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Apuração do custo e análise dos resultados de uma produção leiteira

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Academic year: 2021

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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS,

ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

FRANCIELI REGINA PORAZZI

APURAÇÃO DO CUSTO E ANÁLISE DOS RESULTADOS DE UMA

PRODUÇÃO LEITEIRA

IJUÍ(RS)

2015

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FRANCIELI REGINA PORAZZI

APURAÇÃO DO CUSTO E ANÁLISE DOS RESULTADOS DE UMA

PRODUÇÃO LEITEIRA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no Curso de Ciências Contábeis da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUI, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Professora Orientadora: Msc. EUSELIA PAVEGLIO VIEIRA

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado o dom da vida e me guiado durante essa jornada.

Aos meus pais que batalharam diariamente para que esse sonho se tornasse realidade, me deram o apoio e o incentivo nessa conquista. Amo vocês!!!

A minha afiliada Julia que fez parte dos finais de semana em casa para estudar. A Dinda te ama!

A todos os familiares que estiveram presente nessa conquista.

Aos amigos que fiz durante a graduação, que fizeram essa jornada mais alegre, em especial os que se tornaram amigos especiais: Fernando e Adriana tornaram os componentes cursados juntos mais especiais. Obrigada por tudo.

Aos colegas de trabalho que me apoiaram durante os dias de angustia e preocupação. Obrigada a de coração.

Muito obrigada a todos, independentemente da participação, todos foram importante para que essa caminhada fosse menos árdua.

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RESUMO

A contabilidade de custos fornece informações para gestão dos empreendimentos, independente do ramo de atividade, neste caso é uma propriedade rural. Objetivo deste trabalho de conclusão de curso é realizar um estudo dos custos e dos resultados obtidos na produção leiteira em uma propriedade rural no município de Ijuí – RS, noroeste do estado do Rio Grande do Sul. A pesquisa elaborada se classifica como aplicada, qualitativa e descritiva utilizando-se de entrevista despadronizada e da observação para a coleta de dados. Os resultados demonstram que em dois meses a propriedade teve margem de contribuição negativa e cinco meses com resultado final negativo. Porem ao final do período de doze meses foi observado um resultado positivo. Com base no estudo conclui-se que quanto menor a margem de contribuição, maior o ponto de equilíbrio e consequentemente menor a margem de segurança operacional.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Estrutura da propriedade ... 11

Figura 2 - Divisão dos custos ... 15

Figura 3 - Fluxograma diário da propriedade ... 28

Figura 4 - Gráfico dos custos indiretos variáveis por litro de leite ... 40

Figura 5 - Gráfico dos custos método de custeio variável ... 41

Figura 6 - comparativo de método de custeio variável e custeio por absorção ... 43

Figura 7 - Gráfico da margem de contribuição total ... 46

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Custos da silagem de milho ... 30

Quadro 2 - Custo da silagem de aveia ... 31

Quadro 3 - Custo pastagem de verão ... 32

Quadro 4 - Custo pastagem de inverno ... 32

Quadro 5 - Custo ração vacas em lactação ... 34

Quadro 6 - Custo com pessoal ... 35

Quadro 7 - Custo direto variável ... 36

Quadro 8 - Custo com depreciação... 38

Quadro 9 - Custos indiretos variável ... 39

Quadro 10 - Método de custeio variável ... 41

Quadro 11 - Método de custeio absorção ... 42

Quadro 12 - Receita liquida mensal ... 44

Quadro 13 - Margem de contribuição... 45

Quadro 14 - Ponto de equilíbrio contábil ... 47

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SUMÁRIO RESUMO ... 3 LISTA DE FIGURAS ... 4 LISTA DE QUADROS ... 5 INTRODUÇÃO ... 8 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ... 10 1.1 TEMA ... 10 1.2 CARACTERIZAÇÃO DA PROPRIEDADE ... 10 1.3 PROBLEMA ... 11 1.4 OBJETIVOS ... 12 1.4.1 Objetivo geral ... 13 1.4.2 Objetivos específicos ... 13 1.5 JUSTIFICATIVA ... 13 2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 14 2.1 CONTABILIDADE DE CUSTOS ... 14

2.1.1 Classificação dos custos ... 15

2.1.2 Custos com depreciação ... 17

2.1.3 Custos com mão de obra ... 18

2.2 MÉTODOS DE CUSTEIO ... 19

2.2.1 Método de custeio por absorção ... 19

2.2.2 Método de custeio variável ou direto ... 20

2.3 ANALISE DO CUSTO, VOLUME E RESULTADO ... 20

2.3.1 Margem de contribuição unitária e total ... 20

2.3.2 Ponto de equilíbrio contábil e financeiro ... 21

2.3.3 Margem de segurança operacional ... 22

2.3.4 Demonstração do resultado ... 23

2.4 CUSTOS NA ATIVIDADE RURAL ... 23

3 METODOLOGIA DO ESTUDO ... 25

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ... 25

3.1.1 Quanto à natureza ... 25

3.1.2 Quanto à forma de abordagem do problema ... 25

3.1.3 Quanto aos objetivos ... 26

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3.2 COLETA DE DADOS ... 26

3.3.1 Instrumento de coleta de dados ... 27

3.3 ANALISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ... 27

4 ANALISE DOS RESULTADOS ... 28

4.1 DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE PRODUÇÃO ... 28

4.2.1 Custos da Silagem ... 30

4.2.2 Custos da pastagem de verão ... 31

4.2.3 Custo pastagem de inverno ... 32

4.2.4 Custo com ração ... 33

4.2.5 Custo com pessoal ... 34

4.2.6 Custo direto variável ... 36

4.3 CUSTOS INDIRETOS DE PRODUÇÃO ... 37

4.3.1 Custos indireto fixo ... 37

4.3.2 CUSTOS INDIRETO VARIÁVEIS ... 38

4.4 CUSTO TOTAL DE PRODUÇÃO ... 40

4.4.1 MÉTODO DE CUSTEIO VARIÁVEL ... 40

4.4.2 Método de custeio absorção ... 42

4.5 ANALISE DO CUSTO, VOLUME E RESULTADO ... 43

4.5.1 Analise do preço de venda ... 43

4.5.2 Margem de contribuição ... 45

4.5.3 Ponto de equilíbrio contábil ... 47

4.5.4 Margem de segurança operacional ... 47

4.6 ANALISES DOS RESULTADOS ... 49

CONCLUSÃO ... 51

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INTRODUÇÃO

O constante crescimento e a busca por melhores produtos com valores mais relevantes e lucrativos estão tornando a contabilidade de custos uma ferramenta essencial na sociedade. Sendo essa uma das maneiras de produzir informações principalmente para os usuários internos, ou seja, para fins gerencias e de tomada de decisão, mas também para os usuários externos na formação do custo dos produtos vendidos (LEONE, 2008).

A contabilidade de custos teve sua evolução histórica a partir da Revolução Industrial, pois até então a base era a contabilidade financeira que na era mercantilista estava preparada para atender as demandas analisando apenas o seu estoque em termos físicos, conforme (MARTINS, 2008).

Com base nessa constatação é de suma importância que cada atividade utilize a contabilidade de custos, sendo que tanto na pecuária leiteira ou outra atividade rural, é possível analisar os custos e os resultados obtendo informações sobre o que está ocorrendo, além dos resultados de cada atividade.

A propriedade em estudo não possui seus custos apurados, sendo uma forma para que o produtor possa analisar a sua renda e possíveis negociações no mercado, para gerenciar seus custos de produção e consequentemente aumentar sua rentabilidade.

O objetivo desse estudo consiste em evidenciar a estruturação de um sistema de custos na propriedade rural, buscando informações referente a composição dos custos, assim como a análise dos resultados da produção leiteira, a qual é a principal atividade da propriedade.

O presente estudo caracterizou a propriedade, descrevendo as atividades que envolve a produção leiteira, assim como o levantamento dos seus gastos, evidenciando o problema estudado, o objetivo almejado e a justificativa de estudo.

No referencial teórico, foram trabalhados os aspectos teóricos que possuem relação com a contabilidade de custos, especialmente na atividade rural, buscando conceitos e exemplificações de sistemas e métodos de custeio, assim como, a análise dos resultados, envolvendo a margem de contribuição, o ponto de equilíbrio e a margem de segurança operacional, esses conceitos e formulas fundamentais para o desenvolvimento do estudo de caso deste trabalho de conclusão de curso.

O terceiro passo é a definição da metodologia utilizada no estudo, onde trata-se com ênfase a classificação da pesquisa, sendo uma pesquisa aplicada, descritiva e qualitativa, a coleta de dados foi por meio observação e entrevista e á analise e a interpretação dos mesmo ocorreu por meio de pesquisa bibliográfica e elaboração de tabelas e gráficos no excel.

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Posteriormente no quarto capitulo o relatório apresenta o estudo de caso, que foi desenvolvido em uma propriedade rural, foi descrito a rotina diária, desenvolvendo apuração dos custos, apuração da margem de contribuição, ponto de equilíbrio, margem de segurança operacional, assim como apuração do custo total da produção e o resultado da produção apresentada.

Por fim, apresenta-se as conclusões do estudo seguido das referências pesquisadas na realização do mesmo.

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1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

Segundo Santos; Marion; Segatti (2002) a contabilidade de custos, como seu nome já identifica, cuida dos custos da empresa, analisando o custo real e a previsão ideal, verificando variações que podem reduzir o custo real, repassando analises e relatórios para tomada de decisão.

Este estudo apresenta a sua contextualização, abordando o tema, a caracterização da propriedade, o problema, os objetivos gerais e específicos seguidos da justificativa.

1.1 TEMA

A área contábil exerce a função de interpretar e emitir relatórios perante o patrimônio da entidade, mediante os registros efetuados, evidenciado os fatos nele ocorrido. Com esse propósito, a contabilidade de custos visa à utilização dos ilimitados recursos disponíveis para organização prosperar, focando nas técnicas de produção e conceitos operacionais. De acordo, Santos; Marion; Segatti (2002, p.34) “O Sistema de Custos é um conjunto de procedimentos administrativos que registra, de forma sistemática e continua a efetiva remuneração dos fatores de produção empregados nos serviços rurais”.

Nesse sentido o trabalho tem o objetivo baseado nos sistemas apresentados pelos autores, desenvolver um sistema de custos e analise dos resultados da atividade leiteira da propriedade a ser estudada.

1.2 CARACTERIZAÇÃO DA PROPRIEDADE

O estudo realizou-se em uma propriedade de médio porte localizada no interior do município de Ijuí, na localidade de Linha 11 Norte.

A propriedade possui uma área total de 84 hectares sendo 64 de seu próprio poder e 20 arrendados de terceiros, ambas destinadas para a produção leiteira, em que nestas áreas de terra são cultivadas a produção de milho para silagem e a plantação de pastagem.

A administração da propriedade em estudo é feita pela família, composta pelo casal que são os gestores, os quais iniciaram a atividade no mesmo ano que realizaram o seu matrimonio, no ano de 1983. Para os trabalhos diários a propriedade conta com mais três funcionários registrados, sendo um o próprio filho do casal, os quais fazem as atividades

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rotineiras com o manejo do rebanho e as demais atividades. Na figura 1 é apresenta sistematicamente na forma de um organograma a estrutura da propriedade em estudo.

Figura 1 - Estrutura da propriedade

Fonte: Elaborado conforme pesquisa (2015)

A propriedade possui um total de 179 animais distribuídos em 96 vacas em lactação, 18 vacas no pré-parto, 35 novilhas, 25 terneiras e 5 bois de corte para consumo próprio. A propriedade está em constante busca de melhoramento genético, pois utiliza o método de inseminação artificial adquirindo sêmen de empresa especializada nesta linha.

Ocorrem duas ordenhas na propriedade, sendo uma com início às 05:00 da manhã e outra com início às 16:00, em que cada uma leva em torno de 2 horas para serem finalizadas. A propriedade possui uma sala de ordenha de acordo com as normas vigentes, a qual é toda canalizada contendo 6 conjuntos de ordenha e mecanismo que transfere toda a produção para um tanque de resfriamento a granel de 2.550 litros. Após o leite estar resfriado a uma temperatura de 2º célsius o mesmo é recolhido e transportado para o laticínio da região que realiza o processo de industrialização do produto.

Os animais recebem alimento três vezes ao dia, sendo uma no período da manhã, outra ao meio dia e uma à tardinha, em que a dieta é baseada em silagem de aveia e milho juntamente com concentrado e ração. O consumo mensal médio de ração é 18 toneladas.

1.3 PROBLEMA

O planejamento é a parte essencial de uma gestão estratégica, sendo o qual pode prever um problema antes deste ocorrer. A contabilidade de custos com seus benefícios

GESTORES

ORDENHADOR AUXILIAR

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possibilita de forma eficaz a interligação da parte gerencial com as pessoas a serem administradas. Neste sentido, Martins descreve que:

Nesse seu novo campo, a Contabilidade de Custos tem duas funções relevantes: o auxílio ao Controle e a ajuda as tomadas de decisões. No que diz respeito ao Controle, sua mais importante missão é fornecer dado para o estabelecimento de padrões, orçamento e outras formas de previsão e, num estágio imediatamente seguinte, acompanhar o efetivamente acontecido para comparação com os valores anteriores. (MARTINS, 2008, p. 21).

Assim sendo, a contabilidade de custos é fundamental para qualquer atividade, principalmente quando possui alteração nos custos de produção e também em função da grande oscilação de preços ofertados pelo mercado, torna-se um instrumento de base para a análise dos resultados do empreendimento, que tem fases durante o ano, tudo depende da lei da oferta e procura pelo leite. Com base nessa constatação, pode-se analisar o resultado da atividade leiteira e acompanhar os períodos de maior e menor resultado.

Portanto, um sistema de custos específicos na produção leiteira pode contribuir na análise dos custos que compõe essa atividade, sejam eles fixos ou variáveis, os quais determinam a análise dos resultados, demonstrando especificamente o custo da produção leiteira e o custo da propriedade, possibilitando realizar uma análise mais apurada do resultado de determinado período.

Nesse sentido, a propriedade em estudo não possui controle ou sistema de apuração dos custos, a apuração é com base em alguns valores, sem levar em consideração os custos indiretos, especialmente os fixos. Sendo assim, o presente estudo terá por base apurar os custos de acordo com a literatura e posteriormente analisar e interpretar os resultados da produção leiteira na propriedade.

Com base no contexto descrito questiona-se: Qual a real contribuição que um sistema de custos da produção leiteira pode contribuir na análise da relação custo, volume e resultado da propriedade?

1.4 OBJETIVOS

Neste tópico apresentam-se os objetivos, sendo eles o geral e os específicos os quais são utilizados como instrumento de desenvolvimento do estudo, buscando a resposta do problema estabelecido.

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1.4.1 Objetivo geral

Estruturar um sistema de custos utilizando-se o custeio por absorção e o custeio variável para realizar analise da relação do custo, volume e resultado da produção leiteira em uma propriedade de médio porte.

1.4.2 Objetivos específicos

 Revisar os conceitos referentes à contabilidade de custos, custos na atividade agrícola, sistemas e métodos de custeio;

 Mapear o processo de produção do leite na propriedade;  Identificar os custos diretos e indiretos de produção;

 Apurar o custo total pelos métodos de custeio por absorção e variável;  Analisar a relação custos, volume e resultados da propriedade nesse período; 1.5 JUSTIFICATIVA

A contabilidade abrange várias áreas cada uma com suas necessidades e valores, estudar a contabilidade de custos é um desafio para buscar conhecimento, pois as empresas precisam informações ágeis e corretas devido ao grande mercado competitivo em que a situação atual das propriedades se encontram, através dessas informações é possível eliminar perdas, ociosidades, retrabalhos, entre outros.

A propriedade em questão não possui sistema de custos e gerenciamento, dessa maneira, o presente estudo tem o intuito de contribuir no gerenciamento e controle da mesma.

Para a universidade e o Curso de Ciências Contábeis o presente estudo ficará disponível para quem tiver interesse na área, além de contribuir de forma significativa no desenvolvimento profissional da aluna concluinte do curso.

Para mim enquanto acadêmica de Curso de Ciências Contábeis, e futura profissional, o estudo ampliara meus conhecimentos, conhecendo mais detalhadamente a parte teórica da contabilidade de custos e sua aplicabilidade na realidade da propriedade estudada.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Este capitulo se destina a pesquisa bibliográfica a partir de estudos desenvolvido por diversos autores da área pesquisada, a fim de fundamentar e ampliar o entendimento dos sistemas e métodos de custeio, como também da análise dos custos, volumes de produção e dos resultados.

2.1 CONTABILIDADE DE CUSTOS

A contabilidade de custos surgiu com a necessidade das empresas industriais em informações mais completas e atualizadas. Nessa linha de pensamento Martins (2001, p.19) descreve que:

Para a apuração do resultado de cada período, bem como para o levantamento de balanço em seu final, bastava o levantamento dos estoques em termos físicos, já que sua medida em valores monetários era extremamente simples: o Contador verificava o montante pago por item estocado, e dessa maneira valorava as mercadorias. Fazendo o cálculo basicamente por diferença, computando o quanto possuía de estoque inicial, adicionando as compras do período e comparando com o que ainda restava, apurava o valor de aquisição das mercadorias vendidas.

Na mesma linha de analise Perez Jr, Oliveira, Costa (2005, p.16), relata o seguinte contexto:

Também extremamente relacionadas com a gestão da expansão e aumento de gastos, podem- se citar as políticas e técnicas empresariais de aquisição de negócios, incorporações de empresas, criação de joint ventures etc, todas imprescritível para a sobrevivência e expansão do negócio.

Na outra extremidade, reide o controle e gerenciamento dos custos e despesas. Se a conquista de novos mercados motiva o surgimento de novas técnicas mercadológicas, está claro que a preocupação com os custos faz com que haja sempre à procura de novas metodologias para apuração, analise e gestão dessa área crítica.

Com a evolução surge então a contabilidade de custos, a qual Leone (2008, p.22) conceitua da seguinte maneira:

A Contabilidade de Custos refere-se hoje ás atividades de coleta e fornecimento de informações para as necessidades de tomada de decisão de todos os tipos, desde as relacionadas com as operações repetitivas até as de ordem estratégica, não repetitivas e, ainda, ajuda na formulação das principais políticas da organização.

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Além disso, a contabilidade está preocupada com a tomada de decisão, e que direção uma empresa ou propriedade rural deve seguir, quais as escolhas são melhores para o crescimento e lucros da mesma e como deve acontecer o controle dos custos, entre outras.

Por fim, a Contabilidade de Custos também está voltada para as Tomadas de Decisão: qual a quantidade mínima que se deve produzir e vender para não ter prejuízo? Qual o produto é mais rentável para estimular sua produção? Qual produto devemos cortar para aumentar a rentabilidade? Certos itens, é melhor produzir ou comprar de terceiros? Qual preço adequado para cada produto? Sobre qual item de custos devemos exercer melhor controle? Como reduzir custos? Todas essas respostas e outras são dadas pela Contabilidade de Custos (SANTOS, MARION,SEGATTI, 2002, p.42).

Todavia esse ramo da Contabilidade tem por objetivo principal o planejamento, controle e análise das operações executadas, de maneira a fornecer informações para os gestores tanto empresarial como propriedade rural.

2.1.1 Classificação dos custos

A classificação dos custos é de suma importância, pois através dessas sãos fornecidas informações para os gestores na tomada de decisão. Os custos são classificados pela viabilidade em variáveis e fixos, e pela facilidade de alocação em diretos e indiretos, onde todos esses têm grande importância na identificação do custo real dos produtos produzidos. No quadro abaixo teremos um exemplo da divisão:

Figura 2- Divisão dos custos

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Os custos diretos de acordo com Santos, Marion, Segatti (2002), caracteriza-se por ser identificado com precisão nos produtos acabados, cuja o valor é relevante como: horas de mão de obra, quilos de ração fornecida, ou óleo gasto com funcionamento de maquinários.

Outra interpretação de custos diretos é interpretada por Crepaldi (2009, p. 94), com a seguinte colocação:

Custos diretos são aqueles que podem ser diretamente (sem rateio) apropriados aos produtos agrícolas, bastando existir uma medida de consumo (quilos, horas de Mao de obra ou de máquina, quantidade de força consumida, etc.). de modo geral, identificam-se aos produtos agrícolas e variam proporcionalmente a quantidade produzida. Podem ser apropriados diretamente aos produtos agrícolas porque há uma medida objetiva no seu consumo nesta produção.

Na atividade rural Santos, Marion, Segatti (2002) complementa que são os insumos utilizados pela empresa a serem utilizados durante a produção, cultivo ou criação dos animais. O segundo é os custos indiretos, os quais a identificação não é direta, como Santos, Marion, Segatti (2002) descrevem como sendo os necessários para a produção, geralmente para mais de um produto, os quais devem ser alocados por sistema de rateio ou estimativa.

Nesta linha de pensamento Bertó; Beulke descreve da seguinte maneira:

Dão sustentação ao funcionamento da atividade. Apresentam como característica, em geral, a impossibilidade de ser medidos, identificados, quantificados diretamente em cada unidade comercializada. Constituem exemplos típicos desses custos e despesa: diversas modalidades de depreciação, locações de prédios, equipamentos, alguns serviços de terceiros, agua, seguros, material de limpeza, de manutenção, despesas administrativas, etc. Em termos de precisão de cálculo, o ideal seria que todos os custos e as despesas pudessem ser diretos. A presença de um crescente número de custos e despesas indiretas constitui normalmente uma maior dificuldade para sua apropriação. (BERTÓ; BEULKE, 2006, p.23).

Essa classificação de acordo com a alocação deve analisar a dificuldade de medição e a necessidade de haver rateio para então o classifica-lo. De acordo com a viabilidade os custos podem ser classificados em fixos ou variáveis. Os custos fixos de acordo com Crepaldi (2009, p.96) se caracterizada da seguinte forma:

São fixos em relação ao volume de produção agrícola, mas podem variar de valor no decorrer do tempo. O aluguel de pastos, mesmo quando sofre reajuste em determinado mês, não deixa de ser considerado um custo fixo, uma vez que terá o mesmo valor qualquer que seja a produção do mês.

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Sua característica é a de se manter inalterados face ao volume de atividade, dentro de certos limites de capacidade, ou seja, não se modificam em razão do crescimento ou da retração do volume de negócios dentro desses limites. Exemplos: depreciação, manutenção, folha de pagamento da administração etc. Numa apreciação unitária, costumam variar inversamente em razão do volume. Quanto maior o montante físico, menor é a parcela de custos/despesa fixa em relação a cada unidade, e vice-versa. (BERTÓ; BEULKE, 2006, p.23)

O custo fixo conclui-se que é o qual não varia o seu valor independentemente da quantidade produzida, mas sim o qual altera o valor pela unidade quanto maior for a produção.

Outra classificação conforme a viabilidade é os custos variáveis, os quais Nascimento (2001), simplifica como sendo os que qualquer variação de quantidade acompanha a variação de valor, e Leone (2008) complementa que o valor final de determinado custo depende do volume produzido, ou seja, quanto mais produzir maior o gasto com determinado insumo.

Ainda Bertó; Beulke descreve os custos variáveis da seguinte maneira:

Essa classificação não será necessariamente relacionada com a identificação em si entre custos/ despesa com produto/mercadoria/serviço. Na realidade, o foco destes custos/despesa será mais relacionado com o volume vendido. Constituem valores que se modificam em relação direta com o volume vendido. Exemplos: variação no custo total em razão das oscilações da quantidade vendida, ICMS de venda, PIS/Cofins, etc. no enfoque estritamente unitário, esses custos e essas despesas costumam ser constantes por unidade vendida. (BERTÓ; BEULKE, 2006, p.23)

Complementando as despesas variáveis na atividade leiteira pode-se ser considerada a ração, pois é proporcional ao leite produzido.

2.1.2 Custos com depreciação

A depreciação é a diminuição do valor do bem do ativo resultante do seu desgaste do uso podendo ser classificada como despesa ou custo. Crepaldi (2003, p.179) conceitua da seguinte maneira:

A depreciação de bens do ativo imobilizado corresponde a diminuição do valor dos elementos ali classificáveis, resultando desgaste pelo uso, ação da natureza ou obsolescência normal. Depreciação e uma despesa que registra a perda do valor dos bens fixos materiais, constantes no Ativo Imobilizado.

Seguindo essa linha de pensamento Crepaldi (2003, p.179) descreve da seguinte maneira, para a obtenção do valor da depreciação:

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Existem vários métodos para calcular a Depreciação, porem o mais usado no Brasil é o MÉTODO LINEAR ou LINHA RETA, que consiste em depreciar o bem em quotas anuais constantes, pelo tempo de vida útil estimado para o mesmo. Como regra geral, a taxa de depreciação será fixada em função do prazo durante o qual se possa esperar a utilização econômica do bem, pela entidade, na produção de seus rendimentos.

A depreciação pode ser calculada com ou sem valor residual, o qual segundo Crepaldi (2009) argumenta sendo o valor que após a depreciação ainda existe, ou seja, o valor que ainda pode ser adquiro com o bem como no caso de uma venda.

O Método de Linha Reta supõe que o bem será utilizado em período uniforme de tempo, fornecendo o mesmo benefício em cada período, o qual Crepaldi (2009, p.124) coloca a seguinte formula:

T=100%𝑉𝑢 ou C= 𝑉𝐵𝑉𝑢

Onde:

T= taxa de depreciação; C= cota de depreciação;

VB= valor do bem (valor do bem = custo marginal- valor residual); Vu= vida útil do bem;

A depreciação de acordo com Santos; Marion;Segatti (2002), pode ocorrer com maquinários, instalações e também com o gado reprodutor, não sendo possível estabelecer um número padrão, pois existe inúmeros fatores que influenciam este cálculo, o qual deve ser acompanhado por um profissional da área de acordo com a legislação vigente.

Conforme os conceitos apresentados constataram-se que a depreciação representa a perda dos bens do ativo, e função do seu uso ou fatores de desgaste.

2.1.3 Custos com mão de obra

A necessidade da força humana é mensurável na pecuária, pois através dessa se abstrai a matéria prima dos animais, a qual deve pode se classificar em direta ou indireta. Conforme Martins (2006, p.133) aborda o seguinte conceito:

Mao de obra Direta é aquela relativa ao pessoal que trabalha diretamente sobre o produto em elaboração, desde que seja possível a mensuração do tempo despendido e a identificação de quem executou o trabalho, sem necessidade de qualquer apropriação indireta ou rateio. Se houver qualquer tipo de alocação por meio de estimativa ou divisões proporcionais, desaparece a característica de “direta”.

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Voltado a agropecuária Santos; Marion;Segatti (2002), enfatiza que a Mão de obra direta deve ser considerada como tal se ligada a um único produto e de fácil medição. Caso tenha que ocorrer estimativa e rateio a Mao de obra passa a ser indireta, a qual não está diretamente ligada ao produto. Para pecuária de leite a principal função é o Ratireiro, o qual presta o serviço de manejo das vacas e acompanhamento das ordenhas.

Sendo a mão de obra um custo direto variável pois esse varia conforme as unidades produzidas, mas sendo possível saber o valor alocado por unidade, ou seja, o valor é fixo ao analisar o valor gasto, mas varia conforme o volume.

A mão de obra indireta de acordo com Santos, Marion;Segatti (2002), possui em sua característica a necessidade de rateio por atividades, ou seja, recorre a estimativa pois é utilizada para mais setores na propriedade.

2.2 MÉTODOS DE CUSTEIO

Os métodos de custeio são divididos em dois: absorção e variável ou direto, sendo que para fins contábeis, apenas o custeio por absorção é admissível, já que o custo por absorção engloba todos os custos fixos e variáveis, atendendo aos princípios de contabilidade e a legislação fiscal.

2.2.1 Método de custeio por absorção

O método de custeio por absorção consiste na aplicabilidade dos princípios de contabilidade, para Martins (2008) consiste na apropriação de todos os custos de produção ao bem. Berti (2009 p,60) complementa;

O método de custeio por absorção consiste em apurar o custo do bem, atribuindo-se integralmente a cada unidade produzida os custos diretos e indiretos, fixos ou variáveis ocorrido no processo de produção. Nele os custos diretos são atribuídos ao produto por meio de quantidades efetivamente consumidas de recursos.

Ainda, segundo Leone (2000) o critério de custo por absorção é aquele que inclui todos os custos indiretos de fabricação de certo período nos custos de suas diferentes atividades industriais e Wernke (2001), complementa como sendo o método mais tradicional quando se deseja atribuir o valor de custo ao produto, atribuindo também os custos indiretos.

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Por fim, consiste na alocação de todos os custos apenas para produção elaboradas sendo as despesas distribuídas entre todos os produtos realizáveis. O método de absorção consiste na formação do valor do estoque a custos mais reais.

Sendo esse bastante utilizado pelas empresas brasileiras, pois além de respeitar os Princípios Fundamentais Da Contabilidade, é aceito pela legislação comercial e fiscal.

2.2.2 Método de custeio variável ou direto

O método de custeio variável consiste na alocação dos custos variáveis apenas e os fixos mesmo existindo são diretamente lançados na despesa. Martins (2008, p.198) descreve” Custeio Variável, só são alocados aos produtos os custos variáveis, ficando os fixos separados e considerados como despesa do período, indo diretamente para o resultado...”.

Leone descreve o seguinte conceito:

O critério de custo variável (ou direto) é aquele que só inclui os custos das operações, dos produtos, serviços e atividades, os custos diretos e variáveis. Para que um custo (ou uma despesa) detenha as condições necessárias para compor o custo de um produto, por exemplo, é necessário que esse custo seja facilmente identificado com o produto, isto é, seja direto (onde não haja a necessidade de rateio) e que seja variável diante da variabilidade de um indicador que represente o produto, a operação, o processo, o componente ou a atividade. A finalidade principal do critério é a determinação da contribuição marginal total ou unitária de cada objeto de custeio. Essa informação tem um poder extraordinário, principalmente por que não é poluída pelo trabalho de rateio, perigoso, porque as vezes inútil e até enganador. (LEONE, 2000, p.405).

No entanto esse custeio não atende no Brasil as exigências do Fisco, sendo usado apenas para fins gerenciais no auxílio da tomada de decisão.

2.3 ANALISE DO CUSTO, VOLUME E RESULTADO

A análise do custo, volume e resultado almeja auxiliar a propriedade rural a observar fatores que possam intervir na rentabilidade dessas.

2.3.1 Margem de contribuição unitária e total

A margem de contribuição é o montante das vendas menos os custos e despesas variáveis. Ou seja, o valor que vai contribuir nos custos e despesas fixas, conhecidos como custo de estrutura. Berti (2009, p.149) faz a seguinte conceituação:

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Chama-se margem de contribuição de um produto ou linha de produtos, a parcela da receita que resta após deduzidos os custos variáveis, unitários e/ou totais. Os variáveis totais são por linha de produto e composto de custos variáveis (ou proporcionais) de produção e de venda. A margem de contribuição é, pois, um valor prestante destinado a cobrir os custos fixos (periódicos regulares e/ou programados) e ainda para formar o lucro desejado.

Para apurar a margem de contribuição, segundo Berti (2009) se aplica a seguinte fórmula:

MCu = PVu-(CVu +DVu)

Onde:

MCu: Margem de contribuição unitária PVu: Preço de venda unitário.

CVu: Custo variável unitário. DVu: Despesa variável unitária.

A margem de contribuição unitária é quando a contribuição é oriunda de apenas uma unidade, e a margem de contribuição total quando é o resultado de diversas unidades de produto, indicando a importância do produto na empresa.

2.3.2 Ponto de equilíbrio contábil e financeiro

O ponto de equilíbrio é um indicador que demonstra o valor necessário de vendas em um período, para sanar todas as despesas, incluindo os custos da mercadoria vendida.

Perez Jr, Oliveira, Costa (2005, p.196) complementa;

A expressão ponto equilíbrio, tradução do termo em inglês break-enenprint, refere-se ao nível de venda em que não há lucros nem prejuízos, ou refere-seja, no qual os gastos totais (custos totais+despesas totais) são iguais as receitas totais.

Supondo preço de venda (PV) constante para qualquer volume vendido, o comportamento da recita total (RT) será linear, ou seja, diretamente proporcional a quantidade (Q) vendida.

A contabilidade admite vários métodos de ponto de equilíbrio, sendo os principais o método contábil e o financeiro. O ponto de equilíbrio contábil é onde o lucro é igual a zero e será determinado pela seguinte formula, segundo Bruni &Famá (2004, p.254).

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PEC = CustoFixoTotalMCT/RTV

Onde:

PEC= Ponto de equilíbrio contábil. MCT= Margem de contribuição total. RTV= Receita total de vendas.

Portanto após obter o ponto de equilíbrio contábil terá uma grande ferramenta auxiliar nas decisões, pois proporciona elevar o potencial.

O ponto de equilíbrio financeiro exclui as despesas que não representam desembolso, ou seja, depreciação, amortização e exaustão. Para apurar o ponto de equilíbrio financeiro segundo Padoveze (2003, p.287) se aplica a seguinte formula:

PEF = CustoFixoTotal−DepreciaçãoMCu

Onde:

PEF= Ponto de equilíbrio financeiro. MCu= Margem de contribuição unitária.

Portanto por meio da soma dos custos fixos totais menos os gastos que não representam desembolso financeiro para empresa, divididos pela margem de contribuição unitária obtém o ponto de equilíbrio financeiro.

2.3.3 Margem de segurança operacional

A margem de segurança operacional representa a diferença entre as vendas e ponto de equilíbrio. O qual Padoveze (2003, p.290) interpreta “a margem de segurança pode ser definida como o volume de vendas que excede as vendas calculadas no ponto de equilíbrio. o volume de vendas excedente para se analisar a margem de segurança, pode ser tanto das vendas orçadas, como o valor real das vendas.”.Para obter a margem de segurança operacional aplica-se a seguinte formula:

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Portanto aplicando esse cálculo pode-se obter qual a quantidade a produzir para ficar com lucro e não tento risco de obter prejuízo no período analisado.

2.3.4 Demonstração do resultado

A demonstração do resultado do período da produção tem por objetivo demonstrar os fatores que possam estar influenciando ou prejudicando a empresa para um resultado negativo. Conforme Santos, Marion; Segatti (2002, p. 130).

A análise do custo de produção é um dos meios de conhecer alguns fatores que estejam prejudicando a rentabilidade econômica da exploração agropecuária. Dessa forma, o custo de produção permite diagnosticar problemas através da análise de sua composição, bem como concluir sobre a situação do rendimento da atividade.

Com base na demonstração do resultado o gestor da propriedade pode fazer o gerenciamento de suas decisões no almejo de melhor resultado econômico.

2.4 CUSTOS NA ATIVIDADE RURAL

A contabilidade rural é um dos ramos contábeis fundamental na gestão da propriedade. Analisando o patrimônio das entidades rurais, demonstrando o desempenho e eficiência na sua administração, sendo essa uma carência nos empreendimentos rurais atuais.

Para Crepaldi (2009, p.189) “A Contabilidade Rural é a Contabilidade Geral aplicada a atividades agrícolas. Utiliza a capacidade do solo através dos meios apropriados que permitem obter os produtos da natureza com maior abundancia e mais economia.”. Perez Jr, Oliveira, Costa (2005, p.23), destaca que “A agricultura será tão mais prospera quanto maior for o domínio que o homem venha a ter sobre o processo de produção, que se obterá na medida do conhecimento acerca das técnicas de execução e gerência”.

Conforme Crepaldi (2009, p.76) “A Contabilidade rural é um dos principais sistemas de controle e informações das Empresas Rurais”. E ainda complementa destacando as finalidades da Contabilidade Rural.

- orientar as operações agrícolas e pecuárias;

- medir o desempenho econômico-financeiro da empresa e de cada atividade produtiva individualmente;

-controlar as transações financeiras;

- apoiar as tomadas de decisões no planejamento da produção, das vendas e dos investimentos;

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- auxiliar as projeções de fluxos de caixa e necessidade de crédito;

- permitir a comparação da performance da empresa no tempo e desta com outras empresas;

- conduzir as despesas pessoais do proprietário e de sua família;

- justificar a liquidez e a capacidade de pagamento das empresas junto aos agentes financeiros e outros credores;

- servir de base para seguros, arrendamentos e outros contratos; - gerar informações para a elaboração do Imposto de Renda.

Dessa forma é essencial que as informações sejam emitidas em caráter ágil e confiável, pois assim será servira de fonte de dados para os gestores e de auxílio na tomada de decisões concretas. Nesta linha de pensamento Crepaldi (2009, p.37), destaca:

A necessidade de uma atualização dos meios de gerenciamento nas empresas rurais é, hoje, uma realidade fundamental para alcançar resultados de produção e produtividade que garantem o sucesso do empreendimento. Por meio de tecnologias que permitem interligar criações, pode ser possível obter rendimentos adicionais, diluir custos e economizar insumos.

Uma empresa rural existe para aumentar a riqueza de seus proprietários. A administração cuida em determinar que produtos e serviços são necessários e em coloca-los nas mãos dos consumidores. A administração financeira trata das decisões sobre planejamento a fim de atingir o objetivo de maximizar a riqueza dos proprietários rurais. Como as finanças estão envolvidas em todos os aspectos operacionais da Empresa Rural, os gerentes não financeiros, assim como os gerentes financeiros, não podem efetivar suas obrigações sem informações financeiras.

Na atividade leiteira com a constante exigência de mercado e crescimento econômico o gestor deve conhecer os custos para novos investimentos e melhora na qualidade de produção. O preço recebido pelo produto possui variação sazonal, ou seja, varia de acordo com os períodos de maior produção, quando maior a oferta menor o valor recebido

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3 METODOLOGIA DO ESTUDO

A metodologia do estudo apresenta a forma como a pesquisa foi desenvolvida. Atuou na estruturação da produção cientifica, ou seja, fundamentação da análise, desde a classificação da pesquisa até o plano de coleta de dados, sua análise e interpretação dos resultados.

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA

A classificação da pesquisa apresenta conforme sua natureza, seus objetivo, procedimentos técnicos, meios e estratégias de pesquisa. Na sequência apresenta se a classificação da pesquisa de acordo com o tema.

3.1.1 Quanto à natureza

Segundo Gil (2002), a pesquisa aplicada decorre do desejo de conhecer e fazer algo de maneira mais eficiente ou eficaz.

Portanto o estudo se classifica como aplicado em função de que a apresentação do custo da produção leiteira gerou conhecimento e informação para os envolvidos.

3.1.2 Quanto à forma de abordagem do problema

A forma de abordagem do problema pode ser qualitativa ou quantitativa, sendo que neste estudo é qualitativa, conforme Zamberlan et al, conceitua da seguinte maneira:

Considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo social entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzida em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são requisitos básicos no processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta de coleta de dados e o pesquisador é o instrumento chave. É descritiva. Os pesquisadores tendem a analisar seus dados individualmente. O processo e seu significado são os focos principais de abordagem. (ZAMBERLAN et al, 2014, p.94).

Neste trabalho, quanto à forma de abordagem do problema foi utilizada a pesquisa qualitativa, sendo realizada de forma descritiva para melhor se entender os dados, sendo que eles são complementados por análises.

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3.1.3 Quanto aos objetivos

Do ponto de vista dos objetivos da pesquisa, pode-se classifica-la em descritiva. De acordo com Gil (2002, p.44) “a pesquisa descritiva tem o objetivo principal a descrição das características de determinado fenômeno ou ainda estudar a relação entre algumas variáveis e o motivo dessa relação”.

Sendo assim o estudo é descritivo em função de proporcionar de forma detalhada novas informações aos interessados na apuração dos custos e analise dos resultados da propriedade.

3.1.4 Quanto aos procedimentos técnicos

Referente aos procedimentos técnicos, esse estudo utilizou-se inicialmente da pesquisa bibliográfica para a elaboração da base teórica, segundo Gil (2002, p.44) descreve “A pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado construído principalmente de livros e artigos científicos...”.

Também se utilizou da pesquisa documental, conforme Gil (2002), a pesquisa documental se assemelha muito com a bibliográfica, estando à diferença entre ambas na natureza das fontes, a primeira vale-se de material que não recebem um tratamento analítico e a segunda utiliza a contribuição de diversos autores. A qual será utilizada no presente trabalho para as informações da propriedade.

O estudo de caso, conforme Gil (2002, p.54) “Consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento, tarefa praticamente impossível”.

Portanto o estudo ao buscar fazer a análise e interpretação dos dados levantados na propriedade, apurou os custos de produção com base nos métodos de custeio por absorção e variável, e depois analisou as notas fiscais de vendas, onde constam os preços, volume de litros comercializados, sistematizando e produzindo informações referente aos custos de produção, ao volume necessário e ao resultado obtido no período do estudo.

3.2 COLETA DE DADOS

Para a realização do trabalho os dados foram coletados por intermédio de entrevista despadronizada, a qual não possui um roteiro de perguntas prontas, sendo conversado várias

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vezes e até levantar os dados e os documentos para subsidiar a elaboração das planilhas, registrando os valores e transformando em informações para a propriedade.

Foram entrevistados o proprietário e também os funcionários, para coletar as informações sobre a produção leiteira, contribuindo com o desenvolvimento do estudo.

3.3.1 Instrumento de coleta de dados

Para a realização da pesquisa foram utilizados alguns instrumentos que contribuíram no levantamento e sistematização das informações necessárias no desenvolvimento da mesma.

Inicialmente foi instrumento de observação, que segundo Marconi; Lakatos (2001) utiliza os sentidos para obter aspectos da realidade, não consiste apenas ver e ouvir e sim, examina os fatos ao qual o projeto se destina. Sendo essa realizada pelo próprio pesquisador.

Também utilizou-se a entrevista despadronizada ao conversar com o gestor da propriedade, ao analisar os documentos e informações.

3.3 ANALISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

Segundo Gil (2002), o processo de análise dos dados envolve vários processamentos científicos, analise de respostas, busca de dados e cálculos, ocorrendo também a interpretação dos mesmos.

A interpretação ocorreu por meio dos tópicos a seguir: - Estudos teóricos;

- Levantamentos dos custos na atividade da propriedade; - Estruturação de um sistema de custos;

- Analise e interpretação dos custos com a produção;

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4 ANALISE DOS RESULTADOS

Nesse capitulo, apresenta-se a parte pratica da pesquisa, ou seja, o estudo de caso, que tem como objetivo o cálculo do custo da atividade leiteira na propriedade em estudo. Foi analisado a rotina da propriedade, realizando cálculos relacionados aos custos de produção e a análise dos resultados.

4.1 DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE PRODUÇÃO

O processo produtivo do leite é de extrema importância para que o resultado no final do período seja obtido, devido que qualquer problema no manejo pode influenciar no preço recebido por litro do produto, além na saúde dos animais, na propriedade em estudo, o processo produtivo é realizado pelos funcionários contratados, em que o processo é demonstrado no fluxograma da Figura 2.

Figura 3 - Fluxograma diário da propriedade

Fonte: Dados conforme pesquisa (2015)

A atividade diária da produção do leite da propriedade tem início as 5:30 horas, onde o funcionário maneja as vacas da pastagem para a sala de espera, local onde possui água e os animais esperam a ordenha, após passam para sala de ordenha onde ocorre em lotes de seis animais por vez, enquanto essas são ordenhadas as outras seis são preparadas com

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higienização dos tetos, sendo aplicado um produto chamado de pré-dipp que forma uma espuma nos tetos das vacas, perfazendo esse processo até todas serem ordenhada. Após a saída das teteiras é aplicado nos tetos das vacas outro produto chamado pós-dipp que serve para fechar o canal não deixando bactérias da mastite.

O leite é canalizado diretamente ao resfriador a granel, onde permanece resfriado em uma temperatura de 2 a 4°C, até o momento de coleta feito pelo transportador, o qual ocorre diário.

Após a ordenha os animais se deslocam para um galpão, onde recebem silagem de milho e aveia, com complemento de ração de acordo com sua produção. Após são liberadas para tomarem água e depois são levadas para pastagem.

Nesse período os funcionários realizam a alimentação das terneiras e vacas secas (animais antes do parto), e ocorre a limpeza do galpão, a qual ocorre com trator motorizado.

As 13:30 horas o funcionário retorna com elas para o galpão, onde recebem silagem e ração novamente, permanecendo ali até as 16:00 horas momento que ocorre a ordenha do período da tarde, com a mesma rotina da ordenha da manhã. Na sequência retornam para o galpão para novamente alimentar-se de acordo com sua produção, para findar o dia outro funcionário as leva até a pastagem para ali passarem a noite.

Após o termino de cada ordenha ocorre a limpeza da sala de ordenha e equipamentos, essa passa por limpeza com detergente alcalino para não restar resíduos para próxima ordenha. O mesmo ocorre com o resfriador a granel após a coleta de todo leite, a sala de ordenha é lavada diariamente duas vezes ao dia e uma vez na semana ocorre a limpeza geral nas paredes e contenções.

Todo o processo descrito é realizado pelo proprietário e mais três funcionários, aos finais de semana ocorrem revezamento para adequar a legislação trabalhista. O trabalho é motorizado, ou seja, o qual não necessita de força humana ao colocar a silagem.

4.2 CUSTOS DIRETOS DE PRODUÇÃO

No levantamento de custos diretos na atividade leiteira deve se considerar a alimentação diária das vacas em lactação e secas. Sendo essa alimentação composta pelos seguintes alimentos: silagem, pastagem de inverno e verão, a ração e o sal mineral.

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4.2.1 Custos da Silagem

A propriedade em estudo realiza a produção de dois tipos de silagem para trato dos animais, sendo um através da plantação do milho e outro de aveia. A produção da silagem de milho é realizada duas vezes por ano em que o seu processo consiste na realização, o corte deve ser realizado com o milho ainda estando verde e sendo armazenado em silos (covas na terra), qual é compactado por um trator com peso e depois é coberto com lona. Após ocorrer o processo de fermentação a silagem está apta ao consumo. O quadro 1 apresenta os custos com silagem de milho por hectare e o total na área plantada.

Quadro 1 - Custos da silagem de milho

Material Unidade Qtda Valor unit valor hectare %

Semente de milho SC 1 500 500,00 20,68% Standak LT 0,2 200 40,00 1,65% Dessecante LT 2 12,5 25,00 1,03% Adubo KG 350 1,6 560,00 23,16% Herbicida LT 0,085 - 0,00% Ureia KG 250 1,2 300,00 12,41% Comb Plantio LT 8 3,05 24,40 1,01% Lona MT 7 16 112,00 4,63%

Aluguel maq silagem HR 1,25 330 412,50 17,06% Comb- Trator socador LT 8 3,05 24,40 1,01% Cargas de silagem carga 6 70 420,00 17,37% Arrendamento 7 65 455,00 18,81%

TOTAL 2.418,30 100

* Hectares plantado 24

CUSTO TOTAL PLANTADO 58.039,20

Rendimento médio da silagem

Duração da silagem em meses 6

CUSTO TOTAL POR MÊS 9.673,20 Fonte: dados coletados durante a pesquisa (2015)

O quadro 1 demonstra o custo da produção da silagem de milho numa área de 24 hectares, o qual ocorre duas vezes ao ano, perfazendo um total de R$ 58.039,20, ou seja, R$ 9.673,30 por mês. O valor maior na silagem de milho é representado pelo adubo que corresponde a 23,6% do total do custo por hectare e pela semente que representa 20,68% devido ao seu alto valor.

Outra fonte de silagem é a de aveia, a qual seu custo é demonstrado no quadro 2, em que o processo para a produção desta silagem é o mesmo do milho, porem altera-se no final, a

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qual é aplicado dessecante e aguardado 48 horas para saída do liquido, para após ocorrer o corte, transporte e compactação no silo.

Quadro 2 - Custo da silagem de aveia

Fonte: dados coletados durante a pesquisa (2015)

Para a silagem de aveia que tem durabilidade de 12 meses, o custo total por hectare é R$ 1.480,30 ao plantar 40 hectares o custo total é R$ 59.212,00. O valor mais representativo é o arrendamento da terra, representando 30,74% do custo total por hectare, a qual corresponde a um custo de R$ 455,00 por hectare.

O custo por hectare da silagem de milho é mais elevado, porem o rendimento é maior, a silagem de milho rende 42.000 Kg por hectare e a de aveia 21.000 Kg, ou seja, rende 50% a mais em cada hectare, além de destacar, o aumento que a silagem de milho proporciona na produção leiteira, devido ser mais rica em nutrientes.

Ambas dependem de um favor importante para sua melhor conservação, a compactação deve ocorrer de forma continua para que não ocorra a passagem de ar, pois esse é altamente prejudicial a qualidade do produto final.

4.2.2 Custos da pastagem de verão

Material Unidade Qtda Valor unit valor hectare %

aveia em graos KG 180 0,9 R$ 162,00 10,94% Dessecante LT 2 12,5 R$ 25,00 1,69% Adubo KG 300 1,6 R$ 480,00 32,43% Herbicida LT 1,5 75 R$ 112,50 7,60% Comb Plantio LT 8 3,05 R$ 24,40 1,65% lona MT 7 16 R$ 112,00 7,57%

Aluguel maq silagem HR 1 330 R$ 330,00 22,29% Comb- Trator socador LT 8 3,05 R$ 24,40 1,65% Cargas de silagem carga 3 70 R$ 210,00 14,19%

arrendamento 7 65 R$ 455,00 30,74% 1.480,30 R$ 100 40 59.212,00 R$

Rendimento médio da silagem

Duração da silagem Mês 12

4.934,33 R$ TOTAL

* Hectares plantado

CUSTO TOTAL PLANTADO

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A alimentação das vacas em lactação ocorre na pastagem de verão e de inverno, onde os animais permanecem ao dia e a noite. A pastagem é plantada duas vezes ao ano, uma durante o período do inverno e outra no verão.

Para a pastagem de verão é utilizado o sorgo forrageiro, pois esse se adapta a condições climáticas diferentes e sendo mais resistente ao calor. A pastagem de verão tem durabilidade de 5 meses e é plantado 4 hectares. É utilizado o sistema de piquetes com rotação diária, assim ocorre em cada piquete o ciclo completo, possibilitando uma melhor brotação da pastagem e consequentemente um melhor aproveitamento da área.

No quadro 3 está demonstrado o custo com a pastagem de verão por hectare e valor total da área plantada.

Quadro 3 - Custo pastagem de verão

Material Unidade Qtda Valor unit valor hectare %

Dessecante LT 2 12,5 25,00 4,59%

Sorgo forrageiro KG 10 1,5 15,00 2,76%

Adubo KG 300 1,6 480,00 88,17%

Comb Plantio LT 8 3,05 24,40 4,48%

TOTAL POR HECTARE 544,40 100,00%

AREA PLANTADA 4,00

TOTAL PELO PLANTIO 2.177,60

Tempo de duração pastagem 5,00

TOTAL POR MÊS 435,52

Fonte: dados coletados durante a pesquisa (2015)

O quadro 3 demonstra o custo total da pastagem de verão para os 4 hectares com durabilidade de 5 meses, sendo o custo mensal de R$ 435, 52 e um total de R$ R$ 2.177,60. Sendo o custo com adubo é maior, representado em 88,17%, ou seja, R$ 480, 00 por hectare plantado, em que o mesmo é de extrema necessidade para se garantir a qualidade da produção leiteira.

4.2.3 Custo pastagem de inverno

Para a pastagem de inverno é plantado 20 hectares de azevém e aveia, com duração de 7 meses, ou seja um período de no período de abril a outubro, assim como a de verão é feita a rotatividade em piquetes. No quadro 4, está demonstrado o custo por hectare e por mês da pastagem de inverno.

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Material Unidade Qtda Valor unit valor hectare % Dessecante LT 2 12,5 R$ 25,00 4,47% Azevem KG 15 2,5 R$ 37,50 6,71% Aveia KG 80 0,9 R$ 72,00 12,88% Adubo KG 250 1,6 R$ 400,00 71,57% Comb Plantio LT 8 3,05 R$ 24,40 4,37%

TOTAL POR HECTARE R$ 558,90 100,00%

AREA PLANTADA 20

TOTAL PELO PLANTIO R$ 11.178,00

Tempo de duração pastagem 7

TOTAL POR MÊS R$ 1.596,86

Fonte: dados coletados durante a pesquisa (2015)

A pastagem de inverno possui custo por hectare de R$ 558,90. No total de 20 hectares plantados apresentou-se um custo de R$ 11.178,00, sendo o adubo o valor com maior representação no custo total, responsável por 71,57% do mesmo.

A pastagem de inverno e de verão são custos essenciais, pois são fonte de aumento na produtividade diária por serem ricos em nutrientes e fibras, facilitando o metabolismo animal e consequentemente melhora o bem estar animal por ser o local que passam a maior parte do tempo.

4.2.4 Custo com ração

Alimento fabricado com base em farelo de soja, nutrientes e sais minerais é a base para produção, é fornecida aos animais de acordo com sua produção diária. São adquiridos 3 tipos de ração, para as bezerras recém nascidas, vacas em pré-parto e vacas em lactação.

A ração para bezerras recém nascidas é laminada com melaço fornecida do 1° ao 90° dia, pois contem pro bióticos e nutrientes essenciais para o crescimento, tendo como benefício o desmame precoce e esse é o estágio inicial de toda produção, uma dieta com falta de nutrientes poderá comprometer a produção leiteira do animal no período adulto.

Já a ração pré-parto, ou seja para o período comprometido entre a secagem e o próximo parto, normalmente duração de 45 dias é um produto peletizado e aromatizado com níveis apropriados de sais minerais, proteína, energia e nutrientes para correto desenvolvimento do feto e posteriormente evitar a retenção de placenta e febre vitular, ainda contribuindo para alcançar a produção máxima em curto período de tempo.

Um sistema de alimentação para vacas em lactação, para ser implementado, é necessário considerar o nível de produção, o estágio da lactação, a idade da vaca, o consumo esperado de matéria seca, a condição corporal, tipos e valor nutritivo dos alimentos a serem utilizados. A ração para as vacas em lactação é um produto composto com os nutrientes

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necessários para suprir a alta produtividade e é fornecida de acordo com sua produção, sendo identificadas com cordões de 3 diferentes cores para ser fornecido correto.

No quadro 5 a seguir, apresenta o custo com ração por mês para as vacas em lactação.

Quadro 5 - Custo ração vacas em lactação

Mês Qtd Vl Unitario Total Bruto

set/14 23.788 1,06 25.214,93 out/14 23.354 1,06 24.754,89 nov/14 22.530 1,05 23.656,50 dez/14 22.870 1,04 23.784,80 jan/15 24.800 1,06 26.288,00 fev/15 26.800 1,06 28.408,00 mar/15 24.980 1,06 26.478,80 abr/15 25.340 1,06 26.860,40 mai/15 29.870 0,96 28.675,20 jun/15 29.370 0,96 28.195,20 jul/15 29.780 0,96 28.588,80 ago/15 29.930 0,98 29.331,40 Total 313.411 320.237,91 Fonte: dados coletados durante a pesquisa (2015)

O custo com ração para as vacas em lactação foi mais elevado no mês de agosto 2015, sendo de R$ 29.331,40, e o menor em novembro de 2014 de R$ 23.656,50. É utilizada a proporção de 1 kg de ração para cada 2,58 litros produzidos em média. O custo com ração dos animais é de grande proporção, pois neste período de um ano totalizou R$ 320.237,91.

4.2.5 Custo com pessoal

Com o aumento da interiorização de industrias, a atividade nas propriedades rurais estão em processo de globalização, ou seja, em constante busca pela informatização e mecanização do trabalho para redução da dependência de pessoal. Portanto, como ocorre uma escassez de pessoal consequentemente busca-se tecnologias sem a mão de obra humana.

Os custos com pessoal é o custo gasto com a mão-de-obra dos funcionários que trabalham ordenhando e manejando os animais. No quadro 6, demonstra-se os custos com pessoal na propriedade.

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Quadro 6 - Custo com pessoal ITEM

Set-14 out 14 nov-14 dez 14 jan-15 fev-15

R$ R$ R$ R$ R$ R$ Número de Funcionários 3 3 3 3 3 3 Salário Base 4.344,00 4.344,00 4.344,00 4.344,00 4.728,00 4.728,00 Insalubridade 289,60 289,60 289,60 289,60 315,20 315,20 Número de Horas 50% Número de Horas 100%

Valor Hora Extra 50% 29,62 29,62 29,62 29,62 32,24 32,24 Valor Hora Extra 100% 39,49 39,49 39,49 39,49 42,98 42,98 Total Horas Extras 50% - - - - Total Horas Extras 100% - - - - Descanso semanal remunerado

50%

Descanso semanal remunerado 100%

Salário Total 4.633,60 4.633,60 4.633,60 4.633,60 5.043,20 5.043,20 (+) Gastos com férias (8,33%) 385,98 385,98 385,98 385,98 420,10 420,10 (+) Gastos com 13º (8,33%) 385,98 385,98 385,98 385,98 420,10 420,10 (+) Gastos com 1/3 de férias 127,42 127,42 127,42 127,42 138,69 138,69 (=) Sub total 5.532,98 5.532,98 5.532,98 5.532,98 6.022,09 6.022,09 (+) INSS (2,7%) 149,39 149,39 149,39 149,39 162,60 162,60 (+) FGTS 8% 442,64 442,64 442,64 442,64 481,77 481,77 (=) Custo Total Mão de Obra mês 6.125,01 6.125,01 6.125,01 6.125,01 6.666,45 6.666,45 Produção Mensal Litros 71.363 70.061 61.891 61.146 56.638 40.527 Custo com Mão de Obra por

Litro

0,09 0,09 0,10 0,10 0,12 0,16

ITEM

Mar-15 abr-15 mai-15 jun-15 jul-15 Ago-15

R$ R$ R$ R$ R$ R$ Número de Funcionários 3 3 3 3 3 3 Salário Base 4.728,00 4.728,00 4.728,00 4.728,00 4.728,00 4.728,00 Insalubridade 315,20 315,20 315,20 315,20 315,20 315,20 Número de Horas 50% Número de Horas 100%

Valor Hora Extra 50% 32,24 32,24 32,24 32,24 32,24 32,24 Valor Hora Extra 100% 42,98 42,98 42,98 42,98 42,98 42,98 Total Horas Extras 50% - - - - Total Horas Extras 100% - - - - Descanso semanal remunerado

50%

Descanso semanal remunerado 100%

Salário Total 5.043,20 5.043,20 5.043,20 5.043,20 5.043,20 5.043,20 (+) Gastos com férias (8,33%) 420,10 420,10 420,10 420,10 420,10 420,10 (+) Gastos com 13º (8,33%) 420,10 420,10 420,10 420,10 420,10 420,10 (+) Gastos com 1/3 de férias 138,69 138,69 138,69 138,69 138,69 138,69 (=) Sub total 6.022,09 6.022,09 6.022,09 6.022,09 6.022,09 6.022,09 (+) INSS (2,7%) 162,60 162,60 162,60 162,60 162,60 162,60 (+) FGTS 8% 481,77 481,77 481,77 481,77 481,77 481,77 (=) Custo Total Mão de Obra mês 6.666,45 6.666,45 6.666,45 6.666,45 6.666,45 6.666,45 Produção Mensal Litros 47.374 51.417 54.483 67.513 70.270 77.359 Custo com Mão de Obra por

Litro

0,14 0,13 0,12 0,12 0,12 0,13 Fonte: dados coletados durante a pesquisa (2015)

Atualmente a propriedade conta com a colaboração de 3 funcionários, onde cada um recebe um salário mensal de R$ 1.576,00, mais insalubridade de 20% aplicado ao salário mínimo federal. O custo total mensal no maior período é de R$ 6.666,65, que engloba salários, adicionais, proporção para férias, 13º sobre férias, encargos sociais e trabalhistas. Ao

(37)

analisar mão-de-obra com relação produção, o valor mais elevado foi em fevereiro 2015 ficando em R$ 0,16, isso ocorreu em função de que a produção ter recaído bruscamente, devido a greve que acometeu em perda da produção, ou seja, desperdício na atividade. A propriedade recolhe FGTS de 8% e alíquota de 2,7% de INSS para contribuição a outras entidades.

4.2.6 Custo direto variável

Nos custos diretos variáveis são apresentados os custos com depreciação dos animais, mão-de-obra, medicamentos, pastagem de inverno, pastagem de verão, ração para animais produtivos e no período pré-parto, sal mineral, silagem de milho e aveia para os animais.

Quadro 7 - Custo direto variável

Custos Diretos Variáveis set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15 fev/15 Mão de Obra 6.125,01 6.125,01 6.125,01 6.125,01 6.666,45 6.666,45 Medicamentos 2.540,00 2.630,00 2.480,00 2.480,00 2.620,00 2.530,00 Pastagem Inverno (aveia e azevem) 1.596,86 1.596,86 0,00 0,00

Pastagem de verão 435,52 435,52 435,52 435,52

Ração 22% de Proteina 25.214,93 24.754,89 23.656,50 23.784,80 26.288,00 28.408,00 Ração Pré Parto anim. Reprod. 120,00 120,00 120,00 120,00 120,00 120,00 Sal Mineral com anim. Reprod. 800,00 800,00 800,00 800,00 800,00 800,00 Silagem Milho em Grão anim. Reprod 5.412,98 5.419,02 5.246,48 5.021,61 5.074,47 5.152,03 Silagem aveia em Grão anim. Reprod. 4.934,33 4.934,33 4.934,33 4.934,33 4.934,33 4.934,33 Total Custo Variável Direto 41.809,78 41.445,77 38.863,51 38.766,94 42.004,43 44.112,00 Produção Mensal Litros 71.363 70.061 61.891 61.146 56.638 40.527 Custo Variável Direto por Litro 0,59 0,59 0,63 0,63 0,74 1,09

Custos Diretos Variáveis mar/15 abr/15 mai/15 jun/15 jul/15 ago/15 Mão de Obra 6.666,45 6.666,45 6.666,45 6.666,45 6.666,45 6.666,45 Medicamentos 2.560,00 2.490,00 2.560,00 2.490,00 2.510,00 2.630,00 Pastagem Inverno (aveia e azevem) 0,00 1.596,86 1.596,86 1.596,86 1.596,86 1.596,86

Pastagem de verão 435,52 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Ração 22% de Proteina 26.478,80 26.860,40 28.675,20 28.195,20 28.588,80 29.331,40 Ração Pré Parto anim. Reprod. 120,00 120,00 120,00 120,00 120,00 120,00 Sal Mineral com anim. Reprod. 800,00 800,00 800,00 800,00 800,00 800,00 Silagem Milho em Grão anim. Reprod 5.224,56 5.192,98 5.267,08 5.208,65 5.285,36 5.412,98 Silagem aveia em Grão anim. Reprod. 4.934,33 4.934,33 4.934,33 4.934,33 4.934,33 4.934,33 Total Custo Variável Direto 42.285,33 43.726,69 45.685,59 45.077,15 45.567,46 46.557,69 Produção Mensal Litros 47.374 51.417 54.483 67.513 70.270 77.359 Custo Variável Direto por Litro 0,89 0,85 0,84 0,67 0,65 0,60 Fonte: dados coletados durante a pesquisa (2015)

Para obter o custo direto variável por litro é necessário dividir os custos variáveis totais pela produção em litros mensal. Após analisar o estudo observa-se que o mês que

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