Matéria: Legislação Especial
Assunto: 1 Lei nº 7.102/1983 – Dispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros e esta-belece normas para constituição e funcionamento das empresas particulares que exploram servi-ços de vigilância e de transporte de valores.
Responsável: Leonardo
L
ISTADEQ
UESTÕES1. (FGV - 2011 - TRE-PA - Técnico Judiciário - adaptada)
As armas de fogo utilizadas pelos vigilantes das empresas de segurança privada e de transporte de valores, constituídas na forma da lei, serão de propriedade, responsabilidade e guarda das respec-tivas empresas, somente podendo ser utilizadas quando em serviço, devendo essas observar as condições de uso e de armazenagem estabelecidas pelo órgão competente, sendo o certificado de registro e a autorização de porte expedidos pela Polícia Federal.
2. (2013 – Banca do Leo)
As cooperativas singulares de crédito gozam de algumas prerrogativas em relação ao sistema de segurança. Considerando a reduzida circulação financeira desses estabelecimentos, não é necessá-rio a contratação de vigilantes, caso isso inviabilize economicamente a sua existência.
3. (2013 – Banca do Leo)
A vigilância ostensiva e o transporte de valores devem ser executados pelo próprio estabelecimen-to financeiro, ou terceirizados à empresa especializada.
4. (2013 – Banca do Leo)
As empresas especializadas em segurança privada são aquelas que desenvolvem atividades de vigi-lância patrimonial e pessoal, transporte de valores ou escolta armada, podendo, inclusive, prestar todos esses serviços concomitantemente.
5. (2013 – Banca do Leo)
O Ministério da Justiça, através do Departamento da Polícia Federal, é o responsável por autorizar o funcionamento, fiscalizar e penalizar os estabelecimentos financeiros que infringirem as disposi-ções da lei 7.102/83.
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UESTÕESC
OMENTADAS1. (FGV - 2011 - TRE-PA - Técnico Judiciário - adaptada) As armas de fogo utilizadas pelos vigilantes das empresas de segurança privada e de transporte de valores, constituídas na forma da lei, serão de propriedade, responsabilidade e guarda das respectivas empresas, somente podendo ser utiliza-das quando em serviço, devendo essas observar as condições de uso e de armazenagem estabeleci-das pelo órgão competente, sendo o certificado de registro e a autorização de porte expedidos pela Polícia Federal.
Correto. As armas destinadas ao uso dos vigilantes são de propriedade e responsabilidade dos em-pregadores: empresas especializadas ou estabelecimentos financeiros (mesmo quando contrata-rem empresas especializadas). De acordo com os arts. 21 e 22 da lei 7.102/83:
Art. 21 - As armas destinadas ao uso dos vigilantes serão de propriedade e responsa-bilidade:
I - das empresas especializadas;
II - dos estabelecimentos financeiros quando dispuserem de serviço organizado de vi-gilância, ou mesmo quando contratarem empresas especializadas.
Art. 22 - Será permitido ao vigilante, quando em serviço, portar revólver calibre 32 ou 38 e utilizar cassetete de madeira ou de borracha.
Parágrafo único - Os vigilantes, quando empenhados em transporte de valores, pode-rão também utilizar espingarda de uso permitido, de calibre 12, 16 ou 20, de fabrica-ção nacional.
Na verdade, essa questão é cópia literal do art. 7º do Estatuto do Desarmamento.
2. (2013 – Banca do Leo) As cooperativas singulares de crédito gozam de algumas prerrogativas em relação ao sistema de segurança. Considerando a reduzida circulação financeira desses estabe-lecimentos, não é necessário a contratação de vigilantes, caso isso inviabilize economicamente a sua existência.
Correto. Considerando a reduzida circulação financeira, as cooperativas singulares de crédito têm requisitos próprios de segurança, mais brandos (art. 1º, §2º da lei 7.102/83):
➔ Dispensa de sistema de segurança para estabelecimentos que se situem dentro de qual-quer edificação que possua estrutura de segurança em conformidade com a lei 7.102/83; ➔ Aprovação de um único plano de segurança por cooperativa singular de crédito, desde que
detalhadas todas as suas dependências;
➔ Dispensa de contratação de vigilantes, caso isso inviabilize economicamente a existência do estabelecimento.
3. (2013 – Banca do Leo) A vigilância ostensiva e o transporte de valores devem ser executados pelo próprio estabelecimento financeiro, ou terceirizados à empresa especializada.
Correto. A vigilância ostensiva e o transporte de valores podem ser executados (art. 3º da lei 7.102/83):
1. Por empresa especializada contratada;
2. Pelo próprio estabelecimento financeiro, desde que organizado e preparado para tal fim (serviço orgânico de segurança).
O parágrafo único do art. 3º determina que, “nos estabelecimentos financeiros estaduais, o serviço
de vigilância ostensiva poderá ser desempenhado pelas Polícias Militares, a critério do Governo da respectiva Unidade da Federação”. Importante salientar que a redação anterior permitia que a PM
fizesse a segurança também de estabelecimentos federais, possibilidade que foi extinta com a lei 9.017/1995.
4. (2013 – Banca do Leo) As empresas especializadas em segurança privada são aquelas que de-senvolvem atividades de vigilância patrimonial e pessoal, transporte de valores ou escolta armada, podendo, inclusive, prestar todos esses serviços concomitantemente.
Correto. De acordo com o art. 10 da lei 7.102/83:
São considerados como segurança privada as atividades desenvolvidas em prestação de serviços com a finalidade de:
I - proceder à vigilância patrimonial das instituições financeiras e de outros estabeleci-mentos, públicos ou privados, bem como a segurança de pessoas físicas;
II - realizar o transporte de valores ou garantir o transporte de qualquer outro tipo de carga.
§ 1º Os serviços de vigilância e de transporte de valores poderão ser executados por uma mesma empresa.
Complementando, segundo o art. 4º, §3º da Portaria 387/2006 do DPF, são consideradas ativida-des de segurança privada:
1. Vigilância patrimonial – Exercida dentro dos limites dos prédios e edificações, urbanos ou rurais, públicos ou privados, com a finalidade de proteger os bens patrimoniais;
2. Transporte de valores – Consiste no transporte de numerário, bens ou valores, mediante a utilização de veículos, comuns ou especiais;
3. Escolta armada – Visa a garantir o transporte de qualquer tipo de carga ou de valores; 4. Segurança pessoal – Exercida com a finalidade de garantir a incolumidade física de
pes-soas;
5. (2013 – Banca do Leo) O Ministério da Justiça, através do Departamento da Polícia Federal, é o responsável por autorizar o funcionamento, fiscalizar e penalizar os estabelecimentos financeiros que infringirem as disposições da lei 7.102/83.
Errado. Existem algumas diferenças entre as atribuições relacionadas aos estabelecimentos finan-ceiros (art. 6º) e aquelas relacionadas às empresas especializadas (art. 20):
➔ O DPF não autoriza o funcionamento dos estabelecimentos financeiros (como faz com as empresas especializadas), apenas encaminha ao órgão autorizador parecer sobre seus sis-temas de segurança.
➔ O DPF pode estabelecer convênios com as secretarias de segurança dos Estados somente para a fiscalização dos estabelecimentos financeiros, mas não para a elaboração do parecer nem para a aplicação de penalidades (art. 6º parágrafo único). Já em relação às empresas especializadas, o DPF só não pode estabelecer convênio para a autorização de funciona-mento ou fixação do currículo dos cursos de vigilantes (art. 20, parágrafo único), mas a lei não proíbe o convênio para a aplicação de penalidades e renovação anual da autorização, por exemplo.
Veja a lei:
Art. 6º Além das atribuições previstas no art. 20, compete ao Ministério da Justiça: I - fiscalizar os estabelecimentos financeiros quanto ao cumprimento desta lei;
II - encaminhar parecer conclusivo quanto ao prévio cumprimento desta lei, pelo esta-belecimento financeiro, à autoridade que autoriza o seu funcionamento;
III - aplicar aos estabelecimentos financeiros as penalidades previstas nesta lei.
Parágrafo único. Para a execução da competência prevista no inciso I [fiscalizar os
es-tabelecimentos financeiros], o Ministério da Justiça poderá celebrar convênio com as
Secretarias de Segurança Pública dos respectivos Estados e Distrito Federal. (…)
Art. 20. Cabe ao Ministério da Justiça, por intermédio do seu órgão competente ou mediante convênio com as Secretarias de Segurança Pública dos Estados e Distrito Fe-deral:
I - conceder autorização para o funcionamento:
a) das empresas especializadas em serviços de vigilância; b) das empresas especializadas em transporte de valores; e c) dos cursos de formação de vigilantes;
II - fiscalizar as empresas e os cursos mencionados no inciso anterior;
III - aplicar às empresas e aos cursos a que se refere o inciso I deste artigo as penalida-des previstas no art. 23 penalida-desta Lei;
IV - aprovar uniforme;
V - fixar o currículo dos cursos de formação de vigilantes;
VI - fixar o número de vigilantes das empresas especializadas em cada unidade da Fe-deração;
VII - fixar a natureza e a quantidade de armas de propriedade das empresas especiali-zadas e dos estabelecimentos financeiros;
VIII - autorizar a aquisição e a posse de armas e munições; e IX - fiscalizar e controlar o armamento e a munição utilizados.
X - rever anualmente a autorização de funcionamento das empresas elencadas no in-ciso I deste artigo.
Parágrafo único. As competências previstas nos incisos I e V [conceder autorização e