Engenharia e Gerenciamento de Sistemas
Espaciais
L.F.Perondi
CSE-300-4
Métodos e Processos na Área Espacial Classe 25.06.2018
SUMÁRIO
- EMERGÊNCIA DO CONCEITO DE PROCESSO EM ATIVIDADES PRODUTIVAS
- ORGANIZAÇÃO POR PROCESSOS
- OPERAÇÕES E PROJETOS
25/06/2018
25/06/2018
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Grande transformação do sistema de produção: ~1750 - Produção artesanal
~1915 - Produção seriada de sistemas
Desenvolvimentos necessários para a fabricação seriada de sistemas:
- máquinas-ferramentas (energia, siderurgia) - metrologia - processos - integração Novas disciplinas: - Eng. de Sistemas - Garantia da Qualidade
Nucleação de novos setores industriais: - transportes
- energia
- telecomunicações - aeroespacial
25/06/2018 4 ~1750 ~1800 ~1900 ~1915 Intercambiabilidade de partes Processos e metrologia Linha de produção Fabricação artesanal
Eli Whitney Taylor Ford
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Hounshell, D.A., From the American System to Mass Production, 1800-1932: The Development of Manufacturing Technology in the United States (Studies in Industry and Society), John Hopkins Universtiy Press, Baltimore, 1984.)
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http://en.wikipedia.org/wiki/Charleville_musket
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http://www.google.com.br/imgres
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FORD – T 1915
http://www.conceptcarz.com/vehicle/z7173/Ford-Model-T.aspx
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FORD MOTOR COMPANY 1915 - Highland Park Plant - MICHIGAN
Technology in the United States (Studies in Industry and Society), John Hopkins Universtiy Press, Baltimore, 1984.)
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Ford River Rouge Complex
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Ford River Rouge Complex
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Interior of the Rouge Tool & Die works, 1944
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FORD MOTOR COMPANY 1915 - Highland Park Plant - MICHIGAN
Antes de 1750
Guildas ou Corporações de Ofício
Selos
1750 – 1800
Início da divisão do trabalho – primeiras indústrias
1800
Advento da produção seriada
Advento do conceito de partes intercambiáveis
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Fabricação de Sistemas – Breve Histórico
1890 - 1900
Introdução do conceito de processo
Administração Científica
Fazer, inspecionar, aceitar ou retrabalhar
1920 – 1950
Uniformidade do processo
Controle estatístico do processo
Inspeção por amostragem
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Fabricação de Sistemas – Breve Histórico
1950 - 1970
Garantia da Qualidade Total
participação de todos os departamentos e
envolvimento de todos os empregados com o
controle da qualidade total;
educação e treinamento em qualidade;
atividades de Círculos de Controle da Qualidade;
uso de métodos estatísticos, ferramentas da
qualidade e de outros métodos avançados;
campanhas nacionais de promoção da qualidade:
mês da qualidade, vários simpósios e seminários.
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Fabricação de Sistemas – Breve Histórico
Após 1980
Gestão da Qualidade Total
Uma filosofia de gerenciamento com foco nos seguintes
princípios:
atender a expectativas de qualidade dos clientes;
esforço organizacional integrado, com o objetivo de
aprimorar a qualidade de processos em todos os níveis
de negócios da organização;
World-class manufacturer.
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Fabricação de Sistemas – Breve Histórico
ISO 9000
6 Sigma
Produção Enxuta
Prêmios de Qualidade
Após 1980
Gestão da Qualidade Total
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Fabricação de Sistemas – Breve Histórico
25/06/2018 18 Diretor Executivo Diretor Comercial Diretor Industrial Diretor Financeiro Entrada Cliente Saída Cliente
Estrutura Organizacional por Processos
Franco, R.G.P., METODOLOGIA PARA IMPLANTAÇÃO DA GESTÃO POR PROCESSOS EM EMPRESAS DO SETOR METAL-MECÂNICO, Dissertação de Mestrado, UFSC, Florianópolis, 2005.
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Visão sistêmica de processos
FONTE: CARPINETTI, L.C.R., Gestão da Qualidade: Conceitos e Técnicas, São Paulo, Atlas, 2010.
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Visão sistêmica de processos (cont.)
FONTE: CARPINETTI, L.C.R., Gestão da Qualidade: Conceitos e Técnicas, São Paulo, Atlas, 2010.
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Visão sistêmica de processos (cont.)
FONTE: CARPINETTI, L.C.R., Gestão da Qualidade: Conceitos e Técnicas, São Paulo, Atlas, 2010.
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Visão sistêmica de processos (cont.)
FONTE: CARPINETTI, L.C.R., Gestão da Qualidade: Conceitos e Técnicas, São Paulo, Atlas, 2010.
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Visão sistêmica de processos (cont.)
FONTE: CARPINETTI, L.C.R., Gestão da Qualidade: Conceitos e Técnicas, São Paulo, Atlas, 2010.
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Organização com visão de processo x organização sem visão de processos.
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Visão sistêmica de processos (cont.)
FONTE: CARPINETTI, L.C.R., Gestão da Qualidade: Conceitos e Técnicas, São Paulo, Atlas, 2010.
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Visão sistêmica de processos (cont.)
FONTE: CARPINETTI, L.C.R., Gestão da Qualidade: Conceitos e Técnicas, São Paulo, Atlas, 2010.
CSE-300-4 Métodos e Processos na Área Espacial 26 ENTRADA SAÍDA SUBSISTEMA DE TRANSFORMAÇÃO Saídas Diretas Produtos Serviços Saídas Indiretas Impostos Remunerações e Salários Desenvolvimentos Tecnológicos Impacto Ambiental
Impacto sobre o Empregado Impacto sobre a Sociedade
Físico
(Manufatura, Mineração)
Serviços de Locação (Transporte)
Serviços de Troca
(Venda a varejo / Venda por Atacado)
Serviços de Armazenamento (Armazéns)
Outros Serviços Privados (Seguros, Finanças,
Imobiliários, de Pessoal, etc...)
Serviços Governamentais (Municipal, Estadual, Federal) EXTERNAS Legais / Políticas Sociais Econômicas Tecnológicas MERCADO Concorrência
Informação sobre o produto Desejos do Cliente
RECURSOS PRIMÁRIOS Materiais e Suprimentos Pessoal
Capital e Bens de Capital Serviços Públicos
Subsistema de Controle
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FONTE: GAITHER, N., FRAZIER, G.,
Administração da Produção e Operações, São Paulo, Thomson Learning, 2002.
Operações e Projetos
Organizações realizam trabalho (geração de
riquezas). O trabalho genericamente é
expendido em OPERAÇÕES ou PROJETOS,
apesar de ser possível alguma superposição
entre ambas as atividades.
OPERAÇÕES e PROJETOS apresentam
características comuns:
◦
são realizados por pessoas,
◦
são limitados por recursos escassos, e
◦
são planejados, executados e controlados.
Operações e projetos diferem primariamente
em que OPERAÇÕES são contínuas e
repetitivas, enquanto que PROJETOS são
temporários e únicos.
◦ Os objetivos de PROJETOS e OPERAÇÕES são muito diferenciados. Pode-se dizer que o objetivo de um PROJETO é o alcance de uma dada meta para, após, ser encerrado.
◦ O objetivo de uma OPERAÇÃO é primariamente a manutenção (perenização) de um dado negócio ou empreendimento.
◦ Assim, PROJETOS são encerrados após atingirem seu objetivo, enquanto que OPERAÇÔES renovam seus objetivos periodicamente, sempre mantendo a sua existência.
Para muitas organizações, projetos são
uma forma de responder àquelas
demandas que não podem ser atendidas
no âmbito da operação normal da
empresa.
Projetos podem ser realizados em qualquer
nível da organização.
Podem envolver de uma a milhares de
pessoas. Sua duração varia de poucas
semanas a vários anos.
Projetos podem envolver uma única
unidade de uma organização ou podem
atravessar fronteiras organizacionais,
como em joint ventures e associações.
Exemplos de projetos incluem:
◦
Desenvolver um novo produto ou serviço,
◦
Efetuar uma alteração de estrutura, de
pessoal, ou de área de atuação em uma
empresa,
◦
Projetar um novo veículo de transporte,
◦
Desenvolver ou adquirir um novo sistema de
informação,
◦
Construir um novo prédio ou galpão
industrial,
◦
Construir um sistema de distribuição de
água,
◦
Organizar uma campanha eleitoral,
◦
Implementar um novo processo ou
procedimento de negócio.
CARACTERÍSTICAS DE PROJETOS
◦ Temporários.
◦ Produtos, serviços ou resultados exclusivos.
◦ Elaboração progressiva.
Temporários
◦ Temporário significa que cada projeto apresenta um início e um final definidos.
◦ O projeto chega ao fim quando os objetivos do projeto são atingidos, ou quando fica claro que os objetivos do projeto não serão ou não poderão ser atingidos, ou
ainda quando a razão para a existência do projeto desaparece e o projeto é, então, terminado.
◦ Temporário não significa necessariamente um curto tempo de duração; muitos projetos têm duração de anos. Em cada situação, no entanto, o tempo de duração de um projeto é finito.
Temporários
◦ Adicionalmente, a característica temporário não se aplica, em geral, ao produto ou serviço
resultante do projeto.
◦ PROJETOS geralmente apresentam impactos sociais, econômicos e ambientais, cujos tempos de existência em muito ultrapassam o tempo de realização do próprio PROJETO.
Temporários
◦ A natureza temporária de projetos pode aplicar-se a outros aspectos do empreendimento, também:
A oportunidade ou janela de mercado de um
negócio é temporária, normalmente – a maioria dos projetos têm tempos bem definidos para
produzir resultados, ou seja, entregar o produto ou serviço objeto do projeto.
O equipe de um projeto raramente persiste
como uma equipe após a finalização do projeto – a maioria dos projetos é executada por uma equipe especificamente montado para a sua execução, e a equipe é desmontada após a finalização do projeto.
Produtos, serviços e resultados exclusivos
◦ PROJETOS têm como objetivo produzir algo que
nunca tenha sido produzido anteriormente, no âmbito em que o projeto é realizado. Assim, podemos afirmar que o resultado de um PROJETO é único.
◦ Um produto ou serviço pode ser único mesmo que pertença a uma categoria muito ampla de elementos similares. Por exemplo, milhares de prédios de
escritórios já foram construídos, mas cada prédio individual é único – dono diferente, projeto diferente (?), localização diferente, diferente construtor, e assim por diante.
◦ A presença de elementos repetidos não muda a
natureza única do trabalho associado a um PROJETO.
Elaboração progressiva
◦ A elaboração progressiva é uma característica de projetos associada aos conceitos de
temporário e exclusivo.
◦ Elaboração progressiva significa desenvolver em etapas e continuar por incrementos.
◦ Por exemplo, o escopo do projeto é descrito de maneira geral no início do projeto e se torna mais explícito e detalhado conforme a equipe do projeto desenvolve um entendimento mais completo dos objetivos e dos produtos ou
serviços a serem entregues.
◦ A elaboração progressiva não deve ser confundida com aumento do escopo.
Elaboração progressiva
◦ A elaboração progressiva das especificações de um projeto deve ser cuidadosamente coordenada com a definição do escopo do projeto,
particularmente se o projeto for realizado sob contrato.
◦ Quando adequadamente definido, o escopo do projeto — o trabalho a ser feito — não se
modifica à medida que as especificações do projeto e do produto são progressivamente elaboradas.
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FIM 25.06.2018
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FONTE: CARPINETTI, L.C.R., Gestão da Qualidade: Conceitos e Técnicas, São Paulo, Atlas, 2010.
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FONTE: CARPINETTI, L.C.R., Gestão da Qualidade: Conceitos e Técnicas, São Paulo, Atlas, 2010.
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FONTE: CARPINETTI, L.C.R., Gestão da Qualidade: Conceitos e Técnicas, São Paulo, Atlas, 2010.
Organização com visão de processo x organização sem visão de processos.