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ANÁLISE DA MINUTA DO MPOG

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ANÁLISE DA MINUTA DO MPOG

No último dia 18 de novembro recebemos do Ministério do Planejamento o ofício 23541/2015, que trata das propostas desse Ministério para acordo. O documento não traz qualquer referência ao segmento técnico administrativo. O motivo desta ausência provavelmente se relaciona ao fato de que a parte do acordo referente a esse segmento já foi assinada pela Fasubra e o que vimos no último ofício é tão somente uma proposta mais acabada da parte do acordo para o segmento docente. Resumindo, o acordo traz propostas um pouco mais acabadas, um pouco mais precisas para o segmento docente, ou seja, a minuta trata em termos gerais sobre “propostas novas”.

Com muita probabilidade, algumas dessas propostas novas vêm do Proifes, que esteve reunido com o SRT/MPOG no dia 31 de agosto. É possível encontrar no site desta entidade sua proposta de pauta e verificar como alguns pontos dessa pauta foram incorporados ao documento do MPOG. Também no site há um relato da reunião. A maior parte dessas propostas já eram proposições também do Sinasefe e do Andes e isso explica porque alguns pontos que constam na minuta da SETEC também constam na minuta do MPOG.

Abaixo segue uma avaliação ponto a ponto dos termos novos presentes na proposta:

Progressão e Promoção Funcional nas Carreiras: devidas a partir da conclusão dos interstícios; A redação não é clara, sugere a garantia de pagamento dos valores retroativos em caso de o servidor demorar mais do que o tempo do interstício para ser progredido. Esse direito já existe, mas pode ser que alguns institutos não o estejam cumprindo, de onde pode vir a justificativa para a apresentação da proposta.

Se for isso, não seria problema para a gente, mas é preciso pedir esclarecimentos sobre o conteúdo e a interpretação do trecho que não está claro.

Fim da exigência de conclusão do estágio probatório para a mudança de regime de trabalho; trata-se da revogação do § 2

o

, do artigo 22 da lei 12.772: “É vedada a mudança de regime de trabalho aos docentes em estágio probatório”. Esse parágrafo tem sido um problema especialmente para quem está no estágio probatório e tenta requerer regime de Dedicação Exclusiva. É também pauta do Sinasefe.

Controle de Frequência no EBTT: isonomia com os professores do Ensino

Superior; É também pauta do Sinasefe e conta também no acordo que construímos

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com a SETEC. Há entre nós e o Proifes diferenças na interpretação desse direito. De nosso ponto de vista o ponto já não deveria existir, visto que se existe equivalência entre as carreiras do EBTT e MS, a dispensa de ponto para os companheiros das universidades também se estende a nós. O ponto de vista do Proifes parece se assemelhar com o do governo, a saber, o de que é preciso mudar o decreto 1590/95. De todo o modo, a mudança do decreto como defendem governo e Proifes também nos atende.

Carreira do Magistério de Ensino Básico Federal: reabertura do prazo para o enquadramento na Carreira de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT);

Em nossa pauta também há a proposta de abertura da janela de migração para o EBTT, mas há nessa redação uma ausência importante, não consta também a abertura da janela de migração do PUCRECE para o EBTT, é preciso cobrar a inclusão dessa carreira conforme nossas deliberações de Plena.

Inclusão do instituto promoção no art. 34, caput e seu parágrafo único, da Lei nº 12.772/2012, considerando que o desenvolvimento do servidor nas Carreiras ocorre mediante progressão e promoção; Em relação há esse ponto, temos não discordâncias, mas dúvidas: qual é o sentido deste item? Vamos aos fatos, em 2012 foi garantido a todos os docentes que, na passagem do interstício de 18 para 24 meses seria garantido que o primeiro interstício seria em 18 meses. E com efeito, a lei 12.772 em seu artigo 34 traz o seguinte:

“Art. 34. Aos servidores ocupantes de cargos da Carreira de Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Plano de Carreiras e Cargos de Magistério Federal, na data de 1

o

de março de 2013, será aplicado, para a primeira progressão a ser realizada, observando os critérios de desenvolvimento na Carreira estabelecidos nesta Lei, o interstício de 18 (dezoito) meses”.

Ocorre que a mesma lei diferencia em seu texto o que é progressão e promoção:

Art. 12. O desenvolvimento na Carreira de Magistério Superior ocorrerá mediante progressão funcional e promoção.

§ 1

o

Para os fins do disposto no caput, progressão é a passagem do servidor para o nível de vencimento imediatamente superior dentro de uma mesma classe, e promoção, a passagem do servidor de uma classe para outra subsequente, na forma desta Lei.

(...)

§ 3

o

A promoção ocorrerá observados o interstício mínimo de 24 (vinte e

quatro) meses no último nível de cada Classe antecedente àquela para a qual

se dará a promoção e, ainda, as seguintes condições:

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Qual o problema? É que no momento de implementação da lei 12.772 alguns docentes em alguns institutos que estavam no último nível de um classe, como por exemplo D 304, não tinham assegurada sua passagem para D 401 em 18 meses, porque a lei supostamente só garantia a primeira progressão em 18 meses, e não a primeira promoção.

Tudo aparentemente lógico, a não ser por dois fatos. Em primeiro porque o interstício de 18 meses não é uma questão meramente de interpretação legal, é direito adquirido. Em segundo, a palavra “progressão” constante no artigo 34 da lei não remete a um termo técnico, mas um substantivo da língua portuguesa que tem significado bem definido:

Progressão: s.f. Progresso ou avanço; desenvolvimento continuado e progressivo; que tende a progredir: a progressão da doença assusta o médico.

Sucessão; alteração de cargo, função, trabalho para uma categoria superior:

progressão do senador à presidente. Matemática. Série de números ou de quantidades que derivam sucessivamente umas das outras segundo uma mesma lei. Progressão aritmética ou por diferença. Série de termos em que a diferença entre um deles e aquele que o precede é uma quantidade constante, chamada razão. Progressão geométrica. Série de números em que o quociente de cada termo pelo precedente é uma quantidade constante, chamada razão.

(Etm. do latim: progressio.onis)

Portanto, a progressão na forma como está colocada na lei 12772 também é uma forma de progressão. De modo que pelo princípio do direito adquirido, todo servidor, independente do nível em que estiver em sua classe deveria ter sido progredido ou promovido em 18 meses. Alguns DGPs insistiram que primeiro deveria se promover em 24 meses, e que depois, na primeira progressão dentro da nova classe deveria se dar em 18 meses, o que é um ato que fere o princípio de razoabilidade que deve ter a interpretação da lei.

Fato é que, se logo imediatamente à implementação da lei o termo “progressão”

tivesse sido aditado ao artigo 34, todos os problemas seriam resolvidos, mas nesse

momento é completamente inócuo, e isso por um motivo muito simples, estamos em

novembro de 2015, já se passaram 31 meses desde o início da vigência da lei, e não há

por esse motivo um só servidor que já não tenha cumprido o interstício de 18 ou 24

meses, de modo que ninguém mais será salvo da interpretação estreita do seu

departamento pessoal. Só há algum sentido nessa mudança, se garantido ao servidor

prejudicado o pagamento dos retroativos caso ele tenha sido prejudicado, e isso se ele

ainda não teve sua “primeira progressão”, ou seja a primeira progressão em 18 meses

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dentro de sua nova classe. Fora disso, esse ponto é totalmente sem sentido e consequência.

Harmonização da estrutura salarial das carreiras a partir dos parâmetros acordados em 2012: O item 5 é simultaneamente positivo e preocupante. Positivo porque consiste num avança real no sentido da reestruturação da carreira. E preocupante porque a proposta contida na minuta é rigorosamente a proposta do Proifes, que possui parâmetros estruturantes diferentes dos nossos, votados em plenas e congressos. Há um trecho conceitual que temos acordo prévio: “relação percentual entre vencimento básico e retribuição por titulação; percentuais entre níveis e classes;

e relação percentual entre os regimes de trabalho de 20 horas, 40 horas e dedicação exclusiva”. Todavia, todo o restante da proposta não está de acordo com o que defendemos. Podemos até deliberar em nossos fóruns acatar esse tipo de reestruturação, mas não aceitar sem passar por lugar nenhum da foram como está posto.

Por uma questão de concisão, detalharei em outro texto as diferenças entre a proposta do Proifes e a nossa/Andes, no momento só deixo registrado que não é a mesma proposta e nem está orientada pelos mesmos princípios. Como se não bastasse isso, a proposta insinua um novo acordo plurianual, a entrar em vigência a partir de 2017 e seguir até 2019, e não podemos nem estamos autorizados a concordar com algo do tipo.

Criação de um Comitê de Trabalho, no âmbito do MEC, para fins de estudos e aprofundamento dos temas abaixo, sem prejuízo de outros temas de comum acordo: fim da exigência de conclusão de estágio probatório para a promoção acelerada dos professores que estavam na carreira em 01/03/2013;

reenquadramento dos professores aposentados da classe adjunto do magistério superior na classe de professor associado; regra de transição na Carreira do EBTT para compensar a mudança de 18 para 24 meses de interstício de progressão ou promoção; adicional de difícil lotação como incentivo à fixação de docentes em locais de difícil lotação; redefinição dos critérios de concessão do auxílio-transporte; extensão do RSC para os professores aposentados do EBTT;

criação de programas de qualificação para os docentes das duas carreiras. A rigor, não temos diferença de fundo com nenhuma das proposições acima. Todavia, nossa proposta e do Andes de unificação das carreiras sequer foi considerada. Embora a expressão no início do texto “sem prejuízo de outros temas de comum acordo”, é preciso estar garantido nosso direito de colocar em pauta temas que não sejam de

“comum acordo”, ora, sabemos que o Proifes é totalmente contra a carreira única, fica

a pergunta: não poderemos nem colocar a questão porque não é consenso?

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À guisa de conclusão dos itens comentados por último, penso que devemos manter na minuta o compromisso com a reestruturação da carreira, mas com os percentuais e valores em abertos nesse momento, assim como os prazos. Nosso comprometimento com esses valores e prazos se dará a partir das deliberações de base a partir do retorno que dermos das negociações e discussões. O mesmo vale para o chamado Comitê Provisório, ou se garante a discussão de todos os pontos, inclusive a carreira única, ou terá de ser uma formulação mais genérica, onde não se imponha a lógica de carreira do Proifes.

Segue agora uma avaliação inicial dos tópicos da última minuta nos encaminhada pelo MPOG no que se refere em especial à proposta contida de reestruturação da carreira e da criação de um comitê provisório para tratar deste e de outros pontos. Como todos sabemos, desde 2008 que nos mobilizamos pela reestruturação da carreira docente. Está é a primeira oportunidade em que o governo assume concretamente um compromisso neste sentido. Desse ponto de vista não há como negar este caráter positivo. Todavia, nem tudo são flores. A proposta de reestruturação colocada no documento é qualitativamente diferente do que viemos defendendo historicamente. Em linhas gerais podemos dizer que há um avanço horizontal, mas com limitações verticais. Por horizontal, podemos entender a relação entre Vencimento Básico e Retribuição por Titulação dentro dos 13 níveis mais a classe de titular. Há efetivamente a construção de uma relação percentual entre a retribuição por titulação sobre o Vencimento Básico, muito embora os valores percentuais dessa relação não sejam o que propomos. Por vertical entende-se a relação entre um nível e o os outros níveis e classes acima e abaixo. É o lugar do step, ou seja, da distância percentual entre um nível e o seu imediatamente acima ou imediatamente abaixo, entre uma classe e outra.

É preciso observar logo de começo que somos contra, juntamente aos nossos companheiros do Andes, à existência mesma das classes, por entender que elas apontam para a diferencial não só salarial, mas mesmo das atribuições e direitos dentro da carreira. E não existe sequer a sinalização da possibilidade do fim das classes. E como se não bastasse, a proposta do MPOG mantém a distorção entre a Classe Associado/DIV com as anteriores. Quanto ao Step, defendemos, novamente juntamente aos companheiros do Andes, uma relação constante e linear entre todos os níveis da carreira, o que não ocorre. A minuta propõe steps com valores diferenciados em classes diferentes e mantém saltos entre uma classe e outra. De modo que podemos afirmar que não há avanços significativos na estruturação vertical da carreira.

Analisemos abaixo ponto a ponto, as propostas de reestruturação contidas no

Documento:

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5. Harmonização da estrutura salarial das carreiras a partir dos parâmetros acordados em 2012, redefinindo:

relação percentual entre vencimento básico e retribuição por titulação;

percentuais entre níveis e classes;

e relação percentual entre os regimes de trabalho de 20 horas, 40 horas e dedicação exclusiva.

O problema começa com a apresentação da proposta, o termo “harmonização”

ao invés de “reestruturação”. E mais ainda, o condicionante “a partir dos parâmetros acordados em 2012”. Há que se lembrar que votamos por não assinar o acordo para o segmento docente em 2012 exatamente porque não concordávamos com esses parâmetros, ou mesmo porque não víamos nenhum parâmetro objetivo. Não está nada claro o que o governo quer dizer com essa frase, além da necessidade do Proifes em afirmar que a carreira não está desestruturada e simbolicamente nos obrigar a defender os “parâmetros” que recusamos em 2012. É bom lembrar das provocações do Proifes que sempre faz questão de dizer que foi a única entidade a assinar o acordo.

De todo modo as continuações “relação percentual entre vencimento básico e retribuição por titulação” e “relação percentual entre os regimes de trabalho de 20 horas, 40 horas e dedicação exclusiva” são conceitos muito caros e que cobramos a anos. Porém, o conceito “percentuais entre níveis e classes” é problemática para nós, em primeiro porque somos contra a existência de classes, em segundo porque não há compromisso de linearidade, como aliás a proposta deixa claro que não é caso, como veremos mais à frente.

Assim, é aconselhável que se transforme essa redação para:

5. Reestruturação da carreira docente a partir dos seguintes conceitos:

Relação percentual entre vencimento básico e retribuição por titulação;

E relação percentual linear entre os regimes de trabalho de 20 horas, 40 horas e dedicação exclusiva.

Prosseguindo:

5.1 Essa harmonização será implementada em três etapas:

1/3 (um terço) em agosto de 2017,

1/3 (um terço) em agosto de 2018 e

1/3 (um terço) em agosto de 2019.

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Há aqui uma observação importante. A minuta traz implícito um outro acordo plurianual para o segmento docente. Pode até ser que cheguemos ao consenso que de que não é possível implementar a reestruturação desta carreira toda em um ano somente. Ocorre que, como veremos, os níveis salariais dentro desta proposta sequer representarão aumentos salariais expressivos. De modo que nos parece muito preocupante assinar um acordo de “harmonização” de carreira qualitativamente diferente do que pleiteamos até agora e ainda ficarmos reféns do governo que se sentirá no direito de acionar juridicamente contra legalidade de qualquer eventual greve que venhamos a fazer por um aporte financeiro que vai significar para o governo, relativamente pouco. É preciso antes de mais nada, acordar que qualquer apontamento de etapas futuras para reestruturação é meramente indicativo, e que não estamos assumindo nenhum compromisso que não o de discutir. Idealmente, em nossa modesta opinião, não deveria haver nesse momento apontamento de etapas. Isso deveria ser definido ou não no curso das discussões no âmbito do tal “comitê provisório”.

5.2 Ao final da implementação das etapas (agosto de 2019) os parâmetros serão os que seguem:

5.2.1.Entre regimes de trabalho: valor do VB do regime de 40 horas será 40% superior ao valor do VB do regime de 20 horas; e valor do VB do regime de Dedicação Exclusiva (DE) será de 100% superior ao valor do VB do regime de 20 horas.

É muito complicado o acordo indicar uma proposta mais ou menos fechada de reestruturação (ou “harmonização”). Pode ser que toda vez em que fizermos uma proposta diferente tenhamos como resposta que concordamos com os parâmetros da minuta. Novamente, o ideal é que os valores percentuais na relação entre os níveis fiquem em aberto, para serem negociados e não desde já apontados, sob o risco de que o único trabalho do referido “comitê provisório” seja o de fazer cálculos para se atingir o que foi previamente estabelecido. Só para lembrar, nossa proposta, e do Andes-SN é:

 Vencimento básico mais robusto;

 30% para especialização;

 52% para mestrado;

 75% para doutorado;

 VB de 40 horas sendo o dobro de 20 horas

 Mais 55% pelo Regime de DE;

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Atualmente um docente 20 horas ganha em DI: R$ 2.983,59 e na classe titular:

R$5.041,94, ao passo que o vencimento para 40 horas com DE em DI é R$8.639,50 e em titular é R$17.057,74. Ora, nem é preciso calculadora para ver que a atual relação é mais de 100%. Para que um docente em regime de 20 horas ganhasse a metade de um docente com DE, seria preciso, por exemplo, que no primeiro nível (DI) tivesse hoje um reajuste de R$ 1336,15, o que equivaleria em termos percentuais a 44,7% e em seu nível mais alto, um acréscimo de 3486,93, o que é o mesmo que 69,15% de aumento.

Se colocarmos mais 40% em cima do salário de 20 horas dentro da proposta do governo na classe de DI, teremos: R$ 6.047.65. Atualmente o valor de um professor 40 horas sem DE nessa posição da tabela é: R$ 5.143,41, o que significaria um reajuste de R$ 854.24 o que equivale a um aumento de apenas 16%. Se fizermos a mesma operação na classe de titular e acrescentarmos 40% ao salário proposto para o professor de 20 horas, teremos R$. 11.940,41. Atualmente o salário de um professor 40 horas sem DE neste nível é de R$ 7.859,61, em termos absolutos um aporte de R$ 4.080,80, ou 51,9%.

A proposta feita pelo governo em termos de “harmonização, não chega a ser desprezível, mas é preciso ter claro que a mesma se dará em três parcelas, de modo que mesmo esses reajustes aparentemente expressivos não irão repor as perdas inflacionários para os níveis mais baixos e significarão certamente achatamento salarial para os níveis mais altos. Caso nossa proposta fosse aceita. Os ganhos percentuais seriam sensivelmente maiores. Além disso a que se notar que dentro dessa proposta, a relação percentual entre o docente 40 horas, e Dedicação Exclusiva fica sensivelmente abaixo de nossa proposta, que é de 55%, na proposta do governo, esse percentual fica em torno de 30%. Um docente DE hoje em DI ganha R$ 8.639,50 e um com 40 horas sem DE na proposta do governo ganharia R$ 6.047.65, uma diferença percentual de 30%, já na classe de titular, o salário atual é R$17.057,74, e o salário de um docente com 40 horas seria de: R$. 11940,41, uma diferença de 29,9%.

5.2.2. Entre classes: valor do VB será 5,5% superior entre as classes A/DI- nível 2 e as classes B/DII - nível 1;

valor do VB será 5,5% superior entre as classes B/DII- nível 2 e as classes C/DIII- nível 1;

valor do VB será 25% superior entre as classes C/DIII- nível 4 e as classes D/DIV - nível 1; e

valor do VB será 10% superior entre as classes D/DIV - nível 4 e a classe

Titular - nível 1.

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Notem que a distorção que hoje observamos entre as classes DIV/Associado e as classes anteriores é mantida no seu fundamental, atualmente a distorção é de aproximadamente 27%, o governo propõe diminuir para 25%.

5.2.3. Entre níveis:

VB, classes A/DI e B/DII – nível 2 será 5% superior ao nível 1; e

VB, classes C/DIII e D/DIV – níveis 2,3 e 4 serão, respectivamente, 4%

superiores ao nível imediatamente anterior.

5.2.4. Entre VB, RT e Regimes de Trabalho:

Aperfeiçoamento Especialista ou Graduação + RSC-I

Mestrado ou Especialista + RSC- II

Doutorado ou Mestrado + RSC-III Dedicação

Exclusiva

10% 20% 50% 115%

40 horas 7,5% 15% 37,5% 86,25%

20 horas 5,0% 10% 25% 57,5%

Notem que não há reestruturação de fato. Não existe relação qualquer relação linear. Os valores percentuais são meramente informativos, demonstrando como a retribuição por titulação, um mesmo título, como o de doutor, por exemplo, pode variar entre 57,5% até 115%.

Para fins de ilustração reproduzo abaixo uma tabela produzida por um docente do IFPG, chamado José Antônio Cândido Borges da Silva, mostrando a relação RT x titulação na proposta do governo.

Bem se vê, que estamos frente a uma proposta que não é efetivamente de reestruturação, e que mantém no fundamental a lógica desestruturada da carreira. É preciso que as bases tomem dela conhecimento e se posicionem.

VB RT Total

Titular U 4590,73 2639,67 7230,40 4 4173,39 2399,70 6573,09 3 4012,87 2307,40 6320,28 2 3858,53 2218,66 6077,19 1 3710,13 2133,32 5843,45 4 3086,83 1774,92 4861,75 3 2968,10 1706,66 4674,76 2 2853,94 1641,02 4494,96 1 2744,18 1577,90 4322,08 2 2601,12 1495,64 4096,76 1 2477,25 1424,42 3901,67 2 2348,11 1350,16 3698,27 1 2236,29 1285,87 3522,16 DIII

DII DI DIV

Classe Nível 01/08/2019 - T20

VB RT Total

9181,45 10558,67 19740,13 8346,78 9598,79 17945,57 8025,75 9229,61 17255,36 7717,06 8874,62 16591,69 7420,25 8533,29 15953,55 6173,65 7099,70 13273,35 5936,20 6826,63 12762,84 5707,89 6564,07 12271,96 5488,35 6311,61 11799,96 5202,23 5982,57 11184,80 4954,51 5697,68 10652,19 4696,21 5400,65 10096,86 4472,58 5143,47 9616,06

01/08/2019 - DE RT-DE 2015 RT-DE 2017 10373,74 11491,51

9009,93 9980,75 8512,98 9430,25 8085,35 8956,55 7692,01 8520,82 5847,50 6477,57 5516,51 6110,91 5204,25 5765,01 5052,67 5597,10 4816,67 5335,67 4784,25 5299,75 4764,16 5277,50 4625,50 5123,90

RT-T20 2015 RT-T20 2017 2022,81 2240,77 1556,01 1723,67 1510,69 1673,47 1466,69 1624,73 1423,97 1577,40 1095,36 1213,39 1023,70 1134,00 1007,89 1116,49 997,13 1104,57 989,55 1096,17 971,36 1076,02 968,99 1073,40 964,82 1068,78

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Por fim, há que se notar também que para além dos aspectos financeiros, há também a criação de um “Comitê Provisório”, um nome novo para “GT” ao qual caberia a discussão das seguintes propostas:

Fim da exigência de conclusão de estágio probatório para a promoção acelerada dos professores que estavam na carreira em 01/03/2013; Esta também é uma demanda do Sinasefe, de nosso ponto de vista, a colocação do Estágio Probatório como limitador de acesso a direitos é inconstitucional e também afronta a lei 8112. De nosso ponto de vista não deixa de ser positivo a discussão deste ponto, mas a bem da legalidade, a exigência deveria ser suprimida de imediato e não ficar para a discussão, mesmo porque o governo nunca contestou com argumentos nossas afirmações quanto à ilegalidade acima aludida.

Reenquadramento dos professores aposentados da classe adjunto do magistério superior na classe de professor associado; Nada contra o reenquadramento dos companheiros do Magistério Superior na classe de ajunto, pensamos poder complementar essa questão com a inclusão da proposta de reenquadramento dos aposentados em EBTT na classe de DIV.

Regra de transição na Carreira do EBTT para compensar a mudança de 18 para 24 meses de interstício de progressão ou promoção; Essa aparentemente é uma demanda do Proifes, cuja redação não esclarece quase nada acerca de seu real conteúdo. Como somos defensores da unificação das carreiras EBTT e MS, nos parece num primeiro momento temerário qualquer proposta que insinue um tratamento diferenciado às duas carreiras. Em todo o caso é preciso conhecer com mais precisão o conteúdo da proposta e leva-la às bases, caso esta não esteja implícita ao conjunto de resoluções que já temos sobre carreira.

Adicional de difícil lotação como incentivo à fixação de docentes em locais de difícil lotação; não temos desacordo com esse ponto. Todavia, é preciso observar que temos em nossa pauta a regulamentação do artigo 71 da lei 8112 que regulamenta a gratificação por atividade penosa ou em zona de fronteira e este ponto, no mínimo deve ser abordado na discussão.

Redefinição dos critérios de concessão do auxílio-transporte; Aparentemente

trata-se da possibilidade de pagamento do auxílio transporte para quem vai ao

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trabalho com veículo próprio sob a forma de restituição do gasto com combustível.

Somos a favor e já temos ações ganhas na justiça a esse respeito.

Extensão do RSC para os professores aposentados do EBTT; Somos a favor e inclusive foi o Sinasefe o primeiro a fazer essa cobrança. Todavia do nosso ponto de vista o direito já existe e, na medida em que a esmagadora maioria dos nossos aposentados já ultrapassaram os 60 anos, essa discussão deve ser tratada com prioridade e não pode demorar vários anos para ser efetivada.

Criação de programas de qualificação para os docentes das duas carreiras. Em princípio esse ponto parece estar contido no acúmulo de discussões sobre a necessidade de formação continuada e capacitação dos servidores.

Há que se observar que não consta nesse roteiro de discussão a nossa demanda,

e também do Andes de unificação das carreiras EBTT e MS. No mínimo esta demanda

deve estar prevista neste a acordo a ser assinado.

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