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Lenocínio e a satisfação da lascívia 1

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Academic year: 2021

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Resumo – A presente pesquisa tem o intuito de evidenciar a conduta delitiva do crime de lenocínio que é o ato de induzir alguém a realizar de alguma forma a satisfação da lascívia de terceiro. Sua questão principal é a presença de satisfação da lascívia para caracterização do crime. Através de uma pesquisa exploratória baseada em revisão bibliográfica, a proposta deste trabalho é explicitar qual é espécie de lascívia a ser tratada no delito em tela, em que momento e de que forma deve ser realizada a conduta delitiva. Discutir a legislação recentemente alterada, e sua relação com a realidade da sociedade quando o assunto é lenocínio. Elucidar a necessidade de três diferentes pessoas para a consumação do crime e o papel de cada indivíduo nesse cenário. Palavras chaves: Lenão. Lenocínio. Proxeneta. Satisfação da lascívia alheia.

Pimpery and satisfaction of lasciviousness

Abstract - This research aims to highlight the criminal conduct of the crime of pimping which is the act of inducing someone to perform in some way to satisfy the lust of the third. His main issue is the presence of satisfaction of lust for the characterization of the crime. Through an exploratory study based on literature review, the purpose of this paper is to explain what kind of lust to be treated in the crime at hand, when and how they should be held to criminal conduct. Discuss the newly amended legislation, and its relationship to the reality of society when it comes to pimping. Elucidating the need for three different people to the consummation of the crime and the role of each individual in this scenario.

Key words: Induce. Lena. Pimping. Pimp. Satisfaction of the lust of others.

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Artigo produzido para conclusão do curso de Direito da Faculdade Montes Belos (FMB).

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Acadêmica do curso de Direito da FMB.

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1.0. Introdução

A história da humanidade é manchada em inúmeros momentos por episódios de exploração. Mas neste cenário não há nada mais enojante e

humilhante que a exploração sexual.

Alienadamente, tem – se dito que se o homem explora todo o meio em que vive desordenadamente não haveria de explorar outro homem.

Em combate a esta realidade surge desde a formação da sociedade organizada a necessidade de punir de alguma forma esse tipo de situação.

A sexualidade sempre foi vista pela humanidade com resquícios de marginalidade e sempre fora também tratada com receio e em muitos momentos ignorada.

Mas tudo evolui para algumas coisas a evolução natural da sociedade aconteceu em grande velocidade, para outras caminhou a passos lentos. Quando o assunto é sexualidade humana surgem os mitos e mistérios, a repressão, a censura, e quase sempre o silêncio.

O Direito nunca caminhou a parte dessa realidade, ao contrário, atrelada as evoluções e revoluções a ciência jurídica deve sempre estar a frente de seu tempo acompanhando as necessidades do mundo, principalmente o direito penal. Diante disso, os diferentes ramos do direito vêm evoluindo, mas em alguns aspectos há ainda falhas legislativas e raciocínios a muito ultrapassados.

O crime de lenocínio é uma norma penal que vem sendo discutida desde a antiguidade, imperadores e reis deliberaram muito sobre esse assunto, mas os tempos foram mudando e as concepções também. Então o lenocínio fora esquecido, menosprezado e hoje pouco se fala sobre esse assunto.

Com o intuito de levantar a questão da exploração de um homem para com o outro e suscitar especificamente o lenocínio como um delito carente de estudo e adequações e principalmente esclarecimentos desenvolveu-se esta pesquisa.

Trata-se de uma pesquisa teórica, tomando por base uma metodologia dialética na discussão da satisfação da lascívia dentro do crime de lenocínio.

Desse modo, será seqüencialmente abordado o crime de lenocínio no tempo e seus aspectos históricos, as recentes modificações penais, a classificação jurídica e o crime em espécie e como

ponto principal a análise da satisfação da lascívia para a caracterização do delito.

2.0. O crime de lenocínio no tempo

A sexualidade é o instinto humano mais selvagem, e para satisfazê-lo enraizaram-na em meio à sociedade através de costumes, religiões e tradições. Ainda hoje é possível encontrar diversos relatos de rituais em homenagem a Deuses gregos, fenícios e romanos de muita libidinagem e luxúria.

Desde os tempos mais antigos, no início da civilização, a satisfação da lascívia própria ou alheia era capaz de movimentar com certa expressividade a sociedade. Com o passar do tempo e a perda da visão da sexualidade como “costume” surgia à necessidade de regulamentação do Estado quanto a essa prática:

Sólon, em Atenas, aplica pena de morte a quem praticasse lenocínio. Em Roma a Lex Julia de

adulteriis (lei que regulamentava as penalidades

para a prática de adultério) trazia legislado o

Lenocinium quaestuarium (crime praticado

pelos pais ou maridos em relação a suas filhas e esposas). Também Carlos Magno tipificou o lenocinio e punia-o com pena de morte, obrigando os lenões a carregar nas costas pela cidade a mulher por eles aliciada (PRADO, 2006, p.257 - 258).

Verifica-se com facilidade que desde sempre o ato do lenocínio fora marginalizado e reprimido pela sociedade. As investidas punitivas eram unânimes entre autoridades daquele tempo.

Foram inúmeras as autoridades estatais dos tempos passados que buscaram de alguma forma através das mais variadas penas, tais como: confisco de bens, exílios, trabalhos forçados, e até mesmo a pena de morte; inibir essa prática.

A intenção de expurgar esta atividade mercenária e vil do seio da sociedade disseminou-se pelos tempos e espalhou-se pela história, hora em destaque, hora menosprezado, o crime de lenocínio vem figurando em legislações no mundo sempre cercado de muita polêmica.

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2.1. A legislação brasileira

No Brasil, o crime de lenocínio atravessou os mares e desembarcou nessas terras junto com os portugueses. Eles trouxeram consigo o costume de explorar tudo e todos que estavam a sua volta. Algum tempo depois essa conduta começaria a figurar em nossa legislação.

No reinado de Afonso IV o lenocínio já era reprimido em Portugal com açoites e perda de bens, alguns eram penalizados até com degrado para o Brasil Colônia. Posteriormente, surgira nas Ordenações Filipinas a tipificação penal do crime de lenocínio com penas de morte e perdas de bens, que nem assim fora recepcionado no Código Criminal do Império em 1830. O Código de 1890 trazia como crime o lenocínio em suas formas simples e agravado (PRADO, 2006, p.258).

O Decreto lei n°847 de 11 de outubro de 1890 “O Código Penal dos Estados Unidos Do Brasil” tipificava o crime de lenocínio em seu artigo 277.

Do Lenocínio

Art. 277. Excitar, favorecer, ou facilitar a prostituição de alguém para satisfazer desejos desonestos ou paixões lascivas de outrem: Pena – de prisão celular por um a dois anos. Parágrafo único. Se este crime for cometido por ascendente em relação á descendente, por tutor, curador ou pessoa encarregada da educação ou guarda de algum menor com relação a este; pelo marido com relação á sua própria mulher: Pena – de prisão celular por dois a quatro anos. Além desta pena, e da de interdição em que incorrerão, se imporá mais:

Ao pai e mãe a perda de todos os direitos que a lei lhe concede sobre a pessoa e bens do descendente prostituido;

Ao tutor ou curador, a imediata destituição desse múnus;

Á pessoa encarregada da educação do menor, a privação do direito de ensinar, dirigir ou ter parte em qualquer estabelecimento de instrução e educação;

Ao marido, a perda do poder marital, tendo lugar a ação criminal, que prescreverá em três meses, por queixa contra ele dada somente pela mulher.

Mais tarde o Brasil República passaria a disciplinar legislativamente e a apoiar a repressão ao crime em questão de várias formas:

Em 5 de outubro de 1951 o Brasil confirma seu posicionamento em punir o lenocínio recepcionando a Convenção para a Repressão

ao Tráfico de pessoas e do Lenocínio ocorrida

em Lake Sucess nos Estados Unidos do dia 21 de março de 1950 (GRECO, 2011, p. 590).

Com o passar do tempo e a dinamicidade da sociedade, a legislação penal brasileira fora se aprimorando e modificando-se a passos lentos, sofrendo grande defasagem diante do abandono a que estava sujeita.

As legislações penais foram aprimorando a tipificação penal do lenocínio e, ao longo dos tempos, abrandou-se a penalidade imposta para essa conduta típica.

O Código Penal de 1940 sofreu acréscimos e modificações, referente ao lenocínio algumas mudanças são bem recentes. Em 2005 esse diploma legal sofreu uma alteração em sua denominação a expressão “Do lenocínio e do tráfico de mulheres” fora substituído pela expressão mais abrangente “Do lenocínio e do tráfico de pessoas”, através da

Lei n° 11.106 de 28/03/2005 o que

consideravelmente aumentava o âmbito de alcance dessa legislação. Em 2009, outra lei alterou mais uma vez a legislação na época vigente.

A lei 12.015 de 07 de agosto de 2009, mais recentemente elucida o crime de lenocínio, que pela nova legislação tornou-se um tanto quanto redundante e inaplicável, visto que no cenário de relacionamento sexual adulto o estado não poderá intervir. “Diante das alterações introduzidas pela Lei n° 12015, de 7-8-2009, não mais se tutelam os bons costumes ou a moralidade pública. Protege-se, como nos capítulos anteriores, a dignidade sexual da pessoa” (MIRABETE, 2011, p.429).

As alterações realizadas de acordo com o dispositivo legal supracitado deixaram muito a desejar em matéria de lenocínio, pois de uma forma ou de outra não alteram com significância a possibilidade do estado de coibir essa ação delituosa, apenas delimitam mais objetivamente a conduta que caracteriza o crime.

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realização dessa abjetíssima finalidade” (MIRABETE, 2011, p.429).

Assim, com o passar do tempo e as modificações introduzidas pela nova legislação que em nada influenciaram ou modificaram a irrelevância dessa obsoleta tipificação penal, o crime de lenocínio vai sendo dissolvido e esquecido pelos legisladores.

“O tipo penal, ora mantido com poucas alterações (inócuas), continuará sem aplicação prática”. (NUCCI, 2009, p.74). Há uma grande necessidade de reformulação desse delito para que seja possível adequá-lo a atualidade.

Ema matéria de lenocínio houveram também inovações com a criação de ovas figuras penais, como o crime de estupro de vulnerável que gerou discussões na ceara penal.

Infelizmente após tamanha evolução a figura do lenocínio esfacelou-se em inúmeros outros delitos que vem sendo tratados pelos legisladores com maior ênfase e relevância.

2.2. Lei 12.015 de 7 de agosto de 2009

De 1940 até os dias de hoje o Código Penal Brasileiro passou por várias transformações, mas algumas questões não sofreram mudanças significativas e tornaram-se obsoletas e inaplicáveis.

“A mediação para servir a lascívia de outrem envolvendo apenas adultos é crime vetusto e de raríssima aplicação.” (NUCCI, 2009, p.45)

O crime de lenocínio vinha descrito no rol “dos crimes contra os costumes”, a sociedade é algo dinâmico e para que o Direito acompanhe tal dinamicidade é preciso que os costumes que regem a sociedade sejam constantemente avaliados mantendo a legislação coerente com o passo dessa evolução.

Nesse sentido já não cabia mais elencar os crimes relacionados à dignidade sexual das pessoas sob o titulo de crimes contra os costumes.

A lei 12.015/2009 entre tantas modificações que implantou no Código Penal Brasileiro mudou tal denominação, adequando-a as necessidades da sociedade. Surge então a denominação “Dos crimes contra a Dignidade Sexual” que evidencia o bem jurídico protegido nos crimes sob esse título.

Diante dessa modificação fica claro que trata-se de crimes de cunho estritamente sexual.

Sob novo título, o crime de lenocínio tem alterado o nome do Capítulo sob o qual se encontra, sofrendo um acréscimo a denominação, antes “Do lenocínio e do tráfico de pessoas”, agora “Do lenocínio e do trafico de pessoa pra fim de prostituição ou outra forma de exploração sexual”

Essas pequenas reformas significam em matéria penal um grande passo para o Direito Brasileiro, que tem grande necessidade de reformulações em virtude da idade já avançada da lei penal vigente.

Ainda são necessárias mudanças que surtam resultados na prática, mas o avanço na nomenclatura pode desencadear um processo de alterações no âmbito dos crimes de cunho sexual.

Expor o problema com o seu verdadeiro nome já é uma forma de diagnosticá-lo o que aproxima o legislador de uma possível cura para este câncer.

3.0. O crime de lenocínio

O Código Penal Brasileiro de 1940 que vigora até hoje, recentemente modificado pela Lei n° 12.015, de 7-8-2009, conforme já exposto, principalmente no que diz respeito aos crimes contra a dignidade sexual, tipifica em seu artigo 227 o que vem a ser o crime de lenocínio: “Art. 227 do Código Penal Brasileiro: Induzir alguém a satisfazer a lascívia de outrem. Pena- reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos.”

Diante das alterações sofridas

particularmente no Capítulo V do Código Penal Brasileiro, diversos doutrinadores trabalharam na elaboração de um conceito que melhor apontasse o crime em questão.

Assim, “aquele que pratica comportamento típico previsto pelo artigo 227 do Código Penal comete aquilo que se denomina de lenocínio”. (GREGO, 2011, p.581)

Surgiram então, inúmeros conceitos, alguns doutrinadores pautaram-se apenas pela ratificação do que já se havia dito sobre a questão, outros sabiamente tentaram atingir a raiz do problema, e demonstrar o que realmente é necessário discutir sobre o tema.

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Em outras palavras, pode se entender por lenocínio como a capacidade intelectual particular de um indivíduo em convencer outra pessoa a realizar atos de cunho libidinosos para satisfazer o desejo sexual de uma terceira pessoa.

A norma incriminadora, como todas aquelas inseridas no Título VI, visa tutelar a liberdade sexual das pessoas, inclusive sua integridade e autonomia sexual, com o interesse precípuo de evitar o fomento e a proliferação da prostituição, bem como a corrupção moral que gravita em torno dela (PRADO, 2006, p. 259).

Acrescenta-se também a intenção legislativa de punir qualquer forma de incentivo a iniciação em atividade de prostituição, ou ainda, a manutenção desta atividade.

Ainda sim, diante de tantos apontamentos, a legislação penal recentemente modificada pouco pode fazer para mudar a inércia da lei penal no ímpeto de coibir essa prática delituosa. A lei define o crime, sofre modificações para acompanhar o dinamismo da sociedade, mas limita-o.

O artigo 227, define “uma hipótese de lenocínio principal, denominado como mediação para servir à lascívia de outrem” (MIRABETE, 2011, p. 430).

No contexto conceitual é preciso salientar para esclarecer a figura do lenocínio e seu caráter abrangente, várias condutas diferentes, porém similares podem culminar na caracterização do lenocínio. O ato de induzir pode ser praticado de formas diferentes mantendo em si a ação principal de convencer.

Então, conceituado o crime e explicitado, faz-se necessário realizar uma análise doutrinária deste delito

3.1. Classificação jurídica do crime de lenocínio Tomando como lenocínio o artigo supracitado, é possível agora classificá-lo. O crime em questão tem como objetividade jurídica a proteção ao direito fundamental e primordial de liberdade, é assegurado a todo ser humano a liberdade para praticar os atos que julgar necessários a sua sobrevivência independente de qualquer circunstância, desde que esses atos não sejam ilícitos.

Tutela-se no dispositivo a dignidade sexual da pessoa, protegendo-a a contra influências de terceiros que possam prejudicar a liberdade de escolha na vivência de sua sexualidade e contribuir para a sua sujeição a diferentes formas de exploração. Com o dispositivo visa a lei evitar o incremento e o desenvolvimento da prostituição e de outras formas de exploração sexual (MIRABETE, 2011, p.430).

O delito de lenocínio apresenta também além da proteção a liberdade sexual do indivíduo como bem juridicamente protegido a dignidade sexual do ser humano, como o próprio título do Capítulo ao qual esta inserido diz.

Tem-se entendido que “a moral sexual e, num sentido mais amplo a dignidade sexual são os bens juridicamente protegidos pelo tipo penal que prevê o delito de lenocínio” (GRECO, 2011, p. 584).

Como objeto material do crime em questão aparece a segunda pessoa, aquela que realizará os atos para a satisfação da lascívia de terceiro, trata-se da pessoa induzida a fazer algo de cunho libidinoso ou não, mas que de alguma forma despertará numa terceira pessoa desejo sexual.

O objeto material é “a pessoa contra a qual recai a conduta praticada pelo agente, vale dizer, aquela que foi induzida a satisfazer a lascívia de outrem” (GRECO, 2011, p. 584).

Qualquer pessoa poderá vir a ser sujeito ativo ou passivo desse crime, pois de acordo com a conduta descrita no Código Penal qualquer pessoa é capaz de praticar a conduta de induzir e figurar no pólo ativo da questão, assim como qualquer um poderá figurar no pólo passivo recebendo e atendendo a ação principal. Trata-se então de delito de natureza comum.

“Não há restrições na lei a inclusão de qualquer pessoa, homem ou mulher, como sujeito passivo do crime em estudo, uma vez que tanto um como o outro pode satisfazer desejos eróticos de terceiro” (MIRABETE, 2011, p. 430).

Em termos de lenocínio simples de acordo com o artigo 227 do Código Penal, tem como tipo objetivo a o ato de induzir, em qualquer uma de suas formas.

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dádivas ou súplicas (MIRABETE, 2011, p. 431).

Então figura como tipo subjetivo do crime o dolo específico que consiste na existência da intenção real de realizar a conduta principal do crime.

“O tipo subjetivo vem representado pelo dolo, consistente na consciência e vontade de induzir o sujeito passivo a corrupção. Exige-se ainda o elemento subjetivo do injusto expresso pela finalidade de satisfazer a lascívia alheia” (PRADO, 2006, p.260).

Consuma-se quando o destinatário da ação principal, que se trata do ato de induzir, realiza atos libidinosos com o intuito de satisfazer a terceira pessoa que é o destinatário do crime.

Consuma-se o delito quando a vítima vem efetivamente a praticar os atos libidinosos com o destinatário do lenocínio, independentemente de que este venha a alcançar o “gozo genésico” (delito de resultado). Não deve ser afastada a hipótese de a vítima praticar esse atos com o próprio agente, desde que contemplado pelo terceiro (PRADO, 2006, p.261).

Quando a vítima praticar atos libidinosos com o agente do crime de lenocínio com a intenção de satisfazer a lascívia de terceiro teremos outra uma situação conhecida como voyerismo (em hipótese de lenocínio simples).

Em relação a possibilidade de tentativa, esta é potencialmente possível, quando o sujeito passivo já convencido a realizar o ato libidinoso é de alguma forma impedido.

“Assim, imagina-se a hipótese em que a vítima, depois de ser induzida pelo agente à satisfação da lascívia de outrem, é impedida, por circunstâncias alheias à vontade do agente, momentos antes de realizar o ato sexual” (GRECO, 2011, p. 584).

Ressaltando que o referido delito evidencia punição a pessoa que realiza a conduta típica de induzir, sendo esta a ação principal do crime. Assumem então caráter secundário os atos praticados por quem satisfaz a lascívia; quem tem satisfeita sua lascívia poderá vir a responder na ceara penal por outros crimes que vão depender da conduta praticada e quem a praticou e como fora praticada.

3.2. Pessoa vulnerável e o crime de lenocínio A reforma feita pela Lei 12.015/2009 atingiu os crimes sexuais praticados contra menores de 18 anos, considerados vulneráveis.

Considera-se vulnerável a pessoa que “por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência” (art.217, §1°, 2ª parte). Não se refere a lei nesse ponto, ao menor de 18 anos ou à pessoa portadora de enfermidade ou doença mental, mas a qualquer pessoa que se encontre na situação de não poder oferecer resistência à conduta do agente. Não foi feliz o legislador na redação da norma, valendo-se de formula que certamente propiciará diferentes interpretações na aplicação de diversos dispositivos legais (MIRABETE, 2011, p. 408).

No âmbito do lenocínio surgiu a figura delitiva descrita no art. 218 do Código Penal: “Induzir alguém, menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia de outrem: Pena – reclusão, de dois a cinco anos. O legislador conservou o crime de corrupção de menores e inovou com o crime de estupro de vulnerável, o que gerou no mundo penal certo desacordo.

“Trata-se, na verdade, de uma modalidade, especial de lenocínio, na qual o agente presta assistência à libidinagem de outrem, tendo ou não finalidade de obtenção de vantagem econômica” (GRECO, 2011, p. 543).

A manutenção do crime de corrupção de menores e a inovação com a criação do crime de estupro de vulnerável confundem o sistema penal. Pois, segundo o art. 217- A CP.: Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos. : Pena- reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos; é crime de estupro de vulnerável, e quem colabora para realização de tais atos deveria responder penalmente por esse crime.

Sendo assim, aquele que induz a prática de qualquer ato libidinoso com pessoa vulnerável seria participe do crime de estupro de vulnerável, e não corruptor de menores visto que a pena para os referidos delitos são bem diferentes.

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aquele que instigar ou auxiliar um menor de catorze anos a praticar ato sexual com outrem seria considerado partícipe de estupro de vulnerável. A ilogicidade é evidente, mas não se pode promover uma interpretação prejudicial ao réu. A legalidade deve prevalecer, mormente porque benéfica ao acusado (NUCCI, 2009, p. 45).

.Entretanto, o que se verifica na realidade, é que tais dispositivos são similares no que diz respeito a vítima (vulnerável), o que deve-se levar em consideração na caracterização desses delitos é o tipo de ato que foi realizado para a obtenção da satisfação da lascívia.

Assim, por exemplo, poderia o agente induzir a vítima a fazer um ensaio fotográfico, completamente nua, ou mesmo tomar banho na presença de alguém, ou simplesmente ficar deitada sem roupas, fazer danças eróticas, seminua, com roupas minúsculas, fazer streap-tease etc., pois essas cenas satisfazem a lascívia de alguém que atua como voyear (GRECO, 2011, p. 545).

Quando ocorrer a conjunção carnal com pessoa vulnerável a pena que deverá ser submetido àquele que praticou o ato sexual, deverá ser aquela que corresponde ao crime de estupro de vulnerável, e de partícipe desse crime quem de alguma forma induziu ou instigou colaborando para que esse se realizasse. Em relação ao crime de lenocínio quando a vítima for pessoa vulnerável, só caberá se não houver conjunção carnal ou qualquer outro ato libidinoso similar ao ato sexual propriamente dito, como exemplo, a ocorrência de sexo oral.

3.3. O lenocínio

Levando em consideração as alterações sofridas por este diploma legal, é necessário uma breve análise sobre a conduta do lenocínio.

Destaca-se a conduta necessária para a caracterização do delito em tela. O ato de induzir outra pessoa a satisfação do desejo sexual de um terceiro é conhecido penalmente como crime de lenocínio.

O que se incrimina nesse delito é a intenção de explorar a sexualidade de outra pessoa, independente de qualquer tipo de vantagem. Para Hungria

O código de 40 não teria sido baldo de técnica se tivesse empregado no presente capítulo, como rubrica geral, tão somente o vocábulo „lenocínio‟. Com este nome, tomado em sentido lato, pode designar-se não só a atividade criminosa dos mediadores ou fautores, como a dos aproveitadores, em geral, da corrupção ou da prostituição. (...) O lenocínio é o fato de prestar assistência à libidinagem de outro ou dela tirar proveito. A nota diferencial característica do lenocínio, está em que, ao invés de servir a concupiscência de seus próprios agentes, opera em torno da lascívia alheia, a prática sexual inter alio. (Hungria apud GRECO, 2011. p. 582).

Também é preciso ressaltar a presença de três agentes distintos: aquele que induz alguém a praticar atos de cunho sexual, quem sofre o induzimento e pratica o ato, e um terceiro beneficiário do ato sexual e que tem satisfeita a lascívia própria.

Sobre esse prisma encontra-se certo grau de complexidade na conduta típica para a consumação do crime de lenocínio.

Luís Regis Prado pontifica que o “lenocínio em sentido amplo é atividade criminosa que abrange tanto o ato de mediar, facilitar ou promover atos de libidinagem como aproveitar-se de qualquer forma, da prostituição alheia” (REGIS PRADO, 2006, p. 259).

A característica principal do crime de lenocínio encontra-se na satisfação da lascívia de outrem, “o proxenta atua não no sentido de satisfazer sua libido, mas sim de uma terceira pessoa” (GRECO, 2011, p.583).

A satisfação da lascívia de outrem torna-se então pressuposto primordial para a caracterização da conduta prevista no art. 227 Código Penal Brasileiro.

Por esse motivo é de suma importância estudar a questão da lascívia na conduta delitiva em questão.

Pode se conceituar, portanto, o lenocínio, como a conduta delitiva consistente em intermediar, facilitar ou promover atos de libidinagem, bem como obter proveito da prostituição alheia (REGIS PRADO, 2006, p. 259).

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4.0. A lascívia

Conceituado o crime de lenocínio, é preciso falar da questão da lascívia, necessária para a tipificação do crime.

A conduta incriminadora no crime de lenocínio será a ação de induzir, instigar uma pessoa a satisfazer os desejos sexuais de uma terceira pessoa, mas o que determinará a consumação do delito será sempre a satisfação da lascívia.

Lascívia é o sinônimo de sensualidade, luxuria e libidinagem. No crime em preço, o sujeito ativo, portanto, intervém, atua sobre o passivo, para que este se preste aos desejos eróticos de terceiro. Tais desejos diversos modos podem ser satisfeitos, desde a cópula normal, até a mais simples contemplação lasciva, como quando o agente faz com que a vitima se desnude para contemplação de terceiro (FARIA, apud MIRABETE, 2011, p.431).

Na língua portuguesa é possível verificar muitos significados para a palavra lascívia, entre tantos encontra-se facilmente definições como: “qualidade ou modos de lascivo, luxúria, libidinagem, sensualidade, cabritismo” (Dicionário Aurélio Eletrônico). Pode-se notar então, que a lascívia tem um grande apelo de cunho sexual. Para o crime em questão tem também papel indispensável.

A lascívia pode ser facilmente descrita também, como o desejo sexual, o ato de induzir alguém a satisfação da libidinagem de terceiro é que torna a lascívia o sujeito principal do crime de lenocínio, se esta não houver, o crime fatalmente descaracterizar-se-à.

“Lascívia é elemento normativo

extrajurídico do tipo de injusto, é sinônimo de sensualidade, luxúria, concupiscência e libidinagem” (PRADO, 2006, p.260).

É preciso salientar, que para a consumação do crime de lenocínio é necessário que alguém induza outra pessoa a satisfazer a lascívia de uma terceira pessoa. Quem induz é aquele que convence, aconselha, instiga de alguma forma promove a ação, o induzido será sempre diferente do indutor.

A conduta criminosa será ato de “induzir alguém” a promoção de atos que visem à satisfação da lascívia alheia, a obtenção dessa satisfação será o

resultado do ato delitivo e terá efeitos jurídicos de consumação do crime em tela.

“Induzir significa persuadir, aliciar, Levar a vítima a satisfazer a lascívia de outrem: aqui o proxeneta convence o ofendido, por qualquer meio, a submeter-se ou a praticar atos de libidinagem com terceira pessoa” (PRADO, 2006, p.260).

Então, o destinatário da conduta delitiva, que tem saciada a lascívia própria, será coadjuvante do crime de lenocínio, mas, poderá responder na ceara penal por outros crimes dependendo da situação em que ocorreu o delito e quem foi a vítima. Este não atuará de forma a influenciar diretamente no resultado da ação principal. Há neste ponto divergências doutrinárias.

“O destinatário do lenocínio, em prol de quem age o sujeito ativo, não responde pelo delito, ainda que haja instigado o lenão, já que a norma exige o fim de servir a lascívia alheia e não a própria” (PRADO, 2006, p.268).

Também na possibilidade de tentativa, que ocorre quando a satisfação da lascívia não se concretizar por fatos alheios a vontade das partes envolvidas no ato delitivo, tem a lascívia papel determinante em sua configuração.

A lascívia tem neste contexto, papel relevante, mas não mais importante do que o ato de indução, sem a realização de atos com intenção de satisfazer a lascívia alheia, não será possível a consumação do delito. Assim confirma:

Consuma-se o delito quando a vítima vem efetivamente a praticar os atos libidinosos com o destinatário do lenocínio, independentemente de que este venha a alcançar o “gozo genésico”. Não deve ser afastada a hipótese de a vítima praticar esses atos com o próprio agente, desde que contemplados pelo terceiro (PRADO, 2006 p.261).

O crime de lenocínio tem como ação principal o ato de induzir, mas será determinante para sua configuração a questão secundária e não menos importante da lascívia que determinará o grau de ilicitude do ato. Por isso atentar para este importante detalhe é de suma importância.

4.1. A lascívia e o crime de lenocínio

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diferentes pareceres e conceitos a conclusão que se pode chegar é que a satisfação da lascívia alheia é determinante para a consumação do crime de lenocínio.

A lascívia em si, tem muitas definições o que dificulta uma unanimidade sobre o tema, tratada no referido diploma legal é questão de grande relevância que tem levantado entre doutrinadores discussões.

Trata-se de qualquer ato libidinoso que seja capaz de satisfazer o desejo sexual de terceiro. O que determinará a caracterização de outro delito ou contribuirá para a majoração da pena não serão os atos realizados com a finalidade de alcançar a satisfação, mas os sujeitos da ação.

Porém, se vítima trata-se de pessoa vulnerável, o quadro muda, e não há entre os principais doutrinadores penais unanimidade em relação ao delito praticado. Como fora dito anteriormente, preocupado com a fragilidade dos menores de 14 anos ou mesmo com as pessoas que não tem discernimento suficiente para oferecer algum tipo de resistência ao crime, o legislador manteve a figura penal da corrupção de menores e acrescentou o crime de estupro de vulnerável.

Essas duas figuras penais têm como característica principal a satisfação da lascívia ou do desejo sexual, mas, quanto ao sujeito ativo diferem. No crime de estupro de vulnerável o autor do delito poderá ele mesmo realizar a conduta incriminadora, tendo satisfeita sua lascívia ou mesmo realizar a conduta para satisfazer a lascívia de outrem. No crime de corrupção de menores deverá ser satisfeita a lascívia de terceiro.

Por não haver um consenso em relação a discriminação do que pode ser considerado ato libidinoso há outra discussão. É necessário que haja a satisfação da lascívia, mas nos crimes contra vulnerável o que caracterizará um delito ou outro será o ato praticado para a obtenção da satisfação lasciva, também contribuirá para essa caracterização a pessoa que a teve satisfeita:

Por satisfazer a lascívia somente podemos entender aquele comportamento que não imponha à vitima, menor de 14 (catorze) anos, a prática de conjunção carnal ou outro ato libidinoso, uma vez que, nesses casos, teria o agente que responder pelo delito de estupro de vulnerável, em virtude da regra constante do art. 29 do Código Penal, que seria aplicada ao art.

217-A do mesmo diploma repressivo (GRECO, 2011, p. 544).

Quando a vítima for menor de quatorze anos e tenha sido induzida a praticar atos de libidinagem com terceiro, o terceiro que com a vítima praticar os atos responderá pelo crime de estupro de vulnerável previsto no artigo 217-A CP que contempla a ação de ter conjunção carnal ou outro ato libidinoso com vulnerável. E quem realizou a conduta de induzir, responderá como partícipe desse mesmo crime.

Mas há também uma corrente doutrinária que contrapõe, alegando que aquele que induzir menor de catorze anos a satisfazer a lascívia alheia deverá responder pelo delito previsto no art. 218 CP, tal artigo trata do delito de corrupção de menores.“O atual art. 218 criou uma modalidade de exceção pluralística à teoria monística, impedindo a punição de partícipe de estupro de vulnerável, pela pena prevista para o art.217-A, quando se der na modalidade de induzimento.” (NUCCI, 2009 p.45). No entanto, como a intenção principal do legislador era primeiramente proteger a pessoa vulnerável de possível abuso sexual, tal argumento se torna falho, frente a existência de um tipo penal similar muito mais severo e que abrange outras condutas além do induzimento.

Assim, é importante frisar que, em nenhum momento, a vítima menor de 14 (catorze) anos poderá ser submetida à conjunção carnal ou a outros atos libidinosos, pois, se isso ocorrer, estaremos diante do delito de estupro de vulnerável, tipificado no art. 217-A do Código Penal, e não do crime de corrupção de menores, com a nova redação que lhe foi dada pela Lei 12.015, de 7 de agosto de 2009 (GRECO, 2011, p. 545).

Agora a questão da lascívia volta a ser determinante, quando a vítima for menor de 14 anos e praticar atos libidinosos quem com ela o fizer responderá pelo crime de estupro de vulnerável, no entanto se a vitima menor de 14 anos for apenas induzida a realizar atos que satisfaçam a lascívia de terceiro sem que haja conjunção carnal ou libidinagem o crime em questão é o de corrupção de menores o e responderá por ele o agente indutor.

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práticas contemplativas, no steap-tease ou no fazer poses eróticas) e que, assim, somente se configura o crime de corrupção de menores se o induzimento não visa á prática pelo menor de 14 anos daqueles atos sexuais, tratando-se portanto de delito subsidiário (MIRABETE, 2011, p. 416).

Mas a satisfação da lascívia pode acontece por mera contemplação de um ato, surge outra hipótese, o voyeur. O voyeurismo é uma prática que consiste em um indivíduo conseguir obter prazer sexual através da observação de outras pessoas, que podem ou não ter conhecimento da sua presença (GRECO, 2011, p. 545).

Para a prática da lascívia contemplativa aplica-se o disposto no art. 218.

Poderia o agente induzir a vítima a fazer um ensaio fotográfico, completamente nua, ou mesmo tomar anho na presença de alguém, ou simplesmente ficar deitada sem roupas, fazer danças eróticas, seminua, com roupas minúsculas, fazer streap-tease etc., pois essas cenas satisfazem a lascívia de alguém que atua como voyear (GRECO, 2011, p. 545).

A lascívia é fator determinante na caracterização do lenocínio, e também capaz de discriminar qual a espécie de lenocínio existente em determinada situação.

5.0. Considerações gerais

O crime de lenocínio é conduta antiga, que fora em muitos momentos da história reprimida. Hoje não é diferente.

O ato de induzir alguém a praticar atos que satisfaçam a lascívia de uma terceira pessoa, há muito é caracterizado como crime e vem assumindo diferentes punições, que tem sido combatida em todas as suas formas.

Mas o que realmente determina no cenário atualmente modificado pela Lei 12.015 de 7 de agosto de 2009 e qual será a pena aplicada a este crime com inúmeras vertentes, é como ocorre à satisfação da lascívia, quem a terá satisfeita. Tornando fator relevantemente importante para a consumação do delito.

A lascívia é primeiramente vista como condição secundária do crime em questão, pois para que esteja caracterizado o crime de lenocínio basta que haja a intenção de induzir alguém mas para que

se consume, é necessário que a ação tenha o intuito de satisfazer de alguma forma a lascívia de outrem.

Lascívia é tudo aquilo que se refere ao desejo sexual, sua satisfação pode ocorrer de muitas formas diferentes, através de diversos atos. O que interessa mesmo, para culminar no delito de lenocínio é que ocorra a satisfação do desejo sexual de terceira pessoa através de indução de um sujeito ativo.

O ato libidinoso que precede a satisfação da lascívia e a vítima do crime, tem papel importante, pois dependendo do ato realizado todos os sujeitos da ação responderam penalmente, visto que o legislador preocupou-se com a proteção da dignidade sexual de todos, desde a pessoa adulta à aqueles considerados vulneráveis.

O presente estudo teve como principal objetivo suscitar a questão da exploração sexual especificamente com relação ao lenocínio, que fora recentemente modificado. Tratar desse assunto que é totalmente desconhecido por muitos é importante para que se traga a tona às chagas que a sociedade não consegue curar.

O crime de lenocínio tem raízes antigas e vem se alastrando pelo seio da sociedade sem ser contido, e nesse sentido não há nenhuma manifestação dos legisladores para que este cenário seja modificado.

A satisfação da lascívia é de suma importância hoje para o Direito Penal Brasileiro no que diz respeito ao rol dos crimes contra a dignidade sexual. Em função da realização dos desejos sexuais a qualquer custo surgiu a necessidade do Estado de coibir qualquer conduta que ameace a dignidade sexual das pessoas.

O princípio basilar do Direito deve ser sempre a dignidade da pessoa humana em todos os aspectos.

6.0. Referências bibliográfica

FARIA, Bento de. Código penal brasileiro comentado. v. VI. Rio de Janeiro: Record, 1959. 375 p.

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HENRIQUES, Antônio. Monografia no curso de direito: como elaborar o trabalho de conclusão de curso (TCC). 6 ed. São Paulo: Atlas, 2008. 328 p. HUNGRIA, Nélson. Comentários ao Código Penal. v. VIII. Rio de Janeiro: Forense, 1956. 530 p.

HOLANDA, A. B. Dicionário Aurélio Eletrônico: século XXI. Rio de Janeiro: Nova Fronteira e Lexicon Informática, 1999, CD-rom, versão 3.0. MIRABETE, Julio Fabrini. Manual de Direito Penal. v. 2. 28 ed. São Paulo: Atlas, 2011. 488 p.

NUCCI, Guilherme de Souza. Crimes contra a dignidade sexual: comentários à Lei 12.015, de 7 de agosto de 2009. São Paulo: RT, 2009. 125 p. ______ & FRANCO, Alberto Silva. Doutrinas Essenciais - Direito Penal. v. VI. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2010. 1035 p.

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