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J. Bras. Patol. Med. Lab. vol.44 número5

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Academic year: 2018

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EDITORIAL

EDITORIAL J Bras Patol Med Lab • Volume 44 • Número 5 • outubro 2008

Este número do JBPML traz seis artigos originais, uma revisão e dois relatos de caso. Dos artigos originais, dois cobrem a área de Anatomia Patológica, mais especiicamente quanto a processos neoplásicos, tema sempre atual e relevante. O trabalho de autoria de Freitas et al., da Fundação Universidade Federal do Rio Grande (FURG), “Peril imuno-histoquímico de carcinomas mamários invasores em homens”, destaca uma doença em geral pouco abor-dada, talvez pela sua baixa incidência, mas, por essa mesma razão, de elevada importância. Aplicando a técnica de imunofenotipagem, com o emprego de um painel de cinco anticorpos, os autores obtiveram informações peculiares que possibilitam comparações com a doença equivalente, quando acomete pacientes do sexo feminino. Por sua vez, o trabalho de Pantaleão e Rochael, realizado no Departamento de Patologia do Hospital Universitário Antônio Pedro da Universidade Federal Fluminense (HUAP/UFF), “Estudo da espessura da regressão como fator prognóstico nos melanomas cutâneos inos”, procurou relacionar a espessura da regressão com o tempo de sobrevida livre da doença. Ainda que a regressão tenha ocorrido em elevado percentual dos pacientes, seu signiicado continua controverso e, aparentemente, não associado ao tempo de sobrevida livre da doença. Outro artigo de revisão, de autoria de Nai et al., dos departamentos de Patologia e de Dermatologia da Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista (FMB/UNESP), “Imuno-histoquímica para o diagnóstico precoce de vitiligo”, traz à baila a discussão diagnóstica de uma doença de elevada prevalência na população em geral. Utilizando a imuno-histoquímica, os autores conseguem evidências de que casos de diagnóstico duvidoso podem-se beneiciar com o emprego dessa metodologia. Fato interessante é que esses três artigos são frutos de trabalhos realizados em programas de pós-graduação, os dois primeiros em nível de mestrado e o terceiro, de doutorado.

A utilização cada vez mais freqüente da metodologia de microarranjo tecidual, ou tissue microarray, como é mais conhecida, faz com que alguns aspectos operacionais do procedimento sejam revistos e avaliados criticamente. O trabalho de Almeida et al., do Departamento de Patologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/UNIFESP), “Perda de amostras em tissue microarray: comparação entre técnicas com uso de ita adesiva comercial, lâminas silanizadas pelo método tradicional ou por método modiicado”, discute as opções disponíveis para a ixação das amostras, concluindo pela adequação do uso de lâminas silanizadas tanto de forma convencional quanto modiicada, o que reduz o volume de acetona utilizado e, conseqüentemente, a produção de resíduos e o custo inal do exame.

A determinação de cortisol tem sido utilizada como valioso recurso para o diagnóstico da síndrome de Cushing, entre outras doenças adrenais. Uma das diiculdades e, mesmo, limitação do seu uso na clínica diária é que a meto-dologia mais amplamente disponível é a de radioimunoensaio, a qual requer conhecimento e habilitação especíicos. O trabalho de Sugawara et al., “Emprego da cromatograia líquida de alta eiciência na determinação de cortisol sérico em substituição à técnica de radioimunoensaio”, produzido no Laboratório de Esteróides do Departamento de Medicina da EPM/UNIFESP, apresenta uma alternativa bastante promissora, a cromatograia líquida de alta ei-ciência. Como descrito, essa técnica pode ser utilizada para a dosagem tanto do cortisol total no soro quanto do livre, urinário.

Nem sempre os recursos laboratoriais são utilizados de forma racional e, portanto, adequados à prestação do melhor atendimento à saúde. Sempre se faz necessária uma análise crítica do real benefício que o resultado labo-ratorial acrescenta ao raciocínio clínico. Essa foi, certamente, uma das motivações dos autores do artigo “Avaliação da hipercalcemia assintomática em pacientes ambulatoriais”, de Costa et al., realizado no Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU/UFJF), no qual se demonstrou que a dosagem de cálcio total em pacientes ambulatoriais deve ser restrita, ou mesmo substituída, pela dosagem do cálcio ionizado.

Este número traz, ainda, dois relatos de caso, ambos do Paraná, “Deleção do cromossomo 9 na região q22q32 em bebê com cariótipo 46XY: relato de um caso”, de Reda e Nicareta, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), e “Linfangite granulomatosa de genitália infantil: relato de caso e revisão da literatura”, de Martins et al., do Hospital das Clínicas do Paraná e da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR).

Encerrando, temos um artigo de revisão, oferecido por Pittella, “Biópsia estereotáxica no diagnóstico de tumores cerebrais e lesões não-neoplásicas: indicações, acurácia e diiculdades diagnósticas”, no qual é apresentada uma metanálise abrangendo o período entre 1980 e 2008 e cerca de 11.500 biópsias estereotáxicas. São relacionados os achados mais freqüentes, as potenciais causas de insucesso diagnóstico e os procedimentos de apoio, como realização do esfregaço e corte de congelação.

Como visto, temos em mãos mais um número do JBPML rico e variado que, com certeza, contribuirá para nosso aprimoramento e nossa atualização. Aproveitemos!

Referências

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