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Academic year: 2021

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16°

TÍTULO: A VIABILIDADE DO ACESSO AOS DIREITOS Á PESSOA IDOSA ATRAVÉS DO CRAS. TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS ÁREA:

SUBÁREA: SERVIÇO SOCIAL SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: FACULDADES INTEGRADAS DE BOTUCATU INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): LETICIA MOÇO SANTILONI AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): PRISCILA SALES PICOLI ORIENTADOR(ES):

COLABORADOR(ES): NILZA PINHEIRO DOS SANTOS COLABORADOR(ES):

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A VIABILIDADE DO ACESSO AOS DIREITOS Á PESSOA

IDOSA ATRAVÉS DO CRAS.

Resumo

Diante do atual contexto social e demográfico, nos deparamos com a longevidade, como um aspecto crescente. A população idosa tem aumentado gradativamente, e com isso apresentando questões emergentes que devem ser consideradas do ponto de vista do direito . Nessa perspectiva, o maior desafio na atenção à pessoa idosa é conseguir contribuir para que apesar das progressivas limitações esses ainda consigam redescobrir possibilidades de viver com melhor qualidade de vida, esse papel é fundamentado por meio das politicas publicas que garantam os direitos sociais. As politicas sociais devem dar subsidio as necessidades apresentadas por essa população, levando em consideração as necessidades especificas decorrentes do processo de envelhecimento, dentre essas a acessibilidade, para tanto ao considerarmos os idosos incluídos nesse processo se faz necessário analisar como a politica social tem sido aplicada junto a essa população bem como analisar as concepções dos idosos sobre seus direitos. O Sistema Único de Assistência Social pode garantir o acesso aos direitos por meio da politica de Assistência Social portanto se faz importante verificar se por intermédio do CRAS tem facilitado o acesso dessa população aos seus direitos, ou seja se o trabalho da politica publica tem sido efetivo nesse contexto.

Palavras chave: acessibilidade- direitos - pessoa idosa

Introdução

O presente trabalho busca discutir a questão dos direitos das pessoas idosas, bem como se este público conhece e acessa os direitos a eles pertinentes e qual o papel do CRAS na viabilização do acesso aos direitos da pessoa idosa.

O desenvolvimento humano se constitui por etapas e abrange os ciclos de vida, perpassando pela a infância, idade adulta e à velhice, que significa um tempo em que as pessoas legitimamente, são portadoras de direitos, honras e respeito por terem vivido tanto tempo, guardando ensinamentos e vigor para estimularem e inspirarem novas gerações, bem como vivenciam vulnerabilidades decorrente da idade.

Estas vulnerabilidades estão atreladas ao afastamento da família, problemas de saúde e dificuldades financeiras. Então, é na terceira idade em que as pessoas podem ficar relegadas, esquecidas, sedentárias, assistindo solitariamente os anos avançarem, mas precisam de convivência com família, de dignidade, de respeito.

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Assim, o envelhecimento se constitui como processo natural da vida, da qual é essencial ampliar o olhar para questão do acesso aos direitos pertinentes a esta demanda, porque vivenciam vulnerabilidades especificas da idade.

Portanto, buscou-se verificar se essa população idosa conhece os direitos que lhe são garantidos em lei, se utilizam e se possuem dificuldades de acessa-los e se o trabalho desenvolvido no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) possibilita a facilidade desse acesso.

Objetivos

 Avaliar o entendimento dos idosos quanto a seus direitos, bem como às

dificuldades enfrentadas quanto ao seu acesso.

 Analisar aspectos socioeconômicos e familiares dos idosos atendidos no

CRAS Central;

ASPECTOS METODOLÓGICOS

A pesquisa foi realizada com uma amostra probabilística intencional composta por 30 idosos que foram atendidos no ano de 2015, no CRAS Central (Centro de Referência de Assistência Social) o que corresponde a 85,70% da total da amostra.

A coleta de dados foi realizada com aplicação de um formulário contendo perguntas abertas e fechadas no período de Abril e Maio de 2016, através de entrevista previamente agendada no próprio CRAS e ou em visitas domiciliares. Os participantes da pesquisa receberam o termo de consentimento livre e esclarecido, quando será explicada a eles a finalidade/objetivo da pesquisa.

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DESENVOLVIMENTO

O processo de envelhecimento é uma causa natural, mas nem sempre estamos preparados para lidar com essa realidade. Observamos que antigamente a população vivia menos, mas hoje a expectativa de vida esta aumento em decorrências dos avanços tecnológicos e essa tendência irá aumentar.

O envelhecer é um processo natural do homem. Queiramos ou não estamos envelhecendo dia após dia, visto que “envelhecer” é um processo fisiológico e natural pelos quais todos os seres vivos passam, e em especial o ser humano.(CALDAS,1998)

Mas mesmo o envelhecimento sendo considerado um processo natural, as experiências do envelhecimento não são iguais para todos. Isso nos remete a analisar o que é oferecido para a pessoa idosa desprovida de recursos financeiros que consigam custear os gastos relacionados ao processo de envelhecimento e o que as mesmas reconhecem como direito.

Para FONTAINE (2005):

O envelhecimento é visto como um processo de degradação progressivo e diferencial que afeta todos os seres vivos e o seu termo natural é a morte do organismo. É assim impossível datar o seu começo, porque de acordo com o nível no qual ele se situa (biológico, psicológico ou sociológico), a sua velocidade e gravidade variam de indivíduo para indivíduo.

Mesmo vivendo num mundo contemporâneo e com todas as leis que garantem direitos à pessoa idosa, eles ainda acabam tendo seus direitos violados. Assim a família deve ser o suporte do idoso, pois para ambos idoso e família, o envelhecimento é sempre um desafio quando não estão preparados.

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Para auxiliar o acesso à garantia dos direitos da pessoa idosa o CRAS tem por objetivo ser facilitador, sempre almejando a efetivação de seus direitos que estão constituídos em leis. O Serviço Social tem muito a contribuir com a população idosa na implementação e implantação de políticas públicas visando o respeito e a dignidade dessa população que muito tem a contribuir com a sociedade com seus conhecimentos e experiências adquiridas ao longo de suas vidas.

O CRAS é um serviço de atendimento as famílias com vulnerabilidade social, por meio de um sistema descentralizado, conforme normativas do Sistema Único de Saúde. As ações do CRAS são para atender as necessidades sociais emergentes e objetiva conhecer a realidade social desses sujeitos, além de promover o acesso aos direitos por meio de programas e projetos sociais com o intuito de fortalecimento de vínculos e melhoria na qualidade de vida.

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RESULTADOS

GRÁFICO 1 –Dados referentes a Situação civil, Faixa etária dos idosos, número de membros na residência, o Grau de parentesco dos que residem com o idoso, Número de filhos(as) que possuem, se os Idosos visitam os Filhos(as), a Avaliação do idosos sobre o relacionamento com os Filhos(as), com que periodicidade o idoso é visitado pelos Filhos(as).

Podemos observar que 50,00% dos idosos entrevistados são divorciados, destes 30,00% estão na faixa etária entre 60 e 65 anos de idade; 40,00% residem com 1 a 2 membros e 33,33% residem sozinhos; 56,67% dos idosos possuem de 1 a 2 filhos, destes 30,00% não visita os filhos; 43,33% avaliam o relacionamento com os filhos como ótimo, destes 20,00% é visitado pelos filhos semanalmente.

Quanto a caracterizações dos idosos entrevistados, notamos que a metade é divorciado, no entanto reside com mais de uma pessoa. Podemos referir ainda que os idosos consideram o relacionamento com os filhos ótimo.

50,00% 30,00% 73,33% 33,33% 56,67% 30,00% 43,33% 20,00% SITUAÇÃO CIVIL FAIXA ETÁRIA N DE MEMBROS GRAU DE PARENTESCO N DE FILHOS VISITA OS FILHOS AVALIAÇÃO DE RELACIONAMENTO VISITADO PELOS FILHOS

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GRÁFICO 2 – Dados referentes a Renda do idoso, sua Ocupação, Sexo, Escolaridade, Situação Habitacional, Renda familiar, Faixa etária.

Verificamos que dos idosos entrevistados, 66,67% possuem renda de 1 a 2 salários mínimos, destes 23,33% são aposentados; 56,67% são do sexo feminino, destes 40,00% possuem o ensino fundamental incompleto; 33,33% residem em casa própria e quitada e 36,67% residem em casa cedida; 73,33% possuem renda familiar de 1 a 2 salários mínimos, destes 40,00% estão na faixa etária de 60 a 65 anos de idade.

Podemos observar que os idosos entrevistados em sua maioria são do sexo feminino, aposentados e a renda familiar é proveniente da aposentadoria. 66,67% 23,33% 56,67% 40,00% 33,33% 36,67% 73,33% 40,00% RENDA OCUPAÇÃO SEXO ESCOLARIDADE SITUAÇÃO HABITACIONAL VALOR RENDA FAMILIAR FAIXA ETÁRIA

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GRÁFICO 3 – Dados referentes ao Acesso do primeiro Atendimento, o Tipo de atendimento, se obteve Facilidade para receber o Serviço, o Tempo que esta referenciado, Dificuldades de acesso aos direitos, Principal mudança na vida do Idoso após ser referenciado.

Podemos observar que dos idosos entrevistados, 53,33% tiveram acesso ao primeiro atendimento por demanda espontânea, destes 23,33% buscando por auxílio alimentação; 100,00% tiveram facilidade no atendimento de sua necessidade, destes 50,00% estão referenciados no serviço.de 1 a 2 anos; 93,33% não tiveram dificuldades ao acesso de seus direitos; 59,09% a alimentação proporcionou mudanças na vida..

Estes dados demonstram que os idosos entrevistados chegaram até CRAS de forma espontânea buscando auxílio alimentação e estão referenciados no serviço de um a dois anos, e todos obtiveram facilidade para receber o serviço que buscavam e esse serviço ocasionou a melhoria na alimentação. 53,33% 23,33% 100,00% 50,00% 93,33% 59,09% ACESSO DO PRIMEIRO ATENDIMENTO TIPO DE ATENDIMENTO FACILIDADE PARA RECEBER O SERVIÇO TEMPO REFERENCIADO DIFICULDADES DE ACESSO MUDANÇAS

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GRÁFICO 4 – Dados referentes se o idoso esta inserido em Programa de Transferência de Renda, se possuem conhecimento dos direitos à pessoa idosa, se utiliza os seus direitos.

Verificamos que 76,67% dos idosos entrevistados não esta inserida em nenhum programa de transferência de renda, destes 50,00% por não atender a elegibilidade do programa;. 28,72% conhecem o transporte como direito do idoso e 29,79% conhecem como direito a fila preferencial; 80,00% dos idosos não pagam o transporte público e 90,00% utilizam a fila preferencial.

Podemos concluir que grande parte dos idosos não estão inseridos nos programas de transferência de renda devido ao fato de não atender a elegibilidade, a maioria dos idosos conhecem seus direitos e fazem uso dos mesmos, dentre os citados o transporte publico e a fila preferencial e são isentos da cobrança do transporte público e possuem preferencia nas filas.

76,67% 50,00% 28,72% 29,79% 80,00% 90,00% FAMÍLIA INSERIDA EM PROGRAMAS DE TRANSFERÊNCIA DE RENDA CONHECIMENTO DOS DIREITOS

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Considerações finais

O envelhecer é um processo natural de todos os seres humanos e está cada vez mais presente, esse processo caracteriza-se pelo constante aumento da

expectativa de vida e a queda da fecundidade. Dessa forma, o maior desafio na

atenção à pessoa idosa é conseguir contribuir para que apesar das progressivas limitações que possam ocorrer, ainda consigam redescobrir possibilidades de viver sua própria vida com uma melhor qualidade de vida. Para que essa população obtenha qualidade de vida além do lazer, estilo de vida é necessário facilitar o acesso aos seus direitos. ,Assim se faz necessários que as politicas publicas seja articuladas.

Dessa forma, ao concluir esse trabalho notamos que os idosos reconhecem seus direitos e o acesso tem sido facilitado pela politica de assistência social e através do CRAS.

Referencias :

BRASIL. Secretária de Desenvolvimento Social. Proteção Básica. Disponível em: http://www.desenvolvimentosocial.sp.gov.br/portal.php/assistencia_basica

Acesso em: 14 dez. 2015.

CALDAS, C. P. A saúde do idoso: a arte de cuidar. Rio de Janeiro: Editora EdUERJ, 1998

CHAIMOWICS, F. A saúde dos idosos brasileiros às vésperas do século

XXI: problemas, projeções e alternativas. Revista saúde Pública, São Paulo,

v.31, n.2, p. 193, 1997.

DUARTE, Y. A. O. Serviços de atendimento aos idosos. In: CERQUEIRA, A. T. A. R.; OLIVEIRA, N. I. L. Compreendendo e cuidando do Idoso: uma

abordagem multiprofissional. Botucatu: Faculdade de Medicina de Botucatu,

2006. Cap. 11, p. 183-199.

FONTAINE, R. (2005). Psicologia do Envelhecimento. Lisboa: Climepsi Editores.

IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. População brasileira

envelhece em ritmo acelerado. 2008.

Disponível em:

http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php

Referências

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