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J. Bras. Patol. Med. Lab. vol.47 número3

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Academic year: 2018

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EDITORIAL

EDITORIAL J Bras Patol Med Lab • Volume 47 • Número 3 • junho 2011

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Qualidade, indicadores e sustentabilidade

Quality, indicators, and sustainability

Wilson Shcolnik

Podemos considerar que o movimento da qualidade laboratorial se iniciou no Brasil na década de 1970 com o lançamento, pela Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laborato-rial (SBPC/ML), em parceria com a Control-Lab, do Programa de Excelência para Laboratórios Médicos (PELM). Naquele momento, os proissionais de laboratório buscavam ferramentas para assegurar a precisão e a exatidão dos resultados analíticos, de modo que as informações contidas nos laudos dos exames pudessem ser utilizadas para a correta assistência à saúde.

Um novo marco estabeleceu-se ao inal da década de 1990, com o lançamento do Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos (PALC)(1) da própria SBPC/ML. O PALC já nasceu com requisitos voltados a todas as fases do processo laboratorial, implicando cuidados com infraes-trutura e relacionamentos da equipe com o ambiente extralaboratorial.

Em uma evolução natural, em 2005, foi lançado o 1º Programa de Indicadores Laboratoriais(2), também resultante de parceria entre SBPC/ML e Control-Lab, que visou oferecer à comunidade laboratorial uma ferramenta de benchmarking, contribuindo, assim, para a melhoria contínua dos serviços oferecidos pelos laboratórios brasileiros.

Novos desaios estão sendo impostos às organizações de todos os tipos, no sentido de atingi-rem e demonstraatingi-rem desempenhos ambientais, econômicos e sociais adequados, controlando os impactos de suas relações, processos, produtos e serviços na sociedade, de forma consistente com sua política e seus objetivos de responsabilidade social; em outras palavras, o foco passou a ser o cuidado na preservação dos ambientes externo e social. Muitos laboratórios já avançaram na implantação dessas práticas. Depois das normas ISO 14001 e ISO 16001, da Organização Internacional para Padronização (ISO), referentes à gestão ambiental e à responsabilidade social, respectivamente, já adotadas por vários laboratórios clínicos no inal de 2010, foi publicada a norma internacional ISO 26000 – Diretrizes sobre Responsabilidade Social. No Brasil, a norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) NBR ISO 26000(3) foi lançada em dezembro de 2010. Segundo essa norma, a responsabilidade social se expressa pelo propósito das organizações em incorporar considerações socioambientais em seus processos decisórios e responsabilizar-se pelos impactos de suas decisões e atividades na sociedade e no meio ambiente. Isso implica um comportamento ético e transparente que contribua para o desenvolvimento sustentável, que esteja em conformidade com as leis aplicáveis e seja consistente com as normas internacionais de comportamento. Diferentemente da maioria das normas, a ISO 26000 foi concebida como uma norma “guarda-chuva”, que englobou conceitos de outras normas para ser uma diretriz normativa não certiicável, ou seja, uma norma-guia, uma norma de conduta.

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EDITORIAL

EDITORIAL J Bras Patol Med Lab • Volume 47 • Número 3 • junho 2011

199 Todo o esforço empreendido pela SBPC/ML ao longo desses anos, solidiicado por meio de seus

programas, se vê recompensado e reletido nesta edição do Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial (JBPML), pela publicação de artigos de autores brasileiros, oriundos tanto do setor público como do privado, que nos trazem relatos sobre qualidade, processos, indicadores e sustentabilidade em laboratórios clínicos. Dessa forma, a SBPC/ML acredita que os laboratórios clínicos brasileiros continuarão evoluindo, posicionando-se em níveis similares aos laboratórios de países do Primeiro Mundo e prestando bons serviços à sociedade brasileira.

Referências

1. Norma PALC 2010. Disponível em: <www.sbpc.org.br>.

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