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Demonstrações Financeiras

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Demonstrações Financeiras

31 de dezembro de 2018

MEL 2 Energia Renovável S.A.

(2)

2

SUMÁRIO

RELATORIO DE ADMINISTRAÇÃO ... 3

RELATORIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS...9

BALANÇOS PATRIMONIAIS ... 12

DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADO ... 13

DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADO ABRANGENTE ... 14

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ... 15

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA ... 16

1. CONTEXTO OPERACIONAL ... 18

2. ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS . 18 3. RECLASSIFICAÇÃO DE SALDOS COMPARATIVOS ... 32

4. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA ... 34

5. CONTAS A RECEBER DE CLIENTES E OUTROS ... 34

6. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS ... 35

7. IMOBILIZADO ... 36

8. FORNECEDORES ... 37

9. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS... 37

10. PROVISÕES E DEPÓSITOS JUDICIAIS ... 38

11. PATRIMÔNIO LÍQUIDO ... 40

12. RECEITA LÍQUIDA ... 41

13. CUSTOS COM ENERGIA ELÉTRICA ... 43

14. CUSTO DE OPERAÇÃO E OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS 43 15. RECEITAS E DESPESAS FINANCEIRAS ... 43

16. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ... 44

17. SALDOS E TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS ... 44

18. GESTÃO DE RISCOS FINANCEIROS ... 45

19. ESTIMATIVA DE VALOR JUSTO ... 49

20. COMPROMISSOS ... 50

21. SEGUROS ... 51 

(3)

                                           

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO| 2018 Mel 2 Energia Renovável S.A. – Mel 2

(4)

Mel 2 Energia Renovável S.A. | RESULTADOS 2018

4 ÍNDICE

MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ... 5 

1.  MEL 2 ... 5 

2.  DESEMPENHO OPERACIONAL ... 5 

3.  DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO ... 6 

4.  ENDIVIDAMENTO ... 7 

4.1  Cronograma de Vencimento ... 7 

5.  AUDITORES INDEPENDENTES ... 7 

6.  AGRADECIMENTOS ... 8 

DISCLAIMER ... 8 

(5)

Mel 2 Energia Renovável S.A. | RESULTADOS 2018

5 MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Prezados Acionistas,

Ao apresentar os resultados de 2018, a Mel 2 Energia Renovável S.A. reafirma seus princípios de sustentabilidade corporativa, sempre na busca do equilíbrio entre prosperidade econômica, responsabilidade ambiental e progresso social, com base em uma gestão eficiente, íntegra e ética. Vamos em busca de novas conquistas em 2019, com a certeza de contribuir para o desenvolvimento do Brasil.

1. MEL 2

A empresa Mel 2 Energia Renovável S.A. é uma sociedade de propósito específico (SPE), cuja totalidade das ações pertence à empresa Força Eólica Participações, que por sua vez pertence totalmente à Força Eólica do Brasil 2 S.A., da qual são acionistas a Neoenergia (50%) e a Elektro Renováveis (50%). É proprietária do projeto eólico Mel 2, produto do segundo Leilão de Fontes Alternativas promovido em 2010 pela Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel, que está localizado no município de Areia Branca (RN).

2. DESEMPENHO OPERACIONAL

A Mel 2 recebeu autorização para estabelecer-se como Produtor Independente de Energia Elétrica, conforme Portaria nº 130 de 2402/2011, expedida pelo Ministério de Minas e Energia. Esta autorização vigorará pelo prazo de 35 anos contados a partir da publicação da Portaria.

O Parque Eólico firmou com 14 distribuidoras do setor de energia elétrica, Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado - CCEAR, com início de suprimento em 01 de janeiro de 2013 e vigência até 31 de dezembro de 2032.

Em 2018, o parque descontratou temporariamente, de janeiro a dezembro do mesmo ano, 100% dos CCEAR via MCSD.

(6)

Mel 2 Energia Renovável S.A. | RESULTADOS 2018

6

Para o período de 01 de janeiro a 31 de dezembro de 2018, firmou com a NC Energia, comercializadora do Grupo Neoenergia, um contrato de Compra e Venda de Energia Elétrica (CCVE) no Ambiente Livre de 8,2MW médios.

A Mel 2 conta com a implantação de 10 aerogeradores, totalizando uma capacidade instalada de 20MW e energia contratada de 9,3MW médios. No ano de 2018, o Parque Eólico esteve em operação comercial, e durante esse período gerou 74,3 GWh. A operação deste parque não está sob coordenação do ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico, por estar conectado diretamente na rede de distribuição

3. DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO

Atendendo à Instrução CVM nº 527, demonstramos no quadro abaixo a conciliação do EBITDA (sigla em inglês para Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização, LAJIDA), e complementamos que os cálculos apresentados estão alinhados com os critérios dessa mesma instrução:

Resultados Econômico-Financeiros

R$ mil (1) 2018 2017 Variação

% Receita Operacional Bruta 21.998 15.902 38,33 Receita Operacional Líquida 21.144 15.196 39,14 Margem Operacional Líquida 9.228 6.228 48,17

EBITDA 12.727 9.985 27,46

Resultado Financeiro (3.995) (4.514) (11,50)

Lucro Líquido 4.297 810 430,49

Margem Operacional (%) 43,64% 40,98% 2,66

Margem EBITDA (%) 60,19% 65,71% (5,52)

Margem Líquida (%) 20,32% 5,33% 14,99

(1) Em milhares de Reais, exceto onde indicada outra unidade de medida

Informações Patrimoniais

R$ mil (2) 2018 2017 Variação

%

Ativo Total 85.850 86.470 (0,72)

Dívida Bruta 46.504 50.497 (7,91)

Dívida Líquida(3) 38.885 44.628 (12,87)

Patrimônio Líquido 32.709 29.803 9,75

(2) Em milhares de Reais, exceto onde indicada outra unidade de medida

(3) Dívida líquida de disponibilidades, aplicações financeiras e títulos e valores mobiliários

Indicadores Financeiros de Dívida 2018 2017 Variação

% Dívida Líquida/EBITDA 3,06 4,47 (31,64) EBITDA/Resultado Financeiro(4) 3,19 2,21 44,02

(4) EBITDA e Resultado Financeiro dos últimos 12 meses

(7)

7 4. ENDIVIDAMENTO

Em 31 dezembro de 2018, a dívida bruta de Mel 2, incluindo empréstimos, debêntures e encargos, foi de R$ 46.504 mil (dívida líquida R$ 38.885 mil), apresentando uma redução de 7,91% (R$ 3.993 mil) em relação a Dezembro de 2017. Em relação à segregação do saldo devedor, Mel 2 possuía 90,06% da dívida contabilizada no longo prazo e 9,94% no curto prazo.

4.1 Cronograma de Vencimento

A companhia possui a maior concentração de dívida no longo prazo, a partir de 2024 até 2038, sendo 100% do volume dessa dívida representada pela liquidação das dívidas junto ao BNDES, somando um montante de R$ 28.202 mil de pagamento de principal.

5. AUDITORES INDEPENDENTES

Em conformidade com a Instrução CVM n◦ 381 de 14 de janeiro de 2003, a Companhia declara que firmou contrato com a KPMG Auditores Independentes (“KPMG”), com vigência de 36 meses, para prestação dos seguintes serviços de auditoria:

Além dos serviços acima citados, não foram contratados quaisquer outros serviços com a KPMG.

A política de atuação do Grupo Neoenergia quanto à contratação de serviços de auditoria externa se fundamenta nos princípios que preservam a independência do auditor e consistem em: (a) o auditor não deve auditar seu próprio trabalho, (b) o auditor não deve exercer funções gerenciais na Companhia e (c) o auditor não deve promover os interesses da Companhia.

Serviço Valor do Contrato R$ % Em relação à Auditoria Prazo (meses)

Auditoria 46.071 100,00% 36

(8)

8 6. AGRADECIMENTOS

Ao reconhecermos que o resultado alcançado é consequência da união e do esforço de nossos colaboradores e do apoio, empenho, incentivo e profissionalismo recebidos dos públicos com os quais nos relacionamos, queremos expressar nossos agradecimentos aos nossos acionistas, aos nossos clientes, fornecedores, aos Governos Municipais, Estaduais e Federal e demais autoridades, às Agências Reguladoras e aos Agentes do Setor.

DISCLAIMER

Esse documento foi preparado pela Mel 2 Energia Renovável S.A. ("Mel 2"), visando indicar a situação geral e o andamento dos negócios da Companhia. O documento é propriedade da Mel 2 e não deverá ser utilizado para qualquer outro propósito sem a prévia autorização escrita da Mel 2.

A informação contida neste documento reflete as atuais condições e nosso ponto de vista até esta data, estando sujeitas a alterações. O documento contém declarações que apresentam expectativas e projeções da Mel 2 sobre eventos futuros. Estas expectativas envolvem vários riscos e incertezas, podendo, desta forma, haver resultados ou consequências diferentes daqueles aqui discutidos e antecipados, não podendo a Companhia garantir a sua realização.

Todas as informações relevantes, ocorridas no exercício e utilizadas pela Administração na gestão da Companhia, estão evidenciadas neste documento e na Informação Contábil Anual.

(9)

 

KPMG Auditores Independentes, uma sociedade simples brasileira e firma- membro da rede KPMG de firmas-membro independentes e afiliadas à KPMG International Cooperative (“KPMG International”), uma entidade suíça.

KPMG Auditores Independentes, a Brazilian entity and a member firm of the KPMG network of independent member firms affiliated with KPMG International Cooperative (“KPMG International”), a Swiss entity.

9

KPMG Auditores Independentes

Rua Arquiteto Olavo Redig de Campos, 105, 6º andar - Torre A 04711-904 - São Paulo/SP - Brasil

Caixa Postal 79518 - CEP 04707-970 - São Paulo/SP - Brasil Telefone +55 (11) 3940-1500

kpmg.com.br

Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras

Aos Administradores e Acionistas da Mel 2 Energia Renovável S.A.

Rio de Janeiro - RJ

Opinião

Examinamos as demonstrações financeiras da Mel 2 Energia Renovável S.A. (Companhia), que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2018 e as respectivas

demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas

explicativas, compreendendo as políticas contábeis significativas e outras informações elucidativas.

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira, da Mel 2 Energia Renovável S.A. em 31 de dezembro de 2018, o desempenho de suas operações e os seus respectivos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board - IASB.

Base para opinião

Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria.

Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir intitulada “Responsabilidades dos auditores pela auditoria das demonstrações financeiras”.

Somos independentes em relação à Companhia, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.

 

   

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KPMG Auditores Independentes, uma sociedade simples brasileira e firma- membro da rede KPMG de firmas-membro independentes e afiliadas à KPMG International Cooperative (“KPMG International”), uma entidade suíça.

KPMG Auditores Independentes, a Brazilian entity and a member firm of the KPMG network of independent member firms affiliated with KPMG International Cooperative (“KPMG International”), a Swiss entity.

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Outros assuntos

Demonstrações do valor adicionado

As demonstrações do valor adicionado (DVA) referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2018, elaboradas sob a responsabilidade da administração da Companhia, apresentadas como informação suplementar, foram submetidas a procedimentos de auditoria executados em

conjunto com a auditoria das demonstrações financeiras da Companhia. Para a formação de nossa opinião, avaliamos se essas demonstrações estão reconciliadas com as demais demonstrações financeiras e registros contábeis, conforme aplicável, e se a sua forma e conteúdo estão de acordo com os critérios definidos no Pronunciamento Técnico CPC 09 - Demonstração do Valor Adicionado. Em nossa opinião, essas demonstrações do valor adicionado foram adequadamente preparadas, em todos os aspectos relevantes, segundo os critérios definidos nesse

Pronunciamento Técnico e são consistentes em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

Outras informações que acompanham as demonstrações financeiras e o relatório dos auditores A administração da Companhia é responsável por essas outras informações que compreendem o Relatório da Administração.

Nossa opinião sobre as demonstrações financeiras não abrange o Relatório da Administração e não expressamos qualquer forma de conclusão de auditoria sobre esse relatório.

Em conexão com a auditoria das demonstrações financeiras, nossa responsabilidade é a de ler o Relatório da Administração e, ao fazê-lo, considerar se esse relatório está, de forma relevante, inconsistente com as demonstrações financeiras ou com nosso conhecimento obtido na auditoria ou, de outra forma, aparenta estar distorcido de forma relevante. Se, com base no trabalho realizado, concluirmos que há distorção relevante no Relatório da Administração, somos requeridos a comunicar esse fato. Não temos nada a relatar a este respeito.

Responsabilidades da administração pelas demonstrações financeiras

A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as normas

internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board - IASB, e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.

Na elaboração das demonstrações financeiras, a administração é responsável pela avaliação da capacidade de a Companhia continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações financeiras, a não ser que a administração pretenda liquidar a Companhia ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações.

Responsabilidades dos auditores pela auditoria das demonstrações financeiras

Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de

segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações financeiras.

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KPMG Auditores Independentes, uma sociedade simples brasileira e firma- membro da rede KPMG de firmas-membro independentes e afiliadas à KPMG International Cooperative (“KPMG International”), uma entidade suíça.

KPMG Auditores Independentes, a Brazilian entity and a member firm of the KPMG network of independent member firms affiliated with KPMG International Cooperative (“KPMG International”), a Swiss entity.

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Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso:

- Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsas

intencionais.

- Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas, não, com o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da Companhia.

- Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis e respectivas divulgações feitas pela administração.

- Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante em relação a eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa em relação à capacidade de continuidade operacional da Companhia. Se concluirmos que existe incerteza relevante, devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações financeiras ou incluir modificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem levar a Companhia a não mais se manterem em continuidade operacional.

- Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações financeiras, inclusive as divulgações e se as demonstrações financeiras representam as correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada.

Comunicamo-nos com a administração a respeito, entre outros aspectos, do alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais

deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos trabalhos.

Rio de Janeiro, 27 de fevereiro de 2019

KPMG Auditores Independentes CRC SP-014428/O-6 F-RJ

José Luiz de Souza Gurgel Contador CRC RJ-087339/O-4

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MEL 2 ENERGIA RENOVÁVEL S.A.

BALANÇOS PATRIMONIAIS Em 31 de dezembro de 2018 e 2017 (Em milhares de reais)

Notas 2018 2017

Ativo

Circulante

Caixa e equivalentes de caixa 4 2.139 992

Contas a receber de clientes e outros 5 3.665 2.659

Impostos e contribuições a recuperar 49 57

Despesas pagas antecipadamente 25 -

Total do ativo circulante 5.878

3.708

Não circulante

Títulos e valores mobiliários 6 5.480 4.877

Depósitos judiciais 10 61 53

Imobilizado 7 74.428 77.825

3 7

Total do ativo não circulante 79.972

82.762

Total do ativo 85.850 86.470

Passivo

Circulante

Fornecedores 8 978 781

Empréstimos e financiamentos 9 4.621 4.625

Salários e encargos a pagar 68 67

Encargos setoriais 4 4

Impostos e contribuições a recolher 416 328

Dividendos 11 552 405

Provisões 10 1.027 1.239

Outros passivos circulantes 189

102

Total do passivo circulante 7.855 7.551

Não circulante

Empréstimos e financiamentos 9 41.883 45.872

Provisões 10 3.060 2.947

Outros passivos não circulantes 343 297

Total do passivo não circulante 45.286 49.116

Patrimônio líquido

Capital social 11 30.936 30.579

Reservas de lucros 11 116 1.184

Proposta de distribuição de dividendos adicionais 1.657

-

-

Prejuízo acumulado (1.960)

Total do patrimônio líquido 32.709 29.803

Total do passivo e do patrimônio líquido 85.850 86.470

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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MEL 2 ENERGIA RENOVÁVEL S.A.

DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADO

Exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 (Em milhares de reais, exceto lucro por ação)

Notas 2018 2017

(reclassificado)

RECEITA LÍQUIDA 12 21.144 15.196

CUSTO DOS SERVIÇOS (11.916) (8.968)

Custos com energia elétrica 13 (3.969) (500)

Custos de operação 14 (7.947) (8.468)

LUCRO BRUTO 9.228 6.228

Outras Receitas/(Despesas) gerais e

administrativas 14 (129) (120)

LUCRO OPERACIONAL 9.099 6.108

Receitas financeiras 15 452 755

Despesas financeiras 15 (4.447)

(5.269)

LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE

RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 5.104 1.594

Imposto de renda e contribuição social 16 (807) (784)

Corrente (807) (784)

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 4.297 810

Lucro básico e diluído por ação do capital

- R$: 0,14 0,03

Ordinária

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

(14)

14

MEL 2 ENERGIA RENOVÁVEL S.A.

DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADO ABRANGENTE Exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 (Em milhares de reais, exceto lucro por ação)

2018 2017

Lucro líquido do exercício 4.297 810

Outros resultados abrangentes - -

Resultados abrangente do exercício 4.297 810

Lucro básico e diluído por ação do capital - R$:

Ordinária 0,14 0,03

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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MEL 2 ENERGIA RENOVÁVEL S.A.

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017

(Em milhares de reais)

Reserva de Lucros

Capital Social

Reserva legal

Reserva para investimentos

Lucros

acumulados Total

Saldos em 01 de janeiro de 2017 29.780 - 1.184 (2.770) 28.194

Aumento de capital 799 - - - 799

Lucro líquido do exercício - - - 810 810

Saldos em 31 de dezembro de 2017 30.579 - 1.184 (1.960) 29.803

Adoção inicial CPC 48/IFRS 9 - - - (12) (12)

Distribuição de Reservas de Lucros - - (1.184) - (1.184)

Aumento de capital 357 - - - 357

Lucro líquido do exercício - - - 4.297 4.297

Destinações:

Reserva legal - 116 - (116) -

Dividendos mínimos obrigatórios - - - (552) (552)

Dividendos Adicionais Propostos - - - - -

Reserva para investimento - - 1.657 (1.657) -

Saldos em 31 de dezembro de 2018 30.936 116 1.657 - 32.709

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

(16)

16

MEL 2 ENERGIA RENOVÁVEL S.A.

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA Exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 (Em milhares de reais)

2018 2017

(reclassificado)

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 4.297 810

Ajustes para conciliar o lucro ao caixa gerado pelas atividades operacionais 8.337 9.249

Depreciação 3.628 3.877

Imposto de renda e contribuição social 807 784

Encargos de dívidas, atualizações monetárias 4.381 5.057

Ganho na baixa de ativos, imobilizado, intangíveis e financeiros indenizáveis 37 -

Atualização de títulos e valores mobiliários (309) 359

Provisão para ressarcimento - (828)

Provisão para créditos de liquidação duvidosa e perdas contas a receber (12) -

Atualização das provisões para contingências 54 -

Outras provisões e atualizações de receitas e despesas (249) -

12.634 10.059

Redução em ativos operacionais

Contas a receber de clientes e outros (1.006) (514)

IR e CSLL a recuperar (101) (315)

Impostos e contribuições a recuperar, exceto IR e CSLL - 5

Depósitos judiciais (8) (4)

Despesas pagas antecipadamente (25) 2

(1.140) (1.748)

Redução em passivos operacionais

Fornecedores 197 (203)

Salários e encargos a pagar 1 -

Encargos de dívidas pagos (4.067) (4.368)

Imposto de renda (IR) e contribuição social sobre lucro líquido (CSLL) pagos (615) (471)

Impostos e contribuições a recolher, exceto IR e CSLL 8 2

Outros passivos 133 153

(4.343) (4.887)

Caixa gerado pelas atividades operacionais 7.151 3.424

Atividades de investimento

Aquisição de imobilizado (172) (244)

Aquisição de intangível - (7)

Resgate (aplicação) de títulos e valores mobiliários (294) 857

Caixa gerado pelas (utilizado nas) atividades de investimento (466) 606

Atividades de financiamento

Aumento de capital 357 799

Amortização do principal de empréstimos e financiamentos (4.457) (4.420)

Depósitos em garantias 150 (1.897)

Pagamento de dividendos (1.588)

Caixa utilizado nas atividades de financiamento (5.538) (4.596)

Aumento no caixa e equivalentes de caixa 1.147 (566)

Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 992 1.558

Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício 2.139 992

Aumento no caixa e equivalentes de caixa 1.147 (566)

Transações que não envolvem caixa:

Provisão para desmantelamento - (187)

Provisão de Ativo Imobilizado 96 -

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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MEL 2 ENERGIA RENOVÁVEL S.A.

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO

Exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 (Em milhares de reais)

2018 2017

Receitas

Vendas brutas de energia, serviços e outros 21.998 15.902

Provisão para crédito de liquidação duvidosa 12 -

22.010 15.902

Insumos adquiridos de terceiros

Energia elétrica comprada para revenda (3.392) (9)

Encargos de uso da rede básica de transmissão (577) (491)

Materiais, serviços de terceiros e outros (3.601) (4.008)

(7.570) (4.508)

14.440

11.394

Valor adicionado bruto

Depreciação e amortização (3.628) (3.877)

Valor adicionado líquido produzido pela entidade 10.812 7.517

Valor adicionado recebido em transferência

Receitas financeiras 452 755

452 755

Valor adicionado total a distribuir 11.264 8.272

Distribuição do valor adicionado

Pessoal

Remunerações 276 191

Encargos sociais (exceto INSS) 25 16

Benefícios pós emprego e outros benefícios - 9

Auxílio alimentação 20 19

Convênio assistencial e outros benefícios 11 9

Provisão de férias e 13º salário 45 9

Plano de saúde 11 15

Participação nos resultados 23 68

Outros - 4

411 340

Impostos, taxas e contribuições

INSS 97 58

PIS/COFINS 803 655

Imposto de renda e contribuição social 807 784

Obrigações intra-setoriais 51 51

Outros 35 28

1.793 1.576

Remuneração de capitais de terceiros

Juros e variações monetárias 4.447 5.269

Aluguéis 316 277

4.763 5.546

Remuneração de capitais próprios

Adoção inicial CPC 48 12 -

Dividendos distribuídos 553 -

Reserva legal 116 -

Absorção de prejuízo acumulado 1.959 -

Dividendos adicionais propostos 1.657 -

Prejuízos - 810

4.297 810

Valor adicionado distribuído 11.264 8.272

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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(Em milhares de reais)

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1. CONTEXTO OPERACIONAL

A Mel 2 Energia Renovável S.A. (“Mel 2’’ ou “Companhia”) é uma sociedade anônima de capital fechado, controlada integralmente pela FE Participações S.A., que por sua vez é uma SPE controlada integralmente pela Força Eólica do Brasil 2 S.A.. A Companhia é proprietária do projeto eólico Mel 2, localizado no município de Areia Branca, Rio Grande do Norte que conta com 10 (dez) aerogeradores, totalizando uma capacidade instalada de 20 MW e energia contratada de 9,3 MW médios.

A Mel 2 está autorizada a operar como produtora independente de energia elétrica, com o prazo de 35 anos contados a partir de fevereiro de 2011, e iniciou sua operação comercial em 19 de fevereiro de 2013, quando a energia

A Companhia apresenta capital circulante líquido negativo em 31 de dezembro de 2018 de R$ 1.977 (R$ 3.843 em 31 de dezembro de 2017) e prevê que a geração de caixa adicional será suficiente para equalizar o CCL negativo. Caso necessário, os acionistas se comprometem a realizar aportes financeiros para que a Companhia cumpra com suas obrigações.

2. ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2.1. Base de preparação

As demonstrações financeiras foram preparadas em conformidade às normas internacionais de contabilidade (“IFRS” - Internacional Financial Reporting Standards), emitidas pelo International Accounting Standards Board - IASB, e as práticas contábeis adotadas no Brasil. As práticas contábeis adotadas no Brasil compreendem aquelas incluídas na legislação societária brasileira e os pronunciamentos técnicos, as orientações e as interpretações técnicas, emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - (“CPC”) e aprovados pela Comissão de Valores Mobiliários - (“CVM”)

A Companhia também se utiliza das orientações contidas no Manual de Contabilidade do Setor Elétrico Brasileiro e das normas definidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (“ANEEL”), quando estas não são conflitantes com as práticas contábeis adotadas no Brasil e/ou com as práticas contábeis internacionais.

A Administração da Companhia autorizou a emissão das demonstrações financeiras em 27 de fevereiro de 2019.

Todas as informações relevantes próprias das demonstrações financeiras, e somente elas, estão sendo evidenciadas, e correspondem às utilizadas pela Administração em sua gestão.

2.2. Moeda funcional e de apresentação

As demonstrações financeiras estão apresentadas em milhares de Reais (R$), que é a moeda funcional da Companhia e todos os valores arredondados para milhares de reais, exceto

quando indicados de outra forma.

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(Em milhares de reais)

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2.3. Base de mensuração

As demonstrações financeiras foram preparadas utilizando como base o custo histórico, exceto por determinados instrumentos financeiros mensurados pelos seus valores justos quando requerido nas normas. A classificação da mensuração do valor justos nas categorias níveis 1 e 2 ou 3 (dependendo do grau de observância das variáveis utilizadas) está apresentada na nota 19 de Instrumentos Financeiros.

2.4. Uso de estimativas e julgamentos

Na preparação destas Demonstrações financeiras, a Administração utilizou julgamentos e estimativas que afetam a aplicação das políticas contábeis da Companhia e os valores reportados de ativos, passivos, receitas e despesas. Os resultados reais podem divergir dessas estimativas. As estimativas e premissas são revisadas continuamente. As revisões das estimativas são reconhecidas prospectivamente.

Itens significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem:

(i) O registro de provisão da comercialização de energia no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE, vide nota explicativa n° 12;

(ii) Definição do valor justo através de técnicas de avaliação, incluindo o método de fluxo de caixa descontado, para ativos e passivos financeiros não obtidos em mercados ativos, vide nota explicativa nº 18;

(iii) Depreciação registrada de acordo com a estimativa de vida útil dos ativos conforme nota nº 7.

(iv) Reconhecimento de provisões para desmantelamento por meio de avaliação dos custos necessários para desmobilização dos ativos, provisões para ressarcimento por meio de estudos realizados pelos especialistas baseados em relatórios emitidos pela CCEE e provisões para riscos fiscais, cíveis, ambientais, trabalhistas e regulatórias, por meio da avaliação da probabilidade de perda que incluí avaliação das evidências disponíveis, a hierarquia das leis, as jurisprudências disponíveis, as decisões mais recentes nos tribunais e sua relevância no ordenamento jurídico, bem como a avaliação dos advogados externos, vide nota explicativa nº 10;

2.5. Principais políticas contábeis

As políticas contábeis adotadas pela Companhia estão descritas a seguir:

a) Instrumentos financeiros

A Companhia classifica seus ativos e passivos financeiros, no reconhecimento inicial, de acordo com as seguintes categorias:

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(i) Ativos financeiros

Os ativos financeiros incluem caixa e equivalentes de caixa, contas a receber de clientes, títulos e valores mobiliários e outros itens financeiros, além de outros créditos realizáveis por caixa.

A Companhia reconhece os recebíveis inicialmente na data em que foram originados. Todos os outros ativos financeiros são reconhecidos inicialmente quando a entidade se torna uma parte das disposições contratuais do instrumento.

Um ativo financeiro, que não possua um componente de financiamento significativo, é inicialmente mensurado pelo valor justo acrescido, para um item que não é VJR, dos custos de transação que são diretamente atribuíveis à sua aquisição ou emissão. Um recebível sem um componente de financiamento significativo é inicialmente mensurado pelo preço da transação.

A Companhia desreconhece um ativo financeiro quando os direitos contratuais aos fluxos de caixa do ativo expiram, ou quando a Companhia transfere os direitos ao recebimento dos fluxos de caixa contratuais sobre um ativo financeiro em uma transação na qual substancialmente todos os riscos e benefícios da titularidade do ativo financeiro são transferidos, ou em que a Companhia não transfere nem retém substancialmente todos os riscos e benefícios da titularidade e não detém o controle do ativo financeiro.

Classificação e mensuração subsequente Política aplicada a partir de 1º de janeiro de 2018

No reconhecimento inicial, um ativo financeiro é classificado como mensurado pelo custo amortizado; ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes (“VJORA”) ou ao valor justo por meio do resultado (“VJR”) com base tanto:

(a) no modelo de negócios da entidade para a gestão dos ativos financeiros; quanto (b) nas características de fluxo de caixa contratual do ativo financeiro.

A Companhia mensura o ativo financeiro ao custo amortizado quando: (i) o ativo financeiro for mantido dentro de modelo de negócios cujo objetivo seja manter ativos financeiros com o fim de receber fluxos de caixa contratuais; e (ii) os termos contratuais do ativo financeiro derem origem, em datas especificadas, a fluxos de caixa que constituam, exclusivamente, pagamentos de principal e juros sobre o valor do principal em aberto.

A Companhia mensura o ativo financeiro ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes quando: (i) o ativo financeiro for mantido dentro de modelo de negócios cujo objetivo seja atingido tanto pelo recebimento de fluxos de caixa contratuais quanto pela venda de ativos financeiros; e (ii) os termos contratuais do ativo financeiro derem origem, em datas especificadas, a fluxos de caixa que constituam exclusivamente pagamentos de principal e juros sobre o valor do principal em aberto.

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(Em milhares de reais)

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O ativo financeiro deve ser mensurado ao valor justo por meio do resultado, a menos que seja mensurado ao custo amortizado ou ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes.

Entretanto, no reconhecimento inicial, o Grupo pode irrevogavelmente designar um ativo financeiro que, de outra forma, satisfaz os requisitos para serem mensurados ao custo amortizado ou ao VJORA como ao VJR, se isso eliminar ou reduzir significativamente um descasamento contábil que de outra forma poderia surgir.

Os ativos financeiros não são reclassificados após seu reconhecimento inicial, a menos que a Companhia altere seu modelo de negócios para a gestão de ativos financeiros, caso em que todos os ativos financeiros afetados são reclassificados no primeiro dia do primeiro exercício subsequente à mudança no modelo de negócios.

Avaliação do modelo de negócio: política aplicável a partir de 1º de janeiro de 2018

A Companhia faz uma avaliação do objetivo do modelo de negócios no qual um ativo financeiro é mantido em um nível de portfólio, porque isso reflete melhor a forma como o negócio é gerenciado e as informações são fornecidas à administração. As informações consideradas incluem:

- as políticas e objetivos declarados para o portfólio e o funcionamento dessas políticas na prática. Isso inclui se a estratégia da administração se concentra em ganhar receita de juros contratuais, mantendo um perfil de taxa de juros específico, combinando a duração dos ativos financeiros com a duração de quaisquer passivos relacionados ou saídas de caixa esperadas ou realizando fluxos de caixa através da venda dos ativos;

- como o desempenho da carteira é avaliado e reportado à administração da Companhia; os riscos que afetam o desempenho do modelo de negócios (e os ativos financeiros mantidos dentro desse modelo de negócios) e como esses riscos são gerenciados;

- como os gestores da empresa são remunerados, como no exemplo: se a remuneração é baseada no valor justo dos ativos administrados ou nos fluxos de caixa contratuais coletados; e - a frequência, o volume e a época das vendas de ativos financeiros em exercícios anteriores, as razões para tais vendas e as expectativas sobre a atividade de vendas futuras.

As transferências de ativos financeiros para terceiros em transações que não se qualificam para desreconhecimento não são consideradas vendas para esse fim, consistentes com o reconhecimento contínuo dos ativos pela Companhia.

Ativos financeiros que são mantidos para negociação ou são gerenciados e cujo desempenho é avaliado com base no valor justo são mensurados pelo VJR.

Avaliação sobre se os fluxos de caixa contratuais são somente pagamentos de principal e juros: Política aplicável a partir de 1º de janeiro de 2018

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(Em milhares de reais)

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Para os fins desta avaliação, “principal” é definido como o valor justo do ativo financeiro no reconhecimento inicial; juros são definidos como a contraprestação pelo valor do dinheiro no tempo e pelo risco de crédito associado ao valor do principal em aberto durante um determinado exercício de tempo e por outros riscos e custos básicos de empréstimos (exemplo:

risco de liquidez e custos administrativos), assim como uma margem de lucro.

Ao avaliar se os fluxos de caixa contratuais são apenas pagamentos de principal e juros, a Companhia considera os termos contratuais do instrumento. Isso inclui avaliar se o ativo financeiro contém um termo contratual que pode alterar o prazo ou o valor dos fluxos de caixa contratuais de forma que ele não atenda a essa condição.

Mensuração subsequente e ganhos e perdas: Política aplicável a partir de 1º de janeiro de 2018

Ativos financeiros ao

VJR Esses ativos são mensurados subsequentemente pelo valor justo. Os ganhos e perdas líquidos, incluindo juros ou receita de dividendos, são reconhecidos no resultado.

Ativos financeiros ao

custo amortizado Esses ativos são mensurados subsequentemente pelo custo amortizado, utilizando o método da taxa efetiva de juros. O custo amortizado é reduzido por perdas por redução ao valor recuperável. A receita de juros, ganhos e perdas cambiais e a redução ao valor recuperável são reconhecidos no resultado. Qualquer ganho ou perda no desreconhecimento é reconhecido no resultado.

Instrumentos de dívida

ao VJORA Esses ativos são mensurados subsequentemente pelo valor justo. Os rendimentos de juros calculados utilizando o método do juro efetivo, ganhos e perdas cambiais e a redução do valor recuperável são reconhecidos nos resultados. Outros ganhos e perdas líquidos são reconhecidos em ORA. No desreconhecimento, os ganhos e perdas acumulados em ORA são

reclassificados para o resultado.

Instrumentos patrimoniais ao VJORA

Esses ativos são mensurados subsequentemente pelo valor justo. Os dividendos são reconhecidos como receita no resultado, a menos que o dividendo represente claramente uma recuperação de parte do custo do investimento. Outros ganhos e perdas líquidos são reconhecidos em ORA e nunca são reclassificados para o resultado.

A Companhia desreconhece um ativo financeiro quando os direitos contratuais aos fluxos de caixa do ativo expiram, ou quando esses direitos são transferidos em uma transação na qual substancialmente todos os riscos e benefícios da titularidade do ativo financeiro são transferidos ou na qual a Companhia nem transfere nem mantém substancialmente todos os riscos e benefícios da titularidade do ativo financeiro e também não retém o controle sobre o ativo financeiro.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017

(Em milhares de reais)

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Política aplicável antes de 1º de janeiro de 2018

A Companhia classificou seus ativos financeiros nas seguintes categorias:

- empréstimos e recebíveis;

- mantidos até o vencimento;

- disponível para venda; e

- ao VJR, e nesta categoria como:

- mantidos para negociação;

- instrumentos derivativos de hedge; ou - designado ao VJR.

Mensuração subsequente e ganhos e perdas: Política aplicável antes de 1º de janeiro de 2018 Ativos financeiros ao

VJR Mensurados ao valor justo e subsequentes alterações, incluindo juros ou receita de dividendos, foram reconhecidos no resultado.

Ativos financeiros mantidos até o vencimento

Mensurados ao custo amortizado, utilizando o método da taxa efetiva de juros.

Empréstimos e

recebíveis Mensurados ao custo amortizado, utilizando o método da taxa efetiva de juros.

Ativos financeiros

disponíveis para venda Mensurados ao valor justo e subsequentes alterações, exceto perdas por redução ao valor recuperável, receitas de juros e diferenças de moedas estrangeiras sobre instrumentos de dívida, foram reconhecidos em ORA e acumulados na reserva de valor justo. Quando esses ativos foram desreconhecidos, o ganho ou a perda acumulada no patrimônio líquido foi reclassificado para o resultado.

(ii) Passivos financeiros

Os passivos financeiros são classificados como mensurados ao custo amortizado ou VJR. Um passivo financeiro é classificado ao VJR se for classificado como mantido para negociação, caso seja um derivativo ou caso seja designado como tal no momento do reconhecimento inicial. Os passivos financeiros ao VJR são mensurados pelo valor justo e os ganhos e perdas líquidos, incluindo qualquer despesa de juros, são reconhecidos no resultado. Outros passivos financeiros são subsequentemente mensurados ao custo amortizado, utilizando o método da taxa efetiva de juros. Despesas com juros e ganhos e perdas cambiais são reconhecidos no resultado.

A Companhia desreconhece um passivo financeiro quando suas obrigações contratuais são baixadas ou canceladas ou expiram.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017

(Em milhares de reais)

24

No desreconhecimento de um passivo financeiro, a diferença entre o valor contábil extinto e a contraprestação paga (incluindo quaisquer ativos não monetários transferidos ou passivos assumidos) é reconhecida no resultado.

(iii) Compensação de saldos (“offsetting”)

Os ativos e passivos financeiros são compensados e o valor líquido apresentado no balanço patrimonial quando, e somente quando, a Companhia tem um direito legal de compensar os valores e pretende liquidá-los em uma base líquida ou realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente.

b) Análise do valor de recuperação dos ativos

A Administração da Companhia revisa anualmente o valor contábil líquido dos seus ativos com o objetivo de avaliar eventos ou mudanças nas circunstâncias econômicas, operacionais ou tecnológicas que possam indicar deterioração ou perda de seu valor recuperável. Sendo tais evidências identificadas e o valor contábil líquido exceder o valor recuperável, é constituída provisão para desvalorização ajustando o valor contábil líquido ao valor recuperável.

c) Ajuste a valor presente de ativos e passivos

Os ativos e passivos monetários de longo prazo são atualizados monetariamente e, portanto, estão ajustados pelo seu valor presente. O ajuste a valor presente de ativos e passivos monetários de curto prazo é calculado, e somente registrado, se considerado relevante em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Para fins de registro e determinação de relevância, o ajuste a valor presente é calculado levando em consideração os fluxos de caixa contratuais e a taxa de juros explícita, e em certos casos implícita, dos respectivos ativos e passivos, com base nas análises efetuadas e na melhor estimativa da administração.

d) Impairment de ativos não financeiros

A Administração revisa anualmente os eventos ou mudanças nas circunstâncias econômicas, operacionais ou tecnológicas do ativo que possam indicar deterioração ou perda de seu valor recuperável. Sendo tais evidências identificadas, e o valor contábil líquido exceder o valor recuperável, é constituída provisão para desvalorização ajustando o valor contábil líquido ao valor recuperável.

Perdas por redução no valor recuperável são reconhecidas no resultado e são revertidas somente na condição em que o valor contábil do ativo não exceda o valor contábil que teria sido apurado, caso nenhuma perda por redução ao valor recuperável tivesse sido reconhecida para o ativo em exercícios anteriores.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017

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A reversão da perda por redução ao valor recuperável é reconhecida imediatamente no resultado.

Na estimativa do valor em uso do ativo, os fluxos de caixa futuros estimados são descontados ao seu valor presente, utilizando uma taxa de desconto antes dos impostos que reflita o custo médio ponderado de capital para o segmento em que opera. O valor justo é determinado, sempre que possível, com base em contrato de venda firme em uma transação em bases comutativas, entre partes conhecedoras e interessadas, ajustado por despesas atribuíveis à venda do ativo, ou, quando não há contrato de venda firme, com base no preço de mercado de um mercado ativo, ou no preço da transação mais recente com ativos semelhantes.

Evidencia objetiva de que ativos não financeiros tiveram perda de valor inclui:

 Indicativos observáveis de redução significativas do valor do ativo;

 Mudanças tecnológicas, de mercado, econômico ou legal na qual a entidade opera o ativo;

 Aumento de taxas de juros praticados no mercado de retorno sobre investimentos afetando a taxa de desconto utilizado pela Companhia;

 O valor contábil do patrimônio líquido da entidade é maior do que o valor de suas ações no mercado;

 Evidência disponível de obsolescência ou de dano físico de um ativo;

 Descontinuidade ou reestruturação da operação à qual um ativo pertence;

 Dados observáveis indicando que o desempenho econômico de um ativo é ou será pior que o esperado.

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a Companhia efetuou análise para alguns de seus ativos os quais não apresentaram indicativos de deterioração ou perda ao valor recuperável, não tendo sido constatada necessidade de reconhecimento de perda por redução ao valor recuperável.

e) Imposto de renda e contribuição social

As despesas de imposto de renda e contribuição social são calculadas e registradas conforme legislação vigente. Os impostos sobre a renda são reconhecidos na demonstração do resultado, exceto para os casos em que estiverem diretamente relacionados a itens registrados diretamente no patrimônio líquido. Nesse caso, o imposto também é reconhecido no patrimônio líquido.

São apurados com base no lucro presumido mediante a aplicação de alíquotas de 15%

acrescida do adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente a R$ 240 para imposto de renda e 9% para a contribuição social incidente sobre os percentuais de 8% para imposto de renda e 12% para a contribuição social sobre a receita bruta auferida no exercício de apuração, conforme determinado pela legislação tributária em vigor.

O imposto de renda e a contribuição social corrente são apresentados líquidos, por entidade contribuinte, no passivo quando houver montantes a pagar, ou no ativo quando os montantes antecipadamente pagos excedem o total devido na data do relatório.

Referências

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