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TECNOLOGIAS DA IMPRESSÃO

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Academic year: 2021

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U N I D A D E 3

CAMILA FREITAS SARMENTO

TECNOLOGIAS DA IMPRESSÃO

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Unidade 3| Introdução

Neste capítulo estudaremos como está distribuída a indústria gráfica no Brasil, os principais setores em que atua, o modo de operação logístico, os parâmetros de precificação dos produtos e como são estabelecidas as políticas de logística reversa. Observaremos o quão importante é o conhecimento dessas questões para o desenvolvimento da indústria gráfica.

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Unidade 3| Objetivos

1. Desenvolver uma análise sobre os negócios envolvendo a impressão gráfica.

2. Estudar o modus operandi da cadeia de suprimentos: fabricante – gráfica – consumidor.

3. Estudar as métricas de tarifação e custos da fabricação gráfica.

4. Averiguar a importância do processo de logística reversa de cartuchos e

toner e como ela acontece.

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NEGÓCIOS ENVOLVENDO IMPRESSÃO

O setor da indústria gráfica no Brasil possui em sua composição cerca de 97% de empresas de micro e pequeno porte. Segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf), no Brasil existe por volta de 17 680 empresas do setor que, juntas, são responsáveis por empregar 172 000 pessoas.

81%

16%

4% 0%

Empresas de micro e pequeno porte

representam cerca de 97% do setor Micro Pequeno Médio Grande

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• Essa pesquisa aponta também que o Sudeste é a região do país que mais concentra empresas de produção gráfica, com cerca 46% de empresas, seguida da região Sul, com cerca 23% e da região Nordeste, com cerca de 18% de empresas do setor. A região Sudeste detém cerca de 9% do total dessas empresas e a região Norte, 4%. Vale salientar que são consideradas empresas de micro e pequeno porte as que possuem de 0 a 9 empregados e de 10 a 49 empregados, respectivamente.

Já empresas de médio porte possuem de 50 a 249 empregados e as de grande porte, 250 ou mais.

• Podemos perceber que a indústria gráfica brasileira possui uma considerável e importante quantidade de empresas ao longo de toda a extensão do país, as quais são responsáveis por um grande número de empregos. Além disso, é um setor que contribui expressivamente com o Produto Interno Bruto (PIB) do país, uma vez que contribui com um percentual de 2,9% no Produto Interno Bruto da Indústria de Transformação nacional.

• A indústria gráfica desempenha papel fundamental para a sociedade. Praticamente todos os produtos que utilizamos no dia a dia possuem algum componente que se correlacionou com um produto resultante de uma produção gráfica, seja de forma direta ou indireta. Na maioria das vezes, lidamos com produtos que passaram por uma produção gráfica, mas esse tipo de produto é tão comum que muitas vezes não percebemos que ele se enquadra nesse setor.

• A indústria gráfica brasileira é caracterizada por um elevado nível de tecnologia. Mesmo as empresas de micro e pequeno porte fazem uso de tecnologias avançadas para o desenvolvimento de seus trabalhos. Isso contribui para a produtividade e qualidade dos produtos gráficos.

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TENDÊNCIA DA INDÚSTRIA GRÁFICA

O segmento da cadeia produtiva envolve todos os produtos e serviços que estabelecem relação direta com o processo produtivo e com o cliente. Enquadram-se nesse segmento as embalagens, os rótulos, as etiquetas e outros. Na cadeia de comunicação está também inserido o campo de marketing, pois este segmento se relaciona com os produtos de comunicação e expressão social, dentre eles folhetos, fôlderes, propagandas impressas, mídias externas ou internas.

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• O campo da documentação compõe todos os produtos e serviços que têm relação com documentos corporativos. Podem ser formulários, notas fiscais, documentos transacionais, cartões de crédito, entre outros. A cadeia de conteúdo é aquela responsável pela disseminação de informações, representada por jornais, livros, revistas, guias e diretórios diversos.

• As transformações sociais e econômicas da sociedade atualmente têm despertado a preocupação de todos os setores da indústria gráfica que citamos. As novas tecnologias, o processo de digitalização da informação, a incorporação do ideal sustentável nos processos produtivos e as oscilações político-financeiras pelas quais o país passa colocam a produção gráfica tradicional em situação de alerta, pois caso não se adaptem ao novo modelo de mercado, tenderão a se tornarem obsoletas, perdendo cada vez mais espaço.

• No entanto, deve-se ter em mente que os materiais impressos não perderão sua total importância. Eles não serão extintos. A tendência é que a demanda mude e que alguns campos da cadeia básica da indústria gráfica percam espaço. Nesse sentido, o desafio de cada segmento é justamente buscar entender como está se moldando o mercado vigente e também buscar novas maneiras de fornecer produtos e serviços aos seus clientes, não se restringindo a materiais impressos tradicionais.

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A tendência é que a indústria gráfica do futuro disponibilize serviços mais práticos, acessíveis e flexíveis, estabelecendo sempre relação estreita com seu público consumidor. Por meio das plataformas digitais, também deverá ser mais sustentável, ajustando-se completamente às novas demandas. Ainda diante de todas as mudanças da sociedade e do mercado consumidor, o material impresso e o papel representam uma ferramenta muito eficiente, principalmente no setor de conteúdo e de marketing.

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MODUS OPERANDI DA CADEIA DE

SUPRIMENTO: FABRICANTE – GRÁFICA - CONSUMIDOR

Em teoria, o bom gerenciamento da cadeia de suprimentos se baseia na coordenação e integração (compartilhamento de informações e trabalho em conjunto) dos principais processos dos negócios que estabelecem parceria comercial com a finalidade de potencializar o fluxo de bens, serviços, informações e, em paralelo, reduzir os custos gerais e manter a qualidade dos serviços prestados.

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• A conjuntura da cadeia produtiva da indústria gráfica pode ser analisada por meio da fragmentação do sistema, ou seja, separando-se a cadeia em setores, que são: de insumos, editorial e gráfico. O setor gráfico, por sua vez, acontece por meio de três processos: pré- impressão, impressão e serviços de acabamento. Vale salientar, também, que na extremidade final da cadeia produtiva da indústria gráfica estão o setor de distribuição e o mercado consumidor.

• Vale a pena observarmos que, ao analisarmos certos setores da cadeia produtiva da indústria gráfica de maneira individualizada, podemos identificá-los como atividades caracterizadas pela prestação de serviços. O estabelecimento de uma produção por demanda, por exemplo, é uma característica que leva a esse tipo de conclusão. No entanto, os serviços gráficos são classificados, no geral, como indústria de transformação, uma vez que há sempre, ou na maioria das vezes, alteração da matéria-prima em um produto final.

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SEGMENTOS DE INSUMOS, SEGMENTO EDITORIAL E SEGMENTO GRÁFICO

São diversas as fontes de insumos da cadeia produtiva da indústria gráfica. Como forma de desenvolver uma organização que promova resultados eficientes, é necessário que se planeje e gerencie todas as atividades que que se relacionam à obtenção desses insumos.

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• O segmento editorial é composto de empresas que atuam como fornecedores de serviços editoriais, ou seja, atua apenas na editoração do conteúdo e nas informações que serão produzidas graficamente, na edição integrada à impressão de livros, revistas, jornais e outros produtos gráficos.

• O processo produtivo da indústria gráfica é dividido em pré-impressão, impressão e acabamento.

• O início do processo se dá na fase de pré-impressão, em que se desenvolve todo o processo de representação e preparação do projeto gráfico que será impresso. Esta etapa envolve vários procedimentos que texto ou imagem tem que ser submetido para que seja posteriormente reproduzido por meio de um método de impressão.

• Outro setor que está integrado ao processo produtivo de uma gráfica e que é responsável em grande parte pelo sucesso competitivo de uma empresa é o relacionamento entre a organização e o cliente. Por meio do desenvolvimento de um trabalho alinhado com as necessidades do público consumidor ao longo de toda a cadeia produtiva o desempenho da empresa é potencializado frente à satisfação dos seus clientes.

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MÉTRICAS DE TARIFAÇÃO E CUSTOS DE PRODUÇÃO GRÁFICA

• Diversos fatores distintos podem ser causadores de problemas de ordem econômica de uma empresa de produção gráfica. No entanto, segundo dados da Abigraf, o problema que causa maiores perdas econômicas é justamente o desconhecimento dos procedimentos corretos para formular preços de vendas e levantar os custos reais de um processo de produção.

• Tendo por base que os lucros de uma empresa partem justamente da diferença entre o valor de venda dos seus produtos e o valor necessário para custear tudo aquilo que se relaciona com sua produção, podemos concluir que é de suma importância ter noção de tudo aquilo que contribui para o aumento dessa margem de lucros e principalmente tudo aquilo que contribui para o aumento de custos da produção do produto.

• O uso de métodos ultrapassados e desatualizados para criação de orçamentos, a falta de capacidade de gerenciamento de um negócio, a falta de conhecimento de gestão de negócios, vendas abaixo da capacidade produtiva, compras de equipamentos e insumos em excesso, são alguns exemplos de fatores que causam desequilíbrio econômico em uma empresa apenas por incapacidade de analisar corretamente os parâmetros de produção.

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PRINCIPAIS CUSTOS QUE PRECISAM SER MAPEADOS

Um custo que todas as empresas possuem, independente do seu tamanho, são os encargos sociais e trabalhistas.

Os encargos sociais são todas as despesas que a empresa repassa para o governo que se convertem em uma espécie de benefício futuro para o empregado.

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• Normalmente há variação desses índices em relação ao tipo de empresa. Para o caso da indústria gráfica, os principais encargos são: décimo terceiro salário, férias, um terço de férias, INSS, SAT, FGTS e outros.

• As principais despesas de uma empresa são encargos, depreciação, materiais auxiliares, e o ponto de equilíbrio é uma importante ferramenta para se ter o controle do quanto se deve produzir para se conseguir arcar com todas as despesas fixas e obter lucros.

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LOGÍSTICA REVERSA – TONERS E CARTUCHOS

• O conhecimento e a aplicação da logística reversa por uma indústria consiste em ferramenta diferencial, pois representa de forma bastante expressiva a sua preocupação com os resíduos gerados em seu processo produtivo e com a implantação de um desenvolvimento sustentável.

• Diversas medidas foram surgindo ao longo do tempo como forma de solucionar ou mesmo remediar a interferência negativa causada ao meio ambiente pelas indústrias, então as empresas passaram a buscar soluções alternativas para que sua produção se tornasse mais sustentável.

• Algumas das soluções alternativas implantadas por empresas são a adoção de mecanismos antipoluentes, substituição de matérias-primas de não renováveis para renováveis, menos desperdício de recursos, eficiência energética e reaproveitamento de resíduos, entre outros.

• A Logística Reversa (LR) é uma ferramenta industrial estratégica que operacionaliza o processo retorno ao meio ambiente dos resíduos de pós-venda e pós-consumo dos produtos produzidos em pela empresa em questão. A LR se ampara no princípio da sustentabilidade ecológica e econômica. Assim, por meio desse instrumento as organizações podem ao mesmo tempo gerar lucratividade e riquezas e adotar práticas que tragam benefícios e garantam a preservação do meio ambiente para as gerações futuras.

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DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO DE LOGÍSTICA REVERSA

• O processo de logística reversa acontece por meio do fluxo reverso do material, ou seja, ele retorna para a indústria, partindo do consumidor final. De maneira geral, acontecem quatro procedimentos básicos: coleta, inspeção, seleção e classificação, redistribuição.

• A LR é também aplicada ao mercado de cartuchos e toners. As empresas que comercializam esse tipo de produto precisam realizar coleta, avaliação e redistribuição desses componentes.

Todo esse processo tornou-se obrigatório por meio da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

• A logística reversa consiste em uma ferramenta estratégica para as empresas. Por meio desse processo elas podem aumentar a vida útil dos materiais que utilizam e assim colaboram para a redução da quantidade de matérias-primas extraídas da natureza e para a redução do descarte de resíduos no meio ambiente. É também uma ferramenta que melhora a imagem da empresa diante da sociedade e agrega valor competitivo à marca.

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Obrigada!

Referências

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