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Aula 16 Detonando os CPCs - Pronunciamentos Contábeis Esquematizados, Resumidos e Anotados

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Academic year: 2021

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Detonando os CPCs - Pronunciamentos Contábeis Esquematizados, Resumidos e Anotados

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AULA 16: CPC 26

– Apresentação das Demonstrações

Contábeis

Sumário

1. CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis 3

2. Questões comentadas 42

3. Lista das Questões Apresentadas 69

4. Gabarito 84

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Pessoal, hoje vamos estudar mais um Pronunciamento Contábil exaustivamente explorado pelas diversas bancas. Trata-se do CPC 26 Apresentação das Demonstrações Contábeis.

Bons estudos! Gilmar Possati

prof.possati@gmail.com

Curta a nossa página e fique ligado(a) em todas as nossas atividades.

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ASPECTOS INTRODUTÓRIOS Objetivo

O objetivo do CPC 26 é definir a base para a apresentação das demonstrações contábeis, para assegurar a comparabilidade tanto com as demonstrações contábeis de períodos anteriores da mesma entidade quanto com as demonstrações contábeis de outras entidades. Nesse cenário, o CPC 26 estabelece requisitos gerais para a apresentação das demonstrações contábeis, diretrizes para a sua estrutura e os requisitos mínimos para seu conteúdo.

Alcance

O CPC 26 deve ser aplicado em todas as demonstrações contábeis elaboradas e apresentadas de acordo com os Pronunciamentos, Orientações e Interpretações do Comitê de Pronunciamentos Contábeis. O CPC 26 aplica-se igualmente a todas as entidades, inclusive àquelas que apresentem demonstrações contábeis consolidadas ou demonstrações contábeis separadas.

O CPC 26 destaca que o reconhecimento, a mensuração e a divulgação de transações específicas e outros eventos são objeto de outros Pronunciamentos, Orientações e Interpretações.

Ademais, vale destacar que o CPC 26 não se aplica à estrutura e ao conteúdo de demonstrações contábeis intermediárias condensadas elaboradas segundo o CPC 21.

CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis

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DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Finalidade das demonstrações contábeis

Segundo o CPC 26, as demonstrações contábeis são uma representação estruturada da posição patrimonial e financeira e do desempenho da entidade.

Nesse sentido, o objetivo das demonstrações contábeis é o de proporcionar informação acerca da posição patrimonial e financeira, do desempenho e dos fluxos de caixa da entidade que seja útil a um grande número de usuários em suas avaliações e tomada de decisões econômicas.

As demonstrações contábeis também objetivam apresentar os resultados da atuação da administração, em face de seus deveres e responsabilidades na gestão diligente dos recursos que lhe foram confiados. Para satisfazer a esse objetivo, o CPC 26 destaca que as demonstrações contábeis proporcionam informação da entidade acerca do seguinte:

a) ativos; b) passivos;

c) patrimônio líquido;

d) receitas e despesas, incluindo ganhos e perdas;

e) alterações no capital próprio mediante integralizações dos proprietários e distribuições a eles; e

f) fluxos de caixa.

Essas informações, juntamente com outras informações constantes das notas explicativas, ajudam os usuários das demonstrações contábeis a prever os futuros fluxos de caixa da entidade e, em particular, a época e o grau de certeza de sua geração.

Conjunto completo de demonstrações contábeis

Segundo o CPC 26, o conjunto completo de demonstrações contábeis inclui: a) balanço patrimonial ao final do período;

b1) demonstração do resultado do período; 01699177899

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b2) demonstração do resultado abrangente do período;

c) demonstração das mutações do patrimônio líquido do período; d) demonstração dos fluxos de caixa do período;

e) notas explicativas, compreendendo as políticas contábeis significativas e outras informações elucidativas;

ea) informações comparativas com o período anterior;

f) balanço patrimonial do início do período mais antigo, comparativamente apresentado, quando a entidade aplica uma política contábil retrospectivamente ou procede à reapresentação retrospectiva de itens das demonstrações contábeis, ou quando procede à reclassificação de itens de suas demonstrações contábeis.

f1) demonstração do valor adicionado do período, conforme CPC 09 – Demonstração do Valor Adicionado, se exigido legalmente ou por algum órgão regulador ou mesmo se apresentada voluntariamente.

1. (ESAF/AFRFB/2012) O conjunto completo das demonstrações contábeis exigidas pelas Normas Brasileiras de Contabilidade inclui

a) o relatório do Conselho de Administração e as Notas Explicativas, compreendendo um resumo das políticas contábeis significativas.

b) o resumo das políticas Contábeis e o Valor Adicionado obrigatoriamente a todos os tipos de entidade.

c) a Demonstração do Valor Adicionado, se entidade prestadora de serviços, e de Resultado Abrangente, se instituição financeira.

d) as Demonstrações dos Fluxos de Caixa e das Mutações do Patrimônio Líquido do período.

e) a Demonstração da Conta Lucros / Prejuízos Acumulados e o Relatório de Impacto Ambiental.

Trata-se de exigência do item sobre o “conjunto completo das demonstrações contábeis” do CPC 26 o qual transcrevemos acima. Para massificar, sugiro a releitura.

Vale destacar que a opção "b" está errada, especialmente, porque afirma que a DVA é obrigatória para todas as empresas. O trecho "o resumo das políticas Contábeis" também não está completo. O mais correto seria se o item tratasse de: "notas explicativas, compreendendo as políticas contábeis significativas e outras informações elucidativas".

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Gabarito: D

O CPC 26 informa que a entidade pode usar outros títulos nas demonstrações em vez daqueles usados no Pronunciamento, desde que não contrarie a legislação societária brasileira vigente.

Apesar do CPC 26 informar que a entidade pode apresentar uma única demonstração do resultado do período e outros resultados abrangentes, a legislação societária brasileira requer que seja apresentada a demonstração do resultado do período como uma seção separada. Assim, temos que ter uma Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) e uma Demonstração do Resultado Abrangente (DRA).

O CPC 26 destaca que a entidade deve apresentar com igualdade de importância todas as demonstrações contábeis que façam parte do conjunto completo de demonstrações contábeis. Logo, qualquer assertiva em que o examinador discrimine um maior peso de uma demonstração em relação a outra estará errada. Veja exemplo nesse sentido na questão abaixo.

2.(INÉDITA) Segundo o CPC 26, o objetivo das demonstrações contábeis é o de proporcionar informação acerca da posição patrimonial e financeira, do desempenho e dos fluxos de caixa da entidade que seja útil a um grande número de usuários em suas avaliações e tomada de decisões econômicas. Nesse sentido, para que a entidade que reporta a informação possa atingir esse objetivo, ela deve priorizar as informações presentes no balanço patrimonial e na demonstração do resultado do exercício, pois são as principais demonstrações contábeis.

Negativo! Não há que se falar em demonstração mais importante que outra para fins de apresentação das demonstrações contábeis. Conforme estudamos, o CPC 26 deixa claro que a entidade deve apresentar com igualdade de importância todas as demonstrações contábeis que façam parte do conjunto completo de demonstrações contábeis.

Gabarito: Errado

O CPC 26 informa que muitas entidades apresentam fora das demonstrações contábeis comentários da administração que descrevem e explicam as características principais do desempenho e da posição

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financeira e patrimonial da entidade e as principais incertezas às quais está sujeita. Apresentam também fora das demonstrações contábeis relatórios e demonstrações tais como relatórios ambientais e sociais, sobretudo nos setores em que os fatores ambientais e sociais sejam significativos e quando os empregados são considerados um importante grupo de usuários. Nesse contexto, o CPC 26 destaca que esses relatórios e demonstrações apresentados fora das demonstrações contábeis estão fora do âmbito dos Pronunciamentos emitidos pelo CPC.

Considerações Gerais

Pessoal, esses tópicos presentes no CPC 26 sobre considerações gerais não costumam ser exigidos em prova, com raras exceções. De qualquer forma, vamos estudar os principais pontos presentes no Pronunciamento. São detalhes bem lógicos de maneira que uma assertiva sobre esses pontos não vai dificultar nossa vida. No final desses tópicos elaboramos uma tabela-resumo. Sabendo o que está na tabela está show, beleza? Avante!

Apresentação apropriada e conformidade com as práticas contábeis brasileiras

Segundo o CPC 26, as demonstrações contábeis devem representar apropriadamente a posição financeira e patrimonial, o desempenho e os fluxos de caixa da entidade. Para apresentação adequada, é necessária a representação fidedigna dos efeitos das transações, outros eventos e condições de acordo com as definições e critérios de reconhecimento para ativos, passivos, receitas e despesas como estabelecidos na Estrutura Conceitual (CPC 00). Presume-se que a aplicação dos Pronunciamentos Técnicos, Interpretações e Orientações do CPC, com divulgação adicional quando necessária, resulta em demonstrações contábeis que se enquadram como representação apropriada.

Pressuposto da Continuidade

Segundo o CPC 26, quando da elaboração das demonstrações contábeis, a administração deve fazer a avaliação da capacidade da entidade continuar em operação no futuro previsível. As demonstrações contábeis devem ser elaboradas no pressuposto da continuidade, a menos que a administração tenha intenção de liquidar a entidade ou cessar seus negócios, ou ainda não possua uma alternativa realista senão a

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descontinuidade de suas atividades. Quando a administração tiver ciência, ao fazer a sua avaliação, de incertezas relevantes relacionadas com eventos ou condições que possam lançar dúvidas significativas acerca da capacidade da entidade continuar em operação no futuro previsível, essas incertezas devem ser divulgadas. Quando as demonstrações contábeis não forem elaboradas no pressuposto da continuidade, esse fato deve ser divulgado, juntamente com as bases sobre as quais as demonstrações contábeis foram elaboradas e a razão pela qual não se pressupõe a continuidade da entidade.

Aplicação do Regime de Competência

Segundo o CPC 26, a entidade deve elaborar as suas demonstrações

contábeis, exceto para a demonstração dos fluxos de caixa,

utilizando-se do regime de competência.

Quando o regime de competência é utilizado, os itens são reconhecidos como ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas e despesas (os elementos das demonstrações contábeis) quando satisfazem as definições e os critérios de reconhecimento para esses elementos contidos na Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro.

Esse ponto já foi explorado em prova!

3. (AOCP/Analista Administrativo/Contabilidade/EBSERH/2016) De acordo com o CPC 26 “Apresentação das Demonstrações Contábeis”, a entidade deve elaborar as suas demonstrações contábeis utilizando-se do regime de competência, EXCETO para a

a) demonstração do Valor Adicionado.

b) demonstração dos Resultados Abrangentes. c) demonstração dos Fluxos de Caixa.

d) demonstração de Origens e Aplicações de Recursos. e) demonstração do Resultado do Período.

Questão bem tranquila. A DFC é a única demonstração que não segue o regime de competência. A DFC segue o regime de caixa e não poderia ser diferente não é mesmo? Ora se ela demonstra o fluxo de caixa o que importa são as entradas (recebimentos) e saídas (pagamentos) no caixa.

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Logo, não faz sentido a aplicação do regime de competência que considera o fato gerador, independentemente dos recebimentos e pagamentos. Gabarito: C

Materialidade e agregação

Pessoal, as demonstrações contábeis resultam de um processamento complexo de transações e eventos os quais são agregados em classes (ativo, passivo, PL, receitas, despesas), conforme a sua natureza e função. Nesse sentido, o CPC 26 informa que a entidade deve apresentar separadamente nas demonstrações contábeis cada classe material de itens semelhantes. A entidade deve apresentar separadamente os itens de natureza ou função distinta, a menos que sejam imateriais.

O CPC 26 destaca que um item pode não ser suficientemente material para justificar a sua apresentação individualizada nas demonstrações contábeis, mas pode ser suficientemente material para ser apresentado de forma individualizada nas notas explicativas.

Alguns pronunciamentos especificam as informações que devem ser incluídas nas demonstrações contábeis. Nesse sentido, o CPC 26 alerta que a entidade não precisa fornecer uma divulgação específica, requerida por algum CPC, se a informação resultante da divulgação não for material. Compensação de valores

Segundo o CPC 26, a entidade não deve compensar ativos e passivos ou receitas e despesas, a menos que a compensação seja exigida ou permitida por um Pronunciamento Técnico, Interpretação ou Orientação do CPC. Segundo a norma, a compensação de valores, exceto quando refletir a essência da transação ou outro evento, prejudica a capacidade dos usuários de compreender as transações, outros eventos e condições que tenham ocorrido e de avaliar os futuros fluxos de caixa da entidade.

Adicionalmente, o CPC 26 informa que os ganhos e perdas provenientes de grupo de transações semelhantes devem ser apresentados em base líquida, por exemplo, ganhos e perdas de diferenças cambiais ou ganhos e perdas provenientes de instrumentos financeiros classificados como para negociação. Não obstante, esses ganhos e perdas devem ser apresentados separadamente se forem materiais.

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Frequência de apresentação das demonstrações contábeis

Segundo o CPC 26, o conjunto completo das demonstrações contábeis deve ser apresentado pelo menos anualmente (inclusive informação comparativa). Nesse sentido, caso haja alteração na periodicidade dos relatórios (período mais longo ou mais curto do que um ano), deve ser divulgado o motivo da alteração e o fato de que não são inteiramente comparáveis os montantes comparativos apresentados nessas demonstrações.

Informação Comparativa

O CPC 26 determina que a entidade divulgue informação comparativa com respeito ao período anterior para todos os montantes apresentados nas demonstrações contábeis do período corrente, a não ser que os CPCs permitam ou exijam de outra forma. Quando a apresentação ou a classificação de itens nas demonstrações contábeis forem modificadas, os montantes apresentados para fins comparativos devem ser reclassificados, a menos que a reclassificação seja impraticável.

O CPC 26 estabelece que a entidade deve apresentar como informação mínima dois balanços patrimoniais, duas demonstrações do resultado e do resultado abrangente, duas demonstrações do resultado (se apresentadas separadamente), duas demonstrações dos fluxos de caixa, duas demonstrações das mutações do patrimônio líquido e duas demonstrações do valor adicionado (se apresentadas), bem como as respectivas notas explicativas.

Consistência de apresentação

Segundo o CPC 26, a apresentação e a classificação de itens nas demonstrações contábeis devem ser mantidas de um período para outro, salvo se:

a) for evidente, após uma alteração significativa na natureza das operações da entidade ou uma revisão das respectivas demonstrações contábeis, que outra apresentação ou classificação seja mais apropriada, tendo em vista os critérios para a seleção e aplicação de políticas contábeis contidos no CPC 23; ou

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b) outro CPC requerer alteração na apresentação.

Nesse sentido, a entidade deve alterar a apresentação das suas demonstrações contábeis apenas se a modificação na apresentação proporcionar informação que seja confiável e mais relevante para os usuários das demonstrações contábeis e se for provável que a estrutura revista continue, de modo que a comparabilidade não seja prejudicada. Bem... com isso fechamos essas considerações gerais sobre as demonstrações contábeis presentes no CPC 26. Para fecharmos em alto nível, segue a tabela-resumo conforme comentado anteriormente.

Demonstrações Contábeis: Considerações Gerais segundo o CPC 26

Apresentação apropriada e conformidade com as práticas

contábeis brasileiras

As demonstrações contábeis devem representar apropriadamente a posição financeira e patrimonial, o desempenho e os fluxos de caixa da entidade

Pressuposto da Continuidade

As demonstrações contábeis devem ser elaboradas no pressuposto da continuidade, a menos que a administração tenha intenção de liquidar a entidade ou cessar seus negócios, ou ainda não possua uma alternativa realista senão a descontinuidade de suas atividades

Regime de Competência

A entidade deve elaborar as suas demonstrações contábeis, exceto para a demonstração dos fluxos de caixa, utilizando-se do regime de competência.

Materialidade e agregação A entidade deve apresentar separadamente nas demonstrações

contábeis cada classe material de itens semelhantes.

Compensação de valores

A entidade não deve compensar ativos e passivos ou receitas e despesas, a menos que a compensação seja exigida ou permitida por algum CPC.

Os ganhos e perdas provenientes de grupo de transações semelhantes devem ser apresentados em base líquida.

Frequência de apresentação das demonstrações contábeis

O conjunto completo das demonstrações contábeis deve ser apresentado pelo menos anualmente.

Informação Comparativa

A entidade deve divulgar informação comparativa com respeito ao período anterior para todos os montantes apresentados nas demonstrações contábeis do período corrente, a não ser que os CPCs permitam ou exijam de outra forma.

Consistência de apresentação

A apresentação e a classificação de itens nas demonstrações contábeis devem ser mantidas de um período para outro, salvo se:

a) for evidente que outra apresentação ou classificação seja mais apropriada; ou

b) outro CPC requerer alteração na apresentação. 01699177899

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ESTRUTURA E CONTEÚDO

Pessoal, entramos agora no ponto mais exigido do CPC 26. Mais de 90% das questões sobre o Pronunciamento decorrem de aspectos gerais estabelecidos pelo CPC 26 para cada demonstração. São exigências de níveis mínimos de itens que obrigatoriamente devem ser incluídos em cada demonstração. Ao longo dos tópicos vamos inserir algumas questões para que você tenha a exata noção de como o assunto é exigido. Vamos nessa? Então, avante!

Balanço Patrimonial

Informação a ser apresentada no balanço patrimonial

Segundo o CPC 26, o balanço patrimonial deve apresentar, respeitada a legislação, as seguintes contas:

Contas do ativo

a) caixa e equivalentes de caixa; b) clientes e outros recebíveis; c) estoques;

d) ativos financeiros (exceto os mencionados nas alíneas “a”, “b” e “g”); e) total de ativos classificados como disponíveis para venda (CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração) e ativos à disposição para venda de acordo com o CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada;

f) ativos biológicos (CPC 29);

g) investimentos avaliados pelo método da equivalência patrimonial; h) propriedades para investimento;

i) imobilizado; j) intangível; Contas do passivo

k) contas a pagar comerciais e outras; l) provisões;

m) obrigações financeiras (exceto as referidas nas alíneas “k” e “l”);

n) obrigações e ativos relativos à tributação corrente (CPC 32 – Tributos sobre o Lucro);

o) impostos diferidos ativos e passivos (CPC 32);

p) obrigações associadas a ativos à disposição para venda (CPC 31); 01699177899

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Contas do PL

q) participação de não controladores apresentada de forma destacada dentro do patrimônio líquido; e

r) capital integralizado e reservas e outras contas atribuíveis aos proprietários da entidade.

Observe que o CPC 26 apenas relaciona rubricas que são diferentes na natureza ou função e, portanto, devem ser incluídas no balanço patrimonial. O CPC 26 não prescreve a ordem ou o formato que deva ser utilizado na apresentação das contas do balanço patrimonial, mas a ordem legalmente instituída no Brasil deve ser observada (ordem decrescente de liquidez para as contas do ativo e ordem decrescente de exigibilidade para as contas do passivo).

Observação: Aqui cabe apenas uma crítica à tradução da IAS 1. Nessa norma internacional original, as contas listadas acima não seguiam essa ordem prevista na tradução (CPC 26). Na tradução, os especialistas do Comitê de Pronunciamentos Contábeis alteraram a ordem para deixar no padrão da legislação societária. Mas, deixaram o destaque que estava na IAS 1, segundo o qual a norma “não prescreve a ordem ou o formato que deva ser utilizado na apresentação das contas do balanço patrimonial”. No caso do CPC 26 percebe-se que ele deixou a listagem na ordem, não é mesmo? Apenas uma incoerência que resolvemos comentar aqui para evitar perguntas dos alunos mais detalhistas rsrsrs

Grau de Liquidez e Grau de Exigibilidade

O “Grau de Liquidez” está associado ao prazo no qual os bens e direitos podem ser transformados em dinheiro. Sendo assim, quanto menor o prazo, maior a liquidez e vice-versa.

O “Grau de Exigibilidade”, assim como o de Liquidez, está associado ao prazo no qual as obrigações devem ser pagas. Portanto, quanto menor o prazo maior o grau de exigibilidade e vice-versa.

O CPC 26 informa que contas do balanço patrimonial devem ser incluídas sempre que o tamanho, natureza ou função de um item ou agregação de itens similares apresentados separadamente seja relevante na compreensão da posição financeira da entidade.

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Informa, ainda, que a nomenclatura de contas utilizada e sua ordem de apresentação ou agregação de itens semelhantes podem ser modificadas de acordo com a natureza da entidade e de suas transações, no sentido de fornecer informação que seja relevante na compreensão da posição financeira e patrimonial da entidade. Por exemplo, uma instituição financeira pode ter que modificar a nomenclatura acima referida no sentido de fornecer informação relevante no contexto das operações de instituições financeiras.

Esse ponto do CPC 26 sobre as contas mínimas exigidas já foi explorado em prova!

4. (CESGRANRIO/Contador/CEFET-RJ/2014) O CPC 26, alterado pelo CPC 26 (R1), que trata da apresentação das demonstrações contábeis, foi formalizado pelo Conselho Federal de Contabilidade na Resolução CFC nº 1.185/2009 que aprova a NBC TG 26, alterada e consolidada em 11/dez/2013 como NBC TG 26 (R1). Nos estritos termos da NBC TG 26 (R1), no balanço patrimonial devem ser apresentados, no mínimo, as contas de reservas, outras contas atribuíveis aos proprietários e o capital: a) a realizar b) a subscrever c) autorizado d) integralizado e) subscrito Exigência literal do CPC 26:

O balanço patrimonial deve apresentar, respeitada a legislação, no mínimo, as seguintes contas:

[...]

(r) capital integralizado e reservas e outras contas atribuíveis aos proprietários da entidade.

Gabarito: D

O CPC 26 destaca que a entidade deve apresentar contas adicionais (pela desagregação de contas listadas acima), cabeçalhos e subtotais nos balanços patrimoniais sempre que sejam relevantes para o entendimento da posição financeira e patrimonial da entidade.

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Além disso, o CPC 26 informa que na situação em que a entidade apresente separadamente seus ativos e passivos circulantes e não circulantes, os impostos diferidos ativos (passivos) não devem ser classificados como ativos circulantes (passivos circulantes).

Logo, como a legislação societária prevê em nosso ordenamento a apresentação separada em circulante e não circulante, os impostos diferidos ativos e passivos devem ser classificados como não circulantes!

Esse detalhe foi explorado pela FGV!

5. (FGV/Analista/Contador/CODEBA/2016) De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 26 (R1)- Apresentação das Demonstrações Contábeis, quando uma entidade apresenta separadamente seus ativos e passivos circulantes e não circulantes, os impostos diferidos ativos e passivos devem ser classificados

a) como circulantes. b) como não circulantes.

c) como circulantes ou não circulantes, de acordo com o prazo esperado. d) como contas a receber ou a pagar.

e) no grupo do ativo diferido.

Para fixar! O CPC 26 informa que na situação em que a entidade apresente separadamente seus ativos e passivos circulantes e não circulantes, os impostos diferidos ativos (passivos) não devem ser classificados como ativos circulantes (passivos circulantes).

Logo, como a legislação societária prevê em nosso ordenamento a apresentação separada em circulante e não circulante, os impostos diferidos ativos e passivos devem ser classificados como não circulantes!

Os impostos diferidos ativos e passivos são estudados no CPC 32. Vamos estudar oportunamente alguns detalhes sobre esse tópico em nosso curso.

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Gabarito: B

Você sabia que a Norma Internacional (IAS 1) denomina o balanço patrimonial de “Demonstração da Posição Financeira”?

O IASB decidiu, em 2007, alterar o nome de Balanço Patrimonial para Demonstração da Posição Financeira, pois argumenta que o novo nome reflete de forma mais apropriada o objetivo da demonstração. No entanto, vale destacar que o IASB não veda a utilização da nomenclatura antiga e por isso no Brasil esse novo nome não “pegou”. Em terras “tupiniquins” a Demonstração da Posição Financeira continua (e continuará) sendo denominada de Balanço Patrimonial.

Distinção entre circulante e não circulante

O CPC 26 determina que a entidade deve apresentar ativos circulantes e não circulantes, e passivos circulantes e não circulantes, como grupos de contas separados no balanço patrimonial, exceto quando uma apresentação baseada na liquidez proporcionar informação confiável e mais relevante. Quando essa exceção for aplicável, todos os ativos e passivos devem ser apresentados por ordem de liquidez.

Vale destacar que, na prática, esse tipo de apresentação por ordem de liquidez é comum em demonstrações de instituições financeiras. A liquidez dos ativos e passivos é uma informação muito relevante para a análise desse tipo de entidade, fato que justifica a apresentação de suas demonstrações com base na liquidez.

O CPC 26 permite à entidade apresentar alguns dos seus ativos e passivos, utilizando-se da classificação em circulante e não circulante e outros por ordem de liquidez quando esse procedimento proporcionar informação confiável e mais relevante. A necessidade de apresentação em base mista pode surgir quando a entidade tem diversos tipos de operações.

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A Norma Internacional (IAS 1), em relação à nomenclatura dos grupos, utiliza os termos “correntes” e “não correntes”. No Brasil, a legislação societária utiliza os termos “circulante” e “não circulante”. Assim, na tradução, o CPC usou esses termos para harmonizar com a base legal existente.

Ativo circulante

Segundo o CPC 26, o ativo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer dos seguintes critérios:

a) espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido no decurso normal do ciclo operacional da entidade;

b) está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado;

c) espera-se que seja realizado até doze meses após a data do balanço; ou d) é caixa ou equivalente de caixa (conforme definido no CPC 03), a menos que sua troca ou uso para liquidação de passivo se encontre vedada durante pelo menos doze meses após a data do balanço.

Pessoal, veja que os critérios não são cumulativos. Logo, se apenas um critério acima descrito for atendido, o ativo deve ser classificado como circulante.

Todos os demais ativos devem ser classificados como não circulantes. Galera, esse ponto do CPC 26 costuma frequentar as provas. Logo, vale dar especial atenção a esse ponto, ok?

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Vamos ver como esse tópico é explorado em prova!

6. (COSEAC/Contador/Pref. Niterói/2016) De acordo com o CPC 26, o ativo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer dos seguintes critérios, EXCETO:

a) espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido no decurso normal do ciclo operacional da entidade.

b) está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado.

c) tiver em montante valor negociável ou realizável de provisão para situações que superem o decurso normal do ciclo operacional da entidade. d) espera-se que seja realizado até doze meses após a data do balanço. e) é caixa ou equivalente de caixa, a menos que sua troca ou uso para liquidação de passivo se encontre vedada durante pelo menos doze meses após a data do balanço.

Para fixar! Segundo o CPC 26, o ativo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer dos seguintes critérios:

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Observe que apenas a opção “C” não se enquadra nos critérios definidos pelo CPC 26.

Gabarito: C

O ativo não circulante deve ser subdividido em realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível.

Pessoal, aqui vale destacarmos o previsto na legislação societária. De acordo com o art. 179 da Lei 6.404/76,

Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:

I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte;

II - no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia;

III - em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis

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no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa;

IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens;

V – Revogado

VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.

Segundo o CPC 27 – Ativo Imobilizado,

Ativo imobilizado é o item tangível que:

(a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e

(b) se espera utilizar por mais de um período.

O CPC 04 (item 8) define Ativo Intangível como sendo um Ativo não monetário, identificável e sem substância física.

Ciclo Operacional

Segundo o CPC 26, o ciclo operacional da entidade é o tempo entre a aquisição de ativos para processamento e sua realização em caixa ou seus equivalentes.

Quando o ciclo operacional normal da entidade não for claramente identificável, pressupõe-se que sua duração seja de doze meses. Os ativos circulantes incluem ativos (tais como estoque e contas a receber comerciais) que são vendidos, consumidos ou realizados como parte do ciclo operacional normal, mesmo quando não se espera que sejam realizados no período de até doze meses após a data do balanço. Os ativos circulantes também incluem ativos essencialmente mantidos com a

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finalidade de serem negociados (por exemplo, ativos financeiros dentro dessa categoria classificados como disponíveis para venda de acordo com o CPC 38) e a parcela circulante de ativos financeiros não circulantes. Veja como esse ponto do CPC 26 já foi exigido.

7. (CESGRANRIO/Contador/Petrobras/2015) O Pronunciamento Técnico CPC 26(R2), ao tratar da classificação dos passivos, informa que as competências relativas a gastos com empregados e a outros custos operacionais são parte do capital circulante usado no ciclo operacional normal da entidade. Com relação à falta de identificação clara do ciclo operacional, o aludido CPC 26(R2) estabelece que o mesmo deva ser considerado com a duração de

a) 3 meses b) 6 meses c) 12 meses d) 18 meses e) 24 meses

Conforme estudamos, o ciclo operacional da entidade é o tempo entre a aquisição de ativos para processamento e sua realização em caixa ou seus equivalentes.

Quando o ciclo operacional normal da entidade não for claramente identificável, pressupõe-se que sua duração seja de doze meses. Gabarito: C

Passivo circulante

Nos termos do CPC 26, o passivo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer dos seguintes critérios:

a) espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da entidade;

b) está mantido essencialmente para a finalidade de ser negociado;

c) deve ser liquidado no período de até doze meses após a data do balanço; ou

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d) a entidade não tem direito incondicional de diferir a liquidação do passivo durante pelo menos doze meses após a data do balanço. Os termos de um passivo que podem, à opção da contraparte, resultar na sua liquidação por meio da emissão de instrumentos patrimoniais não devem afetar a sua classificação.

Todos os outros passivos devem ser classificados como não circulantes.

O CPC 26 destaca que a entidade deve classificar os seus passivos financeiros como circulantes quando a sua liquidação estiver prevista para o período de até doze meses após a data do balanço, mesmo que:

a) o prazo original para sua liquidação tenha sido por período superior a doze meses; e

b) um acordo de refinanciamento, ou de reescalonamento de pagamento a longo prazo seja completado após a data do balanço e antes de as demonstrações contábeis serem autorizadas para sua publicação.

Informação a ser apresentada no balanço patrimonial ou em notas explicativas

Nos termos do CPC 26, a entidade deve divulgar, seja no balanço patrimonial seja nas notas explicativas, rubricas adicionais às contas

(24)

apresentadas (subclassificações), classificadas de forma adequada às operações da entidade. O detalhamento proporcionado nas subclassificações depende dos requisitos dos CPCs. As divulgações variam para cada item, por exemplo:

a) os itens do ativo imobilizado são segregados em classes de acordo com o CPC 27 – Ativo Imobilizado;

b) as contas a receber são segregadas em montantes a receber de clientes comerciais, contas a receber de partes relacionadas, pagamentos antecipados e outros montantes;

c) os estoques são segregados, de acordo com o CPC 16 – Estoques, em classificações tais como mercadorias para revenda, insumos, materiais, produtos em processo e produtos acabados;

d) as provisões são segregadas em provisões para benefícios dos empregados e outros itens; e

e) o capital e as reservas são segregados em várias classes, tais como capital subscrito e integralizado, prêmios na emissão de ações e reservas. Para fecharmos o estudo dos aspectos sobre o Balanço Patrimonial dispostos no CPC 26, veja esse exemplo real de Balanço Patrimonial extraído das demonstrações publicados pela Gerdau S.A (balanço anual 2015).

(25)

Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)

De forma complementar à Lei nº 6.404/76, o CPC 26 estabelece uma estrutura mínima para a DRE, obedecidas as determinações legais, composta por:

a) receitas;

aa) ganhos e perdas decorrentes de baixa de ativos financeiros mensurados pelo custo amortizado;

b) custos de financiamento;

c) parcela dos resultados de empresas investidas reconhecida por meio do método da equivalência patrimonial;

d) tributos sobre o lucro;

e) um único valor para o total de operações descontinuadas;

f) em atendimento à legislação societária brasileira vigente na data da emissão do CPC 26, a demonstração do resultado deve incluir ainda as seguintes rubricas:

(i) custo dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos; (ii) lucro bruto;

(iii) despesas com vendas, gerais, administrativas e outras despesas e receitas operacionais;

(iv) resultado antes das receitas e despesas financeiras; (v) resultado antes dos tributos sobre o lucro;

(vi) resultado líquido do período

Ainda, de acordo com o CPC 26, devem ser divulgados na DRE, como alocação do resultado do exercício os resultados líquidos atribuíveis: (i) À participação de sócios não controladores; e

(ii) Aos detentores do capital próprio da empresa controladora.

Observe que a estrutura presente no CPC 26 estabelece a evidenciação, de forma destacada, do resultado proveniente da avaliação de investimentos pelo método da equivalência patrimonial, do resultado financeiro, além de destacar o resultado proveniente das operações continuadas e descontinuadas da entidade.

Essa estrutura presente no CPC 26 é um pouco diferente daquela prevista na legislação societária. Para podermos visualizar melhor essas diferenças, elaboramos um comparativo entre as duas estruturas.

(26)

DRE - Lei nº 6.404/76 x CPC 26.

Lei nº 6.404/76 CPC 26

Receita Operacional Bruta

(-) Deduções

(=) Receita Operacional Líquida

(-) CMV

(=) Resultado Operacional Bruto (-) Despesas Operacionais

- Despesas com vendas

- Despesas gerais e administrativas - Despesas financeiras

- Resultado negativo de equivalência patrimonial

- Variações monetárias passivas

(+) Receitas Operacionais

+ Receitas financeiras

+ Resultado positivo de equivalência patrimonial

+ Variações monetárias ativas + Receitas de aluguel

+ Dividendos recebidos (investimentos avaliados pelo custo)

(=) Resultado Operacional Líquido

(+) Outras Receitas (-) Outras Despesas

(=) Resultado antes do IR e CSLL

(-) CSLL (-) IR

(=) Resultado do Exercício antes das Participações (-) Participações Debêntures Empregados Administradores Partes Beneficiárias Fundos Assistência e Previdência Social dos empregados

(=) Lucro Líquido do Exercício (÷) número de ações do capital social

(=) Lucro Líquido por Ação do Capital

Receitas

(-) CMV

(=) Resultado Operacional Bruto

(-) Despesas com vendas

(-) Despesas gerais e administrativas (-) Outras despesas

(+) Outras receitas

(+/-) Resultado de equivalência patrimonial

(=) Resultado antes das receitas e despesas financeiras

(-) Despesas financeiras (+) Receitas financeiras

(=) Resultado antes dos tributos sobre o lucro

(-) Despesa com tributos sobre o lucro

(=) Resultado Líquido das Operações Continuadas

(+/-) Resultado líquido das operações descontinuadas

(=) Resultado Líquido do Período

O CPC 26 aborda, ainda, dois outros aspectos relativos à DRE, quais sejam: 01699177899

(27)

1. A necessidade de divulgação, de forma separada, da natureza e montantes dos itens de receita e despesa quando estes são relevantes, conforme descrito no item 98:

98. As circunstâncias que dão origem à divulgação separada de itens de receitas e despesas incluem:

(a) reduções nos estoques ao seu valor realizável líquido ou no ativo imobilizado ao seu valor recuperável, bem como as reversões de tais reduções;

(b) reestruturações das atividades da entidade e reversões de quaisquer provisões para gastos de reestruturação;

(c) baixas de itens do ativo imobilizado; (d) baixas de investimento;

(e) unidades operacionais descontinuadas; (f) solução de litígios; e

(g) outras reversões de provisões.

2. A necessidade de subclassificação das despesas, como pode ser constatado no item 101. Como esse ponto tem sido exigido com certa frequência, vamos abrir um tópico específico.

Formas de análise das despesas na DRE (subclassificação das despesas) Pessoal, cabe destacar que existem duas formas de análise das despesas na DRE, quais sejam: método da natureza da despesa e método funcional. Segundo o CPC 26, as despesas devem ser subclassificadas a fim de destacar componentes do desempenho que possam diferir em termos de frequência, potencial de ganho ou de perda e previsibilidade. Essa análise dever ser proporcionada em uma das duas formas descritas a seguir, obedecidas as disposições legais.

A primeira forma de análise é o método da natureza da despesa. As despesas são agregadas na demonstração do resultado de acordo com a sua natureza (por exemplo, depreciações, compras de materiais, despesas com transporte, benefícios aos empregados e despesas de publicidade), não sendo realocados entre as várias funções dentro da entidade. Esse método pode ser simples de aplicar porque não são necessárias alocações de gastos a classificações funcionais.

(28)

A segunda forma de análise é o método da função da despesa ou do “custo dos produtos e serviços vendidos”, classificando-se as despesas de acordo com a sua função como parte do custo dos produtos ou serviços vendidos ou, por exemplo, das despesas de distribuição ou das atividades administrativas. No mínimo, a entidade deve divulgar o custo dos produtos e serviços vendidos segundo esse método separadamente das outras despesas. Esse método pode proporcionar informação mais relevante aos usuários do que a classificação de gastos por natureza, mas a alocação de despesas às funções pode exigir alocações arbitrárias e envolver considerável julgamento.

Segundo o CPC 26, as entidades que classificarem os gastos por função devem divulgar informação adicional sobre a natureza das despesas, incluindo as despesas de depreciação e de amortização e as despesas com benefícios aos empregados. A norma informa que a informação sobre a natureza das despesas é útil ao prever os futuros fluxos de caixa. Além disso, exige divulgação adicional quando for usada a classificação com base no método da função das despesas.

O CPC 26 estabelece que cabe à administração eleger o método de apresentação mais relevante e confiável, atendidas as exigências legais. No Brasil, por força da Lei nº. 6.404/76, as empresas utilizam o método da função da despesa (funcional).

Em nosso canal do YouTube Contabilizando, gravamos um vídeo abordando esse assunto. Confira aqui:

(https://www.youtube.com/watch?v=PUZVhcBrgzQ)

8. (CESPE/Especialista/Contador/Telebras/2013) As despesas podem ser classificadas na demonstração do resultado do exercício de acordo com sua natureza ou função.

Para fixar! A seguir, temos dois exemplos de classificação das despesas, adaptados do Manual FIPECAFI:

(29)

Método - Função da Despesa Método – Natureza da Despesa

Receita de Vendas 3.000 Receita de Vendas 3.000

CMV (700) Variação do estoque de produtos acabados 300

Lucro Bruto 2.300 Consumo de Matérias-Primas e Materiais 400

Despesa de Vendas (50) Salários e Benefícios a Empregados 80

Despesas Administrativas (230) Depreciações e Amortizações 150

Outras Despesas (100) Despesas com Comissões 50

Resultado antes dos tributos 1.920 Outras Despesas 100

Total das Despesas (1080)

Resultado antes dos tributos 1.920

Gabarito: Certo

Finalizando o estudo da DRE segundo o CPC 26, vale destacarmos os seguintes detalhes:

Outras rubricas e contas, títulos e subtotais devem ser apresentados na DRE quando tal apresentação for relevante para a compreensão do desempenho da entidade.

Entretanto, a entidade não deve apresentar na DRE, ou em notas explicativas, rubricas, receitas ou despesas sob a forma de itens extraordinários. Também não se admite mais a figura das receitas e despesas não operacionais. A única discriminação é a dos resultados derivados das atividades descontinuadas.

Para fins de ilustração, veja esse exemplo real de DRE extraído das demonstrações publicados pela Gerdau S.A (balanço anual 2015).

(30)

Demonstração do Resultado Abrangente (DRA)

Tanto a DRE como a DRA apresentam o resultado líquido do exercício. A diferença entre essas demonstrações está na evidenciação dos “Outros Resultados Abrangentes”.

Os Outros Resultados Abrangentes incluem as mutações do patrimônio líquido que não representam receitas e despesas realizadas. Inclui alterações que poderão afetar o resultado do período futuramente ou às vezes permanecerão sem esse trânsito. Segundo o CPC 26,

Compreendem itens de receita e despesa (incluindo ajustes de reclassificação) que não são reconhecidos na demonstração do resultado

(31)

como requerido ou permitido pelos Pronunciamentos, Interpretações e Orientações emitidos pelo CPC.

Ajustes de Reclassificação

Segundo o CPC 26, a entidade deve divulgar ajustes de reclassificação relativos a componentes dos outros resultados abrangentes. Mas, afinal o que seriam tais ajustes? A própria Norma esclarece (ou pelo menos tenta!), senão vejamos:

Ajuste de reclassificação é o valor reclassificado para o resultado no período corrente que foi inicialmente reconhecido como outros resultados abrangentes no período corrente ou em período anterior.

Alguns Pronunciamentos Técnicos, Interpretações e Orientações do CPC especificam se e quando itens anteriormente registrados como outros resultados abrangentes devem ser reclassificados para o resultado do período. Tais ajustes de reclassificação são incluídos no respectivo componente dos outros resultados abrangentes no período em que o ajuste é reclassificado para o resultado líquido do período. Por exemplo, o ganho realizado na alienação de ativo financeiro disponível para venda é reconhecido no resultado quando de sua baixa. Esse ganho pode ter sido reconhecido como ganho não realizado nos outros resultados abrangentes do período ou de períodos anteriores. Dessa forma, os ganhos não realizados devem ser deduzidos dos outros resultados abrangentes no período em que os ganhos realizados são reconhecidos no resultado líquido do período, evitando que esse mesmo ganho seja reconhecido em duplicidade.

94. Os ajustes de reclassificação podem ser apresentados na demonstração do resultado abrangente ou nas notas explicativas. A entidade que apresente os ajustes de reclassificação nas notas explicativas deve apresentar os componentes dos outros resultados abrangentes após os respectivos ajustes de reclassificação.

95. Os ajustes de reclassificação são cabíveis, por exemplo, na baixa de investimentos em entidade no exterior (ver CPC 02), no desreconhecimento (baixa) de ativos financeiros disponíveis para a venda (ver CPC 38) e quando a transação anteriormente prevista e sujeita a hedge de fluxo de

(32)

caixa afeta o resultado líquido do período (ver item 100 da NBC TG 38 no tocante à contabilização de operações de hedge de fluxos de caixa).

96. Ajustes de reclassificação não decorrem de mutações na reserva de reavaliação (quando permitida pela legislação vigente) reconhecida de acordo com o CPC 27 e CPC 04 ou de ganhos e perdas atuariais de planos de benefício definido reconhecidos em consonância com o CPC 33. Esses componentes são reconhecidos como outros resultados abrangentes e não são reclassificados para o resultado líquido em períodos subsequentes. As mutações na reserva de reavaliação podem ser transferidas para reserva de lucros retidos (ou prejuízos acumulados) na medida em que o ativo é utilizado ou quando é baixado (ver CPC 27 e CPC 04). Ganhos e perdas atuariais devem ser reconhecidos na reserva de lucros retidos (ou nos prejuízos acumulados) no período em que forem reconhecidos como outros resultados abrangentes (ver CPC 33).

A DRA é elaborada a partir da soma do resultado líquido apresentado na DRE com os outros resultados abrangentes. Portanto, conforme o CPC 26, o Resultado Abrangente é a mutação que ocorre no patrimônio líquido durante um período que resulta de transações e outros eventos que não sejam derivados de transações com os sócios na sua qualidade de proprietários (aumento ou devolução de capital social, distribuição de lucros ou compra e venda de ações e quotas próprias dos sócios).

A DRA apresenta as receitas, despesas e outras mutações que afetam o patrimônio líquido, mas que não são reconhecidas ou não foram reconhecidas ainda na DRE. Tais receitas e despesas são justamente os “outros resultados abrangentes” que destacamos acima.

Segundo o CPC 26, os componentes dos outros resultados abrangentes incluem:

a) variações na reserva de reavaliação, quando permitidas legalmente; b) ganhos e perdas atuariais em planos de pensão com benefício definido;

c) ganhos e perdas derivados de conversão de demonstrações contábeis de operações no exterior;

d) ganhos e perdas na remensuração de ativos financeiros disponíveis para venda;

e) parcela efetiva de ganhos ou perdas advindos de instrumentos de hedge em operação de hedge de fluxo de caixa.

(33)

Antes das mudanças no CPC 26, era permitida a apresentação da DRA dentro da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL).

Atualmente, é vedada a apresentação da DRA apenas na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido!

Conforme já comentamos, quando apresentada em demonstrativo próprio (regra no Brasil), a DRA tem como valor inicial o resultado líquido apurado na DRE, seguido dos outros resultados abrangentes, conforme estrutura mínima para a DRA estabelecida pelo CPC 26:

 Resultado líquido do período;

 Cada item dos outros resultados abrangentes classificados conforme sua natureza;

 Parcela dos outros resultados abrangentes de empresas investidas reconhecida por meio do método da equivalência patrimonial; e

 Resultado abrangente do período.

A seguir temos um exemplo de estrutura da DRA adaptado do apêndice A do CPC 26, tendo em vista que o exemplo da Norma é confuso, pois a DRA está dentro da DMPL:

Lucro Líquido do Período (I) 272.000,00

Parcela dos Sócios da Controladora 250.000,00 Parcela dos Não Controladores 22.000,00

(+/-)

Ajustes de Instrumentos Financeiros (60.000,00) Tributos s/ Ajustes de Instrumentos Financeiros 20.000,00 Equiv. Patrimonial s/ Ganhos Abrangentes de Coligadas 30.000,00 Ajustes de Conversão do Período 260.000,00 Tributos s/ Ajustes de Conversão do Período (90.000,00)

(=) Outros Resultados Abrangentes Antes Reclassificação 160.000,00 (+) Aj. Instrum. Financeiros Reclassificados p/ resultado 10.600,00 (=) Outros Resultados Abrangentes (II) 170.600,00

Parcela dos Sócios da Controladora 164.600,00 Parcela dos Não Controladores 6.000,00 Resultado Abrangente Total (I + II) 442.600,00 Parcela dos Sócios da Controladora 414.600,00 Parcela dos Não Controladores 28.000,00

(34)

Pessoal, essa foi a forma mais clara que consegui deixar o exemplo disposto no CPC 26. Os valores são os originais.

Veja que o resultado abrangente total é formado por três componentes, quais sejam: o resultado líquido do período (272.000,00), os outros resultados abrangentes (160.000,00) e o efeito de reclassificações dos outros resultados abrangentes para o resultado do período (10.600,00). Observe, por fim, que a Norma exige a evidenciação dos valores pertencentes aos sócios da controladora e aos não controladores.

Vamos ver uma exigência sobre as disposições do CPC 26 sobre a DRA.

9. (CESPE/Analista Judiciário/Contadoria/STJ/2015) Com relação às demonstrações contábeis de companhias abertas, julgue o item a seguir.

A demonstração do resultado abrangente do exercício, que é obrigatória por determinação do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, não deve contemplar ajustes de avaliação patrimonial em sua composição, pois esse valor já está contemplado no patrimônio líquido das companhias.

De fato, a DRA é obrigatória por determinação do Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Porém, a demonstração contempla os ajustes de avaliação patrimonial. Esses ajustes como irão impactar a DRE somente no futuro, não são reconhecidos de imediato nesta demonstração, tendo em vista o princípio da competência. No entanto, conforme estudamos, os “Outros Resultados Abrangentes” incluem as mutações do patrimônio líquido que não representam receitas e despesas realizadas. Incluem alterações que poderão afetar o resultado do período futuramente ou às vezes permanecerão sem esse trânsito. Logo, os ajustes de avaliação patrimonial são exemplos de “outros resultados abrangentes” e, portanto, devem ser evidenciados na DRA. Nesse sentido, podemos afirmar que a DRA apresenta um resultado mais aproximado à realidade econômica da empresa.

Gabarito: Errado

(35)

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) Segundo o CPC 26, a DMPL inclui as seguintes informações:

a) o resultado abrangente do período, apresentando separadamente o montante total atribuível aos proprietários da entidade controladora e o montante correspondente à participação de não controladores;

b) para cada componente do patrimônio líquido, os efeitos da aplicação retrospectiva ou da reapresentação retrospectiva, reconhecidos de acordo com o CPC 23;

c) para cada componente do patrimônio líquido, a conciliação do saldo no início e no final do período, demonstrando-se separadamente as mutações decorrentes:

(i) do resultado líquido;

(ii) de cada item dos outros resultados abrangentes; e

(iii) de transações com os proprietários realizadas na condição de proprietário, demonstrando separadamente suas integralizações e as distribuições realizadas, bem como modificações nas participações em controladas que não implicaram perda do controle.

Ainda, nos termos do CPC 26, para cada componente do patrimônio líquido, a entidade deve apresentar, ou na demonstração das mutações do patrimônio líquido ou nas notas explicativas, uma análise dos outros resultados abrangentes por item.

O patrimônio líquido, por sua vez, deve apresentar o capital social, as reservas de capital, os ajustes de avaliação patrimonial, as reservas de lucros, as ações ou quotas em tesouraria, os prejuízos acumulados, se legalmente admitidos os lucros acumulados (no Brasil não é admitido que tenhamos saldo na conta Lucros Acumulados) e as demais contas exigidas pelos CPCs.

A entidade deve, ainda, apresentar na DMPL ou nas notas explicativas o montante de dividendos reconhecidos como distribuição aos proprietários durante o período e o respectivo montante dos dividendos por ação.

Esses pontos já foram explorados em prova! 01699177899

(36)

10. (FBC/Exame de Suficiência CFC/Bacharel/2012.2) Com relação ao que determina a NBC TG 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis, no tocante à informação a ser apresentada na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) ou nas Notas Explicativas, julgue os itens abaixo e, em seguida, assinale a opção CORRETA.

I. Para cada componente do patrimônio líquido, a entidade deve apresentar, ou na demonstração das mutações do patrimônio líquido ou nas notas explicativas, uma análise dos outros resultados abrangentes por item.

II. O patrimônio líquido deve apresentar o capital social, as reservas de capital, os ajustes de avaliação patrimonial, as reservas de lucros, as ações ou quotas em tesouraria, os prejuízos acumulados, se legalmente admitidos os lucros acumulados e as demais contas exigidas pelas normas emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade.

III. A entidade deve apresentar na demonstração das mutações do patrimônio líquido, ou nas notas explicativas, o montante de dividendos reconhecidos como distribuição aos proprietários durante o período e o respectivo montante por ação.

Está(ão) CORRETO(S) o(s) item(ns): a) I e II, apenas.

b) I, apenas. c) I, II e III.

d) II e III, apenas.

Vamos analisar cada um dos itens. Item I – Certo. Segundo o CPC 26,

106A. Para cada componente do patrimônio líquido, a entidade deve apresentar, ou na demonstração das mutações do patrimônio líquido ou nas notas explicativas, uma análise dos outros resultados abrangentes por item.

Item II – Certo. Segundo o CPC 26,

106B. O patrimônio líquido deve apresentar o capital social, as reservas de capital, os ajustes de avaliação patrimonial, as reservas de lucros, as ações

(37)

ou quotas em tesouraria, os prejuízos acumulados, se legalmente admitidos os lucros acumulados e as demais contas exigidas pelos Pronunciamentos Técnicos emitidos pelo CPC..

Item III – Certo. Segundo o CPC 26,

107. A entidade deve apresentar na demonstração das mutações do patrimônio líquido, ou nas notas explicativas, o montante de dividendos reconhecidos como distribuição aos proprietários durante o período e o respectivo montante por ação.

Gabarito: C

11. (CESPE/Contador/CADE/2014) Ao apresentar a demonstração das mutações do patrimônio líquido, uma entidade controlada deverá desmembrar, no resultado abrangente do período, o montante total atribuível aos proprietários da entidade controladora e o montante correspondente à participação de não controladores.

Segundo o CPC 26, a DMPL deverá indicar o resultado abrangente do período, apresentando separadamente o montante total atribuível aos proprietários da entidade controladora e o montante correspondente à participação de não controladores.

Gabarito: Certo

Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)

Segundo o CPC 26, a informação sobre fluxos de caixa proporciona aos usuários das demonstrações contábeis uma base para avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa e as necessidades da entidade para utilizar esses fluxos de caixa.

O CPC 03 – Demonstração dos Fluxos de Caixa já estudado em nosso curso define os requisitos para a apresentação da demonstração dos fluxos de caixa e respectivas divulgações. Logo, no CPC 26 não há maiores informações sobre a DFC.

(38)

Veja como esse ponto já foi explorado em prova.

12. (CESGRANRIO/Contador/Liquigás/2014) Nos termos das normas contábeis vigentes, estabelecidas no Pronunciamento Técnico CPC 26 (R1), a informação sobre fluxos de caixa oferece aos usuários das demonstrações contábeis uma base para avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa e também a(o)

a) necessidade de a entidade utilizar esses fluxos de caixa.

b) destinação do caixa e equivalentes de caixa do fluxo operacional. c) capacidade operacional da entidade na geração de fluxos de caixa. d) movimentação de entradas e saídas do caixa e equivalentes de caixa. e) controle dos recursos financeiros operacionais e não operacionais.

Segundo o CPC 26, a informação sobre fluxos de caixa proporciona aos usuários das demonstrações contábeis uma base para avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa e as necessidades da entidade para utilizar esses fluxos de caixa.

Gabarito: A

Notas Explicativas

As notas explicativas oferecem descrições narrativas ou segregações e aberturas de itens divulgados nessas demonstrações e informação acerca de itens que não se enquadram nos critérios de reconhecimento nas demonstrações contábeis.

NOTAS

EXPLICATIVAS

S à à à à à à à D àS à à à à à S à à à à à à à à à à E à à à à à à à à à à à à à à à à à à à à à à à 01699177899

(39)

Segundo o CPC 26, as notas explicativas devem:

a) apresentar informação acerca da base para a elaboração das demonstrações contábeis e das políticas contábeis específicas utilizadas; b) divulgar a informação requerida pelos Pronunciamentos Técnicos, Orientações e Interpretações do CPC que não tenha sido apresentada nas demonstrações contábeis; e

c) prover informação adicional que não tenha sido apresentada nas demonstrações contábeis, mas que seja relevante para sua compreensão. Nos termos da norma, as notas explicativas devem ser apresentadas, tanto quanto seja praticável, de forma sistemática. Na determinação de forma sistemática, a entidade deve considerar os efeitos sobre a compreensibilidade e comparabilidade das suas demonstrações contábeis. Cada item das demonstrações contábeis deve ter referência cruzada com a respectiva informação apresentada nas notas explicativas.

O CPC 26 destaca que a entidade deve divulgar suas políticas contábeis significativas que compreendem:

a) a base (ou bases) de mensuração utilizada(s) na elaboração das demonstrações contábeis; e

b) outras políticas contábeis utilizadas que sejam relevantes para a compreensão das demonstrações contábeis.

O CPC 26 informa, ainda, que a entidade deve divulgar, nas notas explicativas, informação acerca dos pressupostos relativos ao futuro e outras fontes principais de incerteza nas estimativas ao término do período de reporte que possuam risco significativo de provocar ajuste material nos valores contábeis de ativos e passivos ao longo do próximo exercício social. Com respeito a esses ativos e passivos, as notas explicativas devem incluir detalhes elucidativos acerca:

a) da sua natureza; e

b) do seu valor contábil ao término do período de reporte.

Além disso, a norma prevê que a entidade deve divulgar nas notas explicativas:

(40)

a) o montante de dividendos propostos ou declarados antes da data em que as demonstrações contábeis foram autorizadas para serem emitidas e não reconhecido como uma distribuição aos proprietários durante o período abrangido pelas demonstrações contábeis, bem como o respectivo valor por ação ou equivalente;

b) a quantia de qualquer dividendo preferencial cumulativo não reconhecido.

Ainda não acabou... pensa em uma montanha de informações que devem ser divulgadas nas notas explicativas... Segundo o CPC 26, a entidade deve divulgar, caso não for divulgado em outro local entre as informações publicadas com as demonstrações contábeis, as seguintes informações: a) o domicílio e a forma jurídica da entidade, o seu país de registro e o endereço da sede registrada (ou o local principal dos negócios, se diferente da sede registrada);

b) a descrição da natureza das operações da entidade e das suas principais atividades; e

c) o nome da entidade controladora e a entidade controladora do grupo em última instância.

d) se uma entidade constituída por tempo determinado, informação a respeito do tempo de duração.

Estrutura das Notas Explicativas

A figura a seguir ilustra a estrutura das Notas Explicativas:

(41)

Veja como os tópicos acima estudados sobre as Notas Explicativas já foram explorados em prova.

13. (FBC/Exame de Suficiência CFC/Técnico/2012.1) Com relação ao conteúdo das Notas Explicativas, de acordo com a NBC TG 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis, julgue os itens abaixo e, em seguida, assinale a opção CORRETA.

I. Notas Explicativas contêm informações adicionais em relação à apresentada nas demonstrações contábeis.

II. As Notas Explicativas oferecem descrições narrativas ou segregações e aberturas de itens divulgados nas demonstrações contábeis e informação acerca de itens que não se enquadram nos critérios de reconhecimento nas demonstrações contábeis.

III. O conjunto completo de demonstrações contábeis não inclui as Notas Explicativas.

Está(ão) CORRETO(S) o(s) item(ns): a) I, II e III.

b) I e II, apenas. c) II, apenas. d) II e III, apenas.

Item I – Certo. Segundo o CPC 26, as notas explicativas contêm informação adicional em relação à apresentada nas demonstrações contábeis. As notas explicativas oferecem descrições narrativas ou segregações e aberturas de itens divulgados nessas demonstrações e informação acerca de itens que não se enquadram nos critérios de reconhecimento nas demonstrações contábeis.

Item II – Certo. Segundo o CPC 26, as notas explicativas contêm informação adicional em relação à apresentada nas demonstrações contábeis. As notas explicativas oferecem descrições narrativas ou segregações e aberturas de itens divulgados nessas demonstrações e informação acerca de itens que não se enquadram nos critérios de reconhecimento nas demonstrações contábeis.

Item III – Errado. Segundo o CPC 26, o conjunto completo de demonstrações contábeis inclui:

Referências

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