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Clusters de Base Tecnológica Potencialidades e Constrangimentos

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Clusters de Base Tecnológica – Potencialidades e

Constrangimentos

Por: Luís Todo Bom

(e-mail:Angopartners@gmail.com)

Professor Associado Convidado do ISCTE

Engenheiro Especialista em Engenharia e Gestão Industrial pela Ordem dos Engenheiros Membro da Academia de Engenharia

Comunicação Apresentada no Seminário sobre Clusters organizado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo - CCDRLVT

(2)

Globalização – Variáveis Críticas

 Inexistência de fronteiras para pessoas, bens, fluxos financeiros e

fluxos de informação;

 Diferentes unidades nos vários pontos da cadeia de valor localizadas

em diferentes países e regiões;

 Importância da Inovação e da Gestão do Conhecimento – Tácito e

Explícito;

Explícito;

 Existência de Redes e Plataformas Tecnológicas de Comunicação e

Informação com maior largura de banda, maior capacidade de

transmissão, linguagem comum e fluxos bidireccionais;

 Competição inter-regiões – Clusters tecnológicos, regiões – cidade,

competências e capacidades únicas e exclusivas.

(3)

Processos de Internacionalização Activos que criam

uma vantagem competitiva para a Empresa

 Tecnologia Proprietária;

 “Know-How” de Gestão;

 Rede de distribuição multinacional;

 Acesso a matérias primas;

 Economias de escala de produção;

 Economias de escala financeiras;

(4)

Clusters – Definição, Características

Conjunto de Unidades Empresariais, Industriais e de Serviços, interligadas, contemplando unidades da cadeia de valor e unidades instrumentais. Podem classificar-se em Tradicionais e Tecnológicos.

Cluster

Características

 Têm uma óptica regional – a maioria e as mais relevantes

unidades dos clusters estão na mesma região;

 A eficiência do cluster depende do grau da interligação e do

nível de competitividade de cada unidade;

 A construção e desenvolvimento dos clusters é sempre

suportada na inovação;

 A competitividade internacional dos clusters depende da sua

integração na Rede de Inovação.

(5)

Tipos de Clusters numa Economia Globalizada

Ex: Cluster do Calçado, da Cortiça, do Turismo, …Integrando Unidades Industriais e de Serviços de Sectores Maduros.

Clusters Tradicionais

Clusters Tecnológicos

Integrando Unidades Industriais e de Serviços de Sectores de Vanguarda, com alta incorporação tecnológica.

Ex: Cluster das TICs, da Biotecnologia, …

Uma Economia

Globalizada  Não se mantém competitiva só com Clusters Tradicionais, temque desenvolver Clusters Tecnológicos;

 Os Clusters Tradicionais beneficiam das inovações radicais dos Clusters Tecnológicos, através de processos de transferência de novas tecnologias e da criação de um clima criativo;

 A distribuição regional dos Clusters Tecnológicos deve seguir uma óptica Europeia e não Nacional.

(6)

A Inovação nos Clusters Tradicionais e nos Clusters

Tecnológicos

Clusters Tradicionais Clusters Tecnológicos

 Inovação Incremental, Tecnologias sustentáveis;  Adopção das melhores

Tecnologias disponíveis;

 Inovação Radical, Tecnologias sustentáveis e disruptivas;  Desenvolvimento de novas

Tecnologias;  Inovação nos produtos, processos

e posicionamento;

 Utilização das TICs directamente nos processos empresariais;

 Aquisição das tecnologias verticais.

 Inovação nos produtos, processos, posicionamento e paradigma;

 Utilização das TICs nos processos de Inovação Radical;

 Desenvolvimento das tecnologias verticais.

(7)

Cadeia de Valor – Indústria e Serviços

Concepção Desenho Projecto Produção Distribuição Logística Vendas

Serviços Pós-Venda Assistência Pós-Venda Outsourcing Actualizações e Up-Grading Prestação de Novos Serviços Desenvol-vimento de Aplicações Acrescentado Serviços de Valor Acrescentado

(8)

Um “Cluster” Típico dos Sectores de Conhecimento

Intensivo

Unidades de conhecimento Intensivo - várias Institutos de Investigação Aplicada Fornecedores de Serviços de Marketing e Telemarketing Universidades Actividades Culturais Hospitais Centros Fornecedores de “Hardware” Telecomunicações Intensivo - várias Centros Desportivos Hoteis e Restaurantes Unidades concorrentes e complementares da “Fileira do conhecimento” Fornecedores de “Software” Telecomunicações e “Banda Larga” Operadores de Logística Sociedades de Capital de Risco

(9)

Um Modelo do Processo de Inovação

Visão e Processo de Gestão das Ideias Inovadoras

(Geração de ideias - Avaliação - Escolha - Validação)

Estratégia e Processo de Planeamento

Processo de Gestão

dos Programas Processo de Gestão do Ciclo de vida Mercado Clientes Processo de de Planeamento do Produto/Tecnologia dos Programas de Desenvolvimento de Produtos do Ciclo de vida do Produto

Processo de Desenvolvimento dos Recursos Tecnológicos

Base de Conhecimentos e Competências

Conhecimento Concorrentes

(10)

Fluxos de Conhecimento e de Informação para

Produtos e Serviços de Alto Valor Acrescentado

Universidades. Institutos de Investigação. Parques Tecnológicos. Incubadoras de Empresas. Nacionais; Internacionais. Ges; PMEs. Nacional; Internacional. Consumo; Corporate. Unidades de Produção de Conhecimento Unidades de Interface Empresas Mercado/ Consumidores Investigação. Empresas. Centros Tecnológicos. Unidades de Formação Universitária de Executivos. PMEs. Agricultura e Pescas; Indústria; Serviços. Corporate. De Massas; Diferenciação.

(11)

Tipos de Redes de Inovação

Radical

Tipo de Inovação

Zona 2

Aliança Estratégica ou Consórcio sectorial para desenvolver um novo produto

ou um novo sistema de distribuição Zona 3 Redes de inovação de empresas múltiplas em sistemas de produtos complexos Zona 1 Zona 4 Incremental

Semelhantes Características das Empresas Heterogéneas

Fóruns do Sector Aprendizagem

na Corrente de Abastecimentos

“Clusters” regionais, Clubs da “Melhor Prática”

(12)

Tipos de Interacção no Âmbito das Redes de Inovação

Produtos e Grupos de Produtos e Serviços interagem, são adaptados e evoluem.

Interacções no Produto

Interdependência entre Produtos e Processos e entre diferentes processos.

Interacções no Processo

Interacção entre o Conhecimento e a Capacidade para

Interacção Social no Interacção entre o Conhecimento e a Capacidade para

trabalhar com outras unidades de negócio dentro da Organização.

Interacção Social no Âmbito da Organização

Relações de negócio que propiciam oportunidades para a Inovação, em especial para Inovações Sistémicas.

Interacção Social entre Organizações

(13)

Regiões Nacionais de Base Tecnológica e Parques

Tecnológicos – Definições

Região Nacional de Base Tecnológica

Região Integrada de Desenvolvimento, suportada em unidades de

conhecimento intensivo ligadas a Clusters Tecnológicos Específicos onde

são criadas as condições necessárias para a localização a nível

internacional destas unidades, promovendo emprego qualificado e

condições ímpares de qualidade de vida e de ambiente de trabalho.

Integram, frequentemente, um Parque Tecnológico.

Parque Tecnológico

Conjunto integrado de unidades de produção de conhecimento –

Universidades e Institutos de Investigação -

e Empresas de Base

Tecnológica, em que a competitividade internacional das várias unidades é

garantida através de processos de fertilização cruzada. Integram,

frequentemente, Incubadoras de Empresas de base tecnológica e

entidades financeiras de “seed capital” e “venture capital”.

(14)

Regiões Nacionais de Base Tecnológica – Análise SWOT

Sistémica

S.

 Localização Geográfica - Qualidade de Vida;

 Desenvolvimento Integrado/ Potencial de Crescimento;  Interacção Universidades –

Institutos de I&D – Empresas;  Baixo Custo dos Quadros

Tecnológicos.

T.

 Extensão da crise económica e financeira global;

 Dispersão da utilização de Fundos, não privilegiando massas críticas;

O.

 Aposta Nacional e Europeia em I&D;

 Surgimento de Novos Players a nível mundial;

W.

 Baixa Competitividade para atrair Empresas Internacionais;  Infra-estruturas físicas de qualidade mediana;  Mobilidade e Serviços Complementares deficientes;  Reduzido Conhecimento e

Notoriedade do País nas áreas Tecnológicas.

não privilegiando massas críticas;  Perda de competitividade em

relação a novas regiões de maior dinamismo.

nível mundial;

 Disponibilidade de Fundos Estruturais.

(15)

Fluxos Internacionais entre Regiões de Base

Tecnológica

Unidades de Produção de Conhecimento: • Universidades • Institutos de I&D Unidades de Produção de Conhecimento: • Universidades • Institutos de I&D Redes de Conhecimento Região Tecnológica Nacional Outras Regiões Tecnológicas Internacionais Empresas de Base Tecnológica Empresas de Base Tecnológica Alianças entre Empresas de Base Tecnológica

Promoção de Investimento Estrangeiro Atracção de Investimento Estrangeiro

(16)

O Posicionamento dos Parques Tecnológicos Nacionais

nas Redes Globais

Parque Tecnológico Outros Parques Tecnológicos Internacionais Outras Regiões com os Mesmos Outras Regiões Europeias e Atlânticas do

• Cooperação intensa em I & D • Alianças entre Empresas para

explorar novos mercados

• Aprendizagem • Troca de Experiências • Cooperação em I & D • Alianças entre Empresas

Hi Tech Tecnológico Nacional com os Mesmos Clusters Tecnológicos Atlânticas do Conhecimento e da Tecnologia Outros Parques Empresariais da mesma Região Nacional de Base • Fusões, Aquisições, Redimensionamento Empresarial. • Competição • Diferenciação • Melhoria contínua • Desenvolvimento

de Novos Clusters Tecnológicos. • Atracção de Investimento Estrangeiro • Exportação do conhecimento do Parque

(17)

Hierarquização dos Clusters de Base Tecnológica

1.

Clusters com posicionamento internacional relevante

 Cluster das TICs

2.

Clusters já com algum posicionamento internacional

 Cluster das Biotecnologias e das Tecnologias da Saúde

3.

Clusters com Base Tecnológica mínima e com Potencial de

Crescimento

 Cluster das Tecnologias Energéticas

 Cluster das Tecnologias Energéticas

 Cluster das Tecnologias Tropicais

 Cluster das Tecnologias dos Materiais

4.

Sonhos ou … Equívocos, ou … Fábulas

 Cluster das Tecnologias do Mar (Economia do Mar?)

 …

(18)

Uma Estratégia baseada na Inovação e nos Clusters

Tecnológicos (1)

 Focus prioritário nos Clusters em estádios de desenvolvimento mais

avançado, com presença internacional relevante;

 Hierarquização e concentração de recursos – financeiros e de

conhecimento – nos restantes clusters com potencial de crescimento

a curto-prazo;

 Diferenciar os incentivos à inovação incremental – clusters

 Diferenciar os incentivos à inovação incremental – clusters

tradicionais – e à inovação radical – clusters tecnológicos;

 Adoptar uma aproximação internacional na definição dos incentivos,

privilegiando as empresas que se localizam nas Regiões Nacionais de

Base Tecnológica.

(19)

Uma Estratégia baseada na Inovação e nos Clusters

Tecnológicos (2)

 Focus nos bens e serviços transaccionáveis e na competitividade

internacional, suportada em Redes de Inovação;

 Reposicionar e hierarquizar os incentivos às Unidades de Interface;

 Concentrar os incentivos do lado da Procura e não da Oferta da

inovação. As Empresas, integradas em Redes de Inovação, contratam

as Unidades de Produção de Conhecimento.

(20)

Cluster das TICs – Tecnologias de Base

Tecnologias de Base

IT Services

ECMS – Enterprise Content Management Systems Web Development

Mobile Development

Network Implementation Services Internet Services

Internet Services Telecommunications

GIS (Geographical Information Systems) Fleet Management Companies

Companies who provide APT (Automatic Payment Terminals) services

(21)

Cluster da Biotecnologia – Tecnologias de Base

Tecnologias de Base

Biotecnologia Médica e de Diagnóstico Biotecnologia Alimentar

Biotecnologia Marinha e Aquacultura Biotecnologia Agrícola

Biotecnologia Ambiental

Bioindústrias ligadas à Genética Tecnologia dos Bioprocessos Bioinformática

(22)

Potencialidades

e Constrangimentos do

Desenvolvimento de Clusters em Portugal (1)

Potencialidades:

 Existência de Clusters Tradicionais e Clusters Tecnológicos com boa presença internacional, reforçada nos anos recentes;

 Existência de um Sistema Científico e Tecnológico e Universidades de referência que podem suportar o desenvolvimento de Clusters;

 Existência de uma Infra-estrutura Tecnológica – Parques Tecnológicos, Centros  Existência de uma Infra-estrutura Tecnológica – Parques Tecnológicos, Centros

Tecnológicos, Incubadoras que podem permitir o crescimento de Clusters;

 Utilização focada e selectiva do sistema de apoio “Portugal 2020” no robustecimento dos Clusters Tecnológicos;

 Regiões com potencialidades de desenvolvimento de Clusters Tecnológicos com capacidade competitiva Europeia: TICs – Região da Grande Lisboa; Biotecnologia e Tecnologias da Saúde – Eixo Lisboa/Coimbra; Tecnologia dos Materiais – Eixo

(23)

Potencialidades

e Constrangimentos do

Desenvolvimento de Clusters em Portugal (2)

Constrangimentos:

 Falhas em unidades essenciais da cadeia de valor de alguns Clusters Tradicionais;  Redes de Inovação frágeis, mal desenhadas e deficientemente geridas;

 Fluxos de conhecimento e de informação deficientes entre as várias unidades do Sistema Tecnológico;

 Parques Tecnológicos ineficientes e geridos pelas Câmaras Municipais como  Parques Tecnológicos ineficientes e geridos pelas Câmaras Municipais como

centros de escritórios;

 Incubadoras e Centros Universitários de formação de executivos ineficientes com baixas exigências no âmbito da Gestão da Inovação e uma preocupação de maximização de receitas públicas e privadas;

 Desaparecimento de Empresas Nacionais “Âncora” que suportem os processos de Gestão da Inovação (o efeito da destruição da Cimpor e da Portugal Telecom é devastador).

Referências

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