“A segurança nos parques
urbanos – Gestão do risco
das árvores ornamentais”
Luís Miguel Martins
UTAD, Vila Real
lmartins@utad.pt
“A segurança nos parques
urbanos – Gestão do risco
das árvores ornamentais”
1.
1. Projeto
Projeto
2. Compactação do solo
2. Compactação do solo
3. Podas excessivas
3. Podas excessivas
Risco
“A segurança nos parques urbanos
– Gestão do risco das árvores
ornamentais”
Espiral de declínio de Manion (1991)
•
História;
•
Projeção de Copa (Pc)
•
Envolvente da árvore (E)
Parâmetros dendrométricos
•
História;
•
Projeção de Copa (Pc)
•
Envolvente da árvore (E)
Declínio do montado de sobro
Declínio do montado de sobro
Declínio do castanheiro de Guilhafonso
Declínio do castanheiro de Guilhafonso
Guarda
Guarda
Sousa, E., M. N. Santos, M. C. Varela e J. Henriques. 2007. Perda de vigor dos montados de sobro e azinho: análise da situação e perspectivas.
Sousa, E. M. R. 1990. O Declínio da Floresta. Trabalho de síntese de acesso à categoria de Assistente de Investigação Instituto de Investigação Agrária, Estação Florestal Nacional, 54 pp.
• FACTORES DE PREDISPOSIÇÃO
• FACTORES DE INDUÇÃO
• FACTORES DE ACELERAÇÃO (agentes bióticos)
Martins, L. M. 2012. Fitossanidade e proposta de intervenção no castanheiro de Guilhafonso - Guarda. Vila Real, Outubro, 24 pp.
• FACTORES DE PREDISPOSIÇÃO
• FACTORES DE INDUÇÃO
1. Projecto
2. Plantação
0.6 – 0.8
m
3
de solo / m
2
de projecção da copa
Árvore limitada pelo espaço
da cova
Modelo
Conceptual da
Modelo Natural
da Árvore
Bassuk and Hillman (2009)
Bassuk N. L. and A. Hillman. 2009. Creating the Urban Forest:
The
Bare
Root
Method.
Urban
Horticulture
Institute
Department of Horticulture, Cornell University Ithaca, New
York, 14 pp.
Estádio Municipal Aveiro
Fev. 2005
Plantação à cova
de
Liquidambar styraciflua
Estádio Municipal Aveiro
Árvores com 8 anos em Maio 2009
Alameda de Tílias – Jardim da Estação
Vila real, Maio 2009
Mota, S. M. e L. M. Martins. 2004. Inventário e avaliação da sanidade das árvores de Vila Real. UTAD, Vila Real, 42 p.
Corredor
Verde
Av. Fernando Real
Vila Real, 2008
Jardim da Estação
Vila Real, Novembro de 1999
NERVIR
2. Plantação
3. Compactação
Dimensões das caldeiras / covas
Dimensões das caldeiras / covas
em muitos cadernos de encargos
em muitos cadernos de encargos
Plantação à cova
Técnica muito comum, mas com
efeitos muito negativos na saúde da
árvore
TRANSPORTE
PLANTAÇÃO
Plantação Elevada em solos pesados ou húmidos
Alameda de Grasse
Vila Real, Maio 2009
Largo das Pedrinhas
UTAD, 2005
Mattheck, C. and K. Bethge. 2000. Simple mathematical approaches to tree biomechanics. Arboricultural Journal 24: 307-326
Parâmetros dendrométricos (árv. 5)
Critério de segurança com base nos
parâmetros dendrométricos
Sto Tirso – Parque Urbano da Ribeira do Matadouro
Árvore 5 (276) – Amieiro (Alnus glutinosa)
P1 =1.55 m
d = 0.49 m
H = 19.6 m
H/d = 40
Análise por VTA
“A árvore n.º 5
apresenta algum risco devido ao
factor H/d, agravado inclinação. O abate deste amieiro
trás constrangimentos ao local pois próximo existem
outras
árvores
da
mesma
espécie
e
melhor
conformadas.”
(Martins e Machado, 2012)
Martins, L. M. e H. Machado. 2012. Fitossanidade e segurança das árvores do Parque Urbano da Ribeira do Matadouro, Sto Tirso. UTAD, 8 pp.
16,5 m 4,5 m
6,7 m
100,3 m
Adro da Igreja Matriz de Paredes. TÍLIA nº 1 e proposta para diminuição da copa, considerando
a relação H/d, a estrutura dos ramos e diâmetro da copa
Martins, LMP. 2010. Avaliação da estabilidade das tílias do adro da Igreja Matriz de Paredes. UTAD, Vila Real, Outubro, 28 pp.
L
F
v
h = Altura da árvore
L = Comprimento da Raiz
h
F
vento
Momento de
fractura
4
R
.
.
M
3
F
F
M
f
= F
vento
. h = L. F
v
Mattheck C. and K. Bethge, 2000. Sample mathematical approaches to tree biomechanics. Arboricultural Journal 24: 307-326.
Modelo empírico da expansão
Modelo empírico da expansão
das raízes numa árvore
das raízes numa árvore
P.C. - Raízes estruturais na projecção da copa.
Queda de um cedro no Jardim do Carregal (Porto, 2009).
Queda de choupos sem estrutura radicular, numa zona de relvado (Porto, 2009).
3. Compactação
(árvores adultas)
Porto, 2001
Porto, 2001
Inventário, sanidade e factores limitantes
das árvores de AMARANTE*
Martins, LM 2007. Inventário e Avaliação da Sanidade das Árvores
de Amarante - Relatório Final. UTAD, Vila Real, 79 pp.
1
1
3
6
6
10
14
16
19
48
51
641
0
100
200
300
400
500
600
700
Insectos
Aterro
Inclinação solo
Trepadeiras
Desaterro
Rega
Podas anteriores
Idade
Caldeira ins.
Outras árvores
Sem Fact. Lim.
Compactação
F
a
c
t.
L
im
ita
n
te
Número de árvores
Factores limitantes - árvores de AMARANTE
77%
1
1
3
6
6
10
14
16
19
48
51
641
0
100
200
300
400
500
600
700
Insectos
Aterro
Inclinação solo
Trepadeiras
Desaterro
Rega
Podas anteriores
Idade
Caldeira ins.
Outras árvores
Sem Fact. Lim.
Compactação
F
a
c
t.
L
im
ita
n
te
Número de árvores
(835 árvores)
Martins, LM 2007. Inventário e Avaliação da Sanidade das Árvores
de Amarante - Relatório Final. UTAD, Vila Real, 79 pp.
3
7
8
1
5
6
P. Serralves Parque da cidade Parque de S. Roque J. Arca d’Água Qta Covêlo J. MarquêsInventário e avaliação da sanidade das árvores do Porto
4
2
I
O
O
D
O
5
I
O
O
D
O
I
O
O
D
O
J. Nova Sintra J. Cordoaria e S. Lázaro P. Cristal Passeio AlegreMartins,
Luís; João Castro; Isabel Lufinha; Rosa Prada.
2003. Inventário e avaliação da sanidade das árvores
do Porto.
53 26 30 40 50 60
%
Factores limitantes das árvores do PORTO
14 13 4 3 2 0 10 20
%
Compactação Podas AnterioresEdifícios Caldeira Idade Tutor Outros
(≈30 mil árvores)
Martins,
Luís; João Castro; Isabel Lufinha; Rosa Prada.
2003. Inventário e avaliação da sanidade das árvores
do Porto.
Jardim Central
De Alfândega da Fé, 2007
Ø 7m Ø 10m 10m Aterro Gravilha Relvado Terra Lona Diametro da copa 1m Perfil do solo em 2005Abertura de uma cova para a inspecção do sistema
radicular da árvore nº 1 (Cupressus lusitanica)
Ø 7m Ø 10m 10m Aterro Gravilha Relvado Terra Lona Diametro da copa 1m Perfil do solo em 2005
Martins, L. P. M. 2007. Jardim Municipal de Alfândega da Fé – Avaliação fitossanitária e proposta de intervenção. UTAD, Vila Real, 25 pp.
65 cm
Jardim Central
De Alfândega da Fé, 2007
Asfixia radicular e de infecção
das raízes por Phytophthora spp.
Lona
Geotêxtil
Nº de Árvores mortas e respectiva espécie
no Jardim Central de Alfândega da Fé *
Martins, L. P. M. 2007. Jardim Municipal de Alfândega da Fé – Avaliação fitossanitária e proposta de intervenção. UTAD, Vila Real, 25 pp.
Jardim Municipal De Alfândega da Fé
Martins, L. P. M. 2007. Jardim Municipal de Alfândega da Fé – Avaliação fitossanitária e proposta de intervenção. UTAD, Vila Real, 25 pp.
(…) “as dimensões e o recorte desta tília
ajudam reduzir a monotonia e o “peso”
do edifício do Pioledo” (Mota, 2004 )
Porquê podar
árvores ornamentais?
(…) “as dimensões e o recorte desta tília
ajudam reduzir a monotonia e o “peso”
do edifício do Pioledo” (Mota, 2004 )
Mota, S.A. & L.M. Martins. 2004. Diagnóstico e gestão do património arbóreo das árvores de VILA REAL. UTAD, Vila Real, 77 pp.
Camélias (Camelia japonica) do Jardim frontal ao Hotel Palace Vidago
Junho, 2007
Martins LM 2007. Transplante de camélias no Hotel Vidago Palace, UTAD, Vila Real, 3 pp.Espécie
Nome Comum
Altura
Proj. Copa
(< 6 m) (m)
Acer campestre
Bordo
4-6
Acer palmatum
acer-do-Japão
3-5
Arbutus unedo
Medronheiro
2-4
Bauhinia purpurea
bauhínia-purpurea
*3-5
Cercis siliquastrum
olaia; árvore-de-judas
3-4
Citrus auratium
laranjeira-azeda
2-4
Citrus sinensis
laranjeira
2-4
Corylus avellana
aveleira; avelaneira
2-4
Crataegus laevigata
escalheiro
2-4
Crataegus monogyna
pilriteiro
2-4
Elaeagnus angustifolia
oliveira-do-paraíso
2-4
Erthrina crista-gallii
feijoeiro-da-Índia
6-8
Eryobotrya japonica
nespereira-do-Japão
4-6
Lagertroemia indica
árvore-de-júpiter
2-3
Ligustrum japonico
alfenheiro-pequeno-do-Japão
2-3
Magnolia x soulangeana
magnólia comum
2-4
Malus floribunda
macieira-do-Japão
4-6
Prunus cerasus
ginjeira
*2-4
Prunus ceresifera
abrunheiro-dos-jardins
*2-4
Prunus dulcis
amendoeira
*2-3
Prunus lusitanica
azereiro
2-4
Prunus padus
azereiro-dos-danados
*2-4
Prunus serrulata
cerejeira-do-Japão
*4-8
Prunus spinosa
abrunheiro
2-4
Punica granatum
româzeira
2-3
Salix x caprea
salgueiro-caprino
2-4
Sambucus nigra
sabugueiro-negro
2-4
Sorbus torminalis
mostajeiro
2-4
Tamarix africana
tamargueira
2-3
Tamarix gallica
tamargueira-de-França
2-3
Tamarix parviflora
tamargueira-de-folhas-pequenas
2-4
*) 6-10
Tamanho de algumas espécies na idade adulta e habitat de origem
Espécie
Nome Comum
Altura
Proj. Copa
(< 6 m) (m)
Acer campestre
Bordo
4-6
Acer palmatum
acer-do-Japão
3-5
Arbutus unedo
Medronheiro
2-4
Bauhinia purpurea
bauhínia-purpurea
*3-5
Cercis siliquastrum
olaia; árvore-de-judas
3-4
Citrus auratium
laranjeira-azeda
2-4
Citrus sinensis
laranjeira
2-4
Corylus avellana
aveleira; avelaneira
2-4
Crataegus laevigata
escalheiro
2-4
Crataegus monogyna
pilriteiro
2-4
Elaeagnus angustifolia
oliveira-do-paraíso
2-4
Erthrina crista-gallii
feijoeiro-da-Índia
6-8
Eryobotrya japonica
nespereira-do-Japão
4-6
Lagertroemia indica
árvore-de-júpiter
2-3
Ligustrum japonico
alfenheiro-pequeno-do-Japão
2-3
Magnolia x soulangeana
magnólia comum
2-4
Malus floribunda
macieira-do-Japão
4-6
Prunus cerasus
ginjeira
*2-4
Prunus ceresifera
abrunheiro-dos-jardins
*2-4
Prunus dulcis
amendoeira
*2-3
Prunus lusitanica
azereiro
2-4
Prunus padus
azereiro-dos-danados
*2-4
Prunus serrulata
cerejeira-do-Japão
*4-8
Prunus spinosa
abrunheiro
2-4
Punica granatum
româzeira
2-3
Salix x caprea
salgueiro-caprino
2-4
Sambucus nigra
sabugueiro-negro
2-4
Sorbus torminalis
mostajeiro
2-4
Tamarix africana
tamargueira
2-3
Tamarix gallica
tamargueira-de-França
2-3
Tamarix parviflora
tamargueira-de-folhas-pequenas
2-4
Inventário das árvores de VILA REAL*
6 espécies ≈ 80% das árvores
(529 árvores)
Mota, S.A. & L.M. Martins. 2004. Diagnóstico e gestão do património arbóreo das árvores de Vila Real. UTAD, Vila Real, 77 pp.
Árvores inventariadas por espécie em AMARANTE
6 espécies ≈ 70% das árvores
(835 árvores)
Martins, LM 2007. Inventário e Avaliação da Sanidade das Árvores de Amarante - Relatório Final. UTAD, Vila Real, 79 pp.
4% 5% 5% 6% 12% 11% 9% 7% 4% 3% 3% 2% 2% 2% 2% 0 200 400 600 800 1000 1200 Pop ulus Ace r Thuj a Que rcus Pru nus Pla tanu s Cel tis Cha mae cypa ris Tilia Ligu stru m Cup ress us Frax inus Cam elia Hib iscu s Euc alyp us
N
º
á
rv
o
re
s
Representação dos géneros mais importantes no PORTO
4% 5% 5% 6% 12% 11% 9% 7% 4% 3% 3% 2% 2% 2% 2% 0 200 400 600 800 1000 1200 Pop ulus Ace r Thuj a Que rcus Pru nus Pla tanu s Cel tis Cha mae cypa ris Tilia Ligu stru m Cup ress us Frax inus Cam elia Hib iscu s Euc alyp us
N
º
á
rv
o
re
s
• 164 espécies arbóreas
• 78 géneros
• 50 % das árvores em 6 géneros
Monção
“Mutilações” em Plátanos em 2001; Fotografia de 2007
Jardim Público,
Chaves, Abril 2007
Jardim Público,
Chaves, Abril 2008
Jardim Público,
Chaves, Abril 2009
Plátanos em alinhamento 3 anos
após a “Poda”
Jardim Público,
Chaves, Abril 2009
Fotos: Célia Lemos
2 Ano Eng. Florestal
Liquidambares – Sto Tirso (2011)
Zona
afectada
Martins, L. M P. 2011. Fitossanidade e segurança das árvores do Parque de D. Maria II – Sto Tirso. UTAD, Março, 45 pp.
Tílias – Régua (2011)
Martins, L. M P. 2011. Fitossanidade e segurança das tílias da Av. Dr. Antão de Carvalho – Régua. UTAD, Julho, 57 pp.
Critério de risco para árvores com podridões ou cavidades
c
c
c
Cancro com
origem num poda
Lufinha, M. I. e L. M. Martins. 2003. Avaliação da estabilidade dos plátanos do Jardim Arca d´ Água (Praça Nove de Abril), Porto, Outubro, 20 p
Mortalidade das Árvores e Principais Causas
Inventário de 2004 em Vila Real;
529 árvores: 474 saudáveis (90%); 26 decrépitas (5%);
29 mortas (5%)
Mota, S.A. & L.M. Martins. 2004. Diagnóstico e gestão do património arbóreo das árvores de Vila Real. UTAD, Vila Real, 77 pp.
As árvores merecem
As árvores merecem
ser livres
ser livres
Plátanos (Platanus acerifolia) na rotunda de acesso ao IP4, Parada de
Cunhos, Vila Real
Valor Patrimonial
47 300 €
Rodrigues, L. e L. Martins. 2009. Condição actual e valor patrimonial das árvores de interesse público. In: 6º Congresso Ibero-Americano de Parques e Jardins Públicos, Póvoa de Lanhoso, 23-27 de Junho, 194-203 pp.