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A CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO MUNDIAL NUMA PERSPECTIVA CAPITALISTA

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Academic year: 2022

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A CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO MUNDIAL NUMA PERSPECTIVA CAPITALISTA

espaço geográfico passou a ser modificado quando o homem começou a produzir. Mas foi o modo de produção capitalista que determinou as mais profundas alterações nesse espaço.

O sistema capitalista nasceu das transformações por que passou a Europa feudal a partir, sobretudo do século XII. O fundamento da riqueza deixou paulatinamente de ser a terra, e favoreceram o desenvolvimento de relações mercantis e a economia de mercado começou a estruturar-se com base no trabalho artesanal.

O crescimento e o aumento do número de cidades propiciaram a diversificação e a mobilidade sociais até então praticamente inexistentes. As trocas comerciais entre diversas regiões estimularam as transformações no mundo de trabalho, com o surgimento do trabalho assalariado e de uma incipiente divisão técnica das atividades.

O capitalismo caracteriza-se como um sistema econômico e social voltado para a obtenção de lucro, com base na propriedade privada dos meios de produção (fazendas, indústrias, bancos, serviços etc.) e na exploração do trabalho alheio.

Isso significa que uma parcela da sociedade - os capitalistas - detém e controla os bens e as riquezas produzidas, em constante circulação. Essa circulação evoluiu do simples comércio, quando do surgimento desse sistema, até sua intensificação nas mais diferentes instâncias do mundo globalizado.

A partir de então, o capitalismo se fortaleceu, atingindo sua forma plena no século XX, com a formação de grandes conglomerados econômicos e de um grupo de potências, o chamado Grupo dos Sete (G-7), constituído pelos sete países mais ricos do mundo: EUA, Japão, Alemanha, França, Itália, Reino Unido e Canadá. Graças à sua força econômica, esses países influenciam os padrões mundiais de desenvolvimento, controlam a maior parcela da produção econômica mundial e, como conseqüência, interferem no destino de toda a humanidade.

Na atualidade, o capitalismo é hegemônico, ou seja, predomina na maior parte do globo, já que a grande maioria das nações regulam suas economias de acordo com seus pressupostos. Como proprietários dos meios de produção, os capitalistas têm liberdade para escolher o que vão produzir e ofertar ao mercado. Para isso necessitam, entretanto, dos trabalhadores, que vendem sua força de trabalho em troca de um salário. As principais figuras sociais do capitalismo são, portanto, os donos dos meios de produção e os trabalhadores assalariados, ou proletários. Nesse sistema, a produção tem sido marcada, em maior ou menor escala, de acordo com o período histórico, por três princípios: a livre iniciativa, a livre empresa e o livre comércio.

Pilares do capitalismo, esses princípios distinguem o sistema. A idéia, surgida no século XVII, de que a riqueza é válida se adquirida com o trabalho é fundamentada por doutrinas que ajudaram a garantir ao capitalismo sua hegemonia atual. Nesse contexto, é de suma importância decifrar as diferentes etapas de sua evolução, o que veremos a seguir.

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O capitalismo comercial e a doutrina mercantilista

Muitos historiadores denominam o capitalismo como capitalismo comercial, por ocasião de seu surgimento. Nessa época, as riquezas eram acumuladas com base no comércio, o que, por sua vez, fundamentava-se no mercantilismo, a doutrina econômica que norteou os rumos da economia européia entre os séculos XVI e XVIII.

Segundo seus preceitos, o Estado deveria intervir na economia e controlar o processo de acumulação de riquezas. Para isso, todos os esforços governamentais voltavam-se, por exemplo, para a manutenção de uma balança comercial favorável e para o estabelecimento de novas rotas comerciais que permitissem o acúmulo, entre outros, de ouro e prata.

E nesse contexto que a expansão marítima do final do século XV e início do XVI adquire importância. Os países mais poderosos da Europa, como Portugal, Espanha, Reino Unido e Países Baixos, buscaram promover a expansão de suas rotas comerciais em direção à Ásia, África e América, ao longo dos séculos XVI, XVII e XVIII.

Nessa fase do capitalismo, houve um processo de integração econômica que funcionou como o embrião da atual globalização. Bastante superficial essa integração ficou restrita às relações comerciais entre os centros fornecedores de riquezas mundiais, as colônias, e as metrópoles, que sediavam grandes empresas de comércio. Essa relação caracterizou o que mais tarde se conheceria como divisão internacional do trabalho. Nesse momento, tal divisão constituía-se como uma relação de troca: as potências européias, as metrópoles, impuseram às suas respectivas colônias no continente americano o Pacto Colonial, o que lhes garantiu acumular o capital necessário para a instalação da etapa seguinte do sistema capitalista: o capitalismo industrial.

O liberalismo econômico e o capitalismo industrial

O capitalismo industrial apoiou-se teoricamente no liberalismo econômico, que expressa os três princípios básicos do capitalismo, a livre iniciativa, a livre empresa e o livre comércio.

Essa doutrina é, portanto, o sustentáculo do capitalismo como sistema econômico. Seus maiores defensores foram o escocês Adam Smith (1723- 1790) e o inglês David Ricardo (1772-1823), economistas que colocavam o interesse do indivíduo acima daqueles do Estado.

Segundo esses pensadores, quaisquer interferências do Estado na economia seriam obstáculos ao trabalho (agrícola ou industrial) e, por conseguinte, à riqueza da nação.

Mas como, então, controlar a economia?

Segundo os liberais, o próprio mercado seria o regulador, por meio de uma "mão invisível" que teoricamente equilibraria interesses conflitantes entre capitalistas e sociedade. Ao Estado caberia tão somente garantir a livre concorrência e a propriedade privada.

Daí a expressão, de origem francesa, "deixai fazer, deixai passar" (laissez-faire, laissez-passer) constituir a bandeira do liberalismo econômico contra qualquer postura de intervencionismo estatal.

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A nova corrente de pensamento liberal desenvolveu-se associada ao evento que mais se destacou no século XVIII: a Revolução Industrial.

Iniciada no Reino Unido, essa revolução caracteriza o conjunto de evoluções tecnológicas que contribuíram para aumentar exponencialmente a produção, até então essencialmente artesanal. A invenção da máquina de fiar, do tear hidráulico e, sobretudo, da máquina a vapor representou verdadeira revolução produtiva.

Nesse período, o processo de globalização econômica avançou mais um pouco. As potências européias que na seqüência do Reino Unido realizaram sua Revolução Industrial - França, Bélgica, Portugal, Espanha, Alemanha, Itália, entre outras - também necessitavam de colônias para explorar, colônias que lhes garantissem matérias- primas baratas e que ao mesmo tempo consumissem seus produtos. A questão foi resolvida com a partilha colonial, em que as otências p industrializadas dividiram entre si os territórios dos continentes africano e asiático. As potências européias impuseram às colônias africanas e asiáticas uma dominação política, econômica e cultural marcada pela exploração desenfreada e pela relação de dependência. Estava constituído o imperialismo europeu do século XIX, além de consolidada a divisão internacional do trabalho. Isso significa que a relação de interdependência entre os países imperialistas e suas colônias, delineada durante o capitalismo comercial, solidificou-se: as colônias como fornecedoras de produtos agrícolas, minerais e outros produtos primários; as nações imperialistas, fornecedoras de produtos industrializados.

O capitalismo financeiro, o keynesianismo e o ressurgimento do liberalismo econômico

O capitalismo financeiro-monopolista estruturou-se, no contexto da Segunda Revolução Industrial, a partir de meados do século XIX. A descoberta da eletricidade, a invenção do motor à explosão, do telefone, além da difusão do telégrafo, entre outras, indicam novo salto evolutivo. Essas descobertas e invenções tornaram-se possíveis graças ao desenvolvimento da indústria química, siderúrgica, automobilística, petrolífera etc., por sua vez apoiadas em pesquisas científicas (a partir de então agregadas ao sistema capitalista) que viabilizaram essa nova revolução tecnológica.

Nesse momento, outros países consolidavam-se como potências industriais e imperialistas, entre os quais os Estados Unidos, a Alemanha, o Japão e a Rússia.

Esse foi um período em que o capital financeiro (dos bancos) fundiu-se ao capital industrial (das fábricas). A acirrada concorrência entre as empresas levou a essas fusões, deixando evidente uma tendência do capitalismo: a concentração de capitais. Para ganhar mercados e eliminar a concorrência, essas empresas uniram-se umas às outras, o que deu origem aos monopólios e oligopólios típicos dessa fase do sistema. A concentração dos capitais disponíveis ocorria por meio de operações financeiras como empréstimos e financiamentos para controlar as atividades produtivas e o comércio, além de comandar o estabelecimento dos preços finais dos bens, serviços e produtos destinados ao consumo. Ou seja, esses grupos detinham (e detêm até os nossos dias) capital suficiente para centralizar as decisões econômicas e políticas. É por isso que essa etapa do capitalismo é conhecida como financeira e monopolista.

Monopólio é a situação em que uma empresa domina a venda das mercadorias ou controla a oferta de serviços. Uma variação do monopólio é o truste, caracterizado pela fusão de duas ou mais empresas de um mesmo setor econômico. Os trustes constituíram-se como monopólios típicos do capitalismo financeiro- monopolista e deram origem a muitas das transnacionais que hoje conhecemos: a General Electric, a Siemens e a Mitsubishi, entre outras.

Quando o monopólio é exercido por um grupo de empresas, de diferentes segmentos, em uma grande parcela do mercado, temos o oligopólio. Mais comuns que os monopólios, nos oligopólios os grupos envolvidos costumam entrar em acordo sobre os preços dos produtos que serão comercializados, distribuindo no mercado entre si:

cada empresa fica com determinada parcela. Essa situação é conhecida como cartel. É dessa forma que essas empresas conseguem elevar e controlar os preços, além de eliminar a livre concorrência.

Do ponto de vista doutrinário, o liberalismo econômico revelou-se incapaz de manter o equilíbrio entre mercado e sociedade: a constituição de monopólio descaracterizou o equilíbrio teórico da "mão invisível" provocando a falência de muitas empresas que não podiam mais competir em

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condições de igualdade com as empresas oligopolizadas. A concorrência não era mais livre, e muito menos o mercado, porém o Estado manteve sua posição de apenas garantir a livre concorrência entre as empresas. Esse foi um dos fatores que levaram a uma crise em todo o mundo, iniciada nos Estados Unidos e conhecida como Crise de 1929, ou Grande Depressão, ou, ainda, Crack da Bolsa.

A Grande Depressão, ou Crise de 1929, é o nome que se dá a uma das maiores crises pelas quais o sistema capitalista passou ao longo da sua história. Iniciada em 1929 nos Estados Unidos, a crise logo se refletiu em todo o mundo, pois esse país diminuiu brutalmente suas importações ao mesmo tempo em que procurou retomar o capital anteriormente investido na Europa. O Brasil, por exemplo, cuja economia voltava-se essencialmente para a exportação de café, foi atingido pela crise cerca de um ano depois.

Essa crise resultou de uma série de distorções ocorridas ao longo dos anos de 1920 nos Estados Unidos, das quais as mais importantes foram o aumento excessivo da produção, associado à queda no consumo. Em decorrência da crise, da noite para o dia, milhares de empresas decretaram falência, tanto no setor agrícola, como no industrial e financeiro.

A crise foi desencadeada pela quebra ou pelo crack da Bolsa de Valores de Nova York, ocorrido em 24 de outubro de 1929. O crack aconteceu, entre outros fatores, porque uma parte expressiva dos investidores começou a vender, em massa, suas ações, desencadeando uma verdadeira corrida que derrubou o valor dos títulos financeiros, além de arruinar pessoas e provocar a quebra das empresas que os tinham adquirido como forma de investimento.

Em decorrência da Grande Depressão em 1929, muitos dos princípios que funcionam como base de sustentação do liberalismo econômico foram revistos. Foi nesse contexto que se viabilizou a doutrina econômica keynesiana, ou keynesianismo, que nesse período norteou, em maior ou menor escala, a vida econômica dos países capitalistas.

Essa teoria, formulada pelo economista inglês John Maynard Keynes (1883-1946), contestava o liberalismo econômico priorizando a necessidade de o Estado intervir na economia.

Conforme o keynesianismo, portanto, mesmo um Estado marcado pela existência de monopólios,

como era o caso dos Estados Unidos, deveria intervir no setor social e econômico se ocorressem crises econômicas. Durante o governo de Franklin Delano Roosevelt, então presidente dos Estados Unidos, foram tomadas as seguintes medidas, conforme a doutrina keynesiana:

 controle, pelo governo, da produção e dos preços de grande parte dos produtos;

 concessão de empréstimos a empresários rurais e urbanos que haviam falido;

 implantação de política de aumento dos empregos, que se refletiu no aumento do consumo, por meio da instauração de grandes obras públicas, como usinas hidroelétricas, barragens e estradas;

 elevação salarial;

 redução da jornada de trabalho;

 criação do salário desemprego e da assistência aos idosos e inválidos, entre outras.

Essa política intervencionista ficou conhecida como Novo Acordo, do inglês New Deal.

Era baseada na formação do que se denomina Estado do Bem Estar Social, e segundo ela o Estado não só pode como deve intervir em uma economia controlada por monopólios. É chamado "Estado do bem-estar social" porque atribui ao poder público, ou seja, ao Estado, o direito de conceder benefícios sociais que garantam à população um padrão mínimo de vida. Dessa forma, justificou-se a criação do salário-desemprego, a redução da jornada de trabalho, a assistência à saúde etc., medidas típicas do Novo Acordo.

Nas décadas seguintes à implementação do Novo Acordo, o processo de globalização econômica se intensificou, sobretudo como resultado do processo de expansão das grandes potências capitalistas no mundo: as transnacionais, ou multinacionais, instalaram-se fora de seus países de origem em busca de mão-de-obra barata, além de outras condições vantajosas: leis menos rígidas que as de seus países de origem; produção a custo baixo e mercado consumidor potencial. Foi dessa forma que essas empresas se constituíram como grandes

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conglomerados, os quais se diferenciam dos trustes e cartéis surgidos no início do capitalismo financeiro-monopolista por difundir, em grande parte do globo, não somente a produção, mas também o consumo. Essa expansão também evidencia a posição que as nações - desenvolvidas e subdesenvolvidas - assumiram na divisão internacional do trabalho: as primeiras, exportando capitais e produtos industrializados; as segundas, mantendo-se como fornecedoras de produtos agrícolas, minerais e outros produtos primários.

Foi nesse contexto que o capitalismo alcançou, nas décadas posteriores à Segunda Guerra Mundial, a sua nova etapa, agora com a tecnologia da informação revolucionando os setores produtivos e toda a sociedade, dita global.

O neoliberalismo e o capitalismo informacional- global

A Terceira Revolução Industrial, ou Revolução Técnico-científica apóia-se nas novas tecnologias que surgem no mundo e marca o capitalismo informacional-global. É o desenvolvimento da eletrônica fina, ou microeletrônica, da computação, da automação industrial e da energia atômica que viabiliza uma grande transformação em praticamente todos os setores da atividade humana. Fruto de pesquisas científicas na área de informática e telecomunicações, a nova revolução tecnológica gerou bens de alta tecnologia, ou tecnologia de ponta.

Quando, nos anos 1970, o modelo intervencionista keynesiano deu sinais de esgotamento, em conseqüência, entre outros aspectos, da escassez de recursos financeiros para fazer frente aos compromissos econômicos e sociais, outra doutrina se fortaleceu. Trata-se do neoliberalismo, que se contrapõe às políticas keynesianas, acusadas de assistencialistas e deflagradoras da crise econômica então instalada tanto em países desenvolvidos como subdesenvolvidos. Essa doutrina é uma tentativa de ajustar o liberalismo econômico às condições do capitalismo financeiro-monopolista. Para os neoliberais, o sistema capitalista não tem condições de se autogerir, como propunham os defensores do liberalismo econômico. Caberia ao Estado assegurar a estabilidade do sistema por meio da amenização das crises (sociais e econômicas), garantir a

concorrência e combater a tendência à oligopolização da economia, por meio da criação de leis e órgãos reguladores. Ou seja, esse é o momento em que o sistema identifica o Estado como agente disciplinador.

Segundo o pensamento neoliberal, o Estado deve reduzir sua intervenção na economia e deixar de garantir os benefícios do estado do bem-estar social. Seus princípios foram postos em prática inicialmente no Reino Unido e nos Estados Unidos.

A essa mudança doutrinária aliaram-se, graças à revolução tecnológica, os avanços no setor da informação (no campo da computação e das telecomunicações) e no setor de transportes (especialmente na aviação), que por sua vez contribuíram para a intensificação do processo de globalização econômica, especialmente a partir dos anos de 1990. O fim do bloco socialista e o avanço do modelo neoliberal a partir de então ampliaram o alcance dos fluxos de comércio, produção e capitais de tal forma que barreiras como as fronteiras nacionais foram rompidas: tornou-se possível integrar (do ponto de vista econômico) diferentes regiões do planeta, reduzindo "distâncias".

É por causa dessas características que essa fase do capitalismo é conhecida como informacional-global: podemos, instantaneamente, comprar mercadorias, contratar serviços e viagens nas mais diversas regiões do globo, participar de eventos, à distância, por meio das videoconferências, nos comunicar com pessoas em diferentes lugares do mundo, transferir grandes volumes de capital etc. A importância das novas tecnologias reflete-se, igualmente, no aumento exponencial dos serviços, cada vez mais especializados. Por causa dessas características, é essencial que a mão-de-obra seja cada vez mais qualificada.

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Referências

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