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Por que ungir o ENFERMO?

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CEPMTA / ISCAL – Londrina 27/11/2012

Capelania Hospitalar / Pastoral da Saúde

Assessor: Pe. Audinei Carreira da Silva

Por que ungir o ENFERMO?

Durante o seu ministério na terra, Jesus tinha uma preocupação especial com aqueles que estavam doentes. Ele curava, não apenas com uma palavra, mas também com o toque humano e compassivo; às vezes, até, com rito simbólicos.

A Unção dos Enfermos, como todos os Sacramentos, é uma maneira que a igreja encontrou para continuar o ministério de Jesus. Através dele, Cristo continua a tocar, curar e confortar. A carta de Tiago testemunha que prática da unção tem sido sempre parte do ministério: “Está alguém enfermo? Chame os sacerdotes da Igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor...” (Tiago 5,14).

Enquanto o Sacramento é administrado individualmente, a Igreja encoraja a sua celebração também comunitariamente. A celebração comunitária nos lembra de que o sofrimento faz parte da nossa condição humana e pode mover-nos a olhar uns aos outros com a compaixão de Cristo. Celebrar esse Sacramento durante a missa também nos ajuda a unir os nossos sofrimentos com Cristo, assim como recordamos o seu corpo entregue e seu sangue derramado por nós.

A Unção dos Enfermos pode ser recebida por uma pessoa batizada que “começa a estar em perigo de morte, por doença ou velhice”, segundo o Catecismo da Igreja Católica (1514). Por isso, não pode ser associada só ao estado de saúde terminal ou morte próxima da pessoa que o recebe.

Esse Sacramento foi chamado de “Extrema Unção”, pois era reservado somente àqueles que estavam à beira da morte. O Concílio Vaticano II rebatizou-o “Unção dos Enfermos” para descrever a sua função na vida dos fiéis: oferecer resistência e cura em tempos de doença grave unindo a pessoa que sofre a Jesus sofredor, fazendo, assim, que também seu sofrimento seja redentor. A Unção de uma pessoa à beira da morte, muitas vezes, é

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acompanhada pelo Sacramento da Reconciliação (remissão de pecados, por meio do Sacramento da Penitência, quando possível) e Viático (a comunhão eucarística daqueles que estão prestes a morrer).

O sacramento pode curar. Esperamos pela cura física, sempre que celebramos este sacramento, mas não podemos abordá-lo com essa expectativa. Oramos para que o Espírito Santo possa dar força, paz e coragem, ajudando os doentes a enfrentar as dificuldades da doença e da idade, com fé e esperança. Associada a um problema físico, a unção dos enfermos podem tornar o tratamento médico mais eficaz, principalmente quando ajuda o doente a enfrentar o sofrimento com calma e paciência, em conformidade com a vontade de Deus.

A UNÇÃO DOS ENFERMOS

“Orem sobre ele, ungindo-o com óleo...” (Tg 5,14)

A Unção dos Enfermos

Cristo, em sua misericórdia para com os enfermos, instituiu um Sacramento específico para eles, a fim de socorrê-los em suas dificuldades, tanto corporais quanto espirituais.

“Na verdade aquele que adoece gravemente necessita de uma graça especial de Deus, a fim de que, premido pela ansiedade, não desanime e , submetido à tentação, não venha a perder a própria fé”.

“Por isso Cristo fortalece, com o Sacramento da Unção, os fiéis que adoecem, concede-lhes assim o poderoso auxílio” (Rito da Unção - Introdução, n. 5).

“Este Sacramento confere ao enfermo a graça do Espírito Santo, que contribui para o bem do homem todo, reanimado pela confiança em Deus e fortalecido contra as tentações do malígno e as aflições da morte, de modo que possa não somente suportar, mas combater o mal, e conseguir, se for conveniente à sua salvação espiritual, a própria cura. Este Sacramento proporciona também, em caso de necessidade, o perdão dos pecados e a consumação da penitência cristã” (n. 6).

A Unção é o Sacramento dos fiéis que sofrem de uma doença importante. Não é o Sacramento para a morte, mas para a Saúde e a vida, embora possa ser dado também a

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quem está para morrer. S. Tiago, em sua carta, ao falar deste Sacramento, diz: “A oração da fé salvará o doente e o Senhor o porá de pé” ( Tg 5,15). Infelizmente, perdura ainda na mentalidade de muitos cristãos que este Sacramento é só para quem está a morte. Nada mais errado do que isso.

A Unção deve ser administrada, o quanto antes, ao cristão que sofre de uma doença importante. Se possível, o próprio doente deveria pedi-la.

Este Sacramento pode ser administrado na Igreja, na casa do doente ou no hospital, tanto durante a missa como sem missa. Só o sacerdote (Bispo/ Padre) pode administrá-lo.

A administração da Unção – como todos os Sacramentos – reveste-se de encantadora simplicidade externa. Exige-se, porém, que o doente tenha fé e queira receber o sacramento. No caso de inconsciência, presume-se que, se a pessoa estivesse consciente, aceitaria recebê-lo, de bom grado e até mesmo o pediria, sabendo do seu estado.

O que é a UNÇÃO DOS ENFERMOS?

Texto * Pe. Francisco Sehnem, scj

A Sagrada Unção dos Enfermos, antigamente chamada de Extrema Unção, é um dos sete Sacramentos, instituído por Jesus Cristo, visto no Evangelho de Marcos (6,13), recomendado aos fiéis e promulgado pelo Apóstolo Tiago: Alguém dentre vós está doente? Mande chamar os presbíteros da Igreja para que orem sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. A oração da fé salvará o doente e o Senhor o porá de pé; e, se tiver cometido pecados, estes lhe serão perdoados (Tg 5,14-45).

O Concílio de Florença (1438) descreveu os elementos essenciais deste Sacramento. O de Trento (1545) proclamou a sua instituição divina e esclareceu a passagem da carta de São Tiago, sobre a realidade e os efeitos do Sacramento.

O Concílio Vaticano II (1961) afirma que “A Extrema Unção, que também pode ser chamada Unção dos Enfermos, não é um Sacramento só dos que estão no fim da vida. Para recebê-lo, é certamente tempo oportuno quando o fiel começa, por doença ou por velhice, a estar em perigo de morte” (SC 73). Lembro, ainda, uma afirmação do Concílio Vaticano II, citada pelo Catecismo da Igreja Católica: “Com a sagrada unção dos enfermos e a oração dos presbíteros, toda a Igreja recomenda os doentes ao Senhor, sofredor e glorificado, para que

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Ele os alivie e salve, e exorta-os a unirem-se livremente à paixão e morte de Cristo, e a contribuírem para o bem do Povo de Deus” (CIC 1499).

A doença faz parte da vida e é uma experiência dolorosa: ela nos enfraquece, baixa nosso moral e revela nossa impotência, limites e fragilidade. Mas, nós cristãos somos convidados a não nos deixar levar pela amargura e pela revolta. Com a nossa fé e com a ajuda da graça de Deus podemos vivê-la como uma ocasião de amadurecimento e reflexão sobre a vida. Através do sofrimento nós participamos da Paixão do Senhor em benefício de toda a Igreja e da humanidade. Aqui entra o Sacramento da Unção: o óleo é símbolo da graça do Espírito Santo, Espírito de força e consolação. Assim, a doença pode ser vivida com um sentido positivo, pascal, salvífico: um modo privilegiado de participar da Paixão e Cruz do Senhor, para com Ele chegar à glória da ressurreição.

Triste não é sofrer, mas sofrer sem dar sentido ao sofrimento. O Sacramento da Unção dá um sentido cristológico e positivo à doença. A debilidade humana é, assim, transfigurada em Cristo, assumindo um aspecto de força na fraqueza, dando ao enfermo a serenidade de quem sabe que seu calvário terminará na ressurreição. Ainda mais: o sacramento une o fiel sofredor à Igreja, já que ele completa em seu corpo o que falou das tribulações de Cristo em benefício da Sua Igreja (cf. Cl 1,24).

A partir das orientações do Vaticano II, uma vez que o azeite de oliveira, que era prescrito até agora, para a validade do Sacramento, nalgumas partes não existe ou dificilmente se pode conseguir, Paulo VI estabeleceu, a pedido de numerosos Bispos, que, de acordo com as circunstâncias, se possa adotar outro tipo de óleo, o qual deve ser extraído de plantas (óleos vegetais).

O número de unções também foi reduzido. Paulo VI escreve: “Pelo que diz respeito ao número das unções e aos órgãos que hão de ser ungidos, pareceu-nos oportuno proceder a uma simplificação do rito. Com a nossa Autoridade Apostólica decretamos que, daqui por diante, tudo o que a seguir se estabelece seja observado no Rito Latino: O Sacramento da Unção dos Enfermos é conferido àqueles que estão doentes em perigo de vida, ungindo-os na fronte e nas mãos, com óleo de oliveira, devidamente benzido, proferindo, uma única vez, estas palavras: “Por esta santa unção e pela sua piíssima misericórdia, o Senhor venha em teu auxílio com a graça do Espírito Santo, para que liberto dos teus pecados, Ele te salve e, na sua bondade, alivie os teus sofrimentos”.

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Quem deve receber este Sacramento?

Todo fiel católico com doença grave e até mesmo em perigo de morte. Também os que se encontram em perigo de morte devido à idade avançada. Neste caso, a Sagrada Unção os ajuda a viver a fragilidade da idade e os achaques da velhice, com paciência, coragem e generosidade, participando dos sofrimentos do Cristo. Finalmente, aqueles fiéis que devam submeter-se a uma intervenção cirúrgica séria ou que traga risco de vida.

O Sacramento da Unção dos Enfermos pode ser repetido na mesma pessoa quantas vezes forem necessárias. Não se pode administrar este Sacramento a uma pessoa que já morreu. Este Sacramento é só para vivos e “vivos”! Porém, na dúvida, sem saber se a pessoa morreu ou não, deve-se administrá-lo!

Este Sacramento pode ser repetido, no caso em que o doente, após ter recebido a Santa Unção pela primeira vez, se ter restabelecido e, depois, ter recaído na doença; ou, então, quando perdura a mesma doença, mas o perigo de morte se torne mais grave.

Quem é o ministro da Unção dos Enfermos?

Os ministros deste Sacramento são os padres e bispos (sacerdotes). O primeiro responsável pela sua administração é o pároco, que deve atender os que o solicitam e até mesmo conscientizar os fiéis para a necessidade de recebê-lo. Os(as) leigos(as) da Pastoral da Saúde ou dos Enfermos têm o dever de manter o Pároco informado sobre os(as) doentes da comunidade, tendo, inclusive, uma ficha de cada um com seu histórico, também sacramental.

Como se celebra a Unção dos Enfermos?

O ideal seria celebrar o Sacramento da Unção dos Enfermos dentro da Celebração Eucarística e depois de ter confessado o enfermo. Não sendo possível, celebra-se somente a Unção e, sempre que possível, dá-se a comunhão ao doente.

A celebração começa com o Ato Penitencial; depois, temos a liturgia da Palavra, ainda que simplificada. O bom senso prático e litúrgico dirá a medida. A parte mais importante da celebração é a imposição das mãos sobre o(a) doente, suplicando a graça do Espírito e a Unção com o Óleo dos Enfermos. Este óleo é abençoado pelo Bispo na Missa do Crisma, na “quinta-feira” Santa. Se o óleo não estiver abençoado, o padre pode abençoá-lo no momento da celebração do Sacramento, para aquela celebração. Após a Unção, reza-se pelo(a)

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enfermo e conclui-se com o Pai-Nosso e as bênçãos finais.

A UNÇÃO DOS ENFERMOS NA TRADIÇÃO DA IGREJA

O Concílio de Trento declarou que o sacramento da Unção dos Enfermos tem sua base bíblica em Mc 6,13:

“Expulsamos numerosos demônios, ungiam com óleo a muitos enfermos e os curavam”, e confirmado por Tg 5,14s:

“Está alguém enfermo, chame os Presbíteros da Igreja, e eles façam orações sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. A oração da fé salvará o enfermo e o Senhor o restabelecerá. Se ele cometeu pecados, ser-lhe-ão perdoados.”

Até o século IX, os documentos da Igreja não apresentam um rito da Unção dos Enfermos, apenas encontramos fórmulas da bênção com o óleo que era aplicado aos doentes de todos os tipos, não apenas no caso de moléstias graves. Isto era feito nas casas até por leigos. A Tradição Apostólica de Hipólito de Roma (+235) traz um relato:

“Assim como santificando este óleo com o qual ungiste reis, sacerdotes e profetas, concedes ó Deus a santidade aos que são com ele ungidos, e aos que o recebem assim proporcione ele consolo aos que o provam, e saúde aos que dele se servem” (TA.18)

Nota-se que o óleo é usado para a unção ou para alimento, podendo ser aplicado pelo próprio doente.

Um texto muito interessante de S. Cesário, bispo de Arles, do ano 503, dizia:

“Quando vem uma doença, o enfermo recebe o Corpo e o Sangue de Cristo. Humildemente peça o óleo bento dos sacerdotes, e unja o seu corpo para que nele se realize o que está escrito...(Tg 5,14s). Vedes, irmãos, que aquele que na enfermidade vai à Igreja, merecerá receber a saúde do corpo e obter o perdão dos pecados. Visto que podemos encontrar na Igreja esses dois bens, como é possível que homens infelizes causem a si mesmo mal imenso, recorrendo aos magos, aos feiticeiros e aos adivinhos?” (Sermão 13)

S. Beda, Presbítero (+735), comentando Mc 6,12s, observa: “Deste texto deduz-se com evidência que o costume, da Santa Igreja, de ungir os possessos ou qualquer outro doente com óleo consagrado pela bênção do Bispo, foi-nos entregue pelos Apóstolos” (PL 92,188).

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Em outra passagem, afirma:

“A atual praxe da Igreja quer que os enfermos sejam ungidos com óleo consagrado e que sejam curados pela oração que acompanha a unção. E não só aos sacerdotes, mas, como escreve o Papa Inocêncio, também a todos os cristãos é lícito fazer uso do mesmo óleo, realizando, eles ou os seus caros, uma unção quando a doença os molesta. Todavia só ao Bispo é permitido benzer tal óleo” (PL 93,39s).

A partir do século VII, a bênção do óleo dos enfermos era reservada ao Bispo, na quinta-feira santa.

A partir do século IX, apareceram os primeiros rituais da Unção dos Enfermos; a administração do Sacramento passou a ser feita só pelo clero; a Unção foi sendo considerada uma graça de preparação para a morte, sendo mais valorizados os efeitos espirituais.

O Concílio de Trento, em 1551, enfrentando a objeção dos protestantes, ratificou a veracidade do Sacramento, afirmando que foi instituído por Jesus Cristo.

A Unção dos Enfermos (chamada antigamente de “Extrema Unção”) é, desde o princípio, um dos sete Sacramentos da Igreja, como provam os textos patrísticos abaixo.

Tertuliano de Cartago (+220):

“Porque eles com bastante entusiasmo ensinavam, discutiam, determinavam o exorcismo, para realizar curas... que podia ser até mesmo o batismo” (Prescrições 49; 200 d.C.). (?)

S. Hipólito de Roma (165-235)

“Ó Deus, que santificastes este óleo, concedendo a todos os que são ungidos e por ele recebem a santificação, como quando ungistes os reis, sacerdotes e profetas, assim concedei que ele possa dar fortaleza a todos os que dele se valem e saúde a todos os que o usam” (Tradição Apostólica 5,2; ~ 215 d.C.).

Orígenes de Alexandria (184-254):

“Além disso, aqueles que estão também com setenta anos, se bem que arduamente e sofridamente... Nesse caso deve ser realizado o que também o Apóstolo Tiago diz: ‘Se, pois, alguém está enfermo, que chame o presbítero da Igreja para impor as mãos sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o enfermo, e se ele está em pecados, esses lhe serão perdoados’” (Homilia sobre os Levíticos 2,4; 244 d.C.).

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Afrate, o Persa:

“Sobre o sacramento da vida, pelo qual (= Batismo) os sacerdotes cristãos (na ordenação), reis e profetas se tornam perfeitos; ele ilumina a escuridão (na Confirmação), unge os enfermos e, por seu privado sacramento, restaura os penitentes” (Tratados 23,3; 345 d.C.).

S. João Crisóstomo (349-407)

“Porque não somente no tempo da conversão, mas depois também, ele têm autoridade para perdoar os pecados. ‘Está alguém doente entre vós?’ está dito – ‘que chame os presbíteros da Igreja, e que esses orem sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. E a prece da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará: e se ele cometeu pecados, esses lhe serão perdoados’” (Sobre o Sacerdócio 3,6; 386 d.C.).

Serapião de Thuis:

“Este óleo... para boa graça e remissão dos pecados, para uma medicina de vida e salvação, para saúde e bem-estar da alma, corpo, espírito, para a perfeita consolidação” (Anáfora 29,1; 350 d.C.).

S. Ambrósio de Milão (340-397):

“Por que, então, impondes as mãos e acreditais que isso tenha efeito de bênção, se acaso alguma pessoa enferma se recupera? Por que assumis que alguém possa ser purificado por vós da sujeita do demônio? (A Penitência I, 8,36; 390 d.C.).

Papa Inocêncio I (+417):

“Se alguma parte de teu corpo está sofrendo... recorda-te também das Escrituras Inspiradas: ‘Alguém entre vós está doente? Chama o Presbítero da Igreja e deixa-o orar sobre ele, ungindo-o com óleo no nome do Senhor. E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o soerguerá, e se ele está em pecados, esses serão perdoados” (Cirilo de Alexandria, Culto e Adoração 6; 412 d.C.).

“Na epístola do santo Apóstolo Tiago... – ‘Se alguém entre vós está doente, chama os sacerdotes...’ – não há dúvida de que o ungido deve ser interpretado ou compreendido como enfermo da fé, que pode ser ungido com o santo óleo do crisma... e uma espécie de sacramento” (A Decêncio 25,8,11; 416 d.C.).

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“Que aquele que está doente receba o Corpo e Sangue de Cristo; que humildemente e com fé peça aos Presbíteros a unção abençoada, para ungir seu corpo, de modo que o que foi escrito possa lhe ser frutuoso: ‘Está alguém entre vós enfermo? Que lhe tragam os Presbíteros, que esses orem sobre ele, ungindo-o com óleo; e a prece da fé salvará o enfermo, o Salvador o reerguerá; e se estiver em pecados, esses lhes serão perdoados’” (Sermões 13,3; 542 d.C.).

Cassiodoro:

“Deve-se chamar um padre que, pela prece da fé e a unção do santo óleo que comunica, salvará aquele que está doente [por causa de um grande ferimento ou por uma doença]” (Complicações; 570 d.C.).

A COMUNHÃO DOS ENFERMOS

Quem come deste Pão viverá eternamente (Jo 6,51)

No Sacramento da Eucaristia, também quando comungamos fora da Santa Missa, participamos da ceia do Senhor que nos disse: “Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. O pão que eu darei é a minha carne para a vida do mundo” (Jo 6,51).

Na ultima ceia, Jesus tomou o pão e o deu aos seus discípulos, dizendo: “Tomai e comei, todos vós: isto é o meu corpo, que é dado por vós”. Depois fez o mesmo com o cálice de vinho: “Tomai e bebei, todos vós este é o cálice do meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança, que é derramado por vós e por todos os homens, para o perdão dos pecados. Fazei isto para celebrar a minha memória”.

Quem comunga, recebe o próprio Cristo e terá a vida eterna. No Sacramento da Eucaristia Deus alimenta a vida que recebemos no Batismo e que não termina quando morremos para este mundo. A comunhão é, ao mesmo tempo, uma antecipação do banquete eterno na casa do Pai, do qual Jesus falou em suas parábolas.

São Paulo, porém, nos adverte que não se pode comer o pão eucarístico nem beber o vinho sagrado indignamente. Cada um, pois, examine-se atentamente antes de comer desse pão ou beber desse cálice. Só quem tem fé e não está em pecado grave pode comungar.

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Os católicos costumam comungar com certa frequência e até todos os dias. A Igreja, hoje, facilitou o mais possível o acesso à Eucaristia, sobretudo aos doentes, permitindo que os próprios leigos distribuam a comunhão, tanto nos hospitais, quanto nas famílias onde há doentes.

Referências

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