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Estudo de caso do programa de sementes na Cooperativa Agroindustrial (Coopavel)

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Universidade Federal de Pelotas Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel

Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Sementes

Dissertação

Estudo de Caso do Programa de Sementes na Cooperativa Agroindustrial (Coopavel)

Mario Rodrigo Dos Santos

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Mario Rodrigo Dos Santos

Estudo de Caso do Programa de Sementes na Cooperativa Agroindustrial (Coopavel)

Dissertação apresentada ao Programa de Pós Graduação em Tecnologia de Sementes da Faculdade de Agronomia da Universidade Federal de Pelotas, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre Profissional.

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Lilian Vanussa Madruga de Tunes Coorientação: Dr.ª Andréia da Silva Almeida

Dr.ª Vanessa Nogueira Soares

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S237e Santos, Mario Rodrigo Dos

SanEstudo de caso do programa de sementes na

Cooperativa Agroindustrial (Coopavel) / Mario Rodrigo Dos Santos ; Lilian Vanussa Madruga de Tunes, orientadora ; Andréia da Silva Almeida, Vanessa Nogueira Soares, coorientadores. — Pelotas, 2016.

San42 f. : il.

SanDissertação (Mestrado) — Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas, 2016.

San1. Glycine max l.. 2. Triticum aestivum l.. 3.

Recebimento. 4. Descarte. 5. área. I. Tunes, Lilian Vanussa Madruga de, orient. II. Almeida, Andréia da Silva, coorient. III. Soares, Vanessa Nogueira, coorient. IV. Título.

CDD : 633.11

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Mario Rodrigo Dos Santos

Estudo de Caso do Programa de Sementes na Cooperativa Agroindustrial (Coopavel)

Dissertação aprovada, como requisito parcial, para obtenção do grau de Mestre em Ciências, Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Sementes, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas.

Data da Defesa: agosto 2015

Banca examinadora:

___________________________________________ Prof. Dra. Lilian Vanusa Madruga de Tunes

(FAEM/UFPEL)

___________________________________________ Prof. Dr. Tiago Zanatta Aumonde

(FAEM/UFPEL)

___________________________________________ Prof. Dr. Luiz Eduardo Panozzo

(FAEM/UFPEL)

___________________________________________ Drª. Andreia da Silva Almeida

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Agradecimentos

A Deus.

A minha querida e amada esposa Érica, companheira para tudo, a qual juntos fomos agraciados pelo maior presente dado por Deus, nossa filha Lívia; amo vocês.

A toda minha família.

A Coopavel Cooperativa Agroindustrial.

Aos colegas e amigos de trabalho e turma de mestrado. A UFPel.

A Prof.ª Dr.ª Lilian, minha orientadora e sua “equipe de trabalho”, de forma especial.

Que Deus nos abençoe.

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Resumo

SANTOS, Mario Rodrigo. Estudo de Caso do Programa de Sementes na Cooperativa Agroindustrial (Coopavel). 2015. 40f. Dissertação (Mestrado em Ciência e Tecnologia de Sementes) - Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Sementes, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2015.

A presente pesquisa teve como objetivo avaliar a produção de sementes de soja e trigo da Cooperativa Agroindustrial (Coopavel) Realeza - PR, no período de 2008/09 a 2013/14. Coletou-se dados provenientes da unidade de beneficiamento os dados de área inscrita, área aprovada, recebimento no beneficiamento, rendimento e percentual de aprovação e a comercialização das sementes aprovadas. Do laboratório de análise de sementes, foram obtidas: média do percentual germinativo e pureza das sementes de cultivares comercializada. Os resultados mostram que a Coopavel - Cooperativa Agroindustrial, unidade de Realeza tem um percentual acima de 95% das áreas inscritas e aprovadas para semeadura das culturas da soja e trigo nas safras de 2008 a 2013. O rendimento no beneficiamento está dentro dos valores usuais para sementes de soja e trigo. O controle interno de qualidade da Coopavel aprovou na unidade de Realeza uma média de 80 e 95% de sementes de soja e trigo, respectivamente. A qualidade das sementes pode sofrer influência de vários fatores antes e durante a colheita, na secagem, no beneficiamento, armazenamento, transporte e semeadura. Considerando a área total de semeadura de soja na ultima safra que foi de aproximadamente 338.000 hectares, correspondemos a um potencial de 470,000 sacos de sementes, onde a Coopavel detém no mercado um valor estimado de 60%. A Coopavel foi responsável por 46,5% do mercado de venda de sementes de soja na safra 2013/14.

Palavras-chaves: Glycine max L., Triticum aestivum L., recebimento, descarte, área aprovada, comercialização.

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Abstract

SANTOS, Mario Rodrigo. Case Study of the Seed Program in Agroindustry Cooperative (COOPAVEL) 2015. 40f. Dissertation (Professional Master Degree) – Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Sementes, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2015.

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This research aimed to evaluate the production of soybean and wheat Agroindustry Cooperative (Coopavel) Realeza - PR in the period 2008/09 to 2013/14. Was derived from the processing unit entered the area of data, approved area, receiving the processing, yield and percentage of approval and the trade of approved seeds. The seed analysis laboratory was obtained: average germination percentage and purity of seed cultivars commerce. The results show that Coopavel - Cooperative Agro, Realeza unit has a percentage above 95% of the registered areas and approved for soybean and wheat crops in the 2008 to 2013. The improvement in yield is within the usual standards for soybeans and wheat. The internal quality control of Coopavel approved in Realeza an average of 80 and 95% soybean and wheat seeds, respectively. Seed quality can be influenced by several factors before and during harvesting, drying in the processing, storage, transport and sowing. Considering the total area of soybean planting in the last crop that was approximately 338.000 hectares, corresponded to a potential 470,000 bags of seeds, where Coopavel holds the market an estimated 60%. The Coopavel accounted for 46.5% of soybean seed sales market in the 2013/14 crop.

Key words: Glycine max L., Triticum aestivum L., receiving, discard, approved area, trade.

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Lista de Figuras

Figura 1. Zoneamento do Estado do Paraná, para a produção de sementes de soja de cultivares precoce... 13 Figura 2. Regiões homogêneas de adaptação de cultivares de trigo no Estado do

Paraná... 15 Figura 3. Fundação da Coopavel em 15 de dezembro de 1970 por um grupo de 41

agricultores... 16 Figura 4. Sede administrativa da Coopavel - Cooperativa Agroindustrial localizada

na cidade de Cascavel/PR... 18 Figura 5. Show rural da Coopavel - Cooperativa Agroindustrial localizada na cidade

de Cascavel/PR... 19 Figura 6. Unidade de Beneficiamento de Sementes da Coopavel - Cooperativa

Agroindustrial localizada no parque industrial na cidade de Cascavel/PR.... 20 Figura 7. Área de produção (inscrita x aprovada) de sementes soja na Coopavel -

Cooperativa Agroindustrial – Unidade de Realeza... 25 Figura 8. Área de produção (inscrita x aprovada) de sementes de trigo na Coopavel

- Cooperativa Agroindustrial – Unidade de Realeza... 26 Figura 9. Sementes de soja analisada no controle de qualidade interno (LAS e

LASO) com os resultados de quantidade e porcentagem aprovado e reprovado na Coopavel - Cooperativa Agroindustrial – Unidade de Realeza 30 Figura 10. Sementes de trigo analisada no controle de qualidade interno (LAS e

LASO) com os resultados de quantidade e porcentagem aprovado e reprovado na Coopavel - Cooperativa Agroindustrial – Unidade de Realeza 31 Figura 11. Quantidade de sacas de sementes de soja com capacidade de 40 kg

aprovadas e comercializadas na Coopavel - Cooperativa Agroindustrial – Unidade de Realeza... 34 Figura 12. Quantidade de sacas de sementes de trigo com capacidade de 40 kg

aprovadas e comercializadas na Coopavel - Cooperativa Agroindustrial – Unidade de Realeza... 35 Figura 13. Quantidade de sementes de soja comercializada em relação ao total

recebido na Coopavel - Cooperativa Agroindustrial – Unidade de Realeza.. 36 Figura 14. Quantidade de sementes de trigo comercializada em relação ao total

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Lista de Tabelas

Tabela 1. Análise do beneficiamento de sementes de soja quanto às sementes recebidas e beneficiadas na Coopavel - Cooperativa Agroindustrial - Unidade de Realeza... 28 Tabela 2. Análise do beneficiamento de sementes de trigo quanto às

sementes recebidas e beneficiadas na Coopavel - Cooperativa Agroindustrial - Unidade de Realeza... 28 Tabela 3. Sementes de soja aprovadas obtidas por safra conforme dados da

média da germinação e pureza na Coopavel - Cooperativa Agroindustrial - Unidade de Realeza... 32 Tabela 4. Sementes de soja aprovadas obtidas por safra conforme dados da

média da germinação e pureza na Coopavel - Cooperativa Agroindustrial - Unidade de Realeza... 33

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Sumario

1.INTRODUÇÃO... 10

2.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA... 12

2.1.A produção de sementes no Paraná... 12

2.2.Histórico da Coopavel – Cooperativa Agroindustrial e sua importância... 16

2.3.Processo produtivo de sementes da Coopavel... 19

2.3.1Cooperantes... 21

2.3.2.Qualidade das sementes... 21

2.3.3.Estudo de Caso... 22 3.MATERIAL E MÉTODOS... 23 3.1.Local ... 23 3.2.Variáveis... 23 4.RESULTADOS E DISCUSSÕES... 25 5.CONSIDERAÇÕES FINAIS... 38 Referências Bibliográficas ... 39

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1. INTRODUÇÃO

O ponto de partida de uma boa lavoura com altos índices de produtividade se dá com uma semente de alta qualidade. É sabido que produzir sementes de alta qualidade em regiões tropicais é um grande desafio para o setor sementeiro, o qual se deve tomar alguns cuidados em todo o processo produtivo, para que o mesmo não seja prejudicado, refletindo assim em prejuízos.

O incentivo para cultivo da cultura da soja e trigo tem elevada produção nacional, e está vinculada às boas práticas de manejo e de cultivo, assim como, ao uso de sementes de alta qualidade. Dessa forma, possuem capacidade para produzir, de maneira consistente e rápida, uma população adequada e uniforme de plantas, vigorosas e saudáveis, em condições variáveis de solo e clima.

Segundo o levantamento para a safra mundial de soja, atualmente estima-se uma produção aproximada de 314,4 milhões de toneladas para a safra de 2014/15, de encontro aos 285,3 milhões de toneladas produzidos na safra de 2013/14. (USDA, 2015). No Brasil, a produção de soja é crescente, o que explica um aumento na área semeada da oleaginosa que atinge mais de 31 mil hectares na safra 2014/15, retratando um incremento de 4,8%; quando comparado a safra anterior, considerado um recorde na área cultivada. Os efeitos desse aumento da área semeada refletiram para uma estimativa de produção em média de 95 mil toneladas, um fomento de 11,4% (CONAB 2015). A qualidade de sementes de soja no Brasil, provenientes do Estado do Rio Grande do Sul e do sul do Estado do Paraná apresentam um melhor de qualidade fisiológica em função de baixos índices de deterioração por umidade e lesões de percevejos (GOMES et al. 2012). Atualmente o Paraná é o segundo maior produtor de soja do país, quando produziu na safra 2014/15 17 milhões de toneladas sendo o estado do Mato Grosso o maior produtor nacional de soja, na safra 2014/15 produziu 27 milhões de toneladas (CONAB, 2015).

Para a cultura do trigo, no mundo a produção excedeu o consumo de 19 milhões de toneladas, os estoques, que no início de 2014 estavam abaixo da média, agora começam a retornar aos valores esperados, chegando a 185,8 milhões de toneladas. Na safra de 2015/2016, estima-se que os estoques mundiais de trigo alcancem 196 milhões de toneladas (USDA, 2015). No Brasil a produção se concentra nas regiões Centro-oeste, Sudeste e Sul. O Paraná é o estado que mais

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avança em produção, sendo considerado o maior produtor de trigo no Brasil. Segundo a Conab (2015), a colheita estadual tem condições de registrar alta de 84% em relação à safra de 2015 e chegar a 3,39 milhões de toneladas e produtividade média de 2,67 mil quilos por hectare. A semeadura da cultura alcança cerca de 40% da área no estado, conforme levantamento do Departamento de Economia Rural, órgão ligado à Secretaria da Agricultura.

A produção de sementes envolve duas etapas distintas e de alta tecnologia: a atividade no campo (semeadura, multiplicação, colheita) e a atividade industrial (secagem, limpeza, testes laboratoriais, embalagem e beneficiamento). A produção é uma atividade agrícola, enquanto o beneficiamento é mercantil; o mesmo produtor pode exercer as duas atividades ou optar pelo auxílio de cooperantes, que complementam o serviço de produção (STRADA, 2012).

Este estudo tem como objetivo avaliar a produção de sementes de soja e trigo da Cooperativa Agroindustrial (Coopavel) Realeza - PR, no período entre 2008/09 a 2013/14.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. A Produção de Sementes no Paraná

No estado do Paraná devido a diversidade climática há regiões em que a produção de sementes é favorecida e em outras menos favorecida. Devido a estes fatores, devemos dar mais atenção aos cuidados no processo produtivo para que estes sejam adotados e de forma criteriosa para que o máximo de qualidade seja alcançado, não depreciando assim a semente produzida em nosso estado.

A soja chegou ao Paraná em meados dos anos 50 e era usada somente para consumo doméstico e alimentação de suínos (BONATO, 1987), principalmente, após a ocorrência das geadas de 53 e de 55 quando os cafezais do norte do estado foram destruídos fez com que os cafeicultores apostassem na soja como alternativa e naturalmente a cultura foi sendo introduzida no Sudoeste com a migração dos colonos vindos do estado do Rio Grande do Sul.

A agricultura no Paraná é, historicamente, uma das principais atividades econômicas desse estado brasileiro. Os mais importantes cultivos agrícolas do Paraná são a soja, o trigo e o milho, que já tiveram recordes de safras, competindo com os demais estados. A cultura da soja é a última das três e teve sua expansão tanto na parte setentrional como na parte ocidental do território estadual e, mais tarde, na parte meridional.

O sucesso da cultura da soja no estado do Paraná, explica-se em grande medida pela articulação de uma rede de pesquisa agropecuária que envolveu atores das esferas públicas e privadas. Esta difusão representa um caso bem sucedido de adoção e implementação de políticas públicas, baseadas no incentivo à pesquisa, desenvolvimento e inovação, em um modelo de parceria público-privada (GUIMARÃES, 2011).

Os estados do Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul são os principais produtores de soja do país. Com base nos dados disponíveis, o estado de Mato Grosso apresentava cerca de 6,1 milhões de hectares cultivados com soja, o que o transformou no maior produtor brasileiro, superando o estado do Paraná (SOARES et al., 2014).

A produção de sementes de alta qualidade requer que as fases de maturação e de colheita ocorram sob temperaturas amenas, associadas com condições

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climáticas secas. Tais condições não são facilmente encontradas em regiões tropicais, porem pode ocorrer em áreas com altitude superior a 700 m, ou com o ajuste da época de semeadura para a produção de semente. Em regiões com latitudes acima de 24º Sul, as condições climáticas são mais propicias. O zoneamento do Paraná (COSTA et al., 1994) para a produção de sementes de soja de cultivares precoces (Figura 1) ilustra as condições acima relatadas.

Figura 1. Zoneamento do Estado do Paraná, para a produção de sementes de soja de cultivares precoce.

Esquema: N.P. Costa; arte: Danilo Estevão. Adaptado de COSTA et al. (1994).

Para a definição da época ideal de semeadura, fatores como o fotoperíodo, temperatura e precipitação devem ser levados em consideração, pois estes interferem diretamente em características agronômicas das plantas como o porte e o ciclo de maturação, que por sua vez influenciam diretamente na produtividade (JUNIOR; KAWAKAMI, 2013 e PEIXOTO et al., 2002).

No estado Paraná a adaptação do trigo para as condições de clima e solo foi iniciada no início dos anos 70 e consolidada por um esforço contínuo de diversas instituições de pesquisa, como IAPAR (Instituto Agronômico do Paraná), COODETEC (Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola) e Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), utilizando o melhoramento genético e desenvolvendo técnicas eficientes de manejo da cultura (BRUNETTA e DOTTO, 2000). O programa de melhoramento genético na Embrapa Soja, em parceria com a

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Embrapa Trigo teve seu início em 1992 com a finalidade de suprir o Paraná com cultivares que apresentassem características para atender necessidades do produtor e da indústria, tais como: tolerância ao alumínio tóxico, resistência às doenças, potencial e estabilidade no rendimento de grãos, qualidade industrial e ampla adaptação. Essas características vêm sendo incorporadas e predominam como objetivo do melhoramento.

O aumento na concorrência de participação das empresas no mercado de sementes de trigo, e, da exigência do mercado comprador levou a uma maior profissionalização e eficiência das empresas produtoras de sementes e aquelas que não se adequaram a essa realidade encerraram suas atividades.

A transferência de tecnologia para cultivares de trigo no Estado do Paraná, foi fundamental para que as cultivares da Embrapa aumentassem sua participação no mercado de sementes (TAVARES et al., (2011). O programa de melhoramento genético de trigo da Embrapa situava-se apenas em Passo Fundo, em condições edafoclimáticas nem sempre similares às condições do Paraná, principalmente nas regiões Norte e Oeste. Assim, com o desenvolvimento de cultivares de trigo sendo também realizado na Embrapa Soja, em Londrina (Paraná), e com uma ampla rede de testes proporcionada pela parceria, foi possível o lançamento de cultivares mais estáveis e adaptadas às condições do Paraná.

A indicação dos períodos de semeadura em cada município paranaense com aptidão para o cultivo de trigo segue o estabelecido pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático do Mapa para a cultura de trigo, ano-safra 2014/2015. Destaca-se que as épocas de semeadura indicadas para a cultura de trigo e triticale são aquelas com maior probabilidade de apresentar melhor rendimento de grãos conforme o ciclo das cultivares. Historicamente, os períodos de maior probabilidade de geada nas regiões tritícolas do Paraná têm sua maior frequência entre 11 e 31 de julho. De modo geral, as cultivares indicadas para cultivo têm, no seu ciclo, um fator de fundamental importância na decisão de época ideal de semeadura.

Portanto, em locais onde a ocorrência de geada tem sido mais frequente, especialmente no Centro, Oeste e Sudeste do Estado, nas semeaduras em que a emergência de trigo e triticale ocorre no intervalo entre 11 de abril a 31 de maio, essas lavouras, provavelmente, estariam espigando durante o mês de julho. Assim, aconselha-se o escalonamento de épocas de semeadura e diversificação de

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cultivares para uma mesma propriedade rural, mas sempre objetivando que as cultivares atinja o pleno espigamento até 1º de junho.

Figura 2. Regiões homogêneas de adaptação de cultivares de trigo no Estado do Paraná. Fonte: BRASIL (2008a, 2008b).

Dessa forma, a obtenção de sementes de qualidade é de suma importância para que tenhamos um estande adequado de plantas no campo e assim não realizar a ressemeadura, a adoção pelos produtores de sementes de técnicas especiais de controle de qualidade visa superar algumas limitações impostas pelos diversos fatores climáticos, podendo afetar a qualidade das sementes (JUNIOR; KAWAKAMI, 2013). Reconhecer que é de fundamental importância o setor de sementes, sendo à base do desenvolvimento do agronegócio nos dias atuais, agregando outros importantes fatores como a pesquisa pública e privada.

A base para obtenção de melhores resultados de produção de sementes de soja e trigo, no Paraná, está na época da semeadura, aliado com os genótipos das cultivares.

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2.2. Histórico Da Coopavel – Cooperativa Agroindustrial E Sua Importância

A Coopavel Cooperativa Agroindustrial foi fundada (Figura 3) em 15 de dezembro de 1970 com um grupo de 41 produtores na cidade de Cascavel (Paraná) com a finalidade de concentrar sua produção de grãos.

Figura 3. Fundação da Coopavel em 15 de dezembro de 1970 por um grupo de 41 agricultores. 2015. Fonte: http://www.coopavel.com.br

A primeira filial da cooperativa foi inaugurada em 1972, em Corbélia (Paraná) com capacidade de armazenamento de grãos de aproximadamente 850 mil sacas. Já a unidade da cidade de Cascavel, o primeiro armazém foi inaugurado em 1973, com capacidade para 1,8 milhões de sacas de grãos. Também na década de 70 foram inauguradas unidades em Capitão Leonidas Marques, Céu Azul e Três Barras da Paraná. Com crescimento contínuo na década de 80, foi aprovada em assembléia a aquisição do Frigovel (Frigorífico de suínos e bovinos) em Cascavel; seguida da inauguração das Indústrias de Laticínios, Óleos; uma nova unidade de armazenamento de grãos em Alvorada (distrito de Cascavel), Catanduvas, Santa Tereza do Oeste, Braganey e a primeira Unidade de Beneficiamento de Sementes (UBS).

Inaugurou em 2000 a Universidade da Coopavel (Unicoop), para aperfeiçoamento de colaboradores, associados e familiares, com o intuito de contribuir com melhorias no meio rural. Os cursos e projetos desenvolvidos pela universidade ajudam a manter o agricultor no campo, melhorando sua qualidade de

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vida, sua relação com o meio ambiente e sua produtividade, sendo estendida também a sua família. Além do aperfeiçoamento e atualização profissional, também são desenvolvidos projetos ambientais e educacionais em comunidades rurais em parceria com outras grandes empresas. Assim como, o Projeto Água Viva, que têm como principal finalidade a de recuperação de nascentes, uma parceria com a empresa Syngenta, atualmente, beneficiando mais de 12 mil famílias com 160 milhões de litros e água com qualidade para o consumo. O projeto busca evitar que a degradação possa extinguir a vazão de água e garante a fluidez desse bem natural que nasce da terra. Ao todo o projeto já foi executado em mais de 150 cidades em 12 estados do Brasil além do Paraguai.

A cooperativa desde sua criação, sempre se preocupou com a preservação do meio ambiente, trabalhando com ações de conscientização ambiental, mostrando ao produtor a importância de se crescer financeiramente de forma consciente e sustentável. Com essa conduta sempre conseguiu desenvolver grandes projetos junto ao associado, colaboradores e seus associados.

Em 2005, a cooperativa foi premiada pela revista “Isto é Dinheiro” como a melhor empresa do agronegócio Nacional, destacando-se como a 1ª em gestão de Recursos Humanos, 2ª em gestão em Inovação e 3ª em Gestão Social e de Meio Ambiente. Seguindo em destaque pela OAC (Organização das Cooperativas do Brasil), onde premiou o projeto de logística de transporte por GPS (Global Position Sistems), com o prêmio “Cooperativa do Ano – Inovação Tecnológica”, dentre todas as cooperativas brasileiras.

Com o passar dos anos, a pequena cooperativa transformou-se em uma das 20 maiores empresas do agronegócio brasileiro, possuindo atualmente 26 filiais instaladas em 17 municípios da região Oeste e Sudoeste do Paraná, 11 indústrias instaladas em Parque Industrial próprio, contando com hoje são mais de 4.398 associados e 5.169 colaboradores diretos, contribuindo para um faturamento de mais de R$1.6 bilhão em 2014 (Figura 4).

As indústrias contribuem com 75% deste faturamento, com produtos comercializados em todo o país e no exterior. O maior mercado de exportação ocorre nos países como Holanda, Alemanha, Espanha, Ilhas Canárias, Inglaterra, Uruguai, Chile, Aruba, África do Sul, Croácia, Iraque, Catar, Bahrein, Japão, China, Hong Kong, Emirados Árabes Unidos, Romênia, Macedônia entre outros

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Figura 4. Sede administrativa da Coopavel - Cooperativa Agroindustrial localizada na cidade de Cascavel/PR. 2015.

Fonte: http://www.coopavel.com.br

As indústrias contribuem com 75% deste faturamento, com produtos comercializados em todo o país e no exterior. O maior mercado de exportação ocorre nos países como Holanda, Alemanha, Espanha, Ilhas Canárias, Inglaterra, Uruguai, Chile, Aruba, África do Sul, Croácia, Iraque, Catar, Bahrein, Japão, China, Hong Kong, Emirados Árabes Unidos, Romênia, Macedônia entre outros.

Anualmente a Coopavel organizava o “Dia de Campo”, e ano após ano, com a ascensão no crescimento e desenvolvimento do evento, mudou seu nome para “Show Rural Coopavel”. A difusão de conhecimento e tecnologias que o Show Rural Coopavel trouxe a região colaborou e muito para que em menos de duas décadas, a produtividade dos principais produtos agrícolas da região, soja, trigo, milho, feijão e leite evoluíssem mais de 100% em relação a média regional. Atualmente, o Show Rural Coopavel, abre o calendário de eventos do agronegócio nacional e é considerado um dos maiores eventos rural do mundo, recebendo no ano de 2014, aproximadamente 210.144 visitantes do Brasil e do exterior. Desde sua concepção, o evento não cobra ingresso nem estacionamento de seus visitantes e, com isso, beneficia milhares de agricultores com ensino gratuito promovido por seus mais de 440 expositores e o bom momento do agronegócio, foi confirmado pelo volume de

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negócios que atingiu R$ 1,6 bilhões de reais em máquinas e equipamentos” (Figura 5).

Figura 5. Show rural da Coopavel - Cooperativa Agroindustrial localizada na cidade de Cascavel/PR. 2015.

Fonte: http://www.coopavel.com.br/show_rural

2.3. Processo Produtivo de Sementes da Coopavel

Dentre as indústrias da Coopavel, tem-se a de “Produção de Sementes”, responsável pela produção de 180 mil sacas de sementes das culturas de soja, trigo feijão e aveia. Estando dividida em duas Unidades de Beneficiamento de Sementes (UBS), a de Cascavel (cidade sede da cooperativa), localizada no oeste do Paraná, inaugurada no ano de 1982 e a outra na cidade de Realeza, localizada no sudoeste do Estado, adquirida no ano de 2000.

Dentre os objetivos da empresa, uma das atividades é a produção de sementes, de modo a satisfazer as necessidades dos seus clientes e o excedente comercializado a terceiros. As atividades de produção de sementes são desenvolvidas através de campos de multiplicação com cooperantes. A recepção, beneficiamento, secagem, o tratamento, a embalagem, reembalagem e armazenamento das sementes são realizados em instalações próprias. As análises para o controle interno de qualidade (BRASIL, 2009) são realizadas em laboratório próprio ou contratadas de terceiros credenciados no RENASEM (Registro Nacional de Sementes e Mudas).

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Figura 6. Unidade de Beneficiamento de Sementes da Coopavel - Cooperativa Agroindustrial localizada no parque industrial na cidade de Cascavel/PR. 2015

Fonte: http://www.coopavel.com.br

O gerente e os engenheiros agrônomos têm envolvimento e influência nas atividades acima descritas, sendo que, um atuará como responsável técnico (RT) pela produção de sementes e os demais como auxiliadores. Os trabalhos executados nos campos de multiplicação de sementes e na UBS tem responsabilidade e definição técnica exclusiva do RT. Sendo que, o pessoal envolvido no processo de produção de sementes, não realiza atividades em outras áreas.

A semente representa um papel fundamental para a produção, lucratividade e como fonte de matéria prima para as indústrias da Coopavel, fornecida por seus produtores e associados. Assim entendidas, as sementes necessitam de cuidados especiais, como a escolha de região propícia para a sua produção (MARCOS FILHO, 1986), pois em função de sazonalidades e variáveis climáticas, podem desfavorecer a produção de sementes. A Cooperativa também realiza a seleção e o treinamento (orientações) de cooperantes, produtores, capacitando-os para o uso das tecnologias capazes de produzir sementes de alta qualidade, configura-se como um cuidado indispensável à sua produção.

Atualmente a Coopavel está atendendo os produtores rurais com 26 filiais e 3 em construção para melhorias no atendimento técnico, recepção e armazenagem de grãos. Filiais são localizadas em: Braganey, Boa Vista da Aparecida, Cascavel,

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Corbélia, Campo Bonito, Catanduvas, Iguatu, Três Barras do Paraná, Santo Izidoro, Espigão Azul, Capitão Leônidas Marques, Lindoeste, Ouro Verde, Santa Tereza do Oeste, Nova União, Vera Cruz do Oeste, São Sebastião, Céu Azul, Santa Izabel do Oeste, Sede Alvorada, Quedas do Iguaçu, Espigão Alto do Iguaçu, Juvinópolis, São João do Oeste e Rio da Paz e em Realeza.

2.3.1. Cooperantes

Os cooperantes são os produtores rurais (agricultores) associados à Coopavel, e escolhidos conforme o conhecimento técnico e capacidade de aplicação das novas tecnologias, os quais recebem uma bonificação para prestação desse serviço, previamente definida em contrato.

O produtor de semente é a pessoa física ou jurídica que, assistida por responsável técnico, produz semente destinada à comercialização. Os campos de produção de sementes são acompanhados por profissionais Engenheiros Agrônomos que efetuam tantas vistorias quantas foram necessárias desde o momento da semeadura, conforme zoneamento agrícola de cada região, até a liberação do campo para a colheita (BRASIL, 2004).

2.3.2. Qualidade das Sementes

A preocupação de uma empresa produtora com a qualidade de sua semente deve ser constante no sentido de alcançar, manter e determinar essa qualidade (PESKE et al., 2012). De acordo com MARCOS FILHO et al. (1994), a semente é um insumo de grande relevância no processo produtivo e sua qualidade é indispensável à implantação de lavouras conduzidas tecnicamente.

A qualidade das sementes é um conjunto de atributos genéticos, físicos, fisiológicos e sanitários. A produção de sementes de soja e de trigo de qualidade requer a adoção por parte dos produtores, de técnicas especiais de controle visando superar limitações impostas pelos diversos fatores que podem afetar a qualidade das sementes. Esses fatores podem ocorrer no campo, antes e durante a colheita, e durante todas as demais etapas de produção, como secagem, beneficiamento, armazenamento, transporte e semeadura. Tais fatores abrangem extremos de temperatura durante a maturação, flutuações das condições de umidade ambiente,

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incluindo secas, deficiências nutricionais das plantas, ocorrência de insetos, além da adoção de técnicas inadequadas de colheita, secagem e beneficiamento e armazenamento. O controle de qualidade em todo o processo de produção assume importância fundamental para assegurar a obtenção de sementes de alta qualidade (KRZYZANOWSKI et al., 2006).

2.3.3. Estudo de Caso

O estudo de caso caracteriza uma investigação empírica que “investiga um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto da vida real, especialmente quando os limites entre o fenômeno e o contexto não estão claramente definidos”. A investigação através do estudo de caso enfrenta uma situação única sob o ponto de vista técnico, com mais variáveis de interesse do que pontos de dados, e seu resultado têm por base as fontes de evidencias com os dados precisando convergir em um formato de triângulo que inclui a lógica de planejamento, a coleta e a análise de dados (YIN, 2001).

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3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1. Local

O presente trabalho tem caráter de pesquisa exploratório e descritivo e foi realizado na unidade de beneficiamento de sementes da Coopavel - Cooperativa Agroindustrial, Unidade de Realeza, localizada no município de Realeza – sudoeste Paraná, com sementes de soja (Glycine max (L.) Merrill) e trigo (Triticum aestivum L.) produzidas nos últimos seis anos agrícolas, ou seja, de 2009 a 2014.

3.2. Variáveis

As séries históricas e informações referentes à área, produção e análise de sementes da categoria S1 e S2 de soja e trigo por ano de produção, utilizados na confecção deste trabalho, tiveram sua origem em documentos, arquivos, relatórios e anotações pessoais junto a Coopavel - Cooperativa Agroindustrial. A Cooperativa trabalha com sementes certificadas (C1 e C2) na unidade de produção de Cascavel- PR.

A cada safra agrícola a Cooperativa trabalha em média com 50 cooperantes na área de produção de sementes com uma área de semeadura aproximada de 30 ha para cada cooperado.

Os dados são provenientes da Unidade de Beneficiamento de Sementes (UBS) e dos LAS/LASO (Laboratório de Análise de Sementes e Laboratório de Análise de Sementes Oficial). Da UBS foram analisados os dados de área inscrita, área aprovada, recebimento no beneficiamento, rendimento, análise de qualidade das sementes e percentual de aprovação e a comercialização das sementes aprovadas.

Do laboratório de análise de sementes, foram obtidas: média do percentual germinativo e pureza das sementes de cultivares comercializada.

Os testes de germinação e pureza para o controle interno de qualidade da COOPAVEL são realizados de acordo com a metodologia descrita nas Regras de Análises de Sementes, descritas a seguir:

Germinação em sementes de soja: o teste de germinação foi realizado utilizando quatro repetições, totalizando 400 sementes para cada cultivar, em rolos de papel germitest umedecidas, com água destilada na proporção de 2,5 vezes o peso do papel. Os rolos foram colocados no germinador a uma temperatura 25ºC. A

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germinação foi realizada aos 8 dias após a instalação do teste, na qual foi determinada a percentagem de plântulas normais, obtendo o resultado da germinação de acordo com as Regras para Análise de Semente (BRASIL, 2009).

Pureza em sementes de soja: neste teste foram consideradas sementes puras e/ou unidades de dispersão pertencentes à espécie em análise, bem como se houvesse misturas de cultivares, inteira ou fragmentos, desde que maior que a metade, conforme prescrito nas Regras de Analises de Sementes (RAS). A amostra analisada foi de 500 gramas de cada cultivar.

Germinação em sementes de trigo: o teste de germinação foi realizado utilizando quatro repetições, totalizando 400 sementes, em rolos de papel germitest umedecidas, com água destilada na proporção de 2,5 vezes o peso do papel. Os rolos foram colocados no germinador a uma temperatura 20ºC. A germinação foi realizada aos 8 dias após a instalação do teste, na qual foi determinada a percentagem de plântulas normais, obtendo o resultado da germinação de acordo com as Regras para Análise de Semente (BRASIL, 2009).

Pureza em sementes de trigo: neste teste foram consideradas cariopses puras e/ou unidades de dispersão pertencentes à espécie em análise, bem como se houvesse misturas de cultivares, inteira ou fragmentos, desde que maior que a metade, conforme prescrito nas Regras de Analises de Sementes (RAS). A amostra analisada foi de 120 gramas de cada cultivar.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A área inscrita e aprovada para a cultura da soja nos últimos seis anos agrícolas de 2009 a 2014 estão ilustrados na Figura 7. Analisando as áreas de produção (inscrita x aprovada) de semente de soja, em cada safra no período de 2008/09 a 2013/14 observou-se um elevado percentual no processo, representada pela porcentagem de aprovação da área inscrita, com média do período de mais de 98%, mostrando o efetivo comprometimento dos profissionais envolvidos quanto à seleção e o treinamento (orientações) de cooperantes produtores.

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Safra agrícola

INSCRITA APROVADA

Figura 7. Área de produção (inscrita x aprovada) de sementes soja na Coopavel - Cooperativa Agroindustrial – Unidade de Realeza, Realeza – PR, no período de 2008/09 a 2013/14.

Na Figura 8 estão apresentados os dados relacionados à área inscrita e aprovada para a cultura do trigo nos últimos seis anos agrícolas de 2009 a 2014. Os dados da safra 2008/2009 mostram uma diferença de 15% entre a área inscrita e aprovada. Essa redução acentuada da área aprovada em relação a inscrita, pode estar relacionada a questão de que no momento da inscrição da área no Ministério da Agricultura (MAPA) o campo é inscrito com uma média de produção (kg.ha-1) e a empresa contrata do produtor um valor mais baixo. Essa ferramenta permite a

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reprovação de campos inaptos para a produção de sementes sem comprometer o volume esperado pela empresa.

Em relação à média dos períodos (2009 a 2014) de safra agrícola analisados, mais de 98% foram aprovados. Segundo os dados de PRIMO e PRATES (2014), a tendência é que a região oeste do estado seja a grande responsável do aumento de produtividade da semeadura total do Paraná. A opção pela semeadura do trigo é em razão do valor que está mais atraente no mercado, o que pode fazer com que a safra chegue a um montante de 3,6 milhões de toneladas, atualmente a maior produção do Paraná.

A área varia de acordo com o plano estratégico da cooperativa, obtido por meio de diversas informações de mercado, o que determinam se o volume vai ser menor ou maior.

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Safra agrícola

INSCRITA APROVADA

Figura 8. Área de produção (inscrita x aprovada) de sementes de trigo na Coopavel - Cooperativa Agroindustrial – Unidade de Realeza, Realeza – PR, no período de 2008/09 a 2013/14.

Na Tabela 1, analisando os resultados do volume de produção bruta de sementes de soja recebida por safra pela unidade de Realeza, no período que compreende as safras de 2008/09 a 20013/14, observa-se elevação significativa no volume de produção da safra 2008/2009 para 2009/2010. Assim, comparando com a safra de 2010/2011, onde se obteve praticamente o dobro de volume de produção quando comparado aos anos agrícolas anteriores. Nas safras de 2011/2012 a

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2013/2014 ocorreram uma redução significativa, em relação às sementes recebidas para o processo de beneficiamento, fato esse, que pode ser devido à menor expectativa de demanda do produto no mercado e reformulação da política interna de produção de sementes.

Segundo MAGNANI (2009), esses valores merecem um comentário no sentido de que, pouco mais da metade do material cultivado é colhido e esse aproveitamento deixa a desejar, pois a semente possui um custo de produção elevado para ser descartada. Há tecnologias suficientes para aperfeiçoar as áreas de produção de sementes e também para manter a qualidade das sementes e garantir o volume necessário para produção, como semeadura de variedades de ciclos iguais em épocas diferenciadas, proporcionando a colheita na época oportuna, e outras tecnologias de secagem, beneficiamento e armazenamento.

Em relação ao rendimento no beneficiamento (Tabela 1), verifica-se que nos seis períodos analisados obteve-se em média de 60,1%, ou seja, o descarte no beneficiamento varia de 57,2% (2010/2011) a 21,1% (2008/2009) sendo a média de 39,9%, que estaria dentro dos percentuais usuais para o beneficiamento de sementes de soja. Este resultado concorda com as afirmações de BAUDET e PESKE (2004), que apontaram que o descarte médio no beneficiamento de sementes de soja após passar pela pré-limpeza, máquina de ar e peneiras, mesa de gravidade, separador de espiral e padronizador é de 25% em relação à quantidade bruta inicial, dependendo da safra, esse descarte pode chegar de 30 a 40%.

Após o beneficiamento, a maior causa de perdas de sementes é ocasionada por problemas de gestão, ou seja, está faltando um sistema de controle de qualidade para determinar se um lote de sementes vale ou não a pena ser beneficiado. De acordo com a pesquisa de ACOSTA et al., (2002), em épocas em que as sementes estão com um alto valor agregado, não é aconselhável economicamente, produzir mais do que a capacidade de vender.

Analisando os resultados do volume de produção bruta de semente de trigo (Tabela 2) recebida por safra pela unidade de Realeza, no período que compreende as safras de 2008/09 a 20013/14, observa-se um incremento significativo no volume de produção até a safra 2012/2013. No entanto, ano 2013/2014, o recebimento foi afetado pelas condições climáticas desfavoráveis no momento da colheita.

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Tabela 1. Análise do beneficiamento de sementes de soja quanto às sementes recebidas e beneficiadas na Coopavel - Cooperativa Agroindustrial - Unidade de Realeza, Realeza – PR, no período 2008/09 a 2013/14.

SAFRA RECEBIDA (TON.) BENEFICIADA (TON.) RENDIMENTO (%)

2008/2009 1272,07 1004,80 78,9 2009/2010 1473,18 997,60 67,7 2010/2011 3204,19 1370,40 42,8 2011/2012 858,40 492,20 57,4 2012/2013 766,10 584,64 76,3 2013/2014 872,98 625,20 71,6 Média 1407,82 845,81 60,1

Os percentuais de rendimento no beneficiamento apresentados da Tabela 2, observa-se que durante os períodos analisados constatou-se uma média de 86,7%. O descarte durante o beneficiamento das sementes de trigo variou de 22,1% (2008/2009) a 9,3% (2011/2012) sendo a média de 13,3%, que estaria dentro dos valores usuais para o beneficiamento, ficando abaixo da meta de perdas que é estimado em no máximo 25% do recebido durante o beneficiamento (BAUDET e PESKE, 2006).

Tabela 2. Análise do beneficiamento de sementes de trigo quanto às sementes recebidas e beneficiadas na Coopavel - Cooperativa Agroindustrial - Unidade de Realeza, Realeza – PR, no período 2008/09 a 2013/14.

SAFRA RECEBIDA (TON.) BENEFICIADA (TON.) RENDIMENTO (%)

2008/2009 311,79 243,16 77,9 2009/2010 923,03 801,04 86,8 2010/2011 1744,60 1360,00 78,0 2011/2012 1996,55 1810,00 90,7 2012/2013 2554,35 2306,20 90,3 2013/2014 1583,00 1382,00 87,3 Média 1518,89 1317,07 86,7

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As sementes, uma vez beneficiadas, são submetidas a testes para avaliação da qualidade física e fisiológica. Neste sentido, observa-se na figura 9 que a quantidade média de reprovação pelas análises nos laboratórios de análise de sementes da produção (LASP) e no laboratório oficial de análise de sementes (LASO), é de 19,5% do total beneficiado. Observou-se que, na safra 2010/2011 a 2013/2014 as porcentagens de reprovação ficaram acima da média, devido a condições climáticas adversas no momento da colheita, que além de contribuir para a redução de produtividade provocam redução na qualidade fisiológica da semente.

Na Figura 10 estão apresentados os resultados da quantidade e percentual de sementes de trigo, aprovado na Coopavel para sua comercialização. A quantidade média de reprovação pelas análises nos laboratórios de análise de sementes da produção (LASP) e no laboratório oficial de análise de sementes (LASO) é de 4,6% do total beneficiado.

A eficiência de aprovação das sementes de trigo na safra 2008/09 (Figura 10) com 31,7% de reprovação. Esse elevado percentual de perdas, comparado ao percentual médio de aprovação das seis safras agrícolas que foi de 95,5%, reflete em uma quebra ou descarte significativa e prejudicial durante o beneficiamento que foi inferior a 5%. Percentuais elevados de perdas acabam acarretando depreciação no trigo já que o descarte do beneficiamento é vendido como trigo ração, ou seja, o valor de venda é 50% menor que o trigo comércio (diferente do que acontece com a soja onde o descarte é vendido como soja indústria cuja valorização é maior).

Nas safras agrícolas de 2008/09; 2009/10; 2010/11; 2011/12 e 2012/13 verificaram-se um percentual de aprovação de 89,7; 90,4; 100; 97,7 e 98,2, respectivamente. Dessa forma, houve uma quebra ou descarte durante o beneficiamento inferior a 11%, ficando abaixo da meta de perdas que é estimado para o trigo, em no máximo 25% do recebido durante o beneficiamento (BAUDET e PESKE, 2006). Isto foi devido a muitos fatores, mas o principal elemento que contribui para a alta taxa de aprovação foi à qualidade das sementes colhidas no campo.

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Figura 9. Sementes de soja analisada no controle de qualidade interno (LAS e LASO) com os resultados de quantidade e porcentagem aprovado e reprovado na Coopavel - Cooperativa Agroindustrial – Unidade de Realeza, Realeza – PR, no período de 2008/09 a 2013/14. *Laboratório de Análise de Sementes de Produção (LASP); Laboratório de Análise de Sementes Oficial (LASO).

Já existe um custo significativo no processo onde as sementes são beneficiadas e ensacadas, e, se as mesmas não forem aprovadas, haverá o detrimento devido ao beneficiamento de lotes de sementes que seriam no final condenados. Então, parte-se da premissa que toda a semente ensacada deveria ser aprovada, sendo menos gerador de prejuízo o descarte anterior de lotes de sementes com qualidade duvidosa. Normalmente as chuvas durante a colheita na produção de sementes de trigo também influenciam nas perdas durante o beneficiamento. As sementes perdem viabilidade facilmente, assim obtendo uma alta taxa de lotes reprovados.

Na tabela 3 estão listados os dados médios de germinação e pureza das safras de 2009/10 a 2013/14 das sementes de soja comercializadas. As cultivares semeadas na safra de 2009/2010 foi as CD 212 RR e FTS Campo Mourão RR com uma média de germinação de 80% e pureza de 100%. Na safra 2010/11 a germinação média foi de 84% e pureza de 100% para as cultivares Dom Mario 5.8i, Don Mario 7.0i, BMX Força RR, NK 7059 RR, FTS Campo Mourão RR e NA 5909 RG. As cultivares NA 5909 RG e BMX Turbo RR obtiveram um valor médio de germinação de 80% e pureza de 100% na safra de 2011/12. Para a safra de 2012/13 o percentual médio de germinação foi de 81 e pureza de 100 com a utilização das

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cultivares NA 5909 RG, Don Mario 5.9i, BMX Potencia RR e BMX TURBO RR. Na safra de 2013/14 as cultivares semeadas foram NA 5909 RG, Don Mario 5.9i e BMX Potencia RR com média de 80% de germinação e 100% de pureza.

0 20 40 60 80 100 P er cen tu al d a Á rea Safra agrícola BENEFICIADA APROVADA

Figura 10. Sementes de trigo analisadas no controle de qualidade interno (LAS e LASO) com os resultados de quantidade e porcentagem aprovado na Coopavel - Cooperativa Agroindustrial – Unidade de Realeza, Realeza – PR, no período de 2008/09 a 2013/14. *Laboratório de Análise de Sementes de Produção (LASP); Laboratório de Análise de Sementes Oficial (LASO).

A média da germinação para categoria S1 e S2, em todos os períodos agrícolas atingiu o valor mínimo de 80% e pureza de 99%, segundo a Instrução Normativa nº 181 para o de Produção e Comercialização de Sementes de Soja (BRASIL, 2013). A germinação das sementes é considerada por muitos profissionais como o mais importante atributo de qualidade, pois é o indicativo do estabelecimento das plantas no campo, e quanto maior o seu percentual melhor será o estabelecimento em termos de uniformidade e distribuição das plantas. A pureza apresentou média em todas as safras agrícolas de 100%, fato esse que mostra os cuidados da Coopavel nos campos de produção de sementes, evitando misturas, principalmente no processo de colheita, recebimento, armazenamento, secagem, transporte e semeadura.

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Tabela 3. Sementes de soja aprovadas obtidas por safra conforme dados da média da germinação e pureza na Coopavel - Cooperativa Agroindustrial - Unidade de Realeza, Realeza – PR, no período 2008/09 a 2013/14.

SAFRA Germinação (%) Pureza (%)

2009/2010 80 100 2010/2011 84 100 2011/2012 80 100 2012/2013 81 100 2013/2014 80 100 Média 81 100

Os dados médios de germinação e pureza das sementes de trigo comercializadas nas safras de 2009/10 a 2013/14 estão apresentadas na tabela 4. Para a safra de 2009/10 as cultivares comercializadas foi as CD 104, CD 108, CD 118, BRS 208, BRS 220 e Quartzo com percentual médio de germinação de 91 e pureza de 100%. Na safra de 2010/11 as cultivares semeadas foi com germinação média de 90% e pureza de 100%. As cultivares semeadas na safra de 2011/2012 foi a CD 104 e CD 150 com média de germinação de 93% e pureza de 100%. Já para a safra de 2012/13 a média da germinação das sementes de trigo comercializada reduziu para 89% e a pureza para 99% com o conjunto de cultivares CD 150, BRS Pardela e BRS Gralga Azul. As condições climáticas vigentes na estação de cultivo podem ter afetado a qualidade das sementes, assim, o uso de técnicas mais adequadas de escalonamento de semeadura, de colheita, secagem, beneficiamento e armazenamento, pode ocasionar essa variação entre os anos agrícolas.

Na tabela 4, a cultivar CD 150 foi a única aprovada para a comercialização de sementes de trigo na Coopavel na safra de 2013/14 com resultado de qualidade médio de 91% de germinação e 100% de pureza. Segundo a Instrução Normativa nº 181 para o de Produção e Comercialização de Sementes de Trigo (BRASIL, 2013), a média da germinação para sementes da categoria S1 e S2 é de o mínimo de 80% para germinação e de 98% para pureza. Todas as safras agrícolas de 2009/10 a

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2013/14 (Tabela 4) estão dentro dos mínimos exigidos para comercialização das sementes de trigo (BRASIL, 2005).

Tabela 4. Sementes de trigo aprovadas obtidas por safra conforme dados da média da germinação e pureza na Coopavel - Cooperativa Agroindustrial - Unidade de Realeza, Realeza – PR, no período 2008/09 a 2013/14.

SAFRA Germinação (%) Pureza (%)

2009/2010 92 100 2010/2011 90 100 2011/2012 93 100 2012/2013 89 99 2013/2014 91 100 Média 91 100

A formação da meta de comercialização parte-se da premissa que toda a semente ensacada e aprovada deverá ser comercializada. Deve-se destacar que se a semente aprovada não for comercializada e tiver que ser desensacada, há uma geração de prejuízos, pois quando já foi ensacada e aprovada ocorreram custos que não podem ser revertidos no desensaque.

Nos seis períodos de safras analisados de sementes de soja (Figura 11) a média de comercialização foi de 70% do volume final aprovado. Ocorreu uma média de sobra de sementes de soja ao redor de 30%.

Na safra 2008/09 (Figura 11), a comercialização foi de 72,7% do volume total aprovado. Ocorreu uma redução no comércio de sementes de soja na safra 2009/10 com um volume de venda de 50,4%. Já na safra seguinte (2010/11) a Coopavel atingiu a meta superior a 80% das sementes aprovadas e comercializadas. Esse avanço positivo continuou crescente nas próximas safras agrícolas (2011/12 e 2012/13) com percentual médio de comercialização acima de 90%, mostrando que a cooperativa da unidade de Realeza cumpriu com a meta proposta de comercializar no mínimo 90% do volume total ensacado.

No entanto, na safra de 2013/14 o volume de sementes de soja comercializada reduziu a praticamente um terço das duas safras anteriores, com uma média de 36,3% de venda das sementes aprovadas.

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. 0 20 40 60 80 100 P er cen tu al d a Á rea Safra Agrícola APROVADA COMERCIALIZADA

Figura 11. Quantidade de sacas de sementes de soja de 40 kg aprovadas e comercializadas na Coopavel - Cooperativa Agroindustrial – Unidade de Realeza, Realeza – PR, no período de 2008/09 a 2013/14

Para a comercialização das sementes de trigo em sacos com capacidade de 40 kg, nos seis períodos de safras analisados (Figura 12) a média de comercialização foi de 93,5% do volume final aprovado.

Na Figura 12, a comercialização na safra 2013/14 apresentou um valor médio de venda de 80,9% das sementes de trigo do volume total aprovado, sendo a única com percentual inferior a média das seis safras agrícolas de 93,5%. Na Coopavel, segundo dados de PRIMO e PRATES (2014), o cultivo do trigo em 2013 teve várias intempéries, como geadas em todas as fases da cultura e chuvas na colheita, isso influenciou no aumento de preço pago ao produtor, e o que leva a garantir fortes investimentos para próxima safra (2014/15). Quando o custo de produção está alto, a maioria dos produtores que trabalharem com esta cultura, deve estar preparado para altos investimentos e assim, colherem bons frutos, refletindo em maiores valores de venda e aprovação de lotes.

A Coopavel - Cooperativa Agroindustrial atingiu um percentual superior a 90% nas sementes de trigo aprovadas e comercializadas até a safra 2012/13, transparecendo que a unidade de Realeza cumpriu com suas metas.

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Safra Agrícola

APROVADA COMERCIALIZADA

Figura 12. Quantidade de sacas de sementes de trigo com 40 kg aprovados e comercializados na Coopavel - Cooperativa Agroindustrial – Unidade de Realeza, Realeza – PR, no período de 2008/09 a 2013/14.

Na Figura 13 estão os dados referentes à quantidade de sementes de soja comercializada em relação ao total recebido na Coopavel, no período de 2008/09 a 2013/14. A unidade de Realeza apresentou uma média baixa de volume comercializado de sementes de soja de 35,4%. A safra de 2008/09; 2009/10; 2010/11; 2011/12; 2012/13 e 2013/14 comercializam um percentual de 51,7; 32,0; 29,2; 26,6; 54,6 e 18,7%, respectivamente de sementes de soja que já tinham sido aprovadas.

A média dos dados referentes à quantidade de sementes de trigo comercializada em relação ao total recebido na Coopavel, no período de 2008/09 a 2013/14 (Figura 14) são de 77,2%. Os resultados referentes às safras agrícolas de 2008/09; 2009/10; 2010/11; 2011/12; 2012/13 e 2013/14 comercializam 53,9; 71,8; 63,0; 90,3; 86,8 e 69,3%, respectivamente de sementes de trigo que já tinham sido aprovadas.

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0 20 40 60 80 100 P er cent ual da Á rea Safra Agrícola RECEBIDO COMERCIALIZADA

Figura 13. Quantidade de sementes de soja comercializada em relação ao total recebido na Coopavel - Cooperativa Agroindustrial – Unidade de Realeza, Realeza – PR, no período de 2008/09 a 2013/14.

0 20 40 60 80 100

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Safra Agrícola

RECEBIDO COMERCIALIZADA Figura 14. Quantidade de sementes de trigo comercializada em relação ao total recebido na Coopavel - Cooperativa Agroindustrial – Unidade de Realeza, Realeza – PR, no período de 2008/09 a 2013/14.

Os campos destinados a produção de sementes quando colhidos no momento adequado, favorecem a qualidade final do produto. A sensibilidade da

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semente aos impactos mecânicos provocados pela colhedora tem elevado os índices de danos mecânicos e descartes de lotes. Outro fator de impacto negativo é a incidência de algumas pragas no período de maturação das sementes, quando não monitoradas corretamente podem comprometer a qualidade fisiológica e física. Assim, efetuar um controle de qualidade eficaz é fundamental para obtenção de semente de alta qualidade.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Coopavel - Cooperativa Agroindustrial, unidade de Realeza tem um percentual acima de 95% das áreas inscritas e aprovadas para soja e trigo nas safras de 2008 a 2013.

O rendimento no beneficiamento está dentro do esperado para sementes de soja e trigo.

O controle interno de qualidade da Coopavel aprovou na unidade de Realeza uma média de 80 e 95% de sementes de soja e trigo, respectivamente.

A qualidade das sementes pode sofrer influência de vários fatores antes e durante a colheita, na secagem, no beneficiamento, armazenamento, transporte e semeadura.

Considerando a área total de semeadura de soja na ultima safra que é de aproximadamente 338.000 hectares, que corresponde a um potencial de 470.000 sacos de sementes, onde a Coopavel detém no mercado um valor estimado de 60%. A Coopavel é responsável por 46,5% do mercado de venda de sementes de soja na safra 2013/14.

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Referências Bibliográficas

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