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LITERATURA POPULAR ÉDERSON DA CRUZ U N I D A D E 4

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Academic year: 2021

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U N I D A D E 4 ÉDERSON DA CRUZ

LITERATURA POPULAR

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Unidade 4| Introdução

A literatura é a arte da palavra. Sendo assim, ela é uma produção especificamente humana, já que somos os únicos que se utilizam da palavra como ferramenta de comunicação. Durante séculos, a literatura serviu de instrumento para que se pudesse compreender a arte, apresentou por meio de seu contexto ficcional diversas ideologias e visões de mundo, denunciou injustiças sociais e também serviu como forma de fruir estético e de entretenimento.

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Unidade 4 | Objetivos

1. Identificar as origens e o contexto histórico que criaram condições de possibilidade para o surgimento do Modernismo.

2. Caracterizar as Vanguardas Artísticas Europeias e os seus principais autores e caracterizar a Semana de Arte Moderna.

3. Identificar as origens e a evolução do movimento Modernista no Brasil.

4. Características o Modernismo Brasileiro (3ª fase) e identificar os seus principais autores bem como os da literatura contemporânea

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O Contexto Que Deu Origem ao Modernismo

O período histórico que sucedeu a Semana de Arte Moderna (1922) teve significado artístico Foi uma tendência mais autenticamente nacional, voltada para os problemas concretos do país, sem a idealização das fórmulas europeias importadas. ‘Os Sertões’, de Euclides da Cunha, constituiu-se em uma das realizações iniciais desse projeto artístico. [...].

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O nacionalismo pré-modernista teve Graça Aranha como seu ponto de partida. Seu romance

‘Canaã’ focalizou a imigração europeia (alemã) e procurou defender a viabilidade do Brasil como país independente. Esse nacionalismo ganhou consistência através da reflexão crítica sobre a situação social. Em ‘Os Sertões’, de Euclides da Cunha, o sertanejo já era visto com suas carências [...].

O caráter nacional e social também apareceu em Monteiro Lobato, que aproximou, em sua obra, a perspectiva racional dos escritores realistas do século XIX da literatura social da década de 1930.

Com Lima Barreto, o nacionalismo foi visto em função das camadas proletárias do Rio de Janeiro.

[...]” (ABDALA JR., Benjamin; CAMPEDELLLI, Samira Yousseff. Tempos da literatura brasileira. São Paulo: Ática, 1988).

Assim começamos nossa incursão pela literatura do Modernismo: antes dele. A virada do século XIX para o XX foi marcada, dentro da literatura, pelos movimentos de transição, que buscaram romper com as estéticas realista e parnasiana, buscando outros temas, outras linguagens e outras formas de representar a realidade por meio da arte.

Deste modo, nessa virada de séculos, uma outra estética, não definida como uma escola literária propriamente dita, mas como um afastamento do Realismo e do Parnasianismo vai surgindo, marcada pela mudança de ênfase nos temas, pela preocupação em representar o brasileiro e não apenas o proletariado, e pela poesia que, deixando de lado a “arte pela arte”, insere-se num mundo de profundas emoções, sentimentos e intimismo.

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Painel de Referências Históricas do Pré-Modernismo

Como em qualquer fase transitória, no Pré-Modernismo coexistiam tendências opostas. O “novo elemento” leva tempo para ser implantado, e as novidades criadas na literatura nacional por Graça Aranha e Monteiro Lobato foram sendo aceitas aos poucos. Alguns não as assimilaram, permanecendo com o olhar para as estéticas antiquadas, sem manifestar a intenção de romper com o passado.

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Típicas dessa fase transitória foram as obras de Graça Aranha, Euclides da Cunha, Lima Barreto e Monteiro Lobato. Todos eles fizeram uma literatura mais regionalista, porém com perspectivas diferentes.

Lima Barreto adotou uma postura mais radical de todos os pré-modernistas. Colocou-se contra a literatura acadêmica, fazendo ressaltar a realidade triste dos subúrbios cariocas e dos políticos tiranos e ineficazes. Monteiro Lobato, por sua vez, fez uma literatura de advertência, sob a ótica da caricatura, denunciando a miséria dos camponeses e buscando uma sociedade mais moderna.

Ao lado da poesia acadêmica, representada pelos poetas presos ao formalismo, destacou- se, também, uma poesia híbrida, uma mescla de Parnasianismo, Simbolismo e um pouco de Romantismo. Estamos falando da poesia de Augusto dos Anjos, a única em face da mistura que representou.

A paisagem do Brasil e o homem regional foram duas preocupações dos escritores pré- modernistas, cuja tônica foi a pesquisa da região, no sentido de ressaltar o sentimento do sertanejo e de sua terra. Hugo de Carvalho Ramos, Valdomiro Silveira e Simões Lopes Neto representam essa tendência de pesquisa regional.

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A seguir, apresentaremos os principais autores do período pré-modernista.

José Pereira da Graça Aranha

José Bento Monteiro Lobato

Afonso Henrique de Lima Barreto

Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha

Augusto Carvalho Rodrigues dos Anjos

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As vanguardas europeias e a Semana de Arte Moderna

“[...] Na Europa, o período denominado entre-guerras caracterizou-se por um profunda crise econômica, social e moral que atingiu os países capitalistas na década de 20. Os liberais sentiam-se derrotados. A partir de então, a ideia de um progresso contínuo e inevitável perdeu o pouco sentido que porventura lhe restava.

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Enquanto isso, os artistas e intelectuais brasileiros também buscavam na Europa as novas técnicas para as suas obras sem, entretanto, importar a temática do trágico e da angústia, que caracterizava a nova cultura europeia que se desenvolveu nesse período entre-guerras.

As espetaculares invenções do começo do século XX substituíram o modo de ver a realidade rapidamente: surgiram o automóvel, as máquinas voadoras, o cinema. Inaugurou-se a época da velocidade, que resultou num progresso material espantoso e numa disputa acelerada pelo poder entre as potências mundiais.

A crise da sociedade liberal-burguesa culminou na Primeira Guerra Mundial, de 1914 a 1918. Esse conflito, de grandes proporções, transformou profundamente o mundo, alicerçado nas ideias de nacionalismo, provocando o surgimento de n ovas correntes ideológicas, como o nazismo, o fascismo e o comunismo, que mudaram a face do mundo no decorrer do século.

No domínio artístico, várias tendências multiplicavam-se e retratavam os anseios por renovações profundas, nos períodos que antecederam e sucederam as Guerras Mundiais.

Foram os movimentos da vanguarda europeia, explosivos e descontínuos, que buscaram romper com o passado e exprimir o dinamismo de um novo tempo que se iniciava.

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O Futurismo, o Cubismo, o Dadaísmo, o Expressionismo e o Surrealismo são os movimentos mais conhecidos da vanguarda europeia. “Vanguarda”, aliás, é uma expressão originária do francês avant-garde, que significa “estar à frente, à dianteira de um movimento.

No início, o movimento cubista se desenvolveu na pintura, a partir das experiências do artista espanhol Pablo Picasso e do francês Georges Braque, que representam os objetos, por assim dizer, cubificados”, para apontar mais ângulos da realidade cotidiana.

O Expressionismo foi um movimento contemporâneo ao Cubismo e ao Futurismo, surgido na Alemanha, em 1910, caracterizando a arte criada sob o impacto do sofrimento humano.

Com enorme ênfase na destruição e na anarquia de valores e formas, o Dadaísmo se originou na Suíça, em 1916. O mais radical dos movimentos vanguardistas teve na própria denominação e, na forma pela qual foi escolhida, uma indicação do caráter destrutivo e anárquico.

Surgido no período entre-guerras, o Surrealismo teve como líder André Breton, um dissidente do movimento Dadá. Filhos do Futurismo, do Cubismo e do Dadaísmo, os surrealistas não aceitavam a pura destruição e a ação demolidora dos dadaístas, mas queriam abrir caminhos para a expressão do psiquismo humano.

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Ecos do Modernismo em Portugal

O primeiro momento do Modernismo em Portugal, conhecido como orfismo”, associou-se à profunda instabilidade política e social da primeira república. Esse período é denominado dessa forma porque, à luz das modernas vanguardas europeias, alguns jovens dentre eles, Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Luís Montalvor, Almeida-Negreiros e o brasileiro Ronald de Carvalho.

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Os primeiros modernistas colocaram a existência individual como determinação do próprio indivíduo e não como algo socialmente imposto. É o chamado anti-humanismo que, aliado ao anti- cristianismo, aceita com coragem o cumprimento de um destino irracional.

O Modernismo em Portugal teve quatro fases distintas, sendo que nenhuma dela se sobrepôs à outra, sendo marcada por ênfases e temas diferentes.

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Identificando as Fases do Modernismo

No Brasil, 1922 é um ano cheio de fatos importantes: comemora-se o centenário da Independência, realiza-se a Semana de Arte Moderna, é criado o Partido Comunista, ocorre a primeira revolta tenentista.

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O ano de 1922, além de ser o ano do centenário da Independência, foi, principalmente, de rupturas. Um dos mais fortes acontecimentos políticos diz respeito à Revolução dos Tenentes, com a sublevação do Clube Militar e a tomada do forte de Copacabana no Rio de Janeiro. O forte foi bombardeado por navios e 18 revoltosos enfrentaram 3 mil soldados legalistas.

A reescrita da arte brasileira começou pelo afastamento do academicismo da pintura tradicional. Em 1913, Lasar Segall trouxe para o Brasil as imagens deformadas do Expressionismo alemão. Em 1917, foi a vez de Anita Malfatti, que apresentou 53 trabalhos entre pinturas, aquarelas, caricaturas e gravuras, que provocaram violenta repercussão da imprensa.

Entre 1922 e 1930, a cultura brasileira experimentou, nas artes, um movimento de ruptura em relação ao tradicionalismo e o academicismo.

O projeto dos modernistas pode ser dividido em três linhas básicas que se conjugam:

Desintegração da linguagem tradicional.

Adoção de conquistas das vanguardas

Busca pela expressão nacional.

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Características da Literatura Modernista

Principais características do Primeiro Tempo Modernista.

Liberdade de expressão: A importância maior das vanguardas residiu no triunfo de uma concepção inteiramente libertária da criação artística.

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Incorporação do cotidiano: O prosaico, o diário, o grosseiro, o vulgar tornam-se os motivos centrais da nova estética.

Linguagem coloquial: A linguagem torna-se coloquial, espontânea, mesclando expressões da língua culta com termos populares, o estilo elevado com o estilo vulgar.

A primeira fase do Modernismo brasileiro iniciou com a Semana de Arte Moderna de 1922, exposição de literatura, música e artes plásticas com o objetivo de alinhar o Brasil às novas tendências de arte ocidental;

O Primeiro Tempo Modernista Brasileiro se caracterizou por uma busca pela brasilidade, expressa por meio das críticas às classes dominantes, da linguagem coloquial, dos versos livres e do anti-academicismo.

O Segundo Tempo Modernista Brasileiro, em prosa, se caracterizou por uma ficção neo- realista, pela denúncia social e pelo regionalismo. Na poesia, caracterizou-se pelos versos livres, pelos temas existenciais e pelo lirismo.

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Compreendendo Modernismo, Pós-modernismo e Conhecendo os Principais Autores

Ao fim da Segunda Guerra, um grupo de poetas constituiu a “geração de 45”, assim chamada porque é possível anotar algumas direções genéricas embora que em maior ou menor grau estavam presentes em sua obra naquele momento.

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O Terceiro Tempo Modernista Brasileiro é caracterizado pela poesia neoparnasiana, pela vanguarda concretista e pela ficção experimental e regional em prosa.

Na contemporaneidade, embora ainda seja muito recente estabelecer comparações e análises sobre conjuntos de obras, podemos dizer que há uma arte produzida como um anseio de uma cultura de massa e uma forma de arte considerada vanguardista.

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Pós-Modernidade

Podemos destacar dois traços marcantes da arte pós-moderna: a complexidade gerada pela ausência de unidade e pela ruptura com a tradição acadêmica e a diversidade. Esta última diz respeito à peculiaridade de nosso tempo de condensar, de algum modo, nosso desenvolvimento.

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Referências

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