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(1)

Capítulo 9

Inovação e Estratégia

Competitiva

Gestão da Inovação

Paulo Tigre

(2)

Externos à empresa:

• Porter (1980): baseado no ECD

• Shapiro (1989): baseado na teoria dos jogos

Baseado em recursos:

• Penrose (1959): exploração de recursos ou

capacitações específicos a cada firma

• Teece et al. (1990): processo de criação de

novas capacitações, conceito de capacitação dinâmica.

(3)

 Estratégia pode ser definida como a seleção e

implantação de um conjunto de objetivos com vistas a adaptar a empresa ao ambiente externo ou modificar este ambiente para melhorar suas chances de sucesso (Coombs et al, 1992, p. 9).

 Surge em função da incerteza que cerca a

atividade econômica.

 Evolução do mercado e da tecnologia não é facilmente

previsível.

 A implementação de um planejamento rígido é difícil

Conceito de Estratégia

Empresarial

(4)

Os dois primeiros (Porter e Shapiro) são

externos à empresa: baseados na análise da

estrutura da indústria e na resposta a ação

de competidores.

Dois últimos (

Penrose e Teece)

são baseados

em recursos e capacitações: ambiente

interno a firma.

Para definir estratégias competitivas é

necessário articular ambiente interno e

externo à empresa, enfatizando o acesso ao

conhecimento.

Existem pelo menos quatro

enfoques complementares de

estratégias:

(5)

Michael Porter (1980)

 Variante do enfoque estrutura-conduta-desempenho (ECD).  Estratégia é relação entre empresa e ambiente externo, cuja parte mais importante é “indústria” ou setor.

(6)

Modelo de análise da industria

de Porter

(7)

Oferta Demanda

Localização de

matéria-prima Elasticidade-preço Tecnologia Bens substitutos Durabilidade do produto Taxa de crescimento da

demanda

Relação valor-peso Caráter cíclico e sazonal Atitudes nos negócios Métodos de compra

Quadro Legal Tipos de comercialização

Tributos e Subsídios

Regras de comércio internacional

POLÍTICA PÚBLICA CONDIÇÕES BÁSICAS

ESTRUTURA DE MERCADO

Número de compradores e vendedores Diferenciação de produtos Barreiras à entrada Estruturas de custos Regulação Controle de preços Política anti-truste Provisão de informações Progresso técnico

Eficiência produtiva e alocativa Integração vertical

Diversificação

Determinação do preço

Estratégia de produto e propaganda

CONDUTA DESEMPENHO Pesquisa e Desenvolvimento Investimentos em plantas Táticas legais

O Modelo

Estrutura-

Conduta-Desempenho

(8)

Carl Shapiro

(1989)

Baseado nas novas teorias de organização

industrial e teoria dos jogos.

Movimento estratégico de empresa que visa

influenciar comportamento de outros agentes

no mercado.

Atribui mais importância ao ambiente externo

(9)

Edith Penrose (1959):

 Estratégia deve ter por base o

potencial de receitas que pode ser obtido pelos recursos (humanos e materiais) de que dispõe a firma.

 Foco é na exploração de recursos

específicos a cada firma e não seu posicionamento de mercado.

 Penrose oferece a base para o

desenvolvimento da visão baseada em recursos.

(10)

A empresa Penrosiana

 Para Edith Penrose, a empresa é um conjunto de recursos

organizados administrativamente que cresce e procura sobreviver em torno da concorrência.

"Os serviços que produzem os recursos dependem da forma em que são usados. Exatamente o mesmo recurso pode prover diferentes serviços segundo a forma em que se use ou se lhe combine com diferentes tipos ou quantidades de outros

recursos".

 Qualquer recurso em qualquer empresa está subutilizado. O

gerente da empresa trata de melhorar o rendimento dos recursos de que dispõe já que essa é a melhor forma de

aumentar a produção e as receitas, sem que se aumentem os custos. O conhecimento da empresa sobre a tecnologia e o

mercado é chave para permitir um melhor aproveitamento dos recursos.

(11)

Recursos da empresa, segundo

Penrose

 Fontes de serviços produtivos existentes dentro da

empresa empreendedora extraídos de recursos

tangíveis e intangíveis, inclusive os recursos humanos, sua cultura e seu conhecimento.

 Os recursos não podem ser alterados no curto prazo e

quando não totalmente utilizados, constituem,

simultaneamente, um desafio para inovar, um incentivo para expandir-se e uma fonte de vantagens

competitivas.

 Eles facilitam a introdução de inovações na firma que

podem se consubstanciar em novos produtos, novos processos ou novas formas de organização de funções administrativas.

(12)

Serviços na empresa

Os serviços não são homens-hora ou

máquinas-hora, mas os serviços realmente prestados

pelas pessoas, pelas máquinas, pelas matérias

primas no processo produtivo, inclusive os

serviços empresariais.

Esses serviços vão variar em cada firma, já que

as combinações de recursos são diferentes para

cada empresa e é essa heterogeneidade que as

tornam únicas frente a seus competidores.

(13)

Penrose e as capacitações

organizacionais da firma

 Combinações de ativos, pessoas, valores culturais

e processos operacionais nas organizações.

 Incluem habilidades de saber fazer a baixo custo

(eficiência) e de saber escolher o que fazer (eficácia).

 Capacitações são atributos-chave na determinação

das vantagens competitivas das firmas: habilidades de fazer avançar o desempenho da organização, seja em termos de novos produtos ou serviços, ou de novos processos de produção, venda,

(14)

David Teece

Ênfase na criação de novas capacitações.

Aprendizado social e coletivo das empresas:

capacitações dinâmicas – capacidade de

renovar competências quando há mudanças no

ambiente de negócios.

Firmas como depositárias do conhecimento

produtivo (Winter, 1990): rotinas

organizacionais.

Limites ao processo de aprendizagem:

dependência de trajetórias passadas, ativos

complementares e custos de transação.

(15)

Capacitação dinâmica e gestão

estratégica

 A vantagem competitiva das firmas é vista como resultado de

um conjunto distinto de ativos específicos que são combinados e coordenados em processos dinâmicos

inovadores. Tais ativos resultam do processo de evolução da firma (path dependency),

 A importância da dependência da trajetória passada aumenta

quando existem condições de retornos crescentes. A manutenção das vantagens competitivas dependem da

estabilidade da demanda do mercado e facilidade de imitação por competidores.

 Identificar novas oportunidades e organizar a firma para

explora-las efetivamente é geralmente mais efetivo para gerar lucros do que gerar estratégias defensivas para barrar a

concorrencia.

(16)

Tipologia de Estratégias

Tecnológicas

Classificação de estratégias por tipo tem algo

de arbitrário, diante da infinita variedade de

circunstâncias do mundo real.

Empresas adotam gradações ou

combinações de diferentes alternativas.

Identificação de diferentes tipos de

estratégia, no entanto, é útil para gestor de

tecnologia, pois contribui para manter

coerência das ações e para avaliar seus

requisitos e potencialidades.

(17)

Taxonomia de estratégias

competitivas de Freeman e

Soete (1997):

1. Ofensiva: ser o primeiro inovador

2. Defensiva: não ser pioneiro, mas aprender com erros deles e lançar produtos melhores.

3. Imitativa: copia ou engenharia reversa

4. Dependente: franquias, subsidiárias de multinacionais, OEM, licenciadas no exterior

5. Tradicional: produtos artesanais

(18)

Freeman e Soete (1997,

p.267):

Pesquisa Básica Pesquisa Aplicada Desenv. Experimental Engenharia de Design Eng. de Prod. / Contr. de Qualid. Ofensiva 4 5 5 5 4 Defensiva 2 3 5 5 4 Imitativa 1 2 3 4 5 Dependente 1 1 2 3 5 Tradicional 1 1 1 1 5 Oportunista 1 1 1 1 1 Escala 1-5 indica de fraco (ou ñ existente) até muito forte.

Fonte: Freeman e Soete (1997, p. 267) Estratégia

(19)

Importância das funções

técnicas em cada estratégia de

inovação

Serviços Técnicos Patentes Informações Técn. e Cient. Educação e Treinamento Previsão de LP e planej. de prod. Ofensiva 5 5 4 5 5 Defensiva 4 4 5 4 4 Imitativa 3 2 5 3 3 Dependente 2 1 3 3 2 Tradicional 1 1 1 1 1 Oportunista 2 1 5 1 5 Escala 1-5 indica de fraco (ou ñ existente) até muito forte.

Fonte: Freeman e Soete (1997, p. 267)

Funções Técnicas e Científicas dentro da Firma Estratégia

(20)

Estratégia Ofensiva

Adotada por empresas que buscam liderança

tecnológica em determinados segmentos.

Introdução de idéia não testada no mercado:

riscos da inovação pioneira.

Inovação raramente tem origem única: é

resultado da combinação de diversos

elementos e pacotes tecnológicos.

(21)

Êxito na geração da idéia não significa

sucesso em longo prazo da empresa.

Ciclo de vida do produto exige

investimentos e capacitação gerencial

muitas vezes não disponível nas

empresas.

Necessidade de

Investimentos

(22)

Recursos críticos em cada fase do

ciclo de vida do produto

Recurso/Fase Estágio do ciclo de vida do produto

Inicial Crescimento Maduro Capacitação

crítica Tecnologia de produto Marketing, serviços, produtos e processos.

Tecnologia de processos

RH crítico Engenheiros,

cientistas Gerencia Mão de obra especializada Estrutura da

indústria Entrada baseada em know-how Fusões e aquisições Concentrada Necessidades de

capital Baixa Alta Alta

(23)

 Quando empresa introduz inovação, mas não

conta com recursos necessários para desenvolvê-la, cria espaço para concorrentes com mais recursos ocupar mercado criado.

 Nichos não permanecem permanentemente abertos.  Empresas bem sucedidas na criação de um

mercado devem investir em P&D e marketing para aperfeiçoar o produto e desenvolver o mercado.

 Por isso, PME’s inovadoras costumam ser absorvidas

(24)

Infra-estrutura

Necessidades de economias externas em

infra-estrutura

cient.e

tecnológica.

Parques

tecnológicos,

teleportos,

incubadoras e pacotes de incentivos

fiscais e creditícios.

Envolve ñ apenas P&D mas marketing,

logística e criação e adaptação de rotinas

organizacionais. Requer capacitação dos

RH

nas

áreas

comerciais

e

(25)

Exemplos de estratégia inovadora

ofensiva no Brasil

Poucas empresas adotam estratégias

ofensivas a nível global.

Petrobrás: tecnologia de exploração de

petróleo em águas profundas.

Embrapa: agricultura tropical

(26)

Estratégia Defensiva

 Empresa não quer correr o risco de ser a primeira a

inovar, mas não quer ficar para trás em termos tecnológicos.

 Quer aprender com erros dos pioneiros e aproveitar

abertura de um novo mercado para oferecer soluções mais seguras e consistentes.

 Não pretende apenas “xerocar” os inovadores, mas

sim superá-los. Necessidade de capacitação própria.

 Em geral, inovadores defensivos tem marca conhecida

e boa capacitação em áreas complementares, como produção e distribuição. Usa vantagens para superar inovadores ofensivos.

(27)

Estratégia defensiva (cont)

Grandes empresas adotam a estratégia

defensiva porque não quer cometer erros que

levam muitos pioneiros a sucumbir.

Empresa precisa ser capaz de responder

rapidamente a ação dos concorrentes.

Precisa desenvolver produtos tão bons quanto o

dos concorrentes e incorporar novas

características (design, preço, performance etc).

Típica de mercados oligopolistas e associada à

(28)

Prolongamento do ciclo de vida do produto

Empresas com amplo parque instalado

têm interesse em prolongar o ciclo de vida

de seus produtos maduros.

1) Consumidores são aprisionados pelo hábito

2) Processos produtivos são otimizados pelo

aprendizado.

3) Custos de desenvolvimento já amortizados

(29)

Estratégia Imitativa

 Empresa imitativa não aspira ser líder ou ter grandes

lucros com introdução da inovação.

 Quer marcar presença no mercado, oferecendo

produto similar aos dos concorrentes

 Quanto > a proteção do mercado, > a viabilidade da

estrat. imitativa.

 Proteção pode ser fiscal (incentivos fiscais ou

protecionismo), geográfica (dif. de acesso) ou por acesso privilegiado a canais de distribuição.

 Tempo de defasagem na introdução do produto

depende de circunstâncias particulares do mercado, região ou país.

(30)

Formas de acesso a

tecnologia

1)

Licenças de fabricação

2)

Engenharia reversa

3)

Simples cópia de produtos existentes

Para realizar imitação de forma

independente,

precisa

de

certa

capacitação técnica.

(31)

Custos de Obtenção de

Tecnologia

Quando tecnologia já está difundida é

possível

obtê-la

por

custos

relativamente baixos por meio de:

1)

Consultores especializados

2)

Informação técnica publicada

3)

Patentes vencidas

(32)

Países em desenvolvimento

Estratégias imitativas são usualmente

adotadas em mercados onde empresas

inovadoras não atuam (baixo dinamismo).

Estratégia garantia entrada de empresas

locais.

BR: engenharia reversa de medicamentos.

(33)

Outras formas de sustentação de

estratégias imitativas

1)

Nichos de mercado formado por clientes

fiéis a determinada marca ou serviço

conhecido.

2)

Localização

ou

inserção

em

comunidades específicas.

3)

Com integração vertical podem vender

produtos defasados tecnologicamente

dentro da corporação. Ex: autopeças.

(34)

Necessidade de preços baixos

Imitação barata de produtos líderes e

marcas famosas geralmente encontram

mercado nos consumidores de baixa

renda.

 Baixo custos fixos de gestão e produção.

Estratégia adotada por PME’s em setores

menos

vulneráveis

à

mudança

tecnológica.

(35)

Desvantagens da estratégia imitativa

Margens de lucro muito apertadas.

 Tomadores de preços estabelecidos pelo

mercado.

Redução de custos pode levar setor à

informalidade ou localização em regiões

pobres.

 Calçados: Localização itinerante ao longo do

(36)

Exemplo: Calçados

 Nos anos 50, Itália liderava indústria.

 C/ aumento dos custos salariais deslocamento p/

Portugal e Espanha.

 Anos 80: BR assume condição de líder, condição

que vem sendo perdida p/ China e Índia.

 Empresas nacionais têm ido do Sul p/ o

Nordeste em busca de menores custos ou investido em design p/ fugir de estratégia imitativa.

(37)

Difusão tecnológica e estratégia

competitiva

Referências

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