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LÍNGUA INGLESA. A) Apresentação da Disciplina

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Academic year: 2021

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LÍNGUA INGLESA

A) Apresentação da Disciplina

Resgatando a história da Língua Estrangeira Moderna (LEM) no contexto educacional brasileiro pode-se inferir que tanto a ascensão quanto o declínio do prestígio desta nas instituições escolares sempre esteve vinculado às razões sociais, econômicas e políticas. A esse respeito as Diretrizes Curriculares de Língua Inglesa (2008, p. 38) dizem:

O cenário do ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura do currículo escolar sofreram constantes mudanças em decorrência da organização social, política e econômica ao longo da história. As propostas curriculares e os métodos de ensino são instigados a atender às expectativas e demandas sociais contemporâneas e a propiciar a aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos às novas gerações.

Ao reportar-se para o início da colonização brasileira percebe-se os primeiros indícios de dominação, pois cabia aos Jesuítas a responsabilidade de evangelizar e ensinar a língua imposta, no caso o latim, para os primeiros habitantes. Neste sentido, As DCEs de Língua Inglesa (2008) expõem que desde o início da colonização do território Portugal se preocupou em facilitar o processo de dominação e expandir o catolicismo e assim coube aos jesuítas a responsabilidade de evangelizar e de ensinar o latim aos povos que habitavam o território, como exemplo de língua culta.

Mais tarde durante a União Ibérica os Jesuítas perderam o comando, pois acreditava-se que eles eram os culpados pela resistência do povo nativo e assim o ministro Marques de Pombal instituiu um sistema de ensino que permitia a contratação de professores não-religiosos feita pelo Estado. Todavia, de acordo com as DCEs de Língua Inglesa (2008) as línguas que continuaram a integrar o currículo eram o Grego e o Latim, línguas clássicas consideradas de suma importância para o desenvolvimento do pensamento e da literatura. Por meio dessas línguas, ensinavam-se o vernáculo, a História e a Geografia.

Foi então neste período que começaram alguns avanços no ensino de LEM. pois no ano de 1808 com a chegada da Família Real fundou-se alguns anos depois a primeira escola pública de nível médio, na qual implantou-se um currículo nos moldes franceses, que em vista disso o Francês ficou em primeiro lugar seguido do Inglês. Neste período a abordagem era Tradicional e privilegiava um conjunto de regras gramaticais e a escrita,

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pois pensava-se que o aluno ao estudar a gramática teria um melhor desempenho tanto na fala quanto na escrita. Idéia esta que vigorou até o século XX.

Foram as idéias de Sausurre que serviram como divisor de águas entre o ensino tradicional da Língua Inglesa, pautado em normas e regras, e a Lingüística, abordada em sua obra “Cours de linguistique générale”.

No primeiro ano do Governo Vargas criou-se o Ministério da Educação e Saúde Pública, iniciando assim reformas significativas no sistema de ensino, sendo estabelecido o Método Direto baseado na teoria da Psicologia da Aprendizagem e no ano de 1942 o uso do Método Direto passou a ter fins educativos, além dos instrumentais.

Neste sentido, nas DCEs de Língua Inglesa (2008) encontra-se: “Ainda em relação ao ensino de línguas no currículo, as instruções que se seguiram à Reforma mantinham a recomendação do uso do Método Direto, embora esclarecessem que o ensino não deveria ter apenas fins instrumentais, mas também educativos.

O MEC, como já dito, criado neste período, defendia a idéia de a disciplina de Língua Estrangeira deveria contribuir tanto para a formação do sujeito quanto para o acesso ao conhecimento e à reflexão sobre as civilizações estrangeiras e tradições de outros povos.

Dessa forma, entende-se o motivo pelo qual o Espanhol passou a ser permitido oficialmente para compor o currículo do curso secundário, uma vez que a presença de imigrantes da Espanha era muito pequena no Brasil.

Sob a luz dos pensamentos de Picanço, (2003, p. 33) encontra-se:

[...] o espanhol, que até então não havia figurado como componente curricular, é escolhido para compor os programas oficiais do curso científico, que pertencia à escola secundária. Na época, os conteúdos privilegiados pelos professores de línguas vivas eram a literatura consagrada e noções de civilização, ou seja, história e costumes do país onde se fala a língua estrangeira. O espanhol, naquele momento, era indicado como a língua de autores consagrados, como Cervantes, Becker e Lope de Vega. Ao mesmo tempo, era a língua de um povo que [...] (mesmo com) importante participação na história ocidental, com episódios gloriosos de conquistas territoriais [...], não representava ameaça para o governo durante o Estado Novo.

Porém, apesar da valorização do Espanhol no ensino secundário, o ensino de Inglês teve espaço garantido nos currículos oficiais pelo fato de ser o idioma mais usado nas transações comerciais, enquanto o Francês era mantido pela sua tradição curricular.

Nos anos de 1950, com o desenvolvimento da ciência lingüística e o crescente interesse pela aprendizagem de línguas, surgiram mudanças significativas quanto às

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abordagens e aos métodos de ensino, as quais partiam da forma para chegar ao significado apoiados na Psicologia da escola Behaviorista de Pavlov e Skinner.

Com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) n. 4.024 promulgada em 1961 foram criados os Conselhos Estaduais de Educação, sendo que a estes era delegada a função de decidir acerca da inclusão ou não da Língua Estrangeira nos currículos. Dessa forma, essa mesma lei determinou a retirada da obrigatoriedade do ensino de Língua Estrangeira no colegial e instituiu o ensino profissionalizante. No entanto, identificou-se a valorização da Língua Inglesa devido às demandas de mercado de trabalho que, então, se expandiam nessa época.

A LDB/61 foi reformada em 1971 pela LDB nº 5.692/71 e a partir disso a finalidade do Ensino de 2º Grau passou a centrar-se somente na formação profissionalizante desobrigando assim a oferta do ensino de LEM nos currículos, fato este fundamentado num falso nacionalismo, no qual apregoava que a escola não deveria propagar nada que fosse estrangeiro.

Já em 1976 o ensino de LEM voltou a ser obrigatório, e assim esta voltou a ter valor, porém somente no 2º grau era ofertado, recomendando para o 1º grau se a escola tivesse condições. Contudo, muitas escolas reduziram seu ensino para apenas uma hora semanal, por apenas um ano e somente um idioma. Nesse período o inglês tinha somente finalidade instrumental.

No Estado do Paraná nos anos 70 essa situação gerou muito polêmica e os professores descontentes com a reforma do ensino geraram movimentos de luta criando o Centro de Línguas Estrangeiras em 1982, passando a oferecer aulas de inglês, espanhol, francês e alemão, aos alunos, em período contraturno. Em meados de 80 ocorreu um grande movimento liderado por professores, o qual buscava-se a pluralidade de ofertas de língua estrangeira em escolas públicas. Nesse momento foi criado o Centro de línguas Estrangeiras Modernas (CELEM).

Em 1996 a LDB nº 9.394 determina a obrigatoriedade de pelo menos uma língua estrangeira moderna no Ensino Fundamental, cujo idioma deveria ser escolhido pela comunidade. Esta mesma lei também determina o mesmo para o Ensino Médio e acresce uma segunda língua em caráter opcional.

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No ano de 98 houve a publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais pautados numa concepção de língua como prática social, amparada na abordagem comunicativa.

Neste documento enfatizava a leitura m detrimento de oralidade e da escrita.

Hoje, deve-se buscar uma concepção de língua discursiva e sugira um trabalho com diferentes tipos de textos, a partir da visão bakhtiniana, observa-se que a progressão de conteúdos, de 5a a 8a séries, está voltada para o ensino comunicativo, centrado em funções da linguagem do cotidiano, o que esvazia as práticas sociais mais amplas de uso da língua, levando em conta as diferentes vozes que permeiam as relações sociais e as relações de poder, quesitos estes de extrema importância para um ensino voltado para a formação do indivíduo e a transformação social.

Segundo estudiosos pode-se inferir quanto a língua a ser ensinada na escola e opção teórico-metodológica não são neutros, estes estão carregados de ideologias e severamente marcados por questões político-econômicas o que muitas vezes acabam colocando uma língua como imperial. Assim, acabam também deixando de lado questões históricas e étnicas que podem ser valorizadas, levando em consideração aspectos históricos da comunidade atendida pela instituição escolar e por isso as necessidades reais dos alunos ficam relegadas a um segundo plano.

É certo que o plurilinguismo visto como política educacional é uma das formas de possibilitar a valoração e o respeito as diversidades, tendo em vista heterogeneidade que compõem as escolas, garantido por meio da legislação, uma vez que permite a própria comunidade escolar escolher a Língua Estrangeira a ser ensinada, de acordo com a necessidade e realidade de cada uma.

A escola deve funcionar como um espaço social democrático, responsável pela apropriação crítica e histórica do conhecimento como instrumento de compreensão das relações sociais e para a transformação da realidade. Essa tendência tem como objetivo não somente a transmissão dos conhecimentos, mas que estes aprendam o processo de produção desse conhecimento e sua transformação, ou seja, a escola deve informar, desnudar, mostrar, ensinar regras, não somente para que sejam seguidas, mas para que possam ser mudadas.

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As DCEs de Língua Inglesa propõem para o ensino de LEM na Educação Básica a superação dos fins utilitaristas, pragmáticos ou instrumentais que tem marcado ao longo dos anos o ensino desta disciplina, concebendo a língua como discurso.

Quanto a importância se ter conhecimento a respeito da Língua Inglesa isso é hoje algo indispensável devido a necessidade da interação entre os sujeitos por meio do discurso, sendo capazes de comunicar-se de diferentes formas em diferentes tipos de textos, levando em consideração a grande quantidade de informações veiculadas pela sociedade, podendo assim participar dos processos sociais de construção de significados possíveis pelo sujeito/leitor.

Vale destacar que é por meio de situações de comunicação que se poderá inserir o sujeito na sociedade como participante ativo da mesma, não limitado apenas ao local onde vivem, tornando-o capaz de se relacionar com outras comunidades e conseqüentemente com outros conhecimentos. Esta permite o senso de pertencimento a uma comunidade global, ou seja, permite ao aluno ser um cidadão do mundo e nesse caso ela se apresenta como um conhecimento fundamental par a atuação em diversas esferas da vida, contribuindo para o desenvolvimento da cidadania planetária, por isso se faz necessário o conhecimento dessa disciplina.

O aprendizado de LEM pode proporcionar uma consciência sobre o que sejam as potencialidades desses conhecimentos nas interações humanas, uma vez que ao ser exposto as diversas manifestações de uma língua, o aluno constrói recursos para compará-la a sua língua materna, de maneira a ampliar horizontes e expandir sua capacidade interpretativa e cognitiva.

Outro aspecto importante da LEM é que essa cria um espaço em que o aluno pode reconhecer e compreender a diversidade lingüística e cultural, de modo que, este se engaje discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que vive, compreendendo que tais significados são sociais e historicamente construídos e, devido a isso passíveis na transformação da prática social.

Ao estudar uma outra língua além da materna o aluno/sujeito aprende também como atribuir significados para entender melhor sua realidade e a partir do confronto da sua cultura com a do outro este torna-se capaz de delinear e reconstruir sua própria identidade

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como agente social e dessa forma nós educadores estaremos contribuindo para a formação integral de nossos educandos.

A LEM continua a ser privilegiada como um ideal a ser alcançado, pois a língua é uma construção histórica e cultural em constante transformação e preparar o amanhã é uma questão de sobrevivência.

Ao terminar as Séries Finais do Ensino Fundamental espera-se que o aluno tenha experimentado nas aulas de LEM formas de participação que lhes possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas, sendo capaz de usar a Língua em situações de comunicação oral e escrita, compreendendo que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social, para que tenham maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade, reconhecendo e compreendendo a diversidade lingüística e cultural, constatando seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país e ainda valorizando a história e Cultura Afro-brasileira e Africana na formação de cidadãos atuantes no seio de uma sociedade multicultural e pluriétnica, capaz de construir uma ação democrática.

Ressalta-se que o argumento acima está fundamentado no que diz as DCEs de Língua Inglesa (2008, p. 53) pois nela pode-se encontrar:

Propõe-se que a aula de Língua Estrangeira Moderna constitua um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que vive. Espera-se que o aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social.

A língua, objeto de estudo da LEM, contempla as relações com a cultura, o sujeito e a identidade. Ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos, é formar subjetividade, permitir que se conheça no uso da língua os diferentes propósitos comunicativos, independentemente do grau de proficiência atingido no estudo desta língua.

É certo que as aulas de LEM constituem-se como espaços de interação entre professores e alunos e pelas representações e visões de mundo que se revelam no dia-a-dia.

Objetiva-se que os alunos analisem as questões sociais-políticas-econômicas da nova ordem mundial, suas implicações e que desenvolvam uma consciência crítica a respeito do papel das línguas na sociedade.

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Apesar de que a aprendizagem de LEM também serve como meio para a progressão no trabalho e estudos posteriores, esta deve contribuir também para formar alunos críticos e transformadores por meio de estudos de textos que permitam explorar as práticas de leitura, escrita e oralidade, além de também incentivar a pesquisa e a reflexão.

Desta forma, espera-se que o aluno:

• Use a língua em situações de comunicação oral e escrita;

• Vivencie, na aula de LEM, formas de participação que lhe possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;

• Compreenda que os significados são sociais historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social;

• Tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;

• Reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural, bem como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

B)Conteúdos

Os conhecimentos que identificam e organizam essa disciplina se constituem através da história e são legitimados socialmente, por isso provisórios e processuais.

Assim, ao tomar a língua como interação verbal, como espaço de produção marcados pelo contexto social, o Conteúdo Estruturante Discurso como Prática Social, a tratará de forma dinâmica, por meio da leitura, escrita e oralidade.

O trabalho em sala e aula deve partir de um texto de linguagem num contexto de uso, sob a proposta de construção de significados por meio do engajamento discursivo e não por mera prática de estruturas lingüísticas. Para tanto serão contemplados diversos gêneros discursivos com fins educativos, adequados à faixa etária e aos interesses dos alunos.

Sendo assim, os conteúdos trabalhados deverão levar em conta o princípio da continuidade, considerando sempre as especificidades da Língua Estrangeira ofertada, as condições de trabalho na escola, o projeto político pedagógico, a articulação com as demais disciplinas do currículo e o perfil dos alunos.

De acordo com a DCE de Língua Estrangeira Moderna, 2008, p. 77-84 os conteúdos estruturantes e básicos da disciplina são organizados conforme quadro a seguir, e

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os conteúdos específicos estarão diretamente ligados aos gêneros textuais escolhidos para a prática em sala de aula, sendo relacionados no Plano de trabalho docente (PTD).

5ª Série ou 6º Ano

CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS

Discurso como Prática Social

O trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação.

LEITURA

•Tema do texto;

• Interlocutor;

•Finalidade;

•Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

•Elementos composicionais do gênero;

•Léxico;

•Repetição proposital de palavras;

•Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais o texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

ESCRITA

•Tema do texto;

• Interlocutor;

•Finalidade do texto;

•Informatividade;

•Elementos composicionais do gênero;

•Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

•Acentuação gráfica;

•Ortografia;

•Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

•Tema do texto;

•Finalidade;

•Papel do locutor e interlocutor;

•Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;

•Adequação do discurso ao gênero;

•Turnos de fala;

•Variações linguísticas;

•Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

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6ª Série ou 7º Ano

CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS

Discurso como Prática Social

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise lingüística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação.

LEITURA

•Tema do texto;

• Interlocutor;

•Finalidade do texto;

•Informatividade;

•Situacionalidade;

• Informações explícitas;

•Discurso direto e indireto;

•Elementos composicionais do gênero;

•Repetição proposital de palavras;

•Léxico;

•Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

ESCRITA

•Tema do texto;

• Interlocutor;

•Finalidade do texto;

•Discurso direto e indireto;

•Elementos composicionais do gênero;

•Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

•Acentuação gráfica;

•Ortografia;

•Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

•Tema do texto;

•Finalidade;

•Papel do locutor e interlocutor;

•Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;

•Adequação do discurso ao gênero;

•Turnos de fala;

•Variações linguísticas;

•Marcas lingüísticas, coesão, coerência, gírias, repetição, semântica.

7ª Série ou 8º Ano

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CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS Discurso como Prática Social

Para o trabalho das práticas de leitura,

escrita,oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação.

LEITURA

•Conteúdo temático;

• Interlocutor;

•Finalidade do texto;

•Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

•Situacionalidade;

• Intertextualidade;

•Vozes sociais presentes no texto;

•Elementos composicionais do gênero;

•Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, figuras de linguagem.

•Semântica:

- operadores argumentativos;

- ambiguidade;

- sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;

-expressões que denotam ironia e humor no texto.

Léxico.

ESCRITA

•Conteúdo temático;

• Interlocutor;

•Finalidade do texto;

• Informatividade;

•Situacionalidade;

• Intertextualidade;

•Vozes sociais presentes no texto;

•Elementos composicionais do gênero;

•Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

•Concordância verbal e nominal;

•Semântica:

- operadores argumentativos;

- ambiguidade;

- significado das palavras;

- figuras de linguagem;

- sentido conotativo e denotativo;

- expressões que denotam ironia e humor no texto.

ORALIDADE

•Conteúdo temático;

•Finalidade;

•Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

•Papel do locutor e interlocutor;

•Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas;

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•Adequação do discurso ao gênero;

•Turnos de fala;

•Variações linguísticas

•Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

•Elementos semânticos;

•Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

•Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

8ª Série ou 9º Ano

CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDO BÁSICO

Discurso como Prática Social

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação.

LEITURA

•Tema do texto;

• Interlocutor;

•Finalidade do texto;

•Aceitabilidade do texto;

•Informatividade;

•Situacionalidade;

•Intertextualidade;

•Temporalidade;

•Discurso direto e indireto;

•Elementos composicionais do gênero;

•Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

•Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;

•Polissemia;

•Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,negrito), figuras de linguagem);

• Léxico.

ESCRITA

•Tema do texto;

• Interlocutor;

•Finalidade do texto;

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•Aceitabilidade do texto;

•Informatividade;

•Situacionalidade;

•Intertextualidade;

•Temporalidade;

•Discurso direto e indireto;

•Elementos composicionais do gênero;

•Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

•Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

•Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;

•Polissemia;

•Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

•Processo de formação de palavras;

•Acentuação gráfica;

•Ortografia;

•Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

•Conteúdo temático;

•Finalidade;

•Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

•Papel do locutor e interlocutor;

•Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...;

•Adequação do discurso ao gênero;

•Turnos de fala;

•Variações linguísticas;

•Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

•Semântica;

•Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

•Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

Acrescenta-se ainda os novos desafios contemporâneos a serem abordados na escola, pois o momento que estamos vivendo na educação brasileira nos remete a estes, os quais envolvem a escola no âmbito de sua função social. Portanto, exigindo um posicionamento em relação aos seguintes desafios educacionais: Educação Ambiental, Educação Fiscal, Sexualidade, Drogas e Violência, Cultura Afro e Indígena, que se põe para a educação e que devem ser trabalhados neste contexto, em toda a complexidade de cada um desses segmentos.

Quanto a Cultura Afro e Indígena a inserção destas nas disciplinas escolares estão embasadas legalmente. A Lei nº 10.639/03 traz a obrigatoriedade da inserção da História da Cultura Afro-Brasileira seguidas das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação

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das relações étnico-raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

Também a criação da Lei 11.645/08 História e Cultura dos Indígenas do Brasil e do Paraná.

Por meio de estudos realizados nos “Cadernos Temáticos” encontra-se em seu Art.

3º. V “Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”. Lei esta que embasa a obrigatoriedade e inserção dos temas acima citados na Rede Pública de Ensino.

É importante também desenvolver atividades relacionadas à Educação Fiscal que vista como uma proposta de estimular o cidadão a refletir sobre a função socieconômica dos tributos, possibilitar aos cidadãos o conhecimento sobre administração pública, incentivar o acompanhamento, pela sociedade, da aplicação dos recursos públicos e criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão, deve ser contemplada no planejamento do educador.

Também deve ser trabalhado o tema Meio Ambiente, tendo em vista atuação situação de degradação em que se encontra o Planeta, sendo muitas vezes causas da ação humana e assim todo sujeito deve ser atuante no sentido de mudar o atual quadro.

As drogadição e a violência, problemas sociais, que tem afetado as famílias brasileiras são temas que devem ser trabalhados na escola, no sentido de erradicá-los.

Tais desafios trazem inquietudes humanas, a relações sociais, econômicas, políticas e culturais, como também, os movimentos contraditórios pelos quais a sociedade vem enfrentando e de que forma os sujeitos se inserem neles. Neste sentido, à escola cabe exigir seu papel fundamental na transmissão, apropriação e socialização dos saberes cultuais que pressuponha uma ação intencional e transformadora da realidade.

Nesta perspectiva os desafios educacionais no currículo devem pressupor ser parte desta totalidade. Portanto, eles não podem se impor à disciplina numa relação artificial e arbitrária, devem ser “chamados” pelo conteúdo da disciplina em seu contexto e não o contrário transversalizando-o ou secundarizando-o.

Desse modo o trabalho com os temas propostos devem partir dos gêneros textuais, por meio de leituras, pesquisas, compreensão de textos, assistir vídeos, produção de textos e cartazes.

Sendo assim, trabalhar sob esta perspectiva significa atuar pedagogicamente comprometido como conhecimento sistematizado e também em busca de um sujeito

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histórico capaz de pensar e agir criticamente na sociedade, com vista à transformação social.

C) Encaminhamentos Metodológicos

O trabalho com Língua Estrangeira em sala de aula deve ter como ponto de partida o papel das línguas nas sociedades além de simples meros instrumentos de acesso à informação, ou seja, as línguas estrangeiras devem ser entendidas como possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir significados.

A partir do Conteúdo Estruturante Discurso como Prática Social serão trabalhadas questões lingüísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas, bem como as práticas do uso da língua: leitura, oralidade e escrita. O ponto de partida da aula de LEM será o texto, verbal e não-verbal, como unidade de linguagem em uso. Propõe-se que os vários gêneros textuais sejam abordados.

Quando em sala as aulas deverão se encaminhadas no sentido de levar o aluno a refletir criticamente acerca dos discursos que circulam em LEM, sendo que isso só será possível mediante o contato com textos verbais e não-verbais. A produção de um texto se faz sempre a partir do contato com outros textos, que servirão de apoio e ampliarão as possibilidades de expressão dos alunos.

A aula de LEM será um espaço em que serão desenvolvidas atividades significativas, as quais exploram diferentes recursos e fontes, a fim de que o aluno vincule o que é estudado com o que o cerca. As discussões poderão acontecer em Língua Materna, pois nem todos os alunos dispõem de um léxico suficiente para que o diálogo se realize em Língua Estrangeira.

Na abordagem da leitura discursiva, a inferência é um processo cognitivo relevante porque possibilita construir novos conhecimentos, a partir daqueles existentes na memória do leitor, os quais são ativados e relacionados às informações materializadas no texto.

Dessa forma, as experiências dos alunos e o conhecimento de mundo serão valorizados nessas aulas.

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O trabalho com a produção de textos na aula de LEM será concebida como um processo dialógico ininterrupto, no qual se escreve sempre para alguém de quem se constrói uma representação.

O papel do estudo gramatical relaciona-se ao entendimento, quando necessário, de procedimentos para construção de significados na Língua Estrangeira. O trabalho com a análise lingüística deverá estar subordinada ao conhecimento discursivo, ou seja, as reflexões lingüísticas devem ser decorrentes das necessidades específicas dos alunos, a fim de que se expressem ou construam sentidos nos textos.

Serão criadas condições para que o aluno não seja um leitor ingênuo, mas que seja crítico, reaja aos textos com os quais se depare e entenda que por trás deles há um sujeito, uma história, uma ideologia e valores particulares e próprios da comunidade em que está inserido.

Outro aspecto importante com relação ao ensino de LEM é que ele será, necessariamente, articulado com as demais disciplinas do currículo para relacionar os vários conhecimentos.

Em relação às complementações curriculares, para superar ou, pelo menos minimizar as dificuldades encontradas pelos alunos, os professores da Educação Básica fazem as chamadas recuperações paralelas, reforçando e re-avaliando os conteúdos nos quais os alunos encontraram dificuldades. Entretanto, o que se percebe, é que, na maioria das vezes o que se recupera é a nota, e que nem sempre isso acontece com a aprendizagem.

Julga-se necessário que haja na escola uma ação conjunta, com o envolvimento de todos os segmentos escolares, para que o grupo de alunos com dificuldades seja beneficiado. Para tanto, é fundamental que as ações tenham origem e organização no sistema educacional ao qual a escola está vinculada, pois tais ações poderão ser potencializadas pela escola com o envolvimento de todos. Faz-se necessário, então implementar programas que atendam aos alunos em contra turno, as Salas de Apoio e as Salas de Recurso, que tentam sanar as dificuldades e defasagens de conteúdos, por meio de atividades diferenciadas e significativas. Os alunos atendidos nas salas de apoio e recurso são oriundos dos mais variados anos do Ensino Fundamental e que, por vários motivos, enfrentam dificuldades para acompanhar o processo de ensino aprendizagem, por isso, em

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horários extraordinários, participam de atividades escolares, objetivando repor as defasagens.

Para tanto serão utilizados diversos recursos em sala de aula:

• Leitura individual e em grupos;

• Resolução de exercícios individualmente e coletivamente;

• Pesquisa em revistas, jornais, folheto, Internet e etc.;

• Confecção e exposição de cartazes relacionados a temas estudados;

• Trabalhos em pares e grupos;

• Reprodução escrita, falada e cantada de canções atuais e tradicionais;

• Análise de filmes que contemplem a cultura Afro-brasileira e Africana, Violência, Educação Ambiental e outros Desafios Contemporâneos;

• Textos diversos que tratam dos temas acima citados;

• Levantamento de vocabulário estrangeiro presente no nosso cotidiano;

• Promoção de debates sobre as implicações do uso de vocabulário estrangeiro em nosso dia-a-dia;

• Elaboração de atividades de pré-leitura e de compreensão de texto;

• Diversas atividades lúdicas.

Os conteúdos poderão ser retomados em todas as séries, porém em diferentes graus de profundidade, levando em conta o conhecimento do aluno. É importante tecer algumas considerações sobre os livros didáticos comumente utilizados como apoio didático pelo professor pela sua previsibilidade, homogeneidade, facilidade para planejar as aulas, acesso a textos, figuras e etc.

Lembrando que serão utilizados além dos recursos didáticos pedagógicos como:

materiais manipuláveis, jogos, livros didáticos, dicionários, livros paradidáticos e etc., também os tecnológicos como: computador, Internet, TV Multimídia, DVD, CD-ROM.

D)Avaliação

A avaliação não deve ter como objetivo simplesmente classificar ou selecionar. Esta deve buscar uma análise do “erro”, no sentido compreender o que o aluno já sabe, o quanto

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ele progrediu, até onde ele já aprendeu, etc., permitindo como diz Ramos (2001) a formação de “...cidadãos conscientes, críticos, criativos, solidários e autônomos”.

Diante do exposto acima as DCEs de Língua Inglesa (2008) pontuam que avaliação que se pretende em LEM é aquela que crie condições de aprendizagem que permita ao aluno, qualquer que seja seu nível, evoluir na construção de seu conhecimento e dos conhecimentos historicamente acumulados pela humanidade. Sem deixar de entendê-lo como um ser social com suas necessidades próprias e também possuidor de experiências que devam ser valorizadas na escola.

O educador deve ter, portanto, um conhecimento aprofundado da realidade na qual vai atuar, para que seu trabalho seja dinâmico, criativo, inovador. Assim, colabora para que um sistema de avaliação mais justo que não exclua o aluno do processo de ensino- aprendizagem, mas o inclua como um ser crítico, ativo e participante dos momentos de transformação da sociedade.

Já que entendemos que:

A avaliação enquanto relação dialógica concebe o conhecimento como apropriação do saber pelo aluno e pelo professor, como um processo de ação reflexão, que se passa na sala de aula através da interação professor/aluno carregado de significados e de compreensão. Assim, tanto o professor quanto os alunos poderão acompanhar o percurso desenvolvido até então, e identificar dificuldades, planejar e propor outros encaminhamentos que busquem superá-las. (DCES, 2008, p.71)

Neste sentido consideram-se como critérios de avaliação nesta disciplina: que o aluno realize leitura compreensiva de texto, localize informações explicitas e implícitas no texto, emita opiniões a respeito do que leu, conheça e utilize a língua estudada, utilize seu discurso de acordo com a situação de produção, apresente clareza de idéias, produza textos, diferencie a linguagem formal da informal, utilize adequadamente os recursos lingüísticos, conheça e amplie o vocabulário, reflita e transforme o seu conhecimento. Os instrumentos de avaliação utilizados serão:

• Interpretação oral e escrita de texto;

• Teatro;

• Prova escrita;

• Prova oral;

• Produção de diálogos, cartas, etc;

• Produção de cartazes;

(18)

• Atividades em grupos e individual;

• Ilustração de texto;

• Pesquisa;

• Debates

• Análise de filmes e músicas;

• Produção de textos dos gêneros estudados.

Quanto a Recuperação Paralela esta acontecerá por meio da retomada imediata do conteúdo após as avaliações principais, retomando as explicações e assim concedendo aos alunos que não atingiram os objetivos a oportunidade de assimilarem os conteúdos por meio da utilização de metodologias e instrumentos diferenciados daqueles usados inicialmente.

E) Referências

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, Lei Nº 10.639 de 9 de janeiro de 2003.

______. Lei Nº 11.645 de 10 de março de 2008.

BRASIL. Lei n. 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, 23 dez. 1 996.

_________.Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) n. 4.024 promulgada em 1961.

_________. Lei de Diretrizes e Bases (LDB) n. 5.692/71.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares para o Ensino de Língua Estrangeira Moderna na Educação Básica. Curitiba: 2008.

RAMOS, P. Os pilares para educação e avaliação. Blumenau - SC: Acadêmica, 2001.

PICANÇO, D. C. L. História, memória e ensino de espanhol (1942-1990). Curitiba:

(19)

UFPR, 2003.

Referências

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