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PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃO Seção de Dissídios Coletivos

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PODER JUDICIÁRIO

JUSTIÇA DO TRABALHO

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃO Seção de Dissídios Coletivos

PROCESSO TRT 15ª REGIÃO N.º 0005546-72.2015.5.15.0000 DISSÍDIO COLETIVO

SUSCITANTE: SINTAR - SINDICATO DOS TÉCNICOS E AUXILIARES EM RADIOLOGIA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO E REGIÃO

1º SUSCITADO: SINDHOSFILPPTE - SINDICATO DAS SANTAS CASAS DE MISERICÓRDIA E HOSPITAIS FILANTRÓPICOS DE PRESIDENTE PRUDENTE

2º SUSCITADO: SINDHOSFIL - SINDICATO DAS SANTAS CASAS DE MISERICÓRDIA E HOSPITAIS FILANTRÓPICOS DO ESTADO DE SÃO PAULO

3º SUSCITADO: SINDHOSP - SINDICATO DOS HOSPITAIS, CLÍNICAS, CASAS DE SAÚDE, LABORATÓRIOS DE PESQUISAS E ANALISES CLINÍCAS DO ESTADO DE SÃO PAULO 4º SUSCITADO: SINDHORP - SINDICATO DOS HOSPITAIS, CLÍNICAS, CASAS DE SAÚDE, LABORATÓRIOS DE PESQUISAS E ANALISES CLINÍCAS DE RIBEIRÃO PRETO E REGIÃO

5º SUSCITADO: SINAMGE - SINDICATO NACIONAL DAS EMPRESAS DE MEDICINA DE GRUPO

6º SUSCITADO: SINPAVET-SINDICATO PATRONAL DOS MÉDICOS VETERINÁRIOS DO ESTADO DE SÃO PAULO

7º SUSCITADO: SINOG - SINDICATO NACIONAL DAS EMPRESAS DE ODONTOLOGIA DE GRUPO

8º SUSCITADO: UNIMED COOPERATIVA DE TRABALHO DE ARAÇATUBA 9º SUSCITADO: UNIMED COOPERATIVA DE TRABALHO DE ARARAQUARA 10º SUSCITADO: UNIMED COOPERATIVA DE TRABALHO DE BEBEDOURO 11º SUSCITADO: UNIMED COOPERATIVA DE TRABALHO DE JABOTICABAL 12º SUSCITADO: UNIMED COOPERATIVA DE TRABALHO DE LINS

CUSTUS LEGIS: MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO - OFICIAL

O SINDICATO DOS TÉCNICOS E AUXILIARES EM RADIOLOGIA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO E REGIÃO - SINTAR ajuizou dissídio coletivo em face do SINDHOSFILPPTE - SINDICATO DAS SANTAS CASAS DE MISERICÓRDIA E HOSPITAIS FILANTRÓPICOS DE PRESIDENTE PRUDENTE e Outros 11.

Alega, em síntese, ser o legítimo representante da categoria diferenciada dos técnicos e auxiliares de radiologia, na base territorial dos Municípios de Adolfo, Altair, Álvares Florence, Américo de Campos, Andradina, Aparecida D'Oeste, Araçatuba, Araraquara, Ariranha, Assis, Auriflama, Bady Bassit, Bálsamo, Barretos, Bebedouro, Bilac, Birigui, Borborema, Buritama, Cajobi, Cardoso, Catanduva, Cedral, Catigüá, Cosmorama, Dobrada, Dolcinópolis, Estrela D'Oeste, Fernandópolis, Floreal, General Salgado, Getulina,

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Guapiaçú, Guaraci, Guarani D'Oeste, Guararapes, Ibirá, Ibitinga, Icem, Ilha Solteira, Indiaporã, Itajobi, Itápolis, Jaboticabal, Jaci, Jales, José Bonifácio, Lavínia, Lins, Macaubal, Macedônia, Magda, Marília, Matão, Meridiano, Mendonça, Mira-Estrela, Mirassolândia, Mirandópolis, Mirassol, Monte Alto, Monte Azul Paulista, Monte Aprazível, Neves Paulista, Nhandeara, Nipoã, Nova Aliança, Nova Granada, Nova Luzitânia, Novo Horizonte, Olímpia, Onda Verde, Ouroeste, Orindiúva, Palestina, Palmares Paulista, Palmeira D'Oeste, Paraíso, Paranapuã, Paulo de Faria, Pedranópolis, Penápolis, Pereira Barreto, Pindorama, Pirangi, Planalto, Pongaí, Populina, Potirendaba, Poloni, Pontes Gestal, Reginópolis, Riolândia, Rubinéia, Sales, Santa Adélia, Santa Albertina, Santa Fé do Sul, Santa Clara do D´ Oeste, Santa Rita D´Oeste, São João das Duas Pontes, São José do Rio Preto, Severínia, Sud Menucci, Tabapuã, Tanabi, Taquaritinga, Três Fronteiras, Turmalina, Ubarana, Uchoa, União Paulista, Urânia, Urupês, Valentim Gentil, Valparaíso e Votuporanga, todos situados no estado de São Paulo. Afirma que os suscitados possuem em seus quadros empregados enquadrados nessa categoria profissional, bem como que restaram frustradas as tentativas de negociação de condições de trabalho para o período 2014/2015, não havendo outra alternativa senão a instauração da instância. Pretende seja proferida sentença normativa acolhendo as reivindicações da categoria profissional, conforme a pauta que acompanha a representação. Atribui à causa o valor de R$ 2.000,00(dois mil reais).

Junta os atos constitutivos e documentos.

Foi determinada a apresentação dos seguintes documentos: a) cópia autenticada da ata de posse da atual diretoria do sindicato, com a respectiva data de posse; b) procuração com a identificação do seu outorgante; c) pauta de reivindicações fundamentada em relação às cláusulas 27ª, 44ª, 80ª, 82ª, 83ª, 85ª, 90ª, 91ª e 95ª (OJ nº 32 e PN nº 37 da SDC do C. TST); d) comprovação de envio da carta convite ao SINPAVET -Sindicato Patronal dos Médicos Veterinários do Estado de São Paulo (ID 79fbafe). A determinação foi atendida (ID c6d991c a ID 60bdd23).

Designada audiência (ID c8094af).

Juntados os atos constitutivos dos suscitados e os instrumentos de mandato pertinentes (ID 346e622 a IDb2fa1ce, ID 6471502 a ID 8f57d50, ID 7fba0f6 a ID 78497d2, ID 3027985 a ID a7f237, ID 7a5b442 a ID 215c7c8, ID fce9f5a a ID db0bd12, ID c060978 a ID c68a25d).

Contestando, o SINDICATO NACIONAL DAS EMPRESAS DE ODONTOLOGIA DE GRUPO - SINOG, em preliminar, alega carência da ação por falta de

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comum acordo e ilegitimidade ativa, sob o argumento de que a ata da assembleia não atende aos requisitos legais. No mérito, impugna as reivindicações formuladas na representação (ID d97239c).

Contestando, o SINDICATO NACIONAL DAS EMPRESAS DE MEDICINA DE GRUPO - SINAMGE, em preliminar, alega carência da ação por falta de comum acordo e ilegitimidade ativa, também mediante o argumento de que a ata da assembleia não atende aos requisitos legais. No mérito, impugna as reivindicações formuladas na representação (ID c6f2a65).

A UNIMED DE BEBEDOURO COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO postula a dilação do prazo para apresentar defesa a alega carência da ação por ilegitimidade passiva (ID aa635bf).

Contestando, a UNIMED DE LINS COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO, alega não ter sido observado o prazo mínimo de 5 dias entre a data da notificação e a data da audiência, previsto no artigo 841 da CLT, carência da ação por ilegitimidade passiva, sob o argumento de que o SINCOMED é o legítimo representante das cooperativas de serviços médicos e, no caso vertente, não participou das negociações com o suscitante, bem como falta de comum acordo.

Contestando, o SINDICATO PATRONAL DOS MÉDICOS VETERINÁRIOS DO ESTADO DE SÃO PAULO - SINPAVET, em preliminar, alega carência da ação por não haver nas clínicas, hospitais, consultórios e laboratórios abrangidos pelo suscitado, a utilização do profissional técnico e auxiliar em radiologia, ilegitimidade ativa por não existir profissional abrangido pela categoria do suscitante, que seja especializado em radiologia veterinária. No mérito, impugna as reivindicações formuladas na representação (ID 73d0d84).

Contestando, o SINDICATO DOS HOSPITAIS, CLÍNICAS, CASAS DE SAÚDE, LABORATÓRIOS DE PESQUISAS, ANÁLISES CLÍNICAS E DEMAIS ESTABELECIMENTOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO ESTADO DE SÃO PAULO -SINDHOSP, em preliminar, alega carência da ação por falta de comum acordo, ausência de negociação prévia e falta de quorum para negociação. No mérito, impugna as reivindicações formuladas na representação (ID aaebbb2).

Contestando, o SINDICATO DOS HOSPITAIS, CLÍNICAS, CASAS DE SAÚDE, LABORATÓRIOS DE PESQUISAS E ANÁLISES CLÍNICAS E DEMAIS ESTABELECIMENTOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DE RIBEIRÃO PRETO E REGIÃO

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-SINDHORP, em preliminar, alega carência da ação por falta de comum acordo, ausência de negociação prévia e falta de quorum para negociação. No mérito, impugna as reivindicações formuladas na representação (ID 280f94f).

Contestando, o SINDICATO DAS SANTAS CASAS DE MISERICÓRDIA E HOSPITAIS FILANTRÓPICOS DE SÃO PAULO, em preliminar, alega carência da ação por falta de comum acordo, ilegitimidade ativa, ausência dos requisitos formais na pauta de reivindicações e ausência de negociação prévia. No mérito, impugna as reivindicações formuladas na representação (ID 3740e9c).

Contestando, a UNIMED DE ARAÇATUBA COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO, em preliminar, alega carência da ação por ausência de negociação coletiva prévia, ilegitimidade passiva por ausência de empregados pertencentes à categoria representada pelo suscitante, bem como sob o argumento de que o SINHOSP é o legítimo representante da categoria patronal para efeito de firmar normas coletivas. No mérito, impugna as reivindicações formuladas na representação (ID 5483206).

Contestando, a UNIMED DE ARARAQUARA COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO alega desrespeito ao prazo mínimo entre a data da notificação e a data da audiência (CLT, artigo 841), carência da ação por ilegitimidade passiva por não possuir serviços de diagnósticos por imagens próprias, utilizando serviços credenciados de outras clínicas existentes na cidade, por ausência de publicação do edital de convocação da assembleia dos trabalhadores na região de Araraquara, por ausência de negociação prévia e, ainda, sob o argumento de que o SINHOSP é o legítimo representante da categoria patronal para efeito de firmar normas coletivas (ID dece577).

Contestando, o SINDHOSFILPPTE - SINDICATO DAS SANTAS CASAS DE MISERICÓRDIA E HOSPITAIS FILANTRÓPICOS DE PRESIDENTE PRUDENTE E REGIÃO impugna as reivindicações formuladas na representação (ID 8b6aae0).

À audiência deixaram de comparecer o suscitante, o 1º, o 3º, o 4º, o 5º, o 6º, o 7º, o 10º, o 11º e o 12º suscitados. Presentes, todavia, os advogados dos 3º, 4º, 5º, 7º e 10º suscitados. Presentes, ainda, os 2º, 8º e 9º suscitados e respectivos advogados. Foi determinada a intimação do suscitante para, em cinco dias, se manifestar "se possui interesse no prosseguimento do feito, esclarecendo e justificando a permanência de cada um dos Suscitados", sob pena de extinção do processo sem resolução do mérito (ID b055ea2). Foi determinado ao suscitante, também, que, no mesmo prazo de cinco dias, esclarecesse se possui interesse na manutenção dos suscitados SINDHOSFIL - Sindicato das Santas Casas de

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Misericórdia e Hospitais Filantrópicos do Estado de São Paulo, SINAMGE - Sindicato Nacional das Empresas de Medicina de Grupo e UNIMED Cooperativa de Trabalho de Araraquara no polo passivo e, caso tenha interesse, que forneça os números de CNPJ respectivos para possibilitar a regular inclusão no feito(ID 320d862).

Foi certificado o índice acumulado do INPC - Índice Nacional de Preços ao Consumidor (fornecido pelo IBGE) referente ao período de 12 meses, de janeiro de 2014 a dezembro de 2014, de 6,23% (ID 3c722e0).

Réplica do suscitante, impugnando os argumentos das defesas apresentadas pelos suscitados (ID 18d3557). O suscitante, ainda, atendendo a determinação judicial (ID 320d862), informou o CNPJ dos suscitados antes mencionados, bem como seu interesse na respectiva manutenção no polo passivo e, ainda, requereu o prosseguimento do processo em relação a todos os suscitados (ID fb4975d).

Nova determinação para que o suscitante fornecesse o CNPJ do suscitado SINANGE, pois o informado não possibilitou o respectivo cadastramento (ID 14623c3).

Por meio da decisão ID 0684994, a Excelentíssima Desembargadora Vice-Presidente Judicial desta Corte, no exercício da Presidência desta Seção de Dissídios Coletivos, reconsiderou a determinação constante da ata de audiência (ID b055ea2), e deixou de redesignar a audiência de conciliação e instrução. Isso por concluir que "O suscitante, apesar de regularmente intimado, não compareceu à audiência anterior, o que faz concluir que não compareceria na audiência que seria designada".

Foi determinada a ciência ao Ministério Público do Trabalho, sendo os autos distribuídos a este Relator.

O Ministério Público do Trabalho manifestou sua ciência (ID d882443).

É o relatório.

VOTO

PRELIMINAR ARGUIDA PELOS SUSCITADOS - ATA DE ASSEMBLEIA - PAUTA DE REIVINDICAÇÕES - PUBLICAÇÃO DO EDITAL - AUSÊNCIA DOS REQUISITOS LEGAIS E ESTATUTÁRIOS - PRESSUPOSTOS DE CONSTITUIÇÃO E DE DESENVOLVIMENTO VÁLIDO E REGULAR DO PROCESSO

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De início, é oportuno ressaltar que a matéria arguida pelos suscitados em suas respectivas contestações pode também ser conhecida pelo julgador, de ofício, em qualquer tempo e grau de jurisdição, a teor do disposto no § 3º do artigo 267 do CPC, de aplicação subsidiária ao Processo do Trabalho.

Compulsando os autos, verifico pela ata da assembleia (ID 915e946) que não houve discussão e aprovação da pauta de reivindicações, tampouco a sua transcrição naquele instrumento.

Ora, constitui o entendimento pacificado pela OJ n.º 08 da Seção de Dissídios Coletivos do C. TST, ser indispensável o registro da pauta de reivindicações na ata da assembleia de trabalhadores, a fim de legitimar a atuação da entidade sindical, in verbis:

DISSÍDIO COLETIVO. PAUTA REIVINDICATÓRIA NÃO REGISTRADA EM ATA. CAUSA DE EXTINÇÃO. (inserida em 27.03.1998)

A ata da assembleia de trabalhadores que legitima a atuação da entidade sindical respectiva em favor de seus interesses deve registrar, obrigatoriamente, a pauta reivindicatória, produto da vontade expressa da categoria.

Tal entendimento se mantém naquela Corte, conforme os seguintes julgados recentes:

RECONVENÇÃO. DISSÍDIO COLETIVO DE NATUREZA ECONÔMICA. ILEGITIMIDADE ATIVA "AD PROCESSUM". REPRESENTAÇÃO SINDICAL. NECESSIDADE DE AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DA CATEGORIA. AUSÊNCIA DA PAUTA DE REIVINDICAÇÕES. IRREGULARIDADE DO EDITAL DE CONVOCAÇÃO.

1. O Tribunal Regional decidiu em sintonia com a Orientação Jurisprudencial nº 8 desta SDC, ao entender que a ausência do registro da pauta de reivindicações na ata da assembleia representa vício suficiente para a extinção do dissídio coletivo econômico que, na hipótese, foi instaurado em reconvenção, no curso de dissídio coletivo de greve suscitado pela empregadora.

2. Além desse óbice, houve descumprimento da Orientação Jurisprudencial nº 29 desta SDC, quanto à apresentação do edital de convocação da categoria, não tendo sido, portanto, satisfeitos, pelo sindicato reconvinte, os pressuposto de constituição e desenvolvimento válido e regular do processo.

Recurso ordinário a que se nega provimento.

(RO - 130075-57.2014.5.13.0000, Relator Ministro: Walmir Oliveira da Costa, Data de Julgamento: 23/02/2015, Seção Especializada em Dissídios Coletivos, Data de Publicação: DEJT 27/02/2015, destaque acrescentado)

I - RECURSO ORDINÁRIO INTERPOSTO POR SINDICATO DOS ESTABELECIMENTOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO - SINDHES DISSÍDIO COLETIVO DE GREVE E DE NATUREZA ECONÔMICA AJUIZADO POR SINDICATO PROFISSIONAL. ATA DA ASSEMBLEIA GERAL. FALTA DE AUTORIZAÇÃO DOS TRABALHADORES PARA O AJUIZAMENTO DO DISSÍDIO COLETIVO. FALTA DE REGISTRO DO TEXTO DAS CLÁUSULAS REIVINDICADAS. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. No dissídio coletivo o sindicato apenas representa os interesses da categoria profissional e a sua atuação somente é permitida nos limites autorizados pelos trabalhadores reunidos em

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assembleia. Daí ser imprescindível o registro na ata da assembleia convocada pelo Suscitante da autorização da categoria profissional para o ajuizamento do dissídio coletivo, bem como a transcrição nesse documento do teor da pauta de reivindicações, a fim de, respectivamente, se comprovar a legitimidade ad causam do sindicato profissional e se possibilitar a constatação de que as cláusulas apresentadas ao exame da Corte a quo na representação guardam identidade com aquelas submetidas à votação na assembleia geral. Observância do disposto no art. 859 da CLT e das diretrizes traçadas nas Orientações Jurisprudenciais nºs 08 e 29 desta Seção Especializada em Dissídios Coletivos. Extinção do processo sem resolução do mérito que se decreta, nos termos do art. 267, IV e VI, do Código de Processo Civil. Recurso ordinário a que se dá provimento. II -RECURSOS ORDINÁRIOS INTERPOSTOS POR VITÓRIA APART HOSPITAL S/A E UNIMED VITÓRIA - COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO (ASSISTENTES LITISCONSORCIAIS). Julgamento prejudicado, em razão do decidido em relação ao recurso ordinário interposto por Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Espírito Santo -SINDHES.

(RO - 9100-29.2013.5.17.0000, Relator Ministro: Fernando Eizo Ono, Data de Julgamento: 13/10/2014, Seção Especializada em Dissídios Coletivos, Data de Publicação: DEJT 24/10/2014, destaque acrescentado)

DISSÍDIO COLETIVO DE NATUREZA ECONÔMICA. I) RECURSO ORDINÁRIO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES DAS AUTARQUIAS DE FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL E ENTIDADES COLIGADAS NO ESTADO DE SÃO PAULO - SINSEXPRO. AUSÊNCIA DE COMUM ACORDO. ART. 114, § 2º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO. O entendimento pacífico desta Corte é o de que o comum acordo das partes, exigência trazida no art. 114, § 2º, da Constituição Federal para a instauração da instância do dissídio coletivo de natureza econômica, é pressuposto de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo e, embora devesse ser materializado sob a forma de petição conjunta de representação, é interpretado de forma mais flexível, admitindo-se a concordância tácita na instauração da instância, desde que não haja a oposição do suscitado, na contestação. Nesse contexto, e considerando a expressa discordância de vários suscitados, quando da apresentação de suas defesas, mantém-se a decisão regional, que, ao extinguir o processo, sem resolução de mérito, na forma do art. 267, IV, do CPC, por ausência de pressuposto processual, em relação a eles, decidiu em conformidade com a iterativa jurisprudência desta Seção Especializada. Recurso ordinário conhecido e não provido. II) RECURSOS ORDINÁRIOS INTERPOSTOS POR CONSELHO REGIONAL DE CORRETORES DE IMÓVEIS - CRECI/SP E POR CONSELHO REGIONAL DE NUTRICIONISTAS DA 3ª REGIÃO. FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO DOS PEDIDOS E AUSÊNCIA DE TRANSCRIÇÃO DA PAUTA DE REIVINDICAÇÕES NA ATA DA ASSEMBLEIA DE TRABALHADORES. ATA. PRECEDENTE NORMATIVO Nº 37 E ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS Nos 8 E 32 DA SDC DO TST. EXTINÇÃO DO PROCESSO. Aponta o Conselho Regional de Corretores de Imóveis - CRECI/SP o não cumprimento, pelo Sindicato profissional suscitante, de várias formalidades necessárias ao ajuizamento do dissídio coletivo. Com efeito, constata-se que o suscitante não cumpriu a exigência contida na OJ nº 32 da SDC, a qual, em observância às disposições do PN nº 37 do TST, estabelece que é pressuposto indispensável à constituição válida e regular da ação coletiva a fundamentação dos pedidos constantes da representação. Ademais, também restou desatendida a exigência contida na OJ nº 8 da SDC, a qual, prevê, como elemento legitimador da atuação da entidade sindical, a transcrição da pauta de reivindicações na ata da assembleia de trabalhadores. Desse modo, dá-se provimento ao recurso ordinário para julgar extinto o processo, sem resolução de mérito, nos termos do art. 267, IV, do CPC, por ausência de pressuposto indispensável à constituição válida e regular do dissídio coletivo. E, ainda, em face dos fundamentos expostos, declara-se, de ofício, a extinção do processo, sem resolução de mérito, em relação ao 1º recorrente, Conselho Regional de Nutricionistas da 3ª Região. Ficam ressalvadas, contudo, as situações fáticas já constituídas, nos termos do art. 6º, § 3º, da Lei nº 4.725/65. Recurso ordinário conhecido e provido. Processo extinto, sem resolução de mérito.

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(RO - 4790-65.2011.5.02.0000, Relatora Ministra: Dora Maria da Costa, Data de Julgamento: 10/11/2014, Seção Especializada em Dissídios Coletivos, Data de Publicação: DEJT 14/11/2014, destaque acrescentado)

No campo doutrinário, ao abordar a matéria, o Ministro IVES GANDRA MARTINS FILHO assevera que "Não basta, no entanto, a juntada da ata da assembleia geral. É necessário que esta registre a pauta reivindicatória, mostrando que a categoria desejava obter justamente as cláusulas postuladas no dissídio (Orientação

Jurisprudencial n. 8 da SDC)." (Processo Coletivo do Trabalho, Editora Ltr, 3ª edição, página

99, negrito no original).

Portanto, como visto, no caso presente a ata da assembleia não atende tal requisito (ID 915e946).

Embora a representação traga um elenco de reivindicações (que apenas por isso foi objeto de impugnação nas defesas), não consta da ata da Assembleia de

Trabalhadores a transcrição de nenhuma das cláusulas da pauta que teria sido levada à discussão e aprovação. A mencionada ata, na verdade, é praticamente vazia de conteúdo,

limitando-se a uma única folha onde apenas consta a alegação, pelo presidente da entidade sindical, da necessidade de ser estabelecida a cobrança da contribuição assistencial, com direito de oposição a ser exercido no prazo de 10 (dez) dias daquela ocasião, bem como a "deliberação" de que o presidente e membros da diretoria por ele convidados "estão liberados para tomarem livremente as decisões que se fizerem necessárias neste processo".

Por outro lado, o estatuto da entidade estabelece que as deliberações das assembleias gerais serão tomadas pela maioria absoluta dos associados em primeira convocação e, em segunda convocação, por 1/3 dos associados, com "exigência do

voto concorde de 2/3 dos presentes" (artigo 13º - ID da3f604). Todavia, também não constou

da ata da assembleia realizada em 12/08/2014 que a deliberação da assembleia tenha observado a exigência estatutária.

Vale destacar que o sindicato é mero representante dos trabalhadores, razão pela qual todas as cláusulas devem ser aprovadas por seus representados, a fim de legitimar a atuação da entidade.

Conforme se verifica, o suscitante deixou de observar requisitos formais indispensáveis para legitimar o ajuizamento da presente representação, razão pela qual restou configurada a ausência de pressuposto de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo.

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sindicato suscitante não demonstrou interesse no prosseguimento do Dissídio, pois deixou de comparecer à audiência designada por este Tribunal.

Nesse contexto, com fundamento no que dispõe o artigo 267, inciso IV c.c. o seu parágrafo 3º, impõe-se a extinção do processo sem resolução de mérito.

Diante do exposto, decido EXTINGUIR O PROCESSO SEM

RESOLUÇÃO DE MÉRITO, com embasamento no que dispõe o artigo 267, inciso IV e

parágrafo 3º, do CPC, nos termos da fundamentação.

Custas pelo suscitante, calculadas sobre o valor dado à causa (R$ 2.000,00), no importe de R$ 40,00 (quarenta reais), nos termos do artigo 789, inciso II, da CLT.

SEÇÃO ESPECIALIZADA EM DISSÍDIOS COLETIVOS

Em sessão ordinária realizada em 09 de dezembro de 2015 (4ª feira), a Seção Especializada em Dissídios Coletivos do Tribunal Regional do Trabalho da Décima Quinta Região julgou o presente processo.

Presidiu o julgamento o Exmo. Presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região e da Seção Especializada em Dissídios Coletivos, Desembargador do Trabalho LORIVAL FERREIRA DOS SANTOS.

Tomaram parte no julgamento os Exmos. Srs. Magistrados:

Desembargadora do Trabalho GISELA RODRIGUES MAGALHÃES DE ARAÚJO E MORAES

Desembargador do Trabalho FLAVIO ALLEGRETTI DE CAMPOS COOPER

Desembargador do Trabalho FERNANDO DA SILVA BORGES

Juiz Titular de Vara do Trabalho Convocado HÉLIO GRASSELLI

Desembargadora do Trabalho TEREZA APARECIDA ASTA GEMIGNANI

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Desembargador do Trabalho EDER SIVERS

Desembargador do Trabalho JOÃO BATISTA MARTINS CÉSAR

Juíza Titular de Vara do Trabalho Convocada LARISSA CAROTTA MARTINS DA SILVA SCARABELIM

Juíza Titular de Vara do Trabalho Convocada ROSEMEIRE UEHARA TANAKA

Ausentes: em licença-saúde, o Exmo. Sr. Desembargador do Trabalho Flavio Nunes Campos; em férias, os Exmos. Srs. Desembargadores do Trabalho Samuel Hugo Lima e Jorge Luiz Costa; justificadamente, os Exmos. Srs. Desembargadores do Trabalho Antonio Francisco Montanagna, Francisco Alberto da Motta Peixoto Giordani e João Alberto Alves Machado.

Participou da sessão para julgar processo de sua competência o Exmo. Sr. Juíz Titular de Vara do Trabalho Jorge Luiz Souto Maior (substituindo na cadeira do Exmo. Desembargador do Trabalho Francisco Alberto da Motta Peixoto Girdani).

Convocados nos termos do Regimento Interno, os Exmos. Srs. Juízes Titulares de Vara do Trabalho Hélio Grasselli (substituindo na cadeira do Exmo. Desembargador do Trabalho Flavio Nunes Campos); Edna Pedroso Romanini (substituindo na cadeira do Exmo. Desembargador do Trabalho Samuel Hugo Lima) ausente justificadamente; Larissa Carotta Martins da Silva Scarabelim (substituindo na cadeira do Exmo. Desembargador do Trabalho Jorge Luiz Costa) e Rosemeire Uehara Tanaka (substituindo na cadeira vaga em razão da aposentadoria da Exma. Desembargadora do Trabalho Maria Cristina Mattioli).

Resultado

Os Magistrados da Seção Especializada em Dissídios Coletivos do Tribunal Regional do Trabalho da Décima Quinta Região ACORDAM, por unanimidade de votos, em EXTINGUIR O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO, com embasamento no que dispõe o artigo 267, inciso IV e parágrafo 3º, do CPC, nos

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termos da fundamentação. Custas pelo suscitante, calculadas sobre o valor dado à causa (R$ 2.000,00), no importe de R$ 40,00 (quarenta reais), nos termos do artigo 789, inciso II, da CLT.

Procurador ciente: Ronaldo José de Lira. Campinas, 09 de dezembro de 2015.

FERNANDO DA SILVA BORGES Desembargador Relator

FSB/20

Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: [FERNANDO DA SILVA BORGES]

https://pje.trt15.jus.br/segundograu/Processo /ConsultaDocumento/listView.seam

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