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Academic year: 2021

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EXPLORAÇÃO SEXUAL FEMININA DE ADOLESCENTES

IMPERIANO, Roberta Lopes LINS, Raquel de Farias CADENA JÚNIOR, José Everaldo Barbosa RIBEIRO, Gerson da Silva

RESUMO

A exploração sexual comercial de crianças e adolescente é um problema inserido na cultura da civilização há centenas de anos. Na Grécia Antiga, garotas eram exploradas desde muito novas; aos cinco anos meninas escravas eram comercializadas para a prostituição. Diante do exposto, este estudo tem como objetivo pesquisar os fatores que levam a exploração sexual feminina de adolescentes. A cada dia que passa podemos perceber que a exploração sexual feminina de adolescentes está mais presente em nosso meio, e começa a ser praticada mais cedo. O número pode chegar à pelo menos 100 mil crianças e adolescentes explorados sexualmente, conforme levantamento divulgado em 2001 pelo UNICEF, a situação brasileira figura como uma das piores do mundo. Só é superada pelos Estados Unidos, Índia e Tailândia. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica desenvolve sob a prerrogativa de tentar explicar a problemática da exploração sexual feminina de adolescentes, obedecendo as normas preconizadas pela ABNT. É fato que tanto a prostituição adulta quanto a infanto-juvenil atingem muito mais mulheres e meninas do que pessoas do sexo masculino. As crianças e adolescentes sacrificam a liberdade e o direito pelo próprio corpo por quantias ínfimas, um prato de comida ou um pouco de droga. O ingresso no mercado do sexo passa, então, pela necessidade de sobrevivência e pelas fantasias. O tráfico para fins sexuais é predominantemente de mulheres e garotas negras e morenas. As adolescentes de 16 e 17 anos são as mais traficadas.

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ABSTRACT

Commercial the sexual exploration of children and adolescents is an inserted problem in the culture of the civilization has hundreds of years. In Old Greece, girls were explored since very new; to the five years enslaved girls they were commercialized for prostitution. Ahead of the displayed one, this study she has as objective to search the factors that take the feminine sexual exploration of adolescents. To each day that passes we can perceive that the feminine sexual exploration of adolescents is more present in our way, and starts to be practised more early. The number can arrive at least the 100 a thousand children and adolescents explored sexually, as survey divulged in 2001 for the UNICEF, the Brazilian situation figure as one of the worse ones of the world. It is only surpassed by the United States, India and Thailand. One is about a bibliographical research develops under the prerogative to try to explain problematic of the feminine sexual exploration of adolescents, obeying the norms praised for the ABNT. It is fact that as much adult prostitution how much the infanto-youthful one reaches much more women and girls of whom people of the masculine sex. The children and adolescents sacrifice the freedom and the right for proper body for lowermost amounts, a plate of food or one little of drug. The ingression in the market of the sex passes, then, for the necessity of survival and the fancies. The traffic for sexual ends is predominantly of black and brown women and girls. The adolescents of 16 and 17 years are trafficked. Keywords: prostitution - sexual exploration - adolescents

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CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A exploração sexual comercial de crianças e adolescente é um problema inserido na cultura da civilização há centenas de anos. Na Grécia Antiga, garotas eram exploradas desde muito novas; aos cinco anos meninas escravas eram comercializadas para a prostituição. Seus “donos” exploravam seus serviços sexuais desde pequenas para compensar os gastos com seu sustento. Desde os tempos mais remotos, o fenômeno da exploração sexual foi tomando novas formas e sofrendo alterações de acordo com o contexto em que estava inserido. Hoje, é uma espécie de tentáculo do crime organizado, ligada diretamente ao tráfico de drogas, de armas e de pessoas (ANDRADE, 2003).

A palavra prostituir vem do verbo latino prostituere, que significa expor publicamente, por à venda, referindo-se às cortesãs de Roma que se colocavam na entrada das casas de devassidão. A palavra sempre esteve acompanhada de uma conotação negativa, e, quando envolve crianças e adolescentes, a situação agrava-se, já que a sociedade prefere não ver o problema, opta por omitir-se ou negar que ele existe e está presente no dia-a-dia das pessoas.

A Organização das Nações Unidas (ONU) amplia essa definição e considera a prostituição como o "processo em que as pessoas mediante remuneração de maneira habitual, sob quaisquer formas, entregam-se às relações sexuais, normais ou anormais com pessoas do mesmo sexo ou do sexo oposto, durante todo o tempo". Completa a definição dizendo que o ato sexual comercial é como qualquer ato sexual, em que algo de valor seja dado ou recebido por alguém.

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Sendo a prostituição um fenômeno complexo, não é possível abordá-la em todos os seus aspectos. Nossa intenção é provocar uma reflexão sobre a exploração sexual feminina de adolescentes, apontando aspectos de vulnerabilidade, alguns particulares do sexo comercial e outros gerais de todas as mulheres. As profissionais do sexo atuam no imaginário masculino como mulheres que podem ofertar prazeres e práticas sexuais diferenciados, especiais, incomuns. É sobre esse imaginário que a mulher negocia o “programa”, mas não necessariamente o concretiza.

Apesar de a prostituição não ser considerada ato ilícito passível de punição, no Código Penal brasileiro, capítulo V, artigos 227-232, a atitude frente às mulheres, profissionais do sexo, é normalmente condenatória, moralista e punitiva. Sua situação de saúde é afetada de forma negativa pela falta de discussões amplas e de políticas públicas específicas. É importante destacar que o termo “profissional do sexo” não é suficiente para as realidades que se apresentam.

Os dados epidemiológicos no Brasil apontam com exatidão a tendência no aumento dos casos de AIDS entre mulheres, em que a proporção masculina / feminina vem diminuindo a cada ano, em que de 16,3/1 (1986), cai drasticamente par 1,7/1 (2002), na faixa etária de 13 anos ou mais, segundo dados do boletim epidemiológico da AIDS do Ministério de Saúde (BRASIL, 2002).

No Brasil, dados relativos à faixa etária, no período de 1980 a 2002 (BRASIL, 2002 c), mostram que a maior concentração dos casos de AIDS tem ocorrido na faixa etária de 20 a 49 anos. Portanto, ao analisarmos que o intervalo de tempo entre a contaminação pelo vírus HIV e o aparecimento dos primeiros sintomas da doença podem prolongar-se por até 10 anos, infere-se que o contingente de adolescentes e adultos jovens que sendo infectado é muito alto (BOTELHO, 2003).

A adoção de medidas que estabelecem estratégias eficazes de prevenção neste segmento da sociedade, os profissionais do sexo, tão carentes e excluídos, trará não só benefícios sociais, individuais e coletivos, como também redução de recursos públicos, que poderiam ser destinados a outras finalidades (BOTELHO,

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2003). Ditas medidas deverão ser aplicadas também junto aos usuários de drogas.

Botelho, 2003, aconselha que os temas abordados devem incluir desde a sexualidade em seus amplos aspectos, como também aqueles que lhes dão próprio, como prostituição e suas várias dimensões, organização em grupo, violência, proteção, relações de gênero e outros temas sugeridos a partir dos próprios sujeitos. Acreditamos que essas estratégias possam colaborar cada vez mais para com a autodeterminação de que são capazes, no sentido de adotar fatores de proteção tanto para as vidas, como também na prevenção as DSTs/AIDS e promoção à saúde integral.

Medidas preventivas adotadas em toda sua plenitude junto a esses grupos, tornando-os informados e orientadas, com certeza, diminuiria o agravamento de tão grande mal, já que estas poderiam se tornar agentes multiplicadores.

Durante uma pesquisa realizada junto as profissionais do sexo na cidade de João Pessoa-PB, percebemos também, que grande parte destas, são adultas jovens, tendo iniciado suas práticas sexuais desde o início da adolescência, possuem baixo grau de escolaridade e não residem com os seus familiares. Daí o interesse em pesquisar os fatores que levam a prática da prostituição em adolescentes.

Diante do exposto, este estudo tem como objetivo pesquisar os fatores que levam a exploração sexual feminina de adolescentes, analisando os supostos sócio-econômicos da violência perpetrada contra as adolescentes no que diz respeito à exploração sexual, levando os leitores a refletirem quanto às medidas a serem adotadas visando à prevenção e repressão da exploração sexual infanto-juvenil.

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CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS

A prostituição é a mais antiga profissão do mundo, tendo suas raízes no desenvolvimento histórico do patriarcado Roberts (1998).

No século VI a.C., a prostituição na Grécia foi influenciada pela religião, na qual os deuses eram cultuados com a prática de ritos sexuais, onde o dinheiro recebido pelas mulheres era enviado para os cofres dos sacerdotes que eram gerentes dos “bordéis”.

Na virada do século VI a.C., o governo de Atenas considerou as mulheres como esposas ou prostitutas, declarando que grande parte dos rendimentos adquiridos nos templos com a prostituição iria para o governo e de acordo com Roberts (1998), “pela primeira vez na história, as mulheres estavam sendo cafetinadas – oficialmente. [...] Assim nasceram a cafetinagem estatal e privada” (p.37). E nesse desenrolar, algumas mulheres foram adquirindo autonomia financeira para sair dos templos e criar seus próprios bordeis ou até mesmo iniciar a prostituição de rua, onde aqui também, o Estado propunha formas de controlar esses rendimentos.

As condições de vida nesses locais eram pavorosas e insalubres, os salários não eram pagos a elas, mas para os funcionários homem que administravam o bordel, fazendo com que essas prostitutas adquirissem através de lisonjas “presentes” dos seus clientes (BOTELHO, 2003).

A partir do século XII durante a idade Média, os bordéis passaram por um adormecimento por parte das Cortes e da Igreja, pois foi um período cheio de turbulência, onde evidenciaram as doenças venéreas como o

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“esquentamento”, parte delas comumente confundidas com a Morte Negra (ou peste negra).

Em meados do século XV fecharam-se os bordéis por conta das epidemias. Apesar disso, tal fato não conseguiu acabar com a prostituição; mais tarde, no entanto, novos bordéis surgiram ou foram reabertos em outras regiões.

A partir do século XX os bordéis entraram numa nova fase de lucratividade e popularidade, na qual a prática do sexo estimula as produções de filmes pornográficos e sucessos musicais da época. A prostituição ganha um aspecto novo porque descentraliza um pouco do exclusivismo dos administradores de prostíbulos. Desta forma, já é presenciada a existência da prostituição autônoma, na qual profissionais do sexo (prostitutas, travestis e michês), transitam e freqüentam hotéis, ruas e avenidas das grandes cidades em busca de sua sobrevivência.

Roberts (1998) relata que atualmente ainda estão muitos presentes, como se tal contexto fosse característica somente de modernidade:

E não há como escapar do fato que muitas mulheres realmente escolhem a prostituição como uma carreira considerando-a um caminho para a liberdade, um meio de controlar suas próprias vidas e uma alternativa positiva para a tirania do regime doméstico (p.40).

Com isso, não se trata de naturalizar a prostituição, mas por outro lado não há como negar que alguns fatores como desfrutar de plena autonomia econômica, liberdade, domínio sobre si e ao redor e o trabalho independente, se apresentam nos bastidores desse cenário como uma dos determinantes da prostituição em geral (BOTELHO, 2003).

A cada dia que passa podemos perceber que a exploração sexual feminina de adolescentes está mais presente em nosso meio, e começa a ser praticada mais cedo. É uma faixa etária que, se bem estruturada, poderá enfrentar a vida adulta de maneira mais digna, como sujeitos de direitos que são.

As dimensões da violência praticada contra as adolescentes se traduzem em diversos aspectos, como físicos, afetivos/emocionais e psicológicos, intervindo negativamente no processo de crescimento e desenvolvimento naturais destas jovens.

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Permeada de preconceitos e discriminações, a problemática tem nuanças culturais, sociais, econômicas, éticas e até políticas, que envolvem não só a criança ou adolescente, que carregarão o estigma e as conseqüências dessa violência pelo resto da vida, mas também a família – às vezes incentivadora da prática – aliciadores, clientes e agenciadores, unidos por uma rede de silêncio, conivência, omissão, impunidade e violência, sustentada pelo lucro. Estimativas revelam que todos os anos um milhão de crianças em todo o mundo entram para o multibilionário mercado do sexo, como calculou, em 1995, a organização tailandesa End Child Prostituition in Asian Tourism, citada pelo The United Nations Children's Fund (UNICEF). No Brasil, o número pode chegar à pelo menos 100 mil crianças e adolescentes explorados sexualmente, conforme levantamento divulgado em 2001 pelo UNICEF, a situação brasileira figura como uma das piores do mundo. Só é superada pelos Estados Unidos, Índia e Tailândia (ANDRADE, 2003).

As autoridades públicas devem viabilizar o planejamento de políticas sociais de saúde, objetivando ações de promoção e proteção à saúde dos adolescentes em situação de risco social.

A exploração sexual feminina de adolescentes não é mais uma ficção, um fenômeno desconhecido ou algo que esteja distante de cada um de nós. Embora para muitos não seja perceptível no cotidiano, na ultima década, ela tem se desvelado através de diversas formas por pesquisadores, pela mídia com seus documentários/reportagens e até mesmo pela Internet (BOTELHO, 2003).

Certamente, não se trata de um tema ligado, academia, à saúde, à cidadania, à justiça ou às políticas publica social, mas sim a todos nós, membros da sociedade civis, instituições publicam, organizações não-governamentais, entre outras (BOTELHO, 2003).

A urgência em se estabelecerem à implantação de políticas e programas sociais de prevenção, recuperação e promoção à saúde que tenham como objetivo garantir o pleno desenvolvimento biopsicisocial das nossas adolescentes como sujeitos de direito, relevando e intervindo em seus múltiplos fatores determinantes (BOTELHO, 2003).

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Ao trabalhar com o termo prostituição de adolescentes, contemplamos o fenômeno baseado em Saffiot (1989), como exploração sexual e que se configura sob duas dimensões, “Uma delas confunde-se com o conceito de exploração econômica, ou seja, tem o lucro por objetivo. A segunda diz respeito à obtenção de vantagens de outra ordem por parte do explorador” (p.49). Essas vantagens estariam relacionadas ao prazer que causariam para um adulto, e como consequência, prejuízo para o desenvolvimento da saúde mental dessas adolescentes (BOTELHO, 2003).

Pela própria proibição e clandestinidade da exploração sexual de adolescentes, não há como dimensioná-la estatisticamente com dados confiáveis, mas já temos fortes indícios de que números não são nada confiáveis. Mas para nós, bastaria que uma única criança ou adolescente ao expor seu corpo e sua intimidade em troca de dinheiro, drogas, favores ou bem material, fosse assumida por todos nós de forma a resgatá-la dessa situação e socializá-la. E Gomes (1996) completa esse raciocínio ao citar uma pesquisa na qual “estima que entre 1015 adolescentes de 6 a 20 anos de idade, pelo menos 50% sobrevivem da prostituição constante, e os outros recorrem a essa prática esporadicamente”.

Segundo Gomes, 1996, para que a prostituição infanto-juvenil seja reconhecida como um problema sério a ser enfrentado é preciso que a quantificação seja explicitada.

O Estatuo da Criança e do Adolescente (ECA) de 1990 em seu artigo 2º, considera criança, para efeitos dessa lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescentes aquela entre 12 (doze) e 18 (dezoito) anos de idade.

A exploração sexual comercial de crianças e adolescente pode ser analisada sob várias óticas. É uma problemática ampliada ainda mais em conseqüência dos fatores de vulnerabilidade intrínsecos na história e na cultura dos povos. A concepção de que a mulher e a criança devem ser submissas tornando-se seres dominados pelos homens, que passaram a definir o papel que deveriam cumprir na sociedade, fortalece os pensamentos machistas, patriarcais e dominantes que se estende ao longo dos tempos. As relações de poder estão presentes desde os períodos escravagista, colonial e republicano no Brasil,

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caracterizando-se pela subjugação do outro que se encontra em situação inferior. Além disso, crianças e adolescentes foram considerados pela sociedade brasileira, por pelo menos quatro séculos, como indivíduos sem direitos (ANDRADE, 2003).

Vale lembrar que na exploração sexual feminina de adolescentes, encontra-se associada as mais diversas formas de violência, seja ela social, sexual ou física e psicológica, motivos que muitas vezes podem contribuir para o ingresso na profissão. Contudo, não há como isolarmos o fenômeno dos diversos fatores determinantes como o uso, abuso e tráfico de drogas, situações de miséria e pobreza, abuso sexual muitas vezes dentro do próprio lar, violência de gênero nas suas relações e abuso do poder na hierarquia etária (BOTELHO, 2003).

A mesma autora afirma que o Brasil, pela sua imensa área, contribui com várias dimensões para a prostituição, desvelando características regionais próprias e muito marcantes.

Gomes (1996) revela que a região Norte por se caracterizar pelas áreas de garimpo, esconde a mais perversa das crueldades, em que se convive com uma extrema violência em conivência e omissão, podendo as instituições assumir diferentes atitudes: ou denunciam, ou se omitem, ou se corrompem, ou ainda ficam paralisadas pela impotência.

A região Centro-Oeste pela sua proximidade apresenta-se bem articulada com a região Norte, favorecendo o aliciamento de mulheres e meninas de Cuiabá e Goiânia com propostas de trabalho em lojas ou como garçonetes nos garimpos de Itaituba no Pará, onde acabam sendo mantidas em cativeiro com finalidade de exercer a prostituição.

Nos grandes centros urbanos, como Brasília, a prostituição se configura tanto pelo requinte em hotéis para hóspedes importantes, como na rua com meninas sendo exploradas sexualmente até por policiais (GOMES, 1996).

No Nordeste, em especial em São Luis, capital portuária do Maranhão, é noticiado por Alves (2001), no jornal O Estado do Maranhão, denúncias de exploração sexual pelas próprias adolescentes que relatam as aventuras, sonhos e desilusões a bordo de navios estrangeiros. Há, também, relatos daquelas que

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vivem ou viveram grandes amores, inclusive com promessas de casamento fora do país.

Com efeito, encontramos uma rede de exploração sexual muito bem articulada, que cada vez mais aspiram por adolescentes com idades cada vez menores, o que faz com que o problema seja velado de tal forma que dificulta possíveis investigações e o rompimento dessas atividades (BOTELHO, 2003).

Na região Sul, em Porto Alegre, Gomes (1996) cita que “existem gangues e quadrilhas especializadas em traficar e prostituir meninas”, inclusive sendo acobertadas por policiais, mantendo-as em cárcere privado em hotéis situados no centro da cidade. Uma característica marcante da prostituição se revela por anúncios de rádio para trabalhos domésticos e tentadoras promessas de que terão televisão em cores e poderão estudar.

Na rota até a região Sudeste, Gomes (1996) destaca em específico no Rio de Janeiro, que há pouca visibilidade do problema da prostituição infantil feminina.

Segue mencionando casos de meninas que vivem na rua, sofrendo violências sexuais, principalmente por parte de policiais, assim como de cafetões e cafetinas. Como não podia deixar de ser, o uso de drogas é comum em seus relatos, bem como o fato de traficantes as usarem para passar as drogas aos clientes.

Segundo Andrade (2003), a dificuldade para combater o problema esbarra na impunidade dos agressores e na pouca articulação dos agentes integrantes das redes de proteção. Além disso, a legislação brasileira está limitada e desatualizada com relação aos crimes sexuais. A repressão da polícia, lentidão da justiça, tolerância da sociedade e impunidade são enumerados pelos estudiosos do assunto como fatores que impedem a responsabilização dos culpados e contribuem para o aumento da violação dos direitos das crianças e adolescentes.

Em um outro estudo, Torres et al., 1999 apud Botelho, 2003, referem-se à prostituição, enfocando suas causas e perspectivas de futuro em grupo de jovens, em que os resultados demonstraram como causa principal a falta de

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condições financeiras e, como aspiração para o futuro melhor deixar a prostituição, trabalhar e terem uma profissão e uma vida digna.

No Brasil, a pobreza, ligada aos modelos econômicos de um país em desenvolvimento, mas em processo perene de empobrecimento provocado por várias crises, criou uma sociedade com péssimos índices sócio-econômicos. Cerca de 40% da população brasileira é considerada pobre. Parte deste total vive em extrema miséria. Os índices de desemprego aumentam todos os anos, provocando falência da estrutura financeira familiar. Tais fatores têm provocado o êxodo de milhares de pessoas para os grandes centros urbanos, inchando as cidades. A desestruturação econômica das famílias gera violência, a partir de problemas como o alcoolismo, o uso de drogas, a violência doméstica, tanto física como psicológica (ANDRADE, 2003).

A mesma autora afirma que a negligência, a omissão e os maus-tratos dos pais também aumentam a vulnerabilidade das crianças, que vêem na fuga de casa uma forma de se livrar da violência. Nas ruas, são facilmente aliciadas por exploradores e, para sobreviver, vendem o único bem que acreditam possuir: o corpo. Muitas crianças e adolescentes vítimas de exploração sexual vêm de lares com registro de abuso entre parentes, incluindo os pais.

Todos estes fatores, somados às elevadas taxas de evasão escolar, repetência, analfabetismo e falta de perspectivas sociais, empurram milhares de meninos e meninas para o mercado do sexo todos os dias. Com tudo isso, o comércio e o tráfico para fins de exploração sexual crescem, usando como matéria-prima para seu lucro indivíduos socialmente excluídos, vítimas de um sem-número de violências. Como qualquer um, esse negócio visa ao único objetivo das sociedades capitalistas: o acúmulo de divisas com a maior facilidade possível (ANDRADE, 2003).

Gomes (1994) chama a atenção para o problema da prostituição infantil como uma questão de Saúde Pública, pois “aponta-se pra a realidade distinta da prostituição em geral, configurando-se outro conjunto de determinações”.

O Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu art. 4º estabelece que “É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, afetivação dos direitos referentes à vida, à

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saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária”.

Portanto, para Botelho (2003), qualquer pesquisa que venha a contemplar adolescente terá que atravessar a questão de cidadania e resgatá-la, pois é importante lembrar que cidadania não é apenas falar de leis, há que se considerar o indivíduo e sua subjetividade, seus desejos, necessidades e afeto. Cidadania é sentir-se igual e com os mesmos direitos que os outros, é resgatar a própria identidade a auto-estima. Ao se pensar em cidadania, estamos pensando em melhor qualidade de vida, em bem estar, pois quando se têm relações satisfatórias com o mundo podemos desenvolver fatores protetores na vida de adolescentes. Ser e estar consciente da própria história é ter claro quem sou, e o que desejo, para a partir disso, poder pensar no que fazer para alcançar o que se quer.

Segundo Botelho (2003), mesmo se tratando de histórias de vidas diferentes entre as exploradas sexualmente, são encontradas semelhanças nas relações intrafamiliares conflituosas, ausência, abandono ou negligencia dos pais e familiares e situações de violência na adolescência, propiciando o inicio precoce da prática da prostituição.

Na fase de adolescência destas vítimas da exploração sexual o seio familiar não correspondeu satisfatoriamente no que tange às informações sobre sexualidade, tão necessárias nessa fase do desenvolvimento, deixando uma lacuna a ser preenchida por outras pessoas alheias ao convívio familiar (BOTELHO, 2003).

Afirma ainda Botelho (2003), que ao abandonar a família, as questões referentes à escassez, ou até mesmo à ausência de recursos financeiros, o baixo grau de escolaridade e a dificuldade de aceso ao trabalho contribuíram para o inicio e a continuidade da prática da prostituição pela necessidade de sobrevivência.

Também pressupomos que essas jovens, profissionais do sexo, que iniciara a prática da prostituição na adolescência compartilhem de sonhos e

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anseios quanto ao futuro, esperando e almejando construir tudo aquilo que lhes foi negado na adolescência: uma família (BOTELHO, 2003).

Segundo Botelho (2003) quando se trata de adolescentes exploradas sexualmente e/ou prostituídas, há com certeza uma implicação na deterioração física e psicológica, afetando e rompendo com sua individualidade e integridade moral no processo de crescimento e desenvolvimento natural. Nesse contexto, esses atores vão perdendo a autonomia, o direito sobre seu corpo e seu destino (mercadoria / valor de uso), pois passam desconstruir as relações de proteção e de direito individual e coletivo (fatores protetores), emergindo nesse cenário a presença de fatores de risco específicos no processo de construção de uma identidade própria.

Vivenciar nesse período, uma seqüência de situações traumáticas pode trazer grandes e turbulentas conseqüências para a idade adulta (BOTELHO, 2003).

Botelho (2003) comenta que o desenvolvimento de sexualidade começa na infância, e Monesi (1993) confirma isso ao expressar que a curiosidade sexual surge nessa fase, impulsionando para as primeiras descobertas sobre o sexo.

Trata-se de um período em que todos os segmentos da sociedade têm participação ativa, seja no convívio familiar, na escola, com professores e amigos, ou seja, nos veículos com trocas afetivas. O namoro, por exemplo, poderá ter seu valor estimado, dependendo de como foram sentidas as vivências anteriores e para a maioria dos adolescentes expressar a sua sexualidade poderá se dar de diversas formas, em que os primeiros contatos poderão ser frustrantes, com a presença ou não do amor para a aceitação do ato sexual (BOTELHO, 2003).

Com o advento da AIDS, a exploração sexual de adolescentes e a prostituição em geral passam a ser um alvo bem mais vulnerável à infecção pelo HIV, fatores bio-fisiológicos, quanto de fatores sociais. As DSTs/AIDS passaram a ser um risco ocupacional para quem o sexo se insere em sua matéria prima do trabalho, evidenciando-se a necessidade de mediadas preventivas que considerem as profissionais do sexo como sujeitos ativos de sua saúde, podendo

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criar a partir de estratégias bem delineadas e consolidadas a adoção de comportamentos protetores, reduzindo as situações de risco e vulnerabilidade (BOTELHO, 2003).

Segundo Botelho (2003), as adolescentes expostas às diversas situações em que vários mecanismos de risco estão atuando, como na exploração sexual, podem ser considerados uns segmentos da população de alta vulnerabilidade, pois na própria prostituição, encontramos inúmeras situações de risco, operando simultaneamente em varias dimensões.

CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS

O presente trabalho de pesquisa bibliográfica se desenvolve sob a prerrogativa de tentar explicar a problemática da exploração sexual feminina de adolescentes utilizando o conhecimento disponível a partir das teorias publicadas nos livros e obras congêneres (GIL, 1999). Para tanto, levanta-se o conhecimento disponível na área, identificando as teorias produzidas, analisando-as e avaliando sua contribuição para auxiliar a compreender e explicitar o tema em foco.

A pesquisa bibliográfica abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema da pesquisa, desde avulsas, boletins, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográficos e até meios de comunicação orais: rádio, gravações em fita magnética e audiovisual: filmes e televisão (LAKATOS, 2001).

O referido estudo foi realizado na FACULDADE DE ENFERMAGEM NOVA ESPERANÇA (FACENE), com consulta no acervo da biblioteca e internet, durante os meses de abril a junho de 2004, seguindo as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), vigente.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

É fato que tanto a prostituição adulta quanto a infanto-juvenil atingem muito mais mulheres e meninas do que pessoas do sexo masculino. O fenômeno, então, está relacionado com a organização social de gênero da sociedade, já que os aspectos psicológicos, sociais e políticos são moldados individualmente de acordo com o sexo (ANDRADE, 2003).

A submissão feminina e a dominação masculina estão presentes em todas as sociedades, das mais variadas culturas ao longo da história, independentemente da classe social. A exploração masculina sobre a mulher, a criança e o adolescente acabam sendo considerados como natural.

Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístico (IBGE), na década de 90, os 50% mais pobres ficaram com 14% da renda do País, enquanto que o 1% mais rico ficou com 13%. O levantamento mostra ainda que pelo menos quatro milhões de famílias com crianças de zero a seis anos de idade vivem com menos de meio salário mínimoper capita.

A violência estrutural resulta, de acordo com o Centro de Referência, Estudo e Ações sobre Crianças e Adolescentes (CECRIA), de relações econômicas precárias, em que a associação da pobreza com as relações internacionais de dependência cria situações favorecedoras da exclusão e as desigualdades sociais que levam à exploração de "muitos para garantir o privilégio de poucos". A miserabilidade afeta as relações sociais e familiares, gerando a violência doméstica, e favorece as migrações, a busca pelo emprego e

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o alcoolismo. A conseqüência da soma desses fatores é o aumento do número de crianças e adolescentes que fogem de casa e passam a viver nas ruas possibilitando a exploração sexual.

De acordo com Faleiros (1998), o funcionamento do mercado e da indústria do sexo, nos quais trabalham milhares de crianças e adolescentes, "gira em torno de um contrato sexual pré-estabelecido, em que o que é negociado, além do prazer oferecido, é a troca por proteção. A liberdade transforma-se numa relação de obediência e subordinação, em troca de condições de sobrevivência, traduzidas em salário, remuneração, alimentação, habitação".

As crianças e adolescentes sacrificam a liberdade e o direito pelo próprio corpo por quantias ínfimas, um prato de comida ou um pouco de droga. O ingresso no mercado do sexo passa, então, pela necessidade de sobrevivência e pelas fantasias, diferentes no adulto e na criança (ANDRADE, 2003).

O tráfico para fins sexuais é predominantemente de mulheres e garotas negras e morenas, com idade entre 15 e 27 anos. As adolescentes de 16 e 17 anos são as mais traficadas, o que leva também à contratação dos serviços de falsificação de documentos para poder embarcar as garotas para o exterior.

Os dados mostram também que os homens, 59%, aparecem como os principais aliciadores e agenciadores no recrutamento de mulheres, crianças e adolescentes nas redes de tráfico para fins sexuais. Eles são geralmente proprietários de boates e agências de outras atividades que fazem parte da rede de favorecimento. Estudos comprovam que a maioria das aliciadoras foi explorada sexualmente e passa a figurar como cooptadora de novas garotas.

Pesquisas realizadas comprovaram a existência de 241 rotas de tráfico para fins sexuais no Brasil. Destas, 131 são internacionais e 110 intermunicipais e interestaduais. Assim, em números absolutos, o tráfico interno é tão expressivo quanto o internacional. Tal quadro leva a crer que em pelo menos 42 rotas internacionais são traficadas crianças e adolescentes. A Espanha foi apontada como o destino mais freqüente das brasileiras, com 32 rotas, seguida pela Holanda, 11, e Venezuela, com 10 rotas.

Com relação aos trajetos interestaduais, mais de 80% envolviam o tráfico de adolescentes. As rotas intermunicipais estavam voltadas quase que

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exclusivamente para o tráfico de adolescentes. A pesquisa revelou ainda que em 26 rotas, tanto intermunicipais quanto interestaduais, foram traficadas crianças.

Por sua vez, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), no artigo 251, considera infração administrativa a ação de promover ou de facilitar a saída ou a entrada, no território nacional, de crianças e adolescentes, sem a observância do determinado pelos seus artigos 83, 84 e 85 (autorizações para viagens, por exemplo). Por fim, no artigo 244, tipifica como crime, genericamente, a submissão de crianças e adolescentes à prostituição e à exploração sexual. Dessa forma, é possível utilizar o artigo 244 do ECA para enquadrar como crime certas situações que não possam ser consideradas como tráfico, na forma do artigo 231, do Código Penal Brasileiro.

Por esses motivos, muitos especialistas concordam que a eliminação da violência sexual deve se dar em diferentes frentes, por meio de ações articuladas de prevenção, atenção, responsabilização e de defesa de direitos. A prevenção é a mais importante política de enfrentamento de um problema tão grande para Faleiros,1998.

Segundo Neide Castanha, o governo sabe que é preciso atender as crianças, mas não se sabe quem são e onde estão. "As pessoas no Brasil são muito conservadoras, ao mesmo tempo em que há um clamor da sociedade para que as coisas se resolvam rápido. O problema é que faltam investimentos em estudos", afirma. Para a doutora em psicologia social Sônia M. Gomes Sousa, o olhar da sociedade brasileira para a criança e adolescente pobre tem sido marcado pela ambigüidade. "Se, por um lado, demonstra compadecer-se de sua situação de abandono e pobreza, por outro, não implementa políticas públicas sérias e eficazes, que a incluam de fato na sociedade. Se por um lado denuncia as situações de exploração a que é submetida, por outro não se mostra disposta a dividir a riqueza social", critica.

Segundo Sônia Sousa, as respostas dadas a esse segmento social são sempre temporárias e não suficientes no sentido de atingir a resolução dos problemas reais enfrentados por ele. "Os discursos dominantes têm sido calorosos e inflamados, mas ficam na retórica", conclui. A dificuldade em dar visibilidade aos fenômenos da exploração sexual e também do tráfico de

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mulheres, crianças e adolescentes para fins de exploração sexual esbarra no fato de ser uma "questão relativa ao crime organizado e que envolve corrupção, e pela fragilidade das redes de notificações existentes nas estruturas de poder governamentais".

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