Orlando Jorge Martins Torres Núcleo de Estudos do Fígado - UFMA
Orlando Jorge Martins Torres Núcleo de Estudos do Fígado - UFMA
VII Congresso Norte
VII Congresso Norte
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Nordeste de Gastroenterologia
Nordeste de Gastroenterologia
Teresina, 6 a 9 de junho de 2007
Teresina, 6 a 9 de junho de 2007
Hipertensão Porta: Papel da cirurgia
Quando as medidas conservadoras falham:
Alguns pacientes morrem
Outros perdem sua melhor função hepática
Diminui a probabilidade dos melhores resultados da cirurgia: Mortalidade operatória < 2%
Encefalopatia <10% Ressangramento < 10%
Sobrevida em 5 anos de 80%
Quando as medidas conservadoras falham:
Alguns pacientes morrem
Outros perdem sua melhor função hepática
Diminui a probabilidade dos melhores resultados da cirurgia:
Mortalidade operatória < 2% Encefalopatia <10%
Ressangramento < 10%
Sobrevida em 5 anos de 80%
Cirurgia para hipertensão porta
Cirurgia para hipertensão porta
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Orozco H, Mercado MA. Arch Surg 142:219-221, 2007
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Princípio:
Reduzir a pressão dentro do sistema porta ou nas varizes
Interromper o fluxo porta para o território das varizes
Princípio:
Reduzir a pressão dentro do sistema porta ou nas varizes
Interromper o fluxo porta para o território das varizes
Cirurgia para hipertensão porta
Cirurgia para hipertensão porta
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Petroianu A. Rev Soc Bras Med Trop 36:253-265,2003
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Década de 60-80
Sangramento ativo por varizes do esôfago eram abordadas
diretamente:
Balão de Sengstaken-Blackmore
Cirurgia:
Shunts porto-sistêmicos globais ou derivações seletivas Desconexão ázigo-portal e esplenectomia
Década de 60-80
Sangramento ativo por varizes do esôfago eram abordadas
diretamente:
Balão de Sengstaken-Blackmore
Cirurgia:
Shunts porto-sistêmicos globais ou derivações seletivas Desconexão ázigo-portal e esplenectomia
Hipertensão Porta
Hipertensão Porta
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Shunt portosistêmico global
Operados
Insuficiência hepática Não operados
Hemorragia
“A única alteração era a forma com que os pacientes morriam”
Shunt portosistêmico global
Operados
Insuficiência hepática
Não operados
Hemorragia
“A única alteração era a forma com que os pacientes morriam”
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Resnick RH, et al. Gastroenterology 67:843-857, 1974
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Resnick RH, et al. Gastroenterology 67:843-857, 1974
Cirurgia para hipertensão porta
Cirurgia contrária ao bom senso
Pacientes que não respondiam a medidas clínicas
Grave doença hepática
Gradiente hepatoportal muito elevado
Péssima reserva hepática
Demora na indicação cirúrgica
Cirurgia contrária ao bom senso
Pacientes que não respondiam a medidas clínicas
Grave doença hepática
Gradiente hepatoportal muito elevado
Péssima reserva hepática
Demora na indicação cirúrgica
Hipertensão Porta
Hipertensão Porta
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Tratamento multidisciplinar
Hepatologista Cirurgiões de fígado Endoscopistas Radiologistas intervencionistas Intensivistas Clínicos Nutrólogos FisioterapêutasTratamento multidisciplinar
Hepatologista Cirurgiões de fígado Endoscopistas Radiologistas intervencionistas Intensivistas Clínicos Nutrólogos Fisioterapêutas _____________D’Amico G, et al. Hepatology 22:332-353, 1995
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D’Amico G, et al. Hepatology 22:332-353, 1995
Hipertensão Porta
Tratamento
Shunt cirúrgico seletivo
Shunt porto-cava em H (8mm)
Derivação espleno-renal distal (Warren) TIPS
Shunt portossistêmico transjugular intra-hepático Desvascularização
Esofagogástrica e toraco-abdominal (Sugiura-Futagawa) Desconexão ázigo-portal completa (Orozco e Mercado) Transplante hepático
Tratamento
Shunt cirúrgico seletivo
Shunt porto-cava em H (8mm)
Derivação espleno-renal distal (Warren)
TIPS
Shunt portossistêmico transjugular intra
Shunt portossistêmico transjugular intra--hephepááticotico
Desvascularização
Esofagogástrica e toraco-abdominal (Sugiura-Futagawa) Desconexão ázigo-portal completa (Orozco e Mercado)
Transplante hepático
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Henderson JM. Clin Liver Dis 10:599-612,2006
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Henderson JM. Clin Liver Dis 10:599-612,2006
Hipertensão Porta
No Brasil
Pacientes sem cirrose hepática
Pacientes sem insuficiência hepática Com Esquistossomose
Operações de desvascularização
No Brasil
Pacientes sem cirrose hepática
Pacientes sem insuficiência hepática Com Esquistossomose
Operações de desvascularização
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Orozco H, Mercado MA. Arch Surg 142:219-221, 2007
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Orozco H, Mercado MA. Arch Surg 142:219-221, 2007
Cirurgia para hipertensão porta
Cirurgia para hipertensão porta
Cirurgia para hipertensão porta
Sangramento por varizes do esôfago
Melhor alternativa terapêutica para evitar novo episódio de
sangramento (profilaxia secundária):
Boa intervenção cirúrgica que:
Preservar o fluxo sanguineo hepático portal Operação eletiva
Pacientes com doença hepática crônica e hipertensão porta hemorrágica Pacientes com função hepática preservada (Child A ou B)
Centros com cirurgiões interessados e com experiência
Procedimentos seletivos (preservem o fluxo sanguineo hepático portal:Operação de Warren) ou desconexão ázigo portal completa
Melhor alternativa terapêutica para evitar novo episódio de
sangramento (profilaxia secundária):
Boa intervenção cirúrgica que:
Preservar o fluxo sanguineo hepático portal
Operação eletiva
Pacientes com doença hepática crônica e hipertensão porta hemorrágica
Pacientes com função hepática preservada (Child A ou B)
Centros com cirurgiões interessados e com experiência
Procedimentos seletivos (preservem o fluxo sanguineo hepático portal:Operação de Warren) ou desconexão ázigo portal completa
Cirurgia para hipertensão porta
Cirurgia para hipertensão porta
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Orozco H, Mercado MA. Arch Surg 142:219-221, 2007
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Mercado MA, et al. J Gastrointest Surg 5:499-502, 2001
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Mercado MA, et al. J Gastrointest Surg 5:499-502, 2001
Cirurgia para hipertensão porta
Cirurgia para hipertensão porta
Critérios para cirurgia
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História de sangramento por hipertensão porta
Boa função hepática
Albumina >3g/dl
INR < 1,16
Bilirrubina direta < 2mg/dl
Sem encefalopatia
Sem ascite
Boa função Cardiopulmonar
Boa função renal
Sem carcinoma hepatocelular
Shunt porto
Shunt porto
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sistêmico
sistêmico
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Henderson JM. Clin Liver Dis 10:599-612,2006
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Henderson JM. Clin Liver Dis 10:599-612,2006
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Henderson JM. Clin Liver Dis 10:599-612,2006
Deriva
Shunt porto
Shunt porto
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sistêmico (Warren)
sistêmico (Warren)
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Warren WD, et al. Ann Surg 166:437-455, 1967
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Henderson JM. Clin Liver Dis 10:599-612,2006
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Henderson JM. Clin Liver Dis 10:599-612,2006
Opera
Opera
Opera
ç
ç
ão de Sugiura
ão de Sugiura
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Futagawa
Futagawa
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Sugiura M, Futagawa S. J Thorac Cardiovasc Surg 66:677-685, 1973
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Sugiura M, Futagawa S. J Thorac Cardiovasc Surg 66:677-685, 1973
Transec
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Goyal N, et al. J Gastroenterol Hepatol 22:47-50, 2006
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Goyal N, et al. J Gastroenterol Hepatol 22:47-50, 2006
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Goyal N, et al. J Gastroenterol Hepatol 22:47-50, 2006
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Goyal N, et al. J Gastroenterol Hepatol 22:47-50, 2006
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Mercado MA, et al. J Gastrointest Surg 5:499-502, 2001
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Mercado MA, et al. J Gastrointest Surg 5:499-502, 2001
Opera
Desconexão azigo
Desconexão azigo
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portal e esplenectomia
portal e esplenectomia
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Silva-Neto WD, et al. Arq Gastroenterol 41:150-154, 2004
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Silva-Neto WD, et al. Arq Gastroenterol 41:150-154, 2004
Pressão na veia porta
Esquistossomose
Desconexão azigo
Desconexão azigo
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portal e esplenectomia
portal e esplenectomia
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Silva-Neto WD, et al. Arq Gastroenterol 41:150-154, 2004 _____________
Silva-Neto WD, et al. Arq Gastroenterol 41:150-154, 2004
Calibre das varizes
Calibre das varizes esofagianas no pré e pós operatório (60 dias)______________________________________________________________ Classificação das varizes Pré-operatório Pós-operatório
segundo Palmer ______________________________________ No (%) No (%) ______________________________________________________________ 0 - 0,0 - 0,0 I 1 5,3 6 42,9 II 2 10,5 6 42,9 III 16 84,2 2 14,3 Total 19 100,0 14 100,0 _______________________________________________________________ p= 0,004
Transec
Transec
ç
ç
ão esof
ão esof
á
á
gica
gica
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Mercado MA, et al. Arch Surg 133:1046-1049, 1998
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Mercado MA, et al. Arch Surg 133:1046-1049, 1998
Tipo de transecção esofágica______________________________________________________________ Clássica N (%) Modificada N (%) ______________________________________________________________ Deiscência 3 (8) 1 (2) Fístula 1 (2) 1 (2) Ressangramento 6 (12) 5 (10) Estenose 5 (10) 4 (8) Mortalidade 2 (4) 1 (2) _______________________________________________________________
Procedimentos mais simples
Mais rápido
Grampeador indisponível ou muito caro
Sem risco de fístula de esôfago
Sem risco de estenose
Abordagem endoscópica satisfatória
Procedimentos mais simples
Mais rápido
Grampeador indisponível ou muito caro
Sem risco de fístula de esôfago
Sem risco de estenose
Abordagem endoscópica satisfatória
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Goyal N, et al. J Gastroenterol Hepatol 22:47-50, 2006
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Goyal N, et al. J Gastroenterol Hepatol 22:47-50, 2006
Opera
Esplenectomia,
ligadura
da
veia
g
Esplenectomia,
ligadura
da
veia
g
á
á
strica
strica
esquerda,
esquerda,
desvasculariza
desvasculariza
ç
ç
ão da grande curvatura g
ão da grande curvatura g
á
á
strica e esclerose
strica e esclerose
p
p
ó
ó
s
s
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operat
operat
ó
ó
ria de varizes de esôfago
ria de varizes de esôfago
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Ferraz AAB, et al. Int Surg 86:1-8, 2001
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Ferraz AAB, et al. Int Surg 86:1-8, 2001
Resultados em 111 pacientes______________________________________________________________
Pacientes N %
______________________________________________________________
Permanência hospitalar 7 dias (média)
Necessidade de transfusão 111 38 34,2 Morbidade
Sangramento recorrente 111 16 14,4 Trombose de veia porta 13,2 Mortalidade operatória 2 1,8 Erradicação das varizes
Com escleroterapia pós-operatória 52,7 Sem escleroterapia pós-operatória 18,2 Diâmetro da veia porta
Pré-operatório 1,32 cm (média) Pós-operatório 0,92 cm (média)
Esplenectomia
Esplenectomia
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Orozco H, et al. Arch Surg 133:36-38, 1998
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Orozco H, et al. Arch Surg 133:36-38, 1998
Achados angiográficos______________________________________________________________
Grupo esplenectomia Grupo sem esplenectomia
______________________________________________________________
Pré-operatório
Trombose de veia porta (%) 31,5 40,0 Patência da veia porta (%) 58,5 60,0 Diâmetro de veia porta (mm) 20,4 16,0
Pós-operatório
Trombose da veia porta (%) 20,0 0
Sangramento agudo por varizes de esôfago
Prevenção de ressangramento por varizes
Ascite refratária e suas complicações
Síndrome de Budd-Chiari
Hidrotórax hepático
Colopatia hipertensiva hemorrágica
Síndrome hepato-renal
Ponte para o transplante hepático
Sangramento agudo por varizes de esôfago
Prevenção de ressangramento por varizes
Ascite refratária e suas complicações
Síndrome de Budd-Chiari
Hidrotórax hepático
Colopatia hipertensiva hemorrágica
Síndrome hepato-renal
Ponte para o transplante hepático
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Rossle M, et al. Best Practice Res Clin Gastroenterol 18:99-123, 2004
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Rossle M, et al. Best Practice Res Clin Gastroenterol 18:99-123, 2004
Complicações de hipertensão porta
Shunt portossistêmico transjugular intra
TIPS
TIPS
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Henderson JM. Clin Liver Dis 10:599-612,2006
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Eficácia e complicações em 41 pacientes – Período de 1993 a 2000
______________________________________________________
Controle da hemorragia digestiva
96,7 %
Reversão da Síndrome Hepato-renal 80,0 %
Insuficiência cardíaca congestiva pós
12,0 %
Mortalidade em 30 dias
36,0 %
______________________________________________________
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Nunes Jr JAT, CETEFI – Hospital da Beneficência Portuguesa-SP
Shunt portossistêmico transjugular intra
Média do volume infundido de sangue no intra-operatório de
transplante hepático – Período de 1993 a 1998
______________________________________________________
Pacientes cirróticos sem TIPS 12.300 ml
Pacientes cirróticos com TIPS 7.900 ml
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Nunes Jr JAT, CETEFI – Hospital da Beneficência Portuguesa-SP
Shunt portossistêmico transjugular intra
Vantagens:
Eficácia alta no controle do sangramento agudo
Eficácia
maior
que
o
tratamento
endoscópico
no
ressangramento por varizes(8 a 18% x 30 a 35% por ano)
80 a 90 % de eficácia no controle da ascite refratária ( Child B e
sem trombose portal)
Melhora o estado nutricional pré transplante hepático e diminui
o sangramento trans-operatório
Cavidade abdominal não violada pré transplante hepático
Shunt portossistêmico transjugular intra
Shunt portossistêmico transjugular intra
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hep
hep
á
á
tico
tico
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Ginès P, et al. N Engl J Med 350:1646-1654, 2004
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TIPS
TIPS
Alta taxa de estenose do shunt
(até 75% em 6 a 12 meses)
Encefalopatia hepática
Eficácia discutível na síndrome hepato-renal
Alterações hemodinâmicas (ICC e Insuficiência hepática)
Alto custo
Taxa de mortalidade operatória de 2%
Falta de disponibilidade em alguns centros
Alta taxa de estenose do shunt
(até 75% em 6 a 12 meses)
Encefalopatia hepática
Eficácia discutível na síndrome hepato-renal
Alterações hemodinâmicas (ICC e Insuficiência hepática)
Alto custo
Taxa de mortalidade operatória de 2%
Falta de disponibilidade em alguns centros
Desvantagens:
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Casado M, et al. Gastroenterology 114:1296-1303, 1998
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Shunt em H (8 mm)
Shunt em H (8 mm)
versus
versus
TIPS
TIPS
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Rosemurgy AS, et al. Ann Surg 241:238-246, 2005
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Opera
Opera
ç
ç
ão de Warren
ão de Warren
versus
versus
TIPS
TIPS
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Henderson JM, et al. Gastroenterology 130:1643-1651, 2006
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Paciente não candidato para cirurgia por dano da função hepática
__________________________________________________________________________
Cirrótico
Estágio terminal de doença hepática Esquistossomótico
Doença funcional hepática (Hepatite B e C)
Procedimentos que levam a hipofluxo portal e atrofia hepática
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Paciente não candidato para cirurgia por dano da função hepática
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Cirrótico
Estágio terminal de doença hepática
Esquistossomótico
Doença funcional hepática (Hepatite B e C)
Procedimentos que levam a hipofluxo portal e atrofia hepática
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Transplante hep
Transplante hep
á
á
tico
tico
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Ferraz AAB, et al. Int Surg 86:1-8, 2001
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Transplante hep
Transplante hep
Transplante hep
Obrigado!
Henry
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