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Miguel João Amaral de Vasconcelos Pinheiro 2009258

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Academic year: 2019

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M i g u e l J o ã o A m a r a l d e V a s c o n c e l o s P i n h e i r o – n º 2 0 0 9 2 5 8

Relatório Final de Estágio

Miguel Pinheiro

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Índice

Introdução . . . 3

Corpo de Trabalho . . . 4

A – Cirurgia B – Saúde Mental

C – Medicina Geral e Familiar D – Pediatria

E – Medicina

F – Ginecologia Obstetrícia

Reflexão Crítica . . . 8

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Introdução

O presente relatório é referente ao estágio profissionalizante (EP) realizado de acordo com o

programa do 6º ano do Mestrado Integrado em Medicina (MIM) da Nova Medical School |

Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa (NMS|FCM) ao longo de 34

semanas no ano lectivo de 2015/2016. Este estágio divide-se em estágios parcelares das

seguintes áreas: Medicina, Cirurgia, Medicina Geral e Familiar, Saúde Mental, Ginecologia e

Obstetrícia e Pediatria. A estes estágios junta-se uma Unidade Curricular (UC) Opcional e

uma Unidade Curricular Integradora. Este ano complementa os ciclos básico, pré-clínico e

clínico que constituem o MIM e pretende aproximar e preparar o aluno à prática clínica.

Neste relatório faço um resumo dos estágios que tive a oportunidade de realizar não só em

Portugal mas também no Peru, refiro algumas outras actividades extracurriculares, e faço

também uma reflexão crítica em relação ao estágio profissionalizante que completei e a sua

importância para a minha carreira académica e formação pessoal. Para complementar o

relatório podem-se encontrar documentos em “Anexos”.

Para este último ano como aluno, posso dizer que elegi como principal objectivo pessoal,

transversal aos estágios parcelares, o aprofundamento das competências a nível de decisão

clinica e abordagem dos pacientes, quer em contexto de consulta, hospitalização ou

emergência. Por outras palavras, o meu objectivo tratava de tentar absorver de cada tutor que

me acompanhava o seu raciocínio clinico, nomeadamente em termos de valorização relativa

de sintomas, abordagem inicial de diferentes patologias e interpretação relativa de cada

paciente no seu contexto como um todo e não como um caso-clinico teórico. Outros

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científico nas diferentes áreas e apresentar uma postura activa e crítica como penso que

sempre tive ao longo do curso. Em termos pessoais procurava adquirir autonomia para

corresponder com responsabilidade exigida pelo estágio profissionalizante.

Corpo de Trabalho

A - Cirurgia

O estágio parcelar de Cirurgia, teve lugar no Hospital Beatriz Ângelo (HBA) em Loures e

decorreu entre 14 de Setembro de 2015 e 6 de Novembro de 2015 com duração total de 8

semanas, sob orientação da Dra. Cátia Cunha e regência do Professor Doutor Rui Maio. O

estágio dividiu-se em quatro partes: 1 semana de aulas teóricas e teórico-práticas abordando

alguns princípios gerais e técnicas cirúrgicas básicas, 4 semanas acompanhando o trabalho

do Serviço de Cirurgia Geral quer em Consulta Externa, Enfermaria ou Bloco Operatório, 1

semana no Serviço de Urgência do HBA que incluiu passagem no balcão de Atendimento

Permanente e no gabinete da Pequena Cirurgia e 2 semanas numa opcional, que no meu

caso decorreu no bloco operatório do HBA no Serviço de Anestesiologia. No dia 3 de

Novembro de 2015, teve lugar no auditório do HBA o Mini Congresso de Casos Clínicos de

Cirurgia, onde foram apresentados diversos casos clínicos pelos alunos. Elaborei a

apresentação, juntamente com os meus colegas, de um caso-clínico com o seguinte tema: “A

minha barriga cresceu, e agora?” a que correspondia um caso de aumento de volume

abdominal com um Cisteadenoma Mucinoso e Teratoma ovárico, tendo a nossa apresentação

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B - Saúde Mental

O estágio parcelar de Saúde Mental, teve início no dia 9 de Novembro e terminou a 4 de

Dezembro de 2015, sob orientação da Dra. Alexandra Lourenço e regência do Professor

Doutor Miguel Xavier. O estágio começa com sessões teóricas na faculdade com o Professor

Doutor Miguel Xavier e o Dr. Pedro Mateus, e, posteriormente, a trabalhar com a Equipa de

Psiquiatria Comunitária da Damaia, quer no Centro de Saúde da Damaia (CSD) quer no

Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF). A ordem de trabalhos incluía reuniões de

serviço e sessões clínicas no Serviço de Psiquiatria do HFF, acompanhar a minha tutora no

Serviço de Urgência do HFF e também na Consulta Externa e correspondentes visitas

domiciliárias no CSD. Concomitantemente, se realiza um projecto de investigação sob a

coordenação do Dr. Pedro Mateus que consistia numa revisão sistemática dos artigos de investigação sobre a diminuição do número de camas nos serviços de psiquiatria nos serviços de saúde nacionais dos países desenvolvidos. A nível da consulta externa, pude contactar com patologia muito variada, nomeadamente perturbações do humor, de ansiedade ou da

personalidade. As visitas domiciliárias pela Amadora contribuíram para ter uma visão mais

geral da psiquiatria, e entender o objectivo intrínseco à práctica médica psiquiátrica que é a

reintegração do paciente no seu meio.

C - Medicina Geral e Familiar

O estágio parcelar de Medicina Geral e Familiar decorreu de dia 7 até dia 15 Dezembro de

2015 e posteriormente de dia 4 a dia 15 de Janeiro de 2016, sob orientação da Dra. Bruna

Martinho e do Dr. David Rodrigues e sobre a regência da Professora Doutora Isabel Santos.

O estágio decorreu na, recentemente promovida, USF de Santa Cruz, em Torres Vedras.

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Diabetes, Hipertensão Arterial, Saúde Infantil/Juvenil, Saúde Materna e Planeamento Familiar

e fazer visitas domiciliárias a utentes e lares de 3ª idade. No final do estágio realizei uma

análise de situação clínica e uma história clínica, integrados no “Diário de Exercício

Orientado”, que foi objecto de discussão e avaliação oral.

D - Pediatria

O estágio parcelar de Pediatria decorreu de dia 25 de Janeiro de 2016 até o dia 19 de

Fevereiro de 2016, sob orientação da Dra. Cláudia Cristóvão e regência do Dr. Luís Varandas.

Realizei o estágio no Hospital CUF Descobertas (HCD) e acompanhei os trabalhos do Serviço

de Pediatria do HCD. Durante estas quatro semanas, frequentei o Atendimento Permanente

do hospital, internamento de Pediatria, Serviço de Neonatologia, Consulta Externa, Consulta

de Ortopedia Pediátrica, Consulta de Cardiologia Pediátrica e também pude atender a

sessões clínicas no auditório do HCD. Juntamente com os meus colegas, apresentamos na

última semana um trabalho sobre o tema: Mononucleose Infecciosa em Pediatria. No fim de

semana de 4 e 5 de Fevereiro assisti a diversas palestras e workshops no âmbito do

congresso: O Sim e o Não em Pediatria juntamente com o resto da equipa médica do Serviço

de Pediatria do HCD. Devo realçar a autonomia progressiva que me foi permitido ter, tendo

começado a elaborar os diários clinicos dos pacientes internados e a co-participar na

entrevista clínica e exame objectivo no Atendimento Permanente. Foi interessante também

poder ter presenciado casos menos frequentes como por exemplo: meningites bacterianas,

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E - Medicina

O estágio parcelar de Medicina decorreu desde o dia 7 de Março até ao dia 13 de Maio de

2016, no Serviço de Medicina Interna do Hospital Nacional Arzobispo Loayza (HNAL), em

Lima, Peru. Um dos hospitais centrais, mais importantes deste país, especifico para as

pessoas que não possuem seguro de saúde, e consequentemente de um pior estrato sócio

económico. Um hospital com meios limitados mas com uma equipa de médicos bem

preparada e estruturada. Nas 10 semanas de estágio, participei nas actividades do pavilhão

de Medicina Interna onde juntamente com uma equipa médica de mais 2 pessoas,

correspondente a Portugal a 1 Interno do Ano Comum e 1 Interno de Medicina Interna de 3º

ano geria 6 camas do serviço. Tinha a responsabilidade fazer os diários clínicos dos pacientes

diariamente nos dias da semana, certificar-me que tinham os medicamentos prescritos,

prescrever os MCDT’s indicados na anterior visita médica e assegurar-me do correcto

decorrer de todos os procedimentos a que fossem submetidos, e realizar qualquer outra tarefa

médica, seja esta uma gasimetria, electrocardiograma, toracocentese, paracentese, lavado

gástrico, toque rectal, punção lombar, entre outras, com a devida supervisão. Todos os dias

passava visita com o director de serviço desse pavilhão, Prof. Dr. Victor Valencia e com o

resto da equipa médica onde se discutia todos os pacientes e se ponderava o plano médico a

seguir. Também atendia ao Serviço de Urgência a cada 10 dias, para fazer turnos diurnos ou

nocturnos. Tive a oportunidade de participar no diagnóstico presuntivo de uma Lipodistrofia

Congénita numa paciente de 21 anos no internamento, o qual suscitou interesse por todos os

médicos do pavilhão e foi motivo para a apresentação do caso clinico por minha parte perante

os restantes médicos do Serviço de Medicina Interna. Classifico este caso porventura como o

mais apelativo num grande leque de casos muito interessantes que tive oportunidade de

contactar. Por exemplo: (Lupus, Vasculites, Esclerodermia, Poliomiosite, AVC por Síndrome

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F - Ginecologia e Obstetrícia

O estágio parcelar de Ginecologia Obstetrícia decorreu desde 16 de Maio até ao dia 17 de

Junho de 2016. Estas 5 semanas foram repartidas entre o Serviço de Ginecologia, o Centro

Obstétrico e também a Sala de Gravidez de Alto Risco do Hospital Nacional Docente Madre

Niño San Bartolomé com a tutoria do Dr. Cabrera. Aqui tive a oportunidade de assistir a

consultas de seguimento de gravidez e ginecologia geral, atender partos (eutócicos) com

assistência dos médicos que trabalhavam no Centro Obstétrico e também assisti no Bloco

Operatório a cesarianas em pacientes com indicação médica. Todos os dias da semana havia

também visita médica a todos os pacientes hospitalizados e depois uma sessão clinica de

presença obrigatória sobre variados temas ginecológicos.

Reflexão Crítica

Cheguei a este último ano do MIM com muita vontade de finalizar a minha preparação

profissional. Queria aproveitar para fortalecer os conhecimentos que fui adquirindo ao longo

dos últimos anos de todas as maneiras possíveis. E, na verdade, penso que agora, olhando

para trás, posso afirmar que este ano foi um de grande crescimento académico, pessoal e

profissional que culminou com a minha práctica clinica no Peru. Uma experiência que me fez

ser melhor médico por tudo o que me ofereceu e à qual não consigo encontrar aspectos

negativos. Este ano foi para mim o finalizar de uma longa etapa que comecei a percorrer

desde o ano 2009. Uma etapa que se tornou mais exigente quando decidi inscrever-me na

Licenciatura de Gestão na Nova Business School em 2011. Sabia que a minha vida ia mudar,

mas com dedicação pude conciliar a minha carreira médica com uma licenciatura que me

acrescentou algo e que espero um dia poder vir a utilizar. E é por ter tomado esta opção que

resulta que só tão tarde no MIM pude realizar as minhas prácticas clinicas no estrangeiro, que

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Um aspecto positivo deste estágio profissionalizante é que nos obrigou a assumir uma

responsabilidade tal nos serviços que penso que nos preparará para o ano que nos espera

como internos de ano comum. Mais detalhadamente os aspectos positivos e negativos que

mais caracterizaram cada estágio foram, no caso de Cirurgia, o tempo que passamos na

rotação opcional, no atendimento permanente e nos seminários que nos tira oportunidades de

poder participar mais em cirurgias.

Em Saúde Mental, contactei pela primeira vez com uma realidade que funciona em paralelo

ao resto do sistema de saúde e me surpreendeu pela positiva pela forma como esta

organizado. Sinto-me muito mais capaz de lidar com este tipo de doentes depois de este

estágio. Considero que a boa relação pedagógica com a tutora foi essencial para que o

estágio tenha sido tão positivo e produtivo.

Em relação a Medicina Geral e Familiar, penso que o estágio foi essencial para perceber

como funciona a 1ª linha de cuidados e a prevenção primária no nosso país, penso que foi

importante para treinar anamnese e decisão clinica e abordagem de pacientes em patologias

comuns e também para começar a ter confiança na interpretação relativa sintomas. Considero

que este devia ser um estágio presente um pouco mais cedo na nossa carreira do MIM. No

entanto, neste estágio não tive a oportunidade de ter a autonomia que me deram noutros

estágios.

Pediatria foi um estágio, na minha opinião, muito produtivo, pois o ambiente didático sentido

no serviço do HCD, e o rácio aluno/tutor muito mais adequado promoveram bastante a

aprendizagem. Também como, embora não tenhamos muito contacto com esta especialidade,

já é a 2a vez que a realizamos ao longo do curso foi possivel relembrar rapidamente o que já

tinha aprendido no meu estágio no Hospital São Francisco Xavier no 5º ano do MIM.

Medicina representou para mim o estágio onde mais pude sentir como vai ser a minha vida

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cheguei ao serviço de Medicina Interna do Hospital Nacional Arzobispo Loayza. A autonomia

que me concederam o meu tutor e o restante pessoal médico, permitiu realizar um trabalho

que, ao longo das dez semanas, sempre foi interessante e cativante. A realização de

procedimentos médicos, a práctica de diagnóstico diferencial, o treino de prescrever todos os

dias manualmente a terapêutica faz me acreditar que não podia ter tido melhor estágio para

me preparar para o Internato do Ano Comum e as responsabilidades a si associadas.

Em Ginecologia, posso referir que as visitas médicas com as gestantes de alto risco foram

bastante pedagógicas. Tive a oportunidade de monitorizar e participar em muitos partos bem

como praticar diversas técnicas e procedimentos úteis na prática médica comum como o

exame ginecológico.

Em conclusão, o meu último ano do MIM na NMS|FCM fica claramente marcado pelos meus

estágios realizados no estrangeiro. Foram uma experiência exigente quer a nível profissional

quer a nível pessoal que vou guardar comigo para sempre. No final, faço um balanço do meu

aproveitamento maioritariamente positivo e penso ter cumprido com os objectivos a que me

propus inicialmente, nomeadamente a autonomia em ambiente hospitalar. Em relação ao que

é raciocínio clinico, estabelecer hipóteses diagnósticas e pedir e interpretar exames

complementares de diagnóstico sinto que evolui de uma maneira impressionante neste ano

apenas, mas um médico procura o que sabe e encontra o que procura, o que significa que

quem não sabe, nada encontra. Consequentemente não podemos esquecer que a

atualização constante por parte dos médicos é imperativa pois a Medicina está em constante

evolução e a curva de aprendizagem nunca atinge um limite máximo. Dito isto, espero honrar

com a minha práctica médica todos os que contribuíram para a minha aprendizagem nesta

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Anexos

Certificado – 7ª Reunião Pediátrica Hospital CUF Descobertas

Certifica-se que o(a) Exmo.(a) Senhor(a)

Miguel João Amaral de Vasconcelos Pinheiro

Esteve presente na 7.ª Reunião Pediátrica Hospital Cuf Descobertas,

realizado no Hotel Olissipo Oriente – Lisboa, nos dias 4 e 5 de Fevereiro de 2016.

P/Comissão Organizadora

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