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Literatura. Exercícios sobre a literatura do século XIX. Exercícios

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Academic year: 2021

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Exercícios sobre a literatura do século XIX

Exercícios

1.

(Enem, PPL, 2020) Leito de folhas verdes Brilha a lua no céu, brilham estrelas, Correm perfumes no correr da brisa, A cujo influxo mágico respira-se

Um quebranto de amor, melhor que a vida!

A flor que desabrocha ao romper d’alva Um só giro do sol, não mais, vegeta:

Eu sou aquela flor que espero ainda Doce raio do sol que me dê vida.

DIAS, G. Antologia poética. Rio de Janeiro: Agir, 1979 (fragmento).

Na perspectiva do Romantismo, a representação feminina espelha concepções expressas no poema pela

a) reprodução de estereótipos sociais e de gênero.

b) presença de traços marcadores de nacionalidade.

c) sublimação do desejo por meio da espiritualização.

d) correlação feita entre estados emocionais e natureza.

e) mudança de paradigmas relacionados à sensibilidade.

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2.

(FGV – 2005) As Pombas

Vai-se a primeira pomba despertada...

Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas De pombas vão-se dos pombais, apenas Raia sanguínea e fresca a madrugada...

E à tarde, quando a rígida nortada

Sopra, aos pombais de novo elas, serenas, Ruflando as asas, sacudindo as penas, Voltam todas em bando e em revoada...

Também dos corações onde abotoam, Os sonhos, um por um, céleres voam, Como voam as pombas dos pombais;

No azul da adolescência as asas soltam, Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam, E eles aos corações não voltam mais...

Olavo Bilac

Assinale a alternativa correta a respeito do Parnasianismo:

a) A inspiração é mais importante que a técnica.

b) Culto da forma: rigor quanto às regras de versificação, ao ritmo, às rimas ricas ou raras.

c) O nome do movimento vem de um poema de Raimundo Correia.

d) Sua poesia é marcada pelo sentimentalismo.

e) No Brasil, o Parnasianismo conviveu com o Barroco.

3.

(UNIFESP – 2004) No Manifesto da Poesia Pau-Brasil, Oswald de Andrade faz o seguinte comentário sobre os poetas parnasianos: “Só não se inventou uma máquina de fazer versos - já havia o poeta parnasiano.”

O que o poeta modernista está criticando nos parnasianos é:

a) a demasiada liberdade no ato da criação, que os torna máquinas poéticas.

b) o abandono da Arte pela arte, com a criação objetiva e anticonvencional.

c) a preocupação com a perfeição formal e com o subjetivismo.

d) o formalismo e a impessoalidade comuns em seus textos.

e) o exagero na expressão das emoções, apesar da criação poética mecânica.

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(PUC – MG – Adaptada) Texto para as questões 6 e 7:

Oh! Que saudades que eu tenho Da aurora da minha vida, Da minha infância querida, Que os anos não trazem mais!

Que amor, que sonhos, que flores Naquelas tardes fagueiras À sombra das bananeiras Debaixo dos laranjais!

(Casimiro de Abreu)

4.

Assinale o dado linguístico que liga o trecho ao estilo romântico.

a) Pontuação expressiva.

b) Predominância de adjetivos.

c) Elementos sofisticados para cenário.

d) Verbos para exaltação do tempo presente.

e) Pronomes possessivos garantem o egocentrismo.

5.

O núcleo temático desenvolvido no poema aponta para:

a) A fuga da realidade presente para um passado idealizado.

b) A expressão do eu poético sobre sentimentos pela mulher.

c) A elevação da natureza como símbolo da pátria.

d) O desejo pela morte como forma de evasão.

e) O desconsolo decorrente das lembranças da infância.

6.

(Enem – 2001) No trecho abaixo, o narrador, ao descrever a personagem, critica sutilmente um outro estilo de época: o romantismo.

“Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos; era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa. Não digo que já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as mocinhas do tempo, porque isto não é romance, em que o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas; mas também não digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação.”

(ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Jackson,1957.)

A frase do texto em que se percebe a crítica do narrador ao romantismo está transcrita na alternativa:

a) ... o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas ...

b) ... era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça ...

c) Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, ...

d) Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos ...

e) ... o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação.

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7.

(Fuvest) "O indianismo dos românticos [...] denota tendência para particularizar os grandes temas, as grandes atitudes de que se nutria a literatura ocidental, inserindo-as na realidade local, tratando-as como próprias de uma tradição brasileira."

(Antonio Candido, Formação da Literatura Brasileira)

Considerando-se o texto acima, pode-se dizer que o indianismo, na literatura romântica brasileira:

a) procurou ser uma cópia dos modelos europeus.

b) adaptou a realidade brasileira aos modelos europeus.

c) ignorou a literatura ocidental para valorizar a tradição brasileira.

d) deformou a tradição brasileira para adaptá-la à literatura ocidental.

e) procurou adaptar os modelos europeus à realidade local.

8.

(Enem – 2011) Abatidos pelo fadinho harmonioso e nostálgico dos desterrados, iam todos, até mesmo os brasileiros, se concentrando e caindo em tristeza; mas, de repente, o cavaquinho de Porfiro, acompanhado pelo violão do Firmo, romperam vibrantemente com um chorado baiano. Nada mais que os primeiros acordes da música crioula para que o sangue de toda aquela gente despertasse logo, como se alguém lhe fustigasse o corpo com urtigas bravas. E seguiram-se outras notas, e outras, cada vez mais ardentes e mais delirantes. Já não eram dois instrumentos que soavam, eram lúbricos gemidos e suspiros soltos em torrente, a correrem serpenteando, como cobras numa floresta incendiada; eram ais convulsos, chorados em frenesi de amor: música feita de beijos e soluços gostosos; carícia de fera, carícia de doer, fazendo estalar de gozo.

AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. 15. ed. São Paulo: Ática, 1984. p. 28-29

No romance O Cortiço (1890), de Aluísio Azevedo, as personagens são observadas como elementos coletivos caracterizados por condicionantes de origem social, sexo e etnia. Na passagem transcrita, o confronto entre brasileiros e portugueses revela prevalência do elemento brasileiro, pois

a) destaca o nome de personagens brasileiras e omite o de personagens portuguesas.

b) exalta a força do cenário natural brasileiro e considera o do português inexpressivo.

c) mostra o poder envolvente da música brasileira, que cala o fado português.

d) destaca o sentimentalismo brasileiro, contrário à tristeza dos portugueses.

e) atribui aos brasileiros uma habilidade maior com instrumentos musicais.

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9.

(Enem – 2015) A pátria

Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste!

Criança! não verás nenhum pais como este!

Olha que céu! que mar! que rios! que floresta!

A Natureza, aqui, perpetuamente em festa, É um seio de mãe a transbordar carinhos.

Vê que vida há no chão! vê que vida há nos ninhos, Que se balançam no ar, entre os ramos inquietos!

Vê que luz, que calor, que multidão de insetos!

Vê que grande extensão de matas, onde impera, Fecunda e luminosa, a eterna primavera!

Boa terra! jamais negou a quem trabalha O pão que mata a fome, o teto que agasalha...

Quem com o seu suor a fecunda e umedece, Vê pago o seu esforço, e é feliz, e enriquece!

Criança! não verás pais nenhum como este:

Imita na grandeza a terra em que nasceste!

BILAC, O. Poesias infantis. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1929.

Publicado em 1904, o poema A pátria harmoniza-se com um projeto ideológico em construção na Primeira República. O discurso poético de Olavo Bilac ecoa esse projeto, na medida em que:

a) a paisagem natural ganha contornos surreais, como o projeto brasileiro de grandeza.

b) a prosperidade individual, como a exuberância da terra, independe de políticas de governo.

c) os valores afetivos atribuídos à família devem ser aplicados também aos ícones nacionais.

d) a capacidade produtiva da terra garante ao país a riqueza que se verifica naquele momento.

e) a valorização do trabalhador passa a integrar o conceito de bem-estar social experimentado.

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10.

(Enem Digital, 2020) O laço de fita

Não sabes, criança? ‘Stou louco de amores…

Prendi meus afetos, formosa Pepita.

Mas onde? No templo, no espaço, nas névoas?!

Não rias, prendi-me Num laço de fita.

Na selva sombria de tuas madeixas, Nos negros cabelos de moça bonita, Fingindo a serpente qu’enlaça a folhagem, Formoso enroscava-se

O laço de fita.

[…]

Pois bem! Quando um dia na sombra do vale Abrirem-me a cova… formosa Pepita!

Ao menos arranca meus louros da fronte, E dá-me por c’roa…

Teu laço de fita.

ALVES, C. Espumas flutuantes. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 8 ago. 2015 (fragmento).

Exemplo da lírica de temática amorosa de Castro Alves, o poema constrói imagens caras ao Romantismo. Nesse fragmento, o lirismo romântico se expressa na

a) representação infantilizada da figura feminina.

b) criatividade inspirada em elementos da natureza.

c) opção pela morte como solução para as frustrações.

d) ansiedade com as atitudes de indiferença da mulher.

e) fixação por signos de fusão simbólica com o ser amado.

(7)

Gabarito

1. D

Uma característica comum ao Romantismo é a relação entre o estado emocional do eu lírico e os elementos da natureza. No poema, isso não é diferente: em “Eu sou aquela flor que espero ainda/ Doce raio do sol que me dê vida.”, nota-se o paralelo entre o sentimento amoroso e aspectos naturais.

2. B

A alternativa se justifica, uma vez que o foco dos parnasianos era a “arte pela arte”, por meio de alto rigor formal e reconstrução de um classicismo opositor aos românticos e realistas.

3. D

A feitura de poemas pelos parnasianos, que prezavam muito mais a forma ao conteúdo subjetivo e/ou engajado.

4. A

A subjetividade centrada no eu poético é uma das características da 2ª geração romântica, e essa característica é acentuada pela presença da pontuação expressiva (uso de exclamações), que revelam os sentimentos do eu lírico.

5. A

Uma das características da 2ª geração romântica é a fuga da realidade, assim como a idealização do passado/infância. Esses dois aspectos estão evidenciados no texto. Além disso, o desconsolo não se dá por causa das lembranças da infância, na verdade, elas funcionam como consolo para ele.

6. A

A crítica se dá à característica romântica de idealização exagerada do amor, da dor, da vida, da morte, de tudo.

7. E

Ainda que buscasse as raízes brasileiras no índio, os autores dessa época configuravam aos seus personagens características europeizadas.

8. C

No trecho “Nada mais que os primeiros acordes da música crioula para que o sangue de toda aquela gente despertasse logo” há uma elevação da música brasileira sobre a portuguesa, também corroborada pela visão determinista da época, pois o texto descreve que as canções incitavam nas personagens o ardor, a transformação a partir das músicas e da dança.

9. B

No poema, a própria terra fornece tudo que o homem precisa, independente de ações governamentais.

A terra retribui àqueles que nela nasceram, nela trabalham e nela acreditam.

10. E

Há, no poema, símbolos que representam a união entre o eu lírico e a pessoa amada: de início, essa união é apresentada nos versos “Não rias prendi-me/ Num laço de fita”. Após, a união se dá por meio de verbos como “enlaça” e “enroscava-se”.

Referências

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