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Convenios odontologicos, analise dos seus contratos, normas para procedimentos e tabelas de repasse de honorarios

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(1)

FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA

UNICAMP

Waldir Grec

Cirurgião-Dentista

CONVÊNIOS ODONTOLÓGICOS, ANÁLISE DOS

SEUS CONTRATOS, NORMAS PARA

PROCEDIMENTOS E TABELAS DE REPASSE DE

HONORÁRIOS.

Tese apresentada à Faculdade de Odontologia de Piracicaba, da Universidade Estadual de Campinas, para obtenção do grau de Doutor em Odontologia Legal e Deontologia.

Piracicaba- SP

(2)

FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA

UNICAMP

Waldir Grec

Cirurgião-Dentista

CONVÊNIOS ODONTOLÓGICOS, ANÁLISE DOS

SEUS CONTRATOS, NORMAS PARA

PROCEDIMENTOS E TABELAS DE REPASSE DE

HONORÁRIOS.

Orientadora:

Prof.a. Dra. Heloísa Amélia de Lima Castro

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Piracicaba - SP

1999

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA

(3)

G799c

Ficha Catalográfica

Grec, Waldir.

Convênios odontológicos, análise dos seus contratos, normas para procedimentos e tabelas de repasse de honorári.os. I Waldir

Grec.- Piracicaba, SP: [s.n.], 1999. 122. : i!.

Orientador : Profa. Ora. Heloísa Amélia de Lima CaStro. Dissertação (Mestrado)- Universidade Estatlllal de Campinas,

Faculdade de Odontologia de Piracicaba.

1. Odontologia. 2. Contratos. 3. Preços. L Castro, Heloisa. Amélia de Lima. li. Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Odontologia de Piracicaba. III. Titulo.

(4)

FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS UNICAMP

A Comissão Julgadora dos trabalhos de Defesa de Tese de DOUTORADO, em sessão pública realizada em 14 de Dezembro de 1999, considerou o candidato WALDIR GREC aprovado.

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~

1. Profa. Ora. HELOISA AMELIA DE LIMA CASTRO _________

~==i~~~~~=-~~---=7

3. Prof. Dr. NELSON

(5)

5

(6)

1.4.1- DEDICATÓRIA

À

aqueles que me apoiaram, me

incentivaram, colaboraram, torceram e

me permitiram chegar até aqui.

E ainda ao futuro, representado por Elisa Maria, Felipe Augnsto e Rodolfo Henrique.

(7)

7

(8)

8

1.4.2 - AGRADECIMENTOS

À

Faculdade

de

Odontologia

de

Piracicaba da Universidade de Campinas FOP/UNICAMP,

pelo acolhimento que nos deu.

À

CAPES (Fundação Coordenação de

Pessoal de Nível Superior), pelo suporte econômico para o

desenvolvimento deste trabalho.

Aos Professores

do

Curso

de

Pós-Graduação em Odontologia Legal e Deontologia, em especial

aos mestres Prof. Dr. Eduardo Daruge, orientador dedicado,

com visão no futuro Prof. Dr. Antônio Bento Alves de

Moraes.

Ao amigo e analista de Sistemas Anibal

Afonso Mathias Jr. pela colaboração na análise estatística de

(9)

9

A minha amiga e colega de consultório

Simone Barbosa

pela inestimável colaboração na coleta de

material para pesquisa e correção ortográfica deste texto.

.

Ao

Prof. Enéas Federico,

meu pai

odontológico e científico, a quem devo o despertar pela carreira

universitária e material inicial desta tese, pois o mesmo nos

passou o resultado de 30 anos de pesquisa e conhecimento em

Honorários Odontológicos.

À

Demétrio Grec,

meu pai biológico e

oficial, a quem devo toda a minha criação, formação e educação.

À

José Gonçalves Filho,

meu pai espiritual

e ético, a quem devo todo meu desenvolvimento espiritual, e

retidão de conduta.

'

As Sr.as.

Sônia e Erica,

secretárias dos

Cursos de Pós- Graduação, pela atenção e presteza sempre

dispensadas não somente a nós, mas aos Cursos de Mestrado e

Doutorado em Odontologia Legal e Deontologia de uma

maneira gera.

A

bibliotecária

Sra

Heloísa

Maria

Ceccocci,

por sua colaboração na redação desta.

(10)

!.!!.

As Funcionárias do Departamento de

Odontologia Social:

Dinoly, Célia Regina e Maria Aparecida,

pelo convívio amigo e sempre atencioso.

Aos demais funcionários da Faculdade de

Odontologia de Piracicaba pela contribuição direta ou indireta

para a realização deste trabalho.

Aos Colegas do Curso de Pós-Graduação da

FOP-UNICAMP, pela convivência saudável e enriquecedora.

(11)

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12

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13

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14

1.5 - SUMÁRIO

1. PRÉ-TEXTO ... 1

1.1 CAPA ... 2

1.2 FOLHA DE ROSTO ... 3

13 FOLHA DE APROVAÇÃO I BANCA ... 4

1.4 PÁGINAS PRELIMINARES .. . .. .... .. . . ... . .. . . . . .. . . . . . .. . 5 1.4.1 DEDICATÓRIA ... 5 1.4.2 AGRADECIMENTOS . . . ... .. . ... . . ... . . ... 7 1.4.3 EPÍGRAFE ... 11 1.5 SUMÁRIO ... 13 1.6 LISTAS ... 15 1.6.1 DE SIGLAS E ABREVIATURAS... .. . ... .. 16 1.6.2 DE TABELAS ... 17 1.7RESUMO ... 18 1.8 ABSTRACT ... 20 2. TEXTO ... 22 2.1 INTRODUÇÃO ... 23 2.2 PROPOSIÇÃO ... 28 2.3 REVISTADA LITERATURA ... 32 2.4 MATERIAL E MÉTODOS ... . . . ... .. . .. . . . . .. ... . 47 2.5 RESULTADOS ... 59 2.6 CONCLUSÃO ... 93 3. PÓS-TEXT0 ... 106 3.1 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... .. ... . .... 107 3.2 ANEXOS ... 111

RELAÇÃO DE EMPRESAS ESTUDADAS ... 112

RELAÇÃO DE PLANILHA TABULADAS ... 120

RELAÇÃO DOS CONTRATOS ANALIZADOS ... 121

(15)
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16

1.6.1- LISTAS DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ABAMGE = Associação Brasileira de Medicina de Grupo

AFPESP =Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo

C= Comissão

CABESP = Caixa Beneficente dos Funcionários do Banco do Estado de São Paulo CAD = Custo de Artigos Dentários

CA • .DE = Conselho Administrativo de Desenvolvimento Econômico

CEO ~ Código de Ética Odontológica

CFC = Custo Fixo do Consultório

CFO ~ Conselho Federal de Odontologia

CL = Custo Laboratorial

CLC = Custo Laboratorial Corrigido

CNpQ =Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico CONSU = Conselho Suplementar do Ministério da Saúde

CRO ~ Conselho Regional de Odontologia

CROSP ~Conselho Regional de Odontologia de São Paulo

CROP A~ Conselho Regional de Odontologia do Paraná

Endo ~ Endodontia

etc.= e as demais coisas (abreviatura de "et cetera") Exo = Exodontia

FENASEG =Federação Nacional das Seguradoras FGTS =Fundo de Garantia por Tempo de Serviço

HTM ~Horas Trabalhadas Mês

id. =o mesmo autor (abreviatura de "idem")

id., ibid. =o mesmo autor, na mesma obra (abreviatura de "idem, ibidem")

INP AO= Instituto de Previdência e Assistência Odontológica INSS= Instituto Nacional de Securidade social

IR = Imposto de Renda ISS =Imposto Sobre Serviço Rest. = Restauração

RP = Responsabilidade Profissional Rx =raio x

SINOG = Sindicato Nacional de Empresas de Odontologia de Grupo SP = Salário Profissional

SPS = Salário Profissional Social

T ~Tempo

USO . =Unidade de Serviço Odontológico

UNIDONTO ~União Odontológica

VP = Valor Pago

VRT ~Valor Real de Trabalho

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17

1.6.2 - LISTAS DE TABELAS

Tabela OI: de valores da TNCC. ···- ... 51

.... ···51

Tabela 02: de comissão .. Tabela03: de IR ... ··· ... 52

Tabela 04: de valores pagos ... . . ... ···53

Tabela 05: de tempos e custos . . ... 53

Tabela 06. de cálculo de salário a partir das consultas ... . . ... 56

Tabela 07: de cálculo de salário a partir das radiografias ... . . ... 56

Tabela 08: de cálculo de salário a partir das restaurações de amálgama de prata.. . ... 57

Tabela 09: de cálculo de salário a partir das endodontias. . ... 57

Tabela 10: de cálculo de salário a partir das prótese totais 58 Tabela li: de cálculo de salário a partir das extrações .. Tabela 12: de padr-onização de tempos e custos. Tabela 13: para cálculo total de custos variáveis ... Tabela 14 a: valor recebido bruto das empresas Tabela 14 b: valor recebido bruto das empresas Tabela 15 a: ganho bruto por ato operatório Tabela 15 b: ganho bruto por ato operatório . Tabela 16 a: determinação do Salário profissional por empresa .. Tabela 16 b: determinação do Salário profissional por empresa Tabela 17: empresas por ordem de salário pago ... Tabela 18 a: média de valores pagos ... . Tabela 18 b: média de valores pagos .. Tabela 18 c: média de valores pagos Tabela 18 d: média de valores pagos ... . . ... 58 ··· 90 ··· 90 ··· ... ··· 95 ··· 96 . 97 ··· 98 . ··· 99 100 .. 101 . ... 102 ... 103 ... 104 ··· 105

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1.7- RESUMO

É evidente para todo o Cirurgião- Dentista que aufere seu ganho profissional com a prática da clínica odontológica, que nas últimas décadas, a cada ano que passa, a clientela particular está se esvaindo e o número de pessoas que procuram atendimento por convênios esta aumentando exponencialmente.

Assim, atualmente a presença de intermediadores de atendimento odontológico, ou seja, de pessoas ou empresas que vendem planos de tratamento dentário, credenciam Cirurgiões-Dentistas e encaminham seus beneficiários a estes, pagando por tabelas próprias e pré-estabelecidas, é cada vez mais freqüente.

Em virtude disto, fizemos um levantamento para traçar o perfil do sistema de atendimento destas empresas e qual o patamar de ganho que permitem o Cirurgião-Dentista conquistar.

Já que os Convênios são realidade e estão aí para ficar, sugenmos, ao final desta, uma série de modificações legais para o registro das empresas junto ao CFO, para que se preserve a imagem da odontologia e o padrão de atendimento com ganho decente ao profissional que realize odontologia através de convênios.

PALAVRAS-CHAVE:

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1.8-ABSTRACT

It's evident to every dental surgeon that makes his living in an dentistry clinic, that in the last decades, with each year that goes by the clientele is decreasing and the number of people that have dental insurance is increasing exponentially.

Thus, nowadays the need for insurance agents or people who sell insurance plans for dental treatment send their clients to dental surgeons paying the fixed rale in the pre-established price list.

In virtue o f this we did a survey showing the system o f service o f this companies which enable the surgeons to profit.

Now that dental plans are a reality and are here to stay we suggest a series of legal changes in registry of the companies together with that of CFO to preserve the image of odontology and the service with decent earnings to the professional who works with odontology through insurance plans.

KEYWORDS

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23

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2. -INTRODUÇÃO

Atualmente em função da crise econômica que o mundo e particularmente o nosso país está passando e das recentes mudanças legais que estão ocorrendo em virtude da implantação da Lei 9656/98, que dispõem sobre as Operadoras de Planos de Assistência à Saúde que entrou em vigor integralmente a partir do dia 1 de janeiro de 2000, é grande o número de Cirurgiões-Dentistas que

estão interessados a iniciar o atendimento odontológico à clientes encaminhados pelas Operadoras, e consequentemente, se questionando a respeito destas, perguntando assim:

O que é um Convênio Odontológico?, como funciona?, vale a pena credenciar-me?, que cuidados deverei ter ao fazê-lo?

A explicação para perguntas aparentemente tão simples, requer uma análise um pouco mais detalhada.

Para entender as atuais mudanças no mercado de Planos de saúde odontológico que estao acontecendo, precisamos antes, entender um pouco da evolução histórica da odontologia no que se refere a parte

(25)

Empresarialmente falando, no passado, ser Cirurgião-Dentista era muito mais fácil. De posse do diploma, era só montar um gabinete dentário, que em geral era uma sala da própria residência do profissional. Tudo era feito com muita simplicidade e em relação aos dias atuais com um custo menor.

Atualmente, é muito diferente, com o desenvolvimento da tecnologia, da informática, com o aumento de informações científicas e técnicas, o profissional tem de ser um multi profissional.

Isto aconteceu não só na odontologia, mas em todos os seguimentos profissionais, com a diferença de que em outras áreas, o profissional pode se dedicar especialmente a sua atividade principal, delegando a outros as tarefas de suporte enquanto que, em um consultório odontológico o Cirurgião-Dentista é quem cuida da boca de seus clientes, administra as contas, é o técnico

que opera os equipamentos de apoio (aparelhos radiográficos, computadores, etc.), cuida do controle de estoque, é o chefe de pessoal e assim por diante, portanto, o consultório odontológico diferentemente de outras áreas, concentra uma gama enorme de atividades, sem que os Cirurgiões-Dentistas tenham evoluído no sentido de profissionalizá-las.

Hoje o aumento da burocratização na montagem de um consultório odontológico, o crescente aumento de impostos que cercam o profissional e suas atividades, exigem que este seja extremamente eficiente e tenha uma alta produtividade e uma margem de lucro extremamente baixa.

(26)

26

Para superar esta situação, muitos clínicos gerais e mesmo especialistas, credenciam-se a Convênios Odontológicos, fazendo com que esta modalidade de atendimento seja cada vez mais difundida.

Isto de forma aleatória e sem análise criteriosa, o que nos realizamos neste trabalho é: identificar e conhecer as empresas de convênios que atuam na área odontológica e coletar seus contratos de prestação de serviços, suas normas de atendimento, suas tabelas de repasses para serviços odontológicos, entrevistar profissionais que atendam por estas empresas para saber sua opinião e nos credenciarmos ao maior número possível, para poder assim fazer uma avaliação de como é o moduns operand destas e identificar se realmente permitem ao profissional auferir ganho financeiro além de identificar procedimentos quer burocráticos, legais e éticos que possam ser prejudiciais a classe odontológica e aos Cirurgiões-Dentistas.

Pretendemos colaborar com a criação de um texto para a uma regulamentação por parte do Conselho Federal de Odontologia no sentido de moralizar este setor e dar mais segurança ao profissional que se credenciar, tanto no momento de receber seu honorários como também no momento de ver seus direitos, tais como liberdade de atuação, e diagoóstíco, respeitado por parte dos convênios, pretendemos ainda dar cirurgião dentista um guia que possa seguir para escolher empresas sérias e preocupadas em dar atendimento odontológico a seus segurados, permitindo ao Cirurgião-Dentista um ganho justo e honesto, e ainda aos

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já são credenciados a alguma empresa condições de reavaliar se isto é ou não interessante a nível de rendimento e se o contrato que tem firmado com tal empresa e legal e justo com as partes envolvidas, alertando-o caso assinado algo que possa no futuro compromete-lo e se transformar em fonte de despesa.

Acreditamos que, se o exposto aqui for seguido pelo profissional, este poderá atender através de convênio com tranqüilidade e segurança, mas se o seu contrato se caracteriza por contemplar segurança apenas para empresa, será melhor descredenciar-se e procurar outra forma de rendimento.

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2.2 -

PROPOSIÇÃO

Sugerimos a criação de dispositivos legais que limitem a atuação destas empresas, exigindo regras claras e justas a saber:

Pela Lei 9.656/98 as Entidades Prestadoras de Assistência Odontológica sob qualquer designação ao se registrarem no CRO devem antes apresentar alguns quesitos mínimos:

I o Apresentação de um CIRURGIÃO-DENTISTA RESPONSÁVEL-TÉCNICO,

que se responsabilize éticamente pelo desempenho da empresa;

2' A relação dos CIRURGIÕES-DENTISTAS responsáveis pelas AUDITORIAS; 3' Quando na razão social, no nome fantasia ou no objetivo social:

a) houver referência a especialidades, enviar a relação de especialistas; b) for atendimento hospitalar, enviar a relação de Buco-Maxilo-Faciais;

c) Fizer referência a odontologia pública, programas de ação coletiva ou de saúde pública, controle da saúde bucal ou prevenção, a relação dos especialistas em Saúde Coletiva;

d) Apresentar-se como empresas que atuem nas áreas de perícia, consultoria, auditoria, adininistradora de planos odontológicos, deverá enviar a relação de especialistas em Odontologia Legal.

(30)

4° A relação dos CIRURGIÕES-DENTISTAS credenciados e/ou contratados; 5° A Relação de clínicas, hospitais, serviços de radiologia, laboratórios de prótese que lhes preste serviço;

6' A tabela praticada para repasses; 7° Critérios de glosas;

8' O contrato firmado entre a empresa e os CIRURGIÕES-DENTISTAS; 9° Normas de atendimento;

10° Descrição pormenorizadas dos servtços de saúde próprios oferecidos e daqueles a serem prestados por terceiros;

11 o Elaborar seus prontuários Odontológicos baseados na orientação fornecida pelo

CFO, através do anteprojeto constituído pela portaria CFO 174/92.

Quanto a garantia aos direitos do paciente:

I o Ampla e total liberdade de escolha do profissional; do estabelecimento

hospitalar e dos demais serviços complementares ao seu atendimento; 2° Amplo e total direito ao seu prontuário, inclusive as radiografias;

Quanto a garantia aos direitos do Cirurgião-Dentista:

I o Ampla e total liberdade de aceitar ou recusar pacientes dentro dos limites éticos; 2° Liberdade de escolha dos meios de diagnósticos e terapêuticos cientificamente comprovados; não sendo obrigado a expor o cliente a radiação desnecessária;

(31)

3' Liberdade de escolha dos laboratórios de prótese,

4 o Ser pontualmente remunerado salvo por motivo de glosa ou falha ética;

5° Quando do credenciamento, direito a todos os profissionais de se candidatar, sem nenhum tipo de restrição ou discriminação;

Em relação às auditorias e aos auditores:

I o As empresas poderão realizar quantas AUDITORIAS sejam necessárias ao

efetivo controle e aferição dos trabalhos, sendo recomendável a inicial e a final. 2° Os AUDITORES deverão utilizar os critérios de avaliação de maneira uniforme e indistinta.

3° O AUDITOR limitar-se-á a observar, a adaptação e a restauração da forma, função e estética do elemento dentário, sem interferir no plano de tratamento indicado ou exigindo técnicas;

4' Excepcionalmente, os AUDITORES, na avaliação inicial do plano de tratamento apresentado, poderão sugerir ao CIRURGIÃO-DENTISTA, dentro dos princípios éticos, a indicação de alternativas discutíveis no caso;

5° Quando não for feita a avaliação inicial, na avaliação final, nada poderá ser questionado do CIRURGIÃO-DENTISTA quanto à técnica utilizada;

6' Cabe somente ao AUDITOR glosar serviços propostos ou executados quando não atenderem às restrições observadas pela avaliação inicial ou ao estabelecido como normas da empresa.

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(33)

2.3 - REVISTA DA LITERATURA

Ao fazermos uma revista da literatura, encontraremos ao longo da história, vários autores que já há muito, identificaram problemas que hoje se manifestam de forma muito clara a saber:

FEDERICO (1977), já falava em "socialização da

odontologia", prevenindo para que a classe ficasse atenta, no sentido de evitar que desaparecesse a figura do "dentista de família", e o mais importante, deixava claro a necessidade de nos mobilizarmos para elaborar uma ou mais "tabelas" de

honorários odontológicos pois caso não o fizéssemos, pessoas estranhas a classe o

fariam, e deu a idéia quando confeccionou tabelas baseadas em categorias profissionais para assim atender a todos os níveis de classe odontológica, remunerar a contento tanto o profissional simples de periferia, como aquele que atende a elite em bairros nobres.

CLÍNICA DE GRUPO JÁ NÃO SE FAZ MAIS

ODONTOLOGIA COMO ANTIGAMENTE ... (1978), este artigo publicado

pela revista "Odontólogo Moderno" mostra que, naquela época já existia a preocupação com a mudança no tipo de atendimento, alertava para as mudanças conjunturais da economia nacional e mundial e da necessidade que o profissional

(34)

34

de odontologia deveria ter em conhecer e se adaptar a esta nova realidade, embora fosse um artigo não assinado, fica evidente que o autor fez a apoteose da odontologia de grupo e mostrou como um dos únicos caminho para a saída da crise que se avizinhava ao atendimento em massa.

GALANTE (1980), concluiu: A crise que a odontologia vem apresentando é crescente e preocupante e as causas básicas são as seguintes: Crise financeira mundial com repercussão em nosso país, crise financeira intema(brasileira), aumento nos custos de: formação do profissional, montagem e

manutenção do consultório, materiais de consumo, impostos e encargos,

burocracia, aumento do número de cursos e Faculdades de Odontologia, aumento relativo ao número de profissionais, em relação a população má distribuição dos profissionais e de renda, "Mentalização de Especialização", falta de políticas que visem a prevenção e saúde bucal da população, profissionais que se submetem a receber valores ínfimos, em troca de atendimento a pacientes encaminhados por convênios.

SIMONETTI (1980), disse: "Está muito evidente agora, que nestes últimos trinta anos, forças pouco claras para os entusiastas do crescimento econômico, trabalharam solapando o sistema mundial estabelecido. A crise do petróleo e a conseqüente alta de todos os preços, serviram para trazer a tona a imensa gama de problemas acumulados."

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O mesmo autor apontou também, como motivo para a crise do mercado em odontologia; "O aumento progressivo e continuado dos custos de materiais odontológicos, a burocracia para a montagem e manutenção do consultório e principalmente a excessiva "mentalidade de especialização"

Este autor buscou ainda as raízes da crise do mercado de odontologia no Brasil em outras áreas, concluindo que o que ocorre com o Cirurgião-Dentista é apenas conseqüência das mudanças econômicas achando compreensível que aqueles que falam por estribilhos, acabem acreditando no que dizem, num processo de auto-hipnose. A capacidade humana de acreditar naquilo que lhe convém é ilimitada. Os que passam adiante os "slogans" e as palavras de ordem, conhecem os poderes miraculosos de repetição sistemática e paciente. Ao

fim de algum tempo, todos são contaminados, os 11

modismos" consistem nisso,

precisamente.

A "mentalidade de especialização" só pode ser

considerada como um "modismo" supérfluo, quando se leva a sério a situação

sócio-econômica do país. Infelizmente, esta mentalidade, que vem passando como um rolo compressor sobre nós nos últimos tempos, tornou as opiniões muito parecidas umas com as outras. Repetem-se frases feitas há algum tempo e nossas análises e interpretações andam em círculos. Nesta situação, olhar os fatos de

maneira nova, é extremamente difíci~ pois já existe uma opinião pronta a seu

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mudar a aparência das coisas, porque altera a realidade em suas próprias origens. Seu poder, entretanto, não é tão grande a ponto de alterar a própria realidade.

A conversão diante de argumentos é um sonho de humildade intelectual que tem sido preservado como modelo, mas que todos admitem ser uma utopia. Ainda assim, a luta contra este tipo de mentalidade deve se tomar uma batalha constante e conduzida pela força de vontade a serviço da inteligência. Neste sentido, levando sempre em conta os aspectos sociais e humanos dos problemas, será totalmente válida qualquer decisão que escolha as prioridades e aplique corretamente os recursos.

De nada mais adianta tentar justificar a "mentalidade de especialização" por mirabolantes aventuras tecnológicas ou pela complicação da linguagem científica específica. A eficiência nunca se deixou enganar por truques, o bem-estar independe de tecnologias, é compatível com qualquer estágio científico.

Concluiu ainda que se o profissional não estiver atento às novas tendências tecnológicas, fatalmente será atropelado pelo seu tempo, sendo

substituído por outro melhor informado e preparado.

MARTINS (1981), em seu livro "Perspectivas da

Relação Médico Paciente" afirma: "O atendimento de massa como é exercido no

Brasil, nos faz experimentar uma sensação de mentira, que nos angustia.", denunciando assim que se a remuneração não é real, faz com que o profissional se

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sinta desvalorizado, automaticamente a qualidade do serviço e do atendimento cai, e deixando à desejar em relação ao ideal.

TODESCAN (1981), coordenou uma pesquisa que revela

uma profunda crise, com uma completa mudança de padrões do profissional e seu perfil trabalhista. Concluiu que o Cirurgião-Dentista típico, é um clinico geral que vive basicamente, da dentistica, prótese e endodontia e a grande maioria dos profissionais preferem "o porto seguro" de um emprego aiuda que em outra atividade, mesmo que distinta da odontologia. ( 40 % do Cirurgiões Dentistass pesquisados tinbam algum vínculo empregatício).

Constatou ainda que em virtude do aumento exponencial de profissionais do sexo feminino, a odontologia passou a representar a segunda fonte de renda da família brasileira, que "As mulheres demonstram uma forte tendência a se empregarem: metade tem algum vínculo empregatício e 21% não tem qualquer atuação liberal."

O ganbo médio da época era de US 1.000 (um mil dólares) por mês, o que já era muito abaixo da média representada por outras categorias profissionais de nível superior.

Observou também, com muito pesar (segundo o próprio autor), que a odontologia é retratada de forma muito estereotipada e desabonadora

(38)

GÓMEZ (1981), mostra que o problema da odontologia de grupo não é exclusividade brasileira, através de um artigo intitulado "El proplema de salud bucal en Colombia" e neste país a realidade é muito próxima da

nossa.

HAUVA (1982), em seu arrtigo: "Visión actual de la

salud bucal en Chile." Mostra que embora o enfoque da odontologia de grupo, seja um pouco diferente da nossa, pois ao invés de ser administrada pela iniciativa privada era pelo governo, os resultados eram bastante similares, ou SeJa, a qualidade deixava a desejar em relação ao atendimento particular.

V ACARIUC (1983), mostrou em um trabalho (premiado

inclusive) a enorme má distribuição de Cirurgiões-Dentistas no Território Nacional, falta de formação do profissional na fase acadêmica para a realidade que irá

enfrentar depois de formado, excesso de especialistas, crise econômica governamental, dentre outras.

P A GOLA (1983), relatou em sua publicação "Condición

de la salud bucal en el Uruguay'' que com a introdução da odontologia de grupo em seu país, a média de remuneração salarial dos Cirurgiões-Dentistas baixou, bem como começaram a surgir urna série de problemas e reclamações sobre relacionamento profissional-paciente, inexistentes anteriormente.

BERNARA (1986), através de um artigo, denuncia

(39)

39

aspectos somos discriminados, enquanto a lei favorece outras categorias

profissionais, usa pesos e medidas diferentes para nós, e isto por falta de representatividade política de nossa classe.

O autor estabeleceu dois aspectos jurídicos de interesse da classe odontológica: um atinente ao campo trabalhista, onde é conferida estabilidade aos que trabalham como Cirurgiões-Dentistas e outro na área cível, onde se evidencia a exiguidade do prazo prescricional, quanto ao recebimento de seus honorários, e que tem acarretado transtornos e aborrecimentos aos que militam na profissão. Quanto ao primeiro aspecto jurídico, mostra o dispositivo legal, já para o segundo, sugere que Associações de Classe, Sindicatos, bem como Conselhos Regionais e Federais de Odontologia, se mobilizem, através dos meios competentes, a fim de que seja dilatado tal prazo fatal, como ocorreu com a classe dos advogados, estabelecendo-se por justiça, o principio da equidade e isonomia.

BELARDINELLI (1986), afirmava que a clínica

particular proporcionava cerca de 70% do atendimento odontológico, enquanto que 30% dos atendimentos eram feitos através de convênios.

BELARDINELLI (1987), Alertava para o fato de que o

sistema de convênios estava bastante difundido na época e a tendência cremos, era o crescimento. Sendo uma prática interessante para as instituições (empresas, fábricas, etc.) já que ofereciam um atrativo a mais aos seus empregados, aumentando indiretamente seus salários.

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40

Este sistema deveria ser, da mesma forma, atraente para quem prestava os serviços, não era, entretanto, o que ocorria. Os convênios traziam vícios já desde o nascedouro. Eram contratos "prontos", oferecidos aos Cirurgiões-Dentistas, cabendo apenas aceitá-los ou não. Não era, portanto, oriundos de entendimento entre as partes - verdadeiros contratos de trabalho, e defendiam, invariavelmente os interesses das instituições e não dos profissionais. A estes cabia administrar o caos, a começar pelos baixos salários, continuando com regras ditadas exclusivamente pelos "patrões", que, todavia, não assumiam, na forma da lei, esta obrigação social.

Admitindo que os convênios representavam um aumento na demanda dos nossos serviços, nas clínicas particulares, considerando que no estágio atual, as distorções eram muito grandes.

Com a convicção de que este problema devesse ser enfrentado e melhor solucionado, o autor sugeriu um modelo de convênio, fundamentado num anteprojeto elaborado por uma comissão de cinco Cirurgiões-Dentistas que, devidamente nomeados, representavam as entidades de classe do Rio Grande do Sul, da Associação Brasileira de Odontologia, do Conselho Regional de Odontologia do Rio Grande do Sul, do Sindicato dos Odontologistas do Rio Grande do Sul e da Sociedade dos Odontológos da Zona Norte.

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E ass1m desenvolveu-se um grande trabalho que se implantado seria de grande interesse para nossa classe, mas infelizmente só ficou no papeL

O mesmo autor ainda em outro artigo elenca as dificuldades da época na clínica particular: Má distribuição dos profissionais, Organização e administração geral do consultório, Sistema de cobrança de honorários deficiente, Custos de exercício profissional, Dificuldades financeiras conjunturais dos clientes, Diminuição dos horários dedicados à clínica particular, Cirurgião-Dentista exclusivamente técnico ou economista, Aprimoramento e

atualização negligenciados, pouca divulgação.

Em 1998 o CONSELHO FEDERAL DE

ODONTOLOGIA (CFO), vendo a proliferação de planos de atendimento

odontológico, introduziu no Código de Ética Odontológica aprovado pela resolução CF0-151 de 16 de julho de 1983, o Capítulo X, em que trata "Das Entidades Prestadoras de Assistência Odontológica" onde tenta normatizar e moralizar o atendimento odontológico através de convênios.

Com a crescente ausência de clientela particular dos consultórios, o profissional premido pelas contas a pagar, e despesas sempre maiores, viu-se obrigado cada vez mms a admitir em sua clínica, clientes encaminhados por convênios e simplesmente aceitar a remuneração e condições

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por estes oferecidas, sem avaliar o quanto isto poderia ser prejudicial a longo prazo para si e sua classe.

Como o número de profissionais que procuram as empresas de convênios se oferecendo para se credenciarem aumentou

exponencialmente, essas passaram a fazer mais exigências, pagarem menos e em

prazos mais longos, e a classe, foi se adaptando a nova situação e cedendo mais, e ainda agradecendo o "encaminhamento" de clientes.

Segundo o SINOG, atualmente este atendimento, já está em 50%. Para muitos colegas restou credenciar-se junto a estas, em busca de maior ganho profissional financeiro, portanto, hoje, o convênio representa grande aumento na demanda dos serviços odontológicos nas clínicas particulares.

BELARDINELLI (1999), em um estudo sobre o

mercado odontológico no Brasil faz uma análise, mostrando que atualmente a Odontologia é predominantemente liberal no Brasil, baseando-se no exercício individual em consultório privado, com remuneração direta por parte do paciente e/ou convênios. Estes provêm, em sua grande maioria, das camadas econômicas média, média/alta e alta.

O sistema de seguro social possui recursos próprios, mas a mawr parte deles são aplicados através da compra do trabalho clínico, desenvolvido em consultórios particulares, além de repassar os valores para instituições públicas e privadas em geral.

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43

O setor público, embora se responsabilize por cerca de 41% do total de gastos em saúde bucal no país, está dividido em um grande

número de instituições federais, estaduais, municipais e para oficiais, não

coordenadas entre si, o que, infelizmente, lhes retira forças.

A partir de 1989, o país passou a contar com a Divisão Nacional de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, como organismo central de coordenação do setor. Com isso, foi aprovada a Política Nacional de Saúde Bucal (Brasil, 1989) baseada em cinco grandes princípios: Universalização do atendimento, participação da comunidade, descentralização, hierarquização das ações e integração institucional.

A transferência de serviços públicos para os particulares tem produzido resultados sofríveis no Brasil. São basicamente curativos, não seguem prioridades, inexiste um programa de cobertura populacional e, muitas vezes, os custos são aumentados pela interferência de um terceiro elemento - que paga a conta do paciente ao profissional. Adicionalmente, tem sido constatado um significativo volume de fraudes, além de desvios ético-profissionais devido ao condicionamento da ação clínica à forma de remuneração.

Quando da análise das causas da diminuição de clientes no consultório particular, mostra como causas dentre outras, a má distribuição dos profissionais, as dificuldades financeiras conjunturais dos convênios e ainda os planos empresariais de saúde.

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Sobre os convênios o autor nos diz que: Na área de Odontologia, os convênios e os credenciamentos atuam como agentes reguladores das relações entre profissionais e pacientes. São elementos que se introduziram nesta interação e, por esse motivo, desde o seu nascedouro, estabelecem a defesa de interesses de um terceiro elemento estranho aos verdadeiros participantes. Os convênios são contratos prontos, oferecidos aos Cirurgiões-Dentistas e pacientes, em que lhes cabe apenas aceitá-los ou não. Não são oriundos de entendimento entre as partes e constituem-se de fato, mas não de direito, em verdadeiros contratos de trabalho, onde se salvaguardam os interesses da instituição oferecedora do convênio, em detrimento da relação profissional-paciente.

É indispensável afirmar que os convênios estão retirando,

pouco a pouco, a autonomia que os odontólogos têm de exercer sua profissão

liberalmente. Cada empresa que oferece assistência odontológica aos seus funcionários, faz-lhes um beneficio, mas, na verdade, ele é concedido às custas do serviço profissional mal remunerado dos prestadores. Muitos Cirurgiões-Dentistas submetem-se por falta de alternativas. Além disso, o "clima" de atendimento não é o melhor, pois o profissional mal pago não apresenta uma resposta satisfatória.

É de justiça dizer-se que os posicionamentos da classe sobre um assunto tão importante, de um modo geral, têm sido nulos, tímidos, ou muito pouco reinvidicantes. Falta lutar por remuneração compatível com o valor do trabalho profissional odontológico.

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É, no mínimo ridículo, constatar o quanto as empresas

ncas pagam a profissionais credenciados/conveniados. Os colegas que

confeccionam ou orientam as ditas empresas, na elaboração de tabelas de honorários, deveriam ter consciência do que fazem e assumir uma posição ma1s

consentânia com o seu próprio valor.

É dispensável argumentar, por sabido que é, os custos que

os Cirurgiões-Dentistas têm, para se tomar profissionais de curso superior e continuar no dia a dia. Basta entrar numa Casa Dentál e num Laboratório de Prótese e fazer um levantamento para confrrmar a inadequação entre realidade dos custos, com a remuneração que os convênios/credenciamentos oferecem. Pode-se

exemplificar até com discrepâncias e incongruências que confirmam estas

afirmações, pois há situações em que a remuneração recebida pelo profissional é menor do que o valor a ser pago ao protético por detenninado trabalho, ou seja: se o Cinrrgião-Dentista se dispuser a executá-lo, terá e, pagar do seu bolso.

Sobre os planos empresariais o autor nos relata que trata-se de um beneficio, hoje largamente concedido pelas empresas a trata-seus empregados, em diversos níveis, que podem incluir atendimento médico e odontológico, também em variados níveis, podendo ser extensíveis a seus dependentes.

A prática da Medicina e Odontologia em grande escala, geridas pela iniciativa privada, reduziu os custos a patamares interessantes para as empresas, tendo em vista a relação custo/beneficio. A concessão deste ganbo ao

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trabalhador, adquiriu grande importância nas relações de trabalho, tanto assim que, muitas vezes, é o fator determinante do ingresso ou permanência do trabalhador na empresa concedente. Várias são as razões desta importãncia.; I. As precárias condições de atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), não só quanto à

qualidade, mas, também, quanto ao tempo e esforço despendidos na busca de atendimento. 2. Inexistem quaisquer incentivos diretos, de ordem tributária, para as

empresas que adotam esta concessão. Porém, as parcelas mensais pagas pelo

empregador por contratações de planos de saúde para seus fimcionários não se incorporam ao seu salário para qualquer efeito, quanto à Legislação do Trabalho. Assim sendo, o plano de saúde adquire a clara conotação de salário indireto, sem todavia, o ônus de indenizações, décimo-terceiro salário, férias, etc., o que ajuda a torná-lo atrativo. 3. O pagamento de plano de saúde pela empresa, pelo fato de poder ser lançado em conta de despesas, diminuirá consequentemente, o lucro a ser declarado, o que por sua vez, permitirá a vantagem de pagar um Imposto de Renda menor. Por isso, se trata de um beneficio indireto às empresas.

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2.4 - MATERIAIS E MÉTODOS

Desde 1990, estamos coletando tabelas de honorários odontológicos, contratos de prestação de serviços, lista de profissionais credenciados e manuais de orientação para prestação de serviços odontológicos de convênios, de autogestoras, de cooperativas odontológicas, de seguradoras, etc.

Este material foi obtido a partir da colaboração de colegas que nos forneceram cópia da documentação que possuíam, de material fornecido pelo SINDICATO NACIONAL DAS EMPRESAS DE ODONTOLOGIA DE

GRUPO (SINOG) de processos e reclamações recebidas pelo CROSP, quando de

nossa permanência neste entidade, como presidente da Comissão Nacional de Convênios e Credenciamentos, quando de nossa permanência representando o

CFO junto ao Ministério da Saúde e ainda, de material que nos foi encaminhado pelas próprias empresas para credenciamento.

Isto nos permitiu contactar cerca de 500 empresas das quais selecionamos as 250 mais representativas (ANEXO I), destas planilhamos 120 Tabelas de Honorários Odontológicos para comparação (ANEXO 2) e analisamos 40 Contratos (ANEXO 3).

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Credenciamo-nos a 23 Empresas (ANEXO 4), para conhecer sua estrutura interna e atendermos seus segurados, o que nos permitiu sentir a realidade enfrentada pelos credenciados a estas.

De posse deste material, selecionamos e analisamos as ma1s representativas, aquelas que possuem um grande número de Cirurgiões-Dentistas credenciados e de beneficiários, observamos a relação destas com os profissionais, seus contratos, suas normas e principalmente sua tabela de honorários odontológicos, para saber, quais remuneram melhor, seus credenciados.

No que se refere ao cálculo de remuneração profissional, o que vamos fazer, é o oposto do que fizemos em nossa tese de mestrado GREC, 1997, naquela partimos de custos e chegamos ao valor de cada serviço, agora

partiremos dos valores pré-determinados de atos operatórios e chegaremos ao salário profissional.

Usaremos algumas siglas e denominações criadas por

FEDERICO, 1964 e definiremos novas, após as definições faremos casos

simulados:

O que uma tabela pré estabelecida, deve conter ?

Quais os ítens que devem entrar em sua confecção ? Que realidade deve ser obedecida ?

Para que "uso e costrune do local" foi idealizado ? E quanto aos termos técnicos?

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Obedecem critérios para enunciar os serviços odontológicos

?

A mesma pode, atender nm leque enorme de profissionais?

É válida desde grandes centros, até pequenas cidades interioranas?

Aufere ganho ao Cirurgião-Dentista com consultório bem equipado? Sobreviverá, intacta as intempéries da nossa economia?

Enfim, atende a cada profissional em particular?

Para responder a estas perguntas, usaremos um método que nos dirá como interpretá-las.

Este estudo visa facilitar ao Cirurgião-Dentista que receba uma proposta, verificar se a tabela oferecida é aplicável a sua realidade, e em caso de aceitá-la, ter argumentos reais, científicos, precisos sobre a sua classificação profissional e financeira, para poder negociar e argumentar com seu contratante.

Sistema de Cálculos do Salário Profissional do Cirurgião-Dentista

Imaginemos, um profissional convidado por um convênio, para que este atenda seus beneficiários, a primeira pergunta que lhe vem a mente é:

Será vantajoso atender por este convênio?

Para responder esta pergunta, ele deve observar quanto receberá para cada ato operatório, e assim, determinar o Salário Profissional SP que receberá.

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O ponto de partida para os cálculos é a tabela com os valores pagos pelo convênio, valor este que chamaremos de Valor de Tabela VT.

O Valor de Tabela VT vem pronto, é Tabela de Preços. Quando fornecida em reais, basta aplicá-la diretamente, quando fornecida em índice, há a necessidade de transformá-la em reais para poder continuar o

raciocínio.

V amos usar os valores fornecidos pela tabela (CNCC) de 1998 (TABELA 1).

TABELA 1

Tabela da CNCC

Atos Operatórios ... Valor de Tabela

Consulta 31,20 Radiografia 6,00 Restauração em AG CIB Trat. de 1 conduto Prótese Total Exodontia Simples 28,08 90,48 612,00 42.96

Alguns Convênios descontam, a título de comissão, despesas administrativas ou outras denominações, taxas sobre o Valor de Tabela VT. portanto, devemos descontá-la

Imaginando que o convênio desconte 1 O % de Comissão, teremos(T ABELA 2).

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TABELA2

Tabela de comissão

Atos Operatórios Comissão

-····-···--··· -·-···-··· ---··· Consulta Radiografia Restauração em AG Trat. de 1 conduto Prótese Total Exodontia Simples 3,12 0,60 2,80 9,04 61,20 4,29

Não podemos esquecer o Imposto de Renda. Alguns convênios quando pagam ao profissional, deduzem o Imposto de Renda IR, quando isto não ocorre, deve de qualquer forma ser feito pelo próprio profissionaL Para efeito de cálculo, imaginemos que seja descontado 10% (TABELA 3).

TABELA3

Tabela de Imposto de Renda

Atos Operatórios Consulta Radiografia Restauração em AG ClB Trat. de I conduto Prótese Total Exodontia Simples Imposto de renda 3,12 0,60 2,80 9,04 61,20 4,29

De posse dos Valores de Tabela VT, da Comissão C e do Imposto de Renda IR, pode-se determinar o que realmente foi pago.

Temos como Valor Pago VP aquele que o profissional realmente recebe ou seja: o Valor de Tabela menos Imposto de Renda e a Comissão. VP = VT- ( 10% do VT) - (10% do VT)

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Ou simplesmente: VP = VT- IR- C A tabela ficará da seguinte forma (TABELA 4 ).

TABELA4

Tabela do valor real de trabalho

Atos Operatórios VT IR

c

VRT Consulta 31,20 3,12 3,12 24,96 Radiografia 6,00 0,60 0,60 4,80 Rest. em AG ClB 28,08 2,81 2,81 22A6 Trat. de l conduto 90,48 9,05 9,05 72,38 Prótese Total 612,00 61,20 61,20 489.60 Exodontia Simples 42,96 4.30 4,30 34.36

Vamos definir o Custo Laboratorial CL, calcular o Custo Laboratorial Corrigido CLC, anotar os Custos com Artigos Dentários CAD e determinar os Tempos T.

Criar uma tabela com os respectivos tempos gastos na execução de cada serviço. do Custos Dentais e Laboratoriais .

Vamos usar para os cálculos os valores da tabela a seguir (TABELAS)

TABELAS

Tabela de tempos e custos

Atos Operatórios T CAD CLC

Consulta 0,25 1,00 0,00 Radiografia 0,10 1,00 0,00 Rest. em AG ClB 0,50 4,00 0,00 Trat. de 1 conduto 1,50 10,00 0,00 Prótese Total 2,00 6,00 60,00 Exodontia Simples 0,50 5,00 0,00

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Determinar o Custo Fixo do Consultório CFC e as Horas Trabalhadas Mês HTM.

Neste exemplo; Custo Fixo igual a R$ 1.000,00 Reais, corrigindo-o ficará: CFC = 1.090,00

Determinar a jornada de trabalho como 160 horas mensais. Assim HTM = 160 Horas.

Definir a Securidade Social SS, a Securidade Social Complementar SSC, o Investimento Pessoal IP e Responsabilidade Profissional RP. Ao conjunto destes valores vamos chamar de: Salário Profissional Social SPS. Neste caso vamos determinar para a somátoria destes ítens o valor de R$ 1.110,00

Teremos então como incógnita o SP = X Sabemos que : VRT = VHI x T

+

CAD

+

CLC. Podemos começar a decompor a fórmula,

VRT = { CFC + SPD IHTM} X T+ CAD + CLC VRT= { CFC + ( SPC+ SPS) IHTM} x T+ CAD + CLC VRT = { (CFC + SPC + SPS ) I HTM } x T + CAD + CLC { ( CFC + SPD+ SPS ) IHTM} x T + CAD + CLC=VRT { ( CFC + SPD + SPS ) I HTM } x T = VRT • CAD - CLC { ( CFC + SPD + SPS) I HTM} = ( VRT - CAD - CLC) I T CFC + SPD + SPS =( (VRT • CAD - CLC )IT ) X HTM

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55

SPD ~ (VRT- CAD - CLC IT )X HTM- CFC- SPS

SP ~ { ( VRT - CAD - CLC I T ) X HTM- CFC - SPS} I 1.3

SP ~ { ( VRT- CAD- CLC I T ) X HTM- CFC - SPS} I L3

De posse desta fórmula:

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Para a realização de Consultas: TABELA6 Atos VT IR C VRT T CAO CLC Consulta 31,20 3,12 3,12 24,96 0,25 1,00 0,00 SP ~ [ { (VRT -CAD- CLC IT) x HTM}- CFC- SPS} 11.3 SP ~ { [ 24,96 -1,00- 0,00 I 0,25 x 1601-1.090,00-L110,00}11.3 SP ~ { [ ( 23,961 0,25) x 1601- 1.090,00-1.110,00} 11.3 SP ~ { [ ( 95,84) x 160 1- 1.090,00 -1.110,00} 11.3 SP ~ { 15,334,40- 2.200,00 } 11.3 SP ~ !3.134,40 11.3 SP~ I 0.103,38

Isto significa que se este profissional passar o mês realizando apenas consultas e obedecer os valores e tempos aqui determinados, terá ao final de um mês. um

Salário Profissional SP de: R$ 10.103,38

Para a realização de Radiografias: TABELA 7 Atos VT IR C VRT T CAO CLC Radiografia 6,00 0,60 0,60 4,80 0,10 1,00 0,00 SP ~ [ { ( VRT -CAD- CLC I T) x HTM} - CFC- SPS} 11.3 SP ~ { [ 4,80-1,00-0,00 I 0,1 x 1601-1.090,00-1.110,00}11.3 SP ~ { [ ( 3,801 0,1) X 1601-1.090,00-1.110,00} 11.3 SP ~ { [ ( 38,00) x 160 I-1.090,00 -1.110,00} 11.3 SP ~ { 18.743,96- 2.200,00 } 11.3 SP ~ 13.134,40 11.3 s~ IO.I03,84

Isto significa que se este profissional passar o mês realizando apenas radiografias obedecendo os valores e tempos aqui determinados, terá ao final de um mês:

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57

Para a realização de Restaurações: TABELA8 Atos VT IR C VRT T CAD CLC AG CJB 28,08 2,81 2,81 22,46 0,50 4,00 0,00 SP ~ [ { (VRT-CAD- CLC IT) xHTM}- CFC- SPS} 11.3 SP ~ { [ 22,46 -4,00- 0,00 I 0,5 x 160]-1.090,00-1.110,00}1 1.3 SP ~ {I ( 18,461 0,5) X 160 I -1.090,00 -l.llO,OO} I 1.3 SP ~ {I ( 36,92) X 160 ]- 1.090,00 -l.llO,OO} I 1.3 SP ~ { 5.907,20- 2.200,00 } I 1.3 SP ~ 3.707,20 I 1.3 SP~ 2.851,69

Isto significa que se este profissional passar o mês realizando apenas restaurações obedecendo os valores e tempos aqui determinados, terá ao final de um mês: um Salário Profissional SP de: R$ 2.851,69

Para a realização de Endodontia: TABELA9 Atos VT IR C VRT T CAD CL€ 1 conduto 90,48 9,05 9,05 72,38 1,50 10,00 0,00 SP ~ [ { (VRT-CAD- CLC IT) x HTM}- CFC- SPS} I 1.3 SP ~ { [ 72,38 -10,00- o,oo I 1,5 X 160]-1.090,00-l.llO,OO}I 1.3 SP ~ { [ ( 62,381 1,5) x 160 ]-1.090,00 -1.110,00) I 1.3 SP ~ { [ ( 41,58) x 160 ]- 1.090,00 -1.110,00} I 1.3 SP ~ { 6.653,86- 2.200,00 } I 1.3 SP ~ 4.453,86 I 1.3 SP~ 3.426,05

Isto significa que se este profissional passar o mês realizando apenas endodontias obedecendo os valores e tempos aqui determinados, terá ao final de um mês: um Salário Profissional SP de: R$ 3.426,05

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Para a realização de Próteses Totais: TABELA 10 Atas VT IR C VRT T CAD CLC Prótese total 612,00 61,20 61,20 489,60 2,00 6,00 60,00 SP ~ [ { ( VRT-CAD- CLC /T) x HTM}- CFC- SPS} 11.3 SP ~ { [ 489,6 -6,00- 66,00 12 x 1601-1.090,00-1.110,00}11.3 SP ~ { [ ( 423,612) x 160 1- 1.090,00-1.110,00} 11.3 SP ~ { [ ( 211,80) x 160 1 - 1.090,00- 1.110,00) 11.3 SP ~ { 33.888,00- 2.200,00 } 11.3 SP ~ 31.688,00 11.3 SP~ 24.375,38

Isto significa que se este profissional passar o mês realizando apenas próteses totais obedecendo os valores e tempos aqui determinados, terá ao final de um mês: um Salário Profissional SP de: R$ 24.375,38

Para a realização de Extrações: TABELA 11 Atos VT IR C VRT T CAD CLC Exodontia 42,96 4,30 4,30 34,36 0,50 5,00 0,00 SP ~ [ { ( VRT -CAD- CLC I T) x HTM} - CFC - SPS} 11.3 SP ~ { [ 34,36-5,00-0,00 I 0,5 X 1601-1.090,00-1.110,00}11.3 SP ~ { [ ( 29,361 0,5) x 160 1- 1.090,00-1.110,00} 11.3 SP ~ { [ ( 58, 72) x 160 1 - 1.090,00- 1.110,00) 11.3 SP ~ { 9,395,20- 2.200,00 } 11.3 SP ~ 7.195,2011.3 SP~ 5.534,76

Isto significa que se este profissional passar o mês realizando apenas extrações obedecendo os valores e tempos aqui determinados, terá ao final de um mês· um

Salário Profissional SP de: R$ 5.534,76

(~~-··-"

'

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2.5 - RESULTADOS

Após a coleta, a tabulação, o processamento, a leitura e a análise de quarenta contratos de prestação de serviços firmada entre Empresas Intermediadoras de Atendimento Odontológico ( ou seja: Convênios, Auto gestoras, Seguradoras, etc.) e Cirurgiões-Dentistas, de quarenta guias para normas de atendimento odontológico, cento e vinte tabelas de repasses odontológicos, trinta processos abertos por Cirurgiões-Dentistas contra empresas de convênios no CROSP e nossa experiência em atender vinte e três convênios, constatamos que o

modus operand de muitas destas empresas são lesivos aos interesses da

odontologia, do segurado e do próprio Cirurgião-Dentista credenciado, assim passaremos a relatar as irregularidades, ilegalidades e imoralidades mais comuns, e aquelas o profissional que realmente queira credenciar-se, deva ficar atento.

I. Critérios inadequados para credenciamento de Cirurgiões-Dentistas:

1.1 Discriminação,

1.2 Exigência de taxa de credenciamento,

1.3 Obtenção de dados confidenciais e pessoais do Cirurgião-Dentista, 1.4. Incoerência quanto a exigências legais,

(61)

1.5 Transformação de Cirurgião-Dentista em vendedor de plano odontológico. 2.- Aspectos Contratuais:

2.1.- Falta de qualificação da empresa, 2.2- Prazo de repasse longo ou indefinido, 2.3- Cobrança de multas,

2.4- Garantia de qualidade dos serviços executados, 2.5- Limitação até ao atendimento de serviços essenciais. 3.- Cobrança comissão,

4.- Ingerência indevida em assuntos odontológicos, 5.- Exigência da realização de serviços gratuitos,

6.- Pagamentos menores que a tabela de repasses, servrços realizados e não recebidos,

7.- Termos da tabela errados, inexistentes ou ainda de dificil compreensão, 8.- Diferença do valor de repasses sem critérios ou explicação,

9.- Perícias inadequadas e usadas de forma indevida,

10.- Discrepãncia de tabelas de repasse, extremamente aleatórios e sem critérios.

(62)

62

1- Critérios inadequados para credenciamento de Cirurgiões-Dentistas.

Nossa análise demonstrou que, embora a grande maioria das empresas preconizem se basear em análise curricular e na distribuição geográfica para selecionar os profissionais a serem credenciados, o que muitas fazem na realidade é o uso de indicação ou apresentação como o ítem determinante

ao credenciamento do profissional.

No entanto, algumas empresas utilizam-se de critérios

pouco ortodoxos ou mesmo ilícitos para realizar a escolha dos candidatos que se inscrevem para atender seus segurados, assim o Cirurgião-Dentista que quiser se credenciar a uma empresa, primeiramente deve estar atento a seleção por esta

praticada.

1.1- Discriminação.

Encontramos empresas (ZA5) que utilizam critérios como dar prioridade à determinadas raças, temos um exemplo em São Paulo, de uma empresa que pelo fato de ser constituída por profissionais de origem estrangeira têm preferência aos descendentes de pessoas oriundas de sua terra natal para credenciar e isto pode ser facilmente observado, analisando seu livro de

(63)

Cirurgiões-Dentistas referenciados, pms neste, nota-se 92% dos nomes pertencentes a uma mesma origem racial.

Algumas como a (YF4) entendem que profissionais egressos de determinadas universidades, são mais capacitados que outros e assim basta ser formado por esta universidade para obter o credenciamento, nesta empresa pesquisando a ongem universitária dos Cirurgiões-Dentistas referenciados constata-se que 91% são oriundos de uma mesma escola.

Temos a (ZB6), que leva em conta a religião do proponente, se esta for igual ao selecionador, é credenciado, caso tenha outro credo

não o será.

E temos até uma (XA3) que somente contrata profissionais do sexo feminino, em seu livro de referenciados, encontramos 97,5% de nomes femininos.

Alertarmos assim, aos colegas que querram

credenciamentos, ficarem atentos a lista de profissionais referenciados pelas empresas, quanto mais democrática e variada for, mais justo será a forma de seleção ao credenciar profissionais, fujam das que discriminam, pois mesmo que consiga se credenciar, com certeza terá outros tipos de problemas, como veremos nos próximos ítens.

Existem ainda, aquelas que contratam apenas especialistas, como se o clínico geral não tivesse nenhum valor ou fosse

(64)

incapacitado para o atendimento de seus associados, transcrevemos aqui o artigo 8° do contrato da empresa (AE5).

"Caso não seja especialista em nada favor desconsiderar

esta carta, para manter o alto padrão de atendimento aos nossos usuários, somente

profissionais com título de especialização reconhecido pelo conselho, podem se

filiar ao nosso plano.

PS. No futuro caso venha a obter algum título, contate-nos novamente. "

1.2- Exigência de taxa para realizar o credenciamento do profissional.

Tem sido cada vez mais constante o aparecimento de empresas que cobram taxa para que o profissional possa ter o direito de se credenciar e atender pelo convênio, taxas estas que variam de R$ 30,00 (trinta reais) para o credenciamento junto as empresas (AB2), (ZC7) e (UAl), (ZD8) até ;I· R$ 1.200,00 (um mil e duzentos reais) para a empresa (AC3). Além disto algumas

(AB2) cobram valores que variam de R$ 50,00 (cincoenta reais) à R$ 1.000,00 (um mil reais) para que o nome dos credenciados apareçam nas listas de referenciados. Vamos usar como exemplo a empresa (YF4), esta cobra R$ 30,00 (trinta reais) para o Cirurgião-Dentista associar-se, alegando que o mesmo passará a ser um

"sócio da empresa, pois poderá opinar sobre a fonna de atuação e valores a serem

(65)

de referenciados como clínico geral, deverá pagar mais R$ 30,00 (trinta reais). Caso quiser que seu nome e endereço apareçam em negrito e tipo maior de letra o valor é de R$ 60,00 (sessenta reais). Se possuir especialidades e quiser ver seu nome relacionado na lista referente a estas, deverá pagar mais R$ l 00,00 (cem reais) por especialidade, caso queira destaque pagará o dobro. Temos ainda as categorias "Clínica Odontológica" que paga R$ 200,00 (duzentos reais) e Clínica 24 horas que paga R$ 500,00 (quinhentos reais).

Existe a possibilidade ainda, segundo a empresa, de se comprar uma página do livro de referência para publicidade odontológica com preço à combinar.

1.3-Obtenção de dados confidenciais e pessoais do Cirurgião-Dentista.

Existem empresas (YBO), (XB4), (VB8), (UB2), (JFO) e (CD6), que para analisar o cadastro do candidato a credenciamento, exige o preenchimento de fichas cadastrais enormes, onde o Cirurgião-Dentista além de informar dados relativos a sua atividade profissional, aos equipamentos que possui em seu consultório, aos materiais que utiliza nos tratamentos, onde adquire seus instrumentais e materiais de consumo, é obrigado a declinar dados pessoais e familiares, tais como; renda do( a) cônjuge, tipo e número de eletrodoméstico que possui em casa, hábitos pessoais de consumo e lazer de si próprio e de seus

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familiares e agregados. Como se pode observar, estas empresas estão muito mais interessadas em montar um grande e fidedigno cadastro de Cirurgiões-Dentistas, do que credenciá-los.

Assim, pelo exposto acima, alertamos aos colegas que não se iludam com promessas de tais empresas e se recusem a prestar informações, que

nem de longe interessam para credenciamento de atendimento odontológico.

1.4. Incoerência quanto a exigências legais.

Algnmas empresas (BDO), (CF8), FB2), (ZE9), NCI), (UF6) e (VDO) dentre outras, não atendem as exigência legais, visto que o Texto da

lei 9.656 de 03.06.98 define em seu parágrafo I o do artigo I o que "Plano Privado

de Assistência a Saúde: prestação continuada de serviços ou cobertura de custos assistênczas a preço pré ou pós estabelecido, por prazo indeterminado, com finalidade de garantir, sem limite financeiro, assistência à saúde, pela faculdade de acesso e atendimento por profissionais ou serviço de saúde, livremente escolhidos, integrantes ou não de rede credenciada, contratada ou referenciada, visando a assistência médica, hospitalar e odontológica, a ser paga integralmente ou parcialmente às expensas da operadora contratada, mediante reembolso e

pagamento direto ao prestador. " , ou seja enquadra toda e qualquer empresa que

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obter a autorização de foncionamento, as operadoras de planos privados de

assistência à saúde devem satisfazer os seguintes requisitos, independente de

outros que venham a ser determinado pela ANS:

I - registro nos Conselhos Regionais de Medicina e Odontologia, conforme o caso, em cumprimento ao dispositivo no art. I da lei n 6.839, de 30 de outubro de 1989: " O que significa que devem ser registradas uo

Conselho Regional de Odontologia de sen estado, o fazem, mas para aparentar seriedade, idoneidade, fazem estas exigências ao profissional, querendo que este prove estar legalmente habilitado a exercer sua profissão e mais, que está quite com o CRO e demais órgãos, sendo este obrigado a apresentar fotocópias das anuidades pagas.

Assim, antes de pensar em credenciar-se a uma empresa o Cirurgião-Dentista deve verificar se esta sim, possui número de inscrição no CRO e naSUSEP.

1.5 Transformação de Cirurgião Dentista em vendedor de plano odontológico.

Outras como: (QB8), (CF8), (ND2), (NDI), (OB6) e (XC5) já na carta proposta de credenciamento, sugerem ao profissional ser um ótimo negócio ter uma grande rede de pacientes credenciados e assim se este ajudar na divulgação da empresa ou mesmo vender planos, ganhará muito mais, pois além

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da comissão por novos associados, ampliará sua clientela e assim auferirá um maior ganho, só que no contrato, vinculam o pagamento dos serviços prestados à obtenção de novos associados por parte do profissional, ou no mínimo oferecem mais vantagens àqueles que conseguirem efetuar as vendas e indiretamente punem aquele que apenas realiza odontologia, pagando a este valores menores, em prazos mais longos.

2.- Aspectos Contratuais.

Normalmente o convite ou o a proposta para credenciamento não ocorre pessoalmente, mas por telefone ou correspondência, assim o Cirurgião-Dentista recebe via correio (atualmente também por Internet) o contrato pré-elaborado, onde este deve preencher seus dados pessoais, (nome, endereço, número de documentos, etc.), datá-lo, assiná-lo, por vezes reconhecer firma, anexar as fotocópias dos documentos solicitados, e encaminhá-los via correw para as empresas. A partir disto, recebe uma carta comunicando estar credenciado, a papelada burocrática para o atendimento, as normas para atendimento que passam a fazer parte integrante do contrato, ou seja, o Cirurgião-Dentista recém credenciado passa a ser obrigado contratualmente a obedecer

Referências

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