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VÍTOR DELFINO

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO – UNEMAT

VÍTOR DELFINO

DESENVOLVIMENTO DE UM PROTÓTIPO EM PLATAFORMA BIM

PARA GERENCIAMENTO DE RISCOS EM CANTEIROS DE OBRAS

NA FASE DE PROJETO

Sinop - MT

2019/2

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO – UNEMAT

VÍTOR DELFINO

DESENVOLVIMENTO DE UM PROTÓTIPO EM PLATAFORMA BIM

PARA GERENCIAMENTO DE RISCOS EM CANTEIROS DE OBRAS

NA FASE DE PROJETO

Projeto de Pesquisa apresentado à Banca Examinadora do Curso de Engenharia Civil – UNEMAT, Campus Universitário de Sinop-MT, como pré-requisito para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil.

Prof.ª Orientadora: Eng. Patricia Limper.

Sinop - MT

2019/2

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Estrutura de gerenciamento de riscos ... 13

Figura 2 - EAP com decomposição por partes físicas ... 19

Figura 3 - Estágios da verificação automática de regras ... 21

Figura 4 - Esquematização da metodologia ... 26

Figura 5 - Mapa de localização da cidade de Sinop-MT ... 27

Figura 6 - Níveis da EAP ... 28

Figura 7 - Vinculação do BIM 3D com EAP ... 28

Figura 8 - Filtragem dos riscos ... 30

Figura 9 - Placas de sinalização de segurança ... 31

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Etapas de gerenciamento de riscos ... 14

Quadro 2 - Processos de gerenciamento de riscos ... 15

Quadro 3 - Cores para segurança ... 17

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LISTA DE ABREVIATURAS

3D – Tridimensional 4D – Quadridimensional

AEAT – Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho ANMT – Associação Nacional de Medicina do Trabalho ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar

BIM – Building Information Modeling EAP – Estrutura Analítica de Projeto EAR – Estrutura Analítica de Riscos ICD – Classification of Diseases ID – Identidade

IFC – Industry Foundation Classes NBR – Norma Brasileira

NIOSH – National Institute for Occupational Safety and Health NR – Norma Regulamentadora

PIB – Produto Interno Bruto

PMI – Project Management Institute PTD – Prevention Through Design

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

1. Título: Desenvolvimento de um protótipo em plataforma BIM para

gerenciamento de riscos em canteiros de obras na fase de projeto

2. Tema: 90193000 – Engenharia / Tecnologia / Gestão 3. Delimitação do Tema: Gestão de riscos na fase de projeto 4. Proponente: Vítor Delfino

5. Orientadora: Eng. Patricia Limper

6. Estabelecimento de Ensino: Universidade do Estado de Mato Grosso 7. Público Alvo: Acadêmicos, professores, engenheiros, projetistas, gestores

de riscos, técnicos de segurança e demais profissionais da área

8. Localização: Campus Aquarela, Avenida Francisco de Aquino Correa, S/n,

Bairro Aquarela das Artes, Sinop – MT, CEP 78555-475.

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SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS ... I LISTA DE QUADROS ... II LISTA DE ABREVIATURAS ... III DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ... IV 1 INTRODUÇÃO ... 7 2 PROBLEMATIZAÇÃO ... 9 3 JUSTIFICATIVA ... 10 4 OBJETIVOS ... 12 4.1 OBJETIVO GERAL ... 12 4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 12 5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ... 13

5.1 OS FUNDAMENTOS DA GESTÃO DE RISCO ... 13

5.2 GERENCIAMENTO DE RISCOS ... 15

5.2.1 Técnicas de identificação de riscos ... 16

5.2.1.1 Brainstorming ... 16

5.2.1.2 Checklist ... 16

5.2.1.3 Delphi ... 16

5.2.2 Banco de dados de riscos ... 17

5.3 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA ... 17

5.4 ESTRUTURA ANALÍTICA DE PROJETO ... 18

5.5 ESTRUTURA ANALÍTICA DE RISCO ... 19

5.6 PREVENÇÃO NA FASE DE PROJETO ... 20

5.7 VERIFICAÇÃO AUTOMÁTICA DE REGRAS ... 21

5.7.1 Rotinas em Dynamo ... 22 5.8 BIM ... 23 5.8.1 Revit ... 23 5.8.2 Navisworks ... 24 5.8.3 BIM 360 ... 24 6 METODOLOGIA ... 25 6.1 LOCALIZAÇÃO DO ESTUDO ... 26

6.2 VÍNCULO DO BIM 3D E EAP ... 27

6.3 BANCO DE DADOS DE RISCOS ... 29

6.3.1 Coleta de dados de riscos ... 29

6.3.2 Filtragem de dados e seleção de riscos ... 29

6.3.3 Desenvolvimento de uma estrutura analítica de riscos ... 30

(8)

6.5 REGRAS AUTOMÁTICAS DE ESCOLHAS ... 31

6.6 DESENVOLVIMENTO DO PROTÓTIPO E SUA VALIDAÇÃO ... 31

7 CRONOGRAMA ... 33

8 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO ... 34

9 ANEXOS ... 38

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1 INTRODUÇÃO

Os projetos no setor da construção civil são únicos e cada um possui seu objetivo definido para utilização de tal modo, que torna os projetos empreendimentos complexos que possuem uma ampla gama de fontes de riscos que podem gerar diversos efeitos sobre a edificação (HILLSON; GRIMALDI; RAFELE, 2006).

A Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS (2018, p. 7) apresenta o risco como “O efeito da incerteza nos objetivos ou a possibilidade de que um eventoocorra e afete, positivamente ou negativamente, os objetivos”. Sendo o termo risco proveniente da palavra risicu ou riscu, em latim, e significa uma possibilidade de um acontecimento futuro e incerto (INFOPÉDIA, 2019). Na construção civil, o conceito atual de risco envolve a quantificação e qualificação da incerteza, o qual está interligado com os planejamentos realizados por indivíduos ou organizações (INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA, 2007). Em projetos, o risco é um evento ou condição incerta que, na sua ocorrência, poderá ocasionar um efeito positivo ou negativo sobre pelo menos um objetivo do projeto, como tempo, custo, escopo ou qualidade. Um risco pode acarretar em uma ou mais causas e, se advir, pode gerar um ou mais impactos (PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE, 2004).

O setor da construção é reconhecido por ser uma das indústrias mais perigosas, e a segurança em seu ambiente de trabalho é um problema sério (HONGLING et al., 2016). No Brasil, foi constituída uma Norma Regulamentadora – NR 18 que estipula as condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção (CBIC, 2017). Além desta, existem outras normas que podem ser exigidas no setor, como a NR 26 (2015) que informa as regras preventivas referentes a aplicação de sinalização de segurança.

O estudo de acidentes de trabalho em canteiros de obras é de suma importância, pois um ambiente de trabalho perigoso pode comprometer a segurança do local e também afetar o tempo e o custo do projeto (YI; LANGFORD, 2006). E esses são aspectos cruciais no gerenciamento de projetos (SU; LUCKO, 2016), além do fator humano que é imensurável. Dessa forma, pesquisas recentes estão sendo realizadas para o desenvolvimento de novas tecnologias para redução do número de acidentes em canteiros de obras.

(10)

De acordo com Zou (2017), a utilização do Building Information Modeling – BIM, que pode ser traduzido para Modelagem da Informação da Construção, pode ser utilizado como ferramenta para mitigação de riscos na construção civil. Pois, ao gerenciar as informações do modelo em fase de projeto de forma estruturada é possível antecipar, registrar ou evitar acidentes durante a fase de construção (SOEIRO; MARTINS, 2016). E também permite realizar uma análise de possíveis incongruências e impossibilidades no projeto que podem ser atendidas precocemente (REIS, 2018).

As descobertas recentes sugerem que o método tradicional e o BIM podem ser vinculados a uma solução integrada para gerenciamentos de riscos, estabelecendo uma ligação entre a Estrutura Analítica de Riscos – EAR e BIM. Pois, enquanto a EAR se encarrega de armazenar os riscos em uma estrutura formal, o BIM em conjunto possibilita a modelagem em 3D dos projetos e programação de construção em 4D, que podem fornecer uma prévia de possíveis riscos ainda na fase inicial do projeto (ZOU; KIVINIEMI; JONES, 2016). Na construção civil, são usados vários mecanismos de trabalho que visam à contribuição para a realização do projeto de forma organizada e mais produtiva. Dentre essas ferramentas, tem-se a Estrutura Analítica de Projeto – EAP que é uma das mais importantes do gerente do projeto, pois objetiva dividir o projeto em componentes de tamanho adequado e, assim, permitir que seja conhecido em todos os seus detalhes (LIMMER, 1996). Conhecendo todas as etapas de um empreendimento é possível conceber de forma semelhante uma EAR.

O BIM e algumas ferramentas disponíveis para realização de projetos de engenharia estão em fase de estudo para descobrir uma alternativa de mitigação dos riscos ainda na fase inicial do empreendimento, prevendo a identificação precoce de riscos, prevenção de acidentes, comunicação de riscos, entre outros, definido como “gerenciamento de risco baseado em BIM” (ZOU; KIVINIEMI; JONES, 2017).

(11)

2 PROBLEMATIZAÇÃO

O setor da construção civil a cada dia se encontra diante de obras mais peculiares e novas formas de processos construtivos e, ao mesmo tempo, surge a necessidade de aumentar a qualidade, reduzir o tempo e os custos dos empreendimentos de tal maneira, que o acréscimo das atividades em canteiros de obras resulta em maior probabilidade de ocorrência de acidentes pela gama de riscos a que os trabalhadores estão expostos (CAGLIANO; GRIMALDI; RAFELE, 2019).

Desse modo, é necessário que o responsável pela segurança tenha conhecimento dos riscos aos quais os trabalhadores estarão sujeitos, assim como, é de suma importância que tenha conhecimento de todas as tarefas, ferramentas, equipamentos e trabalhadores disponíveis para a execução da obra (REIS, 2018).

A plataforma BIM surgiu para proporcionar aos profissionais da construção civil o gerenciamento da obra contemplando todas as informações necessárias aos projetos e de forma que esses sejam compatibilizados. Entretanto, ainda não há uma solução voltada para o setor de gerenciamento de risco baseado em BIM, pois existem poucas pesquisas e praticamente nenhum estudo com foco na relação entre as tecnologias digitais e os métodos tradicionais para gerenciar riscos (ZOU; KIVINIEMI; JONES, 2016).

Sendo assim, há uma necessidade eminente de reduzir os índices de acidentes em canteiro de obras. Dessa forma, é importante que as técnicas tradicionais de gestão de riscos, já existentes, sejam inseridas na plataforma BIM para gerenciamento de riscos na fase de desenvolvimento do projeto, no âmbito da construção civil, como medida preventiva para mitigação dos acidentes em canteiros de obras.

Portanto, diante do exposto: como a plataforma BIM pode ser aplicada para gestão de riscos no âmbito da construção civil?

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3 JUSTIFICATIVA

De acordo com a Associação Nacional de Medicina do Trabalho – ANAMT (2019), a construção civil é o setor que mais registra acidentes de trabalho no Brasil, sendo o primeiro no país em incapacidade permanente, o segundo em mortes e o quinto em afastamentos com mais de 15 dias.

O Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho – AEAT (MINISTÉRIO DA FAZENDA, 2017), informa que no ano de 2017 ocorreram 549.405 acidentes de trabalho no Brasil, sendo 12.023 registrados no estado de Mato Grosso, desses, 542 no município de Sinop. O tipo de acidente mais registrado no país em 2017 foi o de ferimento do punho e da mão, somando 52.172 incidentes.

Na construção civil, foram registrados 30.025 acidentes, sendo equivalente a 5,46% do total de casos. O número de afastamentos do emprego por mais de 15 dias por conta das atividades profissionais no Brasil foi de 142.782. No setor da construção, o número chegou a 11.894, correspondendo a 8,3% do total (ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE MEDICINA DO TRABALHO, 2019).

É notório que o setor da construção civil tem grande participação na economia de um país, sendo que no Brasil o setor é responsável por gerar 10 milhões de empregos e movimenta 9,9% do Produto Interno Bruto – PIB (CCR, 2018) e os acidentes impactam diretamente no setor de tal maneira, que uma redução no número de acidentes pode beneficiar diretamente a economia do país.

O presente estudo foi motivado pela falta do gerenciamento de riscos, ainda na fase de projeto, por profissionais da construção civil e pelos altos índices de acidentes no setor. Sabe-se que a gestão de riscos em plataforma BIM é algo recente e não possui nenhuma solução completa até o momento. Os softwares com suporte ao projeto em BIM não possuem módulos para identificação de riscos, enquanto que os resultados atuais de pesquisas se concentram em novos desenvolvimentos orientados para a tecnologia, e pouco se sabe sobre a possibilidade de integração do BIM com os métodos tradicionais de gerenciamento de riscos. Para que o mercado aceite novos desenvolvimentos, esses devem ser comprovadamente confiáveis e eficazes (ZOU, 2017).

(13)

Dessa forma, a integração de métodos tradicionais com BIM e a elaboração de regras automáticas de escolhas com aplicação em BIM 4D para gerenciamento de riscos em canteiros de obras, visam contribuir para uma redução significativa de acidentes e custos.

(14)

4 OBJETIVOS

4.1 OBJETIVO GERAL

Desenvolver um protótipo para gerenciamento de riscos na fase de projeto com base em regras de escolhas automáticas aplicadas ao BIM para identificar os riscos e, como medida preventiva, propor uma placa de sinalização de segurança para o local inseguro com intuito de reduzir os índices de acidentes em canteiros de obras.

4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Coleta e análise detalhada de fontes de riscos em canteiros de obras localizados no município de Sinop-MT a partir de uma visão holística;  Elaboração de uma estrutura analítica de projeto e uma estrutura analítica

de riscos;

 Parametrização de regras de escolhas e criação de rotinas através do plugin Dynamo;

 Desenvolvimento de um protótipo para sinalização automática dos locais inseguros em canteiros de obras;

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5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

5.1 OS FUNDAMENTOS DA GESTÃO DE RISCO

Segundo a Norma Brasileira – NBR ISO 31000 (2018), gerenciar riscos é um serviço iterativo que engloba todas as atividades associadas com uma organização e inclui comunicação entre os responsáveis, tendo como propósito a criação e proteção de valor. Os riscos são presentes em atividades de qualquer organização e é impraticável a extinção de todos os riscos, sendo possível, no máximo, mitigá-los (AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR, 2018). A NBR ISO 31000 (2018), possui a seguinte sugestão de estrutura para gerenciamento de riscos, que pode ser personalizada para atender as necessidades da organização, conforme apresentada na figura 1 e descrita no quadro 1.

Figura 1 - Estrutura de gerenciamento de riscos Fonte: Adaptado da ISO 31000 (2018)

Para que uma gestão de risco possa ser bem-sucedida e eficaz é necessário ir além de listas de riscos, Hillson, Grimaldi e Rafele (2006) sugere

INTEGRAÇÃO CONCEPÇÃO IMPLEMENTAÇÃO AVALIAÇÃO MELHORIA Liderança e Comprometimento

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uma análise objetiva de todo o projeto no intuito de elencar os riscos com maior probabilidade de ocorrência e impacto no empreendimento.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS (2018) atribui aos gestores de risco a competência de informar, classificar e estabelecer um plano de tratamento, no intuito de reduzir os riscos presentes no trabalho ou projeto sob responsabilidade do gestor de risco.

INTEGRAÇÃO

“Integrar a gestão de riscos em uma organização é um processo dinâmico e iterativo, e convém que seja personalizado para as necessidades e cultura da organização”

CONCEPÇÃO

A concepção é o desenvolvimento de um plano que envolve primeiramente o estudo da organização e, posteriormente, a articulação de equipes atribuindo papéis organizacionais e responsabilidades, alocando os recursos necessários para aplicação das atividades necessárias

IMPLEMENTAÇÃO

A implementação requer comprometimento de toda a organização, pois após o desenvolvimento de um plano apropriado será definido como e por qual membro serão realizados os diferentes tipos de tomadas de decisões

AVALIAÇÃO

A organização deve realizar avaliações periódicas no intuito de mensurar o desempenho da estrutura em relação ao seu objetivo e, então, determinar se o plano permanece vinculado com os objetivos da organização

MELHORIA

“Convém que a organização melhore continuamente a adequação, suficiência e eficácia da estrutura de gestão de riscos e a forma como o processo de gestão de riscos é integrado”

Quadro 1 - Etapas de gerenciamento de riscos Fonte: Adaptado da ISO 31000 (2018)

Portanto, a gestão de risco deve ser estruturada de tal forma que consiga ser capaz de reconhecer, quantificar e gerir todos os riscos do projeto. O processo para gerenciar os riscos utiliza um método lógico e sistemático, para que seja realizado um acompanhamento completo desde o ponto inicial da situação até a correção e monitorização do risco (REIS, 2018).

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5.2 GERENCIAMENTO DE RISCOS

Na construção civil, a quantidade de tarefas e serviços realizados em canteiros de obras são amplos e diversificados, o que inclui a necessidade de um plano de gerenciamento de riscos que consiga englobar todas as atividades. O Project Management Institute – PMI (2004), afirma que os objetivos do gerenciamento de riscos do projeto são aumentar a probabilidade e o impacto dos eventos positivos e reduzir a probabilidade e o impacto dos eventos adversos ao projeto. Assim como, tal gerenciamento aborda os processos de identificação, análise, respostas, monitoramento e controle, e planejamento do gerenciamento de riscos em um projeto, exemplificado no quadro 2.

PLANEJAMENTO DO GERENCIAMENTO DE

RISCOS

Decisão de como abordar, planejar e executar as atividades de gerenciamento de riscos de um projeto

IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS

Determinação dos riscos que podem afetar o projeto e documentação de suas características

ANÁLISE QUALITATIVA DE RISCOS

Priorização dos riscos para análise ou ação adicional subsequente através de avaliação e combinação de sua probabilidade de ocorrência e impacto

ANÁLISE QUANTITATIVA DE RISCOS

Análise numérica do efeito dos riscos identificados nos objetivos gerais do projeto

PLANEJAMENTO DE RESPOSTAS A RISCOS

Desenvolvimento de opções e ações para aumentar as oportunidades e reduzir as ameaças aos objetivos do projeto

MONITORAMENTO E CONTROLE DE RISCOS

Acompanhamento dos riscos identificados,

monitoramento dos riscos residuais, identificação dos novos riscos, execução de planos de respostas a riscos e avaliação da sua eficácia durante todo o ciclo de vida do projeto

Quadro 2 - Processos de gerenciamento de riscos Fonte: Adaptado do PMI (2004)

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5.2.1 Técnicas de identificação de riscos

Para a identificação de riscos, diversas técnicas de coleta de informações podem ser aplicadas:

5.2.1.1 Brainstorming

O Brainstorming é uma técnica que reúne os profissionais envolvidos no projeto no intuito de elaborar uma lista abrangente dos riscos existentes, frequentemente em conjunto multidisciplinar de especialistas que não fazem parte da equipe. Através da liderança de um facilitador, as ideias de riscos referentes ao projeto são geradas e posteriormente os riscos são identificados e categorizados por tipo de risco e suas definições são refinadas (PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE, 2004).

5.2.1.2 Checklist

Checklist são listas de verificação de identificação de riscos e reúnem uma gama de riscos até então identificados através da experiência acumulada com projetos anteriores semelhantes e de outras fontes de informação. A EAR, em seu nível mais baixo, também pode ser usada como uma lista de verificação de riscos. Entretanto, é impossível construir uma lista completa, sendo necessário sempre explorar novos itens para fornecer uma lista aperfeiçoada (PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE, 2004).

5.2.1.3 Delphi

A técnica Delphi é uma forma de coletar riscos através de informações compartilhadas entre especialistas de forma anônima. Um facilitador utiliza de um questionário para requerer ideias sobre possíveis riscos do projeto e, então, as respostas são resumidas e distribuídas para os especialistas para agregarem informações adicionais. Posteriormente, são realizadas algumas rodadas do processo até chegar em um consenso. Dessa forma, a técnica auxilia a reduzir a parcialidade e influência de alguém nos dados (PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE, 2004).

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5.2.2 Banco de dados de riscos

Para um gerenciamento de riscos eficaz, são de suma importância o conhecimento e a experiência obtidos de projetos anteriores. A elaboração de um banco de dados de conhecimento e experiência de profissionais torna mais preciso o processo de gerenciar os riscos, entretanto, o processo de coleta de dados de riscos é algo relativamente difícil, pois há uma ampla gama de fontes de riscos, tendo em vista as diversas disciplinas do projeto e características únicas de cada empreendimento. Dessa forma, a elaboração de um banco de dados de risco abrangente pode auxiliar tomadores de decisão do projeto a identificar, analisar e mitigar os riscos de forma mais rápida, enquanto que, também fornece informações e base teórica que podem ser utilizadas para o desenvolvimento de uma EAR (ZOU; KIVINIEMI; JONES, 2016).

5.3 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

A NR 18 (2018) determina que o canteiro de obras deve ser sinalizado com o objetivo de identificar os locais existentes, acessos e ambientes com substâncias nocivas; indicar as saídas; advertir ou alertar os trabalhadores em relação aos riscos existentes no canteiro e as possíveis prevenções através de avisos, cartazes ou similares. Enquanto que a NBR 7195 (1995) determina as cores que devem ser utilizadas para prover a prevenção de acidentes, identificar e advertir contra riscos em canteiro de obras, conforme o quadro 3 a seguir:

CORES PARA SEGURANÇA

COR FUNÇÃO

Vermelha Obrigatoriedade e proibição

Alaranjada Perigo

Amarela Cuidado

Verde Segurança

Azul Ação obrigatória

Púrpura Perigos provenientes das radiações eletromagnéticas

Branca Demarcação

Preta Coletores de resíduos

Quadro 3 - Cores para segurança Fonte: Adaptado da NBR 7195 (1995)

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5.4 ESTRUTURA ANALÍTICA DE PROJETO

A realização do planejamento e o controle de um projeto exigem conhecimento deste da forma mais detalhada possível, sendo feita a análise dos componentes do projeto procedendo-se à sua participação a partir do escopo integral e subdividindo em partes menores (LIMMER, 1996). Esse processo de subdividir as atividades de uma obra em partes menores e mais simples de manejar é chamado de decomposição. Os grandes blocos são sucessivamente esmiuçados e destrinchados na forma de pacotes de trabalho menores, até que se alcance um grau de detalhamento satisfatório para o planejamento e controle do projeto (MATTOS, 2010).

Segundo Mattos (2010), a estrutura hierárquica gerada da decomposição é semelhante a uma árvore com ramificações, e faz analogia a uma árvore genealógica, com o avô em um nível, seus filhos em um nível mais abaixo, os netos no nível imediatamente inferior e assim por diante. Sendo essa a configuração de uma EAP.

A Estrutura Analítica de Projeto pode conter diversos níveis de partição ou de desdobramento, entretanto, não se recomenda passar de seis níveis, pois pode tornar o processo dificultoso para organizar e analisar, sendo quatro o número recomendável de níveis (LIMMER, 1996). A seguir, no quadro 4, é apresentado um modelo de partição de projeto:

Quadro 4 - Divisão do projeto em níveis Fonte: (LIMMER, 1996)

NÍVEL PARTICIPAÇÃO ELEMENTOS USUAIS

I O projeto todo Projeto, produto, processo,

serviço

II Subdivisão Maior Sistema ou atividade

primária

III Subdivisão Menor Subsistema ou atividade

secundária

IV Componentes ou Tarefas Componentes maiores ou

tarefas

V Subcomponentes ou Subtarefas Componentes menores,

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O primeiro nível da EAP representa o escopo total. Nesse nível, se encontra o projeto como um todo. Do segundo nível em diante, a EAP começa a se ramificar em diversos níveis, conforme a necessidade, de modo que cada nível é desdobrado em componentes menores dando origem aos sucessivos níveis. Sendo que cada nível representa um aprimoramento de detalhes do nível imediatamente superior (MATTOS, 2010). Tem-se como exemplo a figura 2, como modelo de EAP de uma residência.

Figura 2 - EAP com decomposição por partes físicas Fonte: Adaptado de Mattos (2010)

5.5 ESTRUTURA ANALÍTICA DE RISCO

A quantidade de dados de risco presentes na construção civil é muito grande e ao estruturá-los em uma EAR facilita o processo de compreensão e utilização. Assim, ao decompor as potenciais fontes de risco em uma estrutura hierárquica semelhante a EAP é possível identificar os riscos enfrentados pelo projeto (HILLSON; GRIMALDI; RAFELE, 2006).

CASA INFRAESTRUTURA ESCAVAÇÃO SAPATAS SUPERESTRUTURA PAREDES ALVENARIA REVESTIMENTO PINTURA COBERTURA MADEIRAMENTO TELHAS INSTALAÇÕES INST. ELÉTRICA INST. HIDRÁULICA

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Segundo (HOLZMANN; SPIEGLER, 2010), a EAR é uma estrutura hierárquica que permite que todos os tipos de fatores de riscos e eventos sejam organizados por grupos e categorias. É uma ferramenta que pode facilmente ser atualizada conforme necessário (TAH; CARR, 2001). Tal estrutura permite uma identificação sistemática dos riscos até um nível consistente de detalhes e contribui para a eficácia e qualidade do gerenciamento de riscos (PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE, 2004).

ZOU (2017) aponta as três principais vantagens em utilizar a estrutura analítica de riscos em projeto, sendo elas:

 Aumentar a compreensão geral dos riscos e facilitar a interligação entre riscos;

 Ajudar a localizar os riscos identificados em categorias de riscos relevantes e elaborar estratégias especiais para tratá-los facilmente;  Fornecer uma arquitetura para gerenciar o banco de dados de riscos e

desenvolver software de gerenciamento de riscos.

5.6 PREVENÇÃO NA FASE DE PROJETO

A Prevention Through Design – PTD, traduzida como prevenção na fase de projeto é uma iniciativa de âmbito nacional, nos Estados Unidos, liderada pelo National Institute for Occupational Safety and Health – NIOSH. Sua metodologia para identificação e controle proativo dos riscos, é considerada como mais segura e econômica do que o gerenciamento de riscos durante a fase de execução (DING et al., 2016).

A prevenção na fase de projeto emprega a hierarquia tradicional de controles, tendo como objetivo a eliminação do perigo e substituição, seguido pela mitigação dos riscos por meio do gerenciamento de engenharia e sistemas de avisos aplicados durante o processo de concepção do projeto, sendo essa, uma das melhores formas de prevenir acidentes em canteiro de obras, doenças e mortes (NATIONAL INSTITUTE FOR OCCUPATIONAL SAFETY AND HEALTH, 2010).

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Os riscos previsíveis devem ser gerenciados nas etapas de planejamento ou projeto, enquanto que os riscos residuais devem ser gerenciados no decorrer da construção e fases subsequentes(ZOU; KIVINIEMI; JONES, 2016).

5.7 VERIFICAÇÃO AUTOMÁTICA DE REGRAS

A verificação automática de regras é definida como um sistema que tem a capacidade de analisar um projeto com base na configuração de objetos, suas relações ou atributos e assim realizar a sugestão de regras, restrições ou condições ao projeto realizado (EASTMAN et al., 2009). Tem por finalidade a codificação de regras e critérios por interpretação e, dessa forma, ao realizar a leitura das regras pelo sistema, automaticamente irá gerar um relatório com resultados, por exemplo, “aprovado”, “reprovado”, “aviso” ou “desconhecido” (BORRMANN; HYVÄRINEN; RANK, 2009). E desse modo, auxilia os responsáveis pela tomada de decisões no planejamento da segurança propondo soluções para resolver os problemas identificados (ZHANG et al., 2013).

De acordo com Eastman et al. (2009), a única representação de modelo neutro que pode ser utilizado para verificação de regras é o Industry Foundation Classes – IFC, pois tem suporte a maioria das ferramentas de projeto BIM e pode ser aberto em vários programas com suporte ao BIM sem perder informações do projeto.

Figura 3 - Estágios da verificação automática de regras Fonte: Adaptado de Eastman et al. (2009)

É possível observar pela figura 3 os estágios de verificação automática de regras segundo Eastman et al. (2009). A figura representa um sistema baseado em regras de escolhas. É necessário, primeiramente, que possua uma estruturação lógica de regras codificadas para que o programa realize sua interpretação quando solicitado. Posteriormente, o modelo de projeto é

ESTRUTURA LÓGICA

PREPARAÇÃO

(24)

preparado, e deve ser bem construído para incluir os objetos, atributos e relações utilizadas para executar a verificação de regras (ZHANG et al., 2015), também é possível fazer o computador obter novos dados através de um processamento do projeto. Logo após, é realizada a execução das regras de escolhas e o programa emite um relatório de resultados com base na estrutura lógica programada.

Segundo Zhang et al. (2015),as regras podem ser utilizadas em conjunto com o modelo BIM 3D, sendo possível formular uma verificação de regras em condições dinâmicas, conforme o edifício for sendo modelado. Automaticamente ou de forma interativa, o sistema de regras propõe medidas para identificar e mitigar os perigos. As regras podem ser utilizadas dentro de diferentes ambientes BIM, por meio de seu formato portátil que lhes permitem ser aplicadas dentro de uma ferramenta de modelagem da construção (por exemplo, Revit, ArchiCAD,Tekla) ou, alternativamente, em uma plataforma que pode ler modelos de construção (por exemplo, plataformas IFC, Navisworks) (ZHANG et al., 2013).

5.7.1 Rotinas em Dynamo

Dynamo é uma extensão que pode ser utilizada para diversas finalidades, como automatização de tarefas repetitivas, interações com o modelo do Revit, ou para criação de modelos a partir de regras complexas ou de dados externos. Essa plataforma permite aos projetistas desenvolver suas próprias ferramentas para solução de problemas com base na programação visual (FENG; LU, 2017).

A utilização da estrutura chamada de programação visual permite ao usuário montar suas próprias aplicações sem necessitar de conhecimento em linguagens de programação. Tais aplicações são chamadas de rotina que é basicamente uma sequência de tarefas a serem executadas (BRASIEL, 2017).

Hongling et al. (2016) sugere que cada rotina contenha os tipos de regras, tipos de acidentes, assuntos de acidentes, atributos, número da regra e número do item. E cada tarefa, que pode ser um comando do próprio Revit ou qualquer outro recurso pré-programado, nativo ou não é indicada por um “nó”, e ao conectar os nós o programa cria um comando de sequência lógica que pode ser executada automaticamente enquanto o usuário utiliza o Revit, ou mesmo, através de um clique (BRASIEL, 2017).

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5.8 BIM

O BIM está cada vez mais presente no setor da construção civil e a sua utilização torna possível identificar e antecipar possíveis interferências no empreendimento ainda na fase de projeto (MARTINIANO, 2018). O modelo BIM utiliza um banco de dados que agrega as informações durante a elaboração de um projeto que pode ser realizado por equipes multidisciplinares simultaneamente sobre uma mesma referência tridimensional (RODRIGUES, 2017) de tal modo, que a integração das informações torna o processo de projetar mais rápido, sendo possível realizar análises de diferentes cenários para prevenir falhas de execução propiciando redução nos custos das obras (REIS, 2018).

O modelo BIM é parametrizado, cada componente do processo possui uma informação que encontra-se organizada e pode ser acessada para diversos fins e por diversos softwares disponíveis (HONGLING et al., 2016). A parametrização auxilia os projetistas, pois ao alterar um elemento ou conjunto de elementos, essas modificações repercutem-se em todo o projeto facilitando na correção de erros que conduzem a riscos (REIS, 2018).

Zhang et al. (2011) afirma que o BIM pode ser usado para trazer mais segurança no setor da construção, atuando como ferramenta sistemática de gerenciamento de risco no processo de desenvolvimento do projeto, enquanto que, também pode servir como um gerador de dados e plataforma para permitir que outras ferramentas com suporte ao BIM sejam usadas interativamente para análises adicionais de riscos (ZOU; KIVINIEMI; JONES, 2016).

5.8.1 Revit

O Revit é um software que tem suporte a plataforma BIM e possui recursos para projeto de arquitetura, engenharia e construção. Por intermédio dele, é possível criar modelos para planejar, projetar, construir e gerenciar edifícios e infraestruturas. Ele possui, também, suporte a um processo de projeto multidisciplinar, para trabalhos colaborativos, que garante uma melhor coordenação e agilidade no trabalho. Além disso, pode-se realizar a modelação

(26)

dos componentes de construção, fazer análises, simular sistemas e estruturar e inteirar os projetos (CLEBERREIS, 2018).

5.8.2 Navisworks

Navisworks é um software da empresa AutoDesk utilizado para revisão de projetos 3D. Com ele é possível realizar simulações em 4D e 5D para controle de cronograma e custos do projeto (AUTODESK, 2019). Nas simulações da construção é possível visualizar todas as etapas do projeto, e assim, reduzir as ocorrências de conflitos, erros e outros problemas no processo de implementação (FENG; LU, 2017).

5.8.3 BIM 360

O BIM 360 permite que o projeto seja acessado em tempo real no canteiro de obras por operários, encarregados e outros responsáveis pelo controle da execução do empreendimento, sendo possível a eles, verificar por meio de dispositivos móveis as fichas de segurança associadas a cada atividade ou função e orientá-los quanto aos equipamentos que devem ser utilizados e as devidas medidas de precaução para evitar acidentes (SOEIRO; MARTINS, 2016).

(27)

6 METODOLOGIA

O presente estudo será desenvolvido com métodos quantitativos e qualitativos. A análise qualitativa permitirá que sejam identificadas as principais fontes ou fatores de riscos e sua frequência de ocorrência, sendo categorizados por uma rotulação subjetiva de cada risco (ASSOCIATION FOR PROJECT MANAGEMENT, 2018). Nesse procedimento, serão empregadas as técnicas de identificação de riscos, quais sejam aplicação de questionários e listas de verificação em canteiros de obras. Enquanto que a análise quantitativa será empregada para realizar o levantamento da quantidade de riscos existentes em canteiros de obras e sua probabilidade de advir, através de revisão da literatura. A metodologia encontra-se dividida em quatro etapas. Na primeira etapa tem-se o desenvolvimento do projeto de uma residência de médio porte que será utilizada para demonstrar a viabilidade e validação da abordagem das regras automáticas de escolhas (HONGLING et al., 2016). Desse modelo, será desenvolvido uma estrutura analítica de projeto.

Posteriormente, na segunda etapa do estudo, serão realizadas visitas em 10 canteiros de obras, aplicação de questionários a profissionais e leitura bibliográfica no intuito de levantar os riscos existentes, para armazenamento em um banco de dados e posterior desenvolvimento de uma estrutura analítica de risco. Após, será realizado o processo de transferir os dados para uma estrutura digital de dados para que possa ser utilizado por softwares BIM.

Na terceira etapa, tem-se o processo de interligar o projeto em BIM 4D da primeira etapa com a estrutura analítica de riscos desenvolvida na segunda etapa. Para que esse procedimento seja realizado, serão desenvolvidas regras de escolhas para vincular a EAR com o projeto BIM 4D e, posteriormente, na quarta e última etapa do estudo, será elaborado um protótipo de ferramenta para implementação do enlace proposto e sua validação.

A seguir, a figura 4 representa o modelo da metodologia proposta para o estudo:

(28)

Figura 4 - Esquematização da metodologia Fonte: Autoria própria (2019)

6.1 LOCALIZAÇÃO DO ESTUDO

Sinop é um município brasileiro localizado no norte do estado de Mato Grosso, comumente conhecida como a “capital do Nortão”. Situa-se às margens da BR 163, distante 500 km da capital do estado e na posição geográfica, 11º50’53” de latitude sul, 55º38’57” de longitude oeste e 384 metros de altitude, em planície (PREFEITURA MUNICIPAL DE SINOP, 2019). De acordo com o IBGE (2019), a população estimada do município em 2019 é de 142.996 habitantes.

ETAPA 01

• Elaboração de um projeto modelo em BIM 3D e uma EAP

• Vínculo do modelo BIM 3D com a EAP para propor um modelo de projeto em BIM 4D

ETAPA 02

• Coleta e análise detalhada dos riscos de canteiros de obras a partir de uma visão holística

• Desenvolvimento de uma EAR personalizada para classificar e gerenciar os riscos

• Elaboração de uma estrutura digital de dados para leitura da EAR

ETAPA 03

• Desenvolvimento de regras de escolhas para identificação de riscos e sinalização automática de locais e atividades inseguras

ETAPA 04

• Desenvolvimento de protótipo de ferramenta para implementação do enlace proposto e sua validação

(29)

Figura 5 - Mapa de localização da cidade de Sinop-MT Fonte: (BOLDRIN; CUTRIM, 2014)

6.2 VÍNCULO DO BIM 3D E EAP

Na primeira etapa desse estudo, com o auxílio do software Revit será modelada uma residência de médio porte, desde a fase de fundação até a fase de acabamento, contemplando todos os projetos essenciais em BIM 3D. É importante que nessa etapa a modelagem seja realizada de forma precisa para estabelecer um sistema eficaz de conhecimento em BIM, e assim, permitir o fornecimento de resultados funcionais e gerenciáveis (UGLIOTTI, 2017). Para a modelagem em BIM é aplicado como padrão básico o IFC (HONGLING et al., 2016).

(30)

Hongling et al. (2016) sugere que para cada elemento da construção seja configurado uma identidade – ID, e para garantir a exclusividade do ID ele deve ser dividido em duas partes: ID do nome e ID dos dados. No ID do nome serão inseridas informações da etapa construtiva e sua atividade principal de execução. Enquanto que o ID dos dados, irá conter as atividades secundárias, os possíveis riscos de acidentes, assunto do acidente e outras informações pertinentes. Elementos comuns, como portas, podem ter um mesmo ID de nome. Posteriormente, será desenvolvida uma estrutura analítica de projeto para o modelo da residência com decomposição em partes físicas e estruturado em quatro níveis conforme a figura 6. Logo após, com a utilização do software Navisworks será realizado o vínculo do modelo em BIM 3D mais a EAP, gerando uma estrutura de projeto em plataforma BIM 4D, que irá conter os elementos de canteiro de obras separados por etapas construtivas e cronograma (HAMMAD et al., 2012), conforme a figura 7.

Figura 6 - Níveis da EAP Fonte: Autoria própria (2019)

Figura 7 - Vinculação do BIM 3D com EAP Fonte: Autoria própria (2019) NÍVEL 1 RESIDÊNCIA DE MÉDIO PORTE NÍVEL 2 ETAPAS CONSTRUTIVAS NÍVEL 3 ATIVIDADES PRINCIPAIS NÍVEL 4 ATIVIDADES SECUNDÁRIAS

(31)

6.3 BANCO DE DADOS DE RISCOS

Na segunda etapa desse estudo será realizado a identificação e coleta dos riscos internos em canteiros de obras da construção civil, que se referem àqueles que são mais controláveis pela equipe por se encontrarem dentro do projeto.

6.3.1 Coleta de dados de riscos

O processo para desenvolver um banco de dados de riscos começará com uma intensiva revisão de publicações acadêmicas, normas e diretrizes sobre gestão de risco.

Posteriormente, será realizada investigação em 10 canteiros de obras de Sinop-MT e distribuição de questionários, conforme Apêndice A, para profissionais no intuito de coletar o maior número possível de fontes de riscos.

Para levantamento dos dados de riscos foi elaborada uma lista de possíveis riscos que possam existir em canteiro de obras, seguindo a Classification of diseases – ICD (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2018), que se encontra no Anexo A. O ICD entra em vigor em 2022, ele identifica os riscos por códigos, que serão os mesmos utilizados para aplicação das regras de escolhas nesse estudo.

6.3.2 Filtragem de dados e seleção de riscos

Após coletados os riscos existentes em canteiro de obras, será feito o processo de procurar informações valiosas sobre os riscos, adotando uma abordagem manual de mineração de texto. Especificamente, será realizada uma análise manual através de leitura cuidadosa de cada documento, com interpretação e compreensão do texto em seu contexto relevante para identificar e registrar as informações dos riscos.

Posteriormente, se realizará um filtro no intuito de eliminar riscos repetidos, representado pela figura 8, e, em seguida, a organização dos riscos em setores, obtendo assim, um banco de dados conciso.

(32)

Figura 8 - Filtragem dos riscos Fonte: Autoria própria (2019)

6.3.3 Desenvolvimento de uma estrutura analítica de riscos

O desenvolvimento da EAR seguirá os mesmos níveis e decomposições da EAP, para que cada elemento possa estar interligado entre etapa construtiva e possibilidade de riscos. Para que sejam feitas a leitura e a identificação automática dos riscos, será elaborada uma estrutura digital de dados para combinar os componentes ou atividades do BIM com códigos dos riscos para assegurar uma linguagem legível pela máquina (HONGLING et al., 2016).

6.4 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

Devido ao fato de não haver uma norma regulamentadora para placas de sinalização de segurança e a grande variedade encontrada em canteiro de obras, será desenvolvido um padrão de placas para esse estudo, conforme exemplos da figura 9, utilizando o padrão de cores determinado pela NBR 7195.

BANCO DE DADOS DE RISCO

VISITAS EM CANTEIROS DE OBRAS APLICAÇÃO DE QUESTIONÁRIOS LEITURA BIBLIOGRÁFICA

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Figura 9 - Placas de sinalização de segurança Fonte: (EMPLACA, 2019)

Posteriormente, será desenvolvida uma família contendo os modelos de placas de sinalização para inserção no software Revit e cada placa receberá um código de identificação.

6.5 REGRAS AUTOMÁTICAS DE ESCOLHAS

Na terceira etapa do estudo, serão desenvolvidas regras automáticas de escolhas no software Dynamo. Para cada risco identificado na EAR, será criada uma rotina que indicará uma placa de sinalização para ser aplicada no projeto.

As rotinas serão responsáveis por realizar a leitura do ID de cada elemento e identificar a etapa construtiva e os códigos de riscos presentes no elemento. Após, a rotina irá através do banco de dados de riscos identificar o ID de uma placa de sinalização e realizar a sua indicação para o local do risco.

6.6 DESENVOLVIMENTO DO PROTÓTIPO E SUA VALIDAÇÃO

Na quarta etapa do estudo, será realizado o desenvolvimento de um protótipo para fazer o mapeamento do projeto em BIM 4D e identificar possíveis riscos existentes no canteiro de obras, categorizados por etapas construtivas.

(34)

Após identificados os riscos, serão ativadas as regras automáticas de escolhas com auxílio do software Dynamo, e, dessa forma, será aplicada uma placa de sinalização para cada situação.

Ao final, o protótipo desenvolvido irá gerar um projeto de sinalização de segurança para cada etapa da construção, para ser executado no canteiro de obras. Poderá ser acessado pelos colaboradores através do BIM 360 em tempo real para visualizar mais informações dos riscos que motivou a inserção de cada sinalização e assim, contribuindo para uma gestão de risco eficaz.

A sequência de funções realizadas pelo protótipo para validação do enlace proposto é apresentada na figura 10 a seguir.

Figura 10 - Etapas do projeto de sinalização Fonte: Autoria própria (2019)

PROJETO DE SINALIZAÇÃO PARA CADA ETAPA CONSTRUTIVA ESCOLHA DE PLACA DE SINALIZAÇÃO PARA CADA RISCO OU

CONJUNTO DE RISCOS

APLICAÇÃO DE REGRAS AUTOMÁTICAS DE ESCOLHAS IDENTIFICAR OS RISCOS DE CADA ETAPA CONSTRUTIVA

(35)

7 CRONOGRAMA

ATIVIDADES

2019 2020

DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV Encontros com o orientador Desenvolvimento do modelo base em BIM 3D Visitas em canteiros de obras Aplicação de questionários Desenvolvimento do banco de dados de riscos Elaboração da EAP Elaboração da EAR Vinculação da EAP com BIM 3D

Vinculação da EAR com BIM 4D Desenvolvimento das regras de escolhas Desenvolvimento do protótipo Revisão bibliográfica complementar Redação do artigo científico Revisão e entrega oficial do trabalho Apresentação do trabalho em banca

(36)

8 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

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(40)

9 ANEXOS

Anexo A – Lista de possíveis riscos em canteiros de obras.

RISCOS CÓD.

1.0.0 Lesões, envenenamentos e algumas outras consequências de causas externas

1.1.0 Lesões na cabeça

1.1.1 Traumatismo superficial da cabeça NA00

1.1.2 Ferimento aberto da cabeça NA01

1.1.3 Fratura do crânio ou ossos da face NA02

1.1.4 Luxação ou distenção ou entorse de articulações ou ligamentos da

cabeça NA03

1.1.5 Traumatismo dos nervos cranianos NA04

1.1.6 Traumatismo dos vasos sanguíneos da cabeça NA05

1.1.7 Traumatismo do olho ou órbita NA06

1.1.8 Lesão intracraniana NA07

1.1.9 Lesão por esmagamento da cabeça NA08

1.1.10 Amputação traumática de parte da cabeça NA09

1.1.11 Certas lesões especificadas na cabeça NA0A

1.1.12 Traumatismo de aurícula NA0B

1.1.13 Lesão do ouvido médio ou interno NA0C

1.2.0 Lesões no pescoço

1.2.1 Traumatismo superficial do pescoço NA20

1.2.2 Ferida aberta do pescoço NA21

1.2.3 Fratura do pescoço NA22

1.2.4 Luxação ou distensão ou entorse de articulações ou ligamentos ao

nível do pescoço NA23

1.2.5 Lesão de nervos ou medula espinhal ao nível do pescoço

1.2.6 Traumatismo dos vasos sanguíneos ao nível do pescoço NA60 1.2.7 Traumatismo de músculo, fáscia ou tendão ao nível do pescoço NA61

1.2.8 Lesão por esmagamento do pescoço NA62

1.2.9 Amputação traumática ao nível do pescoço NA63

1.2.10 Traumatismos múltiplos do pescoço NA64

1.3.0 Lesões no tórax

1.3.1 Traumatismo superficial do tórax NA80

1.3.2 Ferida aberta do tórax NA81

1.3.3 Fratura de costela, esterno ou coluna torácica NA82

1.3.4 Luxação ou distensão ou entorse de articulações ou ligamentos do

tórax NA83

1.3.5 Lesão de nervos ou medula espinhal ao nível do tórax

1.3.6 Lesão dos vasos sanguíneos do tórax NB30

1.3.7 Traumatismo do coração NB31

1.3.8 Traumatismo de outros órgãos intratorácicos ou não especificados NB32 1.3.9 Lesão por esmagamento do tórax ou amputação traumática de parte

(41)

1.3.10 Traumatismo de músculo, fáscia ou tendão ao nível do tórax NB34

1.3.11 Traumatismos múltiplos do tórax NB35

1.4.0 Lesões no abdômen, região lombar, coluna lombar ou pelve

1.4.1 Lesão superficial do abdome, região lombar ou pelve NB50

1.4.2 Ferida aberta do abdome, região lombar ou pelve NB51

1.4.3 Fratura da coluna lombar ou pélvis NB52

1.4.4 Luxação ou distensão ou entorse de articulações ou ligamentos da

coluna lombar ou da pelve NB53

1.4.5 Lesão dos nervos ou medula espinhal lombar no abdômen, região lombar ou nível da pelve

1.4.6 Lesão dos vasos sanguíneos no abdome, região lombar ou pélvis NB90

1.4.7 Lesão de órgãos intra-abdominais NB91

1.4.8 Lesão de órgãos urinários ou pélvicos NB92

1.4.9 Lesão por esmagamento ou amputação traumática de parte do

abdome, região lombar ou pelve NB93

1.4.10 Traumatismo de músculo, fáscia ou tendão do abdome, região lombar

ou pelve NB94

1.4.11 Traumatismo de órgão intra-abdominal com órgão pélvico NB95 1.4.12 Outras lesões múltiplas do abdome, região lombar ou pelve NB96 1.4.13 Certas lesões especificadas do abdome, região lombar ou pélvis NB97 1.4.14 Lesão no órgão genital feminino sem especificação adicional NB98 1.4.15 Lesão de órgão genital masculino sem especificação adicional NB99 1.5.0 Lesões no ombro ou na parte superior do braço

1.5.1 Lesão superficial do ombro ou do braço NC10

1.5.2 Ferida aberta do ombro ou do braço NC11

1.5.3 Fratura do ombro ou do braço NC12

1.5.4 Luxação ou distensão ou entorse de articulações ou ligamentos da

cintura escapular NC13

1.5.5 Traumatismo dos nervos ao nível do ombro ou do braço NC14 1.5.6 Traumatismo dos vasos sanguíneos ao nível do ombro ou do braço NC15 1.5.7 Traumatismo de músculo, fáscia, tendão ou bursa no nível do ombro

ou do braço NC16

1.5.8 Lesão por esmagamento do ombro ou do braço NC17

1.5.9 Amputação traumática do ombro ou do braço NC18

1.5.10 Traumatismos múltiplos do ombro ou do braço NC19

1.6.0 Lesões no cotovelo ou antebraço

1.6.1 Traumatismo superficial do antebraço NC30

1.6.2 Ferida aberta do antebraço NC31

1.6.3 Fratura do antebraço NC32

1.6.4 Luxação ou distensão ou entorse de articulações ou ligamentos do

cotovelo NC33

1.6.5 Traumatismo dos nervos ao nível do antebraço NC34

1.6.6 Traumatismo dos vasos sanguíneos ao nível do antebraço NC35 1.6.7 Traumatismo de músculo, fáscia, tendão ou bursa no nível do

antebraço NC36

(42)

1.6.9 Amputação traumática do antebraço NC38

1.6.10 Traumatismos múltiplos do antebraço NC39

1.7.0 Lesões no punho ou mão

1.7.1 Lesão na unha NC50

1.7.2 Lesão superficial do punho ou mão NC51

1.7.3 Ferida aberta do punho ou mão NC52

1.7.4 Fratura ao nível do punho ou da mão NC53

1.7.5 Luxação ou distensão ou entorse de articulações ou ligamentos ao

nível do punho ou da mão NC54

1.7.6 Traumatismo dos nervos ao nível do punho ou da mão NC55

1.7.7 Traumatismo dos vasos sanguíneos ao nível do punho ou da mão NC56 1.7.8 Traumatismo de músculo, fáscia ou tendão ao nível do punho ou da

mão NC57

1.7.9 Traumatismo por punho ou mão NC58

1.7.10 Amputação traumática de punho ou mão NC59

1.7.11 Múltiplas lesões no punho ou na mão NC5A

1.8.0 Lesões no quadril ou na coxa

1.8.1 Lesão superficial do quadril ou da coxa NC70

1.8.2 Ferida aberta do quadril ou coxa NC71

1.8.3 Fratura do fêmur NC72

1.8.4 Luxação ou distensão ou entorse de articulação ou ligamentos do

quadril NC73

1.8.5 Traumatismo dos nervos ao nível da anca ou da coxa NC74

1.8.6 Traumatismo dos vasos sanguíneos ao nível da anca ou da coxa NC75 1.8.7 Traumatismo de músculo, fáscia, tendão ou bursa no nível do quadril

ou da coxa NC76

1.8.8 Lesão por esmagamento do quadril ou coxa NC77

1.8.9 Amputação traumática de quadril ou coxa NC78

1.8.10 Traumatismos múltiplos do quadril ou coxa NC79

1.9.0 Lesões no joelho ou na perna

1.9.1 Lesão superficial do joelho ou da perna NC90

1.9.2 Ferida aberta do joelho ou da perna NC91

1.9.3 Fratura da perna, incluindo tornozelo NC92

1.9.4 Luxação ou distensão ou entorse de articulações ou ligamentos do

joelho NC93

1.9.5 Traumatismo dos nervos ao nível da perna NC94

1.9.6 Traumatismo dos vasos sanguíneos no nível da perna NC95

1.9.7 Lesão muscular, fáscia, tendão ou bursa no nível da perna NC96

1.9.8 Lesão por esmagamento da perna NC97

1.9.9 Amputação traumática da perna NC98

1.9.10 Traumatismos múltiplos da perna NC99

1.10.0 Lesões no tornozelo ou pé

1.10.1 Lesão na unha ND10

1.10.2 Lesão superficial do tornozelo ou pé ND11

1.10.3 Ferida aberta do tornozelo ou pé ND12

(43)

1.10.5 Luxação ou distensão ou entorse de articulações ou ligamentos ao

nível do tornozelo ou do pé ND14

1.10.6 Traumatismo dos nervos ao nível do tornozelo ou do pé ND15 1.10.7 Traumatismo dos vasos sanguíneos ao nível do tornozelo ou pé ND16 1.10.8 Traumatismo de músculo, fáscia ou tendão ao nível do tornozelo ou do

pé ND17

1.10.9 Lesão por esmagamento do tornozelo ou pé ND18

1.10.10 Amputação traumática de tornozelo ou pé ND19

1.10.11 Múltiplas lesões no tornozelo ou no pé ND1A

1.11.0 Lesões envolvendo várias regiões do corpo

1.11.1 Lesões superficiais envolvendo múltiplas regiões do corpo ND30 1.11.2 Feridas abertas envolvendo várias regiões do corpo ND31

1.11.3 Fraturas envolvendo várias regiões do corpo ND32

1.11.4 Luxações , distensões ou entorses envolvendo múltiplas regiões do

corpo ND33

1.11.5 Lesões por esmagamento envolvendo várias regiões do corpo ND34 1.11.6 Amputações traumáticas envolvendo várias regiões do corpo ND35 1.11.7 Outras lesões envolvendo várias regiões do corpo, não classificadas

em outra parte ND36

1.11.8 Lesões múltiplas não especificadas ND37

1.12.0 Lesões em parte não especificada do tronco, membro ou região do corpo

1.12.1 Fratura da coluna vertebral, nível não especificado ND50 1.12.2 Outras lesões da coluna ou tronco, nível não especificado ND51

1.12.3 Fratura do braço, nível não especificado ND52

1.12.4 Outros traumatismos do braço, nível não especificado ND53

1.12.5 Fratura da perna, nível não especificado ND54

1.12.6 Outros traumatismos da perna, nível não especificado ND55

1.12.7 Traumatismo de região corporal não especificada ND56

1.12.8 Efeito secundário do trauma ND57

1.13.0 Efeitos da entrada de corpos estranhos através de orifício natural

1.13.1 Corpo estranho no olho externo ND70

1.13.2 Corpo estranho no ouvido ND71

1.13.3 Corpo estranho no trato respiratório ND72

1.13.4 Corpo estranho no trato alimentar ND73

1.13.5 Corpo estranho no trato geniturinário ND74

1.14.0 Queimaduras

1.14.1 Queimadura de cabeça ou pescoço, exceto face ND90

1.14.2 Queimadura do rosto exceto os olhos ou anexos oculares ND91

1.14.3 Queima de tronco, exceto períneo ou genitália ND92

1.14.4 Queimadura de períneo ou genitália ND93

1.14.5 Queimadura de ombro ou braço, exceto punho ou mão ND94

1.14.6 Queimadura de punho ou mão ND95

1.14.7 Queimação de quadril ou perna, exceto tornozelo ou pé ND96

(44)

1.14.9 Queimadura química devido ao contato da pele com substância

corrosiva ND98

1.14.10 Lesão aguda da pele devido ao contato da pele com substância

corrosiva ND99

1.14.11 Queimadura ocular ou anexos oculares NE00

1.14.12 Queimadura do trato respiratório NE01

1.14.13 Queimadura de outros órgãos internos NE02

1.14.14 Queimaduras de várias regiões do corpo NE10

1.14.15 Queimadura de região corporal não especificada NE11

1.15.0 Frostbite (Congelamento)

1.15.1 Ulceração superficial NE40

1.15.2 Frostbite com necrose tecidual NE41

1.15.3 Frostbite envolvendo várias regiões do corpo NE42

2.0.0 Causas externas

2.1.0 Causas não intencionais

2.1.1 Evento não intencional de tráfego de transporte terrestre que fere um

pedestre PA00

2.1.2 Queda involuntária no mesmo nível ou abaixo de 1 metro PA60

2.1.3 Queda involuntária de 1 metro ou mais de altura PA61

2.1.4 Atingido, chutado ou batido acidentalmente por pessoa PA70

2.1.5 Acidentalmente pisou ou esmagou por pessoa PA72

2.1.6 Acidentalmente arranhado por pessoa PA76

2.1.7 Acidentalmente atingido por um objeto em movimento PA81

2.1.8 Golpe involuntário contra objeto estacionário PA82

2.1.9 Acidentalmente cortado ou perfurado por um objeto pontiagudo PA83

2.1.10 Acidentalmente atingido por um objeto sem corte PA84

2.1.11 Acidentalmente capturado, esmagado, preso ou preso entre objetos PA85 2.1.12 Afogamento ou submersão não intencional, enquanto no corpo de

água PA90

2.1.13 Afogamento ou submersão não intencional, após queda no corpo de

água PA91

2.1.14 Lesão não intencional que não seja afogamento após queda no corpo

de água PA92

2.1.15 Ameaça não intencional à respiração por asfixia do objeto que cobre a

boca ou o nariz PB00

2.1.16 Ameaça não intencional à respiração por enforcamento PB01 2.1.17 Ameaça não intencional à respiração por estrangulamento PB02 2.1.18 Ameaça não intencional à respiração por compressão externa das vias

aéreas ou tórax PB03

2.1.19 Ameaça não intencional à respiração por inalação ou ingestão de

conteúdo gástrico PB04

2.1.20 Ameaça não intencional à respiração por inalação ou ingestão de

líquidos PB05

2.1.21 Ameaça não intencional à respiração por inalação ou ingestão de

alimentos PB06

2.1.22 Ameaça não intencional à respiração por inalação ou ingestão de

Referências

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