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Universidade do Minho Escola de Economia e Gestão

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Academic year: 2023

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Universidade do Minho

Escola de Economia e Gestão

Graciete Andreia Soares da Costa

A Divulgação de Informação sobre Capital Intelectual na Carta do Presidente Incluída no Relatório e Contas

Mestrado em Contabilidade

Trabalho efectuado sob a orientação de

Professora Doutora Lídia Oliveira e

Professora Doutora Lúcia Lima Rodrigues

Outubro de 2010

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AGRADECIMENTOS

Dedico esta parte inicial da dissertação para expressar os meus sinceros agradecimentos a todos aqueles que me apoiaram e colaboraram na realização da mesma.

Em primeiro lugar, expresso os meus agradecimentos às minhas orientadoras, Professora Doutora Lídia Oliveira e Professora Doutora Lúcia Lima Rodrigues, pela orientação deste meu trabalho, mediante os seus conhecimentos, dedicação e disponibilidade que prestaram ao longo do trabalho e pelas suas valiosas críticas e sugestões.

Também quero agradecer à Universidade do Minho por me ter recebido como aluna de Mestrado e por me dar a possibilidade de colaborar num projecto de investigação com as minhas orientadoras, facto importante para o aprofundamento do conhecimento da temática da divulgação de informação sobre capital intelectual. Um agradecimento para a Fundação para a Ciência e Tecnologia pelo apoio financeiro.

Gostava igualmente de expressar os meus agradecimentos aos professores e colegas de Mestrado pelos ensinamentos transmitidos, pela coragem e motivação comunicada que encaro como contribuições para a realização deste trabalho.

Dedico também esta dissertação aos meus familiares, pela compreensão, paciência e apoio que sempre me transmitiram e pela oportunidade que me deram para alcançar mais um objectivo da minha vida. Ao David, particularmente, pelo encorajamento, cumplicidade e incentivo para seguir em frente e aprofundar o conhecimento.

Finalmente, mas não menos importante, dedico este trabalho a todos os amigos que sempre me transmitiram coragem para a concretização de mais esta etapa que defini no meu percurso académico.

A todos, dedico este trabalho.

Outubro de 2010 Graciete Costa

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A Divulgação de Informação sobre Capital Intelectual na Carta do Presidente Incluída no Relatório e Contas

RESUMO

Esta dissertação adopta uma abordagem positivista e identifica: os factores associados à publicação da carta do presidente nas empresas portuguesas; o nível de divulgação voluntária de informação sobre capital intelectual e os factores associados à divulgação voluntária desta informação na carta do presidente incluída no Relatório e Contas.

Para identificar os factores associados à publicação da carta do presidente no Relatório e Contas utilizou-se como amostra as entidades emitentes de valores mobiliários admitidos à negociação em mercado regulamentado e no mercado sem cotações, segundo listagem da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) datada de Julho de 2009, acrescidas das empresas que, apesar de não fazerem parte da referida listagem, estavam cotadas na Euronext Lisboa, a 31 de Dezembro dos três anos analisados (2006, 2007 e 2008). Recorrendo aos modelos logit e probit concluiu-se que as empresas auditadas pelas Big 4, com participações estrangeiras e com elevada rendibilidade tendem a proceder à publicação da carta do presidente no Relatórios e Contas.

Para identificar o nível de divulgação voluntária de informação sobre capital intelectual na carta do presidente, bem como os factores associados à divulgação voluntária desta informação, foi usada a mesma listagem, tendo a análise recaído apenas sobre as empresas que publicaram a carta do presidente nos Relatórios e Contas de 2006, 2007 e 2008. Foi realizada uma análise de conteúdo às cartas dos presidentes, que serviu de base à construção de um índice de divulgação voluntária de informação sobre capital intelectual. Usando a análise de regressão, os resultados indicam que o tamanho da empresa, a rendibilidade e o facto de estar cotada no mercado regulamentado da Euronext Lisboa revelam-se factores explicativos da divulgação voluntária de informações sobre capital intelectual na carta do presidente.

Este estudo apresenta dois contributos: estuda-se pela primeira vez os factores associados à publicação da carta do presidente; e também pela primeira vez analisa-se, isoladamente, o nível de divulgação voluntária bem como os factores associados à sua divulgação.

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Disclosure of Information on Intellectual Capital in CEO Letter in Company Annual Reports

ABSTRACT

This master dissertation adopts a positive approach and explores factors associated with the publication of the CEO’s letters by Portuguese companies; the level of voluntary information on intellectual capital disclosed in those letters; and factors associated with such voluntary disclosure of information about intellectual capital.

To identify factors associated with the publication of the CEO’s letters in the annual report, we used a sample of issuers registered by the Portuguese capital market regulator (CMVM) in July 2009, plus the companies which, although not part of that list, were listed on Euronext Lisbon on 31 December for the three years studied (2006, 2007 and 2008). Using logit and probit models, we conclude that companies audited by Big 4 audit firms, with foreign ownership and high profitability, tend to publish CEO letter in their annual report.

To identify the level of voluntary disclosure of information on intellectual capital in the CEO’s letters and factors associated with the voluntary disclosure of that information, the analysis focused on companies that published a CEO letter in the annual reports in 2006, 2007 and 2008. We performed a content analysis, and an index of voluntary disclosure of intellectual capital was prepared. Using regression analysis, the results indicate that company size, profitability and the fact of being listed on the regulated market of Euronext Lisbon, explain the voluntary disclosure of intellectual capital in CEO letters.

This study makes two contributions: it is the first study using Portuguese data of the factors associated with the publication of a CEO’s letter in the annual report;

additionally, it is the first study the level and the factors associated with the disclosure of voluntary information on intellectual capital in CEO letters.

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ABREVIATURAS

AICPA American Institute of Certified Public Accountants CMVM Comissão do Mercado de Valores Mobiliários CNC Comissão de Normalização Contabilística CSC Código das Sociedades Comerciais DATI Danish Agency for Trade and Industry

DMSTI Danish Ministry of Science, Technology and Innovation FASB Financial Accounting Standards Board

IAS International Accounting Standard(s) IASB International Accounting Standards Board IFAC International Federation of Accountants I&D Investigação e Desenvolvimento

NCRF Norma Contabilística e de Relato Financeiro RLE Resultado Líquido do Exercício

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ÍNDICE

AGRADECIMENTOS ... iii

RESUMO ... v

ABSTRACT ... vii

ABREVIATURAS... ix

ÍNDICE DE QUADROS, FIGURAS E TABELAS ... xiii

Capítulo 1: Introdução ... 2

1.1. Motivação ... 2

1.2. Objectivos e Questões de Partida ... 3

1.3. Contribuições Esperadas ... 4

1.4. Estrutura ... 4

Capítulo 2: Revisão de Literatura ... 5

2.1. Introdução ... 5

2.2. Capital Intelectual: Principais Conceitos e Contextualização ... 6

2.3. O Relato Voluntário do Capital Intelectual... 10

2.3.1. A Divulgação Voluntária e as Teorias de Divulgação ... 12

2.3.2. Revisão de Estudos Empíricos ... 20

2.4. A Carta do Presidente ... 24

2.4.1. Estudos de Análise de Conteúdo ... 25

2.4.2. Estudos de Análise da Inteligibilidade ... 27

2.5. Conclusão ... 29

Capítulo 3. Objectivos e Método de Investigação ... 31

3.1. Objectivos ... 31

3.2. Método de Investigação ... 31

3.2.1. Perspectiva de Investigação Adoptada ... 31

3.2.2. Preparação da Investigação ... 32

3.2.3. Análise de Conteúdo ... 32

3.2.4. Índice de Divulgação ... 33

3.2.5. Desenho da Investigação ... 34

3.3. Conclusão ... 36

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Capítulo 4: Estudos Empíricos ... 37

4.1. Introdução ... 37

4.2. Estudo dos Factores Explicativos da Publicação da Carta do Presidente .... 37

4.2.1. Desenvolvimento das Hipóteses do Estudo e Discussão das Variáveis ... 37

4.2.2. Amostra... 43

4.2.3. Resultados ... 43

4.3. Estudo do Nível de Divulgação Voluntária de Informação sobre Capital Intelectual na Carta do Presidente e dos seus Factores Explicativos ... 50

4.3.1. Desenvolvimento das Hipóteses do Estudo e Discussão das Variáveis Independentes... 51

4.3.2. Amostra... 55

4.3.3. Variável Dependente: Construção do Índice de Divulgação Voluntária de Informação sobre Capital Intelectual ... 55

4.3.4. Resultados ... 57

4.4. Conclusão ... 63

Capítulo 5: Conclusão ... 64

5.1. Sumário ... 64

5.2. Contribuições do Estudo ... 65

5.3. Limitações ... 65

5.4. Investigação Futura ... 66

APÊNDICES ... 67

Apêndice A: Amostras ... 68

Apêndice B: Explicitação dos Itens e Apresentação de Alguns Exemplos ... 70

REFERÊNCIAS ... 79

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ÍNDICE DE QUADROS, FIGURAS E TABELAS

QUADROS

Quadro 2.1. Estudos sobre a Divulgação Voluntária de Informação sobre Capital

Intelectual ... 21

FIGURAS Figura 3.1. Fases do Estudo de Investigação ... 34

TABELAS Tabela 4.1. Variáveis Independentes e Proxies ... 42

Tabela 4.2. Amostra ... 43

Tabela 4.3. Estatísticas Descritivas ... 44

Tabela 4.4. Análise de Componentes Principais ... 45

Tabela 4.5. Correlações ... 45

Tabela 4.6. Resultados do Modelo de Regressão Logit sem Outliers e Valores Influentes (resultados robustos) ... 47

Tabela 4.7. Resultados do Modelo de Regressão Probit sem Outliers e Valores Influentes (resultados robustos) ... 49

Tabela 4.8. Variáveis Independentes e Proxies ... 54

Tabela 4.9. Amostra ... 55

Tabela 4.10. Itens Seleccionados ... 56

Tabela 4.11. Número de Empresas por Item de Divulgação ... 58

Tabela 4.12. Estatísticas Descritivas ... 59

Tabela 4.13. Correlações ... 60

Tabela 4.14. Resultados do Modelo de Regressão sem Outliers e Valores Influentes ... 61

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A Divulgação de Informação sobre Capital Intelectual na Carta do Presidente Incluída no Relatório e Contas

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Capítulo 1: Introdução

1.1. Motivação

A passagem da era industrial para a era do conhecimento mudou a estrutura da economia global e os paradigmas da gestão. Assiste-se a profundas implicações ao nível da empresa, nomeadamente, na sua estratégia competitiva, estrutura organizacional e medida do desempenho. Para sobreviverem e sobressaírem, neste contexto de constante mutação e incerteza, as empresas necessitam de nova postura de inovação, competência e colaboração; o novo enfoque estratégico de negócio é a identificação e desenvolvimento das competências centrais. Pelo referido, a importância dos intangíveis de algumas empresas sobrepôs-se à dos tangíveis, sendo amplamente aceites como os principais condutores de valor e de crescimento na maioria dos sectores económicos. Neste sentido, as necessidades de informação sobre o negócio aumentaram e alteraram-se. De modo a acompanharem estas mudanças, os stakeholders exigem informação que lhes permita compreender o processo de criação de valor da empresa, particularmente informação sobre o capital intelectual.

O sistema contabilístico tradicional tem vindo a ser considerado obsoleto relativamente ao reconhecimento, avaliação e apresentação destes novos factores chave.

No caso de Portugal, país de cultura latina de influência continental europeia, a divulgação de informação obrigatória sobre intangíveis ainda é muito escassa. Para além de toda a divulgação de informação exigida por lei, os stakeholders necessitam, complementarmente, de outra informação de cariz voluntário, incluindo informação financeira e não-financeira. Para fazer face a este novo desafio torna-se necessário estender o modelo de medida e relato actual, dando lugar a um verdadeiro relato do negócio. Neste contexto, é importante analisar todas as formas de relato voluntário dos intangíveis e do capital intelectual, tendo-se vindo a verificar nos últimos anos um crescente interesse académico. É uma temática na qual existe pouca investigação feita em Portugal, sendo relevante identificar novos contributos que expliquem a divulgação voluntária de informação sobre capital intelectual.

De entre os vários canais de comunicação existentes, evidencia-se neste estudo a importância da carta do presidente divulgada no Relatório e Contas das empresas. Dado não existir nenhum estudo que identifique os factores associados à publicação ou não da

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carta do presidente nos Relatórios e Contas, este é o objectivo do primeiro estudo desta dissertação.

Por outro lado, constatou-se não existir nenhum estudo que permita conhecer o nível de divulgação voluntária de informação sobre capital intelectual na carta do presidente publicada no Relatório e Contas e que identifique, isoladamente, os factores associados a essa divulgação, tornando-se, portanto, motivante a realização do segundo estudo desta dissertação.

1.2. Objectivos e Questões de Partida

O objectivo deste trabalho académico é indagar sobre os factores explicativos da publicação da carta do presidente nos Relatórios e Contas e sobre o relato voluntário dos intangíveis/capital intelectual na carta (documento também de carácter voluntário) que os presidentes das entidades emitentes de valores mobiliários admitidos à negociação em mercado regulamentado e no mercado sem cotações [registadas na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM)] publicam nos Relatórios e Contas.

Para alcançar os objectivos a que se propõe, este estudo tem como questões de partida as seguintes:

- Quais os factores associados à publicação da carta do presidente (do conselho de administração e/ou comissão executiva) divulgada no Relatório e Contas?

- Qual o nível de divulgação voluntária de informação sobre capital intelectual na carta do presidente apresentada no Relatório e Contas e quais os factores que lhe estão associados?

É de destacar que, ao longo da dissertação, vai utilizar-se a referência de “carta do presidente” para especificar a carta que é incluída no Relatório e Contas das empresas analisadas, independentemente de a mesma ter sido elaborada pelo presidente do conselho de administração ou pelo presidente da comissão executiva. Nos casos em que foram publicadas duas cartas num Relatório e Contas (ou seja, ter sido publicada no Relatório e Contas quer a carta do presidente do conselho de administração quer a carta do presidente da comissão executiva) foram analisadas as duas cartas como se tratasse apenas de uma.

A análise recaiu sobre os exercícios de 2006, 2007 e 2008.

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1.3. Contribuições Esperadas

O presente trabalho pretende contribuir para o conhecimento dos factores associados à publicação da carta do presidente divulgada no Relatório e Contas e aprofundamento do conhecimento na área do relato voluntário do capital intelectual. Este trabalho é inovador na medida em que, quanto se sabe, ainda não existe nenhum estudo que identifique os factores associados à publicação da carta do presidente divulgada no Relatório e Contas e se analisa pela primeira vez, isoladamente, a divulgação voluntária de informação sobre capital intelectual nesse documento.

De acordo com a legislação portuguesa, nomeadamente, segundo o nº 1 do artigo 65º do Código das Sociedades Comerciais (CSC) “os membros da administração devem elaborar e submeter aos órgãos competentes da sociedade o relatório de gestão, as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas previstos na lei, relativos a cada exercício anual”. Constata-se, pois, a ausência de referência à elaboração obrigatória da carta do presidente, o que contribui para a sua não elaboração, ou para a elaboração de forma descontinuada no tempo, por parte das empresas, não sendo prática profissional tal como acontece na cultura anglo-saxónica.

Desta forma, este trabalho contribui para um mais profundo entendimento sobre em que medida este canal de comunicação pode ser utilizado para relato do capital intelectual/intangíveis num país de cultura latina como é o caso de Portugal.

1.4. Estrutura

Esta dissertação está estruturada em cinco capítulos. No próximo capítulo é apresentada a revisão de literatura. Os objectivos e o método de investigação adoptados são descritos no terceiro capítulo. O quarto capítulo é destinado aos estudos empíricos, de forma a dar resposta às perguntas de partida. Por fim, no quinto capítulo apresentam-se as conclusões da dissertação.

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Capítulo 2: Revisão de Literatura

2.1. Introdução

Assistiu-se nas últimas décadas a uma mudança da economia industrial para a economia baseada no conhecimento. O uso eficiente dos recursos físicos foi o factor principal de criação de valor do negócio, durante a revolução industrial, e o suficiente para uma empresa sustentar uma posição superior no mercado. Hoje em dia, verifica-se a nível global que a criação de valor das empresas está, cada vez mais, na sua capacidade de gerar conhecimento através da exploração de mais recursos intangíveis (Oliveras et al., 2008).

Tal é compreendido pelo resultado de um conjunto de alterações estruturais. Em primeiro lugar, o conhecimento é considerado como um bem e como tal sujeito a transacções económicas; segundo, a conexão entre os diferentes agentes do conhecimento tem-se acentuado; por último, as tecnologias de informação e comunicação são consideradas o principal veículo para a difusão do conhecimento (Cowan e Van de Paal, 2000).

Constata-se que os intangíveis são avaliados e reconhecidos com base em critérios que não são consistentes com as características actuais da economia do conhecimento (Cañibano et al., 2000; Meritum, 2002). Particularmente, nas empresas com elevada tecnologia e empresas orientadas para os serviços, vários autores (ver por exemplo, Wallman, 1996; Lev e Zarowin, 1999; Hedlin e Adolphson, 2000; García-Ayuso, 2003) têm chamado a atenção para a perda de relevância das demonstrações financeiras tradicionais na tomada de decisões dos investidores.

O caminho sugerido pela literatura é o de divulgação voluntária de informação sobre o capital intelectual para que os utilizadores possam usufruir de informação útil para o seu processo de tomada de decisões.

Este capítulo está dividido em cinco secções. A secção seguinte aborda os principais conceitos sobre capital intelectual e a sua contextualização. O relato voluntário do capital intelectual é estudado na terceira secção. Especificamente, são apresentadas as teorias que o podem justificar e uma revisão de estudos empíricos sobre a temática da divulgação do capital intelectual. Na quarta secção apresenta-se uma revisão de literatura sobre a carta do presidente. Por fim, é apresentada a conclusão do capítulo.

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2.2. Capital Intelectual: Principais Conceitos e Contextualização

Na literatura são apresentadas diversas definições de “intangível” e de “capital intelectual”, salientando-se a necessidade de refinamento terminológico.

Se o conceito de intangível deriva da linguagem contabilística, a expressão de capital intelectual tem a sua origem na estratégia (Chaminade e Roberts, 2003). No entanto, estes dois termos referem-se ao mesmo conceito: fontes não físicas de benefícios económicos que podem, ou não, aparecer nos relatórios financeiros. Por este facto, estes dois termos são, frequentemente, utilizados como sinónimos (Rylander et al., 2000; Lev, 2001; Meritum, 2002; Lev e Zambon, 2003), abordagem que será adoptada nesta dissertação.

De acordo com a perspectiva contabilística, um “intangível” está associado ao conceito de activo se o conjunto dos critérios de reconhecimento for satisfeito. A International Accounting Standard 38 (IAS 38) e a Norma Contabilística e de Relato Financeiro 6 (NCRF 6) definem um activo intangível como um activo não monetário identificável sem substância física (IAS 38, §8; NCRF 6, §8). Os três critérios críticos de um activo intangível são: a identificabilidade, o controlo sobre o recurso e a existência de benefícios económicos futuros (IAS 38, §10; NCRF 6, §10).

No âmbito da perspectiva de gestão, a expressão “capital intelectual” abrange múltiplas disciplinas para além da contabilidade, incluindo a psicologia, sociologia, gestão de recursos humanos, entre outras, tornando o estudo dos intangíveis inserido em várias perspectivas (Bontis, 1999).

Alguns autores (Brooking, 1997; Sveiby, 1997, entre outros) sugerem que o conceito de capital intelectual explica as diferenças entre o valor de mercado da empresa e o seu valor contabilístico, diferenças justificadas pela incapacidade do modelo de contabilidade tradicional reflectir tais elementos intangíveis.1

Apesar de os conceitos “intangível” e “capital intelectual” serem considerados equivalentes, a noção de “activo intangível” presente na IAS 38 e na NCRF 6 é, como se pode constatar, mais restritiva. Em termos gerais o capital intelectual pode ser definido como a base do conhecimento, os recursos de uma organização (Striukova et al., 2008).

Por outro lado, os activos intangíveis são um subconjunto do capital intelectual; por outras

1 Há que ser cuidadoso na análise deste indicador (ver, por exemplo, IFAC, 1998), pois não capta as complexidades do mundo real, tendendo a ignorar factores exógenos que podem influenciar o valor de mercado, tais como desregulamentação, nervosismo do mercado em geral, e outros tipos de informação que determinam a percepção dos investidores do potencial resultado gerado da empresa (IFAC, 1998, §39).

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palavras, nem todo o capital intelectual cabe dentro da definição contabilística existente de activo intangível (Petty e Guthrie, 2000; Meritum, 2002).

Na literatura encontra-se uma ampla variedade de definições que possuem características em comum (Cañibano et al., 2000). Apesar da falta de uma definição geralmente aceite de capital intelectual (ver, por exemplo, Meritum, 2002; Lev e Zambon, 2003), argumenta-se que existe um amplo consenso que o capital intelectual compreende três categorias principais: o capital humano, capital estrutural e capital relacional (Meritum, 2002; Wexler, 2002).

Esta é a classificação amplamente usada na literatura sobre capital intelectual, sendo a adoptada nesta dissertação (ver, por exemplo, Guthrie e Petty, 2000; Brennan, 2001; Ordónez de Pablos, 2002; April et al., 2003; Bozzolan et al., 2003; Goh e Lim, 2004; Vandemaele et al., 2005; Guthrie et al., 2006; Abeysekera, 2007, 2008; Oliveras et al., 2008; Sonnier, 2008; Striukova et al., 2008; Xiao, 2008). Assim, o capital humano inclui o conhecimento, capacidades, experiência e competências das pessoas. Compreende a capacidade de inovação, criatividade, capacidade para resolver os problemas, experiência, know-how, motivação, fidelização, capacidade de aprender, educação, formação dos colaboradores da organização (Meritum, 2002). O conjunto de conhecimentos que fica na empresa no fim de cada dia de trabalho é definido como o capital estrutural. Especificamente, inclui as rotinas organizacionais, procedimentos, sistemas, culturas, bases de dados, direitos de propriedade intelectual protegidos legalmente, tecnologias de informação, flexibilidade da organização (Meritum, 2002). O capital relacional refere-se às relações com os stakeholders internos e externos tais como clientes, investidores, fornecedores, distribuidores, parceiros de negócios e as percepções que eles têm da empresa. Inclui, por exemplo, a imagem da empresa, fidelização e satisfação dos clientes, relações com fornecedores, capacidade de negociação com entidades financeiras, canais de distribuição, actividades ambientais, etc. (Meritum, 2002).

Mas o capital intelectual é mais do que a simples soma dos recursos humanos, estruturais e relacionais de uma empresa.2 É a ligação organizada entre estes três

2 Embora muitos autores adoptem este conjunto de três categorias de capital intelectual, há indícios que os termos “empregados” e “competência dos empregados” são por vezes usados no lugar do “capital humano”.

Relativamente ao termo “capital estrutural”, este é muitas vezes substituído pelos termos “capital interno” ou

“capital organizacional”. Atendendo a que o “capital relacional” inclui relações com clientes e outros grupos externos à empresa, é também por vezes referido como “capital externo” ou “capital de clientes” (Beattie e Thomson, 2007). Alguns autores referem-se ao capital humano, estrutural e relacional como “componentes”

do capital intelectual em vez de “categorias” (por exemplo, Van der Meer-Kooistra e Zijlstra, 2001). Por outro lado, outros referem-se tanto a “componentes” como a “categorias” (por exemplo, Guthrie et al., 2006).

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elementos, através de actividades intangíveis apropriadas, que produz valor (Petrash, 1996;

Meritum, 2002).

Conclui-se que existem dificuldades para determinar uma correcta e amplamente aceite definição de capital intelectual, pelo que há autores que afirmam que o termo é frequentemente mal definido, ou não é definido (Guthrie et al., 2001). Por este facto, defende-se a necessidade de uma taxonomia geralmente aceite (Zambon, 2005; Beattie e Thomson, 2007).

Constata-se que o normativo contabilístico leva ao não reconhecimento como activo de grande parte dos elementos intangíveis. Consequentemente, se um intangível não satisfaz a definição de activo intangível e os critérios de reconhecimento é imputado a gastos quando incorrido (IAS 38, §§68-69; NCRF 6, §§67-68). Por exemplo, enquanto alguns recursos adquiridos baseados principalmente no conhecimento, tais como patentes, marcas registadas, direitos de autor, licenças de software podem ser incluídos no Balanço, muitos outros não o são, como a reputação da organização, e as competências dos seus funcionários3, que são desenvolvidas internamente (Striukova et al., 2008); ou seja, é dada maior ênfase à fiabilidade das informações sobre a relevância (Mouritsen et al., 2004;

Riegler e Höllerschmid, 2006).

O modelo contabilístico e de relato financeiro obrigatório apresenta insuficiências em matéria de adequação à temática dos intangíveis. Os relatórios financeiros falham ao não reflectir no Balanço activos intangíveis que criam valor para a empresa (Lev e Zarowin, 1999), resultando por este facto uma crescente assimetria de informação entre empresas e utilizadores das demonstrações financeiras, particularmente entre gestores e investidores (Barth et al., 2001; Lev, 2001; Zambon, 2003). Consequentemente, a falta de tal reconhecimento tem prejudicado o investimento em activos intangíveis (Cañibano et al., 2000; Lev, 2001; Meritum, 2001). Cañibano et al. (1999) salientam que a existência de lacunas no fornecimento de informações relevantes sobre intangíveis/capital intelectual

3Como exemplo, ao nível do capital humano, Roslender e Stevenson (2009) destacam que a “Accounting for People initiative”, anunciada pelo Governo do Reino Unido em Janeiro de 2003, reflecte um verdadeiro passo em frente na promoção dos interesses dos trabalhadores. Especificamente, a iniciativa reconhece que as pessoas são o principal activo de uma empresa, de tal forma que se torna necessário proceder ao devido reconhecimento nas demonstrações financeiras. Contudo, a experiência demonstra que grandes empresas cotadas do Reino Unido ao longo de três anos e meio fornecem apenas um nível mínimo de informações gerais sobre os empregados, evidenciando que há poucas possibilidades para a “contabilização das pessoas”

progredir, na medida que tais práticas são moldadas por poderosos interesses transversais (Roslender e Stevenson, 2009).

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pode conduzir a uma deterioração da situação financeira da empresa e uma perda de competitividade no longo prazo.

Courtis (2000) defende que o primeiro passo para uma empresa melhorar a divulgação empresarial é convencer as instituições profissionais da necessidade de uma reforma da divulgação financeira, salientando que os benefícios da expansão da divulgação superam os seus custos.

Já em 1994, o Jenkins Report do American Institute of Certified Public Accountants (AICPA, 1994) destacou oportunidades para enriquecer o modelo de relato financeiro, propondo um modelo de divulgação mais abrangente, que incluísse mais informações sobre o futuro, uma maior ênfase sobre factores que criam valor a longo prazo, medidas não financeiras, e um melhor alinhamento entre a informação divulgada para o exterior e a gestão de informação interna.

No seguimento do projecto Jenkins Report, o Financial Accounting Standards Board (FASB) veio salientar a necessidade de responder aos desafios colocados pelos efeitos da globalização, crescimento da nova economia e da crescente dependência de activos intangíveis com a publicação do “Business Reporting Research Project” (FASB, 2001). Neste projecto o FASB (2001) classificou a divulgação voluntária de informação empresarial em seis categorias: dados financeiros e não financeiros; análise de gestão de dados empresariais; informação de longo prazo; informação sobre a gestão e accionistas;

background da empresa e informação sobre os activos intangíveis não reconhecidos.

Segundo Skinner (2008), não é, contudo, necessária uma reforma de grande escala.

Há poucas evidências de que o actual sistema de reconhecimento dos intangíveis tem prejudicado as entidades que procuram financiamento para projectos de inovação, alta tecnologia e outras actividades baseadas no conhecimento, tal como a literatura tem vindo a salientar. O autor argumenta que os mercados financeiros funcionam bem no que se trata ao financiamento destes tipos de investimentos; no entanto, defende a divulgação voluntária.

Os stakeholders (internos e externos) necessitam de informação mais aprofundada que os auxiliem na interpretação dos relatórios financeiros e na tomada mais eficiente das suas decisões económicas (Cañibano et al., 2000; Del Bello, 2006). Neste sentido, uma crescente atenção tem sido dedicada à expansão da divulgação voluntária, inclusive dos intangíveis, para melhorar a relevância e eficácia do relatório de gestão [ver especificamente a orientação desenvolvida pelo International Accounting Standards Board (IASB) designada de “Management commentary” (IASB, 2005)].

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Deste modo, devido à complexidade das necessidades dos utilizadores da informação corporativa, a divulgação obrigatória é, ainda, deficiente. A divulgação voluntária por parte das empresas tem-se tornado cada vez mais importante, pois num mundo globalizado os investidores, os intermediários do mercado de capitais e restantes stakeholders necessitam de informação não financeira, para completar e complementar a informação financeira, de forma a tomar as suas decisões conscientemente (Holland e Johanson, 2003).

Lever (2006) realça que os utilizadores necessitam de mais informação sobre a posição estratégica do negócio, e que tal informação deverá ser apresentada através das divulgações narrativas e qualitativas.

Segundo Skinner (2008), são necessários incentivos privados para estimular a divulgação de informações relacionadas com a gestão e valorização dos bens intangíveis.

Aqui a intervenção dos organismos reguladores é fundamental para fornecer orientações sobre as formas que a divulgação pode tomar, minimizando eventuais custos de divulgação, incluindo custos legais. No mesmo sentido, Stark (2008) concluiu que os organismos reguladores poderiam estabelecer uma estrutura para orientar a divulgação voluntária, em detrimento da especificação do conteúdo de tais divulgações.

2.3. O Relato Voluntário do Capital Intelectual

Constata-se que apesar do capital intelectual ser considerado uma fonte de vantagem competitiva, a principal fonte de criação de valor das organizações, a sua divulgação é aleatória, não sistematizada e praticamente voluntária, devido à falta de uma estrutura de divulgação de capital intelectual e à falta de uma atitude geral proactiva por parte das empresas para medir e divulgar externamente informações sobre o capital intelectual (Guthrie e Petty, 2000; Sonnier, 2008; Striukova et al., 2008).

Neste sentido, e atendendo que o mercado de capitais tem dificuldade em avaliar as empresas de conhecimento intensivo, os utilizadores poderão estar a tomar as suas decisões tendo por base informação não fiável e não comparável, o que poderá originar volatilidade no mercado de capitais (Barth et al., 2001). Singh e Van der Zahn (2008) sustentam que as empresas ricas em recursos de capital intelectual apresentam valores de mercado mais voláteis e estão sujeitas a um maior grau de assimetria de informação.

Reconhecendo as várias limitações na divulgação de informação sobre intangíveis/capital intelectual, têm surgido novas abordagens e filosofias de medida

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defensoras da combinação de medidas financeiras com indicadores não financeiros, sendo notável a importância da informação não financeira no processo de tomada de decisão (Ittner e Larker, 1998; Deng et al., 1999, Lever, 2006).

Observa-se que ao nível do relato externo em alguns países, algumas empresas já elaboram a denominada “Demonstração de capital intelectual” assente em indicadores não financeiros, apesar de não ser uma demonstração contabilisticamente aceite (DATI, 2000;

Meritum, 2002; DMSTI, 2003). Tal demonstração funciona como complemento da informação de gestão (função de gestão interna) e como complemento das demonstrações financeiras (ao nível do relato externo) (Comissão Europeia, 2006). Empresas escandinavas, algumas empresas espanholas e várias empresas dinamarquesas estão a liderar o processo, divulgando informações sobre o capital intelectual nos seus Relatórios e Contas ou em demonstrações de capital intelectual separadas (Lev et al., 2005).

Se “o capital intelectual permanecer invisível ele pode ser descuidadamente perdido” (Gowthorpe, 2009, pp. 829-830). Há todo um interesse na mensuração e divulgação do capital intelectual, daí a razão dos recentes esforços para aumentar a transparência organizacional e revelar onde está a ocorrer a criação de valor. Por esse facto, num amplo entendimento, o termo transparência é percebido como sendo equivalente a divulgação de informação não financeira e informação relacionada com a criação de valor da empresa (Kalafut e Low, 2001).

Vários autores (Lev, 2001; Mouritsen et al., 2004; Vergauwen et al., 2007; Singh e Van der Zahn, 2008) afirmam que, apesar das dificuldades relacionadas com a divulgação voluntária de informação sobre o capital intelectual, existem várias razões para as empresas divulgarem informação voluntária, nomeadamente, a redução de assimetrias de informação entre a empresa e os utilizadores das demonstrações financeiras e a consequente redução do custo do capital.4

Evidências empíricas demonstram que a divulgação de informação sobre capital intelectual pode ajudar a aumentar a relevância das demonstrações financeiras (Brüggen et al., 2009) e assim, uma avaliação mais precisa da empresa (Botosan, 1997; Holland, 2001);

aumentando a procura de acções da mesma (Healy et al., 1999; Healy e Palepu, 2001;

Abdolmohammadi, 2005).

4 Contudo, tais razões nem sempre são confirmadas. Brüggen et al. (2009) encontraram evidências que sustentam que não existe qualquer relação entre o nível de divulgação do capital intelectual e o nível de assimetria de informação.

(25)

Muitas orientações, recomendações e outros documentos sobre a divulgação dos intangíveis têm sido publicados, com o objectivo de apoiar as empresas neste processo.

Entre estas destacam-se as seguintes orientações e respectivas origens: ARC IC Report (Áustria); Danish Guidelines (Dinamarca); IC-dVAL (França); IC RatingTM (Suécia);

Intellectus Model ® (Espanha); Meritum Project (Espanha, França, Dinamarca, Finlândia, Noruega e Suécia); Nordika Project (Países Nórdicos); PiP Project (Islândia);

Wissensbilanz (Alemanha). Para uma melhor interpretação e comparação destas orientações (e outras propostas) destacam-se os trabalhos de Zambon (2003) e Comissão Europeia (2006). Salienta-se que, neste processo, têm sido publicados artigos e outros documentos sobre o relato dos intangíveis (Petty e Guthrie, 2000; Brennan e Connell, 2000; Meritum, 2002).

As propostas e orientações para a divulgação de informação sobre o capital intelectual são um importante passo no desenvolvimento da prática de divulgação, contudo é necessária uma convergência entre métodos e relatórios. Os organismos reguladores devem desenvolver um sistema de divulgação integrado, fiável e verificável baseado em promover uma maior padronização de práticas de divulgação dos intangíveis de modo a melhorar a sua comparabilidade.

2.3.1. A Divulgação Voluntária e as Teorias de Divulgação

Dadas as limitações apontadas ao relato obrigatório, a divulgação voluntária entendida como divulgação adicional à informação divulgada por exigência legal é essencial para o relato da situação do negócio a todos os interessados. A decisão de aumentar a divulgação deve ser tomada tendo em consideração os benefícios e custos envolvidos, pois se os benefícios subjacentes excederem os custos directos e indirectos, os gestores terão um incentivo para proceder a tal divulgação voluntária (García-Meca et al., 2005; Vergauwen e Alem, 2005; Oliveira et al., 2006).

Diversas teorias de informação existentes procuram explicar o fenómeno da divulgação, nomeadamente: teoria de agência (Jensen e Meckling, 1976); teoria dos custos políticos (Watts e Zimmerman, 1978); teoria da sinalização (Spence, 1973; Ross, 1977);

teoria dos custos de propriedade (Verrecchia, 1983; Dye, 1985); teoria da legitimidade (Suchman, 1995; Deegan, 2002, 2006); teoria dos stakeholders (Deegan, 2006) e a teoria institucional (Powell e DiMaggio, 1991). Estas teorias centram-se sobre perspectivas diferentes do mesmo fenómeno, não sendo, portanto, perspectivas concorrentes.

(26)

De seguida são apresentadas tais teorias para uma melhor compreensão das principais razões que influenciam as decisões dos gestores em divulgar informação sobre o capital intelectual (ver, também, Oliveira, 2008; Ferreira, 2008).

Teoria de Agência

Jensen e Meckling (1976) formularam esta teoria que apresenta a empresa como um conjunto de contratos. Sendo que normalmente os direitos de cada indivíduo são estipulados através de contratos, o seu comportamento nas organizações estará dependente da natureza desses contratos.

A relação de agência é o mais importante desses contratos, pelo qual uma parte (o principal) contrata outro (o agente) para efectuar um serviço ou a gestão de determinados interesses em seu nome, delegando nessa pessoa autoridade para a tomada de decisões, comprometendo-se este último a defender os interesses do principal. Tal relação de agência existe, tendo por base o conflito de interesses entre os accionistas das grandes empresas (proprietários) e os administradores/gestores das mesmas (agentes), nas situações em que se verifica uma separação entre a gestão e a propriedade (Moreira, 2009).

Se o gestor for simultaneamente proprietário da empresa tenderá sempre a tomar as suas decisões de modo a maximizar o seu bem-estar; tal pode não se verificar quando ele não é o proprietário, mas unicamente um agente. Apesar do agente se comprometer defender os interesses de quem o contratou, sublinha-se que ele tem interesses particulares que nem sempre estão alinhados com os interesses do principal. Tais conflitos são denominados problemas de agência e poderão conduzir a problemas de oportunismo:

problema de selecção adversa e risco moral (Moreira, 2009).

Por esta razão, o principal deve negociar o melhor contrato com o agente de modo a incentivá-lo a desempenhar as acções com vista à maximização do bem-estar do principal.

Assim, o principal estará a limitar tais divergências de interesses relativamente ao agente, mas incorrerá em custos de agência.

As organizações com elevados níveis de endividamento estão, também, sujeitas a elevados custos de agência, resultado da potencial transferência de riqueza entre credores e accionistas.

Deste modo, devem ser definidos mecanismos de controlo, sendo a divulgação voluntária de informação passível de ajudar na monitorização dos gestores e contribuir para a diminuição dos custos de agência entre gestores e accionistas e entre a empresa e os seus credores (Moreira, 2009).

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Tal como referido por Ferreira (2008), é expectável que as empresas que tenham maior dispersão de capital (custos de agência do contrato entre gestor/accionista), maior volume de dívida (custos de agência do contrato entre empresa/credores) divulguem voluntariamente mais informação do que as restantes empresas, pelo que essa divulgação voluntária deverá incluir informação sobre o capital intelectual. Evidências empíricas confirmam que os argumentos teóricos da teoria de agência podem explicar a divulgação voluntária de informação sobre intangíveis/capital intelectual (García-Meca et al., 2005;

Patelli e Prencipe, 2007).

Teoria dos Custos Políticos

A teoria dos custos políticos assume que inerentes à actividade da empresa existem custos políticos que são função da dimensão da empresa (Watts e Zimmerman, 1978), da rendibilidade, do risco e da sua visibilidade social. A existência de elevados custos políticos determina um incentivo para os gestores divulgar informação que destaque os aspectos sociais da empresa (políticas sociais, ambientais, capital intelectual), de modo a desviar a atenção dos seus resultados contabilísticos para evitar que sejam tomadas medidas prejudiciais à rendibilidade da empresa por parte do governo e de outras entidades, como, por exemplo, o agravamento dos impostos. Assim, os gestores têm incentivos para divulgar voluntariamente informação de modo a minimizar os elevados custos políticos que suportam.

É, pois, expectável que as empresas que estejam sujeitas a maior visibilidade social, sujeitas a elevados custos políticos, divulguem voluntariamente mais informação comparativamente às restantes empresas, incluindo informação sobre capital intelectual.

Teoria da Sinalização

A teoria da sinalização (Spence, 1973; Ross, 1977) parte do pressuposto de que o mercado considera dois tipos de empresas, as boas e as más. Devido às assimetrias de informação existentes entre os diversos agentes económicos, o mercado não tem como distinguir estes dois tipos de empresas, baseando-se na qualidade média do conjunto das empresas, pelo que por vezes as boas empresas são prejudicadas porque são subavaliadas e as más empresas são beneficiadas porque são sobreavaliadas.

Pelo referido, as boas empresas têm incentivos em sinalizar ao mercado, as suas boas qualidades de modo a diferenciarem-se das restantes, permitindo que os credores avaliem melhor a sua capacidade de criação de riqueza e reduzam o risco que lhe está

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associado (Van der Meer-Kooistra e Zijlstra, 2001; Williams, 2001). Salienta-se que tal sinalização também pode ser efectuada por uma má empresa, tentando esta muitas vezes transmitir uma ideia contrária à sua situação real, sujeitando-se aos riscos que daí resultarem.

A divulgação voluntária de informação, incluindo sobre capital intelectual, assume-se como um sinal de credibilidade do desempenho da empresa para com o mercado. A existência de custos associados à divulgação da informação e a necessidade de tal informação ser auditada asseguram a credibilidade do sinal, sendo as hipóteses de imitação por parte das restantes empresas reduzidas, de tal forma que a divulgação de informação é considerada racional para uma empresa de boa qualidade, mas irracional para uma de má qualidade. Vários estudos têm enfatizado a importância dos argumentos da teoria da sinalização na explicação da divulgação voluntária de informação sobre capital intelectual (García-Meca e Martínez, 2005; Sing e Van der Zahn, 2008; Whiting e Miller, 2008).

Teoria dos Custos de Propriedade

Esta teoria sugere que a divulgação de informação tem impactos negativos na posição competitiva da empresa (Verrecchia, 1983; Dye, 1985). Isto porque, quando a empresa procede à divulgação de informação voluntária ao mercado, poderá estar a transmitir aos seus actuais e potenciais concorrentes informação sobre as suas fontes de criação de valor, colocando em risco as suas vantagens competitivas. Assim, os concorrentes poderão aproveitar tal informação divulgada para benefício próprio, designadamente para entrarem no mercado e/ou captarem maior quota de mercado, afectando a vantagem competitiva da empresa, que terá que suportar custos para procurar novas vantagens competitivas. Neste enquadramento, as empresas terão de fazer uma correcta ponderação dos benefícios e custos inerentes à divulgação voluntária de informação.

Os custos de propriedade podem reduzir os incentivos à divulgação voluntária de informação. Contudo, destaca-se que em sectores com tendências monopolistas, em que as barreiras à entrada sejam maiores e os custos de propriedade menores, poderão eventualmente existir maiores incentivos para a divulgação voluntária, inclusive, de informação sobre capital intelectual. Evidências empíricas confirmam a influência negativa dos custos de propriedade sobre a divulgação voluntária de informação sobre o capital intelectual (Singh e Van der Zahn, 2008).

(29)

Teoria da Legitimidade

A legitimidade é “uma percepção generalizada ou um pressuposto de que as acções de uma entidade são desejáveis, próprias ou adequadas num sistema socialmente construído de normas, valores, crenças e definições” (Suchman, 1995, p. 574). A legitimidade é por si um conceito dinâmico. Apesar de as normas e valores sociais serem mutáveis, as organizações procuram, continuamente, garantir que operam dentro dos limites e normas das respectivas sociedades. Tal mutação das normas e valores sociais constitui uma motivação para a mudança organizacional e uma fonte de pressão para a legitimação organizacional (Dowling e Pfeffer, 1975). As organizações devem estar atentas às expectativas da sociedade sobre a forma como uma organização deve gerir as suas operações tendo em conta que tais expectativas não são fixas, mas que se vão alterando ao longo do tempo. Isto exige que a empresa actue de forma responsável no ambiente em que opera (Deegan, 2000).

A teoria da legitimidade é uma teoria positiva pois procura descrever ou explicar o comportamento das empresas, em vez de prescrever como é que as organizações se devem comportar (teoria normativa) (Deegan, 2000). Segundo a teoria da legitimidade uma organização é influenciada e exerce influência na sociedade em que opera, daí ser considerada uma teoria sistémica. Esta teoria “baseia-se na noção que existe um “contrato social” entre a empresa e a sociedade onde ela opera” (Guthrie et al., 2004, p. 284).

Qualquer estratégia implementada pela gestão deve ser acompanhada com divulgação, pois considera-se que as políticas de divulgação das empresas representam um meio pelo qual a gestão pode influenciar a percepção externa sobre a sua organização (Deegan, 2002). No que se refere à teoria da legitimidade (Suchman, 1995; Deegan, 2002), a divulgação da informação é usada como uma ferramenta estratégica da organização para apresentar uma imagem socialmente responsável e ganhar ou manter legitimidade social (Patten, 2002;

Marcuccio e Steccolini, 2009).

Se uma empresa não se legitimar, o seu comportamento pode ser considerado socialmente inadequado e a sociedade pode cancelar o seu contrato social, a menos que as organizações avaliem estratégias específicas (Deegan e Rankin, 1997).

Neste contexto, a legitimidade é entendida como um recurso do qual uma organização está dependente para a sua sobrevivência (Dowling e Pfeffer, 1975), e que pode afectar ou manipular (Woodward et al., 2001).

Assim, a teoria da legitimidade pode explicar o relato de capital intelectual, pois é mais provável que uma empresa divulgue informação sobre o capital intelectual se existir

(30)

uma necessidade específica para o fazer, como, por exemplo, legitimar o seu estatuto social (Guthrie et al., 2004). Segundo Beattie e Thomson (2007), as empresas podem divulgar informações sobre o capital intelectual com o intuito de transmitir legitimidade à sociedade e evitar, assim, a imposição de custos decorrentes da não-legitimidade. Alguns autores salientam a relevância dos argumentos da teoria da legitimidade na explicação da divulgação voluntária de informação sobre o capital intelectual, tais como, Abeysekera e Guthrie (2005) e Beattie e Thomson (2007).

Teoria dos Stakeholders

Uma organização não deve ser responsável apenas pela maximização da riqueza dos accionistas (teoria dos accionistas) ignorando os interesses de outras partes com uma participação ou interesse nos assuntos da organização. A teoria dos accionistas, baseada na primazia dos interesses dos accionistas, tem sido criticada como restritiva (Gray et al., 1988). Segundo Freeman (1984), é impossível maximizar o valor da organização no longo prazo se não forem mantidas boas relações com os stakeholders.

Tal como a teoria da legitimidade, a teoria dos stakeholders também é uma teoria sistémica (Deegan, 2002). A teoria dos stakeholders considera todos os grupos interessados na actividade da empresa e que podem por ela ser afectados, designadamente, accionistas, investidores, clientes, fornecedores, trabalhadores, governo e o público em geral. Esta teoria assume que estes grupos têm o poder de influenciar as decisões das empresas (Deegan, 2006).

Salienta-se que os stakeholders são pessoas ou grupos que têm, ou podem exigir, direitos de propriedade ou interesses numa organização e nas suas actividades passadas, presentes ou futuras. Tais direitos e interesses são o resultado de transacções ou acções estabelecidas com a organização (Clarkson, 1995).

Os stakeholders primários compreendem os accionistas e investidores, empregados, clientes, fornecedores, financiadores, governos e comunidade. Ou seja, todos os grupos para os quais uma organização deve criar e distribuir riqueza para satisfazer o seu propósito económico e social (Clarkson, 1995). Os stakeholders secundários são os que

“influenciam ou afectam, ou são influenciados ou afectados pela organização, mas que não realizam transacções com a organização, nem são essenciais para a sua sobrevivência”

(Clarkson, 1995, p. 107). É o caso dos ambientalistas, defensores dos consumidores, representantes da comunicação social.

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Enquanto a teoria dos stakeholders considera todos os grupos individuais com interesse nas acções da empresa, a teoria da legitimidade focaliza-se na perspectiva da sociedade em geral. Contudo, tal distinção apresenta-se, frequentemente, esbatida e parece existir uma grande sobreposição (Deegan, 2002), havendo autores que defendem que a teoria da legitimidade pode ser concebida como uma teoria subsidiária da teoria dos stakeholders (Campbell et al., 2003).

A teoria dos stakeholders é, frequentemente, vista numa dicotomia em termos dos seus ramos ético (ou normativo) e de gestão (ou positivo). O ramo ético sugere que todos os stakeholders têm o direito de ser tratados com equidade pela empresa, pelo que os gestores devem gerir a actividade da empresa tendo em conta os benefícios de todos os stakeholders (Deegan, 2000). O ramo positivo enfatiza que os recursos controlados por um determinado stakeholder influenciam a gestão da empresa, sendo que é provável que a gestão se foque sobre as expectativas dos stakeholders poderosos, ou seja, os que controlam os recursos mais importantes para a organização (Deegan, 2002).

De acordo com esta teoria, a divulgação voluntária é um mecanismo para negociação das relações entre empresa e os stakeholders (Gray et al., 1995).

Particularmente, a divulgação voluntária de capital intelectual é uma abordagem apropriada para as empresas satisfazerem as necessidades de informação dos stakeholders (Brüggen et al., 2009). Para as empresas portuguesas cotadas na Euronext Lisboa em 31 de Dezembro de 2005, Oliveira (2008) inferiu que a divulgação voluntária de informação sobre o capital intelectual está relacionada com o poder dos stakeholders, e associada com a pertença da empresa a indústrias intensivas em intangíveis.

Van der Meer-Kooistra e Zijlstra (2001) defendem que as empresas estão motivadas a divulgar informação sobre o capital intelectual para criar confiança com os trabalhadores e outros stakeholders. Através de divulgação de informação sobre o capital intelectual, as empresas podem publicamente fornecer evidência sobre os seus verdadeiros valores e sobre a sua capacidade de criação de riqueza, contribuindo para o reforço da sua reputação (Brüggen et al., 2009). Beattie e Thomson (2007) e Whiting e Miller (2008) destacam a importância dos argumentos da teoria dos stakeholders na explicação da divulgação voluntária de informação sobre o capital intelectual.

Teoria Institucional: A Nova Sociologia Institucional

A compreensão das organizações é um factor muito importante no estudo da contabilidade, pois é relevante entender-se quais as razões que estão subjacentes à adopção

(32)

de determinadas práticas e sistemas, já que segundo esta corrente nem sempre o comportamento dos actores organizacionais se deve a questões de ordem económica (Major e Ribeiro, 2009). A premissa básica da teoria institucional é a tendência das organizações estarem em consonância com as normas e influências sociais predominantes, caso contrário, perdem a sua legitimidade (DiMaggio e Powell, 1983).

O isomorfismo apresenta-se como o elemento-chave da teoria institucional, especificamente da nova sociologia institucional. Apesar de este termo ser frequentemente encontrado na matemática, química e biologia, tem sido associado ao contexto das organizações e instituições. Este termo, considerado sinónimo de convergência, descreve o processo pelo qual uma organização se torna idêntica a outra organização pela adopção de características de outra organização. Através do processo de isomorfismo institucional, assume-se que as organizações adoptam estruturas e práticas de gestão ao longo do tempo, que são consideradas legítimas e socialmente aceitáveis por outras organizações, como resposta a pressões institucionais comuns de organizações similares ou indústrias (DiMaggio e Powell, 1983).

Realça-se que existem três grandes formas de isomorfismo institucional, que são particularmente úteis na transmissão legítima das práticas contabilísticas: isomorfismo coercivo, mimético e normativo (DiMaggio e Powell, 1983). O isomorfismo coercivo refere-se às preocupações relativas às pressões externas que as organizações estão sujeitas, por exemplo das organizações de que dependem (Carruthers, 1995). Quanto ao isomorfismo mimético refere-se às preocupações na forma de como as organizações competem com organizações semelhantes que são consideradas mais legítimas e/ou bem sucedidas no ambiente institucional (DiMaggio e Powell, 1983). Aqui a imitação assume o papel central, pois sempre que as actividades das organizações sejam desenvolvidas num meio envolvente de incerteza e pouco estável, elas tendem a copiar modelos de acção de organizações consideradas bem sucedidas. Procuram imitar as práticas aceites socialmente como legítimas e percepcionadas como conduzindo ao sucesso, de modo a mostrar que são semelhantes a outras empresas em diversos aspectos. O isomorfismo normativo reconhece que as organizações profissionais assumem um papel importante na difusão de práticas e orientações idênticas a ser seguidas pelas organizações, e na legitimação das suas actividades (DiMaggio e Powell, 1983).

Os argumentos desta teoria podem explicar a divulgação voluntária de informação sobre capital intelectual, através do processo de isomorfismo institucional, resultado das pressões exercidas pelo meio envolvente institucional em que operam.

(33)

2.3.2. Revisão de Estudos Empíricos

Um grande número de investigadores, profissionais, organismos reguladores e empresas têm vindo a analisar as divulgações do capital intelectual e activos intangíveis.

Alguns estudos destinam-se a sensibilizar e gerar debate entre as partes interessadas. Em particular salientam-se: “Study on the measurement of intangible assets and associated reporting practices” (Zambon, 2003), que pretende fornecer um conjunto de reflexões sobre o papel actual dos intangíveis para as empresas, mercados e sistemas económicos e também para contabilistas, gestores, economistas e decisores políticos; e “RICARDIS:

Reporting intellectual capital to augment research, development and innovation in SMEs”

(Comissão Europeia, 2006), destinado a identificar as categorias relevantes do capital intelectual e as razões porque são importantes para as pequenas e médias empresas com intensiva investigação para atraírem fundos do sector financeiro. Têm sido publicados diversos artigos, livros (por exemplo, Lev, 2001; Marr, 2004; Cohen, 2005) e realizadas conferências no âmbito do relato do capital intelectual (por exemplo, o workshop sobre

“Visualising, measuring, and managing intangibles and intellectual capital”, que realizou a sua sexta edição em Setembro de 2010).

Diversos estudos examinam as divulgações de capital intelectual em indústrias com elevada tecnologia, onde o nível de intangíveis é elevado (por exemplo, Ng, 2006; Riegler e Höllerschmid, 2006; Gerpott et al., 2008; Sonnier, 2008), verificando-se nestas indústrias maior divulgação voluntária relativamente a empresas de outros sectores, apesar de ainda muito baixa. As empresas com níveis elevados de intangíveis sentem-se motivadas a divulgar informações sobre o seu capital intelectual, na parte narrativa dos seus Relatórios e Contas, devido ao fracasso do tradicional modelo de contabilidade financeira. Salienta-se que uma análise tornada pública pela empresa de consultoria Accenture indica que, para as empresas de conhecimento intensivo, os recursos intangíveis/capital intelectual são a sua principal criação de valor, sendo imprescindíveis para o sucesso da empresa (Ballow et al., 2004). Apesar da divulgação complementar ser um importante meio de comunicação, especialmente para as empresas com significativos níveis de intangíveis Gelb (2002) e Striukova et al. (2008) verificaram que a prática de divulgação de informação sobre o capital intelectual das empresas do Reino Unido dos sectores intensivos em conhecimento não é distinta das restantes empresas, contrariando resultados de outros estudos.

Reconhece-se que, entre outros, o Relatório e Contas das sociedades é um canal de comunicação disponível e importante para divulgação de informação. Neste sentido,

(34)

tem-se constatado que as divulgações voluntárias nos Relatórios e Contas têm suscitado o interesse de vários investigadores e a publicação de vários estudos em diferentes países. O quadro 2.1 sintetiza alguns desses estudos.

Quadro 2.1. Estudos sobre a Divulgação Voluntária de Informação sobre Capital Intelectual

Estudo País/Região Amostra Documento

analisado

Determinantes da divulgação voluntária

de informação sobre capital intelectual Guthrie e Petty

(2000)

Austrália 20 empresas australianas cotadas (19 empresas e 1 outra que se apresenta como sendo um exemplo das melhores práticas de divulgação do capital intelectual) (1998)

Relatório e Contas

Não analisa

Brennan (2001) Irlanda 11 empresas irlandesas de conhecimento intensivo cotadas (1997-1999)

Relatório e Contas

Não analisa

Olsson (2001) Suécia, Alemanha e Inglaterra

18 maiores empresas cotadas na bolsa de valores de Estocolmo (1990, 1994 e 1998); 10 maiores empresas inglesas cotadas e 10 maiores empresas alemãs cotadas (1998)

Relatório e Contas

Não analisa

Williams (2001) Reino Unido 31 empresas britânicas cotadas na bolsa de valores FTSE-100 (1996-2000)

Relatório e Contas

Tamanho da empresa;

endividamento, tipo de indústria; estatuto de estar cotada;

desempenho do capital físico.

April et al. (2003) África do Sul

20 maiores empresas cotadas na África do Sul (Março 2001)

Relatório e Contas

Não analisa

Bontis (2003) Canadá 10.000 empresas canadenses

Relatório e Contas

Não analisa

Bozzolan et al.

(2003)

Itália 30 empresas italianas cotadas (2001)

Relatório e Contas

Tamanho da empresa;

tipo de indústria Olsson (2004) Suécia 15 empresas suecas (1998

e 2002)

Relatório e Contas

Não analisa Abdolmohammadi

(2005)

Estados Unidos

58 empresas de entre as Fortune 500 (1993-1997).

Relatório e Contas

Indústria;

Capitalização do mercado Abeysekera e

Guthrie (2005)

Sri Lanka 30 maiores empresas cotadas na bolsa de valores de Colombo (1998/1999 e 1999/2000)

Relatório e Contas

Não analisa

Petty e Cuganesan (2005)

Hong Kong 53 empresas cotadas de Hong Kong (1992, 1998 e 2002)

Relatório e Contas

Tamanho da empresa;

tipo de indústria; efeito do crescimento ao longo do tempo

Referências

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