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REUNIÃO ENTRE AS DIRETORIAS DO CEBC E DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS CHINESAS (ABEC)

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Academic year: 2021

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REUNIÃO ENTRE AS DIRETORIAS DO CEBC E DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS CHINESAS (ABEC)

O “Dialogo Estratégico Empresarial China – Brasil” foi realizado no dia 8 de junho de 2016 no Hotel Intercontinental em São Paulo. O encontro contou com a participação dos representantes das principais empresas chinesas no Brasil e dos diretores e associados do CEBC, assim como da Ministra Conselheira da Embaixada da China no Brasil, Sra. Xia Xiaoling, e do Ministro chefe da Divisão de China e Mongólia do Itamaraty, Orlando Leite Ribeiro.

A agenda da reunião se baseou nos seguintes pontos: I. Discurso do Sr. Zhang Guanghua, presidente da ABEC II. Discurso do Embaixador Castro Neves, presidente do CEBC III. Diálogo

a. Relações entre o investimento do setor privado e o governo brasileiro: oportunidades de cooperação para os próximos dois anos. (Embaixador Castro Neves)

b. Perspectivas, oportunidades de cooperação e expectativas sobre a relação China-Brasil no setor de infraestrutura (Embaixador Castro Neves)

c. Oportunidades e Desafios entre empresas chinesas e brasileiras para a cooperação em projetos de PPP. (Presidente Zhang)

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d. Como a ABEC e o CEBC podem ajudar o governo brasileiro a dinamizar a economia. (Presidente Zhang)

IV. Sumário da reunião pela Ministra Conselheira Madame Xia Xiaoling e Embaixador Orlando Leite Ribeiro.

O Sr. Zhang Guanhua, Presidente do Bank of China no Brasil, começou o encontro fazendo alusão à difícil situação econômica pela qual transita o Brasil, salientando que apesar da crise, o investimento chinês no Brasil tem aumentado consideravelmente neste último ano (como por exemplo, os investimentos no setor de energia da China Three Gorges). Segundo Zhang, as empresas chinesas confiam no Brasil, e o objetivo da ABEC, junto com o CEBC, consiste em aprimorar o diálogo empresarial e as parcerias entre os dois países. Para tanto, como representante da ABEC, Zhang mencionou três propostas de cooperação:

1) Estabelecer um cronograma definido de diálogo empresarial, no intuito de otimizar os recursos, aprimorar a cooperação e a identificação de oportunidades para parcerias e joint-ventures.

2) Realização de encontros específicos setoriais (infraestrutura, financeiro, agronegócio, legal). Considerando que o investimento chinês no Brasil é bastante diversificado, resulta necessário avançar em diálogos setoriais para gerar oportunidades concretas de cooperação.

3) Mapeamento dos investimentos chineses no Brasil e implementação dos acordos assinados nas visitas do Presidente Xi Jinping e do Primeiro Ministro Li Keqiang.

Representantes ABEC

Board Member Banco da China brasil SA ZHANG Guanghua Vice Presidente CGGC Construtora do Brasil Limitada FAN Jin Presidente

ICBC do Brasil Multiplo S.A. WANG Shuo Presidente de Adjunto China Threes Gorges Brasil Engergia Ltda. LI Yinsheng Presidente

CheryBrasil LU Jiankang Presidente

CCPIT MI Na Representante-Chefe

HUAWEI XUE Feng Director

XCMG BRASIL INDúSTRIA LTDA CUI Jisheng Presidente ZTE

Deputy SG banco da china brasil SA CHEN Wei

CR Zongshen Fabricadora de Veiculos CAO Lanbo Presidente

Official Chinese Embassy XIA Xiaoling Minister

Chinese Consulate General in S.P. YU Yong Counselor

Director CREEC.BRAZIL HOU Honglin Presidente

BAOSTEEL DO BRASIL LTDA GUO Zheng Presidente

Dahua Technology Brasil WU Yingjie Gerente Geral

BYD DO BRASIL LI Tie Presidente

SinoSure LIU Yumeng Coordenador

China Communications Instruction LIU Xinyu Represente China-Brazil Investment Development & Trade Center WANG Chunlei

China Shipping (Brazil) Agency TAN Shumeng Presidente

Gree do Brazil WANG Weizhen

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Zhang finalizou sua intervenção afirmando que as empresas chinesas no Brasil tem interesse em cooperar com o aumento da produtividade da economia brasileira, estreitando os laços com a comunidade empresarial local.

A seguir, o Embaixador Castro Neves indicou a consonante concordância entre os pontos levantados por Zhang e a visão do CEBC. De acordo com o Embaixador, é uma necessidade urgente a promoção de um diálogo estratégico para estabelecer uma visão de longo prazo sobre a relação bilateral. Para isto, é importante a troca de opiniões ente empresários de ambos os países através da organização de reuniões regulares. Neste sentido, o CEBC propõe um seminário orientado para empresários chineses sobre os aspectos legais inerentes ao investimento estrangeiro no País e o ambiente de negócios.

A relação entre o CEBC e a ABEC tem como objetivo colocar em funcionamento os mecanismos de cooperação bilaterais - sempre com visão de longo prazo - e melhorar o diálogo e a cooperação para formação de joint-ventures.

A continuação, o Sr. Pedro Freitas, da Veirano Advogados, acrescentou o interesse do CEBC em organizar seminários empresariais com o objetivo de estreitar o caminho para possíveis cooperações, e, sobretudo, proporcionar uma maior compreensão dos aspectos legais do ambiente de negócios para empresas chinesas no Brasil, com o intuito de esclarecer regras e dúvidas.

O Sr. Daniel Covre, do Itaú BBA, salientou a necessidade de fomentar espaços de cooperação, tanto para empresas chinesas no Brasil como para empresas brasileiras na China. Há um grande potencial para joint-ventures, um modelo de negócios promissor, mas encontrar o parceiro correto é um desafio. A relação entre CEBC e ABEC pode facilitar esse caminho. O Ministro Orlando Leite Ribeiro afirmou o respaldo do governo brasileiro e do Itamaraty para a agenda de cooperação ente CEBC e ABEC, assim como a importância da China para o Brasil, salientada no recente discurso de posse do Ministro José Serra. Por sua vez, considerou importante trabalhar para alcançar um maior equilíbrio nas trocas comerciais entre ambos os países, considerando que a maior parte da pauta exportadora do Brasil para a China está concentrada em commodities.

Finalmente, o Ministro Orlando Leite Ribeiro confirmou a visita do Ministro José Serra para a reunião preparativa do G20 em Xangai.

Em seguida, o Sr. Xue Feng, da Huawei, afirmou a importância desta reunião para a ABEC e as empresas chinesas. Para a China, crise significa um momento de oportunidades, e hoje é importante que as comunidades empresariais de ambos os países trabalhem de forma conjunta. A Huawei está presente há aproximadamente dez anos no Brasil e acredita que tem a capacidade de reduzir os custos do Brasil no setor de TI. Ainda assim, ressaltou a necessidade de se saber como se pode continuar ajudando, quais os projetos prioritários para a cooperação

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bilateral. Para tanto, é importante prosseguir este diálogo, definindo um cronograma conjunto de encontros, havendo uma necessidade de se aprofundar o conteúdo do diálogo.

O Sr. Lu Jiankang, da Chery, afirmou que a empresa está no Brasil há sete anos e se considera uma empresa brasileira, tendo conhecimento sobre os parceiros locais. No entanto, dentro do atual cenário econômico, enfrenta dificuldades ligadas à compreensão do marco regulatório. Ressaltou, também, que a Chery sofre com tratamento desigual relativo à política fiscal para investidores estrangeiros, o que levou Lu a sinalizar a necessidade em poder contar com as mesmas condições que as empresas brasileiras. Nesse contexto, entretanto, a Chery apresenta condições favoráveis a economia brasileira. Com a desvalorização do Real, há inúmeras oportunidades de negócios no Brasil, como por exemplo, o fornecimento de autopeças a nível global, o que leva a crer que a Chery pode fazer do Brasil uma plataforma de outsourcing para as suas subsidiárias no mundo, alçando o Brasil a um importante exportador de autopeças. O Sr. Fan Jian, da China Gezhouba Group Company Limited (CGGC) salientou que o Brasil tem um déficit na área de infraestrutura, e com a crise o setor está paralisado. A China tem uma grande experiência nesta área, mas suas empresas precisam saber qual é a melhor forma para entrar no Brasil. A Parceria Público-Privada parece um bom modelo, que vem sendo aprimorado desde 2004. Salientou, também, que se sabe, por meio da mídia brasileira, que o novo governo pretende implementar um modelo de PPA e dinamizar o setor. Para as empresas estrangeiras é difícil e complexo ingressar no mercado de infraestrutura. A participação em leilões exige pesquisas milionárias que podem demorar entre cinco e seis anos. Fan comentou que a CGGC precisa de um parceiro brasileiro que os ajude com estas questões, para saber as informações relevantes, os projetos prioritários para o governo, e quais projetos irão andar com maior velocidade. Nesse sentido, comentou que “a China tem recursos, capital e conhecimento, o Brasil tem mercado. Temos que trabalhar para juntar estas duas capacidades”.

A continuação o Sr. Roberto Milani, da Comexport, salientou a importância das questões levantadas na reunião. Do lado do CEBC, temos empresas muito maduras no Brasil e no relacionamento com a China. A proposta de seminários na área legal para empresas chinesas deverá facilitar informações relevantes para os projetos de investimento. Sem dúvidas esta iniciativa ajudará no encaminhamento das questões aqui colocadas. Em relação ao setor de infraestrutura, Milani afirmou a necessidade de estabelecimento de parcerias para avançar. Para isto, a confiança é um elemento fundamental, e o CEBC junto com a ABEC, pode trazer essa confiança e a responsabilidade de que precisamos. Finalmente, sugeriu a criação de conselhos específicos e setoriais para tratar de assuntos concretos, compartilhar informações e encaminhar possíveis demandas.

A continuação, o Ministro Orlando Leite Ribeiro afirmou que há uma demanda por projetos concretos e que o governo apresentará no segundo semestre um programa com projetos na área de infraestrutura.

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O Embaixador Castro Neves sugeriu que, além dos seminários na área legal, podem ser realizados outros específicos para o setor de infraestrutura, ou sobre projetos prioritários. A Sra. Fabiana D´Atri, do Bradesco, afirmou que estão dispostos a organizar seminários ou reuniões nas empresas chinesas para explicar os cenários do Bradesco para a economia brasileira. Por sua vez, a organização de um seminário sobre Investimentos chineses no Brasil, junto com o lançamento da pesquisa do CEBC, é uma tarefa fundamental. Para tanto, a participação do lado chinês é muito importante.

O Sr. Geraldo Forbes, do Banco Modal, comentou que a sua empresa estabeleceu uma parceria com a empresa chinesa CCCC, com o objetivo de suprir essas informações culturais, políticas e econômicas para facilitar os investimentos. A recente abertura do escritório da CCCC em São Paulo mostrou o comprometimento da empresa com o Brasil. “Temos várias ideias para o futuro, como investimentos em empresas brasileiras e participação em grandes construtoras”, comentou Forbes. Além disso, sinalizou a importância do avanço no uso do Renminbi nas trocas comerciais entre o Brasil e a China, sendo este um mecanismo que permitirá a abertura de novas fontes de financiamento para o País.

A seguir, o Sr. Cui Jisheng da XCMG salientou que a empresa está no Brasil desde 2004, tendo feito um importante investimento no ano de 2011 para consolidar o Brasil como uma plataforma exportadora para as regiões de América Latina e África. Também mencionou que a XCMG tem uma parceria com a Vale e que a cooperação avança muito bem. Cui finalizou sua intervenção pedindo que as empresas brasileiras confiem no produto chinês. Em momentos de crise, os custos são importantes, e segundo Cui, a XCMG tem o compromisso em fornecer equipamentos de qualidade ao preço mais baixo.

O Presidente da China Three Gorges no Brasil, Sr. Li Yinsheng, afirmou conhecer as dificuldades pelas quais atravessa o País. Há dois anos no Brasil, ele acredita que o conhecimento mútuo entre os dois países ainda é superficial. Comentou ainda que a China tem uma enorme experiência na área de infraestrutura, mas não é fácil se adaptar ao Brasil, sendo impossível replicar certas práticas utilizadas na China. Por outro lado, a CTG aprendeu muito no País, já que o Brasil também possui uma grande experiência na área de energia hidrelétrica. De acordo com Li, os custos de operação das hidrelétricas no Brasil são inferiores aos da China, o que demonstra a eficiência do País na área.

Em seguida, o Sr. Wang Zhuo, CEO da ZTE no Brasil encaminhou três propostas para uma agenda comum de trabalho:

1) Seminários setoriais entre CEBC e ABEC: Infraestrutura, PPP, financeiro, entre outros. 2) Agenda de road show entre empresas brasileiras e chinesas com apresentações

mútuas por setor.

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A seguir, o Sr. Su Bin, Presidente do China Development Bank no Brasil, afirmou que a sua instituição é o principal credor chinês do Brasil, possuindo a maior quantidade de linhas de crédito. Salientou que o CDB observa oportunidades importantes nas áreas do agronegócio e logística de transporte. Su salientou que o CDB tem grande interesse no projeto de Ferrovia Trans Oceânica, mas que percebe que não há muito interesse por parte de empresários brasileiros. Na mesma linha, afirmou que o CDB tem interesse em ajudar no desenvolvimento do sistema ferroviário brasileiro.

Finalmente, a Ministra Conselheira da Embaixada da China no Brasil, Sra. Xia salientou a importância estratégica deste diálogo empresarial bilateral. Esta parceria deve ser benéfica para ambos os países. Por ocasião da visita do Primeiro Ministro Li Keqiang ao Brasil, foram assinados acordos de cooperação nos quais foram definidas áreas prioritárias. O Brasil possui um importante mercado e um gap na área de infraestrutura. A China tem capital e experiência na área. Portanto, as parcerias são necessárias. “Brasil e a China caminham juntos em várias questões de caráter internacional”, afirmou a ministra.

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