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(1)

Bacilos Gram Negativos Fermentadores e

Não Fermentadores de Glicose

2ª Turma de Especialização em Microbiologia

Clínica e Medicina Laboratorial

Prof Edlaine Rodrigues Montalvão

(2)

Relembrando Brevemente os Conceitos de

Sistema Imunológico

Celular e Humoral.

Sistema Imunológico

Prof Edlaine Rodrigues Montalvão

(3)

Resposta Imunoespecífica

Para Bactérias Extracelulares

Descrição da Ação do Sistema Imunológico

Celular e Humoral

(4)

Sistema Imunológico Humoral

1

Bactérias

2

3

Antígeno

Polissacarídeo

Célula B

(5)

Neutralização

Fagocitose

bacteriana através

da célula revestida

pelo C3b.

Anticorpo

Opsonização

e Fagocitose

Ativação do

Sistema Complemento

Lise bacteriana

Inflamação

5

6

7

8

9

10

4

(6)
(7)

Bactérias

Diversas Citoquinas

IFN-

TNF

Resposta por anticorpos

Inflamação

Ativação dos

Macrófagos

Fagocitose e

lise bacteriana

APC

(Antigen Present Cells)

CD4+

(8)

ENTEROBACTÉRIAS

Estrutura, Classificação, Tipos

Antigênicos e Doenças Causadas por

Bacilos Gram Negativos Fermentadores

(9)
(10)
(11)
(12)

Enterobacteriaceae

Estrutura Celular

Lipopolissacarídeo (LPS)

Membrana Externa

Espaço Periplasmático

Membrana Citoplasmática

(13)

Necessidades Nutricionais

Mínimas, crescem bem em todos os meios de

cultura não seletivos

(14)

Fatores de Virulência

-

Fímbrias ou Pili

: adesão

-

Enterotoxinas

(exotoxinas que atuam no trato

entérico)

-

Sideróforos:

retiram o ferro das transferrinas e

lactoferrinas

-

Urease:

degrada a uréia em amônia e água

-

Lipopolissacarídeos (LPS):

responsáveis pelos

sintomas de febre, hipotensão, depleção de

(15)

Patogênese das Enterobactérias

Todos

os

representantes

da

família

Enterobacteriaceae possuem

endotoxinas

na parede

celular.

Além disso, várias endotoxinas são produzidas, como

as enterotoxinas produzidas pela Escherichia coli e

Vibrio cholerae.

Os antígenos podem ser utilizados como ferramentas

de identificação e diferenciação entre espécies, tais

como os testes em Salmonella spp., e Shigella spp.,

(16)

Antígeno O:

O Antígeno da Parede Celular, também

conhecido por

Antígeno Somático

ou

Antígeno

“O”

, é a porção polissacarídica externa do

lipopolissacarídeo.

Varia de espécie para espécie: E. coli (150

tipos); Salmonella (1500 tipos)

(17)

Antígeno H:

O Antígeno “H” localiza-se na proteína flagelar.

(18)

Antígeno K:

O Antígeno

“K” ou Capsular é identificado pela

Reação de Quellung (intumescimento capsular).

É responsável pela classificação epidemiológica

de bactérias encapsuladas como a Klebsiella spp.,

Em Salmonella typhi, a causa da febre tifóide é

denominada Antígeno Vi (virulência)

(19)

Antígeno K:

(20)

Morfologia Microscópica

Não podem ser

diferenciados com

relação à

morfologia

microscópica.

São bacilos

GRAM

Negativos

(21)

Morfologia Colonial

(22)

Características Coloniais

Serratia marcescens

pigmentada em

Ágar MacConckey

(23)

Características Coloniais

Escherichia coli

em Ágares

Sangue e EMB

(24)

Escherichia coli em

EMB Ágar

(25)
(26)

Características Bioquímicas da

Família Enterobacteriaceae

(27)
(28)

Fermentação da Lactose e

Sacarose

(29)
(30)

Ágar S.I.M.

(31)

Meio de Motilidade

Com Corante Cloreto

de 2,3,5-trifenil

tetrazólio

(32)

Ágar T.S.I.

(33)

Ágar Kligler

(34)

Ágar Kligler

(

Duplo-Açúcar e Ferro – Interpretação)

Reações

Inclinação

Fundo

Gás

H

2

S

Grupo

Ácido

Ácido

+

-

Escherichia spp.,

Enterobacter spp.,

Klebsiella spp.,

Alcalino

Ácido

+

-

Shigella spp.,

Serratia spp.,

Alcalino

Ácido

+

+

Salmonella spp.,

Proteus spp.,

(35)

Ágar/Caldo Uréia

Positivo

Negativo

(36)

Ágar Fenilalanina

(Após adição de Cloreto Férrico 10%)

Positivo

(37)

Teste de Voges-Proskauer

(V.P.)

(+)

(-)

(-)

(-)

(38)

Teste de Vermelho de Metila

(V.M.)

(39)

Meio de Rugai

Pessôa & Silva

(40)

Miniaturização e Automação

Sistema Bactray

®

(41)

Miniaturização e Automação

(42)

Sistema Automatizado

Sistema Walkaway

®

(43)

O Papel Do Laboratório De

Microbiologia Clínica

Doenças Causadas Por Bacilos Gram

Negativos (BGN)

(44)

Doenças Causadas por

Enterobactérias

Trato respiratório inferior:

Pneumonia Bacteriana

Klebsiella pneumoniae

Serratia spp.,

Trato Urinário:

Escherichia coli

Klebsiella spp.

Enterobacter spp.

Proteus mirabilis

Trato Gastrointestinal:

Escherichia coli

Salmonella spp.,

Pele:

E.coli

Salmonella typhi

Salmonella paratyphi

Ossos:

Escherichia coli

Klebsiella spp.,

Enterobacter spp.,

Proteus mirabilis

(45)
(46)

Trato Respiratório Inferior

Pneumonia Bacteriana

Fisiopatogênia

Dados Clínicos

Características dos principais agentes etiológicos

Klebsiella pneumoniae

Serratia spp.,

(47)

Trato Respiratório Inferior

Pneumonia Bacteriana

Fisiopatogênia

As bactérias podem entrar no pulmão por

via aérea

,

aspiração ,

hematogênica

ou por

contigüidade

, a

maioria das pneumonias são por aspiração de secreções

orais .

A flora oral é uma mescla complexa de aeróbios e

anaeróbios , e as quantidades pequenas que se aspiram

raramente causam enfermidade a menos que sejam

microrganismos

altamente

virulentos

como

o

Streptococcus pneumoniae, quando as defesas do

hospedeiro estejam diminuídas , o reflexo tussígeno

alterado , ou que exista infecção viral coexistente .

(48)

Trato Respiratório Inferior

Pneumonia Bacteriana – Fisiopatogênia

As pneumonias se classificam em :

Pneumonia Primária

: é a infecção pulmonar por

microrganismos altamente patogênicos que chegam as vias

aéreas inferiores , ocorrendo na ausência de evidência

clínica de deficiência imune

Pneumonia Secundária

:é causada por microrganismos

menos patogênicos, produzindo enfermidades nas vias aéreas

inferiores por alteração nos mecanismos de defesa do

hospedeiro .

(49)

Trato Respiratório Inferior

Pneumonia Bacteriana – Fisiopatogênia

As pneumonias se classificam em :

Pneumonia Hematogênica

: é causada por microrganismos

que chegam ao pulmão por via hematogênica , é indicativa

de bacteremia ou presença de êmbolos sépticos secundário

a uma infecção primária extrapulmonar .

Pneumonia por Aspiração

: produzida por inalação de

comida , conteúdo gástrico , bactérias e secreções das vias

superiores

(50)

Trato Respiratório Inferior

Pneumonia Bacteriana

Fisiopatogênia

O recém nascido adquire pneumonia por várias vias

, tais como;

• Transplacentária ,

• Aspiração de microrganismos ,

• Infecção pós natal e

(51)

Trato Respiratório Inferior

Pneumonia Bacteriana

Dados Clínicos

Os sinais e sintomas de uma pneumonia

bacteriana variam de acordo com o agente

etiológico , a idade do paciente e a severidade

da enfermidade .

Alguns microrganismos estão associados com

um padrão específico de enfermidade , como é a

Pneumonia Lobar

pelo

Pneumococo

e ao

Empiema , Abscesso

e

Pneumatocele

ao

(52)

Trato Respiratório Inferior

Pneumonia Bacteriana

Dados Clínicos

Em crianças pequenas os sinais podem ser

inespecíficos e os sinais físicos são poucos , em

crianças maiores habitualmente são moderados

e muitos casos passam despercebidos porque

os sinais não justificam a radiografia de tórax .

(53)

Trato Respiratório Inferior

Pneumonia Bacteriana

Dados Clínicos

Os sinais e sintomas podem se dividir em 5

categorias :

a)

Manifestações inespecíficas de infecção e

toxicidade

: febre , cefaléia , mal estar , alterações

gastrintestinais e irritabilidade .

b)

Sinais gerais de enfermidade de vias

respiratórias inferiores

: taquipnéia , dispnéia ,

respiração ruidosa , tosse , expectoração ,

hipomotilidade torácica do lado afetado , distensão

abdominal .

c)

Sinais de pneumonia

: estertores , diminuição das

vibrações

vocais

,

hipoventilação

e

retração

intercostal .

(54)

Trato Respiratório Inferior

Pneumonia Bacteriana

Dados Clínicos

Os sinais e sintomas podem se dividir em 5 categorias :

c)

Sinais de pneumonia

: estertores , diminuição das

vibrações

vocais

,

hipoventilação

e

retração

intercostal .

d)

Sinais sugestivos de líquido pleural

, dor pleural

que

pode

limitar

o

movimento

torácica

,

hipoventilação .

e)

Sinais de enfermidade extrapulmonar

: abcesso

na pele , otite média , sinusite e meningite que pode

se apresentar concomitante com a infecção pulmonar

, pericardite e epligotite , que estão associada a

pneumonia por H. influenzae tipo b.

(55)

Trato Respiratório Inferior

Pneumonia Bacteriana

Dados Clínicos:

A maioria dos autores coincidem nas formas de

Broncopneumonia , que se iniciam com febre , tosse ,

rinorréia , insuficiência respiratória e estertores

crepitantes disseminados .

A Pneumonia Lobar se apresenta com calafrios ,

febre elevada , tosse , dor torácica e insuficiência

respiratória leve, as vezes inexistente , com síndrome

de condensação pulmonar .

(56)
(57)
(58)
(59)
(60)
(61)
(62)

Trato Respiratório Inferior

Pneumonia Bacteriana

Características dos Principais Agentes Etiológicos

Klebsiella pneumoniae

Serratia spp.,

(63)

Trato Respiratório Inferior

Pneumonia Bacteriana

Características dos principais agentes etiológicos

(64)
(65)

Características:

Imóvel

Indol (-)

Ornitina (-)

+/+ TSI (com gás)

Lysina (+)

Citrato (+)

(66)
(67)
(68)
(69)
(70)
(71)

Trato Respiratório Inferior

Pneumonia Bacteriana

Tratamento:

Klebsiella pneumoniae

1ª Escolha:

• Amoxicilina + Clavulanato ou

• Penicilina G + Amonoglicosídeo ou

• Cefuroxima + Aminoglisodídeo.

2ª Escolha:

• Cefalosporinas de 3ª geração ou

• Fluoquinolonas (Levofloxacina ou Moxifloxacina ou

Gemifloxacina).

(72)

Trato Respiratório Inferior

Pneumonia Bacteriana

Características dos Principais Agentes Etiológicos

(73)
(74)

Características:

Lysine (+)

Citrate (+)

Indol (-)

+/+ TSI (no gás)

DNase (+)

Serratia spp.,

(75)
(76)
(77)
(78)
(79)
(80)

Trato Respiratório Inferior

Pneumonia Bacteriana

Tratamento:

Serratia spp.,

1ª Escolha:

• Amoxicilina + Clavulanato ou

• Penicilina G + Amonoglicosídeo ou

• Cefuroxima + Aminoglisodídeo.

2ª Escolha:

• Cefalosporinas de 3ª geração ou

• Fluoquinolonas (Levofloxacina ou Moxifloxacina ou

Gemifloxacina).

(81)

Trato Respiratório Inferior

Pneumonia Bacteriana

Características dos Principais Agentes Etiológicos

(82)
(83)
(84)
(85)
(86)
(87)
(88)

Trato Respiratório Inferior

Pneumonia Bacteriana

Tratamento

Anaeróbios

1ª Escolha:

• Penicilina G em altas doses ou

• Metronidazol ou

• Clindamicina ou

• Aminoglicosídeos.

2ª Escolha:

• Amoxicilina + Clavulanato ou

• Ampicilina + Sulbactam ou

• Cloranfenicol

(89)
(90)

Trato Respiratório Inferior

Pneumonia Bacteriana

Microbiologia Clínica

Escarro

Líquido Pleural

Lavado Broncoalveolar

Biópsias de pulmão

(91)

Trato Respiratório Inferior

Pneumonia Bacteriana

Microbiologia Clínica

Escarro

• Coleta

(92)

Trato Respiratório Inferior

Pneumonia Bacteriana

Microbiologia Clínica: Escarro

Coleta:

1. Lavar a boca e gargarejar antes da coleta.

2. Explicar as diferenças entre a coleta do

escarro e da saliva

3. Máximo uma amostra por dia, se possível pela

manhã, em recipiente estéril e de boca larga

4. Encaminhar imediatamente ao Laboratório

5. Em caso de dificuldades de coleta, pode-se

induzir com inalação de 20 ml de NaCl a 10% ou

utilizar

aspiração

trans-traqueal

(médico

(93)
(94)
(95)
(96)
(97)

Trato Respiratório

O que valorizar na análise macroscópica

do escarro?

(98)

Trato Respiratório

O que valorizar na análise do escarro

corado pelo GRAM ?

• Presença de CGP aos pares, encapsulados

• Presença de CBGN (BGN pleomórficos)

• Presença de DPGN (intra e/ou extra)

• Presença de BGN encapsulados (Klebsiella spp.,)

• Presença de BGN não encapsulados (relatar)

• Presença de CGP em cachos

• Células fantasma (BK)

(99)
(100)
(101)
(102)
(103)
(104)
(105)
(106)
(107)
(108)

Trato Respiratório Inferior

Pneumonia Bacteriana

Microbiologia Clínica

(109)
(110)

1- Cor

2- Citologia total e específica

3- Transudato vs. Exudato:

Proteína, LDH, Colesterol

4- Etiologia:

Bacteriana: Gram, cultura

Tuberculose: ELISA, culture, ADA

5- CA

Citológico

6- Outros

Glicose, pH, Amilase

(111)
(112)
(113)

Trato Respiratório Inferior

Pneumonia Bacteriana

Microbiologia Clínica

(114)

Lavado Bronco-Alveolar (BAL)

Utilizado

em

suspeita

de

pneumonias

associadas a ventilação mecânica e em

pacientes imunodeprimidos.

Os agentes estão geralmente presentes em

altas concentrações (> 10

5

- 10

6

UFC/ml).

A quantificação parece ser útil.

(115)

Trato Respiratório Inferior

Pneumonia Bacteriana

Microbiologia Clínica

(116)
(117)
(118)

Trato Urinário

Trato Urinário

:

Fisiopatogênia

Dados Clínicos

Características dos principais agentes etiológicos

• Escherichia coli

• Klebsiella spp.,

• Enterobacter spp.,

• Proteus mirabilis

Microbiologia Clínica

Tratamento

(119)

Trato Urinário

Fisiopatogênia:

O

acesso

dos microrganismos ao trato urinário se dá

por

via ascendente

, ou seja, pela

uretra

, podendo se

instalar na própria

uretra

e

próstata

, avançando para a

bexiga

e, com mais dificuldade, para o

rim

.

Dificilmente

,

as bactérias podem penetrar no trato

urinário pela

via sangüínea

. Isto ocorre apenas

quando existe infecção generalizada

(septicemia)

ou

em indivíduos sem defesas imunitárias como HIV + e

transplantados.

(120)

Trato Urinário

Fisiopatogênia:

A intensidade da

IU

depende das

defesas

do paciente

,

da

virulência do microrganismo

e da

capacidade de

(121)
(122)

Trato Urinário

Fisiopatogenia:

Como a

urina é estéril

, existem fatores que facilitam

a

contaminação

do trato urinário, tais como:

obstrução

urinária,

próstata

aumentada,

estenose

de

uretra,

defeitos

congênitos

e

outros

corpos

estranhos

: sondas, cálculos (pedras nos rins),

introdução de objetos na uretra (crianças)

doenças

neurológicas

:

traumatismo

de

coluna,

bexiga

neurogênica do diabetes, fístulas genito-urinárias e

do trato digestivo,

colostomizados

e

constipados

doenças sexualmente transmissíveis e infecções

ginecológicas

.

(123)

Trato Urinário

Dados Clínicos:

O

ato de urinar

é

voluntário e indolor

.

A presença de:

dor ardência dificuldade e/ou

urgência para urinar micções urinárias muito

freqüentes e de pequeno volume com urina de mau

cheiro, de cor opaca com filamentos de muco

formam um conjunto de dados que permite ao

médico suspeitar que o paciente está com

infecção

urinária

.

(124)

Trato Urinário

Dados Clínicos:

Muitas vezes, somam-se a esses sintomas e sinais

dores na bexiga e no final da micção

, gotejamentos

de pequenas quantidades de

sangue

.

Quando o

rim é atingido

, o paciente apresenta

calafrios, febre e dor lombar

, podendo ocorrer

(125)

Trato Urinário

Características dos Principais Agentes Etiológicos

(126)

Características:

Lysine +

Citrate +

Indol +

+/+ TSI (No gás)

Lactose +

(127)
(128)

Trato Urinário

Características dos Principais Agentes Etiológicos

(129)

Características:

Lysine +

Citrate +

Indol -

+/+ TSI (gás)

Imóvel

Ornitina -

(130)
(131)

Trato Urinário

Características dos Principais Agentes Etiológicos

Enterobacter spp.,

(132)

Características

:

Lysine +

(- cloacae)

Citrate +

Indol -

+/+ TSI (gás)

Móvel

Ornitina +

(133)
(134)

Trato Urinário

Características dos Principais Agentes Etiológicos:

(135)
(136)

Características

:

Lysine -

Indol +

Móvel

Urease +

H

2

S +

(137)
(138)

Coleta

Exame Químico:

Utiliza-se fitas reativas (na maioria dos casos) com leitura

automatizada

Análise Prévia do Sedimento:

Não serve como screening

Considerado anormal quando:

> 9 leucócitos p/c em 10 ml em 400 X

Gram

:

1 bactéria p/c (1000 X)

10

5

UFC/ml de urina

Baixa sensibilidade

Muitas infecções surgem com flora

1000 UFC/ml

Falso positivo freqüente (bactérias da pele)

(139)
(140)
(141)
(142)
(143)

Urinocultura

Para obter melhores resultados, a coleta da urina das

mulheres deve ser supervisionadas pessoalmente

por uma técnica, enfermeira ou auxiliar treinada.

O processamento laboratorial deve ser realizado até

20’, ou, se não for possível, conservar a urina em

geladeira até o momento da semeadura (máximo 4

horas).

(144)

Urinocultura

1) Em caso de descontrole de micção, usar saco coletor.

Deve-se fazer higienização prévia do períneo, coxas,

nádegas e barriga, com água e sabão neutro. Caso não

haja micção, o saco coletor deve ser trocado a cada 30’,

repetindo-se a higienização do períneo.

2) Nos demais casos, fazer a higienização da genitália

externa com água e sabão neutro e enxugar. Colher o

jato médio, preferencialmente da primeira micção do

dia, ou então, com intervalo de 2-3 horas após última

(145)
(146)

Urinocultura

3) Em pacientes cateterizados com sistema de

drenagem

fechada,

pode-se

coletar

a

urina

puncionando-se o cateter na proximidade da junção

com o tubo de drenagem. Não se deve colher a urina

da bolsa coletora.

4) A punção supra-púbica, está indicada em casos

duvidosos de infecção urinária que apresenta

evidências clínicas, embora as culturas revelem

contagens baixas; em RN, quando há

contra-indicação de cateter, ou ainda, em suspeita de

(147)
(148)

Urinocultura

5) As amostras de urina coletadas da extremidade do

cateter de Foley são impróprias para culturas porque as

pontas do cateter estão invariavelmente contaminadas

com organismos uretrais. Não devem ser realizadas.

6) Devido ao alto risco de contaminação ou a multiplicação

excessiva de bactérias comensais de crescimento

rápido, deve-se impedir as coletas de 24 horas dos

materiais clínicos para cultura, principalmente de escarro

e urina.

(149)
(150)

Coleta em Mulheres

1- Remover toda a roupa, da cintura p/ baixo e sentar

confortavelmente no vaso sanitário. Separar as pernas tanto

quanto for possível.

2- Afastar os grandes lábios com uma mão e continuar assim

até terminar a higiene e coleta do material.

3- Utilizar uma gaze embebida em sabão, lavar da frente p/

trás e certificar-se de que está limpando por entre as dobras

de pele o melhor possível.

4- Enxaguar com gaze embebida em água estéril, sempre no

sentido frente-trás.

(151)

Coleta em Mulheres

5- Continuar afastando os grandes lábios para urinar.

As primeiras gotas de urina devem ser desprezadas no

vaso sanitário.

Coletar o jato médio no frasco fornecido pelo

laboratório.

6- Sem interromper a micção, retire o frasco para

desprezar o jato final no vaso sanitário.

Evite encher o frasco.

7- Após o término, feche bem o frasco e caso haja algum

respingo na parte externa, lave-o e enxugue-o,

entregando ao laboratório imediatamente.

(152)

Pesquisa de B.A.A.R. na Urina

Recomendação Para Coleta :

1) Primeira urina da manhã, após assepsia, desprezar

primeiro jato e coletar toda a micção no frasco

fornecido.

2) Coleta por três dias consecutivos, enviando as

amostras diariamente ao Laboratório.

3) Toda a solicitação de BAAR em urina, deve ser

acompanhada de cultura, devido à baixa sensibilidade.

(153)
(154)
(155)

Urocultura

Procedimentos Prévios e Observações Gerais:

-

Caso não seja possível semear imediatamente, guardar

em temperatura de geladeira (2 – 8 ºC) por até 4 horas.

-

Centrifugar e observar presença de leucócitos (em 10

ml)

-

Realizar Gram (opcional) de gota de urina não

centrifugada

-

2 ou mais bactérias por campo = sugestivo de ITU

-

Descartar em caso de flora mista ou contaminação por

conteúdo vaginal (células epiteliais, flora mista)

(156)

Urocultura

Plaqueamento de Rotina:

Meios Utilizados em Nossa Rotina:

CLED (ou Brolacin)

Mac Conkey

Pode-se Utilizar Recomendação da OMS:

Ágar Sangue de Carneiro a 5%

(157)
(158)

Urocultura

Material Necessário p/ Semeadura de Rotina:

Alça calibrada (0,001mL ou 0,01mL)

Pode-se utilizar micropipeta de 10 e 100 µl + ponteiras

estéreis

Meios convencionais (OMS):

Ágar Sangue (ou Chocolate) + EMB (ou Mac Conkey).

Meios alternativos:

Cled (Brolacin)

(159)

Urocultura

Interpretação de Flora Considerável (Kass et al):

Em geral ...

>

100.000 UFC/ml = indício de infecção

10.000 a 90.000 UFC/ml = suspeita de infecção

< 9.000 UFC/ml = sem significado clínico

Exceções:

Punção Supra-púbica

Qualquer isolamento de BGN deve ser considerado

Quantidades > 103 UFC/ml de CGP deverá ser

considerada

Pacientes Pediátricos

(160)

Urocultura

Interpretação Qualitativa:

Monocrescimento:

Flora única ou predomínio absoluto (> 90%) em

crescimento misto

E. coli responsável por 80% casos ITU ambulatoriais

Policrescimento:

2 ou mais agentes isolados com contagens > 105 UFC/ml

em proporções similares

Extremamente raro (0,3% dos casos – ASM)

Mais freqüente em pacientes internados e sondados

(161)

Urocultura

Considerações:

Quando ocorre isolamento de microrganismos na urina, uretra ou rins

Maioria dos casos, observar regras de flora considerável

Observar reincidência;

Após tratamento = provável mesma cepa resistente à droga

Infecção Renal ou Prostática mal resolvida

Colonização vaginal persistente

Os agentes mais comuns são as Enterobactérias

Outros agentes incluem:

Cocos Gram positivos

Bactérias anaeróbias

Chlamydia

Mycoplasma

Micobactérias

(162)
(163)
(164)

Trato Urinário

Tratamento:

Cistite Aguda ou Recorrente:

Cotrimoxazol

Norfloxacina

Ampicilina

Ácido Nalidíxico

Pielonefrite Aguda Leve:

Cotrimoxazol

Norfloxacina

Cefalexina

Tratamento;

Pielonefrite Aguda

Moderada ou Severa:

Cefalotina + Gentamicina

Abscesso Renal:

Ceftazidima

Cefotaxima

Ceftriaxona

Amp + genta

Fluorquinolona

(165)
(166)

Trato Gastrointestinal

Fisiopatogênia:

Dados Clínicos

Características dos principais agentes

etiológicos

Escherichia coli

Salmonella spp.,

Shigella spp.,

Microbiologia Clínica

Tratamento

(167)

Trato Gastrointestinal:

“Escherichia coli”

A

E. coli enteropatogênica clássica

– EPEC, causa

uma

síndrome

semelhante

à

disenteria,

caracterizando

uma

diarréia

hemorrágica

sem

contrações abdominais.

A

E. coli enteroinvasiva

– EIEC

causa disenteria

(diarréia hemorrágica com presença de PMN)

A

E. coli enterotoxigênica

causa uma diarréia

aquosa, não-hemorrágica limitada e com curta

duração (1 a 3 dias).

(168)

“Salmonella spp.,”

Fisiopatogenia: Enterocolite

Invasão do epitélio dos intestinos delgado e grosso.

As linhagens não-invasivas não causam doenças.

Penetram

as

células

da

mucosa

provocando

inflamação e diarréia.

Podem causar leucocitose severa com DE, porém não

(169)

“Salmonella spp.,”

Fisiopatogenia

– Febre Tifóide

Infecção inicial no intestino delgado, porém são

poucos os sintomas gastrointestinais aparentes.

Os organismos penetram e multiplicam-se nas placas

de Peyer e se espalham aos fagócitos do fígado,

vesícula biliar e baço.

A conseqüência é uma bacteremia associada a um

quadro de febre e outros sintomas causados pela

endotoxina.

Trato Gastrointestinal

(170)

Shigella spp

.,”

Fisiopatogênia:

A Shigella

não fermenta a lactose

, o que a diferencia

basicamente das Salmonella por

não produzir H

2

S

e

ser

imóvel

.

Possui antígenos O na membrana externa que são

utilizados para dividir em 4 grupos: A, B, C e D.

Baixos inóculos (100 organismos) são suficientes para

causar doença.

(171)

Shigella spp

.”

Fisiopatogênia:

As epidemias ocorrem onde a transmissão fecal-oral

tem provável ocorrência (creches e hospitais de

deficientes mentais).

50% dos casos ocorrem em crianças abaixo de 10

anos.

Provocam

diarréia hemorrágica

(disenteria) pela

invasão da mucosa do íleo distal e do cólon.

Raramente caem na corrente sangüínea

, ao

contrário das Salmonellas.

(172)
(173)
(174)
(175)
(176)
(177)

Trato Gastrointestinal:

Características dos Principais

Agentes Etiológicos

Escherichia coli

Salmonella spp.,

Shigella spp.,

(178)
(179)

Trato Gastrointestinal:

Características dos Principais Agentes Etiológicos

Escherichia coli

(180)

Características:

Lysine +

Citrate +

Indol +

+/+ TSI (No gas)

Lactose +

(181)

Trato Gastrointestinal:

Características dos Principais Agentes Etiológicos

Salmonella spp.,

(182)

Características

:

Lisina +

H2S +

-/+ TSI (gás)

Indol +

Citrato +

ONPG -

Malonato -

(183)
(184)

Trato Gastrointestinal:

Características dos Principais Agentes Etiológicos

Shigella spp.

(185)

Características

:

Lisina (-)

Imóvel

-/+ TSI (sem gás)

Lactose – (Mac ou SS)

(186)
(187)

Microbiologia Clínica

(188)

Coleta de Fezes - Externa

Utilizar frasco contendo o meio conservante para

transporte (

CARY-BLAIR

), fornecido pelo Laboratório.

Colocar uma quantidade de fezes no meio conservante

(equivalente a uma colher de sobremesa). Preferir

sempre as porções mucosangüinolentas.

Não

usar

papel

higiênico

para coletar fezes, pois na sua

composição existe

Sal de Bário

, que inibe o

crescimento de algumas espécies de bactérias

patogênicas

(189)
(190)
(191)
(192)

Coprocultura

Exame Macroscópico das Amostras:

Observar presença de muco

Realizar pesquisa de leucócitos em todas as amostras

(Panótico ou AM)

Ver também se existem hemácias na amostra

Exame Bacterioscópico das Amostras (Gram)

Observar presença de equilíbrio na flora (CGP e BGN)

Observar a quantidade de leveduras e pseudohifas

(193)

Inocular uma porção de fezes aqui

Percorrer uma lâmina sobre a outra em direções opostas

Coprocultura

(194)

Obteremos duas lâminas para corar:

- 1 Gram

(195)
(196)
(197)
(198)

Coprocultura

Meios de Enriquecimento Seletivo Prévio

(Obrigatório):

Caldo GN – Hajna

(o melhor de todos até 6 horas)

Caldo Tetrationato

Caldo Selenito-cistina

Favorecem as bactérias patogênicas e inibem

crescimento de Enterobactérias em geral

(Klebsiella spp., Proteus sp., Staphylococcus spp.,

etc.)

(199)

Meios Seletivos

Deverá Ser Obrigatório o Uso Porque:

Favorecem bactérias patogênicas, inibindo a microbiota

local, que sempre será numericamente predominante e

poderá atrapalhar o resultado final da análise.

GN Hajna

: melhor escolha para até 6 horas de estufa. Neste

período

inibe o crescimento da flora normal

e deixa os

verdadeiros

patógenos crescerem

bem, já que estão em

menor quantidade.

Dentro

deste

período

de

tempo, faz-se

então o

replaqueamento para os meios sólidos que você quiser usar.

Se não usados esses meios, as chances de isolamento de

bactérias altamente patogênicas como a Shigella,spp., e a

Salmonella spp., entérica num paciente

Sintomático

Agudo

é

de cerca de 20 e 30%

(200)

Coprocultura

Plaqueamento de rotina:

Combinação de Meios de Cultura:

S.S. + ágar X.L.D

HE + XLD **

HE + Mac Conkey

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