das pessoas se identifica menos

com contexto imutável. O território humano é presidido pela pluralidade. Isso traz maravilhamentos e desafios. Tudo se modificou de maneira irre-versıv́el: a compreensão do espaço, da linguagem e dos comportamentos. Nunca o homem experimentou uma compreensão tão grande e tão dilacera-da de si e dilacera-da vidilacera-da social. Rapidez dilacera-das alterações, mudilacera-dança dos modelos culturais, facilidade para os deslocamentos, velocidade da comunicação transformaram a percepção de tudo o que havia antes.

Não podemos negar essa alegria ao Senhor.

A CONVERSÃO DA

IGREJA PAROQUIAL

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NITERÓI CATÓLICO +D.JoséFranciscoRezendeDias-ArcebispoMetropolitanodeNiterói

A VOZ DO

PASTOR

PASTOR

A VOZ DO

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O Catecismo nos recorda que “é indispensável aprender a rezar”(n. 2650). Infelizmente, o que vemos é o contrário. Nossa catequese nem sempre é uma escola de oração. Ela é muito mais uma verdadeira escola que transmite um conteúdo doutrinário. Porém, nem sempre se ensina a orar a partir desse conteúdo. Essa constatação é, muitas vezes, vista seja na catequese de crianças, seja na catequese de adultos. Poderıámos dizer que rezar é como nadar: só aprendemos entrando na piscina e mergulhando.

O Catecismo nos oferece algumas fontes da oração que nos ajudam nesse processo. A Primeira é a Palavra de Deus. A leitura da Sagrada Escritura deve ser acompanhada pela oração (n. 2653). Contudo, para isso, é preciso criar o hábito da leitura frequente da Escritura. Infelizmente, a Bıb́ lia ainda está na periferia de muitos católicos. Ela não faz parte do ordinário da vida de muitos fiéis. “Procurai pela leitura, e encontrareis meditando; batei orando, e vos será aberto pela contemplação.”(n. 2654)

Outra fonte mencionada pelo Catecismo é o conjunto das três virtudes teologais: fé, esperança e caridade. A fé é a porta de entrada para a liturgia e para a oração. Pela graça do Espıŕito Santo, somos educados a orar na esperança. A esperança nos leva a esperar aquilo que cremos. Com isso, experimentamos a força do amor que é a fonte da oração. Esta nasce de um coração que ama e que sabe e sente-se amado anteriormente. “Nós

amamos porque Ele nos amou primeiro.”(1Jo 4,19)

A sagrada Tradição da Igreja nos concede uma transmissão viva que nos ensina a orar. Como dizem, não precisamos inventar a roda, mas ingressarmos e mergulharmos na Tradição da igreja que nos oferece muitos caminho para experimentarmos essa graça vital: ORAR!

Uma segundo fonte para a oração é a Liturgia da Igreja. Esta não pode ser vista como um passe de mágica ou um teatro, mas a atualização do mistério da fé no “hoje” da nossa vida. A liturgia anuncia, atualiza e comunica o Mistério da nossa Salvação. Rezamos na celebração litúrgica e continuamos a rezá-la ao longo da nossa vida. A celebração continua quando cruzamos as portas do templo.

E muito comum escutarmos as pessoas dizendo que não sabem rezar ou não conseguem! Como já falamos, é mais uma dificuldade de orar, ou seja, rezar mais espontaneamente do que rezar que é o recitar uma oração já pronta.

A última fonte mencionada pelo Catecismo (n. 2659) é exatamente o “hoje”! “Aprendemos a rezar em certos momentos ouvindo a Palavra do Senhor e participando de seu Mistério pascal, mas é em todos os tempos, nos acontecimentos de cada dia, que seu Espıŕito nos é oferecido para fazer jorrar a oração.” Com isso, percebemos que não precisamos de “muita coisa para orar”. Basta elevarmos a voz do coração com o hoje da vida para Aquele que sempre nos acompanha e nos escuta!

Que o Espıŕito nos matricule na escola da oração e não permita que

nunca deixemos de ser alunos/discıṕ ulos! Nessa escola, só encontramos a

porta de entrada! Nela, só existe lugar para alunos porque o Mestre é um só: o Espıŕito Santo!

Que o exemplo de Jesus, de Sua Mãe e de todos aqueles, que nos precederam na caminha da fé, nos auxilie e motive para fazermos o nosso caminho orante!

Sejamos dóceis à Brisa suave do Espıŕito que nos leva e nos eleva ao Pai! Aprendamos a rezar a vida e na vida! Tudo pode e deve ser matéria da nossa oração diária! Em um tempo marcado pelo falatório, aprendamos a falar o que vale a pena e com quem vale a pena falar!

“Meu Deus, se minha língua não pode dizer a cada instante que eu vos

amo, quero que meu coração vo-lo repita tantas vezes quantas eu respiro.” (S.

João Maria Vianney in Catecismo, n. 2658)

NA ESCOLA DA

ORAÇÃO

Pe.DouglasAlvesFontes-ReitordoSeminárioSãoJosé

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“SER PAI

Olá meus amigos(as)! Paz e Avivar! Com a Graça do Bom Deus, chegamos ao mês de agosto. Aqui na Igreja do Brasil, meditamos a temática das Vocações. Destaco

que celebramos no segundo domingo a bela Vocação da Paternidade, e sobre esta gostaria de me deter neste artigo. Vamos meditar?!

Nosso Amado Jesus nos ensinou, na mais bela de todas as Orações, a chamar a Deus de PAI: “Eis como deveis rezar: PAI NOSSO,...” (cf. Mt 6, 9) Aqui ouso, sem medo, lhe dizer, que Jesus santificou, sacralizou essa palavra, não sendo mais apenas três simples letras, com seus fonemas, mas sim, uma Missão, uma Vocação, um estado de vida que brota diretamente do Trono da Graça. DEUS que é PAI, confia a simples homens a mesma dignidade de receber esse celeste tıt́ulo de Pai, Papai, Paizinho, Painho...

Encerro este artigo, dizendo que hoje sou eu quem me preparo para viver o Matrimônio, hoje sou eu que, atento, observo cada passo de meu Pai e busco a todo instante, gravar em minha mente e coração cada gesto, palavra, olhar e silêncio. Sei que nunca serei como ele, com certeza, pois quando DEUS confere a Vocação, ela é única, assim como a forma que ela se desenvolverá e frutificará! Termino com meu coração repleto de gratidão ao Bom Deus, por ter se revelado a mim desde pequeno. E sabe como Deus se revelou a mim? De uma maneira carinhosa, atenta, solıćita e brincalhona. Ele se revelou a mim, na pessoa de meu querido Pai, José Damasceno Filho, com quem tenho aprendido, que ser Pai é um Sacerdócio, uma imolação constante, um dar-se de si a cada momento. Gratidão Pai!

Do seu Irmão menor.

Não posso deixar de falar dos que são Pais de coração, Pais espirituais, que compreenderam que o Bom Deus os chamou a essa belıśsima Vocação de uma maneira especial e tão importante também. Saibam que suas vidas nos edificam e nos tornam pessoas melhores, filhos melhores, esposos melhores, gratidão pelo sim de vocês, pelas suas vidas entregues e imoladas no exercıćio dessa Paternidade Espiritual!

SALVE MARIA!!

Quero ainda aqui nesse Artigo, com carinho falar aos filhos, que já não possuem seus Pais aqui nessa caminhada. Nunca, eu digo NUNCA se sintam sozinhos, temos um DEUS que é PAI, temos um Papai adotivo que é meu querido São José. E se por ventura seu Pai ainda está nessa caminhada, mas distante de você, não permita que seu coração se encha de rancor ou mágoa, não se culpe e nem culpe a ninguém. Permita que o tempo e o Amor de Deus possam curar todas as feridas, todas as lembranças e possa você orar por aquele que é o colaborador direto pelo precioso DOM de sua vida!

Ainda nos exorta o Santo Padre: “Recordemos que o Dom mais

valioso para os filhos não são as coisas, e sim o amor dos pais.” E aqui

percebo que o Amor não é dito apenas com a palavra, mas o dia a dia me faz testemunhar que o Amor se concretiza em coisas tão simples, como aquele cheiro de café que invade a casa, o sentar no sofá em uma tarde de domingo

para assistir a uma partida de futebol e rir das desventuras de se torcer por times rivais, no sair às compras e perceber que os gostos dos filhos estão todos gravados em cada item, que é posto no carrinho, nas conversas sobre questões da vida, sobre os medos do que está por vir. O Amor é concreto! Deus é Amor e quis estar conosco todos os dias na Eucaristia, mas se aproximou de cada um de nós bem mais de perto ao nos dar alguém para chamar de Pai. E preciso estar atento, Caro Pai que ora me lê, que o Amor não tem preço, não tem marca, não tem grife. O Amor tem um nome, o seu, querido Pai.

Nosso querido Papa Francisco, nosso doce Pai de toda a Cristandade, no dia 04 de fevereiro de 2015, em uma Audiência Geral no Vaticano, falou sobre o “aspecto positivo” da figura do “pai de famıĺia” e vou trazer alguns trechos para nossa reflexão desse mês. E inevitável me debruçar sobre esse artigo, e não buscar inspiração em dois homens que são para mim exemplos a seguir. Digo que tenho dois “Josés” em minha vida: um é São José, meu querido Patrono e Senhor e outro é o meu querido José Damasceno Filho, a quem carinhosamente chamo de Pai. E que alegria poder olhar para esses exemplos e perceber, claramente, o quão grandiosa é essa Vocação!

Nos diz o Santo Padre: “Os pais devem ser pacientes. Tantas vezes

não há outra coisa a fazer se não esperar, rezar e esperar com paciência, doçura, magnamidade, misericórdia.” E não são poucas as vezes que o

melhor remédio é o tempo, mas não pensem ser um tempo doce, não. Por vezes é bem amarga a espera, que normalmente é embalada pelo silêncio, um silêncio repleto de contemplação, de lágrimas discretas no escuro do quarto. Esperar o Filho que volta da Faculdade, ou que volta de uma festa, ou ainda a espera de que supere um vıćio, uma enfermidade. O Pai é o homem da ação, de poucas palavras, mas de atos concretos. E como vemos na maioria de nossos Pais, a figura do Santıśsimo José, que no seu silêncio ouviu apenas a voz do Anjo e seguiu no cumprimento de sua Vocação: Ser Pai adotivo do Filho de Deus!

LuisMarceloB.Damasceno

ESPIRITUALIDADE

Crenças são regras. E costuma-se seguir as regras. Você faz o que faz de acordo com aquilo em que acredita. Por isso, crenças se tornam sua reali-dade. Vê o que não existe, mas age como se existisse. Ouve o que não foi dito, e age como se tivesse sido dito. Estes pensamentos imprecisos são normal-mente utilizados para reforçar o pensamento e/ou emoções negativas, dizendo-nos coisas. E o nosso diálogo interno, só servem para fazer-nos sen-tir mal acerca de nós mesmos.

Evite a leitura mental, não faça suposições. Tentar adivinhar o que o outro está pensando. Tiramos conclusões precipitadas quando fazemos essa leitura, o adivinhar. Ocorre que muitas vezes associamos a situação aos nossos próprios sentimentos, nossa insegurança e medo. E a maneira como olhamos a situação e damos por fim nossa interpretação, fazendo previsões equivocadas. Precisamos fazer uma avaliação razoável da situação para pre-ver o desfecho de forma coerente, sem exageros.

Quando falamos em saúde emocional, estamos nos referindo à capa-cidade de gerenciarmos as emoções e sentimentos que nos fazem sentir bem ou não.

Não há decisões que não envolvam racionalidade e emoção, razão e coração, funções do hemisfério esquerdo e direito do cérebro. Mesmo que não queiramos ou não saibamos, sempre haverá um componente emocional em nossas decisões.

Crenças, frequentemente são desenvolvidas durante a infância e no decorrer das vivências são reafirmadas. São ideias e percepções de uma pes-soa, consideradas por ela absolutas e verdadeiras, porém muitas vezes não são mais condizentes com a realidade, tornando-se limitantes.

Olhe para dentro de si. O grande obstáculo para identificar e reconhe-cer nossos próprios estados emocionais é que quase nunca paramos para

prestar atenção a eles. As emoções nos fornecem informações, dados sobre os nossos julgamentos, como estamos avaliando alguma situação, pessoas e ideias. A melhor forma é parar de voltar toda a atenção para o externo, para fora e concentrar-se para dentro de si, de forma que você se torne consciente das mensagens enviadas por seu corpo.

As emoções e sentimentos são o verdadeiro tempero da vida. Assim como qualquer tempero, de menos, deixa a vida sem graça, com excesso nos deixa sem recursos e atrofiados ao que se refere a uma vida plena. Busque o equilıb́ rio. Cuide de si!

CUIDE DE SI:

CRENÇAS, PENSAMENTOS

E EMOÇÕES

SUPERANDO

LIMITAÇÕES

DrªLoísedeOliveiraCaputo-PsicólogaePsicopedagoga

05

NITERÓI CATÓLICO

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A FÉ COMEÇA

A ERIGIR A

NOVA CATEDRAL

SÃO JOÃO BATISTA

BOLETIM INFORMATIVO – CAMPANHA CONSTRUÇÃO NOVA CATEDRAL - EDIÇÃO 77

Denis Carneiro – As fundações da nave (espaço celebrativo) já estão

prontas. Foram 258 estacas (algumas com mais de 40 metros de profundida-de) cravadas. Ano passado, começamos a construção dos blocos de sustenta-ção da laje, que teremos agora, no final de julho, os 217 previstos para essa área, prontos.

Jornal Niterói Católico – Denis Carneiro, obrigado por atender o Setor

de Comunicação da Arquidiocese de Niterói. Gostaria de saber, neste perıó

-do de isolamento social, como foram os planejamentos para as retomadas das obras, já que o munıćipio de Niterói, no novo decreto autoriza a constru-ção civil?

A partir de agosto, devido ao replanejamento da obra, executaremos 38 novas estacas, desta vez, ao redor da projeção da cúpula (fora da nave), com 38 blocos de sustentação. Essa etapa não seria feita agora, mas optamos por adiantá-la, por conta dos motivos já mencionados.

Denis Carneiro – Foram 10 semanas bem complicadas, de muita

incerteza, com informações mudando praticamente todo dia. Mantivemos contato frequente com a Prefeitura, monitorando as notıćias e recomenda-ções dos órgãos competentes, para retomar, com toda segurança. Além disso, dependemos de fornecedores (mão-de-obra, equipamentos e insumos), que precisávamos mapear, e também os que estariam disponıv́eis, no momento do retorno.

A redação do jornal Niterói Católico aproveitou o momento de isola-mento social que estamos vivendo, para saber, com Denis Carneiro, gestor do projeto da Nova Catedral, como está o andamento da obra que emprega, de forma direta e indireta, várias pessoas. A Nova Catedral, também será um marco para a cultura do munıćipio de Niterói, “Cidade Sorriso”.

Logo após, passaremos à construção de 23 cintas de amarração dos blocos. Em seguida, executaremos elementos que serão bem visıv́eis para quem for visitar a obra, que serão 10 paredes estruturais e 38 pilares (por volta de 2 metros acima do solo). Teremos também 7 pequenas (em relação

ao tamanho do projeto) áreas de laje, estrategicamente, construıd́ as para

proteger os blocos e armações que não precisarão mais de acesso fıśico. Projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, a Nova Catedral poderá

aco-lher cinco mil pessoas, em seu interior, e aproximadamente, 15 mil, em sua esplanada. Situada às margens da Baıá de Guanabara, num local privilegiado pela beleza, a cúpula da Nova Catedral terá 60 metros de diâmetro e a nave central, 80 metros.

Jornal Niterói Católico – Agora, Denis Carneiro, uma pergunta que

todos os fiéis da Arquidiocese de Niterói sempre fazem: em que fase está a obra? Poderia adiantar para a redação do Niterói Católico as próximas etapas da Obra de Fé?

Já no ano que vem, partiremos pros 3 blocões (blocos de sustentação dos pilares principais da catedral, cada um medindo 370m3, com aproxima-Quando saiu o decreto autorizando a volta às atividades, a Equipe

téc-nica levantou toda informação necessária e apresentou as opções que tıń ha-mos. Por não termos certeza de por quanto tempo poderemos continuar com as obras (acreditamos que não, mas vai que aparece um novo

lock-down), optamos por atividades de rápida execução e de fácil mobilização,

para o caso de nova interrupção por determinação da Prefeitura.,

A Fé dos fiéis da Arquidiocese de Niterói é uma devoção que começa a erguer blocos de sustentação. Esta Fé também é responsável por sustentar bases e irradia todo o terreno, fortalecendo trabalhos sociais e educativos. Um sonho antigo dos arquidiocesanos de Niterói, de ter uma Catedral maior, para celebrações arquidiocesanas, é retomado, no governo de Dom José Fran-cisco, Arcebispo Metropolitano de Niterói.

Outra questão importante e que casou, perfeitamente com a anterior,

foi a dos cuidados sanitários, na luta contra o COVID-19, principalmente no quesito distanciamento social. Querıámos atividades, especialmente neste inıćio, nas quais tivéssemos menos pessoas trabalhando próximas. Isso não significa menos pessoas no canteiro, já que uma pequena equipe pode estar preparando as armações, outra pequena equipe fazendo o nivelamento das estacas, a topografia um pouco afastada, indicando o local certo. Sempre pequenas equipes trabalhando em atividades e áreas diferentes, para evitar aglomeração.

Por João Dias

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Jornal Niterói Católico – Denis, agora faço duas perguntas pessoais

para você, muitos o veem como o gestor do projeto, mas o Denis Carneiro, católico e fiel da Arquidiocese, em suas visitas, constantes à obra, no mês de julho, o que tem observado? No Projeto Nova Catedral, o que mais o surpre-endeu e desafiou até o momento?

Tudo isso só dá força para continuar nessa luta até o final, ou até quan-do o Arcebispo julgar necessário.

Procure sempre saber como está o projeto, até mesmo para passar a informação, quando ouvir alguém perguntar a respeito. Semanalmente, colocamos no Facebook e no Instagram (ambos /novacatedralniteroi) um resumo do que ocorreu na semana anterior, na obra. Agora que as atividades paroquiais estão voltando, retomaremos o envio dessa informação, de forma estruturada, também às paróquias. E mensalmente, temos nossa pági-na no jorpági-nal Niterói Católico.

Você, que ainda não é doador, ou que suspendeu as doações por algum motivo e deseja retornar, acesse http://novacatedral.com e veja como parti-cipar. Você também pode entrar em contato diretamente conosco, através do telefone (21) 97203-1657 ou e-mail contato@novacatedral.com. Conta-mos muito com sua colaboração!

A Nova Catedral São João Batista não é um projeto de Dom José, de um determinado grupo de padres ou de alguns leigos funcionários ou voluntá-rios. E de todo o Povo de Deus, que será beneficiado,, de alguma forma pelos efeitos evangelizador, social e turıśtico, decorrentes de sua execução.

Denis Carneiro – A dedicação de todos os que ali estão exercendo

suas funções. Não só pela gratidão de ter um emprego, uma forma digna de levar sustento às suas famıĺias em tempos tão conturbados, mas por sabe-rem que estão trabalhando em um projeto com caracterıśticas muito impor-tantes, principalmente, nos aspectos religioso, social e arquitetônico.

E não há como deixar de destacar a providência Divina, a ação de Deus e a proteção de Nossa Senhora, em muitos momentos, nessa longa jornada. Já presenciei alguns eventos sobrenaturais (evitei escrever milagres), inclu-sive eucarıśtico, na Capela São João Paulo II. Já passei por situações, nas quais padres, que nunca haviam conversado ou confessado, virarem-se pra mim, do nada, e dizer uma palavra de apoio ou incentivo, em questões que estava passando em silêncio, sem ninguém saber.

Jornal Niterói Católico – Uma mensagem pra todos os leitores e

colaboradores.

A obra, o projeto, como um todo, é grandioso. Realmente está demo-rando, muito mais que imaginarıámos e que gostarıámos. Mas o fıśico não anda sem o financeiro. Pegamos a pior fase do Estado do Rio de Janeiro nas últimas décadas, com muito desemprego e até mesmo com servidores públicos sem receber (coisa inimaginável quando começamos o projeto) e isso se reflete, diretamente, na arrecadação.

São mais de 7 anos dedicados ao projeto. E muita história pra contar, então vamos focar nas positivas. Sempre tive muito respeito pelos padres. Minha vida toda aprendi a tomar a bênção, beijando a mão deles, porém nunca tive contato muito próximo com padres em geral. Essa convivência diária, ter que falar de assuntos não relacionados à questão religiosa, discu-tir (no bom sentido), por exemplo, ações de campanha nas paróquias, atua-ção junto à Comunidade, foi uma novidade e desafio muito grande, e demo-rei um pouco para me acostumar a ver os padres, também por esse lado mais humano, com suas dificuldades e ansiedades.

damente 400m3 de concreto e 95toneladas de aço), as cintas protendidas (elementos estruturais que aumentam a resistência a movimentos laterais, no nosso caso, construıd́ as em formato de triângulo para unir os 3 blocões, utilizando um total aproximado de 383m3 de concreto, 34toneladas de aço e 738m3 de forma), para enfim começar a tirar do chão a estrutura principal da Nova Catedral. Os blocões começariam a ser feitos esse ano, mas muda-mos um pouco a ordem de execução.

Denis Carneiro – Meus pais moram perto da Mitra então, de

segunda-feira a sexta-segunda-feira, almoço praticamente, sempre com eles. Pelo menos uma vez por semana, meu pai me pergunta “cuméquié, a obra já saiu do chão? Tá demorando muito!”. Ou seja, meu próprio pai, que diariamente e pessoal-mente me escuta falar do andamento e novidades da obra, que nos finais de semana sabe quando e onde estou, em ação nas Paróquias, está nessa ansie-dade com essa sensação de demora. Imagino você, Doador, que há tanto tempo contribui com o projeto.

Porém, não desanimem, continuem perseverantes na oração, na doa-ção e na divulgadoa-ção (quanto mais pessoas souberem e ajudarem, melhor). Temos o privilégio de participar de uma OBRA DE FE, uma construção de uma Nova Catedral, abençoada, em honra a São João Batista, que com toda certeza será erguida, com a intercessão de Nossa Senhora Auxiliadora (co-padroeira da nossa Arquidiocese). E todos nós receberemos essa grande

graça, esse novo templo, um lugar santo escolhido por Deus e pelo Espıŕito Santo.

07

NITERÓI CATÓLICO

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Quando você vê irmãos, filhos dos mesmos pais, e uma criança se comporta sempre como se estivesse dentro de um liquidificador ou tivesse acabado de sair de um redemoinho, e a outra muito tı́mida, passiva, reservada, que sempre evita conflitos, você pode se perguntar: Por que tão diferentes?

O temperamento está longe de ser uma consequência do que vivemos, faz parte da nossa natureza, de como fomos criados por Deus. A cada um foram dados, dois tipos de Temperamento, sempre um mais dominante. E por serem dados por Deus, não podem ser modificados, mas podem ser conhecidos a fundo e moldados. O temperamento nos fala de como tendemos a reagir, mas não define nossa personalidade, pois essa última ainda tem outras caracterıśticas, para ser formada.

O temperamento colérico é o daquele filho, por exemplo, que não

mede esforços para expressar o que sente, uma pessoa extrovertida. Já o

temperamento melancólico é caracterizado por um filho que não revela

seus sentimentos, é introvertido, e por isso, muitas vezes pode ser mal compreendido, aquele filho que se diz " muito fechado ".

Um exemplo prático, é o temperamento sanguıń eo de uma criança,

que traz a dificuldade de memorização e organização na escola. Então, os pais dessa criança ao conhecerem seu temperamento, precisam estar atentos para fornecerem o suporte necessário e, principalmente, para que não haja um equıv́oco, ao tratarem essa dificuldade como um déficit de atenção, por exemplo. Ao conhecerem a dinâmica do funcionamento da criança, os pais têm como traçar estratégias para ela se organizar. A criança sanguıń ea precisa de uma orientação alegre, metas atraentes para que se motive, e valorizar o trabalho que está realizando.

Na construção histórica dos temperamentos, em meados do século XX, o psicólogo Carl Jung avançou na categorização dos temperamentos, utilizando-se da teoria da personalidade, chegando aos 4 tipos de temperamentos que se mantinham inalterados, mesmo diante de caracterıśticas de personalidades diferentes. São eles: colérico, melancólico,

sanguıń eo e fleumático.

Já o temperamento sanguíneo é o daquela pessoa que gosta de

agradar a todos, gosta de viver no presente, gosta de ser o centro das atenções, costuma ser extrovertida e imediatista,fazendo com que pareça às vezes, superficial.

O temperamento fleumático se caracteriza por ser leal,

comprometido, tolerante, consegue manter a calma sob pressão. Se é necessário que reaja, é bem provável que não reagirá, o que pode levar as pessoas a acharem que o fleumático é pouco assertivo.

Todos nós nascemos com um temperamento especı́fico, mais dominante. Nesse texto pretendo mostrar a importância de conhecermos o nosso temperamento e o dos outros para melhorarmos nossos relacionamentos, principalmente na famıĺia.

Sim, isso tem o nome de Temperamento diferente. Conhecermos os temperamentos de nossos familiares e o nosso é um grande passo para crescermos na melhora da qualidade dos nossos relacionamentos com nossos filhos, com as pessoas que amamos.

Esse conhecimento dos temperamentos é uma boa oportunidade para os pais aprenderem, definitivamente, como lidar com situações difıćeis com seus filhos e, principalmente, a possibilidade de entender nossa responsabilidade de nos autoconhecermos e percebermos que, como pais, também somos imperfeitos, erramos, temos fraquezas, mas podemos produzir mudanças em nossos relacionamentos, através desse autoconhecimento. " Por que olhas a palha que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu ? " ( Mateus 7,3). Quando percebemos o quanto somos falhos, conseguimos nos colocar no lugar do outro, pedir perdão e seguir em frente. O processo de educação dos filhos é diário e de muito trabalho. Mas quando há o conhecimento do que vai dentro de cada um, é nesse encontro que podemos florescer e crescer juntos.

OS TEMPERAMENTOS NO

PROCESSO DE

EDUCAÇÃO INFANFIL

PaulaBarreto-PsicólogaePsicopedagoga

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Retomando o primeiro parágrafo, quando lembrei da importância da lavagem das mãos, saliento que comunidades carentes são as mais afetadas pelas pandemias e doenças em geral, exatamente por não disporem de saneamento básico, em especial, água e esgotos tratados.

Fonte: Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento e Instituto

Trata Brasil.

Pergunto: como estas comunidades realizarão uma simples lavagem das mãos, se não possuem água tratada ?

Por serem carentes, certamente não terão dinheiro para comprarem álcool em gel.

E simples assim, sem segundas intenções ...

- a concessão para tratamento de água e esgotos para as cidades deverá passar por licitação, envolvendo empresas públicas e privadas;

Detalhe: Porto Velho, capital do Estado de Rondônia, tem seu esgoto descartado in natura, no Rio Madeira. Traduzindo em bom português: Porto Velho não trata seus esgotos !

Em função do pequeno espaço do artigo, destaco os seguintes ıt́ens que estão inclusos no PL 4.162/2019:

Saudações ambientais !

Encontramo-nos no próximo mês !

M e u e m a i l : p a u l o re n t s @ gl o b o . c o m , p a ra c o n t i n u a r m o s o relacionamento virtual, principalmente nestes tempos de pandemia.

-para que haja a universalização dos serviços de água e esgotos, está prevista a possibilidade de agrupamentos de cidades, fazendo com que as consideradas financeiramente inviáveis, possam ser beneficiadas.

Como cristão, afirmo que a solução é: fazer do SANEAMENTO BASICO uma POLITICA DE ESTADO E NAO POLITICA DE GOVERNO, exigindo por escrito, durante a campanha eleitoral, que todos os candidatos à governança, assumam o compromisso com o paı́s, no sentido de cumprirem,

obrigatoriamente, a meta que lhes cabe, durante o perıó do que exercerem o

mandato, para que o SANEAMENTO BASICO seja um VERDADEIRO compromisso com o Brasil e sua população, principalmente, a mais carente, fazendo com que estes números apresentados neste artigo, sejam transformados, substancialmente, quem sabe, bem antes de 2033.

Logo, apesar de quererem a preservação de suas vidas, como todos nós, essas comunidades carentes estão impossibilitadas de cumprirem ı́tem básico, como a lavagem de suas mãos!

Estes são pressupostos básicos, indiscutı́veis, para evitar a disseminação da doença.

Os Senadores aprovaram, no dia 24 de junho de 2020, o novo Marco Regulatório do Saneamento Básico ( PL 4.162/2019).

Perdas na distribuição de água para consumo, a média nacional é de 38,29%, ou seja, água tratada que é jogada fora, e não chega ao consumidor, demonstrando deficiência técnica na entrega aos consumidores. Perdas por Regiões: Norte 55,14%; Nordeste 46,25%; Sudeste 34,35%; Sul 36,54%; Centro Oeste 34,14%.

São quase 100 milhões de brasileiros que não têm acesso à coleta de esgotos !

Tratamento de esgotos por região: Norte 21,70%; Nordeste 36,24%; Sudeste 50,09%; Sul 45,44%; Centro Oeste 53,88%.

Os médicos são unânimes em orientar a população, no sentido de tomar os seguintes cuidados, visando à prevenção do Covid-19: usar máscaras, distância mıń ima de 2 a 3 metros, ficar em casa, se puder, em especial os idosos e uso de álcool em gel e/ou lavar as mãos, com frequência.

Nele estão fixados como metas até 2033: 99% da população brasileira terá acesso à água tratada e 90% ao tratamento e coleta de esgoto.

Informações: 83,5% dos brasileiros são atendidos com abastecimento de água tratada.

São quase 35 milhões de brasileiros sem acesso à água tratada !

Abastecimento de água por região: Norte 57,49%; Nordeste 73,25%; Sudeste 91,25%; Sul 89,68%; Centro Oeste 90,13%.

Informações: 46% dos brasileiros são atendidos com tratamento de seus esgotos.

MEIO AMBIENTE

PauloRenato-Eng.Químico,PósGradEng.AmbientaleEng.Sanitarista.

MARCO REGULATÓRIO

DO SANEAMENTO BÁSICO

Elas são essenciais para a nossa vida e são encontradas num deli-cioso abacate ou numa crocante castanha, ou ainda em uma cápsula colo-rida. As vitaminas estão entre os principais nutrientes consumidos sob a forma de suplementos, mas especialistas alertam: a qualidade da absor-ção de vitaminas em cápsulas não se compara à obtida por meio dos ali-mentos in natura. Elas devem ser suplementadas especialmente, por aquelas pessoas que apresentam deficiência de alguma vitamina especı-́ fica, ou barreiras para absorver a quantidade necessária, por meio da alimentação. Mas, sem necessidade, a suplementação tende a aumentar o risco de doenças cardiovasculares e cânceres.

 Nem sempre mais é melhor. O excesso de nutrientes no

organismo pode ser tóxico. E, por vezes, as mesmas vitaminas que trazem benefıćios, quando consumidas em forma de alimentos, podem provocar danos quando em forma de suplementos. Um exemplo é a ingestão do betacaroteno de frutas e legumes, que diminui o risco de doenças cardiovasculares. Mas quando esse nutriente é suplementado, pode aumentar o risco de câncer de pulmão. Outro exemplo é a vitamina E, encontrada em castanhas e sementes. Quem ingere, naturalmente, tem menor risco de doença coronariana, mas, como suplemento, pode

aumentar o risco de derrame.

 O corpo humano precisa de vitaminas em quantidades diárias

bem pequenas. Diferentemente dos carboidratos e das proteıń as, que

devem ser consumidos em gramas, as vitaminas são ingeridas em miligramas. Isto deveria tornar mais fácil a tarefa de consumi-las. Uma laranja, por exemplo, tem cerca de 70 miligramas de vitamina C, quase o dobro da ingestão diária recomendada desse nutriente, que é de 45 miligramas.

 A potência do mercado de suplementos, que é milionário, acaba

levando os consumidores a acreditar que esses produtos fazem bem a todas as pessoas. Temos que comer comida de verdade, que não tem rótulo, que estraga. Uma dieta de alimentos industrializados, apenas enriquecida com vitaminas, é um erro. Assim como uma suplementação indiscriminada, com viaminas de “A a Z”, onde umas competem com as outras. Os suplementos vitamıń icos e minerais são considerados de baixo risco pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2010. Mas é consenso que não se deve tomar esses produtos sem a orientação de um nutricionista, seja para evitar desperdıćio de dinheiro ou para não prejudicar a saúde.

09

NITERÓI CATÓLICO

QUANDO A

SUPLEMENTAÇÃO

DE VITAMINAS SE

TORNA PERIGOSA?

JulianaMontesso NutricionistaMestreemSaúdePública

SAÚDE

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Neste tempo de pandemia, posso dizer que estou sendo obediente à voz do Mestre, o qual tem nos orientado e pedido para aguardar o tempo em que este dia vai acontecer. Claro que estava aguardando o dia 18 de abril, quando recebemos a notícia de Dom José, de que seria preciso remarcar, cancelar. Nós entendemos, como vontade de Deus, e posso dizer que nesse período de pandemia, três realidades foram vividas: a primeira, a do temor, você não saber quando se daria, pois a expectativa já estava em nosso coração, de viver a celebração; a segunda foi também a vivência familiar, e eu pude ver uma vocação que alcança também os seus. Então, estar um tempo em casa, com a minha família, e rezar com eles, foi bonito ver sinais desta vocação já alcançando também a minha casa. E logo, agora aguardando então a ordenação, tudo será diferente, pois a experiência vivida durante essa pandemia, com certeza, fará da ordenação, um ato muito mais profundo, pois também foi um tempo em que eu pude trabalhar algumas realidades, pude enxergar outras, e pude olhar pra mim com mais verdade, vendo, de fato, que quem conduz toda nossa vida é Deus. Existe uma frase de Santa Teresa de Ávila, que também resume muito: “É justo que muito custe o que muito vale.” E neste “Neste artigo, recolhemos as respostas que recebemos na pesquisa e

nos propomos a refletir sobre a missão formativa, em tempos de pandemia. Veremos os desafios da continuidade da formação sacerdotal, em tempos desafiadores para todos. O artigo se apresenta como uma sıń tese do que refletimos e uma antessala do que queremos refletir”, explica a Dra. Luciana.

E como estão os que iriam ser ordenados? Como tem sido esse perıó do

de isolamento e sua formação? Algumas dessas indagações serão respondidas pelos seminaristas Alex Abreu, João Paulo Machado, Thiago Cruz e Júlio Bastos.

No e-mail, a assessoria de imprensa do Regional Leste 1, da CNBB, indica o artigo da psicóloga Dra. Luciana Campos e do Padre Douglas Alves Fontes, Reitor do Seminário São José da Arquidiocese de Niterói. O artigo, em suas 10 páginas, apresenta respostas a 4 questões referentes à formação dos futuros sacerdotes.

Recentemente, um estudo da CNBB apontou, em e-mail encaminhado às assessorias de imprensa das Arquidioceses e dioceses do Brasil, que “o primeiro semestre deste ano de 2020 nos ofereceu um novo desafio: a Pan-demia da COVID-19. Podemos dizer que a panPan-demia está nos fazendo pensar e repensar muitas realidades e, dentre elas, a formação dos futuros padres da Igreja Católica”. Acredito que o lema de uma ordenação seja mais do que um slogan, mas seja de fato uma palavra de Deus, para poder nortear nossa vida e o nosso futuro Ministério. Neste sentido, o lema que Deus colocou em meu coração para a ordenação diaconal é João, 2,5, quando diz: “Fazei tudo o que Ele vos disser”.

ORDENAÇÃO DIACONAL

RESERVADA EM AGOSTO

Tiago Rocha da Cruz Júlio César Bastos Machado

João Paulo Machado da Costa

Alex Coutinho de Abreu / / / Ricardo Mariano Monteiro da Silva /

O Arcebispo Metropolitano de Niterói, Dom José Francisco, ordenará em 29 de agosto, sábado, às 9h30, em cerimônia reservada, os seminaristas: Alex Coutinho de Abreu (“Senhor, eu estou pronto para ir contigo até mesmo à prisão e à morte!” Lc 22,33), João Paulo Machado da Costa (“Fazei tudo o que Ele vos disser.” Jo 2,5), Júlio César Bastos Machado (“Eis que venho fazer com prazer a vossa vontade, Senhor.” Sl 39,9), Ricardo Mariano Monteiro da Silva (“Fiz-me tudo para todos, a fim de salvar todos.” 1Cor 9,22) e Tiago Rocha da Cruz (Humilde Cf. Lc 18,13).

A Celebração Eucarıśtica, na qual serão ordenados os cincos novos diá-conos para a Arquidiocese de Niterói, deverá reunir muitos fiéis, vindos das diversas paróquias da Arquidiocese. Após a homilia, Dom José Francisco, faz a oração consecratória diaconal, sempre lembrando que esta “talvez seja a mais bonita das três que conferem os graus do sacramento da Ordem”.

Dentre as funções do ministério do diácono, que recebe a imposição das mãos, “não para o sacerdócio, mas para o serviço” (LG 29), está a de pro-clamar e pregar a Palavra de Deus, ministrar o sacramento do batismo,

assis-tir matrimônios, distribuir a sagrada comunhão, levar o viático aos enfermos e idosos e servir ao sacerdote no altar.

Todos os fiéis da Arquidiocese de Niterói estão convidados a acompa-nhar, pela Rádio Anunciadora e Redes Sociais da Arquidiocese, a Ordenação Diaconal no dia 29 de agosto, a partir das 9h20. As transmissões estarão dis-ponı́veis em arqnit.org.br, radioanunciadora.org.br, fb.com/arqnit, fb.com/radioanunciadora ou youtube.com/arqnit.

OS SEMINARISTAS E A

ORDENAÇÃO DIACONAL,

EM TEMPOS DE COVID-19

SEMINARISTA

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sentido, eu entendo, a espera, a demora,o tempo, porque eu tenho certeza de que diante de Deus e dos homens, uma consagração total a Deus é algo que vale muito, e é por isso que custa, é por isso que tem nos custado. Então, eis-me à disposição do Senhor, para quando Ele quiser que a ordenação diaconal aconteça, eis-me aqui à disposição, na certeza de que Deus irá me surpreender. Pois não sabemos nem o dia e nem a hora, mas sabemos que acontecerá. Então, basta estar preparado, a cada dia, para quando essa data chegar, para quando essa notícia vier, possa eu continuar com meu coração desejoso de ser consagrado ao Senhor. E como também disse um padre amigo, é tempo de deixar a brasa do coração mais forte, para que quando o grão de incenso cair nesta brasa, possa exalar um perfume que seja agradável ao Senhor.

Nós, seminaristas, que seremos ordenados diáconos, estamos em uma situação de “já e ainda não”, contudo experimento em minha vida as palavras de S. Paulo: “Sede alegres na esperança, pacientes na tribulação e perseverantes na oração”(Rm 12, 12).

Com o início da atual pandemia, eu comecei a cogitar da possibilidade da ordenação diaconal ser acometida. E quando D. José Francisco, nosso Arcebispo, avisou-me do adiamento da ordenação, eu partilhava com ele, e meu coração estava em paz, como continua até hoje, e renovava a minha disposição ao serviço da Igreja, em espírito de obediência.

Particularmente, a situação alarmante da propagação pelo contágio não me permitiu sentir um pesar pelo adiamento, pois as preocupações se voltaram à preservação da saúde, não só cada um da sua, mas cada um pela de todos.

A gente não pode viver esse tempo em vão, que seja um tempo de crescimento. Eu tenho buscado estudar, buscado me aprofundar, na intimidade com Deus, na Sagrada Escritura, numa vida de santidade, de entrega de confiança, para que a gente possa levar isso ao povo de Deus. Por mais que a gente toca numa vocação sobrenatural, que vá além das nossas capacidades humanas, Deus ainda conta, em tocar a nossa natureza com essa graça.

Como referenciava São Tomás de Aquino, a graça supõe a natureza. Então, quando passar esse tempo de pandemia, esse tempo, que nos pegou de surpresa, essa graça de Deus vai vir sobre a nossa natureza, e assim ficamos nessa expectativa de que o melhor de Deus vai acontecer também na nossa vida, na vida de todos os outros, que foram, de algum modo afetados por essa pandemia. E vem nos colocar também, diante dessa reflexão profunda, daquilo que é a eternidade, o último dia nosso, não sabemos quando será. Então, essa pandemia veio nos colocar diante dessa certeza de que é uma coisa incerta, o dia derradeiro, o dia último nosso é algo incerto. Não sabemos o dia nem a hora, então é bom que estejamos prontos, preparados, para o momento em que o Senhor virá, para cada um de nós. Que possamos então, tocar nessa eternidade. Então, é esse tempo, de confiar, esperar e acreditar que quem coloca o seu coração em Deus, a sua esperança em Deus, a sua vida em Deus, nada abala, nada nos coloca à prova, nada nos coloca em desespero, mas nos coloca diante desta verdade de que Jesus é o Senhor da nossa vida, que Ele tudo comanda, Ele tudo controla, e que dias melhores virão para nós. Então, tem sido este tempo, de encher o nosso coração de esperança, no Senhor Jesus. E se Deus quiser, em breve, poderemos ser portadores desta graça ministerial, e assim, também ajudar, nessa missão de Jesus, consagrando seu povo, levando seus sacramentos. No momento presente, o que podemos é buscar nossa santidade e testemunhar essa esperança em Jesus Cristo.

Este tempo de espera tem sido, justamente, um tempo de experimentar a paciência e a vontade de Deus! Uma espera no Senhor, como bem expressou o salmista: “Esperando, esperei no Senhor”... na certeza de que Ele é fiel e a vontade d'Ele há de se manifestar através da confirmação da Igreja!

Por isso, meu coração anseia e aguarda com muita expectativa esse novo e bendito dia em que Nosso Senhor, por meio da Santa Igreja, confirmará minha vocação com a ordenação diaconal, afinal, esse foi o lema que escolhi para meu futuro ministério, e em vista do qual tenho vivido este tempo: “Eis que venho fazer com prazer a vossa vontade, Senhor”(Sl 39, 9).

Iniciamos este ano com os preparativos para a ordenação e, logo no início, ouvíamos os noticiários sobre a epidemia, no exterior. Quem imaginaria as proporções que tal situação alcançaria? Asssim que surgiram casos de contágio no Brasil, já suspeitava da possibilidade de que a ordenação fosse afetada. E, de fato, quando o bom senso acolheu a gravidade da situação da pandemia, foi normal a preocupação quanto às medidas que evitassem o contágio, e o bem estar de todos passou a ser a preocupação principal.

Como uma ordenação concentra um grande número de pessoas, a situação de pandemia dificultava a realização da mesma, do modo como

sempre se realizou, com a participação de nossa gente, que nos acompanhou com a oração e a partilha, de forma que o adiamento foi inevitável. Agora, enquanto a situação não se resolver, dificilmente a ordenação será como sempre foi, com o concurso livre das pessoas.

Desde agora, não se pode ter a mesma visão de mundo que se tinha antes, nem sobre cada um de nós. Nem mesmo teremos saído da pandemia saudáveis, se permanecermos pensando e agindo como antes. Toda essa situação mostrou para quem quer ver, o quanto somos frágeis e interdependentes.

O inesperado acontecimento da pandemia, causada pelo novo coronavírus, quebrou todos os nossos esquemas, inclusive toda nossa organização e expectativa para a ordenação diaconal, no dia 17 de abril. Enfim, estamos tendo um tempo a mais para pensar, um tempo fora do comum, pois o adiantamento da ordenação tem então, um motivo que afeta o planeta. Um tempo para pensar, não só sobre o que iremos assumir, enquanto futuros ministros da Igreja, mas enquanto seres humanos, que tiveram diante dos olhos o quanto somos ligados, independentemente, da situação social. Este tempo tem sido de crescimento na fé, juntamente com o povo de Deus. São Tomás fala que a graça supõe a natureza. Então, nada mais propício do que junto com o povo de Deus, experimentar também um pouco das aflições que esta pandemia trouxe a cada um de nós, de surpresa. Não tem como a gente se angustiar e também perder as esperanças, porque não é uma coisa que afetou somente a nossa ordenação, mas afeta a todo o povo de Deus, todos os homens e mulheres que caminham peregrinos aqui, nesta terra, são afetados por essa pandemia. Então é o tempo de fortalecer a nossa fé, animar o povo de Deus, apontar o Cristo, a vontade de santidade, que é o mais importante, e sobretudo, essa confiança total em Deus, porque se ainda não aconteceu a ordenação, Deus tem um propósito.

SEMINARISTA

RICARDO MARIANO

SEMINARISTA

JÚLIO CÉSAR

SEMINARISTA

TIAGO CRUZ

SEMINARISTA

ALEX ABREU

TRANSMISSÃO AO VIVO

ARQNIT

ARQUIDIOCESE DE NITERÓI

29 DE AGOSTO DE 2020 ÀS 9H30

ORDENAÇÃO DIACONAL

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AGOSTO – MÊS DAS VOCAÇÕES

Ao longo do mês, cada semana é dedicada à celebração de uma determinada vocação, sendo assim:

1ª SEMANA: vocação para o ministério ordenado: diáconos, padres e bispos;

O Bispo, como o padre é o representante de Cristo dentro da comunidade, um pai espiritual para todos sob sua responsabilidade.

“O presbıt́ero, enquanto primeiro colaborador do Bispo e por mandato dele, na qualidade de educador na fé (cf. PO 6), tem a responsabilidade de animar, coordenar, dirigir a atividade catequética da comunidade que lhe foi confiada. “A referência ao magistério do Bispo, no único presbitério diocesano, e a obediência às orientações que, em matéria de catequese e para o bem dos fiéis, são emanadas por cada pastor e pelas conferências episcopais constituem para o sacerdote elementos a serem valorizados na ação catequética. Os sacerdotes discernem e promovem a vocação e o serviço dos catequistas”.

2° SEMANA: vocação para a vida em famıĺia (atenção especial aos pais);

Neste domingo, é celebrada a vocação da famıĺia, na pessoa do pai, uma vez que seu papel de educador em parceria com a mãe, é um dos pilares para filhos bem formados e conscientes do que significa ser cristão e cidadão. Em tempos de violência e perda de valores, a valorização da famıĺia é fundamental para a sociedade, como um todo. Cabe aos pais, com amor, compaixão e fé, fazer do seu lar, um ambiente que vive o caminho da verdade, justiça e paz de Jesus Cristo.

“Para os pais cristãos, a missão educativa, radicada na sua participação na obra criadora de Deus, tem uma fonte nova e especifica, no sacramento do Matrimônio, que os consagra para a educação propriamente cristã dos filhos. Pelo seu exemplo de vida cotidiana, os pais crentes têm a capacidade mais envolvente de transmitir aos seus filhos a beleza da fé cristã. Para que as famıĺias possam ser cada vez mais sujeitos ativos da pastoral familiar, requer seu esforço evangelizador e catequético dirigido à famıĺia, que a encaminhe nesta direção. O desafio maior é,neste caso, que os casais, as mães e os pais, sujeitos ativos da catequese superem a mentalidade comum de delegação, segundo a qual a fé está reservada aos especialistas da educação religiosa. Esta mentalidade, por vezes, é favorecida pela própria comunidade que tem dificuldade de organizar a catequese, num estilo de famıĺia e a partir das próprias famıĺias”.

3° SEMANA: vocação para a vida consagrada: religiosos (as) e consagrados (as)

seculares;

Os consagrados ao serviço da Catequese

A catequese representa um terreno privilegiado do apostolado dos religiosos. De fato, na história da Igreja, eles sao reconhecidos entre as figuras mais dedicadas à animação da catequese. São sıḿ bolos do amor e da entrega que o ser humano é capaz de fazer ao Senhor!

A Igreja convoca, de modo particular, as pessoas de vida consagrada para a atividade catequética, na qual o seu contributo original e especıf́ico nao pode ser substituıd́ o por presbıt́eros ou leigos. A primeira tarefa da vida consagrada é tornar visıv́eis as maravilhas que Deus realiza na frágil humanidade das pessoas chamadas. Mais do que com as palavras, elas testemunham essas maravilhas, com a linguagem eloquente de uma existência transfigurada.

4ª SEMANA: Vocação para os ministérios e serviços na comunidade;

Este chamado pessoal de Jesus Cristo e a relação com Ele são o verdadeiro motor da ação do catequista”.

Neste dia, celebra-se a vocação de todos os leigos que, entre responsabilidades com a famıĺia e um trabalho formal, dedicam suas vidas para os serviços pastorais e missionários. Seja na catequese, liturgia, ministério de música, ações de caridade ou nas diversas pastorais existentes, os leigos são aqueles que têm consciência do chamado de Deus e participam ativamente da Igreja, contribuindo para a caminhada e o crescimento da comunidade.

Nos anos em que o mês de agosto tem cinco domingos, é celebrado no último deles, o dia do catequista. Catequistas são pessoas que, por vocação e missão, promovem a fé na comunidade, preparando crianças, jovens e adultos para os sacramentos e, mais do que isso, para serem testemunhas de Cristo e do Evangelho no mundo.

(Trechos do Novo Diretório da Catequese)

“Sentir-se chamado a ser catequista e a receber da parte da Igreja a missão para o fazer, pode adquirir, efetivamente, diversos graus de dedicação, segundo as caracterıśticas de cada um. A vocação ao ministério da catequese brota do sacramento do Batismo e é fortalecida pela Confirmação, sacramentos mediante os quais o leigo participa do múnus sacerdotal, profético e real de Cristo. Além da vocação comum ao apostolado, alguns fiéis sentem-se chamados por Deus a assumir o papel de catequistas na comunidade cristã, a serviço de uma catequese mais orgânica e estruturada.

ÚLTIMO DOMINGO DE AGOSTO: Dia Nacional do Catequista.

Em 1981, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em sua 19ª Assembleia Geral, instituiu agosto como sendo o Mês Vocacional. Nas nossas comunidades, virou tradição dedicar o mês de agosto à oração, reflexão e ações nas comunidades sobre o tema das vocações. Nesse sentido, é importante reforçar a nossa vocação de cristão leigo. Com o Batismo, os leigos são inseridos em Cristo e tornam-se partıćipes de Sua vida e da Sua missão.

Para os fiéis leigos, o compromisso cidadão é uma expressão qualificada e exigente do compromisso cristão ao serviço dos outros. A persecução do bem comum em um espıŕito de serviço; o desenvolvimento da justiça, com uma atenção particular para com as situações de pobreza e sofrimento; o respeito pela autonomia das realidades terrenas; o princı́pio de subsidiariedade; a promoção do diálogo e da paz no horizonte da solidariedade; são estas as orientações que os cristãos leigos devem inspirar a sua ação na vida social!.

Assim ensina o Catecismo da Igreja Católica: “E especıf́ico dos leigos, por sua própria vocação, procurar o Reino de Deus (…) A eles, portanto, cabe de maneira especial iluminar e ordenar de tal modo todas as coisas temporais, às quais estão intimamente unidos, que elas continuamente se façam e cresçam segundo Cristo e contribuam para o louvor do Criador e Redentor” (n. 898).

Este serviço faz compreender como uma obrigação o empenho de curar e transformar as instituições e as condições de vida contrárias à dignidade humana. A Doutrina Social exorta para o esforço pela conversão dos corações e pelo melhoramento da vida social, a fim de obter estruturas em que a dignidade de todos os homens seja verdadeiramente respeitada e prometida.

Entre os âmbitos do empenho social dos fiéis leigos, vem à tona antes de tudo o serviço à pessoa humana. Da conversão do coração brota o serviço para com o homem amado como irmão. Conforme ensinou São João Paulo II, na Exortação Christifideles laici, a promoção da dignidade de toda pessoa é a tarefa central e unificadora do serviço que a Igreja, e nela os fiéis leigos, são chamados a prestar à famıĺia dos homens.

QUAL A VOCAÇÃO

DO CRISTÃO LEIGO

NA SOCIEDADE?

FÉ E CIDADANIA

PorRaphaelCosta

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Carıśsimos irmãos em Cristo, hoje vamos conversar um pouco sobre o tema acima, praticado durante toda a vida por Francisca de Paula de Jesus, conhecida por Nhá Chica.

Devido a sua fé, entregou-se inteiramente aos planos de Deus, buscando as coisas do alto a cada instante de vida, e se colocando em orações intensas e simples, devido ao seu coração humilde e pobre. Como disse o próprio Jesus, “carreguem minha carga e aprendam de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vocês, encontrarão descanso para suas vidas” (Mt 11,29).

Sabemos que os mistérios divinos são insondáveis à inteligência humana, mas Nhá Chica entendia que o mais importante era se colocar aos pés do Senhor e buscar realizar a vontade divina em sua vida.

A fé praticada por Nhá Chica deixava perplexas as pessoas que dela se aproximavam, pois como uma mulher pobre, simples, humilde de coração e analfabeta possuıá palavras tão sábias e previa situações inimagináveis à mente humana?

O Apóstolo das Nações, São Paulo, na carta aos Hebreus, declara que: “A fé é a firme garantia do que se espera, a prova do que não se vê” (Hb 11,1). Mais reais do que as verdades que caem sob nossos sentidos são as verdades propostas pela fé, porém não são acessıv́eis de verificação, por parte dos homens.

Nhá Chica nunca buscou saber o porquê, mas abria o coração às mensagens recebidas de sua Sinhá, a Imaculada Conceição, e colocava em prática o ensinamento recebido, sem nenhuma relutância. Confiava cegamente na Misericórdia divina, como uma criança pequena que se joga de qualquer altura nos braços do Pai, pois confia naquele que ama.

Nhá Chica voltava seu coração totalmente para as coisas de Deus. E através dessa fé, ela soube discernir muito bem sua missão e dedicou sua vida a esse nobre empreendimento.

Assim, Francisca de Paula de Jesus, Nhá Chica, entendia o mistério da vida. Ela, que viveu em Baependi/Minas Gerais, buscava realizar a vontade de Deus, que chegava ao seu coração através de sua intensa e maravilhosa devoção à Mãe de Jesus Cristo, sua Sinhá e nossa Mãe, com tı́tulo de Imaculada Conceição.

Que o exemplo de fé vivido por Nhá Chica contagie os nossos corações. Santo Agostinho dizia que buscava a cada instante a face do Senhor,

insistindo nessa busca, pois entendia que nada mais importava, a não ser a presença de Deus em seu coração.

Na caminhada de todos na terra, o mistério que envolve as verdades sobrenaturais pode gerar dúvidas e desconfianças, devido ao coração humano ser pouco preenchido pelas coisas do alto, mas não pode haver desânimo.

Beata Nhá Chica, rogai por nós!

Na declaração Dignatatis Humanae do Concıĺio Vaticano II (sobre a liberdade religiosa), encontramos que: Com efeito, o ato de fé é, por sua própria natureza, voluntário, já que o homem, remido por Cristo Salvador e chamado à adoção filial por Jesus Cristo, não pode aderir a Deus que Se revela, a não ser que, atraıd́ o pelo Pai, preste ao Senhor o obséquio racional e livre da fé.

«Isso acontece porque rezo com fé!"

A atração que inclina o homem a crer é dom da fé, e o voltar o coração de forma racional e livre a Deus, que se revela, esperando por parte da criatura essa vontade de adesão.

O primeiro milagre divino foi o dom de sua vida. Filha de Isabel Maria da Silva, mãe solteira, não conheceu o seu pai. Sem o reconhecimento da paternidade, invocou a proteção divina quando incorporou “Jesus” em seu nome.

Nhá Chica, mesmo diante de todas as evidências contrárias, nunca desanimou. Pelo contrário! Diante de obstáculos, buscava fazer a vontade de Deus, sabendo que o Senhor não desampara nenhum de seus filhos e que a Providência Divina acontece sempre para os que possuem em seus corações a verdadeira fé.

Através da fé, o ser humano é colocado no plano do conhecimento divino. O conhecimento referente à sabedoria que vem do alto, o pensar e o agir com auxıĺio do Espıŕito Santo, para além da vista humana, proporciona ao homem a condição de associar-se, cada vez mais, ao amor de Cristo.

ACREDITAR

SEM HESITAR

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NITERÓI CATÓLICO DIÁCONONÉLIODOAMPARO

A Campanha solidária Salesiana está rece-bendo alimentos não perecıv́eis e itens de higi-ene pessoal. As doações podem ser feitas nas portarias dos Colégios Salesianos de Niterói, que ficam em Santa Rosa e em Piratininga (fun-cionando 24 horas).

Segundo informou a assessoria de imprensa dos Salesianos, muitas dessas crian-ças só tinham acesso às refeições que o

CEJOMM disponibilizava. Com isso, no inıćio da quarentena, surgiu a necessidade de iniciar uma campanha de doação de alimentos, para que as famıĺias pudessem ter o que comer. As doações podem ser feitas nas portarias dos Colégios Salesianos de Niterói, que ficam em Santa Rosa e em Piratininga, e estão com aten-dimento durante 24h, para que não haja aglo-meração de pessoas.

Há quatro meses, a Campanha da Solidari-edade Salesiana vem atendendo crianças e adolescentes das comunidades carentes de Niterói. E através do Centro Juvenil Oratório Mamãe Margarida, obra social dos Salesianos, que as crianças e adolescentes destas comuni-dades recebem ajuda. Com a chegada da pan-demia do novo corona vıŕus no Brasil, muitos estabelecimentos precisaram fechar as portas, para evitar aglomerações, e foi o que aconte-ceu com a Obra Social dos Salesianos.

MENORES DAS COMUNIDADES CARENTES DE

NITERÓI RECEBEM AJUDA DOS SALESIANOS

Por João Dias com informações de Mariana Brum

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