• Nenhum resultado encontrado

Projeto experimental: revista antigomobilismo na cultura volkswagen fusqueria magazine

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Projeto experimental: revista antigomobilismo na cultura volkswagen fusqueria magazine"

Copied!
22
0
0

Texto

(1)

1

PROJETO EXPERIMENTAL - REVISTA

ANTIGOMOBILISMO NA CULTURA VOLKSWAGEN FUSQUERIA MAGAZINE1

Thomas Gustavo Windmoller2 Nilse Maria Maldaner3

Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

Resumo

Projeto experimental realizado durante o segundo semestre de 2016. Projeto este que tem como proposta a construção, diagramação e criação de uma revista, visando e destacando em sua essência, a fotografia. Fotos realizadas em eventos/encontros de carros antigos, visando a cultura Volkswagen e fotos efetuadas em ensaios particulares de determinados carros da marca Volkswagen. E assim, elaborar conteúdos históricos e reportagens de qualidade referente aos eventos nos quais a revista se fez presente, com a produção de fotos, visando destacar a qualidade que cada carro possui e os seus detalhes. O objetivo é que a revista seja um meio de divulgar histórias, dicas, informações e eventos, tornando-se assim, fonte de divulgação, mas também de informação e pesquisa.

PALAVRAS-CHAVE: fotografia; antigomobilismo; revista; layout; diagramação; cores; imagens.

Introdução

A ideia principal e central do projeto experimental consiste em desenvolver e criar uma revista para o setor automobilístico, caracterizando o antigomobilismo, direcionado a cultura Volkswagen, todos aqueles carros derivados do automóvel Fusca, ou seja, automóveis com o seu motor refrigerado a ar.

O projeto será composto por fotos. Fotos essas, que foram tiradas em encontros de antigomobilismo específicos na cultura Volkswagen e fotos que foram tiradas em eventos posteriores ao início deste trabalho, além dos ensaios fotográficos que foram feitas de automóveis específicos. Para a organização de todo o conteúdo previsto, foi necessário realizar o estudo do layout para a revista, estudar as cores, fontes e espaços que foram

1 Projeto Experimental desenvolvido como Trabalho de Conclusão do Curso de Comunicação Social – Publicidade e Propaganda. 2 Formando da Habilitação Publicidade e Propaganda do Curso de Comunicação Social – UNIJUÍ– segundo semestre de 2016. E-mail:

thomastgw@gmail.com

(2)

2

preenchidos. Resumindo, foi criada a identidade visual da revista como um todo, formando um padrão e uma harmonização.

Para mesclar o atual trabalho com uma grande paixão e, considerando a possibilidade de uma segunda profissão, a fotografia, foi possível uni-las num meio de comunicação, que poderá ser útil e ter algum significado, não só para o criador e idealizador, mas também para aqueles que poderão vir a adquirir um exemplar ou aqueles que tem o seu carro exposto na publicação. Neste sentido, a revista, em estilo álbum de fotografia, muito visual, contento muitas fotos e muita cor, diferenciando dos materiais que hoje são encontrados, foi a forma de materializar tudo isso.

1- O que significa revista?

A revista conceitua-se em uma publicação impressa que é editada periodicamente, podendo ser, mensalmente, semanalmente, semestral, variando de acordo com os objetivos traçados por cada revista e os temas abordados e definidos por cada editora. As revistas fazem parte dos meios gráficos embora também possam ter a sua versão digital ou terem sido criadas diretamente para o público online/internet. Tal como acontece com os jornais, grande parte das revistas, visam lucro através da venda dos exemplares considerando o valor monetário que o leitor investe no momento da respectiva compra ou assinatura e a publicidade e as reportagens patrocinadas por determinada empresa.

A revista é caracterizada por ser um item gráfico ou online informativo mais completo que um jornal e menos descritivo que um livro, por possuir textos mais aprofundados que os dos jornais, porém sem deixar de lados as características literárias. Além disso, ela se diferencia no quesito durabilidade, devido ao seu melhor acabamento em impressão e qualidade de papel.

Por outro lado, a revista tem um aspecto mais dinâmico e artístico, podendo ter um gênero teatral, ligado à música, dança ou fotografia. No caso da Fusqueria, esta foi delimitada considerando os interesses de um público alvo, já definido, ou seja, aquele que tem interesse em conhecer e se inteirar do mudo antigomobilista. Sendo assim, cada revista com seu objetivo particular, diferencia-se no tipo de linguagem que utiliza e no formato de seus textos, para no final atingir da forma mais adequada o seu público alvo. Mas o maior diferencial da revista está em seu visual, uma mistura de cores, imagens/fotos e informações que chama

(3)

3

atenção dos leitores, fazendo com que se torne item de colecionadores ou, até mesmo, como é o caso em questão, a revista se torna um meio de preservar as histórias que nela estão relatadas.

A segmentação de cada conteúdo hoje em dia está ligada ao processo de globalização que acontece em nosso mundo pós-moderno. Cada público é único, possuindo várias identidades e personalidades que se manifestam de acordo com as condições e situações vividas por cada um. O acesso à informação está cada vez mais fácil, a delimitação e separação de determinado tema ou nichos de informações que contemplem um certo público facilita a vida da sociedade. Com base nisso, as publicações segmentadas acabam exercendo um papel de seleção daquilo que pode interessar, poupando o tempo do consumidor de fatos adversos aos seus gostos e costumes. Conforme Mira (2001, p. 214):

A segmentação é uma estratégia através da qual procura-se atingir novos nichos de mercado. Porém, revela com clareza que as variáveis que recortam os nichos são sociais como, por exemplo, o gênero, a geração ou a questão étnica. Para tornarem-se segmentos de mercado, evidentemente, eles devem ter potencial de consumo. Mira (2001, p. 214)

As revistas surgiram no Brasil no século XVIII. Segundo Scalzo (2003a), a primeira delas surgiu em 1812, na Bahia, com o nome de As Variedades. Em 1817, no Rio de Janeiro, O Propagador das Ciências é tida como a primeira revista segmentada, separando e delimitando o seu público.

No caso da revista em pauta, Fusqueria, ela se tornou uma fonte rica de imagens, servindo de lembrança e recordação. Seu objetivo é manter viva a memória e a história que esses carros fizeram e fazem até hoje, uma vez que a fotografia é rica nesse quesito, pois guarda vivas as lembranças e situações que são vivenciadas pelas pessoas.

Pensando em toda essa ideia de segmentação e separação de conteúdo, na Fusqueria a ideia foi certeira, dividindo os temas em dois. Reportagens sobre eventos/encontros de Fuscas e derivados, trazendo várias fotos, mostrando os carros em destaque, os melhores projetos, os grupos de carros que ali se fazem presentes, os detalhes que compõe cada carro e, além do mais, uma fotografia diferenciada, ângulos fora do padrão, cores que chamem a atenção, mostrando o quão colorido foi essa época no automobilismo e, para completar essa parte, um breve texto de cada evento, explicando como foi e um pouco do que aconteceu nos dias da realização de cada um. A segunda parte da revista é composta por fotos de ensaios particulares. Visando a mesma ideia no quesito fotografia, se diferencia e mostra um trabalho

(4)

4

de qualidade. Para fechar com cada ensaio, conta-se um pouco da história de cada proprietário com o seu veículo.

2- Comunicação Visual

Considerando a importância dos aspectos visuais no dia-a-dia dos seres humanos, a fotografia veio a ser essencial no processo de comunicação, tornando-se predominante na mensagem em função da grande falta de informação, verbalmente falando. A linguagem visual foi introduzida tão intensamente no universo social que sua complexidade não precisa ser mais insuperável, sendo de fácil acesso e de grande atingimento. Pelo contrário, ela não dispunha de métodos definidos, normas ou regras pré-estabelecidas para ser entendida. Afinal, como afirma Munari (1997)

Praticamente tudo o que os nossos olhos veem é comunicação visual; uma nuvem, uma flor, um desenho técnico, um sapato, um cartaz, uma libélula, um telegrama (excluindo o conteúdo), uma bandeira. Imagens que, como todas as outras, têm um valor diferente segundo o contexto em que estão inseridas, dando informações diferentes. (MUNARI, 1997, p.67)

Assim, percebe-se que a comunicação visual é realizada através da união dos elementos básicos, simples ou complexos, independentes, mas que juntos irão transmitir a mensagem desejada. Uma mudança em qualquer um desses elementos pode modificar todo o sentido da informação, o que justifica a necessidade de equilíbrio e ligação entre eles para que possa atingir da melhor e mais eficaz forma o seu público proposto.

A imagem continua dominando os meios de comunicação. A linguagem separa, nacionaliza; o visual, unifica. A linguagem é complexa e difícil; o visual tem a velocidade da luz, e pode expressar instantaneamente um grande número de ideias. Esses elementos básicos são os meios visuais essenciais. (DONDIS, 2007, p.82)

Um dos motivos pelo qual a revista se tornou fotográfica, foi a facilidade e rapidez da transmissão de conhecimento e informação, a exposição de ideias e a possibilidade de retratar cada situação vivenciada, através da foto.

Muitas técnicas e conceitos existem e surgem para fazer com que a comunicação visual aconteça com maior grau de expressão e compreensão para quem o emissor da

(5)

5

mensagem a emite. Na tentativa de enumerar e dar significado a algumas das várias existentes, de acordo com Dondis (2007), temos o equilíbrio e a instabilidade, a regularidade e a irregularidade, a unidade e a fragmentação, a minimização e o exagero, a previsibilidade e a espontaneidade, a sutileza e a ousadia, a transparência e a opacidade, a exatidão e a distorção, a planura e a profundidade. Essas técnicas chamam a atenção do público sobre a mensagem de acordo com seu aspecto seletivo de recepção.

Para se criar uma certa identidade e organização no layout da revista, foi necessário observar um padrão de espaço entre as fotos em cada página, visando equilíbrio, legibilidade e transparência, com o objetivo de não poluir as imagens e as informações que cada uma traz.

3- Fotografia e Memória

Para Boris Kossoy (2006. Edição 27), “Qualquer que seja o tema representado numa fotografia é a lembrança que ela traz de uma época desaparecida o aspecto simbólico sempre recorrente.”

No trecho em pauta, defende-se que a fotografia, dentre outras fontes de informação histórica não convencionais e com forma de linguagem diferenciada, é uma das que têm atraído cada vez mais o interesse dos pesquisadores, pois é um eficaz instrumento de descoberta e análise dos cenários e realidades naturais sobre fatos e situações do passado. No âmbito do trabalho histórico, a imagem não pode ser totalmente trocada e comparada com as palavras, pois o início e a história dos documentos fotográficos requerem, para sua devida compreensão, uma ampla gama de informações através de diferentes áreas do conhecimento.

Quaisquer que sejam os conteúdos das imagens devemos considerá-las sempre como fontes históricas de abrangência multidisciplinar, decisivas para seu emprego nas diferentes vertentes de investigação histórica. (KOSSOY, Boris, 2006, Edição 27)

As imagens fotográficas e tais registros são apenas o ponto de partida, a pista e os indícios para tentarmos desvendar e entender o passado com mais veracidade e segurança. Elas nos mostram um fragmento em determinado espaço de tempo selecionando a aparência das coisas, das pessoas, dos fatos, tal como foram esteticamente congelados num dado momento de sua existência e no decorrer da história.

(6)

6

A fotografia tem um grande potencial informativo e este pode ser alcançado na medida em que esses fragmentos da história forem encaixados na histórica e no descobrimento das áreas sociais, políticas e culturais. Caso contrário essas imagens permanecerão estagnadas no tempo, sendo apenas mais uma memória.

Assim como as demais fontes de informação históricas, as fotografias não podem ser aceitas imediatamente como se vê. A imagem de qualquer objeto ou situação documentada pode ser dramatizada ou estetizada, de acordo com a intenção pretendida pelo fotógrafo no momento em que a foto foi retratada. Diante disso, devemos observar e ter olhos críticos em relação ao que nos é apresentado, e não apenas aceitar as informações divulgadas.

A decifração das imagens vai além das aparências. Sua realidade interior deve ser desvendada segundo metodologias adequadas de análise e interpretação, caso contrário permaneceremos na superfície das imagens, iconografias ilustrativas sem densidade histórica. (KOSSOY, 2006, Edição 27)

Nesse sentido a revista Fusqueria foi montada e idealizada, para através da fotografia, desde o mínimo detalhe até a foto mais abrangente, contar histórias, mostrar detalhes, explicar a paixão que o proprietário tem com o seu veículo. Essa é a essência, fazer história.

A ideia de cada foto é mostrar a imagem o mais próximo possível do real, não distorcendo o que foi retratado no momento da captura, além de realçar as cores, deixando os tons mais vivos e as matizes de cores o mais fiel possível, tornando a foto suave para quem a admira. Todo processo de edição ocorre no software Lightroom, por ser de fácil acesso e bom manuseio, e, é claro, por ser o melhor programa de edição fotográfica no mercado atual.

Pode se destacar que a maior parte das fotos foi tirada no formato RAW, permitindo o processo/edição da imagem, possibilitando vários ajustes manuais no arquivo, ao contrário do JPEG, feito na câmera, que depende inteiramente de ajustes automáticos, um banco de dados enorme, contendo toda a informação captada pelos milhões de pixels do sensor da câmera, sem nenhuma alteração. A partir deste recurso, pode-se aplicar todo o tratamento necessário sem perder nenhum detalhe da foto. Com isso, o controle sobre as imagens, traz um resultado muito maior sobre o final da fotografia, garantindo o melhor resultado possível para cada captura, sendo fiel a realidade fotografada no momento.

(7)

7

Alguns exemplos, do antes e do depois das fotos. Antes:

Figura 1: Exemplo de foto sem tratamento.

Depois:

(8)

8

Antes:

Figura 3: Exemplo de foto sem tratamento.

Depois:

(9)

9

Antes:

Figura 5: Exemplo de foto sem tratamento.

Depois:

(10)

10

4- Composição do layout

Os padrões dos processos e canais comunicacionais mudaram bastante no decorrer das décadas. Essas mudanças forçaram e, de certa forma, obrigaram os designers gráficos e publicitários a se especializarem no assunto, focando no planejamento e na solução dos problemas que vieram a existir na transmissão de mensagens visuais e nos diversos e novos canais de comunicação. Ele precisa não só entender de cada elemento utilizado na produção da página impressa, como também da estruturação e relação entre eles.

Além disso, o trabalho do designer, criador gráfico ou ainda diretor de arte exige grande criatividade, e para criar, ele parte de um determinado conceito, que o influenciará a respeito das condições, da imagem, das palavras, da pesquisa e de todo o layout como arte-final e da tipologia a ser usada, correspondendo ao estilo de layout e diagramação. Sobre conceito, Hurlburt declara:

Sugere a análise e a compreensão do produto e do problema, a relação do produto com os objetivos de venda e de mercado, o desenvolvimento de um título e a combinação de palavras e imagens, persuasivas e confiáveis. Mas conceito, como termo da propaganda, tem para o designer um outro e mais importante significado. Ele sugere a colaboração do redator e do designer para solucionar um problema, mediante esforços conjugados. (HURLBURT, 1980, p.96)

Além de todas essas situações a serem observadas e analisadas na criação de um layout existem outras preocupações referentes ao seu projeto de diagramação. O contexto em que ele será divulgado e veiculado e a sua continuidade devem ser levados em consideração, visto que se for um trabalho individual, ou dentro de um conjunto de peças publicitárias, necessita estar em harmonia com os outros projetos e continuidade da campanha, mantendo o mesmo padrão.

A composição de determinadas peças criadas na atualidade é um fator bastante interessante, que desperta atenção de muitos olhares, que se perguntam como essas composições são realmente elaboradas. Existem basicamente três itens presentes nos diversos anúncios digitais ou impressos: imagens, tipografias/textos e ilustrações. Diante disso, nos indagamos sobre o que é composição em artes gráficas?

É difícil obter para essa pergunta uma resposta que não seja tendenciosa. Afinal, estamos falando de códigos universais tão significativos que têm o

(11)

11 poder de mudar o rumo de povos - como certas tábuas de leis, conjuntos de letras que foram capazes de orientar o mundo em que vivemos. Para os profissionais de editoração e da indústria gráfica, no entanto composição é a reunião de imagens, letras e ornamentos de modo a compor o universo do grafismo de um impresso. Como está geralmente ligado à palavra e a comunicação, a composição tem como elemento à fundamental as letras e suas formas que evoluíram através dos tempos para se tornar uma das maiores conquistas da humanidade. (COLLARO, P.01 e 02, 2009)

Sobre o layout da Fusqueria, a ideia principal era desenvolver algo clean e nada poluído, de fácil leitura e agradável aos olhos do público, diferenciando de trabalhos do mesmo segmento, mostrando um trabalho específico e único. Além disso, difundir a ideia de que teve um estudo por trás da diagramação e técnica utilizada. Os traços retos, sem muitos efeitos, foram utilizados para criar uma identidade e um padrão.

Exemplo de padrões:

Figura 7: Exemplo do padrão utilizado na diagramação das fotos.

(12)

12 Figura 9: Exemplo do padrão utilizado na diagramação das fotos.

Figura 10: Exemplo do padrão utilizado na diagramação das fotos na prática.

O uso do padrão de tamanho surgiu da ideia de tornar o layout de fácil entendimento. Diante disso, para comportar todas as fotos que precisariam ser inseridas na revista, a ideia foi criar um ‘box’ de imagens, com o espaçamento de 5 milímetros. Assim, poderiam ser ‘box’ de uma imagem, duas imagens, três imagens e quatro imagens, sempre respeitando o limite de 5 milímetros.

5- As cores na comunicação

As cores sempre estiveram presentes nas ilustrações criadas pela humanidade desde o início da história do homem. Elas faziam parte, principalmente e primordialmente, das necessidades psicológicas e não tanto das estéticas. Um exemplo interessante encontramos na história dos egípcios que imprimiam na cor um profundo sentido psicológico, percebendo cada cor como um símbolo e uma representação na vida.

As cores têm a capacidade de liberar um leque de possibilidades criativas na imaginação do homem, agindo não apenas sobre quem admirará a imagem, mas também

(13)

13

sobre quem a produz. É tamanha a expressividade das cores que ela se torna um transmissor de ideias, tão poderoso que ultrapassa fronteiras espaciais e temporais, sendo assim não tendo barreiras, a sua mensagem pode ser compreendida até por analfabetos.

O significado das cores e as sensações cromáticas nada mais são do que as emoções que as cores despertam e transmitem. Essa interpretação e entendimento são de suma importância para as criações e composições gráficas, pois o uso das cores “corretas” diz muito. Definindo esse ponto, fica muito mais certeiro e tranquilo transmitir a mensagem para o público alvo, trazendo mais resultado para o trabalho gráfico ou fotográfico.

As cores em si já servem como uma sensação. Assim como a luz, as cores estão totalmente ligadas ao sentido da visão. A percepção das cores envolve fenômenos físicos, psicológicos e, claro, noções de estética e coerência de layout. Sendo assim, a cor sempre foi utilizada como meio de expressão artística. Pensando nas sensações que as diversas e várias cores nos transmitem, para cada uma delas temos reações diferentes. Assim podemos classificar e exemplificar.

Branco:

Associação material: neve, casamento, lírio, batismo, areia clara.

Associação afetiva: limpeza, paz, pureza, alma, divindade, ordem, infância.

Preto:

Associação material: enterro, morto, sujeira, coisas escondidas.

Associação afetiva: tristeza, desgraça, melancolia, angústia, dor, intriga, renúncia.

Cinza

Associação material: ratos, pó, neblina, máquinas.

Associação afetiva: velhice, sabedoria, passado, tristeza, aborrecimento.

Sensações cromáticas:

Vermelho

(14)

14

Associação afetiva: força, energia, paixão, vulgaridade, coragem, furor, violência, calor, ação, agressividade.

Laranja

Associação material: pôr do sol, festa, laranja, luz, outono, aurora, raios solares. Associação afetiva: tentação, prazer, alegria, energia, senso de humor, advertência.

Amarelo

Associação material: palha, luz, verão, calor de luz solar, flores grandes.

Associação afetiva: alerta, ciúme, orgulho, egoísmo, euforia, originalidade, iluminação, idealismo.

Verde

Associação material: frescor, primavera, bosques, águas claras, folhagem, mar, umidade.

Associação afetiva: bem-estar, saúde, paz, juventude, crença, coragem, firmeza, serenidade, natureza.

Azul

Associação material: frio, mar, céu, gelo, águas tranquilas, feminilidade.

Associação afetiva: verdade, afeto, paz, advertência, serenidade, espaço, infinito, fidelidade, sentimento profundo.

As cores transmitem sensações que transcendem muito o mero reconhecimento de tons e matizes. Cada cor pode remeter, para cada grupo de pessoas, a eventos e situações diferentes, carregando-se de significados. Conhecer esses significados pode facilitar muito a vida de quem se propõe a utilizar as cores como instrumento de comunicação. (Collaro, p. 26 e 27, 2009)

Através dessa pesquisa, da análise de cada cor, elemento e sensação que elas podem transmitir. Foi elaborado, e decidido as cores que compõe a marca. Assim como o estilo de cores que fazem parte da revista, e ainda como mais importante, a edição das fotos e cada matiz que preenche determinada foto.

(15)

15

Para exemplificar, segue imagem da marca criada para a revista, usando o laranja, uma cor classificada quente, para trazer emoções, sensação de felicidade, prazer, alegria e paixão. Basicamente o intuito da criação da revista. As cores utilizadas para complementar os elementos em cada página da revista tem o objetivo de criar uma harmonia e singularidade com as imagens/fotos registradas.

Figura 11: Exemplo da marca, visando a cor utilizada.

6- Tipologia

Trabalhar a tipologia significa muito mais do que simplesmente escolher letras em mostruários. Para essa tarefa é necessária uma profunda reflexão cultural, social e até ambiental, que influenciam na opção da escolha. Exemplificar essa observação não é difícil, bastando indagar se os caracteres utilizados em anúncio publicitário no verão teriam o mesmo efeito no inverno. Num país de fortes oscilações de temperatura, a influência pode ser fortemente sentida, da mesma forma que em países de dimensões continentais como o Brasil, onde as diferenças culturais são profundas e marcantes. (COLARRO, 2006, p.17)

Pensando nessa citação pode-se notar que a tipologia é de grande importância na criação de determinado layout, não podendo ser apenas algo a mais, porém deve ser algo muito bem pensado para poder casar e complementar da melhor forma o objetivo da peça gráfica. Resumindo e reforçando, a escolha da tipologia é fator de suma importância. Quanto ao aspecto visual do trabalho e um dos segredos para tornar o visual dos textos agradável, além da utilização coerente do espacejamento óptico.

(16)

16 Na estrutura e na forma das letras está o caminho para a harmonia e a legibilidade entre o texto e o produto a ser veiculado, pois os grupos que formam as letras não são muitos e as variações são dadas de acordo com a necessidade do cliente voltado para o seu público alvo. (COLARRO, 2006, p.20)

Considerando os objetivos da revista, a ideia foi padronizar. Neste sentido, todas as fontes usadas pertencem a apenas uma família, o Museo. Trata-se de uma fonte sans serif, ou seja, sem serifa, traços retos, sem muitos detalhes, para não poluir a escrita e facilitar a leitura. Como dito, em todas partes que possuem texto, a fonte usada foi a mesma, o que a diferencia é a espessura dos traços. Por exemplo, nos títulos sempre foi usado um formato mais espesso, já nos textos corridos, foram utilizados dois tipos de espessura, dependendo de como era o fundo, liso ou com fotos.

Conclusão

A realização do Trabalho de Conclusão do Curso, através da confecção de uma revista, definindo um tema voltado ao antigomobilismo proporcionou muitas experiências que contribuíram para ampliar o conhecimento tanto em relação ao meio de comunicação escolhido para realizar o trabalho, com em relação ao assunto abordado.

Cada página foi pensada e montada com muita atenção, sem perder o foco e o objetivo em questão. Diante disso, é possível afirmar que o sucesso do layout/diagramação é derivado da ousadia, de buscar um bom equilíbrio e da proporção da formatação do trabalho.

O trabalho da criação da revista possibilitou conhecer com mais propriedade todo o processo que é necessário seguir para que ela se torne um meio de comunicação viável, atraente e que atenda aos objetivos para os quais foi pensada e projetada.

O tema referido na revista oportunizou conhecer outros amantes do antigomobilismo e suas histórias, oferecendo-lhes a oportunidade de tornarem públicas as suas vivências. Este é o objetivo da revista, ou seja, registar, publicar e divulgar assuntos que atendam o interesse das pessoas que querem saber mais. Por outro lado, ela amplia, desperta e fomenta a curiosidade do público leitor, colocando-o a par de informações que podem fazer diferença no seu dia a dia.

Considerando que o tema da revista Fusqueria despertou o interesse de pessoas, após a apresentação do Trabalho de Conclusão do Curso, esta será disponibilizada online, permitindo

(17)

17

o acesso a todos que quiserem conhecer histórias e imagens que marcaram as pessoas que permitiram que estas fossem registradas na revista.

Depois das viagens realizadas, da participação nos eventos, das histórias ouvidas, das fotos registradas, enfim, da produção da revista, foi possível concluir que o que move tudo é a amizade, tudo gira em torno dela. Os carros são apenas um pretexto para reunir os amigos. Essa é a essência, a amizade acima de tudo.

Referências Bibliográficas

SANDLER, Paulo Cezar. Clássicos do Brasil - Fusca. São Paulo, Alaúde Editorial, 2011. STROUD, Jon. Um pequeno grande livro do Fusca. São Paulo, Escrituras, 2011.

SCHILPEROORD, Paul. A Verdadeira História do Fusca - Como Hitler Se Apropriou da Invenção de Um Gênio Judeu. São Paulo, Alaúde Editorial, 2010.

HURLBURT, Allen. Layout: o design da página impressa. São Paulo: Mosaico, 1980 DONDIS, A. Donis. Sintaxe da linguagem visual. 3ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007. COLLARO, Celso Antobio. Projeto Gráfico, Teoria e Prática da Diagramação. 1ª ed. São Paulo: Summus Editorial, 2000.

COLLARO, Antonio Celos. Produção gráfica: artes e técnica da mídia impressa. São Paulo: ed. Pearson Prentice Hall 2007.

MIRA, M. C. O leitor e a banca de revistas: a segmentação da cultura no século XIX. São Paulo: Olho d’Água/ FAPESP, 2001.

Chief of Design, Guia Sobre Grid. Disponível em < http://chiefofdesign.com.br/guia-sobre-grid/>. São Paulo: 2010. Acesso em 16 de junho de 2016.

(18)
(19)
(20)
(21)
(22)

Referências

Documentos relacionados

Segundo o mesmo autor, a animação sociocultural, na faixa etária dos adultos, apresenta linhas de intervenção que não se esgotam no tempo livre, devendo-se estender,

A partir de 05/01/2017, aos estudantes com direito ao Passe Livre deverão ser incluídos (CPF, RG, CEP, curso, tipo de bolsa, período e ano de conclusão do

Os interessados em adquirir quaisquer dos animais inscritos nos páreos de claiming deverão comparecer à sala da Diretoria Geral de Turfe, localizada no 4º andar da Arquibancada

Acreditamos que o estágio supervisionado na formação de professores é uma oportunidade de reflexão sobre a prática docente, pois os estudantes têm contato

No código abaixo, foi atribuída a string “power” à variável do tipo string my_probe, que será usada como sonda para busca na string atribuída à variável my_string.. O

5.2.1.  As  rubricas  de  despesa  de  transferências  correntes  ou  de  capital  e  de  subsídios  para  organismos  da  Administração  Central  devem 

O número de desalentados no 4° trimestre de 2020, pessoas que desistiram de procurar emprego por não acreditarem que vão encontrar uma vaga, alcançou 5,8 milhões

Desse modo, a narrativa ―fortaleceu extraordinariamente o sentimento de que existe uma história, de que essa história é um processo ininterrupto de mudanças e, por fim,