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NOVO REGIME FISCAL: UM BALANÇO

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Academic year: 2021

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NOVO REGIME FISCAL:

UM BALANÇO

Márcio Holland

Professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EESP), foi Secretário de Política

Econômica do Ministério da Fazenda, coordenador do Observatório das Estatais FGV

CONASS

(2)

PEC DO TETO DE GASTOS: POR QUE PRECISÁVAMOS MUDAR ESSA

REGRA DO JOGO?

Gastos em torno de 20% do PIB não são sustentáveis

: a carga tributária precisa

subir, deteriorando ainda mais a competitividade do país.

Não é possível atender

novas demandas da sociedade

, mantendo gastos ineficientes

ou desalinhados às novas demandas da sociedade.

Brasil passa por grandes

transformações demográficas.

Não é possível crescer de modo sustentável com os

maiores juros do mundo.

É preciso repensar a relação entre o

Estado e a Economia

: não é questão

ideológica, mas de moral e de adequação à nova realidade.

(3)

0,9% -0,3% 0,2% 0,8% 0,3% -0,7% 0,5% 0,7% 0,4% 0,1% -0,7% 1,2% 0,0% -0,7% 0,2% 0,4% 0,7% 1,3% 0,6% -1,0% -0,5% 0,0% 0,5% 1,0% 1,5%

5,9

4,3

5,6

4,0

3,9

5,5

0

1

2

3

4

5

6

7

Governo Central Governos Estaduais

Governos

Municipais

Gastos

Receitas Líquidas

Crescimento Real de Gastos e de Receitas Líquidas

(média anual 2002-2015) % ao ano

Variação dos Gastos Primários em % do PIB – variação de um

ano em relação ao ano anterior – 1997-2016

(4)

FHC

(1998-2002)

Lula

(2003-2010)

Dilma

(2011-2014)

Ajuste

2015

Ajuste

2016

Ajuste

2017

Receitas

8,4

6,1

2,9

-6,8

-5,8

-5,5

Despesas

Primárias

5,6

7,2

5,2

-3,9

1,2

-4,2

Pessoal e Encargos

5,9

4,6

1,0

0,8

-5,5

10,9

Previdência

7,1

7,7

5,1

1,4

5,2

6,9

Subsídios

-4,0

20,4

25,9

-7,5

-12,5

-26,3

Investimentos

7,2

10,7

0,3

-33,7

7,9

-38,4

Evolução das Receitas e Despesas Por Governo 1998-2017

Taxa Real de Crescimento (Deflacionado pelo IPCA)

Nota: 2017 = jan – julho do ano contra mesmo período do ano anterior

Fonte: STN, Gobetti & Orair, e cálculos nossos

(5)

PEC DO TETO DE GASTOS NÃO CONTEVE DETERIORAÇÃO FISCAL

Redução efetiva das despesas primárias em percentual do PIB

Teto começou inflado com IPCA elevado e RAP; adiando a queda

Coloca na ordem do dia a agenda da qualidade dos gastos

Governo Federal concedeu reajustes salariais insustentáveis para servidores públicos

Aumenta o grau de discricionariedade do Poder Executivo

Percepção de que vigoram prioridades invertidas

Contribuição para a estabilização da dívida bruta

Adiado para depois de 2022

Efeitos importantes no curto prazo na confiança da economia brasileira, especialmente medidos

em termos de prêmio de risco país.

(6)

EFEITO DA NOVA REGRA FISCAL

GASTOS DEIXAM DE CRESCER 0,3% DO PIB, AO ANO, PARA CAIR RUMO A 17%

DO PIB

-3,00 -2,00 -1,00 0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 10,00 12,00 14,00 16,00 18,00 20,00 22,00 24,00 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025

Resultado Primário com a PEC (% do PIB) Gastos Governamentais sem a PEC (% do PIB Receitas Tributárias (% do PIB)

Gastos Governamentais com a PEC (% do PIB

(7)

GANHOS DE DISCRICIONARIDADE PARA GASTOS

COM EDUCAÇÃO E SAÚDE (EM R$ BILHÕES)

7

0,00 3,17 11,60 20,07 30,31 36,73 43,84 51,70 60,40 69,99 -(0,88) 5,69 11,58 17,71 24,57 32,23 40,75 50,22 60,73 -10,00 0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 70,00 80,00 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025

Diferença Saúde

Diferença Educação

De 2017 a 2025, ganho

de discricionariedade

com Saúde é de R$328 bi

(8)

COMPORTAMENTO DE DIFERENTES INDEXADORES

8

Crescimento da Receita Correte Líquida (RCL) e do IPCA - % ao ano, 2002-2017

Fonte: IBGE e STN

2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 (5,00) 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Crescimento da RCL IPCA

(9)

INDICADORES FISCAIS: GRANDE DISCREPÂNCIA DEVIDO ÀS PROJEÇÕES DE

RECEITA, E MARGENS FISCAIS ESTREITAS MESMO COM REFORMA

Projeções Fiscais: Margens Fiscais em R$ bi – 2016 - 2020

2016

2017

2018

2019

2020

Despesas sujeitas ao teto

-

1.308

1.349

1.407

1.470

Previdência S/Reforma

521

567

605

655

708

Previdência C/Reforma

521

567

597

637

679

Piso Saúde

95

114

119

124

130

Piso Educação

43

46

49

51

53

Diversas (Pessoal, BF, Abono e SD, BPC, etc)

579

622

649

679

713

Despesas Obrigatórias S/Reforma

(% Desp. Suj. Teto)

91%

93%

93%

95%

96%

Despesas Obrigatórias C/Reforma

(% Desp. Suj. Teto)

91%

91%

92%

93%

94%

(10)

1,7 1,67 2,14 2,26 2,68 2,57 2,13 2,19 2,29 1,27 2,03 2,13 1,79 1,41 -0,35 -1,94 -2,54 1,11 1,29 1,66 2,53 2,58 2,58 2,29 1,98 1,85 1,43 1,04 1,41 0,96 -0,07 -1,8 -1,51 -2,57 0,44 0,33 0,47 0,03 0,05 0,03 0,03 0,08 -0,19 0,81 0,99 0,44 0,64 0,88 0,7 -0,52 0,77 -3 -2 -1 0 1 2 3 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Resultado Fiscal Convencional

Resultado Estrutural

Componente Não Recorrente

Resultados fiscais cada vez mais dependentes de receitas extraordinárias

Resultado fiscal convencional e estrutural % do PIB 2000-2016

(11)

16,24 15,67 14,67 14,62 14,21 14,21 13,97 13,95 13,41 12,85 12,59 12,5 12,25 12,25 11,97 11,66 11,62 11,44 11,15 10,62 10,16 10,14 9,55 9,28 9,24 8,57 8,04 7,7 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

ENQUANTO ISSO, NOS ESTADOS...

Crescimento nominal de gastos com Folha de Pagamentos por Estado, % média anual 2009-2015

Fonte: Senado Federal

Média =

12,10%

(12)

Crescimento real das despesas com pessoal entre 2010 e 2016 %

Crescimentos

insustentável

da folha de pagamentos dos Estados

(13)

ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA É DESAFIO

10,40

13,85

21,54

28,74

39,00

48,34

5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 30,00 35,00 40,00 45,00 50,00 20 00 20 02 20 04 20 06 20 08 20 10 20 12 20 14 20 16 20 18 20 20 20 22 20 24 20 26 20 28 20 30 20 32 20 34 20 36 20 38 20 40 20 42 20 44 20 46 20 48 20 50 20 52 20 54 20 56 20 58 20 60

Razão de Dependência (Pop. acima 65 pela Pop. entre 20 e 64) %

2000 - 2060

Fonte: IBGE e Banco Mundial

Idades

2017

2032

2060

18 - 22

8,2

6,6

5,0

23 - 30

13,1

11,5

8,5

65 +

8,5

14,3

26,8

75 +

3,2

5,9

14,2

Grupos Selecionados % do Total População

Despesas Previdenciárias do RGPS e BPC/LOAS (% do PIB)

1997-2060

(14)

BRASIL É PONTO FORA DA CURVA

G

ast

os P

re

vi

de

nc

ri

os (%

d

o P

IB

)

Razão de Dependência (População acima de 65 / População entre 20 – 64)

Fonte: OECD e MPS

Em 2060, a razão de

dependência será de

45%, e os gastos

devem dobrar

(15)

QUAL É O NOSSO CRESCIMENTO POTENCIAL?

Crescimento do PIB

(Média anual)

Crescimento da

População (Média anual)

Crescimento da

Produtividade (Média anual)

1948-1979

7,4%

2,9%

4,5%

1980-2016

2,4%

1,6%

0,8%

2017-2030

?

0,6%

(caindo de 0,8% para

0,35%, indo a 0%, em

2042)

?

Aumento de produtividade é requerido para

manter mesma taxa de crescimento recente!

(16)

NOVO REGIME FISCAL:

UM BALANÇO

Márcio Holland

Professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EESP), foi Secretário de Política

Econômica do Ministério da Fazenda, coordenador do Observatório das Estatais

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Referências

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